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Dança para pessoas com deficiência: um possível elemento de transformação pessoal e social

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNICAMP

REPOSITÓRIO DA PRODUÇÃO CIENTIFICA E INTELECTUAL DA UNICAMP

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DOI: 10.1016/j.rbce.2018.03.029

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Revista

Brasileira

de

CIÊNCIAS

DO

ESPORTE

ARTIGO

ORIGINAL

Danc

¸a

para

pessoas

com

deficiência:

um

possível

elemento

de

transformac

¸ão

pessoal

e

social

Renata

Ferreira

dos

Santos

,

Gustavo

Luis

Gutierrez

e

Odilon

José

Roble

UniversidadeEstadualdeCampinas,FaculdadedeEducac¸ãoFísica,Campinas,SP,Brasil

Recebidoem30demaiode2017;aceitoem16demarçode2018

DisponívelnaInternetem18dejunhode2018

PALAVRAS-CHAVE Danc¸a; Atividademotora; Pessoascom deficiência; Diversidade

Resumo Oartigoobjetivacompreenderopapeldesempenhadopeladanc¸anavidadepessoas comdeficiência, apresentarreflexõessobrecomoadanc¸apodeconstituir-senum elemento detransformac¸ãopessoalesocial.Foramfeitasarevisãodaliteraturacomênfaseemdanc¸a, deficiênciaesuasrelac¸õeseaanáliseinterpretativabaseadanasobrasdeLeBreton.Ocorpo comdeficiênciaqueocupaespac¸osantesdominadospelocorpoideallevaosespectadoresa dialogar/confrontarahistóriadessecorpocomasprópriashistórias,valorese(pré)conceitos. Conclui-sequeadanc¸apodeserumelementodetransformac¸ãopessoalesocialporpermitir experiências/reflexõessobreaaceitac¸ãodediferentescorposeexpressões,semdesqualificar oumenosprezarqualquertipodediversidade.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´e umartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/). KEYWORDS Dance; Motoractivity; Disabledpeople; Diversity

Dance for people with disabilities: a possible element of personal and social transformation

Abstract Thearticleaimstounderstandtheroleplayedbydanceinthelivesofpeoplewith disabilities,reflectingonhowdancecanbeanelementofpersonalandsocialtransformation. Areviewoftheliteraturewithemphasisondance,disability,andtheirrelationships,andthe interpretativeanalysisbasedontheworksofLeBreton.Thedisabledbodyoccupyingspaces previouslydominatedbytheidealbody,leadsthespectatorstodialogue/confrontthehistory ofthisbodywithitsownstories,valuesand(pre)concepts.Itisconcludedthatdancecanbe anelementofpersonalandsocialtransformationbyopportunizingexperiences/reflectionson theacceptanceofdifferentbodiesandexpressions,withoutdisqualifyingordisparagingany kindofdiversity.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Autorparacorrespondência.

E-mail:renataguittar@hotmail.com(R.F.Santos).

https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.029

0101-3289/©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccesssobuma licenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

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272 SantosRFetal. PALABRASCLAVE Danza; Actividadmotriz; Personascon discapacidad; Diversidad

Danzaparapersonascondiscapacidad:unposibleelementodetransformación perso-nalysocial

Resumen Elobjetivodeesteartículoescomprenderelpapeldesempe˜nadoporladanzaen lavidadepersonascondiscapacidadmediantelapresentacióndereflexionessobrecómo la danzapuedeconvertirseenunelementodetransformaciónpersonalysocial.Sellevóacabo unarevisióndelabibliografíaconhincapiéendanza,discapacidad,susrelacionesyelanálisis interpretativobasadoenlasobrasdeLeBreton.Elcuerpocondiscapacidadocupaespaciosque antesestabandominadosporelcuerpoideal,llevaalosespectadoresadialogaryconfrontarla historiadeestecuerpoconsuspropiashistorias,valoresyconceptosprejuzgados.Seconcluye queladanzapuedeserunelementodetransformaciónpersonalysocialporelhechodedarla oportunidadaexperienciasyreflexionessobrelaaceptacióndediferentescuerposyexpresiones sindescalificaromenospreciarningúntipodediversidad.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Estees unart´ıculoOpenAccessbajolalicenciaCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/).

