Estrutura da Matéria
Profª. Fanny Nascimento Costa
(fanny.costa@ufabc.edu.br)Aula 01
• Do macro ao micro
• Partículas elementares • Interações fundamentais
Terça-Feira: 19:00 h às 21:00
Quinta-Feira (quinzenal): 19:00 h às 21:00 h
Horário das aulas
Provas
Serão aplicadas duas provas regulares (P1 e P2). Para o conceito final, será considerado o conceito médio das duas provas.
A prova substitutiva (SUB) será aplicada apenas aos alunos que tiverem justificativa legal.
A prova de recuperação (REC): estudantes que obtiverem conceito D ou F terão direito de realizar esta prova. O conceito final neste caso será determinado pela média ponderada: (P1+P2+2REC)/4.
Conceito De Até A 85% 100% B 70% 85% C 50% 70% D 40% 50% F 0 40%
A: desempenho excepcional, demonstrando excelente compreensão da disciplina B: bom desempenho, demonstrando capacidade boa de uso dos conceitos da
disciplina;
C: desempenho adequado, demonstrando capacidade de uso dos conceitos da
disciplina e capacidade para seguir em estudos mais avançados;
D: aproveitamento mínimo dos conceitos da disciplina, com familiaridade
parcial do assunto, mas demonstrando deficiências que exigem trabalho
adicional para prosseguir em estudos avançados;
F: reprovado. A disciplina deve ser cursada novamente para a obtenção de crédito;
O: reprovado por falta se tiver mais de 25% de falta. A disciplina deve ser cursada novamente para a obtenção de crédito.
P1 - 06/07/2017
Datas e conteúdo das provas
Partículas e forças fundamentais da natureza; Unidades e dimensões; Evidências do Átomo na Química; Lei dos Gases, gases reais, o número de Avogrado; Experiência de Thomson e Milikan, descoberta do Elétron;
Radioatividade; Descoberta do núcleo; Modelos atômicos; Modelo de Bohr e espectros atômicos; Radiação de corpo negro; Efeito Fotoelétrico; Mecânica Quântica: Dualidade onda‐partícula; Princípio da Incerteza.
P2 - 03/08/2017
Orbitais, números quânticos e o átomo de hidrogênio; Átomos
multieletrônicos, spin, princípio da exclusão e periodicidade; Representação de Lewis, Regra do Octeto e ligações químicas; Modelo de repulsão dos pares de elétrons da camada de valência, geometria molecular e polaridade;
Hibridização e teoria da ligação de valência; Teoria dos orbitais moleculares; Interações intermoleculares.
SUB - 08/08/2017 Toda a matéria.
Bibliografia Básica
• ATKINS, P. W.; JONES, Loretta. Princípios de Química:
questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3 ed. Porto
Alegre: Bookman, 2006. 965 p.
• CARUSO, Francisco; OGURI, Vitor. Física Moderna: origens
clássicas e fundamentos quânticos. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006. 608 p.
• MAHAN, Bruce M.; MYERS, Rollie J. Química: um Curso
Desde sempre, o ser humano olha ao seu redor e
faz perguntas.
Por que existe uma “mancha clara”, de formato
alongado, no céu? Do que ela é feita? Como surgiu?
Muitas respostas que
foram dadas a estas
perguntas são
profundamente ligadas
à cultura e história dos
povos, às suas crenças
religiosas e sua
A
ciência
é uma forma de abordar questões como essa. Ela
procura primar pela objetividade, pela clareza e pela
precisão.
É uma tradição de pensamento em que estas qualidades são
buscadas e valorizadas, e onde a verificação experimental é
considerada como o argumento fundamental.
... aprendemos que o sol é
apenas uma entre uma
infinidade de estrelas que
se aglomeram em galáxias.
A faixa iluminada no céu é
a imagem que temos de
nossa galáxia, vista de
dentro.
A ciência nasce de uma
característica fundamental do
espírito humano: a
CURIOSIDADE
.
Além disso, a ciência também é muito
útil e permite aprimorar nossa
Para
atender
aos
critérios
de
objetividade, clareza e precisão, a
MATEMÁTICA
tornou-se uma ferramenta
básica da ciência.
“O livro da natureza é
escrito em caracteres
matemáticos”.
A ciência permite ao conhecimento
humano ultrapassar seus próprios
limites físicos.
A ciência consegue estender a
compreensão do ser humano para
estruturas extremamente
Interações
Tecnologias
Estruturas
Átomo
• Estruturas: (do macro ao micro) universo, galáxias, estrelas/planetas, matéria macroscópica, moléculas, átomos, elétrons e núcleo, prótons e nêutrons, hádrons e léptons, quarks;
• Interações: 4 fundamentais (eletromagnética, gravitacional, nuclear forte, nuclear fraca), ligações químicas, forças intermoleculares, estados da
matéria, matéria macroscópica, domínio da gravidade (órbitas, formação de planetas, estrelas e galáxias, síntese de elementos químicos, anãs-brancas, estrelas de nêutrons e buracos negros);
• Tecnologias: aceleradores e reatores nucleares, RMN, laser, nanotecnologia, química, bioquímica, semicondutores, microeletrônica, computação,
microbiologia, eletrônica, mecânica, aviação, astronáutica, etc.
13
Dimensões das Estruturas do
Universo
10 milhões de anos-luz (1023m) de
distância da Via Láctea.
14
1 milhão de anos-luz (1022m)
Torna-se visível o espiral
Vamos nos aproximar e entender a estrutura daquilo
que nos cerca.
Dimensões das Estruturas do
Universo
15
100.000 anos-luz (1021m)
Nosso sol mal pode ser vista!
Dimensões das Estruturas do
Universo
16
100 anos-luz (1018m)
Nada além de estrelas
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 ano-luz (1016m)
O Sol aparece bem pequeno
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 trilhão de quilômetros (1015m)
O Sol um pouco maior
Dimensões das Estruturas do
Universo
100 bilhões de quilômetros (1014m)
O Sistema Solar começa a aparecer
Dimensões das Estruturas do
Universo
10 bilhões de quilômetros (1013m)
Nosso Sistema Solar mais definido
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 bilhão de quilômetros (1012m)
Órbitas de: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte e
Júpiter
Dimensões das Estruturas do
Universo
100 milhões de quilômetros (1011m)
Órbitas de: Vênus, Terra e Marte
Dimensões das Estruturas do
Universo
10 milhões de quilômetros (1010m)
Parte da órbita da Terra
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 milhão de quilômetros (109m)
Pode ser vista a órbita da Lua
Órbita da Lua
Dimensões das Estruturas do
Universo
100.000 quilômetros (108m)
A Terra ainda pequena
Dimensões das Estruturas do
Universo
10.000 quilômetros (107m)
O Hemisfério Norte da Terra
Dimensões das Estruturas do
Universo
1.000 quilômetros (106m)
Foto característica de satélite (estado da
Flórida, USA)
Dimensões das Estruturas do
Universo
100 quilômetros (105m)
da superfície.
Cidade de Tallahassee na Flórida USA, um pouco mais próximo...
Dimensões das Estruturas do
Universo
10 quilômetros (104m)
Os quarteirões mal são vistos
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 quilômetro (103m)
É possível a prática de paraquedismo
Dimensões das Estruturas do
Universo
UFABC!!!
Campus SA
Dimensões das Estruturas do
Universo
100 metros (102m)
Vista típica de helicóptero
Dimensões das Estruturas do
Universo
10 metros (101m)
Vista típica de edifício
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 metro (100m)
Quando olhamos algo com o braço esticado...
Dimensões das Estruturas do
Universo
10 centímetros (10-1m)
Pode-se tocar nas folhas
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 centímetro (10-2m)
É possível sentir o cheiro da folha
Dimensões das Estruturas do
Universo
100 mícrons (10-4m)
As células praticamente
estão definidas
Dimensões das Estruturas do
Universo
10 mícrons (10-5m)
As células aparecem
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 mícron (10-6m).
O núcleo da célula já fica visível
Dimensões das Estruturas do
Universo
1.000 angstroms (10-7m)
Os cromossomas aparecem
Dimensões das Estruturas do
Universo
100 angstroms (10-8m)
A cadeia de DNA pode ser visualizada
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 nanometro (10-9m)
Os blocos cromossômicos
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 Angstrom (10
-10m)
Dimensões das Estruturas do
Universo
10 picometros (10
-11m)
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 picometro (10
-12m)
Dimensões das Estruturas do
Universo
100 fermis (10
-13m)
Dimensões das Estruturas do
Universo
10 fermis (10
-14m)
Dimensões das Estruturas do
Universo
1 fermi (10
-15m)
Dimensões das Estruturas do
Universo
Neste curso, vamos mostrar um pouco da resposta que a
ciência forneceu a duas perguntas:
•
Do que a matéria é feita? (átomos, moléculas)
•
Por que a matéria se organiza da forma como ela se
organiza? ( Interações )
Estas respostas não são simples. A humanidade levou
séculos para desenvolvê-las. Muitas partes destas
respostas envolvem uma matemática muito complicada, que
não podemos descrever neste curso. Muitas vezes vamos
apresentar “regras” que não poderemos justificar por não
dominar a matemática necessária.
Física de Altas Energias
Estrutura da Matéria
10-10m 10-14m 10-15m <10-18m 10-9m Matéria <10-19mMolécula Átomo Núcleo
prótons, nêutrons, mésons, etc. top, bottom, charm, strange, up, down Matéria condensada/Nanociência/Química Hádron (Bárion) Elétron (Lepton) u Quark 10-2m Física Nuclear Física Atômica
A natureza elementar da matéria é estudada através de
experimentos de colisões.
LHC, próximo a Genebra, na fronteira Suíça - França.
Túnel de 27Km de circunferência, a 100 metros de profundidade, com equipamentos resfriados a hélio líquido a uma temperatura de −271.25° C
PARTÍCULAS ELEMENTARES
Detectores de partículas
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Experimentos mostraram um “zoológico” de partículas que podem ser criadas em determinadas condições mas que não existem normalmente na natureza.
quark up quark down neutrino do elétron elétron quark charm quark strange neutrino do múon múon quark top quark botton neutrino do tau tau
PARTÍCULAS ELEMENTARES
Estrutura interna do átomo
Tudo que existe no universo é feito de átomos, que por sua vez são feitos por partículas menores, indivisíveis, chamadas de partículas elementares.
Pergunta: como as partículas
elementares conseguem se organizar em estruturas de tamanhos tão diferentes, e tão complexas, como observamos na natureza?
Resposta: em última instância, graças
às interações fundamentais (ou
forças elementares) que são sentidas
FORÇA
INTERAÇÃO
interação (s. f.)
1. Influência recíproca de dois ou mais elementos.
(…)
3. Fís. Ação recíproca que ocorre entre duas partículas.
fonte: www.priberam.pt/DLPO
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A noção de interação está ligada
basicamente aquilo que conhecemos, na física de Newton, como força, isto é, uma influência exercida por um corpo sobre o outro.
Sabemos, pela 3ª lei de Newton, que esta influência sempre é recíproca.
A maior parte das interações (forças) que vemos no dia-a-dia exigem um contato direto entre os corpos envolvidos.
Algumas forças, contudo, agem mesmo que não
haja contato direto entre os dois corpos envolvidos. Exemplo: uma maçã sendo atraída pela Terra
devido à força gravitacional.
INTERAÇÕES FUNDAMENTAIS
INTERAÇÕES DE CONTATO
INTERAÇÕES
MEDIADAS
POR UM CAMPO
INTERAÇÕES FUNDAMENTAIS
sites.google.com/site/alyssonferrariGRANDE LISTA UNIVERSAL DAS INTERAÇÕES
● PUXÕES ● EMPURRÕES ● ATRITO ● ... ● INTERAÇÃO GRAVITACIONAL interações de contato interações de campo FORÇAS ELÉTRICAS FORÇAS MAGNÉTICASINTERAÇÕES FUNDAMENTAIS
sites.google.com/site/alyssonferrariGRANDE LISTA UNIVERSAL DAS INTERAÇÕES
● PUXÕES ● EMPURRÕES ● ATRITO ● INTERAÇÃO GRAVITACIONAL ● INTERAÇÃO ELETROMAGNÉTICA interações de contato interações de campoAo longo do século XIX descobriu-se profundas relações entre o campo elétrico e o campo magnético.
