Art. 4º A natureza jurídica específica do
tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação, sendo irrelevantes
para qualificá-la:
I - a denominação e demais
características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da
sua arrecadação.
Art. 3º Tributo é toda prestação
pecuniária compulsória, em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir, que
não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente
vinculada.
CTN, Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. CF: IMPOSTOS TAXAS CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
1. IMPOSTOS
Impostos são tributos não-vinculados que
incidem sobre manifestações de riqueza
do sujeito passivo.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios poderão instituir
os seguintes tributos:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
Art. 167. São vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a
órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
repartição do produto da arrecadação dos
impostos a que se referem os arts. 158 e
159, a destinação de recursos para as
ações e serviços públicos de saúde, para
manutenção e desenvolvimento do ensino e
para realização de atividades da
Federais
II- Imposto de Importação IE – Imposto de Exportação
IR - (Imposto de Renda) - Imposto sobre a renda de qualquer natureza.
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados. ITR - Imposto Territorial Rural
IOF - Imposto sobre Operações Financeiras (Crédito, Operações de Câmbio e Seguro ou relativas a
Títulos ou Valores Mobiliários).
Estaduais
- ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
- IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores
- ITCMD - Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação
Municipais
- IPTU - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
- ITBI - Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis e de Direitos Reais a eles relativos
Competência cumulativa
CF, Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o
Território não for dividido em Municípios,
cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos
Competência Residual
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não
previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Competência Extraordinária
Art. 154. A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra
externa, impostos extraordinários,
compreendidos ou não em sua
competência tributária, os quais serão
suprimidos, gradativamente, cessadas
as causas de sua criação.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
2. Taxas
A taxa é um tributo vinculado e
contraprestacional.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
CTN, Art. 77. As taxas cobradas pela
União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no
âmbito
de
suas
respectivas
atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia,
ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição.
Taxas de Polícia
Princípio da Supremacia do Poder Público
sobre o Poder Privado
CTN, Art. 78. Considera-se poder de polícia
atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
O fato gerador da taxa pode ser:
Exercício regular do poder de polícia; ou
Prestação ao contribuinte, ou colocação
a disposição deste, de serviço público
CTN, Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização,
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, d e 2002)
Base de cálculo das taxas
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Exemplo:
Taxa de coleta domiciliar do lixo: IPTU (Valor venal do imóvel)
Taxa de licença para funcionamento
Taxa de licença para publicidade
Taxa de licença para construções ou
edificações
Taxa de inspeção sanitária
Taxa de licenciamento de veículos
Taxa de expedição de passaporte
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Fato Gerador
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA.
VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA. CF/67, art. 18, II, com a redação da EC nº 23/83. CF/88, art. 145, III.
I. - Sem valorização imobiliária, decorrente de obra pública, não há contribuição de melhoria, porque a hipótese de incidência desta é a valorização e a sua base é a diferença entre dois momentos: o anterior e o posterior à obra pública, vale dizer, o quantum da valorização imobiliária. RE 114.069:
TRIBUTÁRIO - - SISTEMA DUPLO LIMITE - REAL DO IMÓVEL - ÔNUS DA PROVA - 2.2. Presume-se que a agregou ao imóvel a mais-valia real, conforme a partilha procedida pelo poder tributante. Cabe, pois, ao contribuinte provar que, na realidade, houve em menor quantia, ou que houve até mesmo piora no sentido desvalor. Carregar o ônus da prova ao Poder Público é só inviabilizar a administração como ir encontro a princípio básico direito público em geral, e direito tributário em especial...
...Vigora, no caso da contribuição de melhoria, a mesma presunção que vigora ao IPTU e ao IPVA relativamente ao valor da base cálculo. O Poder Público, dentro critérios objetivos estabelecidos em Lei, define qual valor cada imóvel presumivelmente agregou. Se tal corresponde à real, cabe ao contribuinte demonstrar. 3. Apelação desprovida. (TJRS - APC 70005149901 - 1ª C.Cív. - Rel. Des. Irineu Mariani - J. 18.06.2003).
Princípio da Vedação ao
enriquecimento ilícito
Caráter contraprestacional
-
Limite total
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I - publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do
benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se
refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada
em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
§ 2º Por ocasião do respectivo
lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.
4. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,
“De feito, a par das três modalidades de tributos (os impostos, as taxas e as contribuições de
melhoria), a que se refere o art. 145 para
declarar que são competentes para instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, os arts. 148 e 149 aludem a duas outras modalidades tributárias, para cuja
instituição só a União é competente: o
empréstimo compulsório e as contribuições
sociais, inclusive as de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas” (STF, RE 146.733-9/SP, voto do Rel. Min. Moreira Alves, DJ
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Restituição:
Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos
excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. *
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o
prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.
EMPRESTIMO COMPULSORIO - AQUISIÇÃO DE COMBUSTIVEIS. O emprestimo compulsorio
alusivo a aquisição de combustiveis - Decreto-Lei n. 2.288/86 mostra-se inconstitucional tendo em conta a forma de devolução - quotas do Fundo Nacional de Desenvolvimento - ao inves de
operar-se na mesma espécie em que recolhido - Precedente: recurso extraordinário n. 121.336-CE.
Instituído em 23 de julho de 1986 pelo então presidente da República, José Sarney, o empréstimo compulsório deveria ser cobrado sobre a venda de combustíveis
(gasolina e álcool, de 28%) e aquisição de veículos com até quatro anos de fabricação. Os carros novos ou com até um ano de fabricação pagavam 30%; os com mais de um e até dois anos de fabricação, 20%; e os com mais de dois e até quatro anos de fabricação, 10%. (...) muitos contribuintes entraram na Justiça logo que perceberam que não haveria a restituição do dinheiro. E somente quem recorreu ao judiciário conseguiu receber.
5. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Contribuição social é a espécie de tributo
com finalidade constitucionalmente definida, a saber, intervenção no domínio econômico, interesse de categorias profissionais ou
econômicas e seguridade social. Hugo de Brito Machado
A Contribuição social caracteriza-se pelo fato de, no desenvolvimento pelo Estado de
determinada atividade administrativa de
interesse geral, acarretar maiores despesas em prol de certas pessoas. Harada
Art. 146. Cabe à lei complementar:
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária (...)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Art. 150
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
»» b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
Competência: União Exceção
Art. 149, § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição,
cobrada de seus servidores, para o custeio,
em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será
inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS:
- Contribuições Sociais:
Seguridade Social
Outras contribuições (competência residual) Contribuições Sociais Gerais
- Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico
COSIP: Contribuição para custeio do serviço de iluminação pública
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.