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Conhecimento e o capital humano na indústria 4.0 / Knowledge and human capital in industry 4.0

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Conhecimento e o capital humano na indústria 4.0

Knowledge and human capital in industry 4.0

Recebimento dos originais: 06/10/2018 Aceitação para publicação: 13/11/2018

Marcos de Oliveira Morais

Doutorando em Engenharia de Produção/Universidade Paulista UNIP Mestre em Engenharia de Produção/Universidade Paulista UNIP Instituição: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI

Endereço: Rua Dr Bacelar 1313, Vila Clementino – CEP: 04026-002, São Paulo - SP, Brasil. E-mail: marcostecnologia@ig.com.br

Nilton Barbosa de Araujo

Graduando em Engenharia Civil

Instituição: Associação Educacional Nove de Julho – UNINOVE

Endereço: Rua Amador Bueno, 389 – CEP: 04752-900 – Santo Amaro – São Paulo – SP, Brasil. E-mail: nba.b.araujo@gmail.com

Hermínio Wellinelson dos Santos Aleixo Graduando em Engenharia Civil

Instituição: Associação Educacional Nove de Julho – UNINOVE

Endereço: Rua Amador Bueno, 389 – CEP: 04752-900 – Santo Amaro – São Paulo – SP, Brasil. E-mail: wellinelson@gmail.com

Luciana Souza de Oliveira Uchoa Graduanda em Engenharia Civil

Instituição: Associação Educacional Nove de Julho – UNINOVE

Endereço: Rua Amador Bueno, 389 – CEP: 04752-900 – Santo Amaro – São Paulo – SP, Brasil. E-mail: lucianasp2@bol.com.br

RESUMO

Integrar conhecimento e capital humano nas organizações para a obtenção de novas tecnologias e a criação de vantagens competitivas está cada vez mais latente para a sobrevivência das empresas que pretendem se manter bem como buscar novos mercados de atuação. Convergir a gestão de ferramentas organizacionais na busca de melhorias passa a ser o foco, possibilitando a personalização da produção em massa, e fomentando a inovação nos modelos de negócios. Este estudo teve como objetivo identificar os desafios e tendências da Indústria 4.0 possibilitando o

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a de survey. O artigo demonstra que a indústria 4.0 exerce uma forte influência no conhecimento e no capital humana das organizações modernas.

Palavra-chave: Industria 4.0, Desenvolvimento organizacional, Capital humano, Gestão do

conhecimento.

ABSTRACT

Integrating knowledge and human capital into organizations to obtain new technologies and creating competitive advantages is increasingly latent for the survival of companies that want to keep well and seek new markets. Converging the management of organizational tools into the search for improvements becomes the focus, enabling the customization of mass production, and fostering innovation in business models. This study aimed to identify the challenges and trends of Industry 4.0 enabling organizational and professional growth. The methodology used was the one of bibliographical research and the one of survey. The article demonstrates that industry 4.0 has a strong influence on the knowledge and human capital of modern organizations.

Keywords: Industry 4.0, Organizational development, Human capital, Knowledge management.

1 INTRODUÇÃO

A dimensão do trabalho foi se alterando com a evolução dos sistemas de produção das empresas. A cada novo período da revolução industrial o perfil exigido dos trabalhadores foi se modificando, passando do trabalho manual para o intelectual (AIRES; FREIRE; SOUZA, 2016), o que exigiu que as empresas se preocupassem com a formação de seus trabalhadores e buscarem cada vez mais a criação de vantagens competitivas.

Esta quarta revolução industrial vai muito além das tecnologias inovadoras nela empregadas e do mercado de trabalho industrial. Um dos seus grandes trunfos que contribuirão para a diferenciação das empresas no mundo dos negócios está em aliar os sistemas de gestão e a capacitação de seus trabalhadores para esta nova fase dos processos produtivos (SCHWAB, 2016).

Acompanhando a modernização do sistema produtivo, o capital humano passou a ter um papel de destaque na construção de valores distintivos para a competitividade (AIRES; KEMPNER-MOREIRA; FREIRE, 2017).

