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ANGOLA
30 DIAS
Agosto 2017
Research
ATLANTICO
Índice
Sumário executivo
Mercado Monetário
Inflação
Mercado Cambial
Finanças Públicas
Economia Real
Economia Regional
Cobertura de Noticias
Tabela de Indicadores
Outras Publicações
Research
ATLANTICO
01.
Sumário
Executivo
• As eleições gerais realizadas em Agosto do ano corrente marcaram o mês. A essência das campanhas giravam em torno da melhoria dos indicadores socioeconómicos,
como o desemprego, peso do sector público na
economia e corrupção. A proposta que melhor
convenceu os eleitores ditou o partido vencedor, MPLA, que também tem a tarefa de lançar as sementes da diversificação e do desenvolvimento económico.
• Entretanto, alguns indicadores económicos começam a
dar sinais de recuperação. Por exemplo, o indicador de
clima económico, apesar de continuar em terreno
negativo, registou uma ligeira recuperação, tendo
expandido de -24 pontos no Iº trimestre para -21 pontos no IIº trimestre.
• Para o ano de 2017, generaliza-se a expectativa de que a performance da economia angolana em 2017 superará a verificada em 2016. O Fundo Monetário Internacional, no seu relatórioWorld Economic Outlookde Abril de 2017, prevê uma melhoria do PIB per capita de 3.502 USD em 2016 para 4.342 USD em 2017.
• Em contraste, a massa monetária mantém tendência de
queda, segundo os últimos dados divulgados pelo BNA. O Agregado monetário M2 diminuiu 5,87% em Julho de 2017 em comparação ao ano transacto. Por sua vez, o agregado M1 diminuiu 10,93% no mesmo período, que sinaliza alguma estabilidade dos depósitos a prazo (quase-moeda) ao longo do período em análise.
• As recentes reduções da taxa de juro da Facilidade
Permanente de Absorção de Liquidez a 7 dias,
contribuiu para a diminuição das aplicações dos bancos comerciais nessa modalidade junto do BNA, em 66% para 105,02 mil milhões KZ em Julho.
• O índice de preços ao consumidor (IPC) registou
aumento de 0,19 p.p. fixando-se em 1,77% no mês de Julho, o maior registo mensal desde Abril do ano corrente, quando a taxa estabeleceu-se em 2%. No entanto, apesar do registo mensal, a taxa de inflação homóloga situou-se em 29,01%, abaixo de 30% pela primeira vez no ano, nível que não é alcançado desde Maio de 2016, quando estabeleceu-se em 29,23%.
• A trajectória de queda regista-se também no Índice de
Preços Grossista (IPG) e no Índice dos Produtos de
Preços Vigiados (IPPV). Destacando-se que o IPG
reduziu pelo terceiro mês consecutivo, sendo apurado uma redução de 4 p.b. em Julho face ao mês transacto, situando-se 1,13%. Em termos homólogos, foi apuarad uma variação de 23,35%.
• A estabilidade da taxa de câmbio no mercado primário
resulta da política adoptada pelo Banco Central para a redução do nível geral de preços e, consequentemente, desacelerar a taxa de inflação. A taxa de câmbio mantém-se em 165,91 KZ por cada moeda de dólar e 185,39 KZ por cada unidade de euro.
• O primeiro impacto do resultado das recentes eleições sobre as receitas e despesas nacionais poderá se fazer
sentir a partir do último trimestre, aquando da
elaboração do Orçamento Geral do Estado de 2018.
• O Tesouro recebeu autorização presidencial de emissão deeurobondscom limite máximo de 2 mil milhões USD. Na semana em que a informação tornou-se pública, a
yield dos eurobonds angolanos com vencimento em 2025 registou aumento de 29 p.b., o equivalente a 0,29 p.p., atingindo 8,42% na referida semana.
