AS MÚLTIPLAS TRANSFORMAÇÕES NO TERRITÓRIO AFETADO PELO EMPREENDIMENTO HIDRELÉTRICO BELO MONTE, NA AMAZÔNIA PARAENSE
Resumo
A pesquisa em questão teve como objetivo compreender o processo de desestruturação do espaço agrário diretamente afetado pelo empreendimento de Belo Monte. As transformações ocorridas dizem respeito não somente as questões ambientais, no entanto verifica
social e que estão ligadas também a questões referentes à mão de obra, produtividade e as relações familiares. Além das entrevistas a cerca das localidades realizamos entrevistas com agen públicos e lideranças para que dessa forma pudéssemos averiguar ambas as opiniões no que tange as transformações ocorridas no território em questão. Fica claro que o processo de desestruturação seja ele do espaço rural ou urbano nem sempre vem acompanh
que os danos sofridos pelas pessoas atingidas pela implantação de Hidrelétricas vão muito além dos danos materiais.
Palavras-chave:Desterritorialização;
Abstract:
The research in question aimedtounderstand the process ofdisruptionof the agrarian space directlyaffected by the Belo Monte project. The transformationsthathaveoccurred are not only aboutenvironmentalissues, butthere are changes in the social sphere, which
toissuesrelatedto labor, productivity and family relationships. In addition to the interviews with localities, weconducted interviews with public agents and leaderssothatwecouldascertainbothopinionsregarding the changesthatoccurred in the
question. It is clear that the process ofdismantling it from rural or urban space is not alwaysaccompanied by restructuring, knowingthat the damage suffered by peopleaffected by the implementation ofhydroelectricplantsgoesfarbeyond material da
Keywords:Deterritorialization; social impacts;
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho trás uma abordagem dos impactos e as transformações territoriais ocorridos mediante a implantação do empreendimento Hidrelétrico Belo Monte, do qual foi
pesquisa realizada do início do ano 2013 até o período atual, trazendo no mesmo um aporte sobre território. Segundo Haesbert (2004), explica que, nessa perspectiva, o território é relacional não apenas porque é estabelecido dentro do conjunto de
1
- Mestranda em Geografia-PPGEO/UFPA, 2
- Docente do Programa de Pós-Graduação em Geografia 3
- Discente de Licenciatura em Geografia-UEPA,
---AS MÚLTIPL---AS TRANSFORMAÇÕES NO TERRITÓRIO AFETADO PELO EMPREENDIMENTO HIDRELÉTRICO BELO MONTE, NA AMAZÔNIA PARAENSE
Tássia Stêfany Lima BEZERRA José Antonio HERRERA Luis Alexandre Bezerra do NASCIMENTO
A pesquisa em questão teve como objetivo compreender o processo de desestruturação do espaço agrário diretamente afetado pelo empreendimento de Belo Monte. As transformações ocorridas questões ambientais, no entanto verifica-se mudanças no que tange o social e que estão ligadas também a questões referentes à mão de obra, produtividade e as relações familiares. Além das entrevistas a cerca das localidades realizamos entrevistas com agen públicos e lideranças para que dessa forma pudéssemos averiguar ambas as opiniões no que tange as transformações ocorridas no território em questão. Fica claro que o processo de desestruturação seja ele do espaço rural ou urbano nem sempre vem acompanhado da reestruturação, sabendo que os danos sofridos pelas pessoas atingidas pela implantação de Hidrelétricas vão muito além dos
Desterritorialização; impactos sociais; espaço agrário.
The research in question aimedtounderstand the process ofdisruptionof the agrarian space directlyaffected by the Belo Monte project. The transformationsthathaveoccurred are not only aboutenvironmentalissues, butthere are changes in the social sphere, which
toissuesrelatedto labor, productivity and family relationships. In addition to the interviews with localities, weconducted interviews with public agents and leaderssothatwecouldascertainbothopinionsregarding the changesthatoccurred in the
question. It is clear that the process ofdismantling it from rural or urban space is not alwaysaccompanied by restructuring, knowingthat the damage suffered by peopleaffected by the implementation ofhydroelectricplantsgoesfarbeyond material damages.
Deterritorialization; social impacts;agrarian space.
O presente trabalho trás uma abordagem dos impactos e as transformações territoriais ocorridos mediante a implantação do empreendimento Hidrelétrico Belo Monte, do qual foi
pesquisa realizada do início do ano 2013 até o período atual, trazendo no mesmo um aporte sobre território. Segundo Haesbert (2004), explica que, nessa perspectiva, o território é relacional não apenas porque é estabelecido dentro do conjunto de relações histórico-sociais, mas porque também
PPGEO/UFPA, agrotassia@hotmail.com
Graduação em Geografia-PPGEO/UFPA, herrera@ufpa.br UEPA, luisalexandregeo@gmail.com
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AS MÚLTIPLAS TRANSFORMAÇÕES NO TERRITÓRIO AFETADO PELO EMPREENDIMENTO HIDRELÉTRICO BELO MONTE, NA AMAZÔNIA PARAENSE
Stêfany Lima BEZERRA1
José Antonio HERRERA2
Alexandre Bezerra do NASCIMENTO3
A pesquisa em questão teve como objetivo compreender o processo de desestruturação do espaço agrário diretamente afetado pelo empreendimento de Belo Monte. As transformações ocorridas se mudanças no que tange o social e que estão ligadas também a questões referentes à mão de obra, produtividade e as relações familiares. Além das entrevistas a cerca das localidades realizamos entrevistas com agentes públicos e lideranças para que dessa forma pudéssemos averiguar ambas as opiniões no que tange as transformações ocorridas no território em questão. Fica claro que o processo de desestruturação ado da reestruturação, sabendo-se que os danos sofridos pelas pessoas atingidas pela implantação de Hidrelétricas vão muito além dos
The research in question aimedtounderstand the process ofdisruptionof the agrarian space directlyaffected by the Belo Monte project. The transformationsthathaveoccurred are not only are also linked toissuesrelatedto labor, productivity and family relationships. In addition to the interviews with localities, weconducted interviews with public agents and leaderssothatwecouldascertainbothopinionsregarding the changesthatoccurred in the territory in question. It is clear that the process ofdismantling it from rural or urban space is not alwaysaccompanied by restructuring, knowingthat the damage suffered by peopleaffected by the
O presente trabalho trás uma abordagem dos impactos e as transformações territoriais ocorridos mediante a implantação do empreendimento Hidrelétrico Belo Monte, do qual foi fruto de pesquisa realizada do início do ano 2013 até o período atual, trazendo no mesmo um aporte sobre território. Segundo Haesbert (2004), explica que, nessa perspectiva, o território é relacional não sociais, mas porque também
deve ser compreendido no sentido de incluir uma relação complexa entre processos sociais e espaço material.
No espaço amazônico, a expansão do capitalismo, historicamente, tem alterado os meios de produção e as relações de produção, de tal modo que substitui os modelos tradicionais de uso dos recursos naturais por um sistema econômico integrado, globalizado, pautado na modernização e com sua forma de produção e organização do trabalho. Noutros termos, a explora
naturais passa a ser feita de forma mais intensa, provocando a escassez de certos recursos, ameaçando a estabilidade ecológica e populações que não acompanham a dinâmica do capital, sendo essas exploradas ou espoliadas em detrimento da pro
É nesse contexto que no escopo desse trabalho veremos como o capital pode influenciar no entendimento da mudança do espaço agrário. O mundo moderno está centrado na análise do capitalismo e do seu desenvolvimento (BERNSTEIN, 2011).
O processo de desterritorialidade se apresenta sob diversas faces no Brasil, mas a construção de grandes empreendimentos hidrelétricos é uns dos setores que mais promovem acentuadas mudanças estruturais em comunidades ribeirinhas e que causam severos impact ambientais, que afetam tanto o meio físico como o biológico (SILVA, 2010).