A sintonia da relação homem-máquina permite ganhos em produtividade, qualidade e rentabilidade, aliando tecnologia avançada com a gestão e controle desempenhados pelo homem. Porém a capacitação técnica torna-se fundamental em todos os níveis hierárquicos da organização, fortalecendo assim o crescimento organizacional e até mesmo de um país.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

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Desde que o governo alemão em 2012 apresentou a Indústria 4.0 como uma das suas principais iniciativas para assumir a liderança em inovação tecnológica, inúmeras publicações académicas, artigos, e conferências estão discutindo esse tópico em diversas áreas de atuação e em diversos países (BAUERNHANSL et. al., 2015). Apesar do grande interesse no tema, não existe ainda uma definição formalmente aceite. Em consequência, múltiplas interpretações para a conceituação 4.0 podem ser encontradas na literatura possibilitando ampliar a discussão.

A Indústria 4.0 não é uma corrente ou uma moda, mas sim uma evolução dos sistemas produtivos industriais que garante benefícios como a redução de custos, de energia, o aumento da segurança e da qualidade, e a melhoria da eficiência dos processos (RIBAS, 2017).

A introdução das tecnologias da Internet na indústria pode ser vista como a grande base tecnológica para a Indústria 4.0; embora a maior parte das tecnologias que possibilitam o acontecimento da Indústria 4.0 esteja disponível, elas são utilizadas em outras áreas (DRATH; HORCH, 2014).

Segundo Khan e Turowski(2016) a descrevem como uma revolução habilitada pela aplicação generalizada de tecnologias avançadas no nível da produção para trazer novos valores a processos e serviços para os clientes, fornecedores, colaboradores e para a própria organização. Para Hermann et al. (2016), a Indústria 4.0 é “um termo coletivo para tecnologias e conceitos de organização de cadeias de valor”.

A quarta revolução industrial promove a reformulação da produção e consumo, incentiva a criação de novos modelos de negócios e fomenta os avanços tecnológicos, que crescem em ritmo exponencial gerando tecnologias cada vez mais qualificadas, tornando o momento atual potencialmente próspero (SCHWAB, 2016).

A abordagem sobre a Indústria referida como 4.0 representam os fenómenos de mudanças nos processos de produção e modelos de negócios, independentemente de seu porte ou ramo de atuação, configurando um novo patamar de desenvolvimento e gestão para as organizações. O conceito tem em conta o potencial disruptivo da integração de objetos físicos na rede de informação que está revolucionando as possíveis transformação (EUROPEAN PARLIAMENT, 2016).

Esta realidade industrial procura, por meio da integração de novos recursos tecnológicos de interação entre máquina-máquina e máquina-operador, onde otimizar os processos produtivos tornando-os eficientes e eficazes, possibilitando assim uma melhor gestão dos recursos tecnológicos e humano nas organizações e consequentemente para um crescimento da própria economia. A Figura 1 ilustra a cronologia das fases das revoluções industriais.

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Figura 1 – Cronologia revolução industrial. Fonte:European parliament(2016).

O modelo de indústria 4.0 passa a potencializar as organizações em todo o seu contexto, bem como a sociedade como por consequência, onde obter profissionais cada vez mais atuantes e qualificados passa a ser de importante relevância para o domínio e desenvolvimento de novas tecnologias possibilitando a melhoria dos processos, produtos e/ou serviços, reduzindo também custos, aumentando a produtividade e principalmente agregando valor para o cliente final.

As fábricas inteligentes buscam cada vez mais pela criação de produtos, processos, serviços e procedimentos inteligentes; tratam-se de plantas capazes de executar tarefas com complexidades maiores, menos propensas a interrupções e falhas, onde humanos e máquinas comunicam-se entre si de forma estruturada e natural, (KAGERMANN; WAHLSTER; HELBIG, 2013).

Temas como Capital humano, gestão da inovação, competências profissionais devem ser abordados como aspectos relevantes no processo inovativo da indústria 4.0.

2.2 CAPITAL HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES 4.0

As organizações, como a maioria das empresas, são sistemas complexos em contínua interação com o ambiente externo e o capital intelectual formado nela. Uma vez que as características do ambiente mudam rápida e incessantemente, torna-se fundamental que mudanças organizacionais internas apropriadas sejam continuamente revistas e implantadas. Nesse contexto coorporativo e dinâmico, as inovações consistem a base para o alcance da competitividade e da

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sustentabilidade organizacional apoiado pelo capital intelectual (SPEZAMIGLIO; GALINA; CALIA, 2016; VIEIRA; QUADROS, 2017).

