André Gustavo Campos Pereira
Joaquim Elias de Freitas
Roosewelt Fonseca Soares
Cálculo I
D I S C I P L I N A
Mais primitivas e
as somas de Riemann
Autores
aula
Divisão de Serviços Técnicos
Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede” Governo Federal
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Secretário de Educação a Distância – SEED
Carlos Eduardo Bielschowsky
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Reitor
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Secretária de Educação a Distância
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Secretaria de Educação a Distância- SEDIS
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Coordenador de Edição
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Revisores de Estrutura e Linguagem
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Adaptação para Módulo Matemático
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Colaboradora
Viviane Simioli Medeiros Campos
Imagens Utilizadas
Apresentação
N
a aula 8 (A primitiva), estudamos a primitiva de uma função e calculamos muitas primitivas. Nesta aula, continuaremos o estudo das primitivas e começaremos a trilhar o caminho no sentido de explicar por que as estudamos. Além disso, introduziremos a idéia de como calcular a área sob a curva de uma função.Objetivos
Mais primitivas
Na aula 8, vimos que utilizando as regras da derivada da soma, da diferença e de uma constante vezes uma função provamos que
fx)dx=
fx)dx
fx) +gx))x=
fx)x+
gx)x e
fx)gx))x=
fx)x
gx)x.
E também que
fx)gx) +fx)gx))dx=fx)gx) +
e
fx) gx)
dx=
fx)gx)fx)gx) gx)
dx= fx) gx) +.
Nesta aula, calcularemos a primitiva de uma função que envolva a regra da cadeia, ou seja, que envolva compostas.
Consideremos gI J,f J Re J R a primitiva de f. Vimos na aula 5
(Derivadas de funções compostas) que
gx))) =gx))gx).
Por F ser a primitiva de f, temos que y) =fy) para todo y, e podemos
reescrever a equação anterior como gx))) =fgx))gx).
Por outro lado, se essa igualdade é verdade para todo x, então, por definição, gx)) é a primitiva degx))gx) e podemos então escrever
fgx))gx)dx=gx)) +K.
Na aula 4 (A derivada), fizemos alguns cálculos determinando u=x), o que implica u
x =gx) ou, em forma de diferencial, temos u=gx)x. Substituindo essa notação na equação (1), temos
fu)du=u) +K. (Equação 2)
O processo de transformação da equação (1) na equação (2) pela substituição de u=gx)eu=gx)x é chamado de método da substituição u.
Observação Algumas condições sobre as funções g J,f J R são necessárias para que possamos realizar tal substituição, entretanto, para um primeiro curso de cálculo, as funções que utilizaremos estarão satisfazendo tais condições.
Exemplo 1
Calcule x2+ 1)52xx.
Pelo que foi explicado anteriormente, devemos identificar as funções envolvidas, ou seja, a ge af . Neste exemplo, se olharmos bem, veremos uma
composta 2+ 1)5 envolvendo as funções x) =x5 e x) =x+ 1. Note que se
considerarmos tais funções temos que x2+ 1)52xx=
fgx))gx)x, cujo
resultado é gx)) +K, onde F é a primitiva da f. Calculemos então F:
x) =
fx)dx=
x5dx= x 51
51.
Portanto,
x2+1)52xdx=
fgx))gx)dx=gx))+K= gx)
51
51 +K=
x2+ 1)51
51 +K
E a substituição u?
Outra maneira é fazendo a substituição u. Se tomarmos =x 1, então, u
x = xu= xx. Assim, podemos reescrever a integral anterior como
x2+ 1)52xdx=
u5du= u
51
51 + =
x2+ 1)51
51 +.
Observação - É importante dar-se conta de que no método da substituição u você controla a escolha de u, mas, uma vez feita a escolha, você não tem controle sobre a expressão resultante
para du. Desse modo, no exemplo anterior, escolhemos =x 1, mas u= xx foi calculado. Afortunadamente, a nossa escolha de u, combinada com du calculado, funcionou
perfeitamente para produzir uma integral envolvendo u fácil de calcular. Porém, em geral,
o método da substituição u falhará, se o u escolhido e o du calculado produzirem um
integrando, no qual persistem expressões envolvendo x, ou se não for possível calcular a
integral resultante. Dessa forma, por exemplo, a substituição =x 1, u= xx não irá funcionar para a integral
pois a substituição transformará a integral anterior em
u5osx)du,
que ainda contém uma expressão envolvendo x.
