• Nenhum resultado encontrado

Autopercepção da imagem corporal e avaliação do estado nutricional de pacientes que vivem com HIV/AIDS acompanhados em um hospital escola de Pernambuco / Self-perception of body image and evaluation of nutritional state of patients living with HIV/AIDS ac

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Autopercepção da imagem corporal e avaliação do estado nutricional de pacientes que vivem com HIV/AIDS acompanhados em um hospital escola de Pernambuco / Self-perception of body image and evaluation of nutritional state of patients living with HIV/AIDS ac"

Copied!
17
0
0

Texto

(1)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761

Autopercepção da imagem corporal e avaliação do estado nutricional de

pacientes que vivem com HIV/AIDS acompanhados em um hospital escola de

Pernambuco

Self-perception of body image and evaluation of nutritional state of patients

living with HIV/AIDS accompanied in a Pernambuco school hospital

DOI:10.34117/bjdv6n9-481

Recebimento dos originais: 19/08/2020 Aceitação para publicação: 21/09/2020

Ana Karolyna Rodrigues Silva dos Santos

Residência em Nutrição Clínica pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP)

Endereço: R. dos Coelhos, 300 - Boa Vista, Recife - PE Email: karolynarodrigues_810@hotmail.com

Letycia Paraiso Brandão de Miranda

Graduanda em Nutrição. Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) Endereço: Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 4861 - Imbiribeira, Recife - PE

Email: letycia.paraiso@hotmail.com Emerson Alves Oliveira de Melo

Graduando em Nutrição. Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) Endereço: Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 4861 - Imbiribeira, Recife - PE

Email: emersondmelo08@gmail.com Paola Frassinette de Oliveira Albuquerque Silva Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela UFPE

Nutricionista Hospitalar do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) Endereço: R. dos Coelhos, 300 - Boa Vista, Recife - PE

Email: paoola.frassinette@hotmail.com RESUMO

Introdução: A introdução da Terapia Antirretroviral provocou alterações corporais nos indivíduos que vivem com HIV/AIDS, produzindo impacto negativo na percepção corporal. Objetivos: Avaliar o estado nutricional e a autopercepção da imagem corporal de pacientes portadores de HIV/AIDS acompanhados em um hospital escola de Pernambuco. Métodos: Estudo descritivo do tipo transversal, realizado no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, localizado no Recife-PE no ano de 2019, com pacientes com idade igual ou superior a 18 anos com HIV. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e socioeconômicos. Na avaliação nutricional, foram mensurados parâmetros antropométricos. Para a avaliação da imagem corporal foi utilizada a escala de silhueta proposta por Kakeshita & Almeida (2006). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, sob o Certificado de Apresentação de Apreciação Ética: 10262919.7.0000.5201. Para a análise estatística utilizou-se o Programa SPSS versão 13.0. Resultados: Amostra composta por 81 pacientes, 50,0% da amostra foi caracterizada com eutrofia e 39,2% classificados com excesso de

(2)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 peso. A percepção da imagem corporal de acordo com o índice de massa corporal desejado e índice de massa corporal real evidenciou que 92,5% apresentou distorção da sua imagem e 66,7% dos pacientes com magreza manifestaram o desejo de ter uma silhueta maior (p=0,120). Na avaliação do índice massa corporal indicado como atual (real), a maioria dos pacientes 80,6% classificados com excesso de peso, superestimaram o seu índice de massa corporal.

Conclusão: Pode-se concluir que a avaliação da autopercepção da imagem corporal permitiu verificar que os portadores de HIV/AIDS apresentaram distorção da imagem corporal.

Palavras-Chave: Imagem corporal; Avaliação Nutricional; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

ABSTRACT

Introduction: The introduction of antiretroviral therapy has caused bodily changes in individuals living with HIV / AIDS, producing a negative impact on body perception. Objectives: To assess the nutritional status and self-perception of body image of patients with HIV / AIDS monitored at a teaching hospital in Pernambuco. Methods: A descriptive cross-sectional study, carried out at the Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, located in Recife-PE in 2019, with patients aged 18 years or older with HIV. Sociodemographic, clinical and socioeconomic data were collected. In nutritional assessment, anthropometric parameters were measured. For the assessment of body image, the silhouette scale proposed by Kakeshita & Almeida (2006) was used. The study was approved by the Research Ethics Committee of the Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, under the Certificate of Presentation of Ethical Appreciation: 10262919.7.0000.5201. For the statistical analysis, the SPSS program version 13.0 was used. Results: Sample composed of 81 patients, 50.0% of the sample was characterized with eutrophy and 39.2% classified as overweight. The perception of body image according to the desired body mass index and real body mass index showed that 92.5% presented distortion of their image and 66.7% of thin patients expressed the desire to have a larger silhouette (p = 0.120). In the assessment of the body mass index indicated as current (real), the majority of patients, 80.6% classified as overweight, overestimated their body mass index. Conclusion: It can be concluded that the assessment of self-perception of body image allowed to verify that people with HIV / AIDS presented distortion of body image.

Keywords: Body image; Nutritional assessment; Acquired immunodeficiency syndrome. 1 INTRODUÇÃO

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi identificada pela primeira vez em 1981, após uma série de casos de indivíduos apresentando infecções pouco comuns e comprometimento do sistema imune que representa a manifestação clínica da infecção causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)¹.

No Brasil, de 2007 até junho de 2019 foram notificados 300.496 casos de infecção pelo HIV, sendo que desde 2012, observa-se uma diminuição na taxa de detecção de AIDS no país. Essa redução na taxa de detecção tem sido mais acentuada desde a recomendação do “tratamento para todos”, implementada em dezembro de 2013. No Nordeste, foram 26.055 casos de AIDS,

(3)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 correspondendo cerca de 8,7% dos casos no país, apresentando uma tendência linear de taxa de detecção. No estado de Pernambuco, no mesmo período, notificou-se 13.464 casos de HIV².

De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV/AIDS (2019), o município do Recife foi classificado em 9º lugar no ranking da taxa de detecção (por 100.000 habitantes) de casos de AIDS notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período entre 2008 a 2018. Tendo o ano de 2018 a taxa de detecção de 35,0/100.000hab, menor quando comparada ao ano de 2017 que apresentou taxa de detecção de 38,0/100.000hab².

A história natural da doença modificou-se após a introdução da Terapia Antirretroviral (TARV), garantindo aos portadores de HIV/AIDS, aumento na sobrevida, redução das taxas de mortalidade e melhoria na qualidade de vida. Entretanto, a TARV não erradica a infecção pelo vírus, sendo necessário o tratamento prolongado, para controlar a replicação viral. Pesquisas científicas evidenciam que seu uso a longo prazo, principalmente da classe dos inibidores de proteases, promove repercussões no estado nutricional dos pacientes3,4.

Anteriormente a TARV, as transformações corporais presentes nos pacientes estavam relacionadas à perda de peso e a desnutrição, porém foram se modificando, sendo observadas alterações no metabolismo glicêmico, resistência insulínica, dislipidemia e redistribuição da gordura corporal, denominada por síndrome lipodistrófica. Estudos demonstram que essas modificações comprometem a adesão ao tratamento, tornando-se uma das repercussões negativas da TARV5. Essas alterações na aparência física, podem comprometer a autoestima, a vida afetiva e a adesão ao tratamento, tornando-se o segundo fator adverso mais comum dos pacientes em uso de antirretrovirais4.

Os melhores métodos de avaliação da composição corporal são exames de imagem, que constituem elevado custo para serem utilizados na prática clínica, dispondo como opção, os métodos indiretos e para avaliação da autopercepção da imagem corporal, a utilização de um método simples e rápido que é a escala de silhueta Kakeshita & Almeida6. Dentre as alterações da distribuição da gordura corporal, a lipoatrofia apresenta-se mais frequente que a lipo-hipertrofia, sendo a região mais acometida, a face, seguido dos membros inferiores, das nádegas e dos membros superiores7.

As escalas de silhueta constituem um instrumento bastante eficaz para avaliar o grau de insatisfação com o peso e as dimensões corporais na avaliação do componente perceptivo da imagem corporal. Estudo realizado por Martins et al8 com universitários da Universidade Federal de Santa Catarina, utilizando a escala de silhueta Stunkard, evidenciou que apenas 22,1% dos participantes estão satisfeitos com sua imagem corporal. E ao analisar a insatisfação corporal por

(4)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 sexo, verificou-se que, entre as mulheres, houve uma maior prevalência de insatisfação com excesso de peso (62,4%) quando comparado a magreza (15,5%).

A imagem corporal representa a identidade pessoal, afeta o psicológico e pode representar a satisfação pessoal. Identificar a autopercepção dos pacientes portadores de HIV/ AIDS é de grande importância, principalmente, tendo em vista as orientações alimentares para aqueles pacientes que apresentam distorção da sua imagem, valorizando faixas maiores do IMC. Observou-se a escassez de trabalhos a nível nacional, que avaliam a autopercepção corporal do indivíduo diagnosticado com HIV/AIDS e avaliação do estado nutricional. Assim, exprime a necessidade do conhecimento sobre esse tema.

2 OBJETIVOS

Avaliar o estado nutricional e a autopercepção da imagem corporal de pacientes portadores de HIV/AIDS acompanhados em um hospital escola de Pernambuco.

3 MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal, realizado entre os meses de abril e novembro de 2019, nas clínicas médicas e no ambulatório de infectologia do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - IMIP, localizado no Recife-PE.

A população do estudo foi composta por indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, portadores de HIV. Os critérios de exclusão foram: pacientes com alterações do nível de consciência relacionadas ao HIV/AIDS; deficientes visuais; pacientes impossibilitados de realizar avaliação antropométrica (como por exemplo, os amputados e em anasarca); pacientes com IMC menor que 12,0 kg/m² ou maior que 47,5 kg/m², que não podiam ser avaliados através da escala de silhueta, pois a mesma apresenta IMC que varia entre 12,0 e 47,5 kg/m2.

As informações foram obtidas através dos prontuários e da ficha de coleta elaborada para a pesquisa, sendo coletadas informações como dados de identificação; informações clínicas (tempo de diagnóstico de HIV, uso/tempo da TARV, contagem de linfócitos TCD4 e intercorrências clínicas); dados socioeconômicos (renda familiar, auxílio do governo, esgotamento sanitário, luz elétrica, tratamento de água, televisão própria, carro próprio) e outras variáveis relacionadas ao estilo de vida (tabagismo, etilismo e a tividade física).

Para a avaliação nutricional foram mensurados peso e altura em uma balança tipo plataforma da marca Filizola® com capacidade máxima de 150 kg e precisão de 100g. O estado nutricional foi classificado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), tendo como ponto de corte os

(5)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 valores preconizados pela World Health Organization para adultos9 e Organização Pan-Americana da Saúde para idosos10.

Para aferição da circunferência do braço (CB) foi utilizada fita métrica inextensível com extensão de 1,5m e para dobra cutânea triciptal (DCT) foi utilizado adipômetro da marca Cescorf®. Ambas as medidas foram feitas conforme a técnica preconizada por Lohman et al11 e classificadas de acordo com os percentis propostos por Frisancho12 e para determinação do estado nutricional foi utilizada a classificação de Blackburn13.

A circunferência muscular do braço (CMB) foi calculada com base nas equações propostas por Frisancho13 e a área muscular do braço (AMB) pela fórmula proposta por Gurney e Jelliffe14. Para finalidade estatística, os indivíduos classificados com sobrepeso e obesidade foram agrupados em uma única categoria denominada “excesso de peso”.

Para análise da imagem corporal, foi utilizada a escala de figuras de silhueta de Kakeshita & Almeida16. Esta pode ser aplicada em adultos do sexo masculino e feminino e possui validação para: pesquisas de imagem corporal, avaliação do tamanho corporal e da percepção da imagem corporal e população brasileira.

A escala de figuras de silhueta para adultos é apresentada em uma série ordenada e ascendente, a aplicação do instrumento foi realizada através da apresentação ao paciente da escala, sendo selecionada “a figura que melhor representa seu tamanho atual” e posteriormente “a figura que você gostaria de ser”. Na escolha da mesma figura, os pacientes foram classificados como satisfeitos com sua silhueta. Quando a figura estabelecida como “desejado” foi maior do que a “atual”, declarou-se que o paciente desejava o aumento do seu tamanho corporal, e quando menor, de diminuí-lo. O IMC médio correspondente a cada figura varia de 12 a 47,5 kg/m², com incrementos constantes de 2,5 pontos15.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IMIP, sob o CAAE: 10262919.7.0000.5201. Para análise estatística os dados foram lançados no programa Microsoft Office Excel e analisados no SPSS versão 13.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, USA). As variáveis contínuas foram testadas quanto à normalidade da distribuição, pelo teste de Kolmogorov-Smirnov, as que apresentaram distribuição normal foram descritas na forma de média e desvio padrão, e as com distribuição não normal, em mediana e intervalo interquartílico. As proporções foram comparadas pelo teste do Qui quadrado de Pearson e/ou exato de Fisher. Na análise de correlação foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. Foi utilizado o nível de significância de 5,0% para rejeição de hipótese de nulidade.

(6)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 4 RESULTADOS

A amostra foi composta por 81 pacientes, com idade média de 37 anos ± 11,3 anos. Conforme descrito na tabela 1, houve maior prevalência do sexo feminino (56,8%). Em relação ao perfil sociodemográfico, a maioria dos pacientes (58,0%) se declarava como pardos e 45,6% não possuíam ocupação. A média de contagem de células T CD4 foi de 638,6 ± 377,6 cel/mm³, e cerca de 85,5% dos participantes apresentaram CD4 maior que 200 cel/mm³.

De acordo com o tratamento do HIV, em quase a sua totalidade (97,5%) dos indivíduos já fizeram o uso da TARV, sendo 88,9% de modo regular, com distribuição semelhante quando se analisa o tipo de medicação mais utilizada. No que se refere ao estilo de vida, os resultados evidenciaram que 38,3% dos pacientes eram tabagistas, 37,0% consumiam bebida alcoólica e 72,5% não praticavam algum tipo de atividade física (Tabela 1).

Tabela 1 - Caracterização da amostra quanto ao perfil sociodemográfico e clínico de pacientes que vivem com HIV em um hospital Escola do Recife-PE, Abril a Novembro, 2019.

Variáveis (N=81) N % Sexo Masculino Feminino 35 46 43,2 56,8 Origem de acompanhamento (N=80) Enfermaria-internamento Ambulatório 10 70 12,5 87,5 Raça Branca Preta Parda Outros 14 17 47 3 17,3 21,0 58,0 3,7 Ocupação (N=79) Sim Não Estudante Aposentado 31 36 6 6 39,2 45,6 7,6 7,6 Tratamento do HIV* Sim Não 79 2 97,5 2,5 Uso regular da TARV* (N=81)

Sim Não 72 9 88,9 11,1 CD4* (N=76) ≥ 200 cel/mm³ < 200 cel/mm³ 65 11 85,5 14,5 Medicação Não 3 3,7

(7)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 *HIV: vírus da imunodeficiência humana; TARV: terapia antirretroviral; *2:1: Tenofovir + Lamivudina; 3:1: Efavirenz + Tenofovir + Lamivudina *CD4: células de diferenciação 4

Conforme a avaliação do perfil socioeconômico, descritos na tabela 2, os itens que mais se destacaram foram referentes ao tratamento de água, onde 14,5% dos participantes não tinham acesso à água tratada, e quanto à internet, 82,7% possuíam acesso à rede. A média de renda dos participantes do estudo foi de 1714,9 ± 1533,5 reais, com renda per capita de 661,04 ± 702,0 reais.

Tabela 2 - Caracterização da amostra quanto ao perfil socioeconômico de pacientes que vivem com HIV em um hospital Escola do Recife-PE, Abril a Novembro, 2019

Variáveis (N=81) N % Moradores 1 a 3 pessoas 4 a 6 pessoas 7 ou mais pessoas 51 26 4 63,0 32,1 4,9 Luz elétrica Sim Não 80 1 98,8 1,2 Esgotamento Sanitário Rede Pública Fossa Vala/ Céu aberto

34 38 9 42,0 46,9 11,1 Fonte de água Rede pública Cisterna/ água da chuva

Poço/ Caçimba Rio/ Igarapé 64 4 12 1 79,0 4,9 14,8 1,2 Tratamento de água Não tratada Filtrada Fervida Mineral 12 7 4 58 14,8 8,6 4,9 71,6 Televisão Sim Não 77 4 95,1 4,9 2:1* 3:1* 41 37 52,6 47,4 Bebida alcoólica Sim Não 30 51 37,0 63,0 Tabagismo Sim Não 31 50 38,3 61,7 Atividade Física (N=80) Sim Não 22 58 27,5 72,5

(8)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 Carro Próprio Sim Não 15 66 18,5 81,5 Computador Sim Não 31 50 38,3 61,7 Geladeira Sim Não 80 1 98,8 1,2 Máquina de Lavar Sim Não 35 46 43,2 56,8 Internet Sim Não 67 14 82,7 17,3 Micro-ondas Sim Não 55 26 67,9 32,1

De acordo com o IMC, 50,0% dos pacientes foram classificados com eutrofia e 39,2% com excesso de peso. Em relação aos parâmetros de CB e DCT, a maioria dos indivíduos eram desnutridos, sendo 41,3% e 52,6%, respectivamente. Em contrapartida a CMB houve maior número de pacientes (64,1%) classificados como eutróficos, e a AMB em sua totalidade (98,7%) com desnutrição (Tabela 3).

(9)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 Tabela 3 – Caracterização do perfil nutricional da amostra de acordo com os parâmetros antropométricos

*IMC: índice de massa corporal

A percepção da imagem corporal em relação ao IMC desejado e IMC real está representada nas figuras 1 e 2 respectivamente, 92,5% da amostra apresentaram distorção da sua imagem, sendo que na análise do IMC desejado, 66,7% dos pacientes classificados com magreza manifestaram o desejo de ter uma silhueta maior (p=0,120). Enquanto que 48,4% dos participantes com excesso de peso expressaram a vontade de diminuição do seu IMC. A avaliação do IMC indicado como atual (real), demonstrou que a maioria dos pacientes 80,6% classificados com excesso de peso sinalizou um IMC diferente do aferido, superestimando-o. Os pacientes categorizados como eutróficos e com magreza selecionaram o seu corpo atual em um IMC menor, subestimando-o. Evidenciando resultado estatisticamente significativo (p=0,04).

Variáveis N % IMC atual (n=79)* Desnutrição Eutrofia Excesso de peso 12 36 31 15,2 45,6 39,2 Circunferência do Braço (n=80) Desnutrição Eutrofia Excesso de peso 33 29 18 41,3 36,3 22,5 Prega Cutânea Tricipital (n=78)

Desnutrição Eutrofia Excesso de peso 41 12 25 52,6 15,4 32,1 Circunferência Muscular do Braço (n=78) Desnutrição Eutrofia 28 50 35,9 64,1 Área Muscular do Braço (n=78)

Desnutrição Eutrofia 77 1 98,7 1,3

(10)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 Figura 01: Proporção dos participantes do estudo em relação ao IMC real

Figura 02: Proporção dos participantes do estudo em relação ao IMC desejado

De acordo com o apresentado na tabela 4, não houveram associações significativas entre a autopercepção da imagem corporal e os parâmetros sociodemográficos, clínicos e nutricionais. Entretanto, a presença de distorção da imagem corporal foi mais frequente nos homens do que nas mulheres e os parâmetros antropométricos CB e CMB de pacientes com diagnóstico nutricional de magreza, apresentaram maior percentual de distorção. Em 100,0% dos indivíduos que praticavam atividade física foi evidenciado distorção.

Tabela 4 – Associação da autopercepção da imagem corporal com parâmetros sociodemográficos, clínicos e nutricionais de pacientes acompanhados em um hospital Escola do Recife-PE, Abril a Novembro, 2019 0 10 20 30 40 50 60 70 MENOR IGUAL MAIOR 16,70 16,7 66,70 36,1 2,8 61,1 48,4 12,9 38,7

Proporção dos particantes do estudo (%) P = 0,120 IM C DE SE J ADO

RELAÇÃO DO IMC AFERIDO COM IMC DESEJADO

EXCESSO DE PESO EUTROFIA MAGREZA

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 MENOR IGUAL MAIOR 50,0 16,7 33,3 50,0 5,6 44,4 9,7 9,7 80,6

Proporção dos participantes do estudo (%)

P=0,04

IM

C

RE

AL

RELAÇÃO DO IMC AFERIDO COM IMC REAL

(11)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 IMAGEM CORPORAL

p Com distorção Sem distorção

n % n % Sexo (N=74) Masculino 33 94,3 2 5,7 0,691a Feminino 41 91,1 4 8,9 Origem do acompanhamento (N=74) Clínica-internamento 9 90,0 1 10,0 0,564a Ambulatório 65 92,9 5 7,1 Atividade física (N=73) Sim 21 100,0 0 0,0 0,186a Não 52 89,7 6 10,3

Uso regular da TARV (N= 74)

Sim 65 91,5 6 8,5 1,000a Não 9 100,0 0 0,0 Circunferência do Braço (N= 74) Desnutrição 31 93,6 2 6,1 0,798b Eutrofia 27 93,1 2 6,9 Excesso de peso 16 88,9 2 11,1 Circunferência Muscular do Braço (N= 73) Desnutrição 27 96,4 1 3,6 0,649a Eutrofia 46 92,0 4 8,0

Área Muscular do Braço (N=73)

Desnutrição 72 93,5 5 6,5 1,000a

Eutrofia 1 100,0 0 0,0

Prega Cutânea Triciptal (N=73)

Desnutrição 38 92,7 3 7,3 0,830b

Eutrofia 11 91,7 1 8,3

Excesso de peso 24 96,0 1 4,0

(12)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 5 DISCUSSÃO

Neste estudo a maioria dos participantes apresentou uma média de idade de 37 anos (±11,3 anos) e maior prevalência do sexo feminino, segundo o Boletim epidemiológico de HIV/AIDS (2019), a maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se na faixa de 20 a 34 anos, semelhante ao encontrado nesta pesquisa, porém acomete em maior número o sexo masculino². O que pode explicar o maior percentual de mulheres no presente estudo é que as mesmas tendem a procurar mais o acompanhamento em serviços de saúde do que os homens. Um estudo realizado na Etiópia com indivíduos que vivem com HIV evidenciou um achado semelhante ao desta pesquisa, onde 56,9% da população da amostra eram do sexo feminino16.

De acordo com uso regular da TARV, a maior parte dos pacientes faziam uso de maneira regular, demonstrando bom seguimento ao tratamento, visto que a amostra é em sua maioria composta por pacientes que são acompanhados ambulatorialmente. O presente estudo não mostrou associação significativa entre o uso regular da TARV com a distorção da imagem corporal, mas o estudo de Soares et al17, evidenciou que em ambos os sexos, a lipodistrodia foi mais evidente no grupo com maior tempo de uso da TARV, tendo a maior probabilidade de insatisfação corporal.

A respeito do estilo de vida, no que se refere ao tabagismo, os resultados encontrados no presente estudo corroboram com os trabalhos de Chitu-Tisu et al e Beraldo et al, que evidenciaram 43,33% e 29,3% de participantes fumantes ativos, respectivamente 18,19. A maior parte do estudo é sedentária, onde 72,5% dos participantes relataram nenhuma prática de qualquer tipo de atividade. A possível explicação para isto está associada ao comportamento cotidiano dos indivíduos, praticando cada vez menos atividade física em conjunto com consumo elevado de produtos industrializados.

Referente ao perfil socioeconômico dos indivíduos do estudo, 14,8% não tinham acesso a água tratada. Segundo o Instituto Trata Brasil20, 83,5% são atendidos com abastecimento de água tratada, sendo que, quase 35 milhões de brasileiros não tem acesso a este serviço, esses dados condizem com os resultados do presente estudo.

Quanto ao estado nutricional, foi observado considerável percentual de pacientes classificados com excesso de peso, sendo este um dos novos problemas que comprometem o estado nutricional dos portadores de HIV. Este resultado está em concordância com estudos de Pinto et al21 e Ladeira & Silva22 que relatou 36,9% e 32,5% de excesso de peso, respectivamente. No início de epidemia do HIV/AIDS em 1981, o estado nutricional dos pacientes eram predominantemente a desnutrição. No cenário atual, há um novo padrão de perfil nutricional, que tendem a eutrofia e ao excesso de peso. Esses efeitos podem ser relacionados à ingestão

(13)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 inadequada de alimentos, caracterizada pelo alto consumo de açúcar simples. Além disso, pelo uso crônico da TARV, o que pode se justificar pela capacidade que alguns antirretrovirais, como os inibidores de protease, têm de alterar o perfil lipídico e contribuir para o aparecimento de liposdistrofia23.

Mesmo não havendo significância estatística na associação entre o tipo de acompanhamento, ambulatorial ou hospitalizado e a distorção da imagem corporal, vale ressaltar que a maioria dos pacientes foram acompanhados a nível ambulatorial, o estado nutricional difere dos pacientes hospitalizados, que muitas vezes estão emagrecidos e debilitados por consequência das infecções oportunistas.

Foi observado um número expressivo de pacientes classificados com déficit de gordura corporal através da CB, DCT e CMB, resultado semelhante ao encontrado em outros estudos21,24. Esses achados podem ser atribuídos ao uso prolongado da TARV, o que provoca distúrbios do tecido adiposo, levando à redistribuição da gordura corporal caracterizada pela síndrome da lipodistrofia. As alterações corporais provocadas pela lipodistrofia podem incluir, redução de gordura subcutânea (lipoatrofia), aumento da gordura corporal (lipohipertrofia) e combinação de ambas (lipodistrofia mista)7.

