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SELEÇÃO S E M A N A L 05 a 09 de Outubro de 2020

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Academic year: 2021

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O mercado abriu a semana otimista, principalmente devido à esperança da aprovação de mais estímulos fiscais nos Estados Unidos e a saída de Donald Trump do hospital após ser diagnosticado com Covid-19. Na sexta-feira, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, afirmou que segue confiante com o progresso sendo feito até o momento.

Na segunda foram divulgados os PMIs Compostos e de Serviços do Reino Unido e da Zona do Euro. Os indicadores de ambas as regiões apontaram um desempenho melhor do que o esperado pelo mercado, porém, pior do que o desempenho do mês

Atividades não-industriais dos Estados Unidos, que mensura a atividade do setor americano, foi divulgado. O índice, que em julho estava em 58,1 pontos, conseguiu se recuperar um pouco da queda em agosto e alcançou 57,8 pontos no mês de setembro. Na terça-feira, a agenda econômica seguiu com destaques. Na Alemanha, as encomendas à indústria subiram 4,5% em agosto. Para efeito comparativo, o crescimento no mês anterior (julho) foi de 3,3%. O resultado positivo superou as previsões dos analistas, que acreditavam em um crescimento de apenas 2,5%. Isso reforça a tese de uma possível retomada da economia alemã após a crise causada pela pandemia de covid-19.

Ainda pela manhã, o mercado europeu se animou com as declarações da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde. Em seu pronunciamento, a presidente defendeu o fortalecimento dos mercados de capitais e dos pagamentos digitais e também falou sobre a necessidade de novos estímulos econômicos.

Donald Trump retirando sua máscara em discurso na Casa Branca, 10 de outubro. Fonte: Reuters/Tom Brenner.

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No mesmo tom que Lagarde, nos EUA o presidente do FED, Jerome Powell, reforçou a necessidade de novos estímulos fiscais para apoiar o processo de recuperação da economia norte-americana. No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em suas redes sociais que a discussão sobre estímulos só acontecerá após as eleições, o que levou as bolsas americanas a encerrarem o dia no vermelho. Sem indicadores relevantes, a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos Estados Unidos ganhou a atenção do mercado nesta quarta. Na reunião dos dias 15 e 16 de setembro, o comitê discutiu o desempenho da economia norte-americana frente aos desafios causados pela pandemia de covid-19. Os diretores do FED, que compõem parte do FOMC, estão receosos de que a falta de estímulos fiscais por parte do governo possa prejudicar a recuperação da economia dos Estados Unidos.

Na quinta-feira, o mercado recebeu com bons olhos a notícia de que o presidente norte-americano, Donald Trump, parece ter mudado de ideia em relação aos estímulos fiscais. Na terça-feira, Trump publicou em

suas redes sociais que os estímulos só continuariam a ser discutidos após as eleições presidenciais. No entanto, o presidente declarou, em entrevista à FOX News, que as negociações com a Casa Branca estavam de volta e o acordo estava perto de ser fechado.

Os novos pedidos por seguro desemprego nos Estados Unidos diminuíram de 849 mil em agosto para 840 mil em setembro. O resultado foi de 20 mil novos pedidos a mais do que o esperado pelo mercado – 820 mil. Apesar da queda, o número de novos pedidos continua em um patamar elevado, o que explica a tensão em torno dos novos auxílios fiscais.

Na Ásia, o Índice de preços de gerente de compras (PMI) Caixin da China avançou de 54,0 em agosto para 54,8 em setembro. Este é o maior crescimento do índice em 3 meses e, segundo o comunicado da IHS Markit, o principal motivo dessa expansão foi o crescimento no número de novos negócios. Na sexta-feira, a agenda econômica arrefeceu. Na Europa, foi anunciado que o PIB do Reino Unido cresceu 2,1% em agosto. A economia britânica cresceu pelo quarto

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mês consecutivo. No entanto, mesmo com a recuperação, permanece 9,2% abaixo do nível pré-pandemia, em fevereiro.

Nos EUA, com a chegada das eleições, as conversas em torno de um novo estímulo fiscal esquentam e voltam a dar esperanças aos investidores de um possível novo auxílio antes das votações. Se essas expectativas se efetivarem, é esperado que Trump recupere parte do eleitorado que, até então, parece estar do lado de seu oponente.

Em terras tupiniquins, tivemos na última semana uma agenda econômica um tanto

quanto esvaziada, dando espaço para o tão temido cenário político brasileiro, cenário que teve um balanço um tanto quanto positivo no fechamento da semana.

Já na segunda-feira o Relatório Focus produzido pelo Banco Central do Brasil trouxe, pela quarta semana consecutiva, melhora nas projeções e expectativa de uma contração menos intensa na economia brasileira. Os destaques ficam para a projeção de inflação, que apesar da oitava alta consecutiva no indicador, ainda se encontra abaixo da meta central de 4%, e não menos importante, na melhora da previsão do Produto Interno Bruto (PIB) que agora apresenta uma queda de 5,02%. O Banco Mundial também revisou, na

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Probabilidades dos resultados das eleições, média de 8 casas de apostas. Fonte: Real Clear Politics.

C E N Á R I O

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feira (9) a estimativa para o desempenho do PIB brasileiro para uma queda de 5,4%, a projeção anterior era de um tombo de 8%, realizada em junho.

Após uma semana agitada e preocupante no cenário político, na terça-feira pudemos ver uma luz no fim do túnel com a reaproximação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Os dois protagonizaram atritos e trocaram farpas na semana anterior por conta de discussões sobre as privatizações e o atraso da reforma tributária, que ficou para depois das eleições municipais. Após um jantar de reconciliação, ambos se pronunciaram pedindo desculpas e estendendo uma bandeira branca.

Outros resultados que trouxeram um

momento de alívio em relação a recuperação da economia brasileira vieram da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE e a pesquisa de Indicadores Industriais divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No varejo, as vendas continuam registrando uma trajetória positiva, com crescimento de 3,4% no mês de agosto comparado ao mês anterior. Na indústria, setor que segue surpreendendo com uma das retomadas mais rápidas, trouxe na última pesquisa o dado de que o faturamento real da indústria da transformação superou o patamar pré-pandemia e a atividade se mantém em crescimento com o saldo positivo no nível de emprego, com avanço de 1,9%.

Na agenda econômica tivemos dois importantes indicadores para avaliar a situação atual. Na quarta-feira, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) trouxe uma alta de 3,30% em setembro, acumulando um avanço de 18,44% para os últimos 12 meses. Em setembro de 2019 o índice trazia uma alta de 3,0% no acumulado em 12 meses. No fim da semana, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), revelou um avanço de 0,64% em setembro, sendo o maior resultado para o mês desde 2003. O

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AGENDA INTERNACIONAL

A semana começa a se movimentar na terça-feira com a divulgação de dados do mercado de trabalho no Reino Unido. Teremos a divulgação da variação no número de desempregados no mês de setembro, cuja previsão é de 73,7 mil pessoas

desempregadas. A projeção é de 100 mil novos desempregados, número que deve confirmar a expectativa de 125 mil empregos a menos na divulgação do número de empregos trimestrais no país, que sai logo em seguida. Além disso, a taxa de desemprego do Reino Unido também deve sair, cuja expectativa é igual ao resultado do mês de agosto, que indicou que 4,1% dos britânicos estavam desempregados. Já na Alemanha teremos a divulgação mensal para nos preços dos alimentos para consumo em

domicílio.

Por fim, o desempenho do Ibovespa também trouxe uma pontada de esperança para os investidores. Após um mês de grande

redução dos riscos eleitorais nos Estados Unidos e a redução dos riscos fiscais e políticos graças à reaproximação do presidente da câmara Rodrigo Maia e do ministro Paulo Guedes.

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Desempenho IBOVESPA. Fonte: Valor Econômico.

P E R S P E C T I V A S P A R A

A P R Ó X I M A S E M A N A

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o mês de setembro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que deve cair 0,1%, e número de pedidos à indústria, que vêm enfrentando muita dificuldade para se recuperar dos impactos causados pela pandemia de covid-19 e, depois de uma das maiores quedas da história, viu o número de pedidos crescer apenas 2,8% no mês de agosto. Nos Estados Unidos também sairá o Índice de Preços ao Consumidor no mês de setembro, segundo as projeções, o IPC deve ficar em 0,2% - um pouco menor do que o resultado no mês de agosto, de 0,4%.

No meio da semana fica destaque para dados da Produção Industrial na Zona do Euro. Mesmo com dificuldade nos últimos meses, a produção na indústria europeia cresceu 4,1%, resultado um pouco melhor que o esperado pelo bloco econômico. Também na quarta-feira será divulgado nos Estados Unidos o Índice de Preços ao Produtor (IPP), dado que mede a variação dos preços médios de produção de bens e serviços no país - o IPP estadunidense foi de 0,3% no mês de agosto e é esperada uma pequena queda para o mês de setembro. Para fechar a semana, na sexta-feira, ocorre a divulgação do Índice de Preços ao

Consumidor da Zona do Euro, que mede a evolução dos preços de bens e serviços, com projeção de queda de 0,4% para o mês de setembro - caso as projeções se concretizem, será o quarto mês seguido de deflação na Zona do Euro.

AGENDA NACIONAL

A semana começa tranquila no Brasil com feriado de Nossa Senhora Aparecida na segunda-feira, o que muda a divulgação do Boletim Focus para terça-feira - que normalmente é divulgado no primeiro dia útil da semana.

Na quarta-feira serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os dados referentes ao Crescimento do Setor de Serviços, na divulgação anterior o indicador já mostrava uma queda anual de 11,9% por conta da pandemia. No entanto, o setor de serviços vem se recuperando e avançou 2,6% em setembro a expectativa para setembro é um avanço de mais 3,1%. Fechando a semana, logo na quinta-feira fica destaque para a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que ajuda a antecipar o resultado do PIB e auxilia na definição de

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