Na verdade, não são dois campos separados: são dois aspectos de um único fenômeno, o que se chama campo
eletromagnético.
James Clerk Maxwell foi o descobridor deste fato,
formulando as chamadas equações de Maxwell, que você futuramente estudará.
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Relembremos que o átomo é composto por partículas com carga negativa (elétrons) e positiva (prótons) em igual número, ou seja, tipicamente o átomo é eletricamente neutro.
Uma vez que os átomos são neutros, o que faz com que eles se unem formando moléculas estáveis?
Resposta: A força residual eletromagnética.
As partes carregadas de um átomo podem interagir com as partes carregadas de outro átomo. Isso permite que diferentes átomos mantenham-se ligados.
A força eletromagnética é responsável, em última instância, por todas
as ligações químicas entre átomos.
Ou seja, toda a química existe porque existe a interação eletromagnéticas. Ela é responsável por todas as propriedades
químicas dos diferentes elementos.
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A vida depende
necessariamente de um conjunto extremamente
complexo de reações químicas. Por isto, a existência da interação
eletromagnética é também, em última instância, o que propicia
a existência da vida.
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FORÇAS DE CONTATO
não
são mais que o produto das
interações
eletromagnéticas
entre os átomos da superfície
dos materiais.
FORÇAS COMO
● PUXÕES
● EMPURRÕES ● ATRITO
não são elementares, mas sim resultados de interações
eletromagnéticas.
Além disso, sempre que temos duas superfícies “em contato”, os átomos que compõem as duas superfícies estão tão próximos que podem exercer forças eletromagnéticas uns entre os outros...
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LISTA DAS FORÇAS (INTERAÇÕES) ELEMENTARES
● INTERAÇÃO GRAVITACIONAL
● INTERAÇÃO ELETROMAGNÉTICA
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INTERAÇÕES FUNDAMENTAIS
GRANDE LISTA UNIVERSAL DAS INTERAÇÕES
● PUXÕES ● EMPURRÕES ● ATRITO ● INTERAÇÃO GRAVITACIONAL ● INTERAÇÃO ELETROMAGNÉTICA interações de contato interações de campo
próton neutron
“FORÇA” NUCLEAR FORTE
“FORÇA” NUCLEAR FRACA
A lista de interações fundamentais está quase completa.
Existem só mais duas interações, que foram descobertas mais
recentemente, e que basicamente só “funcionam” dentro do núcleo atômico.
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A força eletromagnética tenderia a fazer o núcleo se despedaçar. Por outro lado, a força gravitacional é sempre atrativa, mas é fraca demais para “vencer” a força eletromagnética.
O núcleo é formado de prótons e nêutrons.
Os nêutrons tem carga nula os prótons tem carga positiva e se repelem uns aos outros. Por que então o núcleo não explode ?
A força nuclear forte é responsável por “colar” os quarks formando prótons e
neutrons, e também pela força de atração que mantêm os prótons e neutrons juntos no núcleo.
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Toda máteria estável no universo é composta por quarks mais leves (up e down) e pelo elétron que é o lépton carregado mais leve.
Interações fracas são as responsáveis pelo decaimento de quarks e léptons pesados em quarks e léptons mais leves.
Decaimento beta: um neutron transforma-se num próton, liberando um elétron e um neutrino.
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Interações Elementares
•
Interação gravitacional
•
Interação eletromagnética
•
Interação forte (ou nuclear forte)
•
Interação fraca (ou nuclear fraca)
Esta é, até onde sabemos, uma lista completa de todas as
interações elementares observadas no universo.
É uma lista surpreendentemente curta – representa uma grande síntese do conhecimento físico acerca do universo!
1 – Revista Scientific American Brasil, Edição Especial sobre o Universo, Vol. 2, 3, 4 e 5.
2 – Daltamir Justino Maia, J. C. de A. Bianchi, Química Geral :Fundamentos, Pearson Education do Brasil, Cap. 1 e 2, 2007.
3 – Theodore L. Brown, H. Eugene LeMay Jr., Bruce E. Bursten, Julia R. Burdge,
Química a Ciência Central, Pearson Education do Brasil, Cap. 3, 9ª. Ed., 2005.