• A medida de adopção de alternativas ao crude faz-se
necessária diante de perspectivas pouco positivas sobre o sector, como a exportação de crude prevista para Agosto de 2017 que poderá fixar-se em 1,612 milhões barris/dia, nível que representa uma redução de 2,1% em relação ao registo de Julho, de acordo com dados divulgados pela Bloomberg.
• Em linha com os objectivos governamentais, a Câmara
de Comércio Angola/China abordou, em reunião
realizada no mês de Agosto, o interesse de aumentar as
transacções entre os dois países no sector
não-petrolífero, que representa cerca de 3% das trocas comerciais actuais.
• A redução da taxa de inflação apresenta-se como uma
característica comum nas economias africanas que têm sido afectadas pela diminuição da procura de matérias-primas, contribuindo para que alterem suas políticas monetárias de contraccionistas para expansionistas.
02.
Mercado
Monetário
• A massa monetária mantém tendência de queda,
segundo os últimos dados divulgados pelo BNA. O Agregado monetário M2 apresentou uma redução de 5,87% em Julho de 2017, comparativamente ao ano transacto. Por sua vez, o agregado M1 diminuiu 10,93% no mesmo período, que sinaliza alguma estabilidade dos depósitos a prazo (quase-moeda) ao longo do período em análise.
• As recentes diminuições da taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez a 7 dias, de 7,25% no inicio do ano para 2,75% no inicio do segundo
semestre, reduziram as aplicações dos bancos
comerciais junto do BNA nessa modalidade, de 309,49 mil milhões KZ em Maio (isto é, antes de se ter dado inicio ao corte da taxa de juro) para 105,02 mil milhões KZ em Julho.
• Tanto o Mercado Monetário Interbancário (MMI) quanto o Mercado de Dívida foram impactados positivamente como resultado do reajuste das taxas de juro, contudo
em uma proporção inferior face ao nível de redução das aplicações em operações de Facilidade de Absorção.
• O volume de transacções no MMI aumentou de 104,33
mil milhões KZ em Maio a 111,82 mil milhões KZ em Julho. O volume de emissões de títulos do tesouro,
apesar do aumento de Maio a Junho de 55,91%,
apresentou uma redução de 31,78% de Junho a Julho. Portanto, as emissões passaram apenas de 152,59 mil milhões em Maio a 162,29 mil milhões KZ em Julho.
• As taxas de juro permanecem relativamente altas na
economia. As taxas de juro Luibor mantiveram-se entre 18,63% e 23,90% em Julho, diferindo pouco face ao intervalo de 19,06% e 23,66% apurado em Janeiro, que reflecte a redução das transacções entre os bancos ao longo do ano corrente.
• Em uma análise isolada, a Luibor Overnight atingiu
22,35% em Julho, com uma variação de 0,05 p.p. face ao mês anterior e 8,43 p.p. face ao período homólogo.
FONTE: BNA FONTE: BNA
Variação homóloga da Massa Monetária (%) Taxas de Juro do BNA
0 3 5 8 10 13 15 18 20
jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17
Taxa BNA Cedência O/N Absorção O/N Absorção 7 dias
OMA 28 dias OMA 6 3 dias Redesconto
-10,9 -5,87 -16 -6 4 14 24 34
jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 jul/17
03.
Inflação
• A taxa de inflação acumulada, usando como referência a província de Luanda, atingiu 15,12% em Julho de 2017, mantendo-se 68 p.b. abaixo da meta de 15,8% definida no Orçamento Geral do Estado do ano corrente. Em relação ao período homólogo de 2016, a inflação acumulada actual representa uma redução de 11,54 p.p.
• A análise da variação mensal do índice de preços ao
consumidor (IPC) revela que em Julho a taxa
apresentou aumento de 0,19 p.p., fixando-se em 1,77%, o maior registo mensal desde Abril do ano corrente, quando a taxa estabeleceu-se em 2%. O registo mensal contribuiu para que a taxa homóloga se situasse em 29,01%, abaixo de 30% pela primeira vez no ano, nível que não é alcançado desde Maio de 2016, quando a taxa estabeleceu-se em 29,23%.
