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Academic year: 2021

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CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEM SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE FRANCA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): CAMILA APARECIDA BRAZ, ALINE CRISTINA GOMES AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): JULIO CESAR RIBEIRO ORIENTADOR(ES):

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Resumo

A parada cardiorrespiratória (PCR) é a cessação súbita e inesperada das funções cardíacas e respiratórias. Dentre as causas mais comuns de PCR, se destacam as causas cardíacas como as arritmias. No atendimento da PCR, o enfermeiro tem sua atuação juntamente com a equipe multiprofissional através de seu conhecimento científico, de trabalho sincronizado e organizado.Sendo assim, o objetivo desse estudo foi

apontar os cuidados de enfermagem frente a um paciente em parada

cardiorrespiratória.Tratou-se de uma revisão descritiva da literatura, a qual foi conduzida de agosto a outubro de 2014, utilizando livros disponíveis no acervo da Biblioteca da UNIFRAN (Universidade de Franca), documentos oficiais da American Heart Association, do Ministério da Saúde (MS), e artigos levantados nas bases de dados, Scielo(Scientific Eletronic Library online), e Lilacs (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informaçãoem Ciências da Saúde).Foram selecionados, após aplicação dos critérios de inclusão, 13 artigos, quatro livros e seis documentos oficiais. Os resultados apontaram que compreender o processo fisiopatológico que se instala numa PCR é essencial para direcionar a tomada de decisão do enfermeiro, e que, considerando a natureza aguda e grave da PCR, a oferta de cuidados de enfermagem à esses pacientes deve ser rápida e eficiente. Concluiu-se que para o sucesso da assistência de enfermagem ao paciente em PCR, a comunicação, o trabalho em equipe e competência técnica e científica são elementos essenciais ao enfermeiro.

Abstract

The cardiopulmonary arrest or a sudden cardiac arrest (SCA) is the sudden and unexpected cessation of cardiac and respiratory functions. One of the most common causes of SCA, is the arrhythmias. In attendance of the SCA, the nurse has to act together with the multidisciplinary team through his scientific knowledge, synchronized and organized labour. The objective of this study was to point nursing care to a patient in cardiopulmonary arrest. This conclusion work was a descriptive literature review, which was conducted from August to October 2014, using books available in the library`s collection of UNIFRAM (University of Franca), official documents of the American Heart Association, the Ministry of Heath, and articles collected in databases, Scielo (Scientific Electronic Library online), and LILACS ( Latin American Center and the Caribbean of information Heath Sciences). Were selected, after application of the criteria of inclusion, 13 articles, four books and six official documents. The results showed that understanding the pathophysiological process that installs in a SCA is essential for the decision-making of the nurse, and if considering the acute and serious nature of SCA, the provision nursing care to these patients must be quickly and efficienthy. It was concluded that for the success of the nursing care to the patient in SCA, communication, teamwork and technical and scientific competence are essential elements to the nurse.

Palavras chave: cuidados de enfermagem; parada cardíaca; American Heart Association e profissional de enfermagem.

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Introdução

O coração é um órgão musculoso e oco, responsável pelo bombeamento do sangue, o qual leva oxigênio e nutrientes para todo o organismo. Quando ocorre a falta de circulação e oxigenação, as células entram em exaustão, devido ao comprometimento de órgãos e tecidos. O principal e mais grave comprometimento do coração, devido à falta de circulação e respiração, é a parada cardiorrespiratória (PCR) (1).

A PCR é a cessação súbita e inesperada das funções cardíacas e respiratórias. Também pode ser descrita como a inadequação do débito cardíaco que resulta em um volume sistólico insuficiente para a perfusão tecidual decorrente da interrupção súbita da atividade mecânica ventricular (2).

Dentre as causas mais comuns de PCR, se destacam as causas cardíacas como as arritmias. No adulto, a principal causa de PCR é a fibrilação ventricular (FV), na qual ocorre a contração desordenada do miocárdio, resultando na insuficiência total do coração em manter a fração de ejeção sanguínea adequada, sendo que este distúrbio do ritmo cardíaco ocorre nos primeiros dois minutos de PCR (3,4).

As taquicardias ventriculares (TV) podem ocasionar uma PCR e são tratadas como FV, se caracterizam pela sequência rápida de batimentos ectópicos ventriculares (4).

As causas não cardíacas de PCR são provocadas por agentes indiretos ao coração, com destaque para o trauma cardíaco penetrante que é ocasionado por lesões por armas de fogo e branca. Já o trauma cardíaco não penetrante se caracteriza por acidentes com automóveis, quedas e esmagamentos (3,4).

O tratamento para a PCR é chamado Reanimação Cardiopulmonar (RCP). Durante uma tentativa de RCP, deve-se identificar a causa da PCR, como um diagnóstico diferencial, sendo assim, entender a importância do diagnóstico e do tratamento da causa-base é fundamental para o manejo de todos os ritmos da PCR (4).

Estima-se que em torno de 200.000 PCRs ocorram por ano no Brasil, sendo que metade dos casos ocorre em ambiente hospitalar, e outra metade em ambiente extra-hospitalar (5).

Na RCP, as atividades e procedimentos a serem implementados são elaboradas e revisadas pela American Heart Association (AHA) a cada cinco anos, sendo que o profissional de enfermagem deve fazer uma atualização para melhor atendimento do paciente (5).

No atendimento da PCR, o enfermeiro tem sua atuação juntamente com a equipe multiprofissional através de seu conhecimento científico, de trabalho sincronizado e

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organizado. No desempenho de suas atribuições, a equipe de enfermagem desenvolve uma perfeita integração com a equipe médica, tendo como objetivo a padronização da prestação da assistência de qualidade aperfeiçoando-se nas condições de recuperação do paciente (6).

Dado a necessidade de a enfermagem prestar cuidados de enfermagem específicos na PCR, utilizando como referência as diretrizes da American Heart Association, optamos por aprofundar nossos conhecimentos acerca desta temática.

Sendo assim, o objetivo desse estudo foi apontar os cuidados de enfermagem frente a um paciente em parada cardiorrespiratória.

Material e Métodos

Tratou-se de uma revisão descritiva da literatura, a qual foi conduzida de agosto a outubro de 2014, utilizando livros disponíveis no acervo da Biblioteca da UNIFRAN (Universidade de Franca), documentos oficiais da American Heart Association, do Ministério da Saúde (MS),e artigos levantados nas bases de dados, Scielo(Scientific Eletronic Library online), e Lilacs(Centro Latino-Americano e do Caribe de Informaçãoem Ciências da Saúde).

Os descritores do DeCS (Descritos em Ciências da Saúde), adotados para a busca dos referenciais foram: cuidados de enfermagem; parada cardíaca; American Heart Association e profissional de enfermagem.

Os critérios de inclusão dos artigos foram: artigos disponíveis na íntegra, em português, publicados de 2000 a 2014.

Foram selecionados, após aplicação dos critérios de inclusão, 13 artigos, quatro livros e seis documentos oficiais.

Revisão da Literatura

Compreender o processo fisiopatológico que se instala numa PCR é essencial para direcionar a tomada de decisão do enfermeiro frente a tal evento (9).

O mecanismo fisiopatológico da PCR ocorre ao final de uma cascata de anormalidades resultantes de problemas respiratórios, disfunções cardíacas e traumáticas, caracterizando-se como uma emergência médica com risco iminente de morte (9).

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Os danos decorrentes de uma PCR são rapidamente iniciados assim que o coração e o pulmão tem sua atividade interrompida. No entanto, os piores danos são os cerebrais, decorrentes da falta de oxigênio (hipóxia), provocada pela PCR (10).

O cérebro é um órgão que depende de altas taxas de oxigênio para seu funcionamento, portanto para cada um minuto que o indivíduo permanece em PCR, ele perde cerca de 10% da capacidade funcional do cérebro, e por isso há necessidade de realizar imediatamente o atendimento (10).

