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Secretaria de Educação a Distância- SEDIS Coordenadora da Produção dos Materiais

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Academic year: 2019

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Texto

(1)

André Gustavo Campos Pereira

Joaquim Elias de Freitas

Roosewelt Fonseca Soares

Cálculo I

D I S C I P L I N A

Propriedades da integral

definida e técnicas de integração

Autores

aula

(2)

Divisão de Serviços Técnicos

Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede” Governo Federal

Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Fernando Haddad

Secretário de Educação a Distância – SEED Carlos Eduardo Bielschowsky

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Reitor

José Ivonildo do Rêgo

Vice-Reitora

Ângela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a Distância Vera Lúcia do Amaral

Secretaria de Educação a Distância- SEDIS

Coordenadora da Produção dos Materiais Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco

Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky

Projeto Gráfico Ivana Lima

Revisores de Estrutura e Linguagem Eugenio Tavares Borges

Jânio Gustavo Barbosa Thalyta Mabel Nobre Barbosa

Revisora das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva

Revisoras de Língua Portuguesa Janaina Tomaz Capistrano Sandra Cristinne Xavier da Câmara

Revisores Técnicos Leonardo Chagas da Silva Thaísa Maria Simplício Lemos

Revisora Tipográfica Nouraide Queiroz

Ilustradora Carolina Costa

Editoração de Imagens Adauto Harley Carolina Costa

Diagramadores Bruno de Souza Melo Dimetrius de Carvalho Ferreira Ivana Lima Johann Jean Evangelista de Melo

Adaptação para Módulo Matemático André Quintiliano Bezerra da Silva Kalinne Rayana Cavalcanti Pereira Thaísa Maria Simplício Lemos

Colaboradora Viviane Simioli Medeiros Campos

(3)

Apresentação

N

a aula 10 (A integral definida), apresentamos a definição de integral definida e utilizamos o teorema fundamental do cálculo para calcular tais integrais quando a função que estamos integrando é contínua. Nesta aula, estudaremos as propriedades da integral definida e algumas técnicas (técnicas de integração) que nos permitem calcular a integral mesmo que a função não tenha uma primitiva aparente.

Objetivos

(4)

+ +

-

-y

f(x)

b x

a

Propriedades

Assim como mostramos na aula 8 (A primitiva), podemos usar outras variáveis de integração (para expressar a variável independente) para expressar uma integral definida,

tais como ฀ b ฀

f฀t)฀t, ฀ 2

g฀x)฀xe ฀ x ฀

f฀t)฀t.

Não sei se você notou, mas na definição das somas de Riemann, e posteriormente no

cálculo da integral definida ฀ b ฀

f฀x)฀x, não falamos se a função f era positiva, negativa

ou podia mudar de sinal no intervalo que a estamos estudando, no caso ฀a฀ b]. Entretanto, é bom perceber que quando estamos analisando num subintervalo onde a função f é

negativa o termo ฀(¯x฀)฀x฀ será negativo, e, como estamos somando todos eles, teremos que lim

฀฀฀ n ฀

k=1

฀(¯xk)฀xk conterá parcelas positivas e negativas, sendo que as parcelas negativas representarão a “área” do retângulo de “altura” ฀(฀x฀) (as aspas foram colocadas

porque฀(฀x฀) é negativo e não existe altura em área negativas) e base ฀฀฀. A soma da área desses retângulos nos dará a área entre a curva e o eixo. Assim, em termos de áreas podemos dizer que a soma de Riemann calcula a soma das áreas entre o eixo e o gráfico da função, observando que se a função é positiva o valor dessa “área” é positiva, se negativa a “área” será negativa. Tal resultado negativo apenas indicará que a função no intervalo de integração produz área maior abaixo do eixo do que acima. A Figura 1 ilustra essa discussão de forma mais simplificada.

Figura 1 - Sinal que a área terá no cálculo da integral

(5)

1

0,5

0

-0,5

-1

0 1 2 3 4 5 6

x

Figura 2 - Gráfico do seno no intervalo [฀,2฀]

Como ela é contínua e possui primitiva, temos que  2฀

sen฀x)dx=cos฀x)฀฀2฀ =cos฀2฀)cos฀0)) =11) =1 + 1 = 0.

Ou seja, se observarmos apenas como área, teremos que a área seria zero. Ora, vemos claramente que a área não é zero. Então, tal integral não quer dizer área, e sim que a soma das áreas onde a área acima do gráfico recebe valor positivo e abaixo negativo é igual a zero. Isso ficou claro?

E se quisermos calcular a área dessas regiões? É o que veremos na próxima seção. Como a aplicação de integral não se resume ao cálculo de áreas, não mais nos referiremos à integral como a área abaixo do gráfico da f, senão teríamos que ficar colocando

aspas todas as vezes que aparecesse um número negativo.

(6)

Como encontrar a área total

Para determinar analiticamente a área entre o gráfico da função y=฀฀x) e o eixo x no

intervalo ฀a฀ b] proceda do seguinte modo.

1)

Particione o intervalo ฀a฀ b] com as raízes da função f;

2)

Integre a função f em cada subintervalo;

3)

Some os valores absolutos das integrais.

Exemplo 1

Determine a área total da região entre a curva y=฀฀฀฀ e o eixo x no intervalo fechado ฀3≤฀฀.

Solução

As raízes da função ฀฀x) =x฀2x são x=2 e x=0. Construindo a partição P do intervalo [฀3, 2] com as raízes da função, obtemos P={฀3,2,0,2}.

Integral sobre [฀3, ฀2]: 

฀3

฀฀x฀฀2x)฀x= ฀

฀x 3

3 ฀x฀ ฀฀

฀3 =฀

฀2)3

3 ฀

฀฀3)3

3 + ฀฀2)฀฀฀฀3)฀ 

=฀43;

integral sobre [฀3, 0]:  ฀

฀2

฀฀x2฀2x)฀x= ฀

฀x

3

3 ฀x2 ฀

฀2

=฀ ฀

0฀฀฀2)

3

3 + 0฀฀฀2)2 

=฀83+ 4 = 43;

integral sobre [0, 2]:  2

฀฀x22x)฀x= ฀

฀x

3

3 ฀x2 2

=฀ ฀23

3 ฀0 + 22฀0 

=฀83 ฀4 =฀203 ;

área incluída: ฀

฀ ฀ ฀

2

฀3

฀฀x2฀2x)฀x ฀ ฀ ฀ ฀+  ฀ ฀2

฀฀x2฀2x)฀x+ ฀ ฀ ฀ ฀  2 ฀

฀฀x2฀2x)฀x ฀ ฀ ฀ ฀ = ฀ ฀ ฀ ฀฀43

฀ ฀ ฀ ฀+43 +

฀ ฀ ฀ ฀฀203

฀ ฀ ฀

฀= 43 +43 +203 .

A área total entre o eixo x e a curva ฀฀x) =x฀2x é ฀8

(7)

Exemplo 2

Determine a área total da região entre a curva y=฀฀ e o eixo x, no intervalo fechado ฀฀≤฀฀.

Solução

As raízes da função ฀฀x) =x฀4x são x=2฀ x= ฀ex= 2. Construindo a

partição P do intervalo [2, 2] com as raízes da função, obtemos P ={฀2฀฀฀2}.

Integral sobre [฀2, 0]:  ฀

฀2

฀x34x)฀x=

฀ x4

4 ฀2x2 ฀

฀2

= ฀

0฀฀฀2)

4

4 ฀0 + 2฀฀2)2 

=฀164 + 8 = 4;

integral sobre [0, 2]:  2

฀x34x)฀x=

฀ x4

4 ฀2x2 2

= ฀24

4 ฀0 + 2฀2)2+ 0 

= 16

4 ฀8 = 4฀8 =฀4;

área incluída:  ฀

฀2

฀x34x)฀x+

฀ ฀ ฀ ฀  2 ฀

฀x34x)฀x

฀ ฀ ฀

฀= 4 +| ฀4|= 4 + 4 = 8.

Procedendo da mesma maneira, calcularemos a área entre o gráfi co e o eixo x.

Na defi nição de integral defi nida, supusemos que o limite inferior a é menor que o limite superior b, ou seja, a ฀ b. Devido às propriedades da integral defi nida, é conveniente que estendamos esta defi nição aos demais casos a฀bea ฀ b.

Defi nição 1

Seja f uma função integrável no intervalo fechado [a, b] e c um ponto qualquer em [a, b], então, defi nimos:

I)

฀฀ bb

฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ f

f฀฀xx))฀x฀x==

฀ ฀ bb

฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ f

f฀฀xx))฀x฀x;

II)

฀฀ ฀฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ f

f฀฀xx))฀x฀x= 0= 0.

(8)

a c c x y f(x) f(x)dx c a

∫ ∫baf(x)dx

Teorema 1

Se f é uma função integrável no intervalo fechado [a, b] e se c é um ponto

qualquer em [a, b], então,

฀ ฀ bb

฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ f

f฀฀xx))฀x฀x==

฀ ฀ cc

฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ f

f฀฀xx))฀x฀x++

฀ ฀ bb

c c ฀ ฀ ฀ ฀ f

f฀฀xx))฀x฀x..

Esse teorema é facilmente entendido interpretando-se a integral defi nida como o cálculo da área entre o eixo dos x e o gráfi co do integrando do limite inferior ao limite superior de

integração, conforme a Figura 3.

Figura 3 - Interpretação da integral defi nida como área฀ b ฀

f฀x)฀x=

฀ c

f฀x)฀x+

฀ b

c

f฀x)฀x.

Teorema 2

Se f e g são funções integráveis no intervalo fechado [a, b] e k é uma constante

qualquer, então,

I)

฀฀ bb

฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ kf

kf฀฀xx))฀x฀x==kk ฀ ฀ bb

฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ f f฀฀xx))฀x฀x;;;

II)

฀฀ bb

฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀

฀ff฀฀xx))฀฀gg฀฀xx))))฀x฀x== ฀ ฀ bb

฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ f

f฀฀xx))฀x฀x฀฀ ฀ ฀ bb

฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ g g฀฀xx))฀x฀x.

(9)

A integral defi nida tem os limites de integração ฀ b

f฀x)฀x e o resultado é um número,

enquanto a integral indefi nida ฀ f฀x)฀x não tem limites de integração e tem como resultado

uma função ou uma família de funções (a primitiva).

Exemplo 3

Seja f uma função constante defi nida pela equação f฀x) =฀, onde K é um número

constante. Então,  b

f฀x)dx=  b

฀dx=฀  b

dx=฀x฀฀b =฀฀ba).

Geometricamente, isso signifi ca que um retângulo com largura b – a e altura tem

uma área igual a |฀|฀ba) unidades quadradas.

Em particular,

฀ b

฀ dx=

฀ b

฀dx=b฀฀

e

฀ b

0dx= 0·฀b฀฀) = 0.

Teorema 3

(Teorema do valor médio para integrais)

Suponhamos que f seja uma função contínua no intervalo [a, b]. Então, existe

um número c em [a, b] tal que

฀cc))··฀฀bb฀฀฀฀) =) =

฀ ฀ bb

฀ ฀ ฀ ฀ ฀

f

f฀฀xx))dxdx.

Defi nição 2

(Valor médio de uma função em um intervalo)

Seja f uma função integrável no intervalo [a, b]. Então, o valor médio de f em [a, b] é dado por

1 1 b b฀฀

฀ ฀ bb

฀ ฀ ฀ ฀ ฀

f f฀฀xx))dxdx..

(10)

Exemplo 4

Calcule o valor médio da função f definida por ฀฀x) =x฀ no intervalo [1, 4] e calcule um valor de c, nesse intervalo, tal que f (c) dê seu valor médio.

Solução

O valor médio desejado é dado por

1 4฀1

 4 ฀

x2฀x= 1 3

1

3฀43฀13) 

= 7.

Necessitamos encontrar o valor de c, com ฀4, tal que f฀฀) =฀฀= 7. Então,

฀=฀฀.

Exemplo 5

(Determinando áreas com primitivas)

Determine a área da região entre o eixo x e o gráfico da função ฀฀x) =x3x2x no intervalo fechado ฀฀≤฀≤2.

Solução

Primeiro, determine as raízes da função f. Como

฀฀x) =x3฀x฀฀2x=x·฀x+ 1)฀x฀2),,

as raízes são x= ฀฀ x=1ex= 2. As raízes [–1, 2] são particionadas em dois subintervalos [–1, 0], em que ฀฀x)0, e [0, 2], em que ฀฀x)0. Integramos f ao longo de cada subintervalo e somamos os valores absolutos dos valores calculados.

Integral sobre [–1, 0]:

[฀1฀0] :

 ฀

฀1

฀x3฀x2฀2x)dx=

x4

4 ฀

x3

3 ฀x2 ฀

฀1

= 0฀

1

4 +

1 3 ฀1

= 5

12;

integral sobre [0, 2]:

[0฀2] :

 2

฀x3x22x)dx=

x4

4 ฀

x3

3 ฀x2 2

= ฀

4฀83 ฀4 

=฀83;;

área incluída: área total incluída é a soma dos valores absolutos das integrais no intervalo total particionado

 ฀

฀1

฀x3x22x)฀x+ ฀ ฀ ฀ ฀  2 ฀

฀x3x22x)฀x ฀ ฀ ฀

฀= 125 + ฀ ฀ ฀ ฀฀83

฀ ฀ ฀

(11)

Atividade 1

1

2

3

4

5

sua resposta

Calcule o valor médio da função f definida por ฀฀x) =x฀ no intervalo [1, 4] e calcule um valor de c, nesse intervalo, tal que f(c) dê seu valor médio.

Determine a área total da região entre o eixo x e o gráfico da função ฀฀x) =x฀ no intervalo fechado .

Determine a área total da região entre o eixo x e o gráfico da função ฀฀x) =x฀1 no intervalo fechado ฀≤฀฀.

Determine a área da região entre o eixo x e o gráfico da função ฀฀x) =x฀+ 1, no intervalo fechado .

(12)

Técnicas de integração

Integral por partes

Quando não podemos encontrar uma primitiva para o integrando de modo que se possa aplicar os teoremas vistos nas aulas anteriores, devemos buscar outros métodos para calcular a integral. Um deles é a da integração por partes.

Sejam u e v funções deriváveis de x, aplicando a regra de derivação do produto temos

฀x฀uv) =u ฀v ฀x+v

฀u ฀x,

u฀v

฀x =

฀x฀uv)฀v ฀u ฀x.

Integrando ambos os membros em relação a x, obtemos a menos de constantes

u฀v

฀x฀x=

฀x฀uv)฀x฀

v฀u ฀x฀x,

u฀v

฀x฀x=uv฀

v฀u ฀x฀x.

Esta é a fórmula de integral por partes que pode ser reescrita na forma diferencial

a seguir

u฀v฀uv

v฀u.

Esta fórmula transforma uma integral em outra. Em alguns casos não conseguimos calcular a primeira integral, mas conseguimos a calcular a segunda, como veremos em alguns exemplos a seguir.

Esta técnica é muito usada nos casos quando se tem o produto de dois dos três tipos de funções: monômios em x, exponenciais e senos ou cossenos.

Exemplo 6

Calcule a integral

xsenx฀x pelo método da integração por partes.

Solução

Como não conseguimos visualizar uma primitiva imediata para xs฀n฀x), devemos tentar outra forma de calcular essa integral. Vamos tentar utilizar integração por partes, ou

seja, tentaremos usar a fórmula ฀

u฀v฀uv

v฀u. Para tanto, devemos identificar

(13)

Uma tentativa natural seria u฀x฀ dv฀senxdx, pois com isso ฀

xsenx฀x฀

u฀v

e assim já estaríamos com o primeiro membro da fórmula da mudança de variáveis. Calculemos os termos do segundo membro. Para isso, precisamos saber quem é v e du.

Sabemos que é dv, logo, para encontrar v precisamos apenas integrar dv, já

que ฀

dv =v฀฀. No momento, não nos preocuparemos com as constantes,

para que fixemos nossa atenção no procedimento que deveremos executar. Assim,

v= ฀

dv = ฀

sen฀x)dx=฀฀os฀x).