2. MATERIAL E MÉTODO
Já que o intuito do trabalho foi averiguar as múltiplas transformações ocorridas no território em questão, especialmente as mudanças ocorridas nas áreas r
“Grupo de estudos desenvolvimento e dinâmicas Territoriais na Amazônia acompanhamento desde meados de 2012.
As agrovilas que vem sendo acompanhadas desde o ano de 2012, incluindo a ex Vila Santo Antonio que foi expropriada e hoje é o pátio de máquinas pesadas do consorcio construtor da hidrelétrica, também acompanhamos Carlos Pena Filho, Leonardo D’Vince, Princesa do Xingu, Babaquara, Ilha da Fazenda, Arroz Cru, dentre outras.
---deve ser compreendido no sentido de incluir uma relação complexa entre processos sociais e espaço
No espaço amazônico, a expansão do capitalismo, historicamente, tem alterado os meios de s relações de produção, de tal modo que substitui os modelos tradicionais de uso dos recursos naturais por um sistema econômico integrado, globalizado, pautado na modernização e com sua forma de produção e organização do trabalho. Noutros termos, a explora
naturais passa a ser feita de forma mais intensa, provocando a escassez de certos recursos, ameaçando a estabilidade ecológica e populações que não acompanham a dinâmica do capital, sendo essas exploradas ou espoliadas em detrimento da produção capitalista.
É nesse contexto que no escopo desse trabalho veremos como o capital pode influenciar no entendimento da mudança do espaço agrário. O mundo moderno está centrado na análise do capitalismo e do seu desenvolvimento (BERNSTEIN, 2011).
processo de desterritorialidade se apresenta sob diversas faces no Brasil, mas a construção de grandes empreendimentos hidrelétricos é uns dos setores que mais promovem acentuadas mudanças estruturais em comunidades ribeirinhas e que causam severos impact ambientais, que afetam tanto o meio físico como o biológico (SILVA, 2010).
Já que o intuito do trabalho foi averiguar as múltiplas transformações ocorridas no território em questão, especialmente as mudanças ocorridas nas áreas rurais, onde o Grupo de pesquisa “Grupo de estudos desenvolvimento e dinâmicas Territoriais na Amazônia – GEDTAM” faz um acompanhamento desde meados de 2012.
As agrovilas que vem sendo acompanhadas desde o ano de 2012, incluindo a ex Vila Santo que foi expropriada e hoje é o pátio de máquinas pesadas do consorcio construtor da hidrelétrica, também acompanhamos Carlos Pena Filho, Leonardo D’Vince, Princesa do Xingu, Babaquara, Ilha da Fazenda, Arroz Cru, dentre outras.
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deve ser compreendido no sentido de incluir uma relação complexa entre processos sociais e espaço
No espaço amazônico, a expansão do capitalismo, historicamente, tem alterado os meios de s relações de produção, de tal modo que substitui os modelos tradicionais de uso dos recursos naturais por um sistema econômico integrado, globalizado, pautado na modernização e com sua forma de produção e organização do trabalho. Noutros termos, a exploração dos recursos naturais passa a ser feita de forma mais intensa, provocando a escassez de certos recursos, ameaçando a estabilidade ecológica e populações que não acompanham a dinâmica do capital,
É nesse contexto que no escopo desse trabalho veremos como o capital pode influenciar no entendimento da mudança do espaço agrário. O mundo moderno está centrado na análise do
processo de desterritorialidade se apresenta sob diversas faces no Brasil, mas a construção de grandes empreendimentos hidrelétricos é uns dos setores que mais promovem acentuadas mudanças estruturais em comunidades ribeirinhas e que causam severos impactos
Já que o intuito do trabalho foi averiguar as múltiplas transformações ocorridas no território urais, onde o Grupo de pesquisa GEDTAM” faz um
As agrovilas que vem sendo acompanhadas desde o ano de 2012, incluindo a ex Vila Santo que foi expropriada e hoje é o pátio de máquinas pesadas do consorcio construtor da hidrelétrica, também acompanhamos Carlos Pena Filho, Leonardo D’Vince, Princesa do Xingu,
Mapa: Agrovilas atingidas p
Fonte: Laboratório de Geoprocessamento e estudos ambientais
Todo acompanhamento se deu através de entrevistas sendo estas realizadas por meio de formulários semi estruturados, entrevistas abertas, registro de fotografias, gravação através de gravador, utilização de GPS.
Além das entrevistas a cerca das localidades realizamos entrevistas com agentes públicos e lideranças para que dessa forma pudéssemos averiguar ambas as opiniõe
transformações ocorridas no território em questão.
A pesquisa nos proporcionou verificar as mudanças ocorridas no modo de vida da população afetada pelo empreendimento em particular as da população rural.
No decorrer de seu desenvo
campo também realizamos entrevistas com pessoas que não tiveram que sair do local em que
---Agrovilas atingidas pelo empreendimento Belo Monte.
Laboratório de Geoprocessamento e estudos ambientais – LAGEO/GEDTAM / Elaboração:
deu através de entrevistas sendo estas realizadas por meio de entrevistas abertas, registro de fotografias, gravação através de
Além das entrevistas a cerca das localidades realizamos entrevistas com agentes públicos e lideranças para que dessa forma pudéssemos averiguar ambas as opiniões no que tange as transformações ocorridas no território em questão.
A pesquisa nos proporcionou verificar as mudanças ocorridas no modo de vida da população afetada pelo empreendimento em particular as da população rural.
No decorrer de seu desenvolvimento, paralelo as aplicações dos questionários e idas a campo também realizamos entrevistas com pessoas que não tiveram que sair do local em que
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Elaboração: POJO, 2013.
deu através de entrevistas sendo estas realizadas por meio de entrevistas abertas, registro de fotografias, gravação através de
Além das entrevistas a cerca das localidades realizamos entrevistas com agentes públicos e s no que tange as
A pesquisa nos proporcionou verificar as mudanças ocorridas no modo de vida da população
lvimento, paralelo as aplicações dos questionários e idas a campo também realizamos entrevistas com pessoas que não tiveram que sair do local em que
viviam, mas que ainda assim foram afetadas de alguma forma, esse é o caso dos moradores da Ilha da Fazenda.
Os levantamentos a cerca das localidades foi feito devido à necessidade de caracterizá através de entrevistas com pessoas chaves que nos possibilitaram conhecer a formação e trajetória e como as mesmas vem ao longo do tempo estabelecendo suas relaçõe
realidade local.
3.RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 A DESCONSTRUÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte ainda continua provocando inúmeras mudanças nas vidas das pessoas, tanto na área urbana quanto na área rural. Mes
sido inaugurada ainda têm ocorrido mudanças na paisagem, no comportamento das águas do rio Xingu e nos igarapés, na fauna e na vegetação.
Na área rural, nem todo o imóvel foi atingido. Têm imóveis que foram totalmente a
e outros que tiveram só uma parte afetada, o que tem proporcionado comprometer a produção local. Tendo em vista que essas mudanças já ocorreram e poderão ocorrer ainda mais, mudanças no habito da produção, diminuição da produtividade devido à esca
outros fatores.
No total, cerca de 40% dos imóveis rurais serão atingidos em até um quarto de sua área. (RIMA AH BELO MONTE, 2009).
Dos 1.241 imóveis rurais pesquisados, em 974 (78%) é desenvolvido algum tipo de produção rural, com destaque para a agricultura e a pecuária bovina. Dentre as pessoas afetadas estão as que desenvolvem diversas atividades, dentre elas está: extrativismo vegetal, extrativismo mineral e a pesca, independentemente se tais atividades são e
complementar.
Perdendo as áreas produtivas, as pessoas também perdem suas fontes de renda e sustento. Nas áreas produtivas, tem 718 pessoas trabalhando, sendo que 54% são de mão
os 46% restantes são empregados. É pequena a possibilidades de que os imóveis atingidos nessas áreas possam continuar com suas atividades produtivas (RIMA, 2009).
---viviam, mas que ainda assim foram afetadas de alguma forma, esse é o caso dos moradores da Ilha
Os levantamentos a cerca das localidades foi feito devido à necessidade de caracterizá através de entrevistas com pessoas chaves que nos possibilitaram conhecer a formação e trajetória e como as mesmas vem ao longo do tempo estabelecendo suas relações com atores externos à
.RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 A DESCONSTRUÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte ainda continua provocando inúmeras mudanças nas vidas das pessoas, tanto na área urbana quanto na área rural. Mesmo hoje, após a hidrelétrica já ter sido inaugurada ainda têm ocorrido mudanças na paisagem, no comportamento das águas do rio Xingu e nos igarapés, na fauna e na vegetação.
Na área rural, nem todo o imóvel foi atingido. Têm imóveis que foram totalmente a
e outros que tiveram só uma parte afetada, o que tem proporcionado comprometer a produção local. Tendo em vista que essas mudanças já ocorreram e poderão ocorrer ainda mais, mudanças no habito da produção, diminuição da produtividade devido à escassez da mão-de-obra na área rural, dentre
No total, cerca de 40% dos imóveis rurais serão atingidos em até um quarto de sua área. (RIMA AH BELO MONTE, 2009).
Dos 1.241 imóveis rurais pesquisados, em 974 (78%) é desenvolvido algum tipo de produção rural, com destaque para a agricultura e a pecuária bovina. Dentre as pessoas afetadas estão as que desenvolvem diversas atividades, dentre elas está: extrativismo vegetal, extrativismo mineral e a pesca, independentemente se tais atividades são exercidas como atividade principal ou
Perdendo as áreas produtivas, as pessoas também perdem suas fontes de renda e sustento. Nas áreas produtivas, tem 718 pessoas trabalhando, sendo que 54% são de mão-de
empregados. É pequena a possibilidades de que os imóveis atingidos nessas áreas possam continuar com suas atividades produtivas (RIMA, 2009).
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viviam, mas que ainda assim foram afetadas de alguma forma, esse é o caso dos moradores da Ilha
Os levantamentos a cerca das localidades foi feito devido à necessidade de caracterizá-las através de entrevistas com pessoas chaves que nos possibilitaram conhecer a formação e trajetória e s com atores externos à
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte ainda continua provocando inúmeras mudanças nas mo hoje, após a hidrelétrica já ter sido inaugurada ainda têm ocorrido mudanças na paisagem, no comportamento das águas do rio
Na área rural, nem todo o imóvel foi atingido. Têm imóveis que foram totalmente afetados, e outros que tiveram só uma parte afetada, o que tem proporcionado comprometer a produção local. Tendo em vista que essas mudanças já ocorreram e poderão ocorrer ainda mais, mudanças no habito obra na área rural, dentre
No total, cerca de 40% dos imóveis rurais serão atingidos em até um quarto de sua área.
Dos 1.241 imóveis rurais pesquisados, em 974 (78%) é desenvolvido algum tipo de produção rural, com destaque para a agricultura e a pecuária bovina. Dentre as pessoas afetadas estão as que desenvolvem diversas atividades, dentre elas está: extrativismo vegetal, extrativismo xercidas como atividade principal ou
Perdendo as áreas produtivas, as pessoas também perdem suas fontes de renda e sustento. de-obra familiar, e empregados. É pequena a possibilidades de que os imóveis atingidos nessas
Para Santos (2000), o território não é apenas o resultado da superposição de um conjunto de sistemas naturais, e um conjunto de sistemas de coisas criadas pelo homem. O território é o chão e mais a população, isto é, uma identidade, o fato o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. O território é à base do trabalho, da residência, das trocas materiais e espi
quais ele influi.
Os territórios se formam quando a há identificação, significação e apropriação de espaços, ou seja, ao falarmos em territorialidade estamos tratando necessariamente da dimensão simbólica ou, mais estritamente, cultural do espaço (HAESBAERTS, 2006).
É nesse contexto da abordagem do território que no escopo deste trabalho observaremos a desconstrução do espaço agrário.
De acordo com Haesbaerts (1994), aponta que a desterritorialização
paisagem notada pelo olhar, mas também aquilo que não se vê diretamente. No entanto defende ele que a perda ou o desaparecimento dos territórios é “mais do que uma desterritorialização é desenraizadora, (pois a partir dela) manifesta
descontinuo e extremamente complexo”. Haesbaerts está completamente certo quando afirma que a desterritorialização é desenraizadora, pois as famílias que foram desapropriadas de suas terras as quais tinham vínculo de dependência perderam os laços de vizinhança e familiar.
Para Santos 1995, os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia vêm trazer para o país e para a região, esperança de salvação da economia, da integração do mundo, a segurança do progresso, tudo isso são símbolos que nos permitem aceitar a racionalidade do objeto que, na verdade, vem exatamente destroçar a nossa relação com a natureza.
Mas para a população local que foi afetada percebe
diz o depoimento de uma das entrevistadas quando perguntada quanto ao sentimento diante de tal situação:
Pra nós a sensação é de velório, é como se estivéssemos saindo para um velório, é a mesma sensação que agente está sentindo hoje. Saber que vamos sair daqui e não ter
voltar pra cá. A sensação é triste mesmo, é lamentável, (...) agora agente está sendo obrigada a vender, é uma venda forçada, ou tu vende ou sai no prejuízo
Comunidade Santa Luzia)
Os grandes projetos causam grandes e gra
no processo de implantação há “uma ausência de análises sobre as alterações socioeconômicas, culturais, e ambientais que causariam as regiões (BORTOLETO, 2001, p.
---Para Santos (2000), o território não é apenas o resultado da superposição de um conjunto de um conjunto de sistemas de coisas criadas pelo homem. O território é o chão e mais a população, isto é, uma identidade, o fato o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. O território é à base do trabalho, da residência, das trocas materiais e espirituais e da vida, sobre os
Os territórios se formam quando a há identificação, significação e apropriação de espaços, ou seja, ao falarmos em territorialidade estamos tratando necessariamente da dimensão simbólica ou, mais estritamente, cultural do espaço (HAESBAERTS, 2006).
esse contexto da abordagem do território que no escopo deste trabalho observaremos a
De acordo com Haesbaerts (1994), aponta que a desterritorialização molda não apenas a paisagem notada pelo olhar, mas também aquilo que não se vê diretamente. No entanto defende ele que a perda ou o desaparecimento dos territórios é “mais do que uma desterritorialização é desenraizadora, (pois a partir dela) manifesta-se um processo de reterritorialização espacialmente descontinuo e extremamente complexo”. Haesbaerts está completamente certo quando afirma que a desterritorialização é desenraizadora, pois as famílias que foram desapropriadas de suas terras as
vínculo de dependência perderam os laços de vizinhança e familiar.
Para Santos 1995, os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia vêm trazer para o país e para a região, esperança de salvação da economia, da integração do mundo, a segurança do tudo isso são símbolos que nos permitem aceitar a racionalidade do objeto que, na verdade, vem exatamente destroçar a nossa relação com a natureza.
Mas para a população local que foi afetada percebe-se que o sentimento é desolador, como de uma das entrevistadas quando perguntada quanto ao sentimento diante de tal
Pra nós a sensação é de velório, é como se estivéssemos saindo para um velório, é a mesma sensação que agente está sentindo hoje. Saber que vamos sair daqui e não ter
voltar pra cá. A sensação é triste mesmo, é lamentável, (...) agora agente está sendo obrigada a vender, é uma venda forçada, ou tu vende ou sai no prejuízo
Comunidade Santa Luzia).
Os grandes projetos causam grandes e graves impactos, ao meio e as pessoas, uma vez que no processo de implantação há “uma ausência de análises sobre as alterações socioeconômicas, culturais, e ambientais que causariam as regiões (BORTOLETO, 2001, p. 54).