• A classe “Mobiliário, Equipamento Doméstico e
Manutenção” apresentou a maior variação em Julho, de 3,07%. Em relação à contribuição para o registo mensal, o destaque recai sobre a classe “Alimentação e Bebidas Alcoólicas”, cujo peso supera os 40%.
• O IPC nacional mensal que tem crescido menos de 2%
desde Março, apresentou aumento de 0,17 p.p. em Julho, para 1,69%. Apesar da evolução, contribuiu para a variação homóloga atingisse 27,29%, que representa uma redução de 3,22 p.p. em relação ao registo de Junho. Os maiores aumentos da taxa mensal foram registados em Benguela e Zaire, fixando-se em 2,15% e 2,10%, respectivamente.
• A trajectória de queda do Índice de Preços Grossista manteve-se, com a taxa a reduzir pelo terceiro mês
consecutivo, em 4 p.b., para 1,13% em Julho,
contribuindo para que o registo homólogo reduzisse em
4,04 p.p., para 23,35%. O preço dos produtos
importados aumentou 1,14%, contra a subida de 1,1% registada nos produtos nacionais.
• O Índice dos Produtos de Preços Vigiados (IPPV) que
reflete a evolução dos preços vigiados nos mercados grossistas e retalhistas, reduziu de 1,76% na primeira semana de Julho para 0,82% na semana de 24 a 28 de Julho.
FONTE: INE e BNA FONTE: INE
Taxa de Inflação Homóloga (%) Taxa de Inflação e Massa Monetária (%)
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 -8 5 18 31 44
jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 jul/17
Inflação Homóloga M2 Inflação mensal (dir.)
31,9 29,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
04.
Mercado
Cambial
• O Banco Nacional de Angola disponibilizou divisas no montante de 847,085 milhões EUR durante o mês de Julho, que corresponde a uma redução de 7% face ao mês de Junho e 11% em comparação ao período
homólogo. No entanto, apesar da tendência
decrescente a variação mensal representa a menor contração desde início do ano corrente.
• Durante o período em análise, registou-se uma
estabilidade da taxa de câmbio no mercado primário e no mercado informal, apesar de que, em relação a este último, a moeda é transaccionada quase ao dobro da taxa de câmbio formal.
• Relativamente ao mercado primário, a estabilidade da taxa resulta da política adoptada pelo Banco Central com o intuito de garantir a redução do nível geral de preços e, consequentemente, desacelerar a taxa de
inflação. A taxa de câmbio mantém-se em 165,91 KZ por cada moeda de dólar e 185,39 KZ por cada unidade de euro.
• A contracção da massa monetária associada a
disponibilidade moderada de divisas tem pressionado a venda de moeda estrangeira no mercado informal, o que tem garantido a estabilidade da taxa de câmbio. Durante o mês de Julho a unidade de dólar foi comercializada a 380 KZ.
• As Reservas Internacionais Líquidas (RILs) em Julho
situaram-se em 17,451 mil milhões USD, que
corresponde a um incremento de 4% face ao mês anterior quando atingiu 16,782 mil milhões USD, o menor nível dos últimos 5 anos. Em comparação ao mesmo período de 2016 as RILs registaram tendência contrária, registando redução de 27%.
FONTE: BNA FONTE: BNA
Volume de Divisas Vendidas pelo BNA (milhões USD)
RIL e Taxa de câmbio
2.096,86
1.000,49
0 1.000 2.000
jul/15 nov/15 mar/16 jul/16 nov/16 mar/17 jul/17
100 120 140 160 180 16.000 18.000 20.000 22.000 24.000 26.000
jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 jul/17
05.
Finanças
Públicas
• As receitas petrolíferas divulgadas pelo Ministério das Finanças fixaram-se em 116,9 mil milhões KZ em Julho, que representa uma redução de 5,87% em relação ao montante de 124,19 mil milhões KZ divulgado no mês anterior, apesar do aumento do volume de crude exportado e do preço médio do barril em 4% e 1%,
atingindo 50,36 milhões barris e 45,15 USD/barril,
respectivamente.
