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Prof. Rodrigo Reina Muñoz
rodrigo.munoz@ufabc.edu.br
2o Trimestre de 2018
AULA 05
Amplificadores Operacionais
CMRR
Configuração inversora
Configuração não inversora
3
Amplificadores Operacionais - Motivação
3
Formados a partir de amplificadores diferenciais, resultando em:
o ganho elevado
o impedância de entrada alta
o impedância de saída baixa
Principais aplicações:
- Realizar operações matemáticas (integração, diferenciação, soma, multiplicação, amplificação, etc.)
Amplificadores Operacionais – Entradas/Operação
Possui três modos de entrada:
o entrada inversora
o entrada não inversora
o entrada diferencial, quando as entradas inversora e não inversora são
5
Amplificadores Operacionais – Parâmetros Importantes
5
o Alimentação (em geral simétrica: +Vcc e -Vcc) → geralmente ~15 V
o Dissipação de potência → tipicamente 50 mW
o Corrente de alimentação → tipicamente 1,7 mA
o Corrente máxima de saída → tipicamente 25 mA
Amplificadores Operacionais – Modelo
O modelo de 2a ordem (CA) do amplificador operacional mostra que o mesmo
7
Amplificadores Operacionais – Parâmetros
7
9
Amplificadores Operacionais – Encapsulamento
9
Amplificadores Operacionais – Fabricantes
Diferentes fabricantes e suas dferentes designacoes:
o Farchild (Intel) → µA e µAF
o National Semiconductor → LM, LH, LF e TBA
o Motorola → MC e MFC
o RCA → CA e CD
o Texas Instruments → SN
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Amplificadores Operacionais
11
Questão:
Qual é o número de terminais necessários para um Amp-Op simples? Qual é o número mínimo de terminais necessários em um CI encapsulado (DIP)
Entrada com Terminação Única
Quando o sinal de entrada é conectado a uma entrada do amp-op com a outra entrada conectada ao terra (GND).
13
13
Entrada com Terminação Dupla (Diferencial)
Sinal de entrada aplicado a ambas as entradas
Operação Modo Comum
Amplificadores Operacionais – Configurações das Entradas
15
Amplificadores Operacionais – Rejeição de Modo Comum
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CMRR – Common-Mode Rejection Ratio
Numa conexão diferencial:
os sinais que são opostos nas entradas são altamente amplificados
os sinais comuns às entradas são pouco amplificados
Entradas Comuns:
Quando os sinais de entrada são iguais, o sinal comum às duas entradas pode ser definido como a média aritmética entre os dois sinais.
Tensão de saída:
Operação Diferencial e Modo-Comum
Entradas Diferenciais → entradas separadas aplicadas ao amp-op, o sinal de diferença resultante é:
CMRR – Common-Mode Rejection Ratio
17
17
CMRR – Common-Mode Rejection Ratio
Exemplo 1: Calcule CMRR para os circuitos abaixo.
CMRR – Common-Mode Rejection Ratio
19
Amplificadores Operacionais - Características
19
Outros parâmetros importantes
“Offset”
“Drift” (deriva)
Resposta em Freqüência
CMRR
Ganho
Slew-Rate
Compliance
Amplificadores Operacionais - Características
AMPLIFICADOR OPERACIONAL IDEAL
a) ganho de tensão diferencial infinito
b) ganho de tensão de modo comum igual a zero
c) tensão de saída nula para tensão de entrada igual a zero
d) impedância de entrada infinita
e) impedância de saída igual a zero
f) faixa de passagem infinita
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Observação:
Na maioria dos casos, tem-se AV0 como o ganho em malha aberta e A como
sendo o ganho em malha fechada.
Amplificadores Operacionais - Características
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AMPLIFICADOR OPERACIONAL REAL
Ganho de tensão
Normalmente chamado de ganho de malha aberta, medido em C.C.(ou em frequências muito baixas), é definido como a relação da variação da tensão de saída para uma dada variação da tensão de entrada. Este parâmetro, notado como A ou AV0, tem seus valores reais da ordem de alguns poucos milhares. Normalmente, AV0 é o ganho de tensão diferencial em C.C. O ganho de modo comum é outro ganho, muito
Amplificadores Operacionais - Características
AMPLIFICADOR OPERACIONAL REAL
Tensão de "offset"
Devido principalmente a um casamento imperfeito dos dispositivos de entrada, normalmente diferencial, a saída do amplificador operacional pode ser diferente de zero quando ambas entradas estão no potencial zero. Significa dizer que há uma tensão C.C. equivalente, na entrada, chamada de tensão de "offset". O valor da tensão de "offset" nos amplificadores comerciais está situado na faixa de 1 a 100 mV.