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Para Santos (2000), o território não é apenas o resultado da superposição de um conjunto de um conjunto de sistemas de coisas criadas pelo homem. O território é o chão e mais a população, isto é, uma identidade, o fato o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. rituais e da vida, sobre os
Os territórios se formam quando a há identificação, significação e apropriação de espaços, ou seja, ao falarmos em territorialidade estamos tratando necessariamente da dimensão simbólica
esse contexto da abordagem do território que no escopo deste trabalho observaremos a
molda não apenas a paisagem notada pelo olhar, mas também aquilo que não se vê diretamente. No entanto defende ele que a perda ou o desaparecimento dos territórios é “mais do que uma desterritorialização é um processo de reterritorialização espacialmente descontinuo e extremamente complexo”. Haesbaerts está completamente certo quando afirma que a desterritorialização é desenraizadora, pois as famílias que foram desapropriadas de suas terras as
Para Santos 1995, os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia vêm trazer para o país e para a região, esperança de salvação da economia, da integração do mundo, a segurança do tudo isso são símbolos que nos permitem aceitar a racionalidade do objeto que, na
se que o sentimento é desolador, como de uma das entrevistadas quando perguntada quanto ao sentimento diante de tal
Pra nós a sensação é de velório, é como se estivéssemos saindo para um velório, é a mesma sensação que agente está sentindo hoje. Saber que vamos sair daqui e não ter a esperança de voltar pra cá. A sensação é triste mesmo, é lamentável, (...) agora agente está sendo obrigada a vender, é uma venda forçada, ou tu vende ou sai no prejuízo (Ex-moradora da
ves impactos, ao meio e as pessoas, uma vez que no processo de implantação há “uma ausência de análises sobre as alterações socioeconômicas,
Para Martins (1993), a população atingid
não apenas isso, deles é retirado o que é necessário a sobrevivência, “terras e territórios, meios e condições de existência material, social, cultural e política”.
Martins fala do restabelecimento das
relativas demoras para se restabelecer e se é que conseguem se restabelecer.
Buscamos contato e ainda fazemos o acompanhamento de algumas famílias que foram expropriadas de suas casas e terras, ainda em
restabelecer, pois elas geralmente buscam viver da mesma forma que viviam antes, no entanto o processo de desterritorialização nem sempre vem acompanhado da reterritorialização. Essa é uma implicação, pois grande parte dos entrevistados que conseguimos localizar estão sofrendo conseqüências da não reterritorialização, embora alguns tenham tentado viver em área rural ainda assim não conseguem reproduzir a forma de vida anterior.
Sousa (2000) e Souza (2005) realiz
instalação de reservatórios para hidrelétricas, demonstrando como esses impactos desestruturam a economia local, bem como as estruturas sociais e culturais da população local. Dentre os diversos impactos apresentados por esses dois autores estão:
Desestruturação econômica:
- Pressão sobre os recursos naturais disponíveis, tanto pela perda dos sistemas agrários quanto pela reserva hídrica necessária para o funcionamento da hidrelétrica;
- Especulação imobiliária, em virtude da relocação da população e da chagada de trabalhadores para a construção do barramento;
- Desequilíbrio entre oferta e procura de bens e serviços no comércio local, em vista da elevada demanda pelos trabalhadores recém chegados para as
Desestruturação social e cultural:
- Perda de identidade social e de sentimento comunitário, em virtude da relocação das pessoas; - Perda de valores e sentimentos referidos a lugares e paisagens, muitas vezes incorporadas por estórias contadas de geração para geração;
---Para Martins (1993), a população atingida é obrigada a restabelecer suas relações sociais. E não apenas isso, deles é retirado o que é necessário a sobrevivência, “terras e territórios, meios e condições de existência material, social, cultural e política”.
Martins fala do restabelecimento das relações muito embora muitas dessas pessoas sofram relativas demoras para se restabelecer e se é que conseguem se restabelecer.
Buscamos contato e ainda fazemos o acompanhamento de algumas famílias que foram expropriadas de suas casas e terras, ainda em 2016 existem pessoas que não conseguiram se restabelecer, pois elas geralmente buscam viver da mesma forma que viviam antes, no entanto o processo de desterritorialização nem sempre vem acompanhado da reterritorialização. Essa é uma e parte dos entrevistados que conseguimos localizar estão sofrendo conseqüências da não reterritorialização, embora alguns tenham tentado viver em área rural ainda assim não conseguem reproduzir a forma de vida anterior.
Sousa (2000) e Souza (2005) realizaram estudos detalhados sobre os impactos sociais da instalação de reservatórios para hidrelétricas, demonstrando como esses impactos desestruturam a economia local, bem como as estruturas sociais e culturais da população local. Dentre os diversos
apresentados por esses dois autores estão:
Pressão sobre os recursos naturais disponíveis, tanto pela perda dos sistemas agrários quanto pela reserva hídrica necessária para o funcionamento da hidrelétrica;
liária, em virtude da relocação da população e da chagada de trabalhadores para
Desequilíbrio entre oferta e procura de bens e serviços no comércio local, em vista da elevada demanda pelos trabalhadores recém chegados para as obras.
Perda de identidade social e de sentimento comunitário, em virtude da relocação das pessoas; Perda de valores e sentimentos referidos a lugares e paisagens, muitas vezes incorporadas por
eração para geração;
---272
a é obrigada a restabelecer suas relações sociais. E não apenas isso, deles é retirado o que é necessário a sobrevivência, “terras e territórios, meios e
relações muito embora muitas dessas pessoas sofram
Buscamos contato e ainda fazemos o acompanhamento de algumas famílias que foram 2016 existem pessoas que não conseguiram se restabelecer, pois elas geralmente buscam viver da mesma forma que viviam antes, no entanto o processo de desterritorialização nem sempre vem acompanhado da reterritorialização. Essa é uma e parte dos entrevistados que conseguimos localizar estão sofrendo conseqüências da não reterritorialização, embora alguns tenham tentado viver em área rural ainda
aram estudos detalhados sobre os impactos sociais da instalação de reservatórios para hidrelétricas, demonstrando como esses impactos desestruturam a economia local, bem como as estruturas sociais e culturais da população local. Dentre os diversos
Pressão sobre os recursos naturais disponíveis, tanto pela perda dos sistemas agrários quanto pela
liária, em virtude da relocação da população e da chagada de trabalhadores para
Desequilíbrio entre oferta e procura de bens e serviços no comércio local, em vista da elevada
Perda de identidade social e de sentimento comunitário, em virtude da relocação das pessoas; Perda de valores e sentimentos referidos a lugares e paisagens, muitas vezes incorporadas por
- Movimentos migratórios, tanto de pessoas que saem de áreas alagadas quanto de trabalhadores que chegam para a construção do barramento gerando choque de valores;
- Em muitos casos o reassentamento é feito em terras pouco produtivas e
tempo pelas indenizações, causando insegurança alimentar e desestruturação da economia familiar. Para Herrera, 2012 a sociedade, neste contexto, sofre modificações no modo de vida ao passo em que o ambiente é degradado. Mais que isso, verifica
interesses que estão em jogo no território, esquadrinhando espaços de co
e de interesses pelo poder e sobreposição de grupos econômicos exógenos em relação aos hábitos, costumes e perspectivas dos sujeitos locais.
É nesse sentido que Lima, 2012 afirma que os impactos sociais mais significativos da instalação dos empreendimentos hidrelétricos referem
espaço a ser alagado. Entretanto, também é relevante o impacto devido ao rápido e significativo aporte de operários nas obras de construção civil da represa.
economia e as relações sociais locais, sem dar tempo ao município de se adaptar gradualmente às mudanças.
O espaço agrário teve graves perdas, uma delas foi à mão de obra que ficou escassa e em conseqüência o aumento do trabalho cobrado por aqueles que permaneceram no campo.