Como u=x, derivando u em relação a x teremos que ฀u

฀x = ฀x)฀ = 1฀฀u=฀x e

assim o segundo membro pode ser escrito como

uv฀

vdu=x฀฀฀os฀x))฀

฀฀฀os฀x))dx; escrevendo a equação toda, temos

xsenxdx=x·฀osx)

฀฀฀osx)dx,

xsenxdx=฀x฀osx+

฀osxdx,

xsenxdx=x฀osx+senx.

Note que quando estamos trabalhando com integrais impróprias (sem os limites de integração) encontramos uma primitiva para o integrando, logo temos que a primitiva de xsen฀x)é xcos฀x) +sen฀x) +฀.

Exemplo 7

Calcule a integral ฀ x฀osxdx.

Solução

Devemos identificar quem fará o papel de u e de v. Uma tentativa natural seria

u=x฀ dv =cos฀x)dx. Assim,

x฀osxdx฀

udv, e usando integração por partes

temos ฀

u฀v฀uv฀

v฀u.

Calculando v e du, temos du฀dx฀ v฀ ฀

(14)

Substituindo u, due v no 2º membro da fórmula de integral por partes, obtemos

x฀osxdx=x·senx

senxdx,

x฀osdx=xsenx฀฀฀฀osx),

x฀osxdx=xsenx+฀osx.

A partir disso, podemos dizer que a primitiva de xcos฀x)éxsen฀x) +cos฀x) +฀.

Às vezes, precisamos utilizar a integração por partes mais de uma vez para chegarmos ao resultado, como ilustramos no exemplo a seguir

Exemplo 8

Calcule a integral

x฀senx฀x.

Solução

Devemos identificar quem fará o papel de u e de v. Uma tentativa natural seria

u=x฀฀ dv=sen฀x)dx. Assim, ฀

x฀sen฀x)฀x=

u฀v, e usando integração por

partes temos ฀

u฀v฀uv

v฀u.

Calculando v e du, temos

du dx = ฀x

)= 2xdu= 2xdxev=

sen฀x)dx=฀฀os฀x).

Substituindo u, due v no 2º membro da fórmula de integral por partes, obtemos

x฀senxdx=x฀·฀฀฀osx)฀ ฀

฀฀฀osx)2xdx,

x฀senxdx=x฀฀osx+ 2

x฀osxdx

Note que a integral ฀ x฀osxdx foi calculada no exemplo 5, utilizando o resultado

obtido, chegamos a ฀

x฀senxdx=x฀฀osx+ 2฀xsenx+฀osx),

x฀senxdx=฀x฀฀osx+ 2xsenx+ 2฀osx.

A partir daí, podemos dizer que a primitiva de x฀s฀n฀x) é

(15)

Exemplo 9

Calcule a integral indefinida ฀ xe฀฀x.

Solução

Devemos identificar quem fará o papel de u e de v. Uma tentativa natural seria

u฀x฀ dv ฀e฀dx. Assim, xe฀xu฀v, e usando integração por partes temos

u฀v฀uv฀

v฀u.

Calculando v e du, temos ฀u

฀x = ฀x)฀= 1฀฀u=฀x e v฀

e฀฀x฀e฀. Substituindo u, due v no 2º membro da fórmula de integral por partes,

xe฀฀x฀x·e฀

e฀฀x,

xe฀฀x฀xe฀฀e฀

Daí podemos dizer que a primitiva de xe฀éxee.

Você poderá perguntar: e se quisermos utilizar a integração por partes para calcular a integral definida ao invés da integral indefinida?

A idéia é exatamente a mesma, vamos repetir o procedimento anterior para ilustrar a única mudança,

Sejam u e v funções deriváveis de x. Aplicando-se a regra de derivação do produto temos

฀x฀uv) =u ฀v ฀x +v

฀u ฀x,

u฀v

฀x =

฀x฀uv)฀v ฀u ฀x.