A tecnologia nos últimos tempos tem avançado em velocidades exponenciais, segundo Schawb (2016), as pessoas estão se tornando cada vez mais conectadas, isso faz com que os conhecimentos se aprimorem. Atualmente, a tecnologia passou a ser vista como ferramenta que auxilia desde processos simples até os mais complexos nos processos organizacionais.

A Indústria 4.0 influencia significativamente o ambiente de produção com mudanças radicais na execução de operações (SANDERS et al., 2016). Em contraste com as ações e decisões tomadas na indústria convencional, a Indústria 4.0 permite o planejamento em tempo real dos planos de ação bem como permite uma melhor eficiência e eficácia destas ações, juntamente com a auto-otimização dinâmica. Embora incorporado nas últimas tecnologias e algoritmos inovadores, a fábrica inteligente se permite construir sobre os fundamentos do sistema de produção Toyota clássico (BAUERNHANSL et al., 2014).

Segundo Martins et, al. (2014), para que as organizações possam ser cada vez mais competitivas torna-se fundamental a criação de uma cultura interna voltada para o desenvolvimento do empreendedorismo nas pessoas, pois quando os colaboradores têm maior autonomia e adquirem espaço para compartilhar ideias e sugerir soluções para problemas cria-se um ambiente favorável à inovação.

Segundo Hozdić (2015), estamos no limiar de uma nova revolução industrial, a revolução pela qual as redes digitais estão relacionadas aos valores operacionais nas fábricas inteligentes, incluindo todos os aspectos, desde a ideia inicial, até o design, desenvolvimento, fabricação, manutenção, serviço e reciclagem, onde a qualificação profissional passa a ser de extrema relevância para o domínio das áreas envolvidas e para a obtenção de resultados expressivos.

A base do compartilhamento, da socialização e da combinação do capital humano, ocorrerá somente em um ambiente propício à criatividade e à inovação, cuja integração homem - máquina é um dos pilares fomentadores na implantação da tecnologia existente na indústria 4.0.

O objetivo da utilização do capital humano na indústria 4.0 ou nas empresas modernas deve ser o de movimentar a organização para o conhecimento e a cultura organizacional, e este cumprir seu papel de proporcionar mudanças inovadoras onde se torna capazes de diferenciar a organização de seus concorrentes e na busca por novos mercados.

Nesse contexto, a noção de capital intelectual na indústria 4.0 tem se tornado o principal ativo das organizações. Sendo assim, as tecnologias emergentes devem ser aplicadas aos aspectos da indústria para promover todas as formas de integração desejadas. Portanto, produtos

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personalizados e de alta qualidade podem estar disponíveis no mercado através de um uso mais eficiente dos recursos e a um custo mais baixo (LEE et al., 2014).

Figura 2 – Capital humano na indústria 4.0. Fonte: os autores

O capital humano representa o conjunto dos recursos organizacionais bem como os conhecimentos e as competências dos colaboradores colocados à disposição da organização, como os demais ativos organizacionais que possam ser relacionados na categoria de propriedade intelectual; e o capital de relacionamento, correspondente à geração de conhecimento resultante das relações com outras organizações, clientes e fornecedores (SPERAFICO; ENGELMAN; GONÇALVES, 2016).

Diante do que foi exposto, torna-se de essencial que, frente à intensidade das transformações mercadológicas, o capital intelectual nas organizações constitui-se como o ativo estratégico para a obtenção de resultados nas empresas (HOTA; GHOSH, 2013), sendo o capital humano um componente principal no desenvolvimento deste valioso ativo.

Em síntese, as organizações que buscam o desenvolvimento do capital humano estão mais propicias e terem êxito quanto à criação da inovação. Portanto, dele provém o potencial parar criar, transmitir e implementar o conhecimento adquirido, o principal subsídio da prática inovadora.

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2.3 A GESTÃO DO CONHECIMENTO NA INDÚSTRIA 4.0

Apesar de o conhecimento ter se tornado o centro das atenções, muitas organizações ainda não sabem exatamente como gerenciá-lo. Esse novo conceito de conhecimento provocou mudanças significativas nos processos organizacionais, introduzindo novos desafios para a gestão da organização. É nesse contexto que a Gestão do Conhecimento (GC) emerge como uma necessidade para todas as organizações que desejam melhorar seus resultados (DO AMARAL AIRES, 2017).