De uma forma geral, não há um método seguro e rápido para escolher u e, em alguns
casos, nenhuma escolha de u funcionará. Em tais casos, outros métodos serão necessários,
alguns dos quais serão estudados nas próximas aulas. Fazer a escolha apropriada de u virá
com a experiência, mas será útil seguir o roteiro seguinte combinado com um domínio das integrais básicas. (ANTON, 2000, p. 392).
Roteiro
1. Faça a escolha para
u, digamos uu==xx)).2. Calcule
uux
x ==ggxx)).
3. Faça a substituição u
u==xx)), uu==ggxx))xx.Neste ponto, toda a integral deve estar em termos de u; nenhum x deve
continuar. Se isso não acontecer, deve-se tentar uma nova escolha para u.
4. Calcule a integral resultante, se possível.
5. Substitua
u por g(x); assim, a resposta fi nal estará em termos de x.(ANTON, 2000, p. 392).
Exemplo 2
Calcule
senx+ 9)x.
Solução
De imediato, vemos uma composta snx+ 9) das funções fx) =snx) e
x) =x+ 9. Note que x) = 1, o que nos garante que a integral anterior pode ser
escrita como
senx+ 9)x= fgx))gx)x. Encontrando a primitiva da f, temos
senx+ 9)dx= fgx))gx)dx=gx)) +K
=cosgx)) +K=cosx+ 9) +K.
Outra forma é chamar u=x 9 u
x = 1u=x; substituindo u, ud na integral, temos
senu)du=cosu) +=cosx+ 9) +.
Exemplo 3
Calcule os5x)dx.
Solução
De imediato, vemos uma composta os5x) das funções fx) =osx) e x) = 5x . Temos, então, que x) = 5. Agora não temos mais que a integral está escrita na forma
fgx))gx)x, pois para que isso ocorresse deveríamos ter a seguinte integral
os5x)5dx= 5
os5x)dx.
Ora, mas podemos fazer manipulações com
os5x)dx para obtermos essa integral. Basta verificar que
cos5x)dx= 5 5
cos5x)dx= 1 5
cos5x)5dx
= 1 5
fgx))gx)dx= gx))
5 +K.
Calculando a primitiva de f, temos
osx)dx=senx) e, portanto,
cos5x)dx= sengx))
5 +=
sen5x)
5 +.
Outra forma é chamar u= x ux = u =x; substituindo u, ud na integral,
temos
cosu)du 5 =
1 5
cosu)du= 1
5senu) + =
sen5x)
Atividade 1
Exemplo 4
Calcule senx)osx)dx.
Calcule as seguintes integrais indefi nidas (tente encontrar a substituição u. Caso não consiga, poderá enconrar algumas sugestões ao fi nal desta aula)
a)
22xxxx+ 1)+ 1)33xxb)
55x x x
x55 1 1xx
c)
1 1 eeeexxd)
eexx
e)
ee1 1 eettf)
cos
cos44))11sensen44))dd
g)
xx√√xxxxh)
xosx
xosx33xx))dxdx
i)
eesnsnxx))ososxx))dxdxSolução
Podemos observar uma composta das funções fx) =xegx) =snx).
Note que gx) =osx), o que nos garante que a integral anterior pode ser escrita como
senx)osx)dx=
fgx))gx)dx. Encontrando a primitiva da f, temos xx= x3
e, portanto,
senx)cosx)dx= fgx))gx)dx=gx))+K= gx)3
3 +K=
senx)3
3 +K
senx)cosx)dx= fgx))gx)dx=gx))+K = gx)3
3 +K =
senx)3
3 +K.