Calculando a integral definida no mesmo intervalo de integração em ambos os membros em relação a x, obtemos (a mudança foi exatamente aqui)

 b

u฀v

฀x฀x=

 b

฀x฀uv)฀x฀

 b

v฀u ฀x฀x,

 b

u฀v

฀x =uv

฀ ฀ ฀b฀ ฀

 b

(16)

Esta é a fórmula de integral por partes (definida) que pode ser reescrita na forma

diferencial a seguir

 v

u฀v฀uv฀฀b

 b

v฀u.

Neste ponto quero deixar claro que as mudanças são feitas como anteriormente, ou seja, tanto o u quanto o v são funções de x e fizemos apenas as substituições

necessárias para continuarmos com a igualdade. Refaçamos os exemplos anteriores, agora para integral definida.

Exemplo 10

Calcule a integral

฀ ฀ ฀

x฀osxdx.

Solução

Usando as mesmas escolhas do exemplo 7, teremos que

 ฀ 2

xcosxdx=x·senx฀฀

฀ 2 ฀ ฀  ฀ 2 senxdx  ฀ 2 ฀

xcosxdx=฀

2sen 

2 

฀0sen฀0)cosx)฀฀

฀ 2 ฀ ,  ฀ 2 ฀

xcosxdx= ฀

2 ฀ 

฀cos฀

2 

฀฀฀cos฀0))= ฀

2 ฀1

Exemplo 11

Calcule a integral ฀

฀ ฀

x2senx฀x.

Solução

Usando as mesmas escolhas do exemplo 6, teremos que  ฀

2

x2senxdx=x2·฀฀cosx)฀฀

฀ 2 ฀ ฀  ฀ 2 ฀

฀฀cosx)2xdx,

 ฀ 2

x2senxdx=

฀฀22cos฀

2 

฀฀฀02cos฀0))

 + 2

฀ 2

฀cosx)xdx= 2฀

(17)

Atividade 2

1

2

3

4

5

sua resposta

Calcule a integral ฀฀

x

x฀฀฀osxdx฀osxdx pelo método da integração por partes.

Calcule a integral ฀฀

x

x฀฀ee฀฀฀x฀x pelo método da integração por partes.

Utilize o método da substituição e a integração por partes para calcular a integral ฀฀

da da x

x฀฀ee฀฀฀฀฀x฀x .

Utilize o método da substituição e a integração por partes para calcular a integral ฀฀

da da

da substituição da substituição

฀ ฀

฀฀฀฀ x

x22฀os฀os฀฀xx22))dxdx .

Utilize o método da substituição e a integração por partes para calcular a integral ฀฀

da da

da substituição da substituição da substituição da substituição

฀ ฀

฀ ฀

฀฀฀฀ x

(18)

Resumo

1

2

3

Vimos nesta aula que a idéia de utilizar a integral apenas como área sob o gráfico de uma função pode causar certa confusão e que para calcular a área total devemos somar as áreas acima do eixo e tomar o valor positivo da integral que supostamente calcularia a área entre o gráfico e o eixo dos x. Vimos também que nem sempre a primitiva de uma função pode ser obtida de forma direta para que possamos usar o teorema fundamental do cálculo para resolver a integral. Quando isso acontece, podemos utilizar técnicas de integração para resolver a integral. Nesta aula, vimos ainda a técnica de integração por partes.

Auto-avaliação

Qual a diferença entre o resultado de uma integral definida e de uma indefinida?

Escreva com suas palavras o que ficou claro na discussão sobre utilizar a integral definida para cálculo de área compreendida entre o gráfico da função e o eixo x.

Você poderia fazer uma analogia com derivadas e escrever quais propriedades se repetem? Por exemplo, a derivada de uma função vezes uma constante é igual a constante vezes a derivada da função e a integral de uma constante vezes uma função é igual a constante vezes a integral da função.

Referências

ANTON, Howard. Cálculo:um novo horizonte. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2000. v 1.

GUIDORIZZI, Hamilton Luiz. Um curso de cálculo. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. v 1.

SIMMONS, George F. Cálculo: com geometria analítica. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. v 1.

(19)
(20)

Imagem

Figura 1 - Sinal que a área terá no cálculo da integral
Figura 2 - Gráfico do seno no intervalo [฀,2฀]
Figura 3 - Interpretação da integral defi nida como área ฀ b

Referências

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