23
Amplificadores Operacionais - Características
23
AMPLIFICADOR OPERACIONAL REAL
Corrente de "offset"
Devido às correntes de base dos transistores bipolares de entrada do amplificador operacional ou ainda correntes de fuga da porta do transistor de efeito de campo em amplificadores dotados de FETs à entrada.
Amplificadores Operacionais - Características
AMPLIFICADOR OPERACIONAL REAL
Faixas de passagem
25
Amplificadores Operacionais - Características
25
AMPLIFICADOR OPERACIONAL REAL
"Slew Rate“
Ocorrência de onda triangular na saída do Amp-op quando é injetado um sinal senoidal de alta frequência, de amplitude superior a um certo valor prefixado. A inclinação desta forma de onda triangular é o "slew rate”.
Esta limitação tem origem nas características de construção do dispositivo e está diretamente ligado a um elemento, o chamado capacitor de compensação de
fase e à máxima taxa com que este pode ser carregado. Este capacitor, nos
Amplificadores Operacionais - Características
SR para sinal senoidal
aplicado na entrada
SR para sinal pulsado
27
Amplificadores Operacionais - Características
27
AMPLIFICADOR OPERACIONAL REAL
"Slew Rate“
Em amplificadores operacionais monolíticos, de uso geral, SR vale alguns Volts por microssegundos. Em amplificadores operacionais construídos pela técnica de C.I.s híbridos, este valor pode ser muito elevado, por exemplo,
SR = 2000 V/µs.
Em resumo, o SR ocorre devido a que existe uma máxima taxa de cambio na saída de um amp-op real. Analiticamente é definido como:
max
Considere, por exemplo, um amp-op conectado como seguidor de tensão de ganho unitário:
29
Amplificadores Operacionais - Características
29
AMPLIFICADOR OPERACIONAL REAL
Largura de banda de potência
É a máxima frequência do sinal de saída sem distorção.
Vp
SR
f
Maxπ
2
=
Onde:
SR: “slew rate”
Amplificadores Operacionais - Características
Exemplo 2:
Para o sinal e circuito da figura abaixo, determine a máxima frequência que pode ser usada, a fim de evitar distorções. O SR do Amp-Op é 0,5V/µs.
Vp SR fMax
π
2
=
31
Amplificadores Operacionais - Amplificador
31
A tensão de saída, devido ao amplificador diferencial na entrada do Amp-Op, é independente das tensões eA e eB, mas depende da diferença (eB – eA).
Exemplo:
Curva de Transferência
33
33
Admitindo que o amplificador operacional tenha propriedades ideais, sua
impedância de entrada é infinita e não há corrente fluindo em suas entradas. Assim, i1 = i2.
1) Amplificador Inversor
Amplificadores Operacionais - Amplificador
Determinando o Ganho de Malha Fechada ( )
e S
A tensão de saída desta configuração é, por definição:
1) Amplificador Inversor
Amplificadores Operacionais - Amplificador
Determinando o Ganho de Malha Fechada ( )
e S
35
35
1) Amplificador Inversor de Tensão
Amplificadores Operacionais - Amplificador
Determinando o Ganho de Malha Fechada ( )
e S
V
V
A
=
=
1) Amplificador Inversor de Tensão
37
37
2) Amplificador Não-Inversor
Determinando o Ganho de Malha Fechada ( )
+
−
=
−
=
2 1 2 0 2 10
(
)
R
R
R
v
v
A
v
v
A
v
S V V e S2 1 2 0 0 0 2 1 2
1
1
R
R
R
A
A
v
v
A
v
A
R
R
AvoR
v
V V e S e V S+
+
=
=
⇒
=
+
+
Ganho ExatoComo AV0 >>1, tem-se
2 1 2 2 1 2 1 2 0 0
1
R
R
A
R
R
R
R
R
R
A
A
A
VV
=
+
⇒
≅
+
+
≅
Amplificadores Operacionais - Amplificador
Exemplo 3:
Determine os ganhos em malha fechada (A) exato e aproximado.
Determine também o valor de VS.
Dados: R1 = 98 kΩ; R2 = 2 kΩ; AV0 = 105; Ve = 1mV
975
,
49
2
98
2
10
1
10
5 5=
+
+
=
k
k
k
A
50
2
98
1
+
=
≅
k
k
A
%
05
,
0
100
50
975
,
49
=
−
=
Diferença
Amplificadores Operacionais - Amplificador
Exato
39
39
Exemplo 3 (continuação):
mV
mV
mV
v
S=
1
(
49
,
975
)
=
49
,
975
≅
50
V
mV
A
v
v
v
v
V SENTRADA
0
,
5
µ
10
50
5 0
2
1
−
=
=
=
=
Cálculo de vENTRADA
Exemplo 4:
Substituir o Amp-Op por outro de ganho 20.000, ou seja com ganho (5 x menor).
E recalcular o ganho em malha fechada.
875
,
49
2
98
2
10
.
2
1
10
.
2
4 4=
+
+
=
k
k
k
A
Variação de 0,2%Amplificadores Operacionais – Terra Virtual
- Devido ao valor elevado (~ 100.000) do ganho em malha aberta: terra virtual.
Por exemplo, para ter-se uma saída com 10 V, deve-se ter, na entrada, uma diferença v(+) – v(-) próxima de 0,0001 V.
- Não pode ser tratado como um curto-circuito entre as entradas do Amp-Op.
41
Amplificadores Operacionais – Terra Virtual
41
Conceito de curto virtual:
pequeno
muito
2
1
−
→
=
v
v
v
ENTRADAAs tensões v1 e v2 em um Amp-Op com realimentação negativa, representam um curto virtual, pois não há diferença de potencial. Mas a corrente é nula (impedância infinita).
virtual
curto
150
10
15
2 1 5 2 1max
=
−
=
=
=
V
⇒
v
≅
v
→
A
v
v
v
v
ENTRADA Sµ
Exemplo 5:
Determine a diferença (v1 – v2) tendo-se um Amp-Op µA741, com AV0 = 105;
1) Determine a tensão de saída de um Amp-Op para tensões de entrada de
Vi1 = 150 mV e Vi2 = 140 mV. Considere que este Amp-Op tem um ganho
diferencial de Ad = 4.000 e o valor de CMRR é 100.
2) Qual é a nova tensão de saída caso do CMRR passar para 105?
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3) O Amp-Op TL 074 tem um “slew rate” de 13 V/µs. Qual a largura de banda para uma tensão de pico de 5 V?
4) Qual a maior amplitude de pico do sinal de saída sem distorção
considerando-se o Amp-Op LF353 (SR = 13 V/µs) operando numa freqüência
de 360 kHz.
5) Um Amp-Op apresenta em sua folha de dados uma CMRR de 65 dB. Qual a relação entre os ganhos diferencial e de modo-comum?
6) Em um Amp-Op de CMRR = 90 dB e Ad = 100.000, aplica-se nas entradas
um sinal comum de mesma polaridade com amplitude de 1 V. Qual será a amplitude do sinal de saída?
7) Um Amp-Op tem um ganho de tensão de 500.000. Se a tensão de entrada for 12 µV, qual a tensão de saída?
43
8) Qual a tensão de entrada de um Amp-Op com tensão de saída de 10 V e um ganho de tensão de 200.000?
9) Qual o maior sinal de saída sem distorção, do Amp-Op 741C operando numa freqüência máxima de 50kHz? Use SR = 0,5 V/µs.
10) Qual é a tensão de saída no circuito da Figura a seguir?
45
11) Qual é a faixa de ajuste de ganho de tensão no circuito da Figura?
45
12) Calcule a CMRR (em dB) para as medidas feitas no circuito de Vd = 1 mV,
V0 = 120 mV, e VC = 1 mV, V0 = 20 µV.
13) Calcular o ganho de tensão do circuito abaixo.
47
15) Projete uma amplificador não inversor com ganho igual a 17.
16) Projete um amplificador inversor com ganho igual a -1.
47
14) Aplicando-se a tensão abaixo na entrada e1, do circuito do slide anterior, qual é o gráfico da tensão de saída es?
17) Que tensão de entrada produz uma saída de 2 V no circuito da Figura a seguir?
49
49
18) Qual é a faixa das tensões de saída no circuito da Figura a seguir se a entrada puder variar de 0,1 V a 0,5 V?
19) Que tensão de saída resulta do circuito da Figura a seguir para uma entrada Vi = – 0,3?
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Segunda Lista de exercícios
Mostrar passo a passo a derivação do resultado do slide 35.