• A exportação de crude prevista para Agosto de 2017
poderá fixar-se em 1,612 milhões barris/dia, que
representa uma redução de 2,1% em relação ao registo
de Julho, de acordo com dados divulgados pela
Bloomberg.
• A Câmara de Comércio Angola/China abordou, em
reunião realizada no mês de Agosto, o interesse de aumentar as transacções entre os dois países no sector não-petrolífero, tendo-se em consideração que o sector
petrolífero representa cerca de 97% das trocas
comerciais actuais.
• Destaca-se que as exportações para a China
aumentaram em 28,22%, fixando-se em 2.187 mil milhões
KZ em 2016, na comparação com 2015.
• As emissões de Obrigações (OTs) e Bilhetes do Tesouro
(BTs) registaram redução de 24,7% e 34,8%,
respectivamente, ao longo do mês de Julho, que poderá reflectir a contracção da liquidez e procura no período em análise. As taxas dos BTs mantêm-se no intervalo de 16,15% a 23,9% e as OTs indexadas de 7% a 8,75%, que sinaliza a intenção em conter incrementos do custo de financiamento.
• Em relação aos Eurobonds angolanos com vencimento
em 2025, a yield registou aumento de 29 p.b., o
equivalente a 0,29 p.p., atingindo 8,42% na semana de 7 a 11 de Agosto, que coincidiu com o anúncio da autorização presidencial para que o Ministério das Finanças emita, novamente, dívida soberana no exterior, com limite máximo de 2 mil milhões USD.
• No entanto, o impacto da nova liderança no Governo
sobre as receitas e despesas nacionais poderá se fazer sentir a partir dos meses de Outubro e Novembro, aquando da aprovação do Orçamento Geral do Estado de 2018.
FONTE: MINFIN FONTE: BODIVA
Yield Eurobonds Receitas Petrolíferas (mil milhões KZ)
158,95
116,9
Mar-16 Jul-16 Nov-16 Mar-17 Jul-17
11,56
9,062 8,275
06.
Economia
Real
• As eleições gerais realizadas em Agosto do ano
corrente marcaram o mês. A essência das campanhas
giravam em torno da melhoria dos indicadores
socioeconómicos, como o desemprego, peso do sector público na economia e corrupção. A proposta que
melhor convenceu os eleitores ditou o partido
vencedor, MPLA, que tem a tarefa de lançar as
sementes da diversificação e do desenvolvimento
económico.
• Entretanto, alguns indicadores económicos começam a
dar sinais de recuperação. Por exemplo, o indicador de
clima económico, apesar de continuar em terreno
negativo, registou uma ligeira recuperação, tendo
expandido de -24 pontos no Iº trimestre para -21 pontos no IIº trimestre.
• Para o ano de 2017, generaliza-se expectativa de que a performance da economia angolana em 2017 superará o desempenho em 2016. O Fundo Monetário Internacional,
no seu relatório World Economic Outlook de Abril de
2017, prevê uma melhoria do PIB per capita de 3.502 USD em 2016 para 4.342 USD em 2017.
• A perspectiva vai em linha com a evolução do indicador de conjuntura divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística, Clima Económico.
• Em relação ao sector petrolífero, a produção de Julho situou-se em 1,65 milhões barris/dia, em linha com o
limite de 1,67 milhões barris/dia definidos pela
Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP).
• Contudo, o acordo de corte de produção da OPEP falha ao não gerar os resultados pretendidos, com o preço do petróleo em níveis aquém do desejável (muito abaixo de 55 USD/barril), nem a possibilidade de extensão do
acordo animam os mercados, que exigem mais
sacrifícios dos países membros do cartel.