Na associação dos parâmetros antropométricos com a distorção da imagem corporal, os indivíduos com classificação de desnutrição (CB e CMB) e de excesso de peso (DCT), tiveram maior percentual de distorção corporal. Esses resultados diferem aos encontrados no trabalho de Martins et al25, onde pacientes com classificação da CB em desnutrição e eutrofia apresentaram mais chances de estarem satisfeitos com o corpo do que aqueles com CB em excesso de peso. O mesmo estudo evidenciou resultado semelhante em relação a DCT, que indivíduos com classificação da DCT em desnutrição e eutrofia apresentaram mais chances de serem satisfeitos com sua imagem corporal do que o grupo com DCT de excesso de peso. Evidenciando assim, maior insatisfação naqueles com DCT em excesso de peso, mostrando o reflexo negativo deste na satisfação com a sua imagem corporal.

No que se refere a insatisfação da imagem corporal, ou seja, IMC indicado pelos indivíduos como atual, constatou-se que a maioria dos participantes apresentou distorção da imagem corporal, mostrando significância estatística (p=0,04). Esse estudo evidenciou também que grande parcela dos indivíduos superestimaram a sua silhueta corporal. Este resultado foi similar ao encontrado por Campião et.al4, que dos 105 pacientes estudados, 55,0% sinalizaram um IMC diferente do IMC real e dentre os pacientes insatisfeitos com a silhueta atual, que manifestaram a vontade de ganhar peso, apenas 4% apresentavam déficit ponderal.

(14)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 Além disso, a relação do IMC aferido com o desejado, mais da metade dos indivíduos classificados com magreza selecionaram uma silhueta diferente da sua imagem atual, desejando o aumento do tamanho corporal. Semelhante ao estudo de Martins et al, revelou que 100,0% dos indivíduos categorizados com baixo peso destacou insatisfação corporal9 . A justificativa que poderia ser capaz de explicar esse resultado é devido ao estigma relacionado à AIDS, ainda presente atualmente, que configura o receio da perda de peso como consequência das manifestações visíveis da doença e os efeitos adversos do tratamento5

De acordo com estudo realizado por Pinto e Quadrado26, que revelou insatisfação do próprio peso de indivíduos de ambos sexos, onde as mulheres apresentaram maior percentual de insatisfação do que os homens, vinculada a maior preocupação com peso por sofrerem maior pressão sobre sua forma corporal, sendo diferente deste estudo, onde o maior percentual de insatisfação foi observado no sexo masculino. Nesse estudo não houve associação significativa do sexo com a distorção da imagem corporal, contudo é de mera importância a avaliação da autopercepção da imagem corporal antes de prescrever manejo clínico e dietético para pessoas vivendo com HIV4,18.

Evidências mostram que a insatisfação da imagem corporal é preocupante, pois além de estar relacionada ao bem estar do indivíduo, podem interferir nas suas relações pessoais27. Devendo ser alertado aos pacientes sobre os riscos que o excesso de peso e obesidade podem ocasionar à saúde, sendo um fator causal de alterações metabólicas e doenças crônicas não transmissíveis, tais como hipertensão e diabetes28.

No que está relacionado a distorção da imagem corporal com a prática de atividade física, o presente estudo mostra que 100,0% dos indivíduos que praticavam algum tipo de atividade física apresentaram distorção da sua imagem. Resultado similar ao encontrado no estudo de Agnol et al29, realizado com praticantes de exercício físico regular de uma academia, na cidade de Veranópolis-RS, onde 84,9% dos indivíduos apresentaram insatisfação com a imagem corporal. Essa insatisfação para alguns pode estar ligada pelo desejo de diminuir o tamanho corporal9, enquanto que outros desejam aumentar o tamanho corporal, no sentido de terem uma musculatura mais desenvolvida30.

O presente estudo apresentou algumas limitações, dentre elas, os pacientes internados nas enfermarias apresentavam manifestações do HIV/AIDS (como por exemplo, alterações do nível de consciência) por muitas vezes não estarem fazendo uso regular da TARV, impossibilitando a participação no estudo. Aqueles acompanhados à nível ambulatorial recém diagnosticados, se recusavam a participar do estudo, por muitas vezes terem vergonha de falarem sobre o diagnóstico

(15)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 do HIV. Como o número de pacientes acompanhados no ambulatório foi muito maior do que os hospitalizados, não foi possível realizar comparação entre eles. Não foi possível também diagnosticar os pacientes com lipodistrofia, pois não era prática do serviço coletar perfil lipídico dos pacientes, para que possibilitasse a classificação. E por ser amostra de conveniência, impossibilitou a verificação dos resultados obtidos em uma população maior.

6 CONCLUSÃO

Pode-se concluir que a avaliação da autopercepção da imagem corporal permitiu verificar que os portadores de HIV/AIDS apresentaram distorção da imagem corporal, preferindo tamanhos corporais maiores e mesmo não apresentando significância estatística, os homens mostraram maior percentual de distorção do que as mulheres.

Também foi possível observar um percentual considerável de indivíduos com excesso de peso, comprovando que o perfil nutricional dos portadores de HIV/AIDS vem sofrendo modificações, que pode ser justificada pela mudança dos hábitos alimentares da população e dos efeitos adversos do uso da TARV.