E de acordo com Milanez, 2010 após as obras de instalação, os funcionários se retiram e a economia dos municípios se desestrutura novamente, em virtude da perda do mercado consumidor. Fenômeno este que tem sido denominado “Ciclo Boom
Através da construção e adaptação de questionários e roteiros, realizamos as entrevistas das quais nos possibilitaram averiguar e compreender onde e como ocorrem esses impactos que modificam e alteram a dinâmica produtiva e o modo de vida das pessoas que se encontram reféns de tal empreendimento.
De acordo com a metodologia empregada buscamos compreender as transformações cotidianas do território, onde buscamos valorizar a importância dos sujeitos locais
se registra a desestruturação.
Nas diversas entrevistas realizadas encontramos pessoas desapropriadas de suas terras e que sentem falta do local que vivia.
Recebemos uma indenização para sairmos do local em que moravamos. Tudo lá era bo todo mundo vivia numa ilha num sossego só, não dependíamos de ninguém só de Deus,
---Movimentos migratórios, tanto de pessoas que saem de áreas alagadas quanto de trabalhadores que chegam para a construção do barramento gerando choque de valores;
Em muitos casos o reassentamento é feito em terras pouco produtivas e as pessoas esperam muito tempo pelas indenizações, causando insegurança alimentar e desestruturação da economia familiar.
Para Herrera, 2012 a sociedade, neste contexto, sofre modificações no modo de vida ao passo em que o ambiente é degradado. Mais que isso, verifica-se o estranhamento entre os diversos interesses que estão em jogo no território, esquadrinhando espaços de conflitos, choques de culturas e de interesses pelo poder e sobreposição de grupos econômicos exógenos em relação aos hábitos, costumes e perspectivas dos sujeitos locais.
É nesse sentido que Lima, 2012 afirma que os impactos sociais mais significativos da instalação dos empreendimentos hidrelétricos referem-se à retirada da população que se vincula ao espaço a ser alagado. Entretanto, também é relevante o impacto devido ao rápido e significativo aporte de operários nas obras de construção civil da represa. Esse aporte populacional desestrutura a economia e as relações sociais locais, sem dar tempo ao município de se adaptar gradualmente às
O espaço agrário teve graves perdas, uma delas foi à mão de obra que ficou escassa e em to do trabalho cobrado por aqueles que permaneceram no campo.
E de acordo com Milanez, 2010 após as obras de instalação, os funcionários se retiram e a economia dos municípios se desestrutura novamente, em virtude da perda do mercado consumidor.
este que tem sido denominado “Ciclo Boom-Colapso”.
Através da construção e adaptação de questionários e roteiros, realizamos as entrevistas das quais nos possibilitaram averiguar e compreender onde e como ocorrem esses impactos que inâmica produtiva e o modo de vida das pessoas que se encontram reféns de
De acordo com a metodologia empregada buscamos compreender as transformações cotidianas do território, onde buscamos valorizar a importância dos sujeitos locais, ao passo em que
Nas diversas entrevistas realizadas encontramos pessoas desapropriadas de suas terras e que
Recebemos uma indenização para sairmos do local em que moravamos. Tudo lá era bo todo mundo vivia numa ilha num sossego só, não dependíamos de ninguém só de Deus,
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Movimentos migratórios, tanto de pessoas que saem de áreas alagadas quanto de trabalhadores
as pessoas esperam muito tempo pelas indenizações, causando insegurança alimentar e desestruturação da economia familiar.
Para Herrera, 2012 a sociedade, neste contexto, sofre modificações no modo de vida ao se o estranhamento entre os diversos nflitos, choques de culturas e de interesses pelo poder e sobreposição de grupos econômicos exógenos em relação aos hábitos,
É nesse sentido que Lima, 2012 afirma que os impactos sociais mais significativos da se à retirada da população que se vincula ao espaço a ser alagado. Entretanto, também é relevante o impacto devido ao rápido e significativo Esse aporte populacional desestrutura a economia e as relações sociais locais, sem dar tempo ao município de se adaptar gradualmente às
O espaço agrário teve graves perdas, uma delas foi à mão de obra que ficou escassa e em to do trabalho cobrado por aqueles que permaneceram no campo.
E de acordo com Milanez, 2010 após as obras de instalação, os funcionários se retiram e a economia dos municípios se desestrutura novamente, em virtude da perda do mercado consumidor.
Através da construção e adaptação de questionários e roteiros, realizamos as entrevistas das quais nos possibilitaram averiguar e compreender onde e como ocorrem esses impactos que inâmica produtiva e o modo de vida das pessoas que se encontram reféns de
De acordo com a metodologia empregada buscamos compreender as transformações , ao passo em que
Nas diversas entrevistas realizadas encontramos pessoas desapropriadas de suas terras e que
Recebemos uma indenização para sairmos do local em que moravamos. Tudo lá era bom, todo mundo vivia numa ilha num sossego só, não dependíamos de ninguém só de Deus,
tinhamos água boa, peixinho para pegar no riozinho, tinha escola na comunidade, lá tudo era muito bom, todo mundo sorrindo. Hoje todo mundo ta distante, não sei por onde a E o que, mas sentimos falta é o sossego, é
morador da Volta Grande do Xingu)
Muitos dos moradores afetados resistiram por algum tempo nas localidades em que moravam, encontramos pessoas que ainda não
de locais em áreas rurais na tentativa de reconstruírem o que foi perdido.
Uma das casas visitadas pelo grupo de pesquisa encontrou uma casa em que foi relatado que o sossego que tinham comparado com a
antigas moradoras ela chega a enfatizar que sente muita falta da união entre os visinhos, pois havia momentos de encontro entre eles que cada um levava um prato de comida e se reunião constantemente em datas comemorativas.
Eu sinto falta da união, eramos
que fizemos, fizemos primeiramente coberto de palha e depois cobrimos de cavaco. Por último resolvemos fazer de alvenaria, os homens dão o t
brasilit e fizemos de brasilit. E tudo ficou lá agora só fico sentindo falta dos nossos encontros e de toda aquela amizade, nos dias dos pais, dia das mães, dia das crianças, dia do professor ... Ai como sinto falta... Hoje
(...) Eu não queria vim pra cá (se refere a cidade), quando sai de lá sai chorando moradora da Volta Grande do Xingu)
Quando perguntamos sobre o aspecto da saúde, esse pra eles foi o único aspect melhorou, pois estão mais perto para ir ao médico e quando moravam na localidade anterior era mais difícil devido a distância, principalmente se tratando das famílias ribeirinhas.
É fato que um grande empreendimento hidrelétrico gera inúmeras conseq
ambiental, econômico, mais, em especifico, prejudica a vida das pessoas. Segundo Ribeiro (1987), as hidrelétricas são entendidas como uma original e complexa inter
econômicas, técnicas, demográficas, ecol
diversidade de ações e resultados, e a rigorosidade do parcelamento temporal do projeto.
É interessante definir o espaço agrário, pois é nele que as mudanças socioeconômicas e ambientais têm sofrido grandes alterações no modo de vida e de trabalho. O entendimento da mudança agrária no mundo moderno está centrado na análise do capitalismo e do seu desenvolvimento (BERNSTEIN, 2011).
Noutras palavras, as pessoas foram expulsas e desterritorializadas de seu
ambiente fragmentado, deformando relações existentes em seu território, relações essas que se
---tinhamos água boa, peixinho para pegar no riozinho, tinha escola na comunidade, lá tudo era muito bom, todo mundo sorrindo. Hoje todo mundo ta distante, não sei por onde a E o que, mas sentimos falta é o sossego, é uma saudade que nunca acaba...
morador da Volta Grande do Xingu).
Muitos dos moradores afetados resistiram por algum tempo nas localidades em que moravam, encontramos pessoas que ainda não se adaptaram na cidade e que ainda estavão à procura de locais em áreas rurais na tentativa de reconstruírem o que foi perdido.
Uma das casas visitadas pelo grupo de pesquisa encontrou uma casa em que foi relatado que o sossego que tinham comparado com a vida que vivia antes mudou bastante. No relato de uma das antigas moradoras ela chega a enfatizar que sente muita falta da união entre os visinhos, pois havia momentos de encontro entre eles que cada um levava um prato de comida e se reunião
e em datas comemorativas.
Eu sinto falta da união, eramos todos amigos. Nós tínhamos a igrejinha da comunidade, nós que fizemos, fizemos primeiramente coberto de palha e depois cobrimos de cavaco. Por último resolvemos fazer de alvenaria, os homens dão o tijolo e as mulheres dão a telha brasilit e fizemos de brasilit. E tudo ficou lá agora só fico sentindo falta dos nossos encontros e de toda aquela amizade, nos dias dos pais, dia das mães, dia das crianças, dia do professor ... Ai como sinto falta... Hoje moram tudo numa cidade e fica muito difícil se ver, (...) Eu não queria vim pra cá (se refere a cidade), quando sai de lá sai chorando moradora da Volta Grande do Xingu).
Quando perguntamos sobre o aspecto da saúde, esse pra eles foi o único aspect melhorou, pois estão mais perto para ir ao médico e quando moravam na localidade anterior era mais difícil devido a distância, principalmente se tratando das famílias ribeirinhas.
É fato que um grande empreendimento hidrelétrico gera inúmeras consequências de caráter ambiental, econômico, mais, em especifico, prejudica a vida das pessoas. Segundo Ribeiro (1987), as hidrelétricas são entendidas como uma original e complexa inter-relação entre variáveis sociais, econômicas, técnicas, demográficas, ecológicas e políticas, abalizadas pelo “gigantismo diversidade de ações e resultados, e a rigorosidade do parcelamento temporal do projeto.
É interessante definir o espaço agrário, pois é nele que as mudanças socioeconômicas e des alterações no modo de vida e de trabalho. O entendimento da mudança agrária no mundo moderno está centrado na análise do capitalismo e do seu desenvolvimento (BERNSTEIN, 2011).
Noutras palavras, as pessoas foram expulsas e desterritorializadas de seu próprio espaço, seu ambiente fragmentado, deformando relações existentes em seu território, relações essas que se
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tinhamos água boa, peixinho para pegar no riozinho, tinha escola na comunidade, lá tudo era muito bom, todo mundo sorrindo. Hoje todo mundo ta distante, não sei por onde andam. uma saudade que nunca acaba... (Agricultor e ex
Muitos dos moradores afetados resistiram por algum tempo nas localidades em que se adaptaram na cidade e que ainda estavão à procura
Uma das casas visitadas pelo grupo de pesquisa encontrou uma casa em que foi relatado que vida que vivia antes mudou bastante. No relato de uma das antigas moradoras ela chega a enfatizar que sente muita falta da união entre os visinhos, pois havia momentos de encontro entre eles que cada um levava um prato de comida e se reunião
todos amigos. Nós tínhamos a igrejinha da comunidade, nós que fizemos, fizemos primeiramente coberto de palha e depois cobrimos de cavaco. Por ijolo e as mulheres dão a telha brasilit e fizemos de brasilit. E tudo ficou lá agora só fico sentindo falta dos nossos encontros e de toda aquela amizade, nos dias dos pais, dia das mães, dia das crianças, dia do moram tudo numa cidade e fica muito difícil se ver, (...) Eu não queria vim pra cá (se refere a cidade), quando sai de lá sai chorando (Ex
Quando perguntamos sobre o aspecto da saúde, esse pra eles foi o único aspecto que melhorou, pois estão mais perto para ir ao médico e quando moravam na localidade anterior era
uências de caráter ambiental, econômico, mais, em especifico, prejudica a vida das pessoas. Segundo Ribeiro (1987), relação entre variáveis sociais, ógicas e políticas, abalizadas pelo “gigantismo‟, a diversidade de ações e resultados, e a rigorosidade do parcelamento temporal do projeto.
É interessante definir o espaço agrário, pois é nele que as mudanças socioeconômicas e des alterações no modo de vida e de trabalho. O entendimento da mudança agrária no mundo moderno está centrado na análise do capitalismo e do seu
próprio espaço, seu ambiente fragmentado, deformando relações existentes em seu território, relações essas que se
consolidou ao longo do tempo sendo estabelecido pelas redes sociais de trabalho, parentesco, de vizinhança e produção.
Essa relação de afetividade fica clara na resposta de um ex morador da Volta Grande do Xingu quando perguntado o que é o Rio Xingu pra ele
ele que me dá alimentação todo dia...o Xingu pra mim é um pai”. Além dos afetados que tiveram qu
tem o caso das pessoas que não tiveram que sair do local em que viviam, mas que ainda assim foram afetadas de alguma forma.
Esse caso é o dos moradores da Ilha da Fazenda que sofreram não com a che a seca do rio, pois estão localizados abaixo do barramento.
Em depoimento dos entrevistados eles mostram insatisfações, pois estão percebendo a diminuição de peixes e aqueles que vivem da pesca artesanal de peixes ornamentais também tem sentido diferenças, principalmente no que diz respeito a doenças.
Estamos tendo problemas que não tínhamos antes, os peixes ficam doentes e as principais causas são podridão do rabo e inchaço
Nesse sentido, foram destacados alguns trechos de depoimentos que demonstram diferentes maneiras de lidar com os impactos da obra. Por exemplo, aqueles moradores de regiões que não foram atingidas, mas foram favorecidos com o aumento da produção agrícola,
favoráveis ao empreendimento. Por outro lado, existem os habitantes das regiões atingidas que, quer pela seca, quer pela cheia do rio, em nada serão beneficiados, uma vez que suas propriedades sequer foram avaliadas ou indenizadas. E, algun
indenizações não correspondem a sua posse de terra. Para esses últimos, a situação se complica uma vez que, inevitavelmente, tiveram que deslocar
O deslocamento de algumas f
grave problema levando-se em consideração a elevação do custo de vida em função do aumento da população provocado pela chegada de trabalhadores para trabalhar na barragem. Com o preço dos imóveis fora da realidade econômica dos atingidos pela barragem, esses desalojados, com o pouco dinheiro que receberam do Consórcio, pela indenização de suas propriedades, se instalam de maneira insalubre, em lugares que em nada se assemelha as suas antigas pro
possuíam pequenas roças de subsistência.
---consolidou ao longo do tempo sendo estabelecido pelas redes sociais de trabalho, parentesco, de
vidade fica clara na resposta de um ex morador da Volta Grande do Xingu quando perguntado o que é o Rio Xingu pra ele “O rio Xingu pra mim é um pai, porque é ele que me dá alimentação todo dia...o Xingu pra mim é um pai”.
Além dos afetados que tiveram que sair de suas propriedades através da indenização também tem o caso das pessoas que não tiveram que sair do local em que viviam, mas que ainda assim
Esse caso é o dos moradores da Ilha da Fazenda que sofreram não com a che a seca do rio, pois estão localizados abaixo do barramento.
Em depoimento dos entrevistados eles mostram insatisfações, pois estão percebendo a diminuição de peixes e aqueles que vivem da pesca artesanal de peixes ornamentais também tem sentido diferenças, principalmente no que diz respeito a doenças.
Estamos tendo problemas que não tínhamos antes, os peixes ficam doentes e as principais causas são podridão do rabo e inchaço (Pescador da Ilha da Fazenda).
Nesse sentido, foram destacados alguns trechos de depoimentos que demonstram diferentes maneiras de lidar com os impactos da obra. Por exemplo, aqueles moradores de regiões que não foram atingidas, mas foram favorecidos com o aumento da produção agrícola,
favoráveis ao empreendimento. Por outro lado, existem os habitantes das regiões atingidas que, quer pela seca, quer pela cheia do rio, em nada serão beneficiados, uma vez que suas propriedades sequer foram avaliadas ou indenizadas. E, alguns reclamam do valor pago pelo Consórcio, alegando que as indenizações não correspondem a sua posse de terra. Para esses últimos, a situação se complica uma vez que, inevitavelmente, tiveram que deslocar-se para outras áreas.