FONTE: OPEP FONTE: FMI
Produção de Petróleo (mb/d) PIB per capita
1,81 1,751,77 1,81 1,841,85 1,731,75 1,77 1,79 1,77 1,77 1,77 1,781,77 1,58 1,69 1,72 1,651,64 1,614 1,667 1,609 1,665 1,646
jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 jul/17
3.876,20
3.502,27
4.342,21
4.627,10
07.
Economia
Regional
• África do Sul: O Banco Central decidiu reduzir a taxa de juro de referência pela primeira vez, depois de 5 anos consecutivos em 7%. A decisão de contracção em 25 p.b., para 6,75%, foi impulsionado pela redução da taxa de inflação, que variou de 5,1% em Junho para 4,6% em Julho. Destaca-se que o Banco espera que a inflação permaneça no intervalo de 3% a 6%. Alguns analistas preveem mais dois a três cortes da taxa ao longo do segundo semestre de 2018.
• Egipto: O governo pretende retornar a emissão de
dívida soberana em moeda estrangeira em Janeiro de 2018 para a captação de 4 mil milhões USD a fim de financiar o défice orçamental. O país arrecadou 7 mil milhões USD com a venda de eurobonds no ano fiscal que terminou em Junho, com títulos de 5, 10 e 30 anos e rendimentos de 6,15%, 7,5% e 8,5%, respectivamente.
• Namíbia: O Comité de Politica Monetária (CPM) do
Banco Central efectuou a primeira redução da taxa de juro desde 2012 como resultado da evolução ao ritmo mais lento em quase dois anos do nível geral dos preços, que fixou-se em 5,4% durante o mês de Julho, que corresponde a menor variação desde Janeiro de
2016. A taxa de juro registou uma redução de 25 p.b., situando-se em 6,75%.
• Nigéria:A taxa de inflação situou-se em 16,05% no mês de Julho em comparação ao período homólogo, que corresponde a uma redução de 5 p.b., face a variação apurada no mês de Junho. A tendência decrescente mantém-se desde início do corrente ano, altura em que situou-se em 18,72%.
• Moçambique: A tendência decrescente da taxa de
inflação, que passou de 20,45% em Maio para 16,2% em Julho, contribuiu para que o Banco Central efectuasse o segundo corte da taxa de juro no ano corrente. A taxa de juro passou de 21,75%, para 21,50%.
• Zâmbia: O Banco Central reduziu a taxa de juro em 150 p.b., para o nível mais baixo desde Fevereiro de 2014,
situando-se em 11%. O nível geral de preços no
consumidor atingiu o nível mais baixo desde 2013 devido ao desempenho positivo com a safra de milho no corrente ano contribuindo para a redução dos preços dos alimentos. A taxa de inflação reduziu para 6,6% em Julho.
FONTE: BLOOMBERG FONTE: BLOOMBERG
Taxas de juro de Referência (%) Taxa de Inflação (%) 5,10 31,89 18,10 6,10 16,05 6,80 29,8 4,60 29,01 16,17 5,40 16,10 6,60 33
África do Sul Angola Egipto Namíbia Nigéria Moçambique Zâmbia Junho Julho 7,00 16,00 7,00 14,00 21,75 12,50 6,75 16,00 18,75 6,75 21,50 11,00
África do Sul Angola Egipto Namíbia Nigéria Moçambique Zâmbia
08.
Cobertura
de Noticias
•O montante de divisas disponibilizadas no mercado
primário reduziu cerca de 7% no mês de Julho. O Banco Nacional de Angola disponibilizou durante o mês de Julho cerca de 847,08 milhões EUR que representa uma redução de aproximadamente 7% em comparação ao
montante registado no mês anterior. Apesar da
diminuição, o valor corresponde ao quarto montante mais elevado desde o início do ano corrente.
Destaca-se que a taxa de câmbio no mercado primário
permaneceu inalterada, situando-se em 185,49 KZ por cada unidade de euro.
