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T E O R I A GERAL DO DIREITO CIVIL

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Academic year: 2021

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ROTEIRO DE AULA Ponto 02 – Teoria Geral do Direito Civil

1. Histórico

– Romano-Germânica – Direito Português – Direito Brasileiro – Idade Antiga – Ius Civile (Roma)

– Idade Média – Direito Romano com fortes influências do Direito Canônico – Idade Moderna – Regulamentação das relações privadas

– Século XIX – Instituições disciplinadas no Código Civil

– Relações familiares, patrimoniais e obrigacionais particulares, mesmo que

não disciplinados pelo Código Civil (Leis do Inquilinato, Condomínio, União Estável)

1.1 - Brasil

– Colonial - Ordenações dos Reis de Portugal (ou simplesmente Ordenações do

Reino): Afonsinas (1446 a 1514), Manuelinas (1514 a 1603) e Filipinas (1603 em diante)

– Proclamação da Independência – 1822 – Inexistência de leis próprias -

Aplicação das leis filipinas até a elaboração do Código Civil

– Constituição Imperial – 1824 – determinação para organização dos Códigos

Civil e Penal – Consolidação de leis civis em vigor

– Proclamação da República – 1899 – Indicação de Clóvis Beviláqua pelo

Presidente Campos Sales para elaboração do Código Civil – após 16 anos de debates e um longo parecer de Rui Barbosa, foi promulgado em 01 de janeiro de 1916, com vigência a partir de 01 de janeiro de 1917.

– Evolução social e necessidade de novas regulamentações - estatuto da mulher

casada, condomínio, lei dos registros públicos, lei do inquilinato, lei do divórcio, reconhecimento de filhos havidos fora do casamento, código de defesa do consumidor, entre outros.

– Proposta de Código Civil em 1967 – Entrada em vigor da Constituição de 1988

– Revisão do texto – Aprovações simbólicas – Publicação em 11 de janeiro de 2002, com vigência um ano depois.

Temas da fertilização in vitro, inseminação artificial, uniões homoafetivas,

relações celebradas pela internet ainda sem previsão 2. Divisão do atual Código Civil

2.1 Parte Geral

● pessoas físicas e jurídicas (arts. 1º a 69), ● domicílio (arts. 70 a 78),

● bens (arts. 79 a 103),

● fatos jurídicos: disposições preliminares, negócio jurídico, atos jurídicos

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2.2 Parte Especial

● direito das obrigações (arts. 233 a 965); ● direito de empresa (arts. 966 a 1.195); ● direito das coisas (arts. 1.196 a 1.510); ● direito de família (arts. 1.511 a 1.783); ● direito das sucessões (arts. 1.784 a 2.027).

3. Princípios do Direito Civil 3.1 Princípio da Personalidade

3.2 Princípio da Autonomia da Vontade

3.3 Princípio da Autonomia Privada ou Liberdade Negocial 3.4 Princípio da Propriedade individual

3.5 Princípio da Proteção à Família 3.6 Princípio do Direito de Testar 3.7 Princípio da Boa-fé objetiva 3.8 Princípio da Função social 4. Fontes do Direito Civil

a) Fontes Diretas (formais ou imediatas) – Aquelas que, por si só, são capazes de gerar a regra jurídica. A lei é a principal fonte de direito. Costume também é fonte direta.

b) Fontes Indiretas (não formais ou mediatas)- Não geram, por si só, a regra jurídica, mas contribuem para que ela seja elaborada. Basicamente são a doutrina e a jurisprudência.

4.1 Doutrina

Interpretação da lei por estudiosos (pareceres, ensinamentos, escritos e trabalhos forenses)

4.2 Jurisprudência

– Vertentes do vocábulo “jurisprudência”

– Importância no Direito Positivo e Direito Consuetudinário – Súmulas

4.3 Costume

– Reiteração de condutas

– O costume no Direito Antigo e no Direito Moderno – Classificação:

1. Secundum legem (segundo a lei) – A lei reconhece os costumes como obrigatórios. Ex. Art. 569, II do CC

2. Praeter legem (além da lei) – A lei deixa lacunas que são preenchidas pelo

costume. Ex. Cheque pré-datado

3. Contra legem (contra a lei) – Quando contraria o que dispõe a lei (por

desuso ou novas regras). Ex. Prova testemunhal em contratos com valor acima de 10 vezes o salário mínimo

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4.4 Lei

– Lei é a norma imposta pelo Estado e tornada obrigatória na sua observância,

assumindo forma coativa (Maria Helena Diniz).

– Porque há lei? – Art. 5, II da CF – Art. 4 da LICC – Art. 126 do CPC 4.4.1 Características da Lei – Generalidade – Imperatividade – Permanência – Competência

4.4.2 Classificação das leis

A) Quanto à sua obrigatoriedade

– Cogentes (Ex. Art. 1521) – Dispositivas (art. 233)

B) Quanto à natureza

– Substantivas (também chamadas de materiais, primárias ou de

primeiro grau)

Regras de comportamento e conduta

– Adjetivas (também chamadas de formais, processuais, secundárias ou

de segundo grau)

Regras instrumentais ou de procedimento

C) Quanto às conseqüências pela violação

– Mais que perfeitas (nulidade ou anulação + pena) – Ex. Bigamia – Perfeitas (nulidade ou anulação) – contrato celebrado por incapaz – Menos que perfeitas (pena) – divorciado sem partilha de bens e regime

separação obrigatória

– Imperfeitas (sem conseqüências) – dívidas de jogo ou prescritas

D) Quanto à Hierarquia – Constitucionais – Emendas à Constituição – Complementares – Ordinárias – Delegadas – Medidas Provisórias

– Decretos Legislativos (ex. Autorização de referendo ou convocação de

plebiscito)

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5. Lei de Introdução ao Código Civil

– Decreto-lei nº 4.657/42

– Conjunto de normas sobre normas

– Dispõe sobre vigência no tempo e no espaço, eficácia, fontes, interpretação e

integração e Direito Internacional Privado

– Artigos, incisos, parágrafos e alíneas – Caput e in fine

6. Vigência das Leis no Tempo

– Conhecimento a todos ->Publicação

– Princípio da Obrigatoriedade das Leis (art. 3º, LICC) – Princípio da Continuidade (art. 2º, LICC)

6.1 Início da obrigatoriedade das Leis a) Procedimento

– Iniciativa

– Discussão e Aprovação

– Sanção (expressa ou tácita) ou veto (total ou parcial) – Promulgação

– Publicação

– Diário Oficial

– Afixação na sede (prefeitura ou câmara de vereadores)

b) Vigência

– Art. 1º da LