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(1)UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DA SAÚDE ORTODONTIA. AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DENTÁRIAS E ESQUELÉTICAS APÓS A DISTALIZAÇÃO DE MOLARES SUPERIORES COM APARELHO PÊNDULO SOB A INFLUÊNCIA DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE. FABÍOLA FRANCIO. São Bernardo do Campo 2012.

(2) UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DA SAÚDE ORTODONTIA. AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DENTÁRIAS E ESQUELÉTICAS APÓS A DISTALIZAÇÃO DE MOLARES SUPERIORES COM APARELHO PÊNDULO SOB A INFLUÊNCIA DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE. FABÍOLA FRANCIO Dissertação apresentada à Faculdade de Saúde, Curso de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Odontologia, área de concentração em Ortodontia. Orientador: Prof. Dr. André Luis Ribeiro de Miranda. São Bernardo do Campo 2012.

(3) FICHA CATALOGRÁFICA F846a. Francio, Fabíola Avaliação das alterações dentárias e esqueléticas após a distalização de molares superiores com aparelho pêndulo sob a influência do laser de baixa intensidade / Fabíola Francio. 2012. 102 f. Dissertação (mestrado em Ortodontia) --Faculdade de Saúde da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2012. Orientação: André Luis Ribeiro de Miranda 1. Pêndulo 2. Terapia a laser de baixa intensidade 3. Movimentação ortodôntica I. Título. D. Black D4.

(4) AGRADECIMENTOS ESPECIAIS. A Deus, Pela luz e proteção em minha caminhada. Minha fé e gratidão aumentam a cada dia. Sem Você eu nada seria!. Aos meus pais Helena e José, Dedico a vocês a realização desse trabalho e a vitória de mais esta etapa em minha vida. Sem vocês nada disso seria possível. Obrigada pela dedicação constante, pelo amor e carinho durante toda minha vida. Vocês dois são meus exemplos.. Aos meus irmãos Leonardo e Fernanda, Vocês são muito especiais para mim, obrigada pelo apoio constante, carinho, preocupação e amor. Obrigada também por terem trazido o Ede, a Kati e agora o pequeno Lucas para nossa família.. III.

(5) AGRADECIMENTOS ESPECIAIS. Aos meus orientadores:. Marco Antônio Scanavini, Professor, esse trabalho foi idealizado por você. Muito obrigada por ter confiado em mim e por ter aberto todas as portas para que eu pudesse desenvolver essa pesquisa com sucesso. Você é e sempre será um grande mestre. O caminho trilhado por você na ortodontia nunca será interrompido pois esta no coração de cada aluno seu que passou por essa universidade. Obrigada por sua dedicação constante e vontade de fazer o melhor.. André Luis Ribeiro de Miranda, André, obrigada por ter me apoiado ao final desse curso. Nosso convívio como aluna e orientador foi curto, mas suficiente para torná-lo importante nessa etapa de minha vida. Obrigada por seu apoio, segurança, dedicação e experiências transmitidas como professor e orientador.. IV.

(6) AGRADECIMENTOS. Ao professor Luiz Renato Paranhos, Paranhos, sua presença constante foi muito importante ao longo desses dois anos. Agradeço sua dedicação, amizade, sabedoria e paciência.. Aos professores: Cláudia Toyama Hino Fernanda Angelieri, Fernando C. Torres, Renata Castro, Carla César, Obrigada pela dedicação, sabedoria transmitida, convivência e dedicação durante o curso de Mestrado.. Aos colegas de Mestrado: Aluísio Galiano, Eduardo Carpinski Corrêa, Daniele Gambarini, Geraldo Marchiori, Mariana H. S. Carvalho, Marco Felipe Nunes, Octávio Margoni Neto, Sabrina Rocha Ribeiro, Silvana A. Kairalla, Valéria R. Nicodemos, Muito obrigada pela boa convivência que tivemos nesses dois anos, obrigada pelo apoio, incentivo, troca de conhecimentos e risadas. Sem vocês tudo teria sido mais difícil.. Às secretárias Ana Regina Trindade e Marilene Domingos da Silva, à Célia Maria dos Santos da radiologia, ao protético Edílson Donizete Gomes Muito obrigada por toda dedicação ao longo desses dois anos, sem vocês não teria sido possível a realização desse trabalho.. Ao Dr. Marco Frey e ao Dr. Djalma Roque Woitchunas, Por terem me incentivado a fazer esse curso de Mestrado, muito obrigada.. Aos pacientes que fizeram parte dessa amostra, Obrigada pela confiança em meu trabalho.. Aos meus professores da Especialização em Ortodontia da ABO-Ponta Grossa e da graduação em Odontologia da PUC-PR, Muito obrigada por todo o conhecimento transmitido e que contribuíram para a formação da profissional que sou hoje. V.

(7) SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................................ IX ABSTRACT ...........................................................................................................................XII LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .......................................................................... XIII LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................... XIV LISTA DE TABELAS .......................................................................................................... XV LISTA DE GRÁFICOS........................................................................................................ XVI 1.. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2. 2.. REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................................... 5. 4.. 2.1.. Aparelho Pêndulo ................................................................................................................. 5. 2.2.. Laser de baixa intensidade em ortodontia .......................................................................... 12. MATERIAL E MÉTODO ................................................................................................ 31 4.1.. Material .............................................................................................................................. 31 4.1.1. Amostra ................................................................................................................. 31 4.1.2. Seleção da amostra ................................................................................................ 31 4.1.3. Divisão da amostra ................................................................................................ 32. 4.2.. Métodos .............................................................................................................................. 33 4.2.1. Documentação ortodôntica .................................................................................... 33 4.2.2. Construção do aparelho ......................................................................................... 33 4.2.2.1. Fase clínica ............................................................................................. 33 4.2.2.2. Fase laboratorial ..................................................................................... 34 4.2.3. Instalação e ativação do aparelho .......................................................................... 35 4.2.4. Aplicação do laser de baixa intensidade ................................................................ 36 4.2.5. Telerradiografias em norma lateral........................................................................ 38 4.2.5.1. Traçado cefalométrico ............................................................................ 38 4.2.5.2. Desenho anatômico ................................................................................ 38 4.2.5.3. Pontos cefalométricos ............................................................................ 39 4.2.5.4. Linhas e planos cefalométricos .............................................................. 41 4.2.5.5. Grandezas lineares esqueléticas ............................................................. 42 4.2.5.6. Grandezas lineares dentais ..................................................................... 43 4.2.5.7. Grandezas angulares esqueléticas .......................................................... 45 4.2.5.8. Grandezas angulares dentais .................................................................. 45. VI.