•A produção petrolífera referente ao mês de Julho
registou uma redução de 19,3 mil barris/dia. A
produção petrolífera, tendo como referência as fontes secundárias, reduziu 19,3 mil barris/dia no mês de
Julho, situando-se em 1,664 milhões barris/dia. A
redução registada na produção do Iraque, Angola e Venezuela não foi suficiente para limitar a produção do cartel, que pelo quarto mês consecutivo aumentou a sua oferta de crude. Durante o período em análise a
produção diária da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo aumentou 172,6 mil barris, tendo a quota de mercado reduzido 0,1 p.p., para 33,8%.
•As transacções de liquidez no interbancário registaram aumento de 214% na segunda semana de Agosto. As operações de cedência de liquidez entre os bancos comerciais ascenderam em 214%, para 37,1 mil milhões KZ na semana de 7 a 11 de Agosto. O registo semanal superior ao total de 11,8 mil milhões KZ transacionado na semana anterior, poderá representar um aumento da
liquidez disponível na economia tendo-se em
consideração que a base monetária restrita, que
engloba “Notas e moedas em circulação” e a “Reserva Bancária”, registou aumento de 0,64% em Junho.
•O Índice de Preços dos Produtos de Preços Vigiados
(IPPV) registou redução de 1,71% na semana de 7 a 11 de
Agosto. O IPPV registou na segunda semana de
Agosto, redução de 1,71%, registo abaixo da redução de 1,51% registada na semana de 31 de Julho a 4 de Agosto do corrente ano. A análise em relação a segunda semana de Agosto de 2016, revela que o IPPV registou redução de 1,55 p.p., tendo-se em consideração que apresentou variação de -0,16% em 2016. Os registos semanais têm contribuído para a redução da inflação homóloga, que desde Fevereiro de 2017 mantém-se abaixo de 40%.
•A emissão de Títulos do Tesouro de curto prazo
reduziu 35% no mês de Julho .A emissão de Títulos do Tesouro de curto prazo, Bilhetes do Tesouro (BTs), contraiu 35% no mês de Julho em comparação ao mês anterior, atingindo 109,33 mil milhões KZ, que corresponde ao segundo menor montante desde Março de 2016. Paralelamente, as taxas de juro dos BTs permaneceram inalteradas, fixas em 16,15%, 20,24% e 23,90%, nas maturidades de 91, 182 e 364 dias, respectivamente. Em relação ao mês de Julho de 2016, o montante de emissão seguiu a mesma tendência, tendo reduzido aproximadamente 10%.
•O sector agrícola beneficiará de investimento no
montante de 310 milhões USD. O sector agrícola terá o
seu potencial reforçado, com a assinatura de
contractos de investimento, direccionados ao Pólo Agro-industrial de Capanda (PAC), que perfazem um total de 310 milhões USD. O PAC gerido pela Sociedade
de Desenvolvimento do Pólo Agro-industrial de
Capanda (Sodepac), tem como objectivo produzir
cereais, hortícolas, frutos e carne. O financiamento assumido por quatro empresas nacionais, contribuirá para que o sector agrícola cresça 7,3%, de acordo com o previsto no OGE 2017.
•A exportação de crude prevista para Outubro de 2017
registará o maior nível desde Setembro de 2016. Os
contratos de exportação de crude previstos para
Outubro do ano corrente, constituem um total de 1,704 milhões barris/dia, o maior nível de carregamentos desde Setembro de 2016, quando fixou-se em 1,796 milhões barris/dia. Em relação a Setembro de 2017 o registo mensal representará aumento de 4,27%.
•As relações comerciais serão reforçadas com
investimento de 120 milhões USD no Porto do Caio.A
Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) assinou um acordo de investimento com a empresa sueca, Capoinvest, no valor de 120 milhões USD, direccionado ao Porto do Caio em desenvolvimento na província de Cabinda.
•A credibilidade do mercado de valores mobiliários
nacional foi reforçada com a admissão no IOSCO. A
Comissão do Mercado de Capitais foi admitida como membro ordinário do IOSCO (Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários), no mês corrente, após assumir a posição de membro associado desde 2014.