Embora a busca pelo conhecimento sempre esteve presente nas organizações e principalmente nas fases das revoluções industriais, sendo ainda mais latente na chamada indústria 4.0, onde criar, adquiri, transferir e gerenciar o conhecimento passou a ser fator primordial para obtenção de vantagens competitivas.O processo de gerir o conhecimento tem a finalidade de criar competitividade por meio da criação e difusão do conhecimento (DALKIR, 2011).

O conhecimento tem sido percebido como um recurso chave para as estratégias organizacionais, possibilitando o aumento de suas forças competitivas (QUINN et al., 1996; STEWART, 1998). O conhecimento interorganizacional representa oportunidades para indivíduos se envolver em novas formas de aprendizado cooperativo, bem como oportunidades para as organizações alcançarem objetivos por meio da aquisição de conhecimentos críticos a seus processos ou estratégia ou por meio de trocas e iniciativas de conhecimento colaborativo (HACKNEY; DESOUZA; LOEBBECKE, 2005).

Ortegón, Lasso e Steil (2016) sugerem que a gestão do conhecimento seja um meio que traz como contribuição fatores que levam as organizações a identificar suas habilidades, crescer e promover inovação com base em seus ativos de conhecimento, que é considerado um ativo intangível.

3 MÉTODO DE PESQUISA

Este trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, o que, segundo Gil (2008), “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Ainda segundo o autor, a pesquisa bibliográfica tem como principal vantagem a possibilidade de cobrir uma série de fenômenos mais ampla do que poderia ser feito diretamente, especialmente quando o problema requer dados espalhados geograficamente, como é o caso do estudo da Indústria 4.0 abordado neste artigo.

Na pesquisa bibliográfica, a escolha e avaliação das fontes utilizadas é de suma importância, já que o uso de fontes secundárias mal conduzidas pode levar a um trabalho incorreto (GIL, 2008). A condução da pesquisa bibliográfica consiste na consulta de diferentes tipos de materiais

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bibliográficos, buscando reunir conhecimento sobre a temática de interesse e, assim, atribuir a eles uma nova leitura (RAUPP; BEUREN, 2006).

Para a condução deste trabalho, foram buscados materiais tanto em bibliografia predominantemente acadêmica, como livros, periódicos e anais de eventos, bem como em publicações de organizações brasileiras vinculadas com a indústria. A continuação do texto traz os resultados dessa pesquisa bibliográfica.

Utilizou-se a escala Likert para mensurar a importância das competências dosrespondentes para a obtenção da importância do conhecimento e do capital humamo nas organizações 4.0. Para Cunha (2007), uma escala tipo Likert é composta por um conjunto de itens e, em relação a cada item, o entrevistado manifesta o seu grau de concordância. Os dados foram coletados entre agosto e setembro de 2018, através de entrevistas realizadas com gerentes e especialistas de empresas. Optou-se por não divulgar o nome das empresas por serem algumas concorrentes de mesmo segmento e produtos. O Quadro 1 identifica a classificação da escala de Likert.

Discordo totalmente Discordo parcialmente Não concordo nem discordo Concordo parcialmente Concordo totalmente 1 2 3 4 5

Quadro 1 – Classificação da escala de Likert. Fonte: os autores.

Os envolvidos na pesquisa iram responder as seguintes questões:

Questão 1 – O capital humano aliado ao conhecimento pode desenvolver vantagens competitivas

para a organização.

Questão 2 – A indústria 4.0 é um motivador para a busca do conhecimento.

Questão 3 – Há relação entre o porte (tamanho) da empresa e a implementação das ferramentas

para a implementação da indústria 4.0.

Questão 4 – Haverá impacto negativo com a disseminação da indústria 4.0 referente a mão de obra

atual.

Questão 5 – A implementação das novas tecnologias passa a ser um processo irreversível na

conquista de vantagens competitivas. As organizações que contribuem para esta afirmação tornam-se mais atraentes para os tornam-seus colaboradores.

3.1 PERFIL DAS EMPRESAS

As empresas atuam em diversos segmentos tais como; eletroeletrônicos, automotivo, linha branca, iluminação e usinagem. Todas as empresas, apresentados no Quadro 2, são de capital nacional e situadas no Estado de São Paulo, com até oitenta colaboradores.

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Perfil Características da organização

Empresa A Empresa metalúrgica de fundição de alumínio sob pressão, atuante na prestação de serviço do segmento automotivo, não possuindo produto próprio, todos os desenvolvimentos são realizados em parceria com seus clientes. Tem cerca de 140 colaboradores. Fundada em 1965.