(8) 4.2.6. Erro do método ...................................................................................................... 46 4.2.7. Análise estatística .................................................................................................. 46. 5.. 6.. RESULTADOS ................................................................................................................ 49 5.1.. Análise do erro do método ................................................................................................. 49. 5.2.. Análise dos dados ............................................................................................................... 50. DISCUSSÃO.................................................................................................................... 59 6.1.. Metodologia empregada ..................................................................................................... 59. 6.2.. Pêndulo de Hilgers modificado .......................................................................................... 61 6.2.1. Variável S-Go ........................................................................................................ 62 6.2.2. Variável N-Me ....................................................................................................... 63 6.2.3. Variável ENP-SN .................................................................................................. 63 6.2.4. Variável ENA-SN .................................................................................................. 63 6.2.5. Variável PP-Go ...................................................................................................... 64 6.2.6. Variável PP-Me ..................................................................................................... 64 6.2.7. Variável SN.PP ...................................................................................................... 64 6.2.8. Variável SN.GoMe ................................................................................................ 65 6.2.9. Variável PP.GoMe ................................................................................................. 65 6.2.10. Variável C6-PP ...................................................................................................... 66 6.2.11. Variável C7-PP ...................................................................................................... 66 6.2.12. Variável SPerp-C6s ............................................................................................... 67 6.2.13. Variável SPerp-A6s ............................................................................................... 67 6.2.14. Variável SPerp-C7s ............................................................................................... 67 6.2.15. Variável SPerp-A7s ............................................................................................... 68 6.2.16. Variável SPerp-Iis ................................................................................................. 68 6.2.17. Variável SPerp-Ais ................................................................................................ 68 6.2.18. Variável PP.A7s-C7s ............................................................................................. 69 6.2.19. Variável PP.A6s-C6s ............................................................................................. 69 6.2.20. Variável PP.Ais.Iis ................................................................................................ 70. 6.3.. Influência do laser de baixa intensidade e sua dosimetria na movimentação dos molares 70. 6.4.. Considerações clínicas ....................................................................................................... 73. CONCLUSÕES ....................................................................................................................... 76 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 78. VII.

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(10) FRANCIO, F. AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DENTÁRIAS E ESQUELÉTICAS APÓS A DISTALIZAÇÃO DE MOLARES SUPERIORES COM APARELHO PÊNDULO SOB A INFLUÊNCIA DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE. 2012. Dissertação (Mestrado em Ortodontia). Faculdade da Saúde, Pós-Graduação em Odontologia, Área de Concentração Ortodontia, São Bernardo do Campo, 2012.. RESUMO. O presente estudo avaliou a velocidade da movimentação ortodôntica e as alterações dentárias e esqueléticas na distalização de molares superiores sob influência do laser de baixa intensidade por meio de telerradiografias laterais. A amostra foi constituída por 18 pacientes, portadores de maloclusão Classe II, com idade média inicial de 14,4 anos e divididos em dois grupos: Grupo I - laser e Grupo II - controle. Os pacientes foram tratados com um dispositivo ortodôntico denominado Pêndulo de Hilgers modificado, concomitantemente foi realizado a aplicação do laser de baixa intensidade na região radicular dos primeiros e segundos molares superiores, dos lados direito e esquerdo, nos pacientes do grupo I, sob o seguinte protocolo: 780nm de comprimento de onda, 40mW de potência, 10J/cm² de densidade de energia, 0,4J de energia por ponto durante 10 segundos cada e resultando em energia total de 20,8J. Foram distribuídos 52 pontos por vestibular e palatina dos primeiros e segundos molares superiores. A aplicação do laser foi realizada no dia da ativação da mola de TMA e repetida a cada mês até a sobrecorreção da relação molar. As telerradiografias laterais foram realizadas no início do tratamento (T1), ao final do terceiro mês (T2) e ao final da distalização (T3) com a relação molar sobrecorrigida em aproximadamente 1mm. Após análise cefalométrica foram realizadas comparações das alterações obtidas entre as fases Inicial (T1) e Final (T3) e Inicial (T1) e terceiro mês (T2) e comparadas entre os grupos. Os resultados mostraram inclinação para distal dos primeiros e segundos molares superiores, inclinação vestibular dos incisivos centrais superiores acentuada pela presença dos segundos molares e ausência de alterações dentárias verticais significativas, rotação do plano mandibular no sentido horário e o consequente aumento da altura facial anterior inferior. Concluiu-se que os efeitos do Pêndulo de. Hilgers. modificado. sob. a. metodologia. realizada. provocaram. alterações. predominantemente dentoalveolares e que a movimentação dos primeiros e segundos molares. IX.

(11) superiores sob efeito da laserterapia, não apresentou diferença estatisticamente significante na velocidade de movimentação ortodôntica e em nenhuma das variáveis estudadas.. Palavras chave: Pêndulo, terapia a laser de baixa intensidade, movimentação ortodôntica.. X.

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(13) FRANCIO, F. EVALUATION OF DENTAL AND SKELETAL EFFECTS AFTER DISTALIZATION OF MAXILLARY MOLARS BY HILGERS PENDULUM UNDER THE INFLUENCE OF LOW INTENSITY LASER. 2012. Dissertation (Master of Science in Orthodontics). Faculty of Health, Course of Dentistry, São Paulo Methodist University, São Bernardo do Campo, 2012.. ABSTRACT. This study evaluated the rate of orthodontic movement, and dental/skeletal effects in distalization of maxillary molars under the influence of low intensity laser using cephalometric radiographs. The sample was composed of 18 patients with Class II malocclusion, initial mean aged of 14,4 years and divided into two groups: Group I - laser and Group II - control. Patients were treated with modified Hilgers Pendulum orthodontic appliance, at the same time low intensity laser was applied to the right and left sides, to the root region of the first and second molars; in nine patients of the sample; by the protocol: 780nm wavelength, 40mW power, 10J/cm² energy density, 0.4J power for 10 seconds per point an each point resulting in a total energy of 20.8J. Fifty-two points were distributed in the buccal and palatal side of the first and second upper molars. Laser treatment was performed on the activation of TMA spring and repeated every month until over correction of molar ratio. The lateral radiographs were done at initiation of treatment (T1), at final of third month (T2) and at the end of molar distalization (T3) with over correction by approximately 1mm. Cephalometric analyses were done to compare the initial (T1) and final (T3) stage and Initial (T1) and third month (T2) stage and to compare between groups. The results showed distal tipping of the first and second molars, buccal inclination of the upper central incisors accentuated by the presence of the second molars and absence of significant vertical dental changes. The mandibular plane moved clockwise, consequently increasing lower anterior facial height. It was concluded that the changes introduced by modified Hilgers Pendulum appliance were predominantly dento alveolar and the effect of laser therapy did not show significant statistically difference in the speed of orthodontic tooth movement of the first and second molars and, neither, on the variables studied.. Keywords: Pendulum, low-level laser therapy, orthodontic movement XII.

(14) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS. 3D. Tridimensional. α(v)β3. Alpha (v) beta (3). ATP. Adenosina trifosfato. AEB. Arco extra bucal. AFAI. Altura facial anterior inferior. +. Ca. Cálcio. DNA. Ácido desoxirribonucleico. Et. Energia total. FMA. Frankfurt/Plano Mandibular. g. gramas. GaAs. Arseneto de Gálio. GaAlAs. Arseneto de Gálio e Alumínio. HeNe. Hélio-Neônio. J. Joule. J/cm². Joule por centímetro quadrado. Kv. kilovoltagem. LED. Light emitting diode. mA. Miliamperagem. mm. milímetros. MMP-9. Matrix metalloproteinase. mW. miliwatts. NITI. Níquel-titânio. nm. namômetro. OPG. Osteoprotegerina. RANK. Receptor ativador do fator nuclear kappa B. RANKL. Receptor ativador do fator nuclear kappa B ligante. RNA. Ácido ribonucléico. TMA. Titânio-molibdênio. MS. Molar superior. XIII.

(15) LISTA DE FIGURAS. Figura1 – Fotografias extrabucais de um paciente selecionado para a amostra. .................... 32 Figura 2 – Fotos intrabucais de um paciente selecionado para a amostra.............................. 32 Figura 3: Aparelho Pêndulo Modificado ................................................................................ 34 Figura 4 – Aparelho Pêndulo modificado recém instalado. ................................................... 36 Figura 5: Aparelho de Laser de baixa intensidade (Twin Laser II, MMopitcs) ..................... 36 Figura 6 – Representação esquematica dos pontos de aplicação do laser. ............................. 37 Figura 7 – Desenho anatômico ............................................................................................... 39 Figura 8 – Pontos cefalométricos ........................................................................................... 41 Figura 9 – Linhas e planos cefalométricos ............................................................................. 42 Figura 10 – Grandezas lineares esqueléticas .......................................................................... 43 Figura 11 – Grandezas lineares dentárias ............................................................................... 44 Figura 12 – Grandezas angulares esqueléticas ....................................................................... 45 Figura 13 – Grandezas angulares esqueléticas ....................................................................... 46. XIV.

(16) LISTA DE TABELAS. Tabela 1 – Erro do método: teste “t” pareado e fórmula de Dahlberg.............................. 49 Tabela 2 – Comparação entre os grupos Laser e Controle quanto à idade inicial e o tempo de tratamento........................................................................................................... 50 Tabela 3 – Comparação entre as fases Inicial e Final no grupo Laser.............................. 51 Tabela 4 – Comparação entre as fases Inicial e Final no grupo Controle......................... 52 Tabela 5 – Comparação entre as fases Inicial e 4 meses no grupo Laser.......................... 53. Tabela 6 – Comparação entre as fases Inicial e 4 meses no grupo Controle..................... 53. Tabela 7 – Comparação entre os grupos Laser e Controle quanto a variação das grandezas entre as fases Inicial e Final.............................................................................. 54 Tabela 8 – Comparação entre os grupos Laser e Controle quanto a variação das grandezas entre as fases Inicial e 4 meses......................................................................... 55. XV.

(17) LISTA DE GRÁFICOS. Gráfico 1 – Média da variação das grandezas lineares entre as fases Inicial e Final dos grupos Laser e Controle..................................................................................................... 55. Gráfico 2 – Média da variação das grandezas angulares entre as fases Inicial e Final dos grupos Laser e Controle. ............................................................................................. 56. Gráfico 3 – Média da variação das grandezas lineares entre as fases Inicial e 4 meses dos grupos Laser e Controle. ............................................................................................. 56. Gráfico 4 – Média da variação das grandezas angulares entre as fases Inicial e 4 meses dos grupos Laser e Controle............................................................................................... 57. XVI.

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(19) 2. 1. INTRODUÇÃO. Uma das maloclusões mais frequentes no consultório ortodôntico é a classe II, em função do grande desequilíbrio funcional e estético que desencadeia. No Brasil, ela apresenta prevalência elevada, podendo ser encontrada em 42% de indivíduos entre 7 e 11 anos de idade36. Existem inúmeros métodos de tratamento para essa maloclusão, baseados principalmente em suas características morfológicas. Entre as formas de tratamento disponíveis está o aparelho Pêndulo descrito pela primeira vez por HILGERS19, em 1992. Esse aparelho é indicado para casos de maloclusão classe II dentária, e sua atuação promove a distalização dos molares superiores, evitando a extração dentária e exigindo mínima colaboração do paciente19. O Pêndulo de Hilgers consiste de um botão de resina acrílica localizado no palato onde se inserem molas de fio TMA (titânio-molibdênio), que se encaixam nos tubos linguais dos molares. O fio de TMA transmite força leve e contínua para os primeiros molares superiores, já que permite uma deflexão duas vezes maior que o aço inoxidável e promove um movimento pendular para distal dos molares. O aparelho Pêndulo, embora eficiente na distalização dos molares superiores, causa efeitos adversos relacionados à inclinação distal desses dentes e a perda de ancoragem anterior com protrusão dos incisivos superiores2, 5, 7, 8, 10, 15, 16, 24, 25. Na ortodontia o laser de baixa intensidade tem demonstrado ser capaz de acelerar trocas metabólicas e, dessa forma, proporcionar mais rapidamente a reabsorção e neoformação óssea, essenciais para a movimentação dentária induzida ortodonticamente9, 11, 12, 13, 14, 17, 22, 23, 26, 30, 31, 33, 37, 42, 43, 44. , reduzindo dessa maneira, o tempo total do tratamento.. A utilização do laser tem se tornado frequente na clínica odontológica pelo custo acessível e benefícios aos pacientes e profissionais das diversas especialidades28,29. Na ortodontia, o laser de baixa intensidade ou terapêutico, pode ser utilizado para a reparação óssea após a expansão rápida da maxila9,. 33, 38. , odontalgias decorrentes da movimentação.

(20) 3. ortodôntica, reparo de úlceras traumáticas29, aceleração da movimentação ortodôntica11, 12, 14, 17, 22, 30, 37, 42, 43, 44. e inibição da dor38, 41, 44.. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar as alterações dentárias e esqueléticas produzidas pela ação do Pêndulo de Hilgers modificado, sob influência do laser de baixa intensidade, assim como a velocidade de movimentação ortodôntica dos molares superiores distalizados..

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(22) 5. 2. REVISÃO DA LITERATURA. Para melhor compreensão a revisão da literatura foi dividida em dois tópicos: a) Aparelho Pêndulo b) Laser de baixa intensidade em Ortodontia. 2.1.. Aparelho Pêndulo. HILGERS19, em 1992, idealizou o aparelho Pêndulo para tratamento da classe II sem cooperação do paciente. Este aparelho constitui um aparelho híbrido que utiliza um amplo botão de acrílico no palato para ancoragem, associado à molas de fio TMA.032”, as quais se encaixam nos tubos linguais dos primeiros molares, exercendo força suave e contínua, uma vez que o fio de TMA permite uma deflexão duas vezes maior que o aço inoxidável previamente a deformação permanente. As molas são adaptadas ao palato e possuem uma pequena alça horizontal para facilitar os ajustes transversais, um helicóide e uma alça para a retenção no corpo de resina. A denominação do aparelho baseia-se na forma com que as molas agem, como se fosse um pêndulo partindo da linha média do palato em direção aos molares superiores. A porção anterior do aparelho pode ser fixada de várias formas. Originalmente, fez-se apoios oclusais colados nos molares decíduos ou nos primeiros e segundos pré-molares porém o método mais estável de retenção consiste na cimentação de bandas nos primeiros pré-molares ou primeiros molares decíduos e grampos de apoios oclusais nos segundos pré-molares. GHOSH; NANDA16, em 1996, avaliaram os efeitos dentários e esqueléticos do aparelho Pêndulo na distalização de molares superiores em 41 indivíduos por meio de telerradiografias iniciais e finais. A distalização média dos primeiros molares superiores foi de 3,3mm com inclinação distal de 8,3˚e movimento de intrusão de 0,1mm. Os segundos molares foram distalizados2,2mm e inclinaram distalmente 11,9˚. O efeito da distalização.

(23) 6. sobre os terceiros molares mostrou-se variável. A irrupção dos segundos molares superiores apresentou um mínimo efeito sobre a distalização dos primeiros molares. A altura facial ântero inferior aumentou 2,79mm. Os autores concluíram que o Pêndulo é um aparelho eficaz na distalização de molares superiores e que a presença ou ausência dos segundos molares permanentes tem efeito mínimo sobre o potencial de distalização dos primeiro molares. Consideram-no mais eficaz quando utilizado em pacientes com segundo molares decíduos superiores para ancoragem e segundos molares permanentes não irrompidos. BYLOFF; DARANDELILER7, em 1997, avaliaram os efeitos esqueléticos e dentários do aparelho pêndulo em uma amostra de 13 pacientes com idade média de 11 anos, maloclusão classe II dentária, ausência de mordida aberta e presença dos segundos molares em diferentes estágios de erupção. Os resultados mostraram que o aparelho distalizou os molares causando uma leve perda de ancoragem e uma considerável inclinação molar. Não se observou efeitos esqueléticos nem mordida aberta dentária. Concluiu-se que o aparelho pêndulo foi efetivo na correção da maloclusão classe II apresentando apenas alterações dentárias. BYLOFF et al8, em 1997, avaliaram 20 pacientes tratados com o aparelho pêndulo e propuseram uma modificação na sua ativação com a finalidade de diminuir o grau de inclinação observado nos molares superiores. Sugeriu-se a confecção de uma dobra de verticalização de 10ᵒ a 15ᵒ, em relação ao plano sagital mediano, entre o braço longo da mola e a extremidade final que se insere no tubo lingual do molar. A dobra deve ser realizada após a distalização dos molares até a relação molar de classe I ser sobrecorrigida. Os resultados mostraram maior movimento de corpo do molar após o período de verticalização, com redução da inclinação distal final de 14,5ᵒ para 6,07ᵒ, no entanto, um aumento de 64,1% no tempo total de tratamento foi observado. Os segundos molares não influenciaram na distalização dos primeiros nem na perda de ancoragem. Durante a fase de verticalização, a média mensal da distalização dos ápices dos molares foi de 1,01mm, com desvio padrão de 0,57mm. Observou-se suave aumento da perda de ancoragem em 0,61mm nos pré-molares e 0,62mm nos incisivos, possivelmente devido ao tempo de tratamento mais longo. Como alternativa para evitar a perda de ancoragem e o aumento do tempo de tratamento sugere-se a realização da dobra de verticalização desde o inicio da terapia para que a verticalização do molar superior ocorra simultaneamente a distalização..

(24) 7. ALMEIDA et al1, em 1999, propuseram uma modificação na construção do aparelho Pêndulo\Pend-x com a incorporação de molas de distalização removíveis, visando facilitar o mecanismo de ativação e reativação das molas para distalização dos molares superiores, bem como de ajustes durante a mecânica. A grande vantagem verificada com essa modificação encontra-se relacionada à possibilidade de remoção das molas intrabucais e posterior ativação fora da cavidade bucal. No aparelho Pêndulo original, realizam-se as ativações intrabucalmente com o emprego de dois alicates simultaneamente, sendo esse procedimento, de difícil execução, em função do acesso reduzido, acarretando em lesões na mucosa da região do palato mole e falta de controle do movimento dos molares. Deste modo, pode-se remover o aparelho e reativá-lo fora da cavidade bucal, e então, fixá-lo novamente, implicando no aumento de tempo de atividade clínica contudo permitindo-se uma avaliação mais precisa das dobras de pré-ativação, proporcionando um melhor controle durante a distalização dos molares. KIZINGER et al24, em 2000, observaram os efeitos esqueléticas e dentoalveolares no tratamento de 50 crianças e adolescentes submetidos a tratamento ortodôntico com aparelho Pêndulo modificado. Os autores propuseram uma modificação na construção do aparelho com a incorporação de um parafuso expansor no corpo de acrílico, porém perpendicular ao parafuso expansor proposto por Hilgers (Pendex). No aparelho proposto, a distalização dos molares superiores será obtida pela ativação do parafuso expansor, além do efeito das molas de TMA que possuirão uma dobra de anti-inclinação, proporcionando um torque distal radicular. Segundo os autores, o parafuso expansor promove uma alteração no desenho do arco que as molas realizam ao distalizar os molares superiores, permitindo um reposicionamento dos centros de rotação dos molares. A maior vantagem observada com a utilização do aparelho modificado consistiu na melhor proporção de distalização obtida (72,5% do espaço deveu-se à distalização dos molares superiores) e menor inclinação distal dos molares distalizados (3,14˚, em média). BUSSICK; McNAMARA Jr.6, em 2000, avaliaram as alterações esqueléticas e dentárias causadas pelo pêndulo em 101 pacientes com idade média de 12,1 anos. Os pacientes foram divididos em três grupos de diferentes padrões faciais, identificados pelo valor do FMA, considerando baixo quando ᵒ21ᵒ; alto se ᵒ26ᵒ e neutro entre 21ᵒ e 26ᵒ. A presença ou ausência dos segundos molares decíduos e permanentes também foi considerada. Os resultados mostraram correção da relação molar da classe II para classe I.

(25) 8. com espaço médio obtido de 6,4mm. O movimento de distalização dos molares foi de 5,7mm, com uma inclinação média de 10,6ᵒ e intrusão de 0,7mm, já os pré-molares mesializaram 1,8mm, apresentaram inclinação mesial de 1,5ᵒ e extruíram1mm. Dessa forma 76% do espaço obtido decorreram do movimento distal dos molares e 24% devido amesialização dos pré-molares. O ângulo do plano mandibular e o AFAI aumentaram significativamente. A altura facial anterior aumentou 2,2mm e não houve diferença entre os pacientes dos diferentes grupos de FMA, alto baixo e neutro. Atribui-se esse aumento à extrusão de 0,7mm dos molares inferiores associado ao movimento para distal dos molares superiores. A mandíbula apresentou rotação horária de 1ᵒ e o plano palatino permaneceu inalterado. Considerando-se a ancoragem proporcionada pelos molares decíduos em relação aos pré-molares, ocorreu uma extrusão maior no último grupo, produzindo maior aumento da AFAI (2,4mm contra 1,6mm). Não houve diferença na quantidade de distalização na presença ou ausência dos segundos molares superiores irrompidos, exceto relacionada a um maior aumento da AFAI, na presença deles. Os autores recomendam que, para uma maior efetividade do aparelho com mínimo aumento da altura facial inferior, deve-se utiliza-lo ancorado nos segundos molares decíduos e na ausência dos segundos molares superiores. CHAQUÉS-ASENSI; KALRA10, em 2001, avaliaram os efeitos dentários e esqueléticos do aparelho pêndulo em uma amostra de 26 pacientes com idade média 11,2 meses, sendo que, em 11 pacientes os segundos molares apresentavam-se erupcionados. Os resultados mostraram correção da classe II molar em um tempo médio de 6,5 meses em uma proporção de 0,8mm por mês. O movimento de distalização do primeiro molar foi de 5,3mm com inclinação média de 13,1˚ e intrusão de 1,2mm. Houve perda de ancoragem caracterizada pela mesialização dos pré-molares em 2,2mm e inclinação de 4,8˚ e dos incisivos centrais que protruíram 2,1mm e inclinaram 5,1˚. A altura facial anterior aumentou 2,8mm e o aumento do FMA foi de 1,3˚. A presença dos segundos molares não influenciou no movimento de distalização, contudo, a perda de ancoragem caracterizou-se maior em 0,5mm. Os autores recomendam cautela na seleção de pacientes para tratamento com o aparelho pêndulo e o contra indicam em pacientes com altura facial aumentada e mordida aberta anterior. BURKHARDT; McNAMARA Jr.; BACCETTI5, em 2003 compararam os efeitos produzidos por dois tipos de aparelho Herbest (splint acrílico e coroa de aço inoxidável) e o aparelho Pêndulo após terapia ortodôntica fixa. Ambos são aparelhos para correção da.

(26) 9. maloclusão classe II que independem da colaboração do paciente, mas que apresentam efeitos opostos: a distalização dos dentes superiores e o presumível aumento do crescimento mandibular. Radiografias cefalométricas iniciais e finais dos 3 grupos tratados foram obtidas e analisadas. O tempo total de tratamento para o grupo Pêndulo foi de 31,6 meses, e para os grupos Herbst com splint acrílico e coroa de aço, 29,5 e 28 meses, respectivamente. Os autores verificaram que não houve diferença no crescimento mandibular entre os grupos. Houve maiores alterações esqueléticas na correção molar nos grupos do Herbst. O pendulo promoveu um aumento no ângulo do plano mandibular e rotação horária da mandíbula. O mento dos pacientes tratados com o aparelho Herbst apresentou-se mais anteriorizado. Ambos os tratamentos envolveram alterações dentoalveolares substanciais que contribuíram para a correção da maloclusão classe II. KINZINGER et al25, em 2004, avaliaram a influência da presença dos segundos e terceiros molares em diferentes estágios de desenvolvimento na inclinação dos primeiros molares superiores distalizados por meio do aparelho Pêndulo. A amostra constituiu-se de 36 pacientes adolescentes divididos em 3 grupos: grupo 1 (n=18) os segundos molares não haviam erupcionado; grupo 2 (n=15) os segundos molares estavam erupcionados e os terceiros molares em fase de erupção e; grupo 3 (n=3) o germe do terceiro molar foi removido e o segundo molar encontrava-se em oclusão. Os resultados mostraram que o germe do segundo molar agiu como um fulcro para o primeiro molar superior fazendo com que este sofra maior inclinação para distal em comparação com o grupo do segundo molar irrompido. O movimento distal de corpo foi melhor obtido quando o segundo molar superior já se encontrava irrompido e associado a germectomia do terceiro molar. Contudo, essa condição tornou o tempo de tratamento e a perda de ancoragem maior, além da necessidade do emprego de forças de magnitude maior. ANGELIERI et al2, em 2006, em estudo clínico prospectivo, avaliaram os efeitos do aparelho Pêndulo na distalização dos molares superiores até a conclusão do tratamento ortodôntico fixo. Vinte e dois pacientes com idade média de 14,5 anos e maloclusão classe II foram tratados e posteriormente avaliados por meio de teleradiografia lateral. A força utilizada variou entre 230 a 250 gramas em um tempo médio de tratamento de 5,85 meses. Após remoção do distalizador utilizou-se como contenção Botão de Nance e aparelho extrabucal cervical (AEB) de uso noturno. As radiografias cefalométricas foram realizadas nos seguintes tempos: antes do tratamento, após a distalização, após alinhamento e.

(27) 10. nivelamento e na finalização da ortodontia fixa. Os resultados mostraram que o aparelho Pêndulo inclinou distalmente os molares num ângulo médio de 9,4°, protruiu os incisivos em média 2,2mm e pré-molares superiores em média 3,6mm e aumentou a AFAI pela rotação horária da mandíbula. Após esse período houve uma redução dessas medidas e os 1°MS mesializaram 2,1mm em média, mesmo com o reforço extra de ancoragem. Os autores concluíram que ao final do tratamento não houve alteração do padrão de crescimento, que o tratamento foi eficaz para correção da classe II por compensação dentoalveolar e que os efeitos colaterais indesejáveis foram corrigidos com a ortodontia fixa. SANTOS et al34, em 2006, avaliaram a ação do aparelho Pendex utilizando 30 modelos em gesso obtidos do tratamento prospectivo de 15 pacientes com idade média de 11,3 anos. O aparelho foi construído seguindo a prescrição de Hilgers adicionado de um parafuso expansor. A força utilizada foi de 300g cada lado. Após obtido relação molar classe I foi realizada uma dobra de antiinclinação de 15º para oclusal para promover a verticalização da raiz. O aparelho foi removido quando os molares encontravam-se sobrecorrigidos e o tempo médio de tratamento foi de 5,2 meses. As medidas realizadas nos modelos em gesso inicial e pós-distalização demonstraram que é possível aumentar o perímetro do arco dentário superior, em parte com a inclinação dos primeiros molares para distal. O movimento dos primeiros molares não é de corpo, como sugere a extrusão da superfície mesial e intrusão da distal. A avaliação transversal mostra discreta vestibularização dos molares. FUZIY et al15, em 2006, avaliaram por meio de cefalometrias laterais, radiografias oblíquas de 45º e modelos em gesso, as alterações dentárias e esqueléticas em pacientes submetidos a distalização de molares superiores com o aparelho Pêndulo. A amostra constituiu-se de 31 pacientes com idade média de 14,5 anos, relação molar classe II e todos os dentes permanentes irrompidos até o 2º molar. A força aplicada foi de aproximadamente 250gramas por um tempo médio de 5,87 meses. Os resultados mostraram que a mandíbula sofreu rotação horária e o plano palatino rotação anti-horária, a distalização foi simétrica com taxa média de 1,2 mm por mês, os primeiros molares distalizaram em média 4,6mm com uma inclinação distal de 18,5°, a média de espaço obtido pela distalização correspondeu a 63,5% pela distalização do molar e 36,5% pela mesialização dos primeiros pré-molares. Concluiu-se que o aparelho Pêdulo foi efetivo na distalização dos molares superiores e no estabelecimento da relação molar classe I em um tempo relativamente curto. No entanto, é preciso ter cautela para controlar os efeitos colaterais, incluindo movimento mesial do primeiro pré-molar e.

(28) 11. inclinação distal da coroa do primeiro molar. Os autores recomendam o uso de dobras antiinclinação e a sobrecorreção da relação molar para compensar provável recidiva no momento de correção da inclinação obtida. Sugere-se ainda o uso de elástico classe II para controle da ancoragem. BARROS4, em 2009, avaliou as possíveis alterações dentárias e esquelética, sagitais e verticais, decorrentes do uso do Pêndulo modificado, ancorado em mini-implantes. Dez indivíduos foram tratados neste estudo, sendo que telerradiografias em norma lateral foram realizadas no início do tratamento, e imediatamente após a remoção do Pêndulo. Em cada indivíduo foram instalados dois mini-implantes no palato, que receberam carga imediata por meio da ativação do Pêndulo modificado, apoiado nestes dispositivos de ancoragem temporária. Nenhum dos dentes avaliados apresentou alterações verticais estatisticamente significantes; o mesmo ocorreu para as alterações esqueléticas verticais e sagitais, e para o trespasse vertical e horizontal. Com relação às alterações estatisticamente significantes, o primeiro molar superior moveu-se para distal aproximadamente 5,6mm em 6,2 meses, e com inclinação distal média de 7,100. Os segundos pré-molares superiores distalizaram em média 2,7mm e inclinaram 5,550; já os segundos molares superiores moveram-se em média 4,6mm para distal com uma inclinação de 13,700; valores estes também considerados estatisticamente significantes. O sistema de distalização de molares superiores, composto pelo Pêndulo modificado ancorado em mini-implantes, mostrou-se eficaz na correção da má oclusão de Classe II, sem produzir os efeitos de perda de ancoragem. GREGOLIN18, em 2009, avaliou as alterações dentárias, promovidas pela distalização de molares superiores com um aparelho Pêndulo modificado, apoiado em dois mini-implantes instalados no palato de 10 indivíduos, sendo 2 do sexo feminino e 8 do masculino, com média de idade de 14,3 anos. A amostra foi composta por 20 modelos digitalizados em 3D, obtidos de em duas fases: no início do tratamento (T1) e após distalização com sobrecorreção de 1 mm (T2), permitindo quantificar as alterações dentárias sagitais, transversais e possíveis movimentos de rotação, angulação e movimentos verticais. Os resultados obtidos mostraram que no sentido sagital, houve uma efetiva distalização com significância estatística, para os segundos molares superiores; primeiros molares superiores em média de 4,34 mm e 3,91mm para o lado direito e esquerdo, respectivamente, e para os segundos pré-molares do lado direito e esquerdo de 2,06 mm e 1,95 mm, respectivamente. Porém, para os dentes anteriores, foi constatada a perda de ancoragem. No sentido.

(29) 12. transversal, o maior aumento ocorreu na região dos dentes posteriores. Os movimentos de rotação, angulação e vertical dos primeiros molares superiores, indicam que houve rotação mesiovestibular e inclinação distal das coroas destes dentes de ambos os lados; as medidas verticais demonstram que houve movimento significativo apenas para o primeiro molar direito, com inclinação distal pela intrusão da cúspide distal. Este dispositivo mostrou-se eficaz na correção da Classe II em um tempo médio de 6,2 meses.. 2.2.. Laser de baixa intensidade em ortodontia. A palavra laser significa amplificação da luz por ação estimulada de radiação (“Light amplification by Stimulated Emission of Radiation”), processo pelo qual uma forma de energia se converte em energia luminosa29. O Laser é uma luz com características especiais, que o permitem depositar uma grande quantidade de energia sobre os tecidos biológicos com extrema precisão, permitindo sua utilização em diagnóstico e terapia nas mais diversas áreas. Os primeiros registros históricos relatando o uso do laser para a cura datam de 1.400 a.C. Nessa época os indianos utilizaram fotoquimioterapia por meio de pomada natural capaz de absorver a luz solar e promover efeito terapêutico no tratamento do vitiligo. A utilização do laser na área médica ocorreu por volta de 1961, em uma cirurgia para remoção de tumor na retina. Em 1965, Sinclair e Knoll desenvolveram o laser terapêutico com efeito de bioestimulação dos tecidos e não mais de corte29. As principais. características. que o diferem. de. uma luz. comum. são. monocromaticidade, coerência e colimação ou direcionalidade. Além disso, o laser é uma radiação que se encontra no espectro de luz que varia do infravermelho ao ultravioleta. A laserterapia de baixa intensidade encontra-se na faixa do vermelho (de 630 a 700nm) e infravermelho (700 a 904nm). O laser infravermelho tem maior capacidade de penetração nos tecidos sendo o comprimento de onda de eleição para reparos neurais e promoção de analgesia ou quando se busca atingir maiores profundidades no tecido alvo, como o tecido ósseo. O laser vermelho esta indicado para reparo em lesões superficiais, como cicatrização e drenagem local27..

(30) 13. Para se identificar em que parte do espectro esta classificada uma determinada radiação precisa-se conhecer seu comprimento de onda, que é a distância medida entre dois picos consecutivos de uma trajetória ondulatória (em forma de onda)38. O comprimento de onda é uma característica extremamente importante, pois é ele quem define a profundidade de penetração da luz no tecido alvo. Os lasers de baixa potência ou terapêuticos têm inúmeras aplicações, as quais são baseadas, sobretudo, em efeitos fotoquímicos e/ou fotofísicos que resultam do fato de as estruturas constituintes das células absorverem de forma seletiva os diversos comprimentos de onda da luz. Ao invés de destruir células como o laser de alta potência, este desencadeia dentro delas uma série de reações químicas, acelerando alguns processos metabólicos e desacelerando outros. Essas reações desencadeiam importantes efeitos analgésicos, antiinflamatórios e de bioestimulação, ou seja, de aceleração dos processos de multiplicação e regeneração celular, desde que o laser seja usado dentro dos parâmetros adequados a cada caso, no que diz respeito ao comprimento de onda, tempo, intensidade, dose e forma de exposição à radiação28. O efeito analgésico do laser ocorre por dois mecanismos diferentes: estimulação da produção de betaendorfina e inibição da liberação do ácido araquidônico. A betaendorfina é um neurotransmissor endógeno produzido pelo organismo para reduzir a dor, já o ácido araquidônico é uma substância produzida localmente a partir de células lesadas, que geram metabolitos que interagem com os receptores da dor. Quanto maior a quantidade desse ácido maior será a dor28. O efeito anti-inflamatório do laser ocorre pelo fato da radiação inibir os aspectos negativos da reação inflamatória, mantendo e até acentuando os aspectos positivos dessa reação de defesa do organismo. De um lado, tem efeito vasodilatador e estimula a degranulação de mastócitos, célula do tecido conjuntivo que contem mediadores químicos da inflamação. De outro, porém, o laser controla o edema inflamatório, que dificulta a chegada de nutrientes e a remoção de catabólitos do local28. O laser terapêutico também acelera os processos de reprodução e reparo celular por estimular tanto a síntese de DNA e RNA, bases da multiplicação celular, como a produção de ATP (adenosina trifosfato), que é a energia celular. Inúmeros estudos. 22, 11, 17, 23. comprovam.

(31) 14. que os tecidos submetidos a radiação laser de baixa potencia tem seus processos de reparo acelerados28. SMITH39, em 1991, afirma que um bom trabalho em fotobiologia deve especificar o comprimento de onda, potência, densidade de energia, área irradiada e tempo de irradiação, pois só assim, o experimento poderá ser comparado, repetido ou como sendo referência de apoio. Pode-se controlar a quantidade de energia depositada sobre um tecido pela forma de aplicação do laser. A forma à distância ou desfocada, quando há uma distância da ponta ativa ao tecido alvo, é realizada quando se deseja diminuir a energia aplicada. A forma pontual e mais utilizada permite um controle maior da energia recebida, sem a influência da distância entre o tecido alvo e a ponta ativa do laser e sem a influência da mão do operador em distribuir a energia uniformemente27. Denomina-se dosimetria o conjunto de manobras e táticas que o pesquisador utiliza para adequar a fonte de luz ao tecido alvo de forma e emitir quantidade de energia eficiente ao tratamento. Esse item é bastante controverso e objeto de muito estudo pela ciência, já que utilizar a dosimetria correta para cada patologia é imprescindível para o sucesso do tratamento27. Segundo LIZARELLI27, em 2007, para que seja possível entender, medir, escolher e controlar a irradiação dos tecidos a serem tratados, é necessário que se conheça o conceito de algumas grandezas físicas: Potência (W): informa a capacidade de um equipamento em fornecer energia, provocando maior ou menor reação fotobiológica, sendo representada pela fórmula: o Potência (W) = Energia (J) Tempo (s) Densidade de energia (J/cm²): é a quantidade de energia aplicada no tecido com relação à área sobre a qual esta energia é aplicada, ou seja, é a distribuição da energia por unidade de área. o DE (J/cm²) = P (W) x T(s) A(cm²).

(32) 15. Entende-se “P” por potência, “T” por tempo de irradiação e “A” pela área da ponta ativa spot size do aparelho a ser considerada quando o laser é aplicado de forma pontual. Energia (J): quantidade de luz depositada no tecido tratado. o Energia (J) = Potencia (W) x Tempo (s) o Energia por ponto (J) = DE (J/cm²) x Área do spot size (cm²) o Energia total (J) = E por ponto(J) x número de pontos utilizados O mecanismo de absorção do laser pelos tecidos ainda não foi bem elucidado. LIZARELLI27, (2007) considera que esse processo seja realizado por fotorreceptores ou cromóforos, que consistem em um grupo de moléculas inter-relacionadas que podem ser enzimas, membranas celulares ou quaisquer outras substâncias extracelulares que apresentem a capacidade de absorver luz num determinado comprimento de onda, mas não são especializadas para isto. Esse processo de absorção da luz denomina-se fotobioestimulação (KASAI et al21, 1996), pelo qual uma molécula absorve energia, transfere-a para outras que desencadeiam uma determinada reação química nos tecidos. A base dos efeitos do laser de baixa intensidade consiste na irradiação de células, empregando certo comprimento de onda, o qual poderá ativar componentes celulares promovendo reações químicas específicas, e essas poderão alterar o metabolismo celular. É a luz gerando uma fotorresposta em cadeia27. Baseado nos seus efeitos, vários estudos tem sido realizados utilizando a laserterapia objetivando melhores resultados. TAKEDA40, em 1988, descreveram os efeitos histopatológicos do laser de baixa intensidade na cicatrização óssea por meio de um estudo em 24 ratos submetidos à extração dentária. Após a extração, foi realizada a aplicação do laser de baixa intensidade de Arseneto de Gálio (GaAs) com comprimento de onda de 904nm, potência de 25mW/cm², densidade de energia 20J/cm² durante 5 minutos por dia. No grupo controle não foi realizada laserterapia. Os ratos foram sacrificados em diferentes dias: 0, 2, 4 e 7. Os ratos sacrificados no dia 0, logo após as extrações, apresentaram um alvéolo preenchido por sangue e remanescentes de células do ligamento periodontal. Nesta fase, não houve diferença no grupo experimental em relação ao controle. Nos ratos sacrificados no segundo dia, observou-se no grupo controle, um alvéolo preenchido com coágulo e um início de proliferação de fibroblastos; no grupo.

(33) 16. irradiado, a proliferação de fibroblastos foi bem evidente. Nos ratos sacrificados no quarto dia, no grupo controle o alvéolo estava preenchido com tecido de granulação e início do trabeculado ósseo e, no grupo experimental, apresentaram formação de trabeculado ósseo bem avançada com início de ossificação. Nos ratos sacrificados no sétimo dia, o grupo controle mostrou um alvéolo quase preenchido pela nova formação óssea, enquanto que no grupo irradiado o alvéolo apresentou um trabeculado espesso. O autor concluiu que o uso do laser de baixa intensidade (GaAs) acelera a cicatrização óssea, aumentando a vascularização e a síntese de colágeno e fibroblastos, tendo como consequência um aumento da velocidade de neoformação óssea. ROCHKIND et al32, em 1989, estudaram o efeito sistêmico da irradiação do laser e baixa intensida de Hélio Neônio (HeNe) sobre a recuperação do sistema nervoso periférico central, bem como a cicatrização de feridas cutâneas e queimaduras. O laser foi testado em vários grupos de ratos submetidos a ferimentos por meio de incisões musculares em ambas as pernas (grupo A), queimaduras bilaterais (grupo B) e ferimento com exposição dos nervos periféricos bilaterias (grupo C). A irradiação do laser foi realizada somente em um dos lados, sendo o outro lado considerado controle. Os resultados mostraram que no grupo controle (não irradiado) todos os ratos sofreram necrose avançada dos pés e até gangrena bilateral, já no lado irradiado com o laser houve uma recuperação acelerada da lesão. Pôde-se constatar que o laser de baixa intensidade, quando aplicado no nervo periférico lesado, evita a formação de cicatrizes, aumenta a vascularização, reduz a degeneração muscular circundante e acelera a regeneração do nervo lesado. Assim, os autores concluíram que o laser pode ter efeitos sistêmicos, agindo não só no local aplicado e que os efeitos persistem mesmos após a irradiação ter sido suspensa. KASAI et al21, em 1996, ponderaram que não há evidencias científicas para afirmar que o laser de baixa intensidade possa suprimir a condução de um impulso nervoso sobre o tecido nervoso periférico. Dessa maneira, analisaram os possíveis efeitos do laser de baixa intensidade sobre as respostas neurais que foram induzidas por estimulação elétrica sobre o tecido nervoso periférico de coelhos anestesiados. Observou-se que o impulso nervoso não afetou a fibra mielínica o que sugere que a energia do laser é absorvida pela bainha de mielina (membrana de proteção) e, posteriormente dissipada. Os autores consideram possível que a terapia com laser de baixa intensidade possa ser útil como método analgésico ao invés.

(34) 17. do uso de medicamentos, no entanto, mais estudos devem ser realizados para elucidar o assunto. SAITO; SHIMIZU33, em 1997, investigaram os efeitos da irradiação do laser de baixa intensidade na regeneração óssea durante a expansão da sutura palatina mediana em ratos por meio de histomorfometria. Foram utilizados 56 ratos divididos em cinco grupos: grupo 1 ou não tratado; grupo 2 ou controle - a sutura palatina foi expandida mas não irradiada; grupo 3 - irradiado por 7 dias, sendo subdividido em (a) irradiado 3 minutos por dia e (b) 10 minutos por dia aplicado até o dia 6 com energia total de 126J e 420J, respectivamente; grupo 4 - irradiado por 3 dias e subdividido em (a) 7 minutos por dia nos dias 0 até 2 e (b) 7 minutos por dia nos dias 4 até 6 com energia total de 126J, e grupo 5 com irradiação única durante 21 minutos ininterruptos após expansão no dia 0, num total de 126 J. O laser de diodo de Arseneto de Gálio e Alumínio (GaAlAs) com comprimento de onda de 830nm, potência de 100mW e densidade de energia de 35,3J/cm² foi aplicado na sutura palatina mediada durante a expansão. A irradiação durante os períodos iniciais da expansão (0 e 2 dias) foram mais efetivas do que nas áreas em que o laser foi aplicado nos períodos 4 e 6 dias e no grupo com irradiação única não houve nenhum efeito de regeneração óssea. Os resultados evidenciaram que a irradiação com o laser de baixa intensidade pode acelerar a regeneração óssea na sutura palatina mediana durante a expansão da sutura palatina e que esse efeito não depende somente da dose de irradiação mas também do tempo e da frequência de irradiação. KAWASAKI; SHIMIZU22, em 2000, avaliaram os efeitos do laser de baixa intensidade na remodelação óssea durante movimento ortodôntico em ratos. Para o estudo, foram utilizados 48 animais divididos em dois grupos, sendo que 24 ratos foram utilizados para análise histomorfométrica e 24 ratos para análise histológica. Cada grupo foi subdividido em mais dois subgrupos de 12 ratos cada, sendo um subgrupo irradiado com laser e o outro subgrupo para controle. O movimento ortodôntico foi realizado aplicando-se 10g de força nos molares. O laser de diodo (GaAlAs – 830nm, 100mW, 35,3W/cm²) foi utilizado para irradiar a área ao redor do dente movimentado. Três aplicações diárias de 3 minutos cada, totalizando 9 minutos e energia total de 54J por dia, durante 12 dias (total de 13 exposições) foram realizadas. No último dia foi mensurada a quantidade de movimentação. Os resultados mostraram que no grupo irradiado com laser a quantidade de movimento dentário foi significantemente maior (30%) do que no lado não irradiado. Sendo.