09.
Tabela de
Indicadores
Mercado Monetário e Mercado Cambial
FONTE: FMI
Indicadores Económicos de Países da África Subsariana
FONTE: BNA, INE e OPEP
2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 ANGOLA 27,4 0,0 1,3 96,2 121,0 3.514,0 4.294,0 19,5 18,9 23,6 25,6 71,6 62,8 -4,3 -6,1 45,00 20,00 ÁFRICA DO SUL 55,9 0,1 0,8 280,4 288,2 5.018,2 5.074,1 29,9 30,0 33,7 33,8 51,7 53,3 -3,3 -3,2 6,70 5,50 BOTSWANA 2,2 3,1 4,0 10,9 11,0 5.082,5 5.068,9 34,9 32,5 38,3 36,4 16,9 15,3 4,1 3,7 3,30 3,60 CAMARÕES 23,7 4,8 4,2 30,9 33,1 1.303,4 1.364,1 16,2 16,1 22,4 21,0 31,6 33,8 4,2 -4,0 2,20 2,20 CONGO 4,5 1,7 5,0 8,8 10,3 1.980,7 2.255,3 31,3 32,6 38,9 34,2 69,3 61,2 -8,2 -2,1 4,57 3,50
REP. DEM. CONGO 84,1 3,9 4,2 39,8 41,9 473,3 483,4 13,5 17,8 15,4 15,1 20,0 22,6 -0,8 5,2 2,45 3,00
GANA 27,6 3,3 7,4 42,8 46,6 1.550,8 1.648,3 19,4 19,2 23,2 21,2 66,0 62,2 -6,3 -6,0 13,50 8,00 MAURÍCIA 1,3 3,5 3,9 11,7 12,5 9.321,6 9.904,6 22,9 22,9 25,7 25,8 58,9 58,3 -4,3 -4,5 2,00 2,20 MOÇAMBIQUE 28,8 4,5 5,5 12,0 11,4 418,9 387,5 25,9 27,7 31,7 31,7 112,6 103,2 -33,5 -28,3 20,00 12,20 NAMÍBIA 2,3 4,2 5,3 10,2 10,9 4.427,9 4.702,9 30,6 30,4 39,8 38,7 42,0 46,9 -12,5 -6,9 7,30 6,00 NIGÉRIA 183,6 -1,7 0,6 415,1 413,7 2.260,3 2.192,5 5,7 7,1 10,3 11,1 14,6 15,5 -0,7 -0,4 18,50 17,00 TANZÂNIA 48,6 7,2 7,2 46,7 50,5 960,2 1.017,5 16,4 16,9 20,4 21,5 38,3 39,7 -8,8 -8,8 4,99 5,00 QUÉNIA 45,5 6,0 6,1 69,2 74,7 1.521,9 1.599,4 19,6 19,8 27,0 26,2 52,7 53,0 -6,4 -6,1 5,63 5,51 ZÂMBIA 16,7 3,0 4,0 20,6 20,9 1.230,7 1.213,4 18,1 17,9 27,1 26,1 56,1 58,8 -4,5 -2,2 9,50 8,70 ZIMBABWE 14,5 -0,3 -2,5 14,2 14,6 978,7 978,4 25,1 23,4 30,0 26,4 58,9 57,6 -7,5 -6,1 -1,20 6,00 DÍVIDA PÚBLICA (%PIB) BALANÇA CORRENTE (%PIB) INFLAÇÃO (%)
PIB ( %) PIB NOMINAL (USD )
PIB PER CAPITA (USD) RECEITA PÚBLICA (%PIB) DESPESA PÚBLICA (%PIB) POPULAÇÃO 2 0 1 5
dez/15 Mai Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
TA X A D E CÂ M B IO ( M ÉD IA ) AOA/USD 135,3 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 AOA/EUR 147,1 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 TA X A D E JUR O CR ÉD ITO ( 1 8 1 D A 1 A N O, %) EM PR ESA S MOEDA NACIONAL 15,11 15,27 15,55 15,38 15,17 15,38 15,32 15,26 15,99 16,04 20,39 15,5 15,66 15,85 15,8 MOEDA ESTRANGEIRA 12,97 - - - - 9,80 9,80 8,50 8,20 8,29 6,68 6,68 6,68 9,59 8,40 PA R TICUL A R ES MOEDA NACIONAL 10,14 17,82 15,62 15,50 16,92 15,48 14,46 15,25 15,99 16,04 20,39 15,5 15,66 15,85 15,8 MOEDA ESTRANGEIRA 2,65 9,69 7,51 6,72 9,12 8,52 8,98 9 8,5 5,55 7,07 7,36 7,36 7,36 9,67 TA X A D E D EPÓSITOS ( 1 8 1 D A 1 A N O, %) MOEDA NACIONAL 4,21 3,99 3,99 3,96 4,01 4,05 3,90 3,90 4,07 3,86 3,90 3,95 4,03 4,11 3,92 MOEDA ESTRANGEIRA 2,62 2,68 3,03 2,51 2,36 3,17 3,02 3,10 3,02 3,18 2,90 2,86 2,77 2,84 3,03
A G R EG A D OS M ON ETÁ R IOS ( USD )
M1 3.412,4 4.060,9 4.077,1 3.926,2 3.886,6 3.856,2 3.862,8 3.807,8 3.760,4 3.660,7 3.617,6 3.667,6 3.608,5 3.664,0 3.631,6 M2 5.703,7 6.523,4 6.643,1 6.576,5 6.534,3 6.469,2 6.457,3 6.446,7 6.408,7 6.290,9 6.264,3 6.300,3 6.297,0 6.307,7 6.253,5 M3 5.711,8 6.532,2 6.652,6 6.580,7 6.538,6 6.473,2 6.461,1 6.450,5 6.412,5 6.294,8 6.267,6 6.303,5 6.300,3 6.311,1 6.256,9
TA X A L UIB OR ( FIM D E PER IOD O, %)
O/N 11,31 13,92 13,93 13,93 14,47 14,26 22,65 23,35 23,66 23,67 23,67 22,4 22,4 22,4 22,35 30 DIAS 11,44 14,2 15,08 15,08 14,63 13,71 15,19 17,41 19,06 19,27 19,28 18,68 18,63 18,57 18,63 90 DIAS 11,88 15,42 16,28 16,28 15,8 14,73 16,04 18,23 20,02 20,935263 21,05 20,57 20,32 20,15 19,99 180 DIAS 12,21 16,43 17,34 17,34 16,48 15,22 16,36 18,30 20,26 21,32 23,08 22,51 22,15 21,65 21,36 270 DIAS 12,56 17,29 17,06 17,06 16,96 16,45 17,71 19,65 21,3 22,403684 24,65 24,17 23,74 22,89 22,43 360 DIAS 12,84 18,16 17,87 17,87 17,61 16,72 18,15 20,17 21,87 22,897895 25,75 25,37 25,33 24,44 23,9
TA X A B Á SICA ( FIM -D E-PER IOD O, %) 11 16,00 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16
TA X A IN FL A ÇÃ O ( FIM -D E-PER IOD O, Y / Y , %) 14,27 29,23 35,3 38,18 39,44 40,04 41,15 41,95 40,39 39,45 37,86 36,33 34,08 31,89 29,01
R ESER VA S IN TER N A CION A IS ( USD ) 24.266 24.339 23.983 22.721 21.926 20.970 20.298 21.399 20.310 20.894,79 19.281,06 18.646,89 18.043,29 16.782,15 17.451,19
PR OD UÇÃ O D E PETR ÓL EO ( M B / D ) 1,85 1,77 1,77 1,78 1,77 1,58 1,69 1,72 1,65 1,64 1,60 1,67 1,61 1,67 1,65
IN D ICA D OR ES 2 0 1 6 2 0 1 7
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