O atendimento da PCR deve ser considerado como conhecimento obrigatório e prioritário de todo profissional de saúde, independente de sua especialidade. O diagnóstico rápido e correto é a chave para o sucesso do atendimento (11).

Para apresentar uma sequência de eventos que se devem ocorrer para a eficácia no atendimento à parada cardiorrespiratória, existem os seguintes elos: o primeiro elo da sequência de atendimento envolve o reconhecimento precoce da PCR e o chamado do sistema de emergência disponível. O segundo elo é o suporte básico de vida e o terceiro elo é a desfibrilação precoce. O quarto elo é o emprego de medidas avançadas de suporte de vida, como a intubação e a utilização de drogas. O quinto elo são os cuidados pós-reanimação aplicados aos sobreviventes da PCR, como a hipotermia induzida (7).

Os sinais usados para o diagnóstico da PCR são: ausência de pulso em grande vaso, inconsciência, cianose e ausência de movimentos respiratórios (11).

O diagnóstico deve ser feito com a maior rapidez possível e compreende a avaliação de três parâmetros, além dos sinais: responsividade, respiração e pulso. A responsividade deve ser investigada com estímulo verbal e tátil. O estímulo verbal deve ser efetuado com voz firme e em tom alto, que garanta que a vítima seja capaz de escutar o socorrista. O estímulo tátil deve ser firme, sempre contralateral ao lado em que se posiciona o socorrista, para evitar que o mesmo seja agredido, involuntariamente, por pacientes semi-conscientes (12).

No que tange a causa de PCR de origem cardíaca, a FV é o ritmo de parada mais comum em ambiente extra-hospitalar. Esse ritmo e a TV se resolvem com a desfibrilação ventricular, que consiste na aplicação de impulso elétrico no tórax, levando as fibras miocárdicas a funcionarem nas mesmas fases do potencial de ação com a retomada do ritmo normal pelo nodo sinusal (11).

Com relação ao atendimento da vítima de PCR, o suporte de vida, básico e avançado, são descritos como sequências de ações que compreende ventilação, massagem cardíaca e desfibrilação, os quais devem ser instituídos o mais precocemente possível (13).

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Para atendimento da PCR (RCP) deve-se seguir a sequência abaixo, segundo a AHA (5).

O atendimento básico se inicia na massagem cardíaca com o mínimo atraso de tempo para a ventilação, o qual passou de ABC (via aérea, respiração e circulação (massagem) para CABD (circulação(massagem)), via aérea, respiração e avaliação neurológia), iniciando-se o atendimento com avaliação rápida da respiração, abolindo-se o procedimento de Ver, Ouvir e Sentir (procedimento anteriormente utilizado para se diagnosticar a parada respiratória), e indo direto para as compressões torácicas precoces. (5).

Deve-se iniciar o suporte básico de vida (CABD primário) e se necessário partir para a reanimação avançada (CABD secundário). O CABD primário é seguido de acordo com a sequência: C= circulação (compressão torácica externa após ausência de pulso); A= abertura e desobstrução de vias aéreas; B=respiração/ventilação e D= desfibrilação precoce. A letra C indica o início da sequência e indica que o paciente está com ausência de pulso carotídeo, devendo-se iniciar a compressão torácica externa, que resume na aplicação rítmica de pressão sobre o tórax do paciente com uma freqüência de no mínimo 100 vezes por minuto (5).

O CABD secundário é caracterizado pela realização de procedimentos invasivos de suporte ventilatório e circulatório, como a intubação endotraqueal, acesso venoso e administração de medicamentos, seguido de acordo com a sequência: C= circulação: monitorar identificando ritmo e freqüência cardíaca através do monitor cardíaco, obter acesso venoso e administrar medicações prescritas pelo médico; A= intubação: procedimento realizado pelo médico, no qual o enfermeiro auxiliará disponibilizando o material de aspiração conectado à rede de vácuo com a cânula na mão; B= boa ventilação: o enfermeiro deve confirmar a colocação do dispositivo nas vias aéreas através do exame físico, confirmando a eficiência através da saturação de oxigênio e elevação do tórax, fazendo a ausculta para confirmar a posição do tubo endotraqueal; D= após a desfibrilação, identificar e tratar as causas (5).