Introduc

¸ão

Este artigo objetiva compreender qual o papel desempe-nhado pela danc¸a na vida de pessoas com deficiência, apresentaalgumas informac¸ões que conduzem à reflexão sobrecomo a danc¸a pode constituir-se num possível ele-mento de transformac¸ão pessoal e social. Isso ocorre no momentoemqueelatranscendesuacondic¸ãodeatividade física,aogeraralgumtipodesignificac¸ãoparaaquelesque a praticamou a apreciam como espectadores. Ainda que retomemosargumentosjáapresentadosdemodosdiversos emoutrosestudos,trazemos, emespecial, acontribuic¸ão deLeBretonsobreadiversidadedoscorposeacolocamos empautapensandoemdanc¸a.Comisso,esperamos sofisti-caralgunsconhecimentossobreadanc¸aparapessoascom deficiênciaeabrirpossibilidadesaoutrosmodosde compre-ensão. Acreditamosassim quea discussão sobredanc¸ase ampliaàmedidaqueadiferenc¸aentreformasdeexpressão éconjugadacomadiferenc¸aentrecorpos.Notamosainda queainserc¸ãodaspessoascomdeficiêncianadanc¸asupõea quebradealgunsparadigmas,estigmasepadrões, principal-menteaquelesrelacionadosàestéticadocorpoconsiderado ‘‘adequado’’ou‘‘perfeito’’paraadanc¸a.

No fim dos anos 1960, a legitimidade das modalidades físicasearelac¸ãodohomemcomosoutrosecomomundo cresceram com o feminismo, ao mesmo tempoem que a ‘‘revoluc¸ão sexual’’, a expressão corporal, o body-art, a críticadoesportee asterapiasalternativasderamespac¸o paraumnovoimagináriodocorpoluxuriantequecriticava a condic¸ão corporal das pessoas. Comoessa legitimidade torna a relac¸ão com o mundo incerta, o indivíduo busca (considerandoassuas marcas)produzir umsentimentode identidademaisfavorável,hesita,decertaforma,contrao encarceramentofísicodoqualéobjeto.Tendeassima dire-cionarumaatenc¸ãoredobradaao corpo,localondeelese separadosoutrosedomundo,ondeocorpoenquantolugar dorompimento e dadiferenciac¸ão individualtemo privi-légiodealcanc¸ar umapossível reconciliac¸ão.Procura-seo segredoperdido docorpo, o detorná-lo nãoum lugar da exclusão,massim odainclusão,quenãosejamaisoque interrompe, diferencia o indivíduoe o separa dos outros, massimoconectorqueuneambos(LeBreton,2007).

Porvezes,asexpectativasdirigidasaoindivíduocom defi-ciênciapelosdemais,nosentidodasociedademaisampla, sãoalteradas,ouseja,oolharmantémofoconaquiloque destaca como ‘‘imperfeic¸ão’’, deixa, consequentemente, deenxergarosujeitocomoumtodo.Simetricamente,a pes-soacomdeficiênciaseperceberá,mesmoquesóemalguns momentos,semcorresponder àsexpectativasnela deposi-tadase,comoresultadodisso,aoperceber-seinferiorizada, poderátambémcriarexpectativassobresi despotencializa-dasediferenciadas(Saeta,1999).

Historicamente,aspessoascomdeficiênciaforam desfa-vorecidas socialmente,quandopassaram por situac¸õesde extermínio,reclusãoe outrasformasdepreconceito.Com opassardosanos,essaspessoascomec¸aramaexigirosseus direitos, a participar ativamente da sociedade e se mos-trarcomocidadãsemtodasasinstânciassociais,comonas escolas,nomercadodetrabalho,nasartes enosesportes (Barreto & Ferreira, 2011). A danc¸amoderna, como revi-sãodoscânonesinflexíveis dadanc¸aclássica,sofisticouas possibilidades de movimento, de propósitos e, com isso, doscorposqueexecutamessaarte,oqueequivaleadizer que, atualmente, as oportunidades da danc¸a ampliaram--separaos‘‘excluídos’’(pessoascarentes,gordas,magras, com deficiência, entre outras) (Figueiredo et al., 1999). Claroque aindaexistemalgumas barreirasa serem trans-postas, principalmente relacionadas às oportunidades de profissionalizac¸ão para todos os tipos de corpos, e, além disso, nocaso daspessoas comdeficiência, aindaexistea nãocompreensãodequeadanc¸apodeserexpressadaem suatotalidade,enãosórelacionadaafinsterapêuticosou inclusivosparaessapopulac¸ão.

