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EFEITOS DR DEFICIENCIR HIDRICR NR CULTURR DO MILHOeZea mays L.)

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Academic year: 2021

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EFEITOS DR DEFICIENCIR HIDRICR NR CULTURR DO MILHOeZea mays L.)

R~nilson Targino Dantas

Tantravahi VenKata Ramana Rao

Professores do Depto. de Ciências Rtmosféricas CCT - UFPB - Campus 11 - Campina Grande - Pb

RESUMO

O experimento foi conduzido em 1986 para estudar o comportamento do milho, quando sujeito'a deficiencia Ridrica. Esse trabalho foi realizado na àrea experimental do CPRTSR/EMBRRPR Petrolina - Pe. Os dados de umidade do solo, fenologia e morfologia da cultura, biomassas fresca e seca, ârea foliar, resistªncia estomâtica, temp~ratura da cobertura foliar e das folhas e do ar foram coletadas durante o cilco da cultura. Os indices de estresse diârio, estresse térmico e a varia~~o de

temperatura da cobertura foliar foram utilizados _ para monitoramento da deficiência hidrica. R anâlise de crescimento foi feita através da taxa de assimila~~o liquida.

INTRODUÇ~O

R produ~~o agricola nas regiaes âridas e semi-âridas do

mundo

e

quase que totalmente dependente da irriga~~o. Nas regiaes semi-âridas, a irriga~~o estâ sendo intensificada como meio suplementar à precipita~~o. Normalmente nas regiaes âmidas, os meios de irriga~~o est~o sendo usados apenas para reduzir

condi~aes de deficiência hidrica como consequência de poucas

semanas sem chuva.

Um dos aspectos da irriga~~o que tem recebido o interesse de todos, é aquele que se refere a data da irriga~~o. Cada dia, muitos agricultores usam um calemdârio para irriga~~o, outros preferem o uso de tabelas, e entretanto usam a âgua, desconhecendo assim a necessidade da planta. O ideal porém, é controlar de forma mais racional possivel, o instante e a quantidade de âgua suficiente para atender as necessidades da planta.

Em geral, técnicas para determinaç~o do calendârio de

irrigaç~o se baseiam em parâmetros do solo, da plantra e da

atmosfera. Conhecndo-se a capacidade de campo e ,o ponto de murcha, a informa~~o sobre a varia~~o de umidade do solo servirâ como estimativa da perda d'âgua por evapotranspira~~o e drenagem na zona de raizes.

Métodos baseados em parâmetros meteorol6gicos tem sido desenvolvidos por um grande nâmero de pesquisadores. Basicamente, esses métodos utilizam a temperatura do ar, radia~~o liquida,

press~o do vapor e velocidade do vento para determinar a

quantidade de âgua evapotranspirada no perido. Esses métodos n~o s~o bastante confiâveis, devido estarem relacionados às m~dias

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obtidas a partir de uma serie de observaç5es anuais, muitas vezes bastante reduzidas, e na maioria dos casos apresentando um alto coeficiente de variaç~o, e desvio padr~o elevado.

Medidas diretas de alguns parâmetros da planta, aparecer~o como metodo superior para determinaç~o do instante da irrigaç~o, pois a mesma responde pelos fatores do clima e do solo que esta

suje~ta. Tais metodos s~o geralmente limitados por constituirem

medidas individuais de partes da planta.

Estudos recentes, envolvendo o termômetro infravermelho,

mostram que podemos determinar a temperatura no topo da

vegetaç~o, para um campo compLetamente cultivado, ou apenas

partes caracterlsticas deste campo.

EHRLER (1973), trabalhando com algod~o, verificou diretamente a possibiLidade de usar a diferença de temperatura da folha menos a do ar como guia de turno de rega. T~NNER (1963), usou a termometria infravermelho para verificar às condiç5es do uso de medidas da temperalul'~ das plantas para detectar o estado de deficiência hidrica das mesmas, quando sujeitos à regimes d'agua diferentes. R~M~N~ R~O (1985), encontrou uma diferença de 8°c, ao meio ,dia, na temperatura do dossel da soja com deficiência

hldrica e a mesma irrigada. BL~D et alli (1985) tambem

encontraram diferença na temperatura do dossel de 6°c para o milho.

O objetivo deste trabalho

e

estudar os efeitos da

deficiência hidrica na referida cultura, levando em consideraç~o o crescimento da cultura, temperatura do dossel, biomassa, àrea foliar e resistência estomatica.

M~TERI~I5 E METODOS

Para execuç~o deste trabalho foi utilizado o campo

experimental da estaç~o de Bebedouro do [P~T5~/EMBRRP~,

localizado em Petrolina (09°09'5; 400 22'W; 365,5m), no Km 152 da

BR 428 no estado de Pernambuco. ~companhou-se desde o plantio (01 de outubro de 1986), ate a colheita (04 de fevereiro de 1987), o milho, da variedade jatinam [3 an~o, estando o mesmo sujeito à vàrios nlveis de irrigaç~o. Neste estudo foi utilizado dois tratamentos, sendo um mantido na capacidade de campo ou próximo desta, e outro sujeitro à deficiências hidrica. O plantio foi realizado manualmente, utilizando-se quatro sementes/cova, e dez dias após a emergência, realizou-se o desbaste, permanecendo dessa forma duas plantas/cova. ~ distância entre covas foi de 0,50 metros.

Para efeito de controle da irrigaç~o

e

necessario saber a quantidade de agua existente no solo, e para isso, utiLizou-se a

sonda de neutrons quase diariamente ~pós o controLe de

irrigaç~o, foram obtidos dados de temperatura da cobertura

foLiar, duas ou três vezes por semana, atraves do termômetro infravermelho, temperalura das folhas, duas vezes por semana atraves do porômetro LI 1600, e sempre que se fazia Leitura destas temperaturas fazia-se tambem leitura\da temperatura do ar usando-se o tern8metro infravermeLho ou o .sénsor do por8metro.

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RESULT~DOS E DISCUSSOES

~ figura 1 mostra que as plantas do tratamento 1 estiveram mais altas do que as plantas do tratamento 2. sendo que, essa diferença e t~o significativa quanto mais idosas estiverem. Na figura 2, o que se percebe, e que ate o dia 20 de novembro quase n~o houve diferença na biomassa seca para os dois trtamentos, no entanto, a partir dessa data o tratamento 1 mostrou-se valores mais elevados desse parâmetros. distanciando-se cada vez mais ate o dia 18 de dezembro. '~ figura 3 mostra que, jà no dia 06 de

novembro havia diferença das àrea~ foliar para os dois

tratamentos. sendo que a màxima diferença ocorreu no dia 11 de dezembro, e a partir dai. observa-se ainda essa diferença. mas os valaores de àrea foliar do tratamento 1 e 2 decresceram. Como mostra a figura 4, a temperatura do dossel no tratamento 1 sempre esteve abaixo da temperatura do tratamento 2. e de acordo com o perfil. essas temperaturas cresceram de manh~a para tarde (15:00 hs). Pelo o que se observa. a fiyura 5 apresenta valores de resistência estomàtica do tratamento 1 inferiores aqueles valores

encontrados para o tratamento 2 para todo o perlodo de

observações. mostrando que a maior diferença encontrada foi da ordem de 1,5 s/cm. e que ainda a tarde ocorre uma pequena

elevaç~o dos valores da resistência estomàtica.

~ tabela 1 mostra que com relaç~o ao IED. o tratamento 1 sempre esteve em média com temperatura do dossel inferior a temperatura do ar, enquanto o tratamento 2, a temperatura do dossel sempre foi superior a temperatura do ar. com relaç~o a VTCF, o tratamento 1 teve em média, uma variaç~o de temperatura ao, longo do dia de 5,8°c, enquanto no tratamento 2, essa variaç~o foi de 8,4°c, ainda com relaç~o a T~L. verifica-se que a taxa de crescimento média do tratamento 1 foi bem superior ao tratamento 2, e como mostra os dados em média. isto se dâ na ordem de três vezes ou m~is. ~ tabela 2 mostra que de acordo com o lLf, o

tratamento 2 sempre se encontrou mais aquecido do que o

tratamento 1, sendo que esa diferença é crescente com o

aquecimento do meio ambiente ao longo do dia. REFERENCI~S BIBLIOGR~FIC~S

BL~D.B.L.i R~MAN~ RAO,T.V.

&

G~RDNER, B.R. Monitoring water

stress in soybean and corn with remote sensing techniques.

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Agricultural Meteorology and Climatology. Uni~ersity of Nebraska - Lincoln. USA. 253 pages. 1985.

EHRLER, W.L. Cotton leaf temperatures as related to soil water depletion and meteorological factors. Agronomv Journal 65: 404-409,1973.

RAMA NA RAO, T.V.Monitoring water stress i~ sovbeans with remote sensing technigues. PhD. Dissertation. University of Nebraska -Lincoln, NE, U.S.A. 174 pages. 1985.

TANNER, C. B. Plant temperatures. Agronomy Journal. 55:210-211,1963.

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temperatura da cobertura foLiar e taxa assimiLação Liquida. média média de de ;

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TabeLa 2: Indice médio de estresse térmico. lETe C) HDRRRlDS I t , - - - , I I t - - - 1 09:00 1.61 I - - - 1 10:00 1.84 t

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