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Os diferentes tipos de regimes cambias existentes e seus impactos na economia

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA VINICIUS RIVERA AGUIAR

OS DIFERENTES TIPOS DE REGIMES CAMBIAIS EXISTENTES E SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA

Campinas 2017

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VINICIUS RIVERA AGUIAR

OS DIFERENTES TIPOS DE REGIMES CAMBIAIS EXISTENTES E SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de graduação em Ciências Econômicas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

Orientador: Prof. JAILSON COELHO, D.r.

Campinas 2017

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SUMÁRIO

Table of Contents

1 INTRODUÇÃO 3

1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA 3 1.2 OBJETIVOS 4 1.2.1 Objetivo geral 5 1.2.2 Objetivos específicos 5 1.3 JUSTIFICATIVA 5 1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 5 2 REFERENCIAL TEÓRICO 7 2.1 REGIMES CAMBIAIS 7 2.1.1 Regime de Cambio Fixo 7

2.1.2 Regime de Cambio Flexivel 8

2.1.3 Regime de Cambio Intermediário 9

3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS 11 3.1 A HIPERINFLAÇÃO BULGARA

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3.1 O CRESCIMENTOCHINESESEUCMBIODESVALORIZDO

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3.3 O CAMBIOBRSILEIRONAERDOPLANOREAL

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CONSIDERAÇÕES FINAIS 17 REFERÊNCIAS 18

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1 INTRODUÇÃO

Em um mundo onde as operações de exportação e importação estão cada vez mais disseminadas entre a população, em que as economias dos países são totalmente interdependentes e informações sobre taxas de câmbio fazem parte de nosso cotidiano, ter a noção de como tais taxas são formadas e o impacto que tem em nossas vidas é essencial.

Esta pesquisa irá analisar os principais tipos de regimes cambiais existentes e o porquê da escolha de cada um deles, demostrando suas características e seu influencia na economia de um país.

1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA

Negociar esta intrinsicamente ligado a história da humanidade, desde os primórdios, o ser humano busca trocar os seus excedentes por mercadorias que lhe sejam uteis, por conta desta necessidade a moeda foi criada.

A primeira forma de negociação entre nós foi feita via escambo, uma troca direta entre duas partes, porem logo de início se viu grandes dificuldades, imagine que um produtor de milho deseje adquirir gado, este deve procurar por algum pecuarista que necessite de milho e mesmo assim será muito difícil definir a quantidade de mercadorias envolvidas na troca (visto que importância de cada produto é definida por seu consumidor). Por conta disso foi definido uma moeda-mercadoria, que dependendo da região poderia ser o sal, gado, tecido ou qualquer outro produto que fosse importante para a comunidade.

Com o passar dos anos o ser humano aprendeu a dominar os metais e com isso foram criadas as moedas de metal, muito mais fáceis de serem manuseadas, com uma durabilidade surpreendente e de raridade considerável, foram logo adotadas pelas mais diversas comunidades. Tais moedas deram origem a sistemas monetários metálicos, e por conta da dificuldade de transporte e de armazenamento foram substituídas por

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moedas-papel (uma instituição emitia um recibo atestando que o portador tinha uma certa quantidade de moedas sob sua tutela).

Muitas destas casas bancarias emitiam moedas-papel sem possuir lastro, diante disto, os governos se viram obrigados a assumir a função de emissor de papel-moeda, sendo que toda e qualquer emissão deveria ser lastreada em ouro e prata. Com o passar do tempo e o aumento no volume de negócios a moeda deixou de lastreada em metais e passou para a “credibilidade do governo”.

Esta seria a solução definitiva para os problemas encontrados nas negociações, se estas fossem realizadas internamente. Porem vivemos em um mundo globalizado com diversas moedas diferentes, desta forma devemos estabelecer uma moeda comum para realizar as transações entre os diversos países e um ambiente onde possamos realizar estas trocas, com isso surge o mercado cambial.

Todas as transações entre países são realizadas a partir de uma taxa de câmbio, que segundo o Banco Central do Brasil nada mais é que “o preço de uma moeda

estrangeira medido em unidades ou frações (centavos) da moeda nacional”, ou seja, a

taxa de cambio reflete o preço de uma moeda em relação a outra.