(35) 18. que, a quantidade de formação óssea e o índice de proliferação celular no lado de tensão e o número de osteoclastos no lado de pressão foram todos significantemente maiores no grupo irradiado em relação ao não irradiado. Portanto, os autores concluíram que a irradiação com o laser de baixa intensidade pode acelerar a movimentação ortodôntica. DORTBUDAK;. HASS;. MAILATH-POKONY13,. em. 2000,. avaliaram. a. bioestimulacão óssea promovida pelo laser de diodo em osteoblastos de células mesenquimais de ratos. Foram utilizadas para o estudo 60 culturas de células divididas em dois grupos: 30 irradiadas e 30 não-irradiadas. O laser de diodo foi aplicado de forma pulsátil com 690 nm, potencia de 21 mW, com densidade de energia de 1,6J/cm², durante 60 segundos nos dias 3,5 e 7. Em todas as culturas irradiadas foram encontradas maior deposição óssea do que naquelas não irradiadas. Assim, a aplicação do laser de diodo pulsátil tem um efeito bioestimulante nos osteoblastos in vitro, e poderá ser utilizado, por exemplo, para a osseointegração de implantes dentários. COOMBE et al11, em 2001, avaliaram in vitro os efeitos da aplicação do laser de baixa intensidade sobre as células osteoblásticas humanas. Para o estudo foi utilizado o laser de diodo de Arseneto de Gálio e Alumínio (GaAlAs) com uma única dose diária durante 10 dias. O protocolo utilizado foi de 830nm, potencia de 90mW em diferentes doses de energia: 0,3; 0,5; 1; 2 e 4J (densidade de energia variando entre 1,7 até 25,1 J/cm²). Avaliou-se a atividade da fosfatase alcalina, aumento do cálcio (Ca+) intracelular, proliferação celular e verificação do tempo de resposta máxima após a irradiação, comparando-se ao grupo controle. Observou-se que o grupo de células irradiadas teve um aumento de crescimento maior quando comparadas ao grupo controle; não houve diferença estatisticamente significante no nível de fosfatase alcalina entre o grupo controle e irradiado, porém houve um aumento do Ca+ intracelular nas células irradiadas. Os resultados apresentados indicam que para que o laser de baixa intensidade possa ser utilizado como um potencial acelerador da movimentação ortodôntica mais estudos devem ser realizados. CRUZ et al12, em 2004, avaliaram os efeitos do laser de baixa intensidade na velocidade de movimentação ortodôntica em dentes humanos. Foram selecionados 11 pacientes que necessitavam da extração dos primeiros pré-molares superiores. A força ortodôntica foi aplicada utilizando mola de níquel-titânio com 150g de força e reativada a cada 30 dias. O canino de um dos lados da arcada recebeu aplicação do laser e o outro lado foi considerado controle. O laser de diodo foi aplicado com um comprimento de onda de.

(36) 19. 780nm, durante 10 segundos, com potência de 20mW e uma dose de 5J/cm². O laser foi aplicado no canino em 5pontos por vestibular e 5 pontos por palatino. As aplicações aconteceram no 1°, 3⁰, 7⁰ e 14⁰ dias de cada mês, após ativação do aparelho. Os resultados mostraram que houve uma maior aceleração da retração dos caninos irradiado com o laser de baixa intensidade quando comparado ao grupo controle. Portanto, os resultados sugerem que o laser de baixa intensidade acelera a movimentação dos dentes e pode reduzir o tempo do tratamento ortodôntico mantendo os tecidos periodontais saudáveis. NEVES et al29, em 2005, em revisão de literatura mostraram que o laser de baixa intensidade vem sendo amplamente utilizado na odontologia beneficiando o paciente com tratamentos atraumáticos, sem dor e com melhor pós-operatório. A ortodontia também tem muito a ganhar com a utilização da luz laser, apesar de suas aplicações e seus efeitos não se encontrarem bem difundidos entre os profissionais. O laser pode ser utilizado na ortodontia na expansão rápida da maxila com a intenção de diminuir a dor ou desconforto do paciente além de acelerar a reparação óssea; para descolagem de braquetes cerâmicos; na polimerização de resina durante a colagem de braquetes; no tratamento de odontalgias decorrentes da movimentação ortodôntica, efeito obtido pela ação analgésica e antiinflamatória e de reparação dentinária do laser; diagnóstico de lesão de mancha branca e tratamento de ulceras traumáticas decorrentes da terapia ortodôntica. Na ortodontia a laserterapia pode auxiliar na a evolução do tratamento, trazendo benefícios para o profissional e principalmente para o paciente. Contudo, mais estudos devem ser realizados para verificar com mais precisão as indicações e as possíveis contra-indicações desse meio auxiliar no tratamento ortodôntico. GOULART et al17, em 2006, realizaram um estudo experimental em 8 cães para avaliar a velocidade de movimentação dentária dos primeiros molares e segundos prémolares com auxílio de molas de níquel-titânio e aplicação de laser de baixa intensidade com comprimento de onda de 780nm. Foram utilizados 2 grupos de cães: o grupo I, recebeu dose de 5,25J/cm² (energia de 70mW, durante 3 segundos, com um total de energia de 0,21J) na área alveolar correspondente ao terço médio da raiz distal do segundo pré-molar, o grupo II recebeu uma dosagem de 35J/cm² (energia de 70mW durante 20 segundos, com uma energia total de 1,4J). As irradiações eram feitas a cada sete dias, resultando num total de nove irradiações. Os dentes contralaterais foram considerados placebos. As ativações e a distância entre os segundos pré-molares e primeiros molares foram medidas a cada 21 dias e os.

(37) 20. resultados encontrados demonstraram que o laser pode acelerar a movimentação ortodôntica, quando aplicado numa dosagem de 5,25J/cm². Contudo, dosagens altas, de 35 J/cm², podem retardar a movimentação. LIMPANICHKUL et al26, em 2006, avaliaram os efeitos do laser da baixa intensidade (GaAIAs) na velocidade de movimentação ortodôntica em 12 pacientes jovens que necessitavam da extração dos primeiros pré-molares. Foi realizada a retração dos caninos com mola NiTi (150g) associado a aplicação de laser de baixa intensidade nas faces vestibular, palatina e distal dos caninos do lado irradiado com o laser na potência de 100mW, comprimento de onda de 860nm, espectro de área de 0,09cm², densidade de energia de 25J/cm², durante 23 segundos por ponto. Foi realizada uma aplicação placebo no lado contralateral. O laser foi aplicado imediatamente após a ativação da mola e reaplicado nos dois dias seguintes. Foram realizadas moldagens no final do primeiro, segundo e terceiro mês. A movimentação dos dentes foi medida tendo como referência as rugas palatinas. Os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente significante na velocidade de movimentação dos caninos irradiados em relação ao placebo. Os autores concluíram que a densidade de energia do laser de diodo utilizada de 25J/cm² foi provavelmente baixa para promover um efeito estimulante na velocidade de movimentação ortodôntica do dente. SEIFI et al35, em 2007, utilizaram dois comprimentos de onda diferentes (850 e 630nm) para avaliar seus efeitos sobre a movimentação ortodôntica de dentes em coelhos. Para o experimento utilizaram 18 animais divididos em 3 grupos: grupo laser de forma pulsada, de forma contínua e grupo controle. Para o movimento ortodôntico foram instaladas molas fechadas de níquel-titânio no primeiro molar inferior com 100-120g de força. Os grupos foram irradiados com o laser durante 9 dias, com o seguinte protocolo: em um grupo foi aplicado comprimento de onda de 850nm de forma pulsada, potencia de 5mW e energia total de 8,1J, durante 3 minutos por dia e o outro grupo recebeu uma dose contínua de 630nm, potencia de 10mW e energia total de 27J, durante 5 minutos por dia. Foram medidas as distâncias entre a distal do primeiro e a mesial do segundo molar. Ao final do estudo observaram-se diferenças estatisticamente significantes entre o grupo controle e os dois grupos do laser mostrando uma diminuição na velocidade de movimentação dos dentes de 50% nos grupos irradiados. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos irradiados com o laser. Os autores sugerem que a diminuição da velocidade de movimentação ocorreu devido ao efeito inibitório do laser de baixa intensidade sobre as prostaglandinas,.

Referências

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