O deslocamento de algumas famílias para a área urbana da cidade de Altamira representa um se em consideração a elevação do custo de vida em função do aumento da população provocado pela chegada de trabalhadores para trabalhar na barragem. Com o preço dos is fora da realidade econômica dos atingidos pela barragem, esses desalojados, com o pouco dinheiro que receberam do Consórcio, pela indenização de suas propriedades, se instalam de maneira insalubre, em lugares que em nada se assemelha as suas antigas pro
possuíam pequenas roças de subsistência.
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consolidou ao longo do tempo sendo estabelecido pelas redes sociais de trabalho, parentesco, de
vidade fica clara na resposta de um ex morador da Volta Grande do “O rio Xingu pra mim é um pai, porque é
e sair de suas propriedades através da indenização também tem o caso das pessoas que não tiveram que sair do local em que viviam, mas que ainda assim
Esse caso é o dos moradores da Ilha da Fazenda que sofreram não com a cheia, mas sim com
Em depoimento dos entrevistados eles mostram insatisfações, pois estão percebendo a diminuição de peixes e aqueles que vivem da pesca artesanal de peixes ornamentais também tem
Estamos tendo problemas que não tínhamos antes, os peixes ficam doentes e as principais
Nesse sentido, foram destacados alguns trechos de depoimentos que demonstram diferentes maneiras de lidar com os impactos da obra. Por exemplo, aqueles moradores de regiões que não foram atingidas, mas foram favorecidos com o aumento da produção agrícola, se manifestaram favoráveis ao empreendimento. Por outro lado, existem os habitantes das regiões atingidas que, quer pela seca, quer pela cheia do rio, em nada serão beneficiados, uma vez que suas propriedades sequer s reclamam do valor pago pelo Consórcio, alegando que as indenizações não correspondem a sua posse de terra. Para esses últimos, a situação se complica
amílias para a área urbana da cidade de Altamira representa um se em consideração a elevação do custo de vida em função do aumento da população provocado pela chegada de trabalhadores para trabalhar na barragem. Com o preço dos is fora da realidade econômica dos atingidos pela barragem, esses desalojados, com o pouco dinheiro que receberam do Consórcio, pela indenização de suas propriedades, se instalam de maneira insalubre, em lugares que em nada se assemelha as suas antigas propriedades onde
As transformações ocorridas dizem respeito não somente as questões ambientais, no entanto verifica-se mudanças no que tange o social e que estão ligadas também a questões referentes à mão de obra:
Tem-se percebido que a agricultura familiar tem sofrido muitas pressões e uma possibilidade e se não houver uma política eficiente do ministério da agricultura, das secretarias municipais de agricultura numa convergência mutua o pequeno agricultor pode não existir por que eles se sentem muito pressionado pelos grandes e sem uma política eficiente pra que ele se mantenha na propriedade eles co
É um risco eminente, pois a geração atual não quer se envolver em trabalhar na agri A agricultura corre o risco realmente de desaparecer é
Problemáticas como estas tem sido cada vez mais presentes, no entanto tem se agravado na região, principalmente pelo fator Belo Monte que proporcionou novos e
locais e de outras regiões. O que diminuiu a quantidade de mão de obra nas áreas rurais.
Outra mudança que já estava ocorrendo e se agravou foi o desmatamento ligado a pecuária, Segundo a Secretária de Meio ambiente:
O desmatamento
matas ciliares. Há um processo de assoreamento muito intenso nos rios e igarapés, onde já se encontra locais com inicio de desertificação visto que a cobertura florestal está muito abalada, por isso é necessário que se faça um serviço de pós CAR muito intenso pra que volte a ter um procedimento mais assertivo da gestão das propriedades em questã
dos recursos naturais.
Cada vez mais temos percebido que os agricultores tem troca
com a mão de obra escassa eles deixam de produzir lavoura branca e outra atividade importantíssima na região que é o cacau que tem sofrido com a falta de trabalhadores para sua manutenção e colheita.
A base de dados empregada
aplicados em localidades rurais e gestores de algumas instituições ligadas as questões ambientais. Esses questionários fazem parte de estudos que nos possibilita compreender e identificar os impactos socioeconômicos e ambientais causados pela implantação do empreendimento Belo Monte.
Resultado das sistematizações de algumas das localidades que foram estudadas. Dentre elas destacasse a dificuldade que os agricultores encontravam para produzirem
comercialização.
---As transformações ocorridas dizem respeito não somente as questões ambientais, no entanto se mudanças no que tange o social e que estão ligadas também a questões referentes à mão
se percebido que a agricultura familiar tem sofrido muitas pressões e uma possibilidade e se não houver uma política eficiente do ministério da agricultura, das secretarias municipais de agricultura numa convergência mutua o pequeno agricultor pode existir por que eles se sentem muito pressionado pelos grandes e sem uma política eficiente pra que ele se mantenha na propriedade eles começam a migrar para as cidades. É um risco eminente, pois a geração atual não quer se envolver em trabalhar na agri A agricultura corre o risco realmente de desaparecer é um princípio que pode ocorrer.
Problemáticas como estas tem sido cada vez mais presentes, no entanto tem se agravado na região, principalmente pelo fator Belo Monte que proporcionou novos empregos aos moradores locais e de outras regiões. O que diminuiu a quantidade de mão de obra nas áreas rurais.
Outra mudança que já estava ocorrendo e se agravou foi o desmatamento ligado a pecuária, Segundo a Secretária de Meio ambiente:
O desmatamento é intenso para fazer a pecuária extensiva onde não se respeitou nem as matas ciliares. Há um processo de assoreamento muito intenso nos rios e igarapés, onde já se encontra locais com inicio de desertificação visto que a cobertura florestal está muito ada, por isso é necessário que se faça um serviço de pós CAR muito intenso pra que volte a ter um procedimento mais assertivo da gestão das propriedades em questã
dos recursos naturais.
Cada vez mais temos percebido que os agricultores tem trocado seus hábitos de produção, com a mão de obra escassa eles deixam de produzir lavoura branca e outra atividade importantíssima na região que é o cacau que tem sofrido com a falta de trabalhadores para sua
A base de dados empregada neste trabalho foi constituída pelas respostas e questionários aplicados em localidades rurais e gestores de algumas instituições ligadas as questões ambientais. Esses questionários fazem parte de estudos que nos possibilita compreender e identificar os pactos socioeconômicos e ambientais causados pela implantação do empreendimento Belo
Resultado das sistematizações de algumas das localidades que foram estudadas. Dentre elas destacasse a dificuldade que os agricultores encontravam para produzirem desde a produção até a
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As transformações ocorridas dizem respeito não somente as questões ambientais, no entanto se mudanças no que tange o social e que estão ligadas também a questões referentes à mão
se percebido que a agricultura familiar tem sofrido muitas pressões e uma possibilidade e se não houver uma política eficiente do ministério da agricultura, das secretarias municipais de agricultura numa convergência mutua o pequeno agricultor pode existir por que eles se sentem muito pressionado pelos grandes e sem uma política
meçam a migrar para as cidades. É um risco eminente, pois a geração atual não quer se envolver em trabalhar na agricultura.
um princípio que pode ocorrer.
Problemáticas como estas tem sido cada vez mais presentes, no entanto tem se agravado na mpregos aos moradores locais e de outras regiões. O que diminuiu a quantidade de mão de obra nas áreas rurais.
Outra mudança que já estava ocorrendo e se agravou foi o desmatamento ligado a pecuária,
é intenso para fazer a pecuária extensiva onde não se respeitou nem as matas ciliares. Há um processo de assoreamento muito intenso nos rios e igarapés, onde já se encontra locais com inicio de desertificação visto que a cobertura florestal está muito ada, por isso é necessário que se faça um serviço de pós CAR muito intenso pra que volte a ter um procedimento mais assertivo da gestão das propriedades em questão do uso
do seus hábitos de produção, com a mão de obra escassa eles deixam de produzir lavoura branca e outra atividade importantíssima na região que é o cacau que tem sofrido com a falta de trabalhadores para sua
neste trabalho foi constituída pelas respostas e questionários aplicados em localidades rurais e gestores de algumas instituições ligadas as questões ambientais. Esses questionários fazem parte de estudos que nos possibilita compreender e identificar os pactos socioeconômicos e ambientais causados pela implantação do empreendimento Belo
Resultado das sistematizações de algumas das localidades que foram estudadas. Dentre elas desde a produção até a
Fonte: Pesquisa de campo (2014)
Outro fator relevante foi comparar a opinião dos entrevistados afetados diretamente e indiretamente. Quando perguntamos como consideravam a implementação
Monte mediante o comparativo das condições de vida anterior e atual.
Fonte: Pesquisa de Campo (2012).
No que diz respeito aos afetados indiretamente são as pessoas que foram entrevistadas e que não sofreram nenhum tipo de desapropriação. Os afetados diretamentesão referentes as pessoas que tiveram que sair de seus locais e moradias ou que de alguma forma foram afetados de um modo brusco na vida e no trabalho. De uma forma ou de outra, observa
implementação da obra na região de Altamira. 27%
26% 7% 7%
1%
Principais dificuldades para a produção
46% 54%
Afetados
Indiretamente
---Outro fator relevante foi comparar a opinião dos entrevistados afetados diretamente e indiretamente. Quando perguntamos como consideravam a implementação e importância de Belo Monte mediante o comparativo das condições de vida anterior e atual.
Pesquisa de Campo (2012).
No que diz respeito aos afetados indiretamente são as pessoas que foram entrevistadas e que desapropriação. Os afetados diretamentesão referentes as pessoas que tiveram que sair de seus locais e moradias ou que de alguma forma foram afetados de um modo brusco na vida e no trabalho. De uma forma ou de outra, observa-se a insatisfação com a
ntação da obra na região de Altamira. 32%
27%
Principais dificuldades para a produção
InfraestruturaTransporte
Falta de Assistência Técnica
Dificuldade ao acesso a Políticas Públicas Ausência de Acesso a Tecnologia Problemas de Regularização Fundiária
Afetados
Indiretamente
Positivo Negativo 39% 61%Afetados
Diretamente
Positivo Negativo ---277Outro fator relevante foi comparar a opinião dos entrevistados afetados diretamente e e importância de Belo
No que diz respeito aos afetados indiretamente são as pessoas que foram entrevistadas e que desapropriação. Os afetados diretamentesão referentes as pessoas que tiveram que sair de seus locais e moradias ou que de alguma forma foram afetados de um modo se a insatisfação com a Dificuldade ao acesso a Políticas Públicas Ausência de Acesso a Tecnologia Problemas de Regularização Fundiária
Positivo Negativo
4. CONCLUÍNDO
Grandes impactos e grandes alterações nas vidas de inúmeras pessoas, tanto nas que foram deslocadas de seus locais de origem quanto nas que sofrem com o impacto relacionado ao ambiente em que estão vivendo. Esses grandes projetos são geradores de grandes impactos, sejam eles sociais econômicos e ambientais.
Vale ressaltar que o projeto buscou analisar os impactos percebidos pelos próprios afetados de acordo com a concepção de cada um deles, tendo em v
dos potencias produtivos, ficam a mercê do aumento da marginalidade e da expropriação de seus territórios. Mudanças estas que chamamos de desestruturação ocorrida no espaço agrário.
Ressaltamos ainda que problemá
que são desencadeadas também pelo acrescido do espaço urbano.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBINATI. Mariana Luscher. Espaços sem território, espaços sem cultura: um exemplo crítico. VI ENECULT – Encontro de estudos multidisciplinares em cultura. 25 a 27 de maio de 2010. Facom – UFBA. Salvador-Brasil-Bahia.
BORTOLETO, E. M. A implantação de grandes hidrelétricas
impactos. 2001, pg. 54. Disponível em:
http://www.maternatura.org.br/hidreletricas/biblioteca_docs/grandes%20hidrel%C3% A9tricas.pdf>. Acesso em 06/12/2013.
HAESBAERT, R.. O mito da desterritorialização Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
HAESBAERT, R. Territórios Alternativos.
Herrera J. A. Desenvolvimento capitalista e realidade da produção agropecuária familiar na Amazônia Paraense. 2012. 365 f. Tese (Doutorado)
Unicamp, Campinas, 2012.
LIMA, Guilherme Rodrigues. Análise dos impactos socioambientais de usinas hidrelétricas através do método de análise de grupamento
MARTINS, J. S. A chegada do Estranho
LEME. Relatório de Impacto Ambiental (Rima) Maio, 2009.
---Grandes impactos e grandes alterações nas vidas de inúmeras pessoas, tanto nas que foram deslocadas de seus locais de origem quanto nas que sofrem com o impacto relacionado ao ambiente endo. Esses grandes projetos são geradores de grandes impactos, sejam eles sociais
Vale ressaltar que o projeto buscou analisar os impactos percebidos pelos próprios afetados de acordo com a concepção de cada um deles, tendo em vista que são eles os que sofrem alterações dos potencias produtivos, ficam a mercê do aumento da marginalidade e da expropriação de seus territórios. Mudanças estas que chamamos de desestruturação ocorrida no espaço agrário.
Ressaltamos ainda que problemáticas como esta não ocorre somente no espaço rural mais que são desencadeadas também pelo acrescido do espaço urbano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Espaços sem território, espaços sem cultura: um exemplo crítico. Encontro de estudos multidisciplinares em cultura. 25 a 27 de maio de 2010.
Bahia.
A implantação de grandes hidrelétricas: desenvolvimento, discursos e
impactos. 2001, pg. 54. Disponível em:
://www.maternatura.org.br/hidreletricas/biblioteca_docs/grandes%20hidrel%C3% A9tricas.pdf>. Acesso em 06/12/2013.
O mito da desterritorialização. Do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
Territórios Alternativos. 2ª Edição - São Paulo: Contexto, 2006.
Desenvolvimento capitalista e realidade da produção agropecuária familiar na 2012. 365 f. Tese (Doutorado) - Departamento de Instituto de Economia,
Análise dos impactos socioambientais de usinas hidrelétricas através do método de análise de grupamento. Monografia de Bacharelado, Agosto de 2012.
A chegada do Estranho. São Paulo. Hucitec, 1993.
Relatório de Impacto Ambiental (Rima) - Aproveitamento Hidrelétrico Belo Monte.
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Grandes impactos e grandes alterações nas vidas de inúmeras pessoas, tanto nas que foram deslocadas de seus locais de origem quanto nas que sofrem com o impacto relacionado ao ambiente endo. Esses grandes projetos são geradores de grandes impactos, sejam eles sociais
Vale ressaltar que o projeto buscou analisar os impactos percebidos pelos próprios afetados ista que são eles os que sofrem alterações dos potencias produtivos, ficam a mercê do aumento da marginalidade e da expropriação de seus territórios. Mudanças estas que chamamos de desestruturação ocorrida no espaço agrário.
ticas como esta não ocorre somente no espaço rural mais
Espaços sem território, espaços sem cultura: um exemplo crítico. Encontro de estudos multidisciplinares em cultura. 25 a 27 de maio de 2010.
: desenvolvimento, discursos e
impactos. 2001, pg. 54. Disponível em:
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. Do “fim dos territórios” à multiterritorialidade.
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Análise dos impactos socioambientais de usinas hidrelétricas . Monografia de Bacharelado, Agosto de 2012.