Outra forma é chamar u=senx) du
dx =osx)du=osx)dx; substituindo
u, du na integral, temos
udu= u
3
3 + =
senx)3
y
x
b a
y = f(x)
A área sob uma curva e
as integrais definidas
V
ocê já parou para se perguntar alguma vez na vida qual o significado da área da região limitada superiormente pelo gráfico de uma função y=x), que consideraremos por um instante não-negativa em seu intervalo de definição xb; inferiormente pelo eixo x; e lateralmente pelas retas verticais x = a e x = b, como mostrado na Figura 1?Figura 1 - Área A limitada superiormente pelo gráfico da função y=x); inferiormente pelo eixo x; e
lateralmente pelas retas verticais x e x.
Vamos pensar juntos: se a curva representa a velocidade instantânea de um automóvel no tempo, então, a área representará a distância percorrida por esse automóvel do instante a ao instante b.
Se o gráfico representa a vazão instantânea de um líquido que está fluindo por um dado duto, então, a área representará a quantidade de líquido que fluiu do instante a ao instante b.
De maneira geral, sempre que um gráfico é construído para representar algum fenômeno, a área sob o gráfico tem algum significado relativo ao problema modelado.
Começaremos tratando do problema de encontrar a área da região limitada superiormente pelo gráfico de uma função y=x), que consideramos inicialmente não-negativa em seu intervalo de definição xb; inferiormente pelo eixo x; e lateralmente pelas retas
verticais x e x, como mostrado na Figura 1.
Suponhamos que a função y =x) é contínua no intervalo a b]. Ou seja, relembrando, isso significa que lim
xfx) =f) ou, ainda, que o gráfico de f não tem saltos nem furos
Além disso, suponhamos também que f seja limitada superiormente e inferiormente,
o que significa dizer que existe um número real positivo K, tal que |fx)| para todo x
em a b], e que existem os valores máximo e mínimo de f em a b].
Somas de Riemann
Para calcular a área pretendida, executaremos os seguintes procedimentos:
1. Subdividir o intervalo fechado
a b] em n subintervalos usando um conjuntoP {x x1 x1 x xn1 xn} com n + 1 pontos, onde
ax x1 x1 x xn1 xnb, definindo n subintervalos x, x1],x1, x2], ,x1, x], ,xn1, xn]. A um tal conjunto P denominamos de
partição de a b];
2. Em cada subintervalo fechado x
x], com k= ,2, , n, escolher um ponto, tal que . Denotamos por a área do retângulo de base =f(x)x e altura x), ou seja, =f(x)x;3.
Denominar por An a soma das áreas dos n sub-retângulos definidos anteriormente, isto é,n= n
=
S= n
=
f(x)x;
4.
Façamos a quantidade de pontos da partição crescer indefinidamente, ou seja, tender para infinito.Só para termos a noção de que esse limite de fato é a área: faremos o gráfico de x) =x+ 1 no intervalo []; faremos a aproximação por 4, 10 e 30 divisões do domínio
2
1,5
1
0,5
0,5 1 -0,5
-1 00
a
2
1,5
1
0,5
0,5 1 -0,5
-1 00
x
c
2
1,5
1
0,5
0,5 1 -0,5
-1 00
x
b
Figura 2 - a) Aproximação da área sob a curva quando tomando partições de 4 e tomando como
sendo o ponto médio do subintervalo correspondente; b) aproximação da área sob a curva quando tomando partições de 10 e tomando como sendo o ponto médio do subintervalo correspondente;
c) aproximação da área sob a curva quando tomando partições de 30 e tomando como sendo o ponto
y
f(-0,6)
3
2
1
-1
-1 1 2 3 4
x f(0,6)
f(1,3)
f(2,5)
f (3,2)
Figura 3 - Uma soma de Riemann da função x) =x7)sinx))
9 + 2 para a partição P={11234} e com a escolha dos x
x=6 x2= 6 x3= 13 x4= 25ex5= 32.
Cálculo da área utilizando essa partição
=
5
k=
f(xk)xk ,
A =f06)·1 +f06)·1 +f13)·1 +f25)·1 +f32)·1
A = 251 161 141 171 251
x y
f(x)
a b
Figura 4- Aproximação da área sob a curva usando sete retângulos
Denominamos por norma de P, denotada por , ao comprimento do maior subintervalo [x, x], k= ,2, , n.
Observação 1 - No item 1) se representarmos por o comprimento do k-ésimo subintervalo [x, x], k= ,2,3, , n, teremos, portanto, = e
n
=
x =b, pois
n
=1
= 1+ 2+ 3+ + + 1+ + n1+ n,
e como ==+, temos
n
=1
=+11+22+· · ·
1+1++· · · n1+n1+n.
Note que nessa soma todas as parcelas intermediárias se cancelam, restando apenas os extremos –x0 e xn. Portanto,
n
=1
Defi nição 1
Se [ [a ba b]]RR for positiva e contínua em a ba b]], então, a área sob a curva
y
y==xx)) no intervalo a ba b]] é defi nida por = lim= lim
n
n∞∞nn= lim= limnn∞∞
n n
==
f
f((xx))xx.
A observação seguinte é muito importante e, mesmo não sendo oportuno prová-la neste momento do curso, convém deixá-la registrada.
Observação 3 - Esta defi nição é satisfatória para nossos propósitos nesta disciplina. Conforme já destacamos, queremos ressaltar que apenas a usaremos quando: f [a b]R for
contínua, porque nesse caso podemos mostrar que o limite anterior não depende da escolha dos pontos x, x xx, k= ,2, , n escolhidos.
Antes de apresentarmos os exemplos, discutiremos um pouco sobre o procedimento 4 (das somas de Riemann), a saber, fazer a quantidade de pontos da partição crescer indefi nidamente, ou seja, tender para infi nito.
Vamos lá! Quando tomamos a partição no procedimento 1), iniciamos então com n + 1
pontos, certo? Se queremos que essa quantidade cresça, quem deve crescer: o n ou o 1?
Ora, o 1 não tem como crescer, pois ele é fi xo, a única quantidade passível de crescimento é o n. Assim, fazer a quantidade de pontos da partição crescer é fazer com que esse n seja cada vez maior, e fazer uma quantidade fi car cada vez maior é fazê-la crescer
indefi nidamente, e fazê-la crescer indefi nidamente é fazê-la se aproximar do infi nito ou, em outras palavras, fazê-la tender ao infi nito. Então, teremos que o n tomará valores cada
vez maiores, por exemplo, n = 10, 100, 1000, 10000, .... .
Se isso acontece com n, o que acontece com o valor de
? Quando trabalhamos com frações, quando o numerador (>0) está fi xo e o denominador cresce, o que acontece com a fração? Ela decresce! Ilustrando isso com os valores anteriores, temos
1
n = 1,1,1,1, Então, se o denominador tender para infi nito (ou seja,
assumir valores cada vez maiores), temos que a fração assumirá valores positivos cada vez menores. Mas se a fração está assumindo valores positivos cada vez menores, teremos que cada vez mais ela estará se aproximando de zero (0), ou seja, a fração tenderá para 0 quando o denominador tender para infi nito. Em linguagem de limites, podemos escrever isso como Observação 2 - No item 2), se considerarmos a norma como uma constante, todos os subintervalos x x] terão o mesmo comprimento. Assim, = , onde
x= b
n , e podemos escrever An da seguinte forma
n= n
=
S = n
=
0 1 2 3 4
0 1 2
x
3 4
Figura 5 - Gráfico de f: [ b]R, a função definida por x) =x.
Solução
Na Figura 5, vemos que a região limitada superiormente pelo gráfico, inferiormente pelo eixo x e lateralmente pela reta vertical x = b é um triângulo com base b e altura b. Logo, sua
área A é dada por = b
.
No entanto, estamos interessados em verificar que o processo de aproximação pela soma das áreas de pequenos retângulos dá o mesmo resultado.
Seja P x, x1, x2, , x1, x} uma partição do intervalo [ b], tal que
=x x1 x2 x1 x=b.
Do mesmo modo, temos, quando n tende a infinito, n, n3, , ou seja, todos tenderão para infinito, o que implicará pela explicação anterior:
lim
∞
1
n = lim∞
1
n3 = lim∞
1
n4 = = .
Com essa idéia em mente, partamos para os exemplos.
Exemplo 5
Seja f : [ b]R a função definida por x) =x, a função identidade. Apresentamos
Note que essa função é contínua, então, podemos tomar valores para os pontos da partição de modo que o comprimento da norma da partição seja constante. Tomemos os seguintes pontos como os da partição
x = 0, x1=
b n, x2=
2b n, x3 =
3b
n, , x1 =
n1)b n , x=
nb n =b.