Existem diversas formas de ser determinar este “preço”, os métodos mais comuns são a de Câmbio Fixo (o governo pré-determina quanto que sua moeda irá custar em relação a outra) e Câmbio Flutuante (O mercado irá se utilizar da lei de oferta e demanda para estipular o preço), ao método de arranjo da taxa de câmbio se dá o nome de Regime Cambial.

Cada país trabalha com o regime cambial de sua escolha de acordo com a sua situação econômica e quais objetivos deseja alcançar, sendo assim, quais são os principais regimes cambiais existentes e suas características?

1.2 OBJETIVOS

Tomando como base o problema de pesquisa, apresentam-se, na sequência, os objetivos a serem alcançados no trabalho de conclusão de curso.

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1.2.1 Objetivo geral

Identificar os diferentes tipos de regimes cambiais existentes na economia global.

1.2.2 Objetivos específicos

De forma a atingir e complementar o objetivo geral, apresentam-se alguns objetivos específicos a serem alcançados no decorrer do trabalho:

- Analisar o motivo da escolha de cada um deles.

-Verificar o impacto dos mesmos na economia de uma pais. - Verificar como um regime cambial pode afetar a inflação.

1.3 JUSTIFICATIVA

O regime cambial adotado por um pais impacta diretamente não só sua taxa de câmbio como também a economia desta nação com um todo, sendo assim é de suma importância que se tenha o conhecimento para identificar estas mudanças e se adequar as variáveis que se apresentam.

1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nas palavras de GIL (2008) a pesquisa exploratória visa proporcionar maior familiaridade com o problema (explicitá-lo). Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume a

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forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso. Desta forma, devido aos objetivos propostos e a natureza das questões, esta pesquisa é classificada como exploratória. Segundo Bauer e Gaskell (2002), uma metodologia qualitativa ou quantitativa será empregada dependendo da forma que o pesquisador deseja analisar um problema, sendo assim, é de fundamental importância que para a realização deste trabalho de conclusão de curso se tenha utilizado ambas abordagens.

No que diz respeito a forma de pesquisa, para realização desta monografia, foram utilizados basicamente a análise de dados e a pesquisa bibliográfica sendo que está se fundamenta em artigos e publicações realizadas em sites da internet como < http://www.bcb.gov.br > e < http:// http://www.economist.com >. Já os dados utilizados na análise teórica como: PIB, variação do câmbio, balança comercial e balança de pagamentos foram extraídos de bancos de dados como: Banco Central do Brasil, FMI e Tranding Economics.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 REGIMES CAMBIAIS

Para conseguirmos entender a diferença entre os diferentes regimes cambias existentes é de suma importância que se tenha ciência que é no mercado de câmbio que ocorrem as relações entre a moeda nacional e a moeda estrangeira, sendo que as operações realizadas neste mercado refletem a oferta e demanda para cada uma das moedas (CARDIM 2000). Ainda segundo Cardim (2000), para analisar o funcionamento do mercado de câmbio é preciso saber as regras que regem este mercado, sendo que o regime cambial é definido em função destas.

Existem diversos regimes cambiais relevantes, porém os mais utilizados são três: Regime de Câmbio Fixo, Regime de Câmbio Flexível e Regime de Câmbio Intermediário. No primeiro caso a taxa de câmbio que segundo (GREMAUD VASCONCELLOS; TONETOO JUNIOR, 2007) nada mais é que o valor de uma moeda nacional em relação a outra, é estipulada pelas autoridades monetárias (Banco Central), já no câmbio flexível o preço da moeda é motivado pelas leis de oferta e demanda, assim como uma mercadoria convencional. Para finalizar, o câmbio intermediário é um sistema misto entre os dois extremos, onde seus exemplos mais importantes são: o sistema de minidesvalorizações, internacionalmente conhecido como Crawling peg (sistema que desvaloriza a moeda na mesma proporção que os preços internos aumentam); o sistema de bandas de flutuação (em que a taxa de câmbio flutua livremente contanto que dentro de limites impostos pelo governo) e por último o sistema de zonas-alvo (neste caso há um intervalo de flutuação sem limites rígidos, e geralmente não-anunciado).(CARDIM, 2000).

2.1.1 Regime de Câmbio Fixo

Sobre o regime de câmbio fixo, Cardim (2000) afirma que para ser considerado um sistema cambial fixo a paridade entre a moeda doméstica e a moeda estrangeira deve ser estabelecida através de uma decisão do governo ou lei, sendo que a

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responsabilidade pela manutenção da taxa de câmbio ao nível fixado é inteiramente das autoridades monetárias.