Dessa forma, antes de promover orientações nutricionais aos pacientes, é de suma importância avaliar a presença de uma possível insatisfação corporal, pois os mesmos podem valorizar faixas maiores de IMC, dificultando o seguimento de hábitos saudáveis, como a alimentação saudável e a prática de atividade física.

AGRADECIMENTOS

Agradecimentos a Letycia Paraiso Brandão de Miranda e Emerson Alves Oliveira de Melo pelo auxílio na coleta de dados.

REFERÊNCIAS

1) BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. "Aids: etiologia, clínica, diagnóstico e tratamento" Unidade de Assistência. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Aids_etiologia_clinica_diagnostico_tratamento.pdf> Acesso em: 04 de out 2018

2) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico: HIV/AIDS. Dez 2019. Disponível em <http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2019/boletim-epidemiologico-de-hivaids-2019> Acesso em: 19 de dezembro de 2019 3) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Recomendações para terapia anti-retroviral em adultos e adolescentes infectados pelo HIV, 2007/2008. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em: <

(16)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 http://www.aids.gov.br/sites/default/files/pub/2007/59204/suplemento_consenso_adulto_01_24_ 01_2011_web_pdf_13627.pdf > Acesso em 06 de out. 2018

4) CAMPIÃO LH; LEITE M; EM VAZ. Autopercepção da imagem corporal entre indivíduos portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Rev Bras Nutr Clin. Vol. 25. Núm. 3 p. 00-00. 2009

5) LIMA L.R.A; TEIXEIRA D.M; MARTINS P.C; MARTINS C.R; PELEGRINI A.; PETROSKI E.L. et al. Body image and anthropometric indicators in adolescents living with HIV. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum [Internet]. 2018 JAN-FEV;20(1):53-63.

6) ERLANDSON, K. M., & LAKE, J. E. (2016). Fat matters: Understanding the role of adipose tissue in health in HIV infection. Current HIV/AIDS Reports, 13(1), 20–30

7) CABRERO E, GRIFFA L, BURGOS A; HIV Body Physical Changes Study Group. Prevalence and Impact of Body Physical Changes in HIV Patients Treated with Highly Active Antiretroviral Therapy: Results from a Study on Patient and Physician Perceptions. AIDS Patient Care STDS. Vol. 24. Núm. 1. p.5-13. 2010

8) MARTINS,C.R; GORDIA, A.P; SILVA, D.A.S; QUADROS, T.M.B; FERRARI, E.P; TEIXEIRA, D.M; PETROSKI, E.L. Insatisfação com a imagem corporal e fatores associados em universitários. Estudos de Psicologia, 17(2), maio-agosto/2012, 241-246

9) WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical Status: The use and interpretation of anthropometry. (WHO Technical Report Series, 854), Geneva. 1995.

10) OPAS. Organização Pan-Americana. XXXVI Reunión del Comitê Asesor de Ivestigaciones en Salud – Encuestra Multicêntrica – Salud Beinestar y Envejecimeiento (SABE) en América Latina e el Caribe. Informe preliminar. 2002 Disponível em: <http://www.opas.org/program/sabe.htm> Acesso em: 01 de out. 2018.

11) LOHMAN, T. G.; ROCHE, A. F.; MARTORELL, R. Anthropometric standardization reference manual. Human Kinetics: Champaign, 1988.

12) FRISANCHO. AR. New norms of upper limb fat and muscle areas for assessment of nutritional status. Am J Clin Nutr. 1981;34(11): 2540-2545.

13) BLACKBURN, G.L.; THORNTON, P.A. Nutritional assessment of the hospitalized patient. Med Clin North Am. 1979;63(5):11103-11115

14) GURNEY, J. M.; JELLIFFE, D.B.; Arm anthropometry in nutritional assessment: normogram for rapid calculation of muscle circumference and crossectional muscle and fat áreas. Am J Clin Nutr. Vol. 26. p. 912-915 1973

15) KAKESHITA, I.S. Adaptação e validação de escalas de silhuetas para crianças e adultos brasileiros. Ribeirão Preto, 2008. 120.p. Tese (Doutorado) - Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

16) OUMER, B.; BOTI, N.; HUSSEN, S.; GULTIE, T. Prevalence Of Undernutrition And Associated Factors Among Adults Receiving First-Line Antiretroviral Treatment In Public Health Facilities Of Arba Minch Town, Southern Ethiopia. HIV/AIDS - Research and Palliative Care, Etiopia, v. 11, p. 313–320, nov/2019

17) SOARES, LR; CASSEB, JSR; CHABA, DCS; BATISTA, LO; SOUSA, LVA; FONSECA, FLA. Self-reported lipodystrophy, nutritional, lipemic profile and its impact on the body image of HIV-1- infected persons, with and without antiretroviral therapy. AIDS CARE, Rio de Janeiro, p. 1-6, 11 nov. 2019.

18) CHITU-TISU C.E, BARBU E.C, LAZAR M., BONJICA M., TUDOR A.M, HRISTEA

A., ABAGIU A.O, ION D.A, BADARAU A.I. Body composition in HIV-infected patientes receiving highly active antiretroviral therapy. Acta Clinica Belgica: International Journal of Clinical and Laboratory Medicine [Internet]. 2016 Oct 15;:1-8.