Empresa B Empresa metalúrgica de injeção de plásticos e montagem de equipamentos eletrônicos detentora de seus produtos, com área de desenvolvimento de produtos certificada pelo INMETRO, realiza montagem e distribuição de seus produtos para o mercado atacadista. Tem cerca de 90 colaboradores. Fundada em 1991.

Empresa C Empresa metalúrgica de usinagem de peças seriadas com auxílio de comando numérico computadorizado (CNC), prestadora de serviços, com departamento de desenvolvimento de projetos (terceiros e próprios), e fabricação de produtos próprios. Tem cerca de 60 colaboradores. Fundada em 2001.

Quadro 2 – Perfil das empresas. Fonte: os autores.

3.2 PERFIL DOS ENTREVISTADOS

Foram selecionadas para esta pesquisa nove especialistas de empresas metalúrgicas que estão praticando algum tipo de automação em seu processo industrial, permitindo assim se enquadrarem na chamada indústria 4.0. O Quadro 3 identifica o perfil dos entrevistados.

Quadro 3 – Perfil dos entrevistados. Fonte: os autores.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta seção são apresentados os resultados das pesquisas de campo junto aos especialistas entrevistados.

A tabela 1 apresenta os resultados obtidos por meio da pesquisa realizada com o auxílio da escala de Likert.

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Tabela 1 - Resultados da aplicação em números absolutos. Fonte: os autores

Na Tabela 2 foram transformados em percentuais os resultados obtidos na Tabela 1 para uma melhor compreensão e análise dos dados coletados sobre a pesquisa.

Tabela 2 – Resultados da aplicação em números percentuais. Fonte: os autores

Análise das respostas

Questão 1 – Todos os entrevistados concordam que o capital humano aliado ao conhecimento

possibilita a geração de vantagens competitivas para a organização, potencializando assim o seu crescimento organizacional.

Questão 2 – 22% dos entrevistados discordam que a indústria 4.0 seja um motivador para a busca

do conhecimento. 11% são imparciais quanto a questão abordada. Já 66% dos entrevistados concordam que a indústria 4.0 pode ser um motivador para a busca do conhecimento nas empresas.

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Questão 3 – Para 11% dos entrevistados não há relação entre o porte da empresa e a implementação

das ferramentas para a implantação da indústria 4.0. 11% foram imparciais quanto a questão e 77% dos respondentes concordam que há relação com o porte da empresa.

Questão 4 – Para este item 22% são imparciais quanto aos impactos que a indústria 4.0 pode

ocasionar. Porém 77% dos entrevistados apontam que os impactos serão negativos quanto se refere a mão de obra, uma vez que o nível de qualificação no país ainda é baixo.

Questão 5 – Em 22% dos respondentes acreditam que as organizações “4.0” são atraentes para os

colaboradores. 11% ficaram imparciais e 66% dos entrevistados apontam que estas empresas se tornam mais atraentes para as pessoas que estão mais preocupadas com o crescimento profissional.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Aliar conhecimento e capital humano na busca por melhores resultados organizacionais passa a ser de extrema relevância para as organizações que pretender se manter em um mercado cada vez mais globalizado e competitivo, independentemente de seu ramo de atuação.

A Indústria 4.0 está revolucionando a forma como são produzidos os bens nas linhas de produção por meio de tecnologias empregadas nos processos produtivos que possibilitarão a personalização da produção em massa. Explorar cada vez mais o capital humano por meio da gestão do conhecimento para a geração de novas ferramentas organizacionais passa a ser o foco das organizações modernas.

Cada revolução industrial foi marcada pela tecnologia empregada: máquina a vapor, energia elétrica e componentes eletrônicos foram as tecnologias que precederam as revoluções industriais anteriores. E, a cada nova revolução industrial, as empresas enfrentam novos desafios em capacitar seus trabalhadores para operar estas novas tecnologias.

Por fim, o elo entre desenvolvimento de pessoas e novas tecnologias é o compartilhamento do conhecimento organizacional, onde a indústria 4.0 passa a ter um papel relevante na disseminação deste conhecimento, que possibilitará o desenvolvimento de vantagens competitivas não somente para as organizações como também para todos os envolvidos no processo de mudança.

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Figura 1 – Cronologia revolução industrial.
Figura 2 – Capital humano na indústria 4.0. Fonte: os autores
Tabela 2 – Resultados da aplicação em números percentuais.

Referências

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