A maneira como o governo irá atuar no mercado cambial será comprando (no caso de abundância de moeda estrangeira) ou vendendo divisas (quando estas estiverem em um nível abaixo do esperado), para desta forma manter a paridade oficial. Isto significa que o governo deverá ter uma grande quantidade de moedas estrangeiras em estoque para suprir eventuais necessidades (CARDIM, 2000).

Há muitos anos veem-se aplicando este tipo de regime em diversos países, inicialmente (1873-1913 e; 1925-31) o modo padrão-ouro foi o mais utilizado, sendo que para se dizer que um pais havia aderido ao padrão-ouro ele deveria adotar diversas regras monetárias, dentre elas podemos destacar:

a fixação de uma paridade oficial de sua moeda em termos do ouro; a garantia da conversão da moeda doméstica em ouro à paridade fixada; à manutenção de um lastro em outro para o estoque de moeda emitida pelo Banco Central e a liberdade para transações com o resto do mundo e particularmente para a exportação privada de ouro. (CARDIM, 2000 p. 414)

Atualmente podemos dizer “que o arranjo cambial e monetário que mais se aproxima do padrão-ouro é o adotado por países que instituíram os chamados conselhos da moeda (currency boards) ”. (Cardim, 2000 p.415) O currency board nada mais é que um regime de câmbio fixo em que, adicionalmente, a oferta de moeda está ancorada no volume de reservas cambias. (GREMAUD; VASCONCELLOS; TONETO JUNIOR, 2007)

2.1.2 Regime de Câmbio Flexível

Diferentemente do regime cambial fixo, no sistema cambial flexível a taxa de câmbio é exclusivamente determinada pelas forças de mercado, as curvas de oferta e demanda pela moeda são as regedoras deste mercado. Uma peculiaridade sobre este regime é que os desequilíbrios que venham a ocorrer são resolvidos quase que instantaneamente, pois se a demanda pela moeda sobe, seu preço consequentemente aumenta, esta variação no nível de preço irá fazer com que ocorra uma diminuição na demanda pela mesma. (CARDIM, 2000).

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Se levarmos em consideração que o Banco Central não intervém no mercado, não é necessário que o mesmo disponha de uma grande quantidade de reservas internacionais, sendo assim o mercado cambial não afeta diretamente o nível de reservas de divisas possuídas pelo país (também aqui pode haver uma variante, a flutuação suja, nessa variante o governo intervém pontualmente para evitar grandes oscilações). (GREMAUD; VASCONCELLOS; TONETO JUNIOR, 2007)

2.1.3 Regime de Câmbio Intermediário

Segundo Cardim (2000), apesar da grande maioria dos analistas da economia internacional ser favorável a adoção de um dos dois regimes extremos e a redução de moedas no mundo, na pratica o que vemos é que grande parte das economias possuem arranjos cambiais intermediários entre os dois casos puros.

O experimento mais importante, seja pelo número de adesões, seja pela duração, foi o regime cambial fixo ajustável de Bretton Woods. As principais características deste regime, que foi utilizado mundialmente por 25 anos, eram o a conversibilidade, a utilização do padrão-dólar com todas as moedas (exceto o dólar que era feito com ouro) e o fato de que apesar de o câmbio ser fixo ele era ao mesmo tempo ajustável, “[...] assim o ajustamento de balanços de pagamentos poderia ser feito por desvalorizações cambiais (acertadas com o FMI, sempre que superassem 10%) quando os desequilíbrios fossem considerados fundamentais. (Cardim, 2000, p. 421).

Uma variante do regime de câmbio fixo ajustável é o sistema de minidesvalorizações, ou crawling peg, este arranjo cambial é muito utilizado por países com inflação elevada, é um sistema que tenta harmonizar a competitividade dos produtos internos perante o resto do mundo com o alto nível de preços. O Crawling peg consiste no fato de que uma alta do índice de preços domésticos, se for compensada por uma alta na taxa de câmbio, não alteraria a taxa de câmbio real, deixando assim seus produtos mais competitivos para exportação.

Um sistema intermediário próximo do câmbio flexível seria o regime de flutuação por bandas, de acordo com Gremaud; Vasconcellos; Toneto Junior (2007) o sistema de bandas tem a seguinte lógica: definem-se os limites que a taxa de câmbio pode

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assumir, dentro de tais limites o sistema irá atuar como se fosse um câmbio flutuante, e nos limites, como câmbio fixo. Vale ressaltar que, se existir pressão pela desvalorização ou valorização da moeda, o Banco Central irá atuar vendendo ou comprando moedas estrangeiras.

Para finalizar, ainda existe um regime intermediário muito mais próximo do Câmbio flexível. Este se baseia em zonas-alvo, que nada mais são que intervalos de flutuação sem limites rígidos, normalmente não anunciados. Se o governo não mais intervir no nível de taxa de câmbio, o governo terá atingido o sistema de regime de flutuação administrativa.

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3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

Uma das grandes decisões que o governo deve tomar em seu governo é a escolha do regime cambial utilizado, esta escolha será realizada levando em consideração a situação econômica que a nação apresenta juntamente com os objetivos que o governo deseja alcançar.

A seguir será apresentado alguns casos que ocorreram na economia brasileira e internacional em que a decisão por certo tipo de regime cambial teve direto impacto neste país.

3.1 A HIPERINFLAÇÃO BULGARA

Após o fim da união soviética, diversos países que faziam parte deste pais continente passaram por grandes dificuldades financeiras e a Bulgária não foi uma exceção, para se ter uma ideia ela deu moratória de sua dívida em 1990 e em 1997 sua inflação anual chegou ao incrível patamar de 2019,5%.

Levando-se em consideração todo o cenário apresentado o então Presidente Petar Stoynov decidiu adotar um currency board e com isso um regime cambial fixo.

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A escolha do regime cambial fixo se apresentou com uma ótima escolha para a Bulgária e em apenas um ano e meio a inflação de preços acumulada em dose meses passou de 2.000% para apenas 1,4%. A razão para esta queda está intrinsicamente ligada ao funcionamento de uma economia com o currency board.

Como dito anteriormente o currency board nada mais é que um agente de conversão de moeda, porem o mesmo traz muitas vantagens para o pais que o adota, sendo que uma das mais importante é a geração de uma credibilidade financeira, pois o país não mais pode criar moeda em momentos de dificuldade, somente lhe é autorizado que troque a moeda nacional pela moeda escolhida para ser sua “ancora cambial” a uma taxa de câmbio fixo pré-determinada, este fato contribui para que as reservas internacionais sejam sempre iguais ou maiores que a base monetária de moeda nacional.

3.2 O CRESCIMENTO CHINES E SEU CAMBIO DESVALORIZDO

Muitos se perguntam por que e como a China mantem sua taxa de cambio em um nível muito mais baixo que o dólar americano e a resposta para tanto é relativamente simples, grande parte se baseia em seu regime cambial.

Desde a década de 80 até 2005 o governo chinês adotou o regime cambial fixo, onde mantinha um sistema de paridade entre o iuane e o dólar americano. Este período foi marcado por uma contínua depreciação da taxa de câmbio real enquanto a taxa nominal estava praticamente estável.

Como sua moeda estava desvalorizada perante seus concorrentes do sudeste asiático muitas indústrias exportadoras resolveram migrar para a China, uma vez que seus produtos seriam mais facilmente vendidos, com isso a manutenção de um processo de desvalorização do iuane se tornou a peça central do governo chinês para manter o alto nível de exportação assim como o grande número de investimentos estrangeiros.

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Pode-se imaginar que as economias ocidentais não estavam nem um pouco felizes com a forma como o regime cambial chinês estava sendo gerido e em julho de 2005, após uma grande pressão dos países ocidentais, o governo da China abandonou o uso do regime cambial de paridade fixa em relação ao dólar para um sistema cambial flexível, na pratica este era um sistema onde o câmbio flutuava dentro de uma banda relativamente estreita.

Ao contrário do que muitos imaginavam, o ritmo de crescimento e o PIB chinês não diminuíram, mesmo com uma pequena depreciação da taxa nominal, que foi de 8,27 para 6,95 iuane por dólar, a economia chinesa continuava crescendo ano após ano.

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Outro ponto importante a ser lembrado é que devido a escolha de seu regime cambial, a China aumentou drasticamente seu nível de reservas internacionais, reservas estas que ao mesmo tempo em que são de suma importância para a manutenção da taxa de cambio, são um grande “porto seguro” quando ocorrem crises mundiais, uma vez que o governo possui uma forma de manter sua moeda através da venda das reservas.

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3.3 O CAMBIO BRASILEIRO NA ERA DO PLANO REAL

Em 1994 o Brasil passava por um momento muito tenso em sua economia, sua inflação estava extremamente alta e o governo precisava tomar uma atitude para mudar este cenário.

Com tudo isso o governo resolveu adotar uma nova moeda e junto com isto foi implementado um regime cambial fixo onde R$1,00 valia exatamente US$1,00. Por conta desta opção o governo era obrigado a comprar e vender dólares pelo preço que estipulou anteriormente, não importando a quantidade.

Após o período inicial o Brasil optou pelo “Crawling peg”, tal regime adotava um limite tanto para queda quanto para alta do dólar, caso o câmbio estivesse próximo a um nível muito alto o governo injetaria dólares na economia, se estivesse muito baixo compraria dólares para aumentar sua cotação. Como sabemos este tipo de regime cambial é muito utilizado para países com um alto nível de inflação e no Brasil não foi diferente, nossa inflação caiu drasticamente, porém nossas reservas internacionais estavam diminuindo significativamente.

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Por conta do baixo nível de reservas internacionais, juntamente com uma grande crise cambial o Brasil comunicou o mercado que a partir de 18 de janeiro de 1999 iria deixar o mercado Interbancário definisse a taxa de cambio, não obstante informou também que o Banco Central poderia intervir nos mercados, ocasionalmente e de forma limitada, a fim de conter movimentos desordenados da taxa de cambio.

O que vimos na pratica foi um regime cambial flexível “sujo”, o lado positivo obviamente é o fato do Brasil não mais precisar dispor de suas reservas internacionais par a interferir no mercado Cambial, já o lado negativo é que ficamos mais vulneráveis, pois nossa taxa de cambio varia principalmente em decorrência da oferta e procura, sofrendo assim maior influência do mercado especulativo.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa nos possibilitou identificar os principais regimes cambiais utilizados na economia mundial, com ela pudemos compreender o porquê tais regimes são importantes para a economia e ao mesmo tempo como a escolha destes pode influenciar diretamente toda uma nação.

Vimos que existem três principais vertentes quanto aos regimes cambiais, o regime cambial fixo, o regime cambial flexível e o regime cambial intermediário. Normalmente os objetivos que o governo gostaria de alcançar e o momento econômico do estado são os principais fatores a serem levados em conta na hora de escolher o sistema cambial.

Em certos casos pode ser utilizado vários regimes cambiais em um mesmo pais, obviamente em momentos diferentes, como ocorreu no brasil, em uma primeira fase foi utilizado o câmbio fixo para frear a inflação e passar uma maior credibilidade a população e o mercado internacional, na segunda fase se utilizou um câmbio intermediário que proporcionou uma queda drástica na inflação e por último o governo brasileiro adotou um regime cambial flexível.

Levando-se em conta todos os dados analisados podemos dizer que A taxa de cambio de um pais está diretamente relacionada a praticamente todos os setores da economia, podendo-se tirar proveito tanto de uma moeda valorizada quanto de uma depreciada.

De forma geral é considerado de suma importância que consigamos identificar a forma como um país irá conduzir suas políticas cambiais, sendo que o objetivo deste trabalho foi apresentar de forma clara quais regimes são os mais utilizados no mundo e os impactos que os mesmos apresentam no mundo e desta forma entender como funciona a economia mundial.

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REFERÊNCIAS

CARDIM, Fernando de C. [et al] Economia Monetária e Financeira: Teoria e Prática. Rio de Janeiro. Elsevier, 2000

EICHENGREEN, Barry J. A Globalização do Capital: uma história do sistema monetário internacional. São Paulo. Editora 34, 2000.

FALCÃO, M. L. S. Plano Real e Âncora Cambial. Revista de Economia Política, vol. 22, nº 3 (87), julho-setembro/2002

FURTADO, Milton Braga. Síntese da Economia Brasileira. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1984.

GAROFALO FILHO, Emilio. Câmbio, ouro e dívida externa – de Figueiredo a FHC. São Paulo. Saraiva, 2002.

GREMAUD; VASCONCELLOS; TONETO. Economia Brasileira Contemporânea. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2007.

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