19) BERALDO R.A; SANTOS A.P; GUIMARÃES M.P; VASSIMON H.S; DE PAULA F.J.A; MACHADO D.R.L et al. Redistribuição de gordura corporal e alterações no metabolismo

(17)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 70429-70445, sep. 2020. ISSN 2525-8761 de lipídeos e glicose em pessoas vivendo com HIV/AIDS. REV BRAS EPIDEMIOL. 2017 JUN-SET;20(3):526-536.

20) BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. Secretaria Nacional de Saneamento – SNS. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento: Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos – 2017. Disponível em < http://www.snis.gov.br/diagnostico-anual-agua-e-esgotos/diagnostico-ae-2017> Acesso em: 29 de dezembro de 2019

21) PINTO G.S; ZANOLLA A.F; TOVO C.V; GOTTSCHALL C.B; BUSS C. Nutritional status and food intake of HCV/HIV coinfected patients. Nutrición Hospitalaria . 2016;33(5):1123-1128.

22) LADEIRA P, SILVA DC. Estado nutricional e perfil alimentar de pacientes assistidos pelo programa de DST/Aids e hepatites virais de um Centro de Saúde de Itaperuna-RJ. DST J bras doenças sex transm 2012;24:28-31

23) FILHO AC, ABRÃO P. Alterações metabólicas do paciente infectado por HIV. Arq Bras Endocrinol Metab 2007;51:5-7

24) COSTA CS, ARRUDA NETO CL, CÂMPELO WF, MENDES ALRF. Associação entre

diferentes métodos de avaliação nutricional em pacientes com hiv/aids em um hospital públicoassociação entre diferentes métodos de avaliação nutricional em pacientes com hiv/aids em um hospital público. Rev Bras Promoç Saúde. 2017 JUL-SET;30(3):1-9

25) MARTINS, R.B; FARIAS, R.R; STAHKE, D.N; EL KIK, R.M; SCHWANKE, C.H.A; RESENDE, T.L. Satisfação com a imagem corporal, estado nutricional, indicadores antropométricos e qualidade de vida em idosos. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2018; 21(6): 691-703

26) PINTO D.C.D, QUADRADO R.P, compilers. Imagens em construção: satisfação corporal e transtornos alimentares em acadêmicos da área da saúde [bibliography on the Internet]. ed. especialth ed. [place unknown]: RELACult; 2018 fev/2018 [cited 2019 Dec 27]. 04 vol. Available from: http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/759/417

27) BRADY J.P; NOGGH K.A; ROZZELL, K.N; RODRÍGUEZ-DÍAZ, C.E; HORVATH, K.J; SAFREN, S.A et al. Body image and condomless anal sex among Young Latino sexual minority men. Behaviour Research and Therapy [Internet]. 2019 April; 115:129-134.

28) JOY T, GRINSPOON S.K. Adipose compartmentalization and insulin resistance among obese HIV-infected women: the role of intermuscular adipose tissue. The American Journal of Clinical Nutrition. 2007 Jul 01;:5-6.

29) AGNOL, M. D; PEZZI, F. Estado nutricional e imagem corporal de praticantes de exercício físico regular de uma academia da serra gaúcha. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 12. n. 76. Suplementar 2. p.1051-1060. Jan./Dez. 2018

30) KLIMICK, A.C.; COELHO, C.E.; ALLI-FELDMANN, L.R. Nível de satisfação corporal de praticantes de musculação em academias de Porto Alegre, RS. Revista de Iniciação Científica da ULBRA. Vol. 1. Num. 15. 2017. p. 54-62.;

Imagem

Tabela 1 - Caracterização da amostra quanto ao perfil sociodemográfico e clínico de pacientes que vivem com HIV  em um hospital Escola do Recife-PE, Abril a Novembro, 2019
Tabela  2  -  Caracterização  da  amostra  quanto  ao  perfil  socioeconômico  de  pacientes  que  vivem  com  HIV  em  um  hospital Escola do Recife-PE, Abril a Novembro, 2019
Tabela 3 – Caracterização do perfil nutricional da amostra de acordo com os parâmetros antropométricos
Figura 01: Proporção dos participantes do estudo em relação ao IMC real

Referências

Documentos relacionados

Do ponto de vista da experiência internacional, de notar que num contexto de reforma em que se procura criar uma cultura organizacional orientada para os resultados, ao longo

No que tange ao romance de Gautier, Wolfzettel afirma que os “três dons” recebidos por Eracle – o conhecimento das pedras preciosas, mulheres e cavalos –

Por fim, por meio de tabelas procuramos demonstrar sobre o real crescimento da arrecadação do município de Telêmaco Borba ante a instalação da nova unidade da

É de suma importância existir comunicação entre os pais e a coordenação da escola para compreender como a instituição lida com alunos com TDAH, e se os profissionais da

Body changes: antiretroviral therapy and lipodystrophy syndrome in.. people living with

Em relação aos fatores positivos do MED, no geral, o impacto foi maior nas raparigas do que nos rapazes, constatando-se que estas gostaram mais de pertencer à mesma equipa ao longo

Pensando ainda na contribuição de Demo (1993, p.70), ele relaciona a qualidade participativa ao exercício da cidadania. Então aqui a reflexão passa não somente pela

O objetivo deste Parecer Consolidado é apresentar o resultado de análise da solicitação de revisão extraordinária do Contrato de Concessão Plena firmado entre