O socorrista deve iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, para reduzir a demora na aplicação da primeira compressão (5, 14).

As compressões torácicas eficazes restabelecem o fluxo sangüíneo durante a RCP e as diretrizes enfatizam os seguintes aspectos: para aplicação de compressões torácicas eficazes, todos os socorristas devem fazer compressão forte, rápida e sem parar; comprimir o tórax em frequência de no mínimo 100 compressões por minuto, para todas as vítimas (exceto recém- nascidos); permitir que o tórax recue totalmente (retorne à

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posição normal) após cada compressão e relaxamento; tentar minimizar as interrupções das compressões torácicas, pois cada vez que as compressões torácicas são interrompidas, o fluxo sanguíneo cessa (5,14).

A profundidade de compressão, em adultos, foi alterada da faixa de 1 1/2 a 2 polegadas para, no mínimo, 2 polegadas (5 cm). Quando a equipe de resgate chega ao local de uma parada cardíaca não testemunhada, fora do hospital, é razoável que os socorristas apliquem cinco ciclos de RCP (cerca de dois minutos), antes de verificarem o ritmo presente e tentarem a desfibrilação (14).

O enfermeiro deve focar sua atenção para a técnica de compressões torácicas, pois uma RCP bem sucedida depende principalmente da qualidade com que esta é realizada. Portanto o enfermeiro deve direcionar o socorrista, a realizar a massagem cardíaca externa colocando a região hipotenar sobre o esterno do paciente, evitando apoiar-se sobre o gradil costal, comprimir o tórax do mesmo cerca de 5 cm sem flexionar os membros superiores e permitir seu retorno à posição inicial (15).

Deve-se procurar presença de sangue, dentes quebrados, conteúdo gástrico e objetos estranhos na boca do paciente. Na presença de líquidos, os mesmos devem ser aspirados, e na presença de sólidos deve-se retirá-los com uma pinça (16).

Durante a ventilação, o enfermeiro deve averiguar se o paciente apresenta movimentos torácicos, ruídos respiratórios e fluxo de ar exalado. Se o paciente estiver ventilando, o enfermeiro deve lateralizar o mesmo na posição de recuperação e reavaliar a ventilação, porém se identificar apneia (ausência de ventilação espontânea superior a 20 segundos), será fornecido duas ventilações de resgate com duração de um segundo com volume capaz de expandir o tórax, através do dispositivo bolsa-máscara (AMBU). Não é recomendado ventilar o paciente direto boca-a-boca, devido ao risco biológico que esta manobra oferece (17).

A desfibrilação é a aplicação de uma corrente elétrica sobre o miocárdio por um curto período de tempo para reverter um quadro de arritmia, e deve ser executada imediatamente caso o desfibrilador detecte fibrilação ou taquicardia ventricular sem pulso (FV/TV), por outro lado, o mesmo não é recomendado para assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP), porém é comum no Brasil médicos desfibrilarem pacientes em assistolia (16).

O uso do desfibrilador externo automático (DEA) é comumente usado no ambiente extra-hospitalar, por se tratar de um equipamento portátil, computadorizado, provido de software que analisa o ritmo cardíaco do paciente. Todavia no ambiente intra-hospitalar, o desfibrilador convencional é o mais utilizado e pode apresentar dois tipos de ondas de

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desfibrilação: a monofásica, que utiliza 360 Joules, em todos os choques e a corrente elétrica passa pelo coração em uma única direção, e onda bifásica, que utiliza 200 Joules de energia e a corrente flui em duas direções (16).