Desse modo, as bases dos retângulos são todas de comprimentos iguais a x= n , ou seja, x= 0
n , que é o comprimento do intervalo [ b] dividido pelo número de pontos da partição, menos um. Vamos considerar as alturas dos retângulos como sendo x), onde k= ,2,3, , n.
Então, fx) =x =
n, fx) =x=
2
n, ..., fx) =x= n
n =. Logo,
se chamarmos de S
n a soma de todos os n retângulos de base e altura x), obteremos
S= b n b n + 2b n b n + + n 1)b n b n + nb n b n
= b
n[1 + 2 + + n1) +n].
Usando a fórmula 1 + 2 + + n1) +n= nn+ 1)
2 , temos
=
b
n
nn+ 1)
2 =
b
2 n+ 1
n =
b
2
1 + 1 n
.
Portanto, concluímos que a área da região é igual ao limite
lim
∞= lim∞
b
2
1 1
n
= b
2 ,
conforme esperávamos.
Exemplo 6
Vamos considerar agora a função f : [ b]R definida por y=x) =x, a função quadrática. Desejamos encontrar a área A da região limitada superiormente por esse gráfico,
inferiormente pelo eixo x e lateralmente pela reta vertical x.
Estamos interessados em usar o processo de aproximação pela soma das áreas de pequenos retângulos para obter a área desejada A.
Atividade 2
Tomemos novamente os mesmos valores utilizados no exemplo 5 para os pontos da partição:
x= 0, x1 =
b n, x2 =
2b n, x3=
3b
n, , x1=
n1)b n , x=
nb n =b. Desse modo, as bases dos retângulos são todas de comprimentos iguais a x=
n. Vamos considerar as alturas dos retângulos como sendo x), onde k= ,2,3, , n.
Então, fx) =f0) = 0, fx1) = b
n 2
, fx2) = 2b
n 2
, , fx1) = n
1)b n
2
.
Logo, se chamarmos de
s
n a soma de todos os n retângulos de base e altura x),obteremos
S= 0· b n + b n
b
n + 2 b n
b
n
+ +
n1)b n
b
n
= b3
n3[1 + 2+ + n1)].
Usando a fórmula 1 + 2+ + n1) = n1)·n·2n1)
6 , fi camos com
=
b n ·
n1)·n·2n1)
6 =
b
6 ·
n1 n ·
n n·
2n1 n , = b 6 · n ·
2 n
.
Portanto, concluímos que a área da região é igual ao limite
lim
∞= lim∞
b 6 · n ·
2 n
= b 6 ·2 =
b 3 .
Resumindo, lim ∞=
b
.
Calcule as seguintes somas de Riemann utilizando as partições dadas a seguir.
a)
Usando a escolha dos pontos == , mostre que a área A sob ográfi co da função yy no intervalo [[ b b]] é == bb
.
b)
Usando a escolha dos pontos ==, ache a área sob o gráfi co da funçãoidentidade y = x no intervalo [[ b b]].
c)
Usando a escolha dos pontos ==, ache a área sob o gráfi co da funçãoResumo
Nesta aula, a continuação do estudo das primitivas nos permitiu: encontrar primitivas utilizando a técnica da substituição u; e mostrar como se aproxima uma área abaixo de uma curva por retângulos, introduzindo as somas de Riemann, bem como usá-las para calcular áreas de regiões limitadas por gráficos de funções contínuas positivas.
Auto-avaliação
Descreva com suas palavras o procedimento de aproximação da área sob um gráfico utilizando retângulos.
Se no procedimento 2) das somas de Riemann você escolhesse como :
a) tal que
x) é o menor valor que a f assume no intervalo x x];b) tal que x
) é o maior valor que a f assume no intervalo x x].O que poderíamos dizer sobre a soma obtida em a) com relação à soma obtida em b)?
Referências
ANTON, Howard. Cálculo: um novo horizonte. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2000. v 1.
SIMMONS, George F. Cálculo: com geometria analítica. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. v 1. THOMAS, George B. Cálculo. São Paulo: Addison Wesley, 2002.