Material

e

métodos

Paraaelaborac¸ãodesteartigofoifeitaumarevisãode lite-raturanasbasesdedadosScieloeAcervus(daUniversidade EstadualdeCampinas),comênfasenostemasdanc¸a, defici-ênciaesuasrelac¸ões,comopropósitodecompreendermos qualopapeldesempenhadopeladanc¸anavidadepessoas com deficiência. Optamos por incluir apenas os textos que de alguma forma relatam quais são as contribuic¸ões pessoais e sociais proporcionadas pela prática. Assim,

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não estabelecemos um recorte temporal específico e os textos que não apresentaram essas características foram descartados. Posteriormente, os dados coletados foram interpretadoscombaseemalgumasobrasdeLeBreton.

DeacordocomLeBreton(2007),ocorpoémoldadopelo contexto social e cultural no qual o sujeito se insere, é, portanto, o vetorsemântico cujarelac¸ão como mundoé construída por meiode atividades perceptivas,expressão desentimentos,cerimoniaisdosritosdeinterac¸ão,gestose mímicas,produc¸ãodaaparência,jogosdaseduc¸ão,técnicas docorpo, exercícios físicos, dor,sofrimento, entreoutras coisas.Além disso, o autorexplica quea busca do indiví-duoporumaatividadefísica,suaentregaeengajamentoa ela,demonstraasua‘‘necessidadedelutarcontraa carên-ciaprovocadapelanãoutilizac¸ãodesuaenergiacorporal’’ (p.260).Nessesentido,aspráticascorporaissituam-seentre alutacontraafragmentac¸ãosentidaemsieojogodesignos (aforma,ajuventude,asaúde,entreoutros)etorna-seum complementosocialdecisivo(LeBreton,2012).

Partindo dessas percepc¸ões do autor, buscamos então compreenderopapeldesempenhadopeladanc¸anavidade seusadeptos,emespecialaquelesemcondic¸ãode deficiên-cia.

Resultados

e

discussão

Desdeoseusurgimentonosanos1990,adanc¸aparapessoas comesemdeficiênciatemganhadovisibilidade,atraídoum crescenteinteressedeprofissionais(Vendramin,2013).

Mesmo sabendo que a danc¸a e o corpo precisam ser entendidos deforma plural,e não deuma maneiraúnica euniversal,aparticipac¸ãoeamaiorvisibilidadedepessoas comdeficiêncianadanc¸adestacam,aindamais,a singula-ridadeeapluralidadedessaarte.Senadanc¸aocorpopode serhomogeneizadopelaescolhadepadrõesestéticos(corpo longilíneo,flexível,magro,forte,virtuoso),novasediversas estéticastambémpodemsercriadas(Vendramin,2013).

Uma vez que a danc¸a no ocidentetem privilegiado os corposcapazes,contidosevirtuosos,frequentementevárias companhiasdedanc¸a,combailarinoscomesemdeficiência, trabalhamparafrisarocorpovirtuosoeforte.Aintersec¸ão entredanc¸aedeficiênciaéumlocalextremamentericopara investigarasconstruc¸õessobrepostasdahabilidadefísicado corpo,dasubjetividadeedavisibilidadecultural(Albright, 2012).

As intenc¸ões da modernidade sobre o corpo humano podem ser traduzidas por duas vias. A primeira é a via de suspeita e da eliminac¸ão devido ao seu baixo rendi-mento informativo, sua fragilidade, gravidade e falta de resistência. Visão moderna e laicizada da ensomatose, o corpoéapartemalditadacondic¸ãohumana,cujatécnica eaciênciabuscamremodelar,refazer,‘‘imaterializar’’,na tentativadelibertarohomem deseudifícilenraizamento de carne. A segunda via, contraditoriamente, é a via da salvac¸ão pelo corpo por meio daexaltac¸ão de seu senti-mento,amodelagemdasuaaparência,abuscadaseduc¸ão, a obsessãopelaformae bem-estar, a preocupac¸ão com a juventude.Ocorpoéoobjetoprivilegiadodeummercado desenvolvidonosúltimosanosemtornodoscosméticos,da estética,dassalasdeginástica,dostratamentosde emagre-cimento,damanutenc¸ãodaforma,dabuscadobem-estar

oudodesenvolvimentodas terapiascorporais (Le Breton, 2012).

Nas duas vias descritas, o corpo está separado do homem que ele encarna e é considerado como um em--si. Ele deixa de ser a estirpe identificadora indissolúvel do sujeito ao qual vivifica. Ademais, a publicidade, que destaca a imposic¸ão da forma, a preocupac¸ão consigo, entreoutros,emgeraldemonstraaunidadedocorpo frag-mentada. Essa fragmentac¸ão reflete a desintegrac¸ão do indivíduo na modernidade e explana a sutileza da cisão. Considerandoocorpocomo partemalditaoucomo viade salvac¸ãoquesubstituiaalmaemumasociedadelaicizada, é feita a mesma diferenciac¸ão, que posiciona o sujeito externamenteaoseu própriocorpo.Aversãomodernado dualismo opõe o ser humano ao seu corpo, e não mais, como anteriormente, a alma ou o espírito a um corpo (LeBreton,2012).

A visibilidade do corpo com deficiência gera reflexões sobreopapelquetemsidoassumidoporessescorpos,jáque elescomec¸amaocuparespac¸osatéentãodominadospelos corposconsideradosideais.Aapresentac¸ãonopalcodeum corpocom deficiência, longedo propósito de fomentar o sentimentodecompaixão,podelevaraspessoasdaplateia adialogar/confrontar ahistória desse corpocom a histó-ria,os valorese (pré)conceitos doseu própriocorpo. Por essetrajeto, o danc¸arinopodedesafiarasrepresentac¸ões decorpoestabelecidasnadanc¸a(Ferreira,2005).

Apartilhaentreoserhumanoeoseucorpoprevalece. Ocorpodeixadesimbolizarolocaldoerrooudorascunho asercorrigidocomatécnica.Nãoémaisaensomatose(a quedadocorpo),massimachancedocorpo,acarne,via desalvac¸ão.Nosdois casos,demodooculto,umamesma separac¸ãoopõenapersonaapartedocorpoeaparte ina-preensíveldosujeito(LeBreton,2012).

Nacontemporaneidade,adanc¸apermitecadavezmais a convivência de corpos diversos, enfraquece arraigadas imposic¸ões culturais aosatributos de queesse corpo pre-cisa, do tipo perfeito ou imperfeito, belo ou grotesco, hábil ou deficiente. A multiplicidade e a diversidade são característicasdessadanc¸a,comcorposhíbridoscriadosda contaminac¸ão entre fontesculturais, técnicas corporais e gênerosartísticosdistintos.Atualmente,éraroobservarum corpodanc¸anteconstruídoporumaúnicatécnicaeque res-pondaaumsópadrãoestético(Nunes,2005).

Le Breton (2007, p. 50) afirma que ‘‘um desconforto emergea cada ruptura das convenc¸ões de apagamento’’. Nessesentido,podemosdestacarasdificuldades relaciona-dasàspessoas comalguma deficiênciafísicaousensorial, ou catalogadas como trissômicas, ‘‘débeis’’ ou doentes mentais. O corpo desses sujeitos não passa despercebido conformea normade discric¸ão e quandoesses limitesde identificac¸ãosomáticoscomooutronãoexistem,eclodeo desconforto.O corpoestranhoé visto comocorpo estran-geiro e o estigma social decorre com maior ou menor evidência,deacordocomo graudevisibilidadeda defici-ência.Porisso,essecorpoprecisaserapagado,diluídona familiaridadedossinaisfuncionais,umavezquecomasua presenc¸afísicao‘‘deficiente’’físicoouo‘‘louco’’perturba aregularidadefluidadacomunicac¸ão.Aoproibiropróprio corpo,consequentementesuscitaumafastamentobastante reveladordaatitudedenossassociedadesparacoma cor-poreidade.

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274 SantosRFetal. Há uma variedade de produc¸ões coreográficas, que

podemapresentar(ounão)temasrelacionadosebasearsua pesquisa corporal na deficiência. Dessa forma, o fato de apresentaremdanc¸arinoscomdeficiêncianãosignificaque aperfomanceestejaintrinsecamenterelacionadaà defici-ência(Vendramin,2013).

A impossibilidade de identificac¸ão com o outro ocorre no momento em que um indivíduo se encontra com um outrosujeitovistocomovelhooumoribundo,enfermo, des-figurado,depertencimentoreligiosoouculturaldiferente, entre outros. A modificac¸ão desfavorável é socialmente transformadaemestigmaeadiferenc¸ageraacontestac¸ão, vistoque o espelhodooutro é incapazdeexplicar o pró-prioespelho.Soboutraperspectiva,aaparênciaintolerável colocaemdúvidaummomentopeculiardeidentidade, dire-ciona a atenc¸ão para a fragilidade da condic¸ão humana, a precariedade inerente à vida. O homem que tem uma deficiêncialembraoimagináriodocorpodesmanteladoque assombramuitospesadelos,unicamentepelasuapresenc¸a, criaumadesordemna seguranc¸aontológicaquegarantea ordemsimbólica(LeBreton,2007).

Apresenc¸adosujeitocomdeficiênciamotoraousensorial podegerarumincômodoaoutraspessoas,pois

Adialéticafluidadapalavraedocorpocrispa-se subita-mente,choca-secontraaopacidaderealouimaginadado corpodooutro,engendraoquestionamentosobreaquilo queconvémounãofazeredizerem suapresenc¸a.Eo mal-estarétãomaisvivoquantoosatributosfísicos do atorfavorec¸ammenosaidentificac¸ãocomele.O espe-lhoestáquebrado,eelenãorefletesenãoumaimagem fragmentada(LeBreton,2012,p.215,216).

Nessesentido,umaangústiaéformadaapartirda impos-sibilidadedas pessoas projetarem-se umas nas outras,de identificarem-sedealgummodocomaquiloqueencarnam emseuscorposoucondutas(LeBreton,2012).

Adanc¸aparapessoascomdeficiência,muitasvezes,pode parecerestranhaporaindanãohaverumafamiliaridadecom essetipodeexpressão.Namedidaemqueessas experiên-ciaspossamproduzirsentidosparaumpúblicomaisamplo, édeseesperarqueoutrassensibilidadespossamser produ-zidas,oqueatémesmoampliaaspossibilidadesestéticasda danc¸a.Essaconstituic¸ãodesentidosnãosignificasomente umaoutrasensibilidadedadaàdanc¸aparapessoascom defi-ciência,masabrangeapossibilidadedeessasseformularem e dedescobrirem o que atéo momento parecia subtrair--seàsuaconsciência.Nessesentido,umaoportunidadede formularemasimesmaséoferecidapeladanc¸a.Arelac¸ão corpo-discursonãosesepara.Sepormeiodadanc¸a ocor-rertransformac¸õesem umdos lados, comoresultado isso transformaráo outrolado,isso querdizer quesea danc¸a conseguirtransformar a formacomo aspessoas com defi-ciênciasesignificamnomeiosocial,consequentementeas demaispessoaspoderãoserimpactadaspelamaneiracomo elassesignificamnasociedade(Ferreira,2005).

De um modo geral, a danc¸a tem representatividade social,ouseja,temsentidoseaomesmotempodeterminae geraoutrossentidosparaadanc¸aeadeficiência.Muitas pes-soascomdeficiênciasereconhecemnadanc¸a,quetemsido umapossibilidadedeseestaremsociedade.Adanc¸apode serumelementode equilíbriosocialparaaspessoas com

deficiênciae/ou,possivelmente,detransformac¸ãopessoal esocial(Alvesetal.,2012).

Em geral, danc¸arinos são tratados com uma certa admirac¸ão paradoxal, uma estranha mistura de respeito pautada na disciplina física de aulas técnicas diárias, fascinac¸ão por umagrac¸a que é supostamente ‘‘natural’’ (masquenadamaisédoqueoresultadodetrabalhos artís-ticos e físicos intensos). Por mais quea ‘‘aparência’’ dos bailarinostenhasetransformadocomasrevoluc¸õespolítica, econômica,intelectual eestéticadaculturaocidentalnos últimos150anos,aimagemidealizadadabailarinaclássica e o voyeurismo obscuro presentes noolhar doapreciador debaléaindaformamdemaneiradiscretaavisãoda maio-riadaspessoassobreadanc¸aprofissional(Albright,2012). Muitasvezes,adanc¸aparapessoascomdeficiênciaé desen-volvida deforma recreativa,concentra-se na criatividade e diversão, em vez de focar no desenvolvimentode uma técnicaespecíficaounaspossibilidadesdaexpressão artís-tica.Porisso,háumalacunaevidentenadisposic¸ãoentrea participac¸ãorecreativaeprofissional.Issosugerequeas pes-soascomdeficiêncianãotêmacessoàformac¸ãoemdanc¸a, ouque elassãoexcluídasdessa prática(Aujla& Redding, 2013).Adanc¸aparapessoascomesemdeficiênciaabreum vastocampodeconhecimentoqueaindanãoémuito fami-liar nomeio dadanc¸a e que poderiaestar maispresente em circuitos acadêmicos, escolas, academias, festivais e mostras,e nãoisoladamenteem eventos.Comumente,as pessoas comdeficiênciaencontrammaisoportunidadesde iniciarumtreinamentodedanc¸aemprojetosquesão direci-onadosàsuapopulac¸ãodoqueemaulasdedanc¸aoferecidas regularmenteemescolas,academiaseestúdios(Vendramin, 2013).

Ressalta-sequeduasdasprincipaiscomissõesdeexames de balé, a Royal Academy of Dance (RAD) e a Sociedade Imperial de Professores de Danc¸a, permitem que jovens bailarinos com deficiência solicitem exames com ajustes razoáveis, tais como a permissão demais tempoou pau-sas.DeacordocomaRAD,onúmerodepedidosdeajustes razoáveis é cadavez maiorao longodotempo, embora o númerototaldeestudantesquerequeremaaplicac¸ão des-sesajustesaindasejarelativamentemuitopequeno(Aujla& Redding,2013).Odiscurso,principalmentedamídia,reflete preconceitosdisfarc¸ados,masevidenciaqueeventosdesse tipo(nestecaso,dedanc¸a)causamimpactosociale apre-sentamnovaspossibilidadesparaaspessoascomdeficiência dentrodacomunidade,levamaumamodificac¸ãodavisão socialsobreessas(Freitas&Tolocka,2005).

Refletirsobrearelac¸ão socialfirmadacomumapessoa comdeficiênciaéumamaneiraproveitosadeanalisarcomo umgruposocialserelacionacomocorpoecomadiferenc¸a. Odiscursosocialafirmaqueelaéumapessoanormal, mem-brodacomunidade,cujadignidadeevalorpessoalnãosão enfraquecidos devido ao seu físico ou àssuas disposic¸ões sensoriais,porémaomesmotempoelapodeser marginali-zada,mantida maisoumenosfora domundodotrabalho, assistida pelaseguridade social,afastada davida coletiva emrazãodasdificuldadesdelocomoc¸ãoede infraestrutu-rasurbanasgeralmentemaladaptadas.E,quandoousafazer qualquerpasseio,sedeparacomumamultidãodeolhares, comumente insistentes, de curiosidade, de incômodo, de angústia, decompaixão, dereprovac¸ão, como seela, por terumadeficiência, tivessequesuscitardecadapassante

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umcomentário(LeBreton,2007).Contudo,issonãofazcom queapessoacomdeficiênciarompa,precisamente,coma simbólicacorporal.Elapodecontinuarasesentir‘‘normal’’ mesmodiantedosolharesquepesamsobreela oudo des-confortoqueesseslhecausam(LeBreton,2012).

Pode-se afirmar que, cada vez mais, a diferenc¸a de movimento é social, não está relacionada propriamente ao movimento ou às possibilidades corporais. Quando o danc¸arinocomdeficiênciasepercebernaunidade,na per-manênciadossentidosdadanc¸a,eleseidentificaránãosóna danc¸a,masnoqueadanc¸aproporcionanoambientesocial, o que o direcionará para a possibilidade de romper com a interdic¸ão do dizer social sobre a deficiência (Ferreira, 2005).

Atualmente, o corpo se apresenta como um local de preferência do discurso social, depois de passar por um longotempo comprioridade para a discric¸ão. O aumento daindividualizac¸ãodassociedadesalterou profundamente aatitudecoletivareferente aocorpo.O sujeitotornou-se oprincipal responsávelpelas escolhas e pelosvaloresque eleextraimaisdo períododoque dasregularidades soci-ais,é relativamenteautônomofaceasincontáveisofertas dasociedade.Isoladoestruturalmentepelaquedados valo-resdosquaisosujeito ébeneficiárioe vítima,eleprocura emsuaesferaprivadaaquiloquejánãoobtémna sociabi-lidadecomum.Pormeiodoseucorpo,oindivíduoencontra ummodorealizáveldetranscendênciapessoaledecontato (LeBreton,2003).

Ademais,

As representac¸ões do corpo, e os saberes que as alcanc¸am,sãotributários deumestadosocial, deuma visão de mundo, e, no interior dessa última, de uma definic¸ão da pessoa. O corpo é uma construc¸ão sim-bólica, não uma realidade em si. Donde a miríade de representac¸õesqueprocuramconferir-lheumsentidoe seucaráterheteróclito,insólito, contraditório,deuma sociedadeaoutra.

Ocorpopareceevidente,mas,definitivamente,nadaé maisinapreensível.Elenuncaéumdadoindiscutível,mas oefeitodeumaconstruc¸ãosocialecultural(LeBreton, 2012,p.18).

Hádiferentesdenominac¸õesdedanc¸aparapessoascom deficiência.NoBrasil,oconceito‘‘danc¸ainclusiva’’émais conhecido,jáaInglaterrausaotermo‘‘danc¸aintegrada’’ [Integrated Dance], enquanto que a expressão Disabled Dance,quesurgiunosEUAnosanos1990,atualmentenão émaisusada.Algunsartistasecompanhiasdefendemanão classificac¸ãoelimitac¸ãoprovenientedotermo‘‘inclusivo’’. Existeumadiscussãorelacionada ànecessidadedousoou nãousodessetermo,umdiscursoqueépresenteemmuitos dosgruposformadosoriginalmentepordanc¸arinoscom defi-ciência(Vendramin,2013).Defato,setomarmosa danc¸a como um modo de expressão, uma arte, concluímos que não há limites para tal expressividade, o que comporta em suapráticaasmaisdiversas possibilidades.Nesse sen-tido, não há a necessidade de categorizac¸ão ou mesmo de adaptac¸ões. Cada corpo, dotado de suas característi-caspeculiares,sejamelasquaisforem,podeproduziralgo expressivamenteinteressanteparaalinguagemdadanc¸ae remeter-se,assim,aohumano.

Independentementedoscorposqueapraticam,adanc¸a ésempreumavivênciaunificadadosensível edo inteligí-vel,dosentiredosaber,docorpoemsuatotalidade,que revelaasignificac¸ãodaconexãoexistenteentreumsujeito e o mundoque o cerca. Em vez de exigir que os corpos sigam códigosinflexíveis de movimento e privilegiar ape-nasaaquisic¸ãodehabilidadesmotoras,oquefragmentaas experiênciasindividuaisedescartasuacriatividade,adanc¸a permiteo respeitoà singularidadedeoindivíduo serese expressarnomundo.Oscorposdanc¸antestraduzemideiase sentimentos,usamapróprialinguagemcorporal, caracteris-ticamentesingulareúnica.Porisso,nãoimportaseocorpo quedanc¸atemdeficiência física,intelectual ouvisual,se éidoso ou, comoalguns afirmam, ‘‘normal’’.O normal é asingularidade,adanc¸alegitimaasdiferenc¸asedestacaa riquezaqueexistenadiversidadehumana(Vieira&Tavares, 1997).

Aalterac¸ãodocorpotransmiteumatransformac¸ãomoral doindivíduoe,inversamente,essaoriginaafantasiadeque oseucorpoéinadequadoequeconvémendireitá-lo.Essa transic¸ãoaumoutrotipodehumanidadeautoriza queum julgamentoouumolhardepreciativo sejaconstantesobre eleeatémesmoaviolência.Apenasosujeitocomumtem oprivilégioaristocráticodepassarporumaruasemcausar umaindiscric¸ão.Seoindivíduosóexistepormeiodas for-mascorporaisqueoagregamnomundo,qualquermudanc¸a desuaformaestabeleceumaoutradefinic¸ãodesua huma-nidade(LeBreton,2003).

Refletirsobrecorposcomdeficiênciaquedanc¸amconduz anovosolharessobreadanc¸a,àrupturadepreconceitosque limitavamsuapráticaacorposprivilegiados,aorevelarque adanc¸anãorestringesuaexpressãosomenteàhabilidade e plasticidadefísica. É possível pensarno distanciamento deumadanc¸aenraizadaexclusivamenteemvirtuosismose noresgatedessamesmadanc¸acomomanifestac¸ãogenuína doser,desfeitademoldese depadrõesaseremcopiados (Vieira&Tavares,1997).

Assistir a pessoas com deficiência que danc¸am nos direciona ao reconhecimento de que, por mais que uma performancede danc¸a sejabaseada nas capacidades físi-cas do danc¸arino, ela não é limitada por elas (Albright,

2012).

Ocorpo,localdolimite,daindividuac¸ão,daindistinc¸ão quemuitos procuram,é o meiopeloqualsebusca o pre-enchimento da falta sentida por cada um que entra na existência como um ente inacabado, produz incessante-menteasuaprópriaexistênciaemsuarelac¸ãocomosocial e com o cultural. O temor dos signos, vividos e imagina-dos, certifica uma protec¸ão contra a angústia de existir, comose aresistência dos músculos,amelhor preparac¸ão ouoconhecimento devárias técnicasdo corpopudessem conjurarosperigosrelacionadosàprecariedade,àfalta(Le Breton,2012).

Considerac

¸ões

finais

Le Breton (2012, p. 197) explica que ‘‘o uso físico de si culminaemumajubilac¸ão,eleprovocaosentimentoforte de existir’’. Acreditamos na possibilidade de esse senti-mentoservivenciadopelosdanc¸arinos,independentemente desuascondic¸ões.

(7)

276 SantosRFetal. Concluímosqueadanc¸apodedesempenharumpapelde

transformac¸ãopessoalesocialpordaroportunidadetanto paraaspessoascomdeficiênciaqueapraticamquantopara aspessoas sem deficiência que visualizam seus desempe-nhos,experiênciasquepodemsuscitarreflexõesreferentes principalmenteàaceitac¸ãodediferentescorpos e expres-sõescorporais,semdesqualificaroumenosprezarqualquer formadediversidade, sejaela física/motora, intelectual, sensorial,auditiva, entreoutras.Apartirdomomentoem queaspessoasquedanc¸am,ouqueapreciamaperformance deoutrem,dãosignificadoaessaexperiência,elas tornam--se propensas a algum tipo de transformac¸ão, individual (pessoal)oucoletiva(social).

Fica claro também que o indivíduo com deficiência frequentemente não é percebido inteiramente como ser humano,massimapartir deumaperspectivadeformante dacompaixãooudodistanciamento.Fala-sedapessoacom deficiênciacomosefossepartedesuaessênciadesujeito ‘‘ser’’deficiente, enão‘‘ter’’umadeficiência. Nisso,ela éreduzidaaoestadodeseucorpo(consideradoabsoluto)e deduzidaapartirdomodocomoseucorpoéexibido social-mente(LeBreton,2012).Issosugereque,porserummeio deexibic¸ãosocialdocorpo,adanc¸apodeinfluenciaravisão queéconstruídaparaaspessoascomdeficiência,por aque-lesqueasobservam.

Ademais,defendemosquealgumasexpressõesusadasna danc¸a, associadas à deficiência, tais como ‘‘integrada’’, ‘‘inclusiva’’,entreoutrostermos,nãoconstituemamelhor formapossíveldequalificá-la.Issonãosignificaquealgumas adaptac¸ões nãosejam necessárias conforme ascondic¸ões doindivíduo,massimque,considerandoquenenhumcorpo é igual, ouseja, todossão singularese precisam ser tra-balhados de maneiras diferentes, independentemente de teremumadeficiênciaounão,essestermosparecemnãose adequar corretamentea essa prática, porque atualmente já existem bailarinos profissionais cegos, profissionais em danc¸a esportiva em cadeira de rodas, entre outros, que exemplificamcomoadanc¸apodeserpraticada profissional-mente,oucomolazer,tambémporpessoascomdeficiência, enão apenasusada parafinsterapêuticose/ou inclusivos paraessapopulac¸ão.

Aanatomiasósetornaumdestinonomomentoemque ohomeméprivadoderepresentaralgoquenãosuas carac-terísticascorporais (Le Breton,2012).Nesse sentido,será queessestermosquedestacamtantoadeficiênciaprecisam realmenteserusadosnadanc¸a?

Para Le Breton (2012), a deficiência mantém viva a lembranc¸a da ‘‘precariedade infinita daexistência’’, que ‘‘despertaaangústiadocorpodesmantelado’’,aoafirmar o quãoinsustentável e frágil é acondic¸ão humana, recu-sadapelamodernidade.Acreditamos quemaisestudosna

áreadoesporteedaeducac¸ãofísicapodempossibilitarque ummaiorentendimentosobreadeficiênciasejafornecido, fac¸acomqueotemorporessacondic¸ão,presenteem algu-mas pessoas, venha ceder espac¸o para a admirac¸ão pela adaptac¸ãodasformasdeexistirdohomem.

Financiamento

Coordenac¸ãodeAperfeic¸oamentodePessoaldeNível Supe-rior(Capes).

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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