O enfermeiro, portanto deve ter conhecimento sobre como utilizar um DEA e/ou um desfibrilador convencional, orientando os socorristas, que após cinco ciclos de RCP irá expor o tórax do paciente, conectar pás/eletrodos de tamanho ideal com gel condutor na região esterno-ápice, sendo que em pacientes com marca-passos, as pás ou eletrodos deverão estar, pelo menos, a 2,5 cm de distância do gerador de pulsos. Outro dado importante na assistência de enfermagem é o reconhecimento pelo enfermeiro das arritmias comuns da PCR, pois o reconhecimento precoce dos ritmos passíveis de choque como FV e TV aumentam o prognóstico do paciente, sendo assim a FV é caracterizada por complexos QRS/T polimórficos, com ausência de onda P e a TV é caracterizada por complexos QRS/T monomórficos (15).

Diante do exposto, observa-se que, cabe à equipe de enfermagem a responsabilidade pelos cuidados intensivos ao paciente em PCR, durante a RCP e após essa intervenção, por meio da avaliação permanente, da vigilância, e da realização de procedimentos e técnicas que complementam a terapêutica médica, embasado em diretrizes para a assistência de enfermagem, garantindo a continuidade de um trabalho integrado, atuando também na orientação e no acolhimento dos familiares (19).

Como parte da organização desse ambiente de atendimento à vítima em PCR, os enfermeiros devem adotar estilos de liderança participativa, compartilhar e ou delegar funções, sendo as principais habilidades, para o gerenciamento assistência de enfermagem, a comunicação, o relacionamento interpessoal, a liderança, a tomada de decisão e a competência técnica (19).

O enfermeiro deve estabelecer acesso venoso de grande calibre, com soro fisiológico 0,9% nos membros superiores ou na jugular externa e administrar os fármacos recomendados pelo médico, injetando após cada fármaco 20 ml de fluido (água destilada ou soro fisiológico 0,9 %) em bolus e elevar o membro por cerca de 10 a 20 segundos, porém se o mesmo não conseguir um acesso periférico é recomendável realizar um acesso intra-ósseo (IO) (20).

Quando o paciente está apneico (sem respirar), é introduzido um dispositivo avançado para ventilação, como Tubo Endotraqueal ou Máscara Laríngea. Na intubação endotraqueal o tubo é inserido direto na traquéia para manter o controle definitivo das vias aéreas. A Máscara Laríngea é um dispositivo composto por uma máscara na extremidade

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distal, que é introduzido na faringe e o balonete insuflado, proporcionando assim, uma vedação eficaz e uma via aérea livre até o interior da traqueia (21).

Após o médico colocar um dispositivo avançado de via aérea, o enfermeiro pode auxiliá-lo confirmando se a via aérea alcançada está na posição adequada, através da ausculta do epigástrico, das bases e ápices pulmonares e da observação da expansão torácica. Portanto, deve-se fornecer ventilação com pressão positiva a 100% de oxigênio numa sequência de oito a dez ventilações por minuto, sem pausa para as compressões torácicas, através da combinação bolsa-máscara (AMBU) e uma via aérea avançada (5, 21).

Considerando a natureza aguda e grave da PCR, a oferta de cuidados de enfermagem aos pacientes com PCR deve ser rápida, eficiente, com habilidade técnica e conhecimento científico, e é fundamental que o enfermeiro e a equipe que atua em PCR goste daquilo que faz e estejam sempre dispostos a viverem situações estressantes, devendo estar sempre tranqüilos, serenos e seguros (23).

Conclusão

O atendimento da PCR deve ser considerado obrigatório e prioritário em todos os serviços de saúde e o diagnóstico rápido e correto é a chave para o sucesso e reversão desse quadro.

O diagnóstico deve ser feito com a maior rapidez possível, não sendo permitido indecisões e compreende a avaliação. Uma vez constatado o diagnóstico, deve ser iniciado precocemente as manobras de RCP.

Os enfermeiros devem adotar estilos de liderança participativa, compartilhando ou delegando funções a sua equipe técnica, sendo uma de suas habilidades este gerenciamento nas situações de emergência.

Portanto, a assistência de enfermagem, a comunicação, o bom relacionamento interpessoal, a liderança, a tomada de decisões, e a competência técnica são elementos essenciais do enfermeiro que atua no atendimento de PCR.

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Referências

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maio 2014]; 6(1):89-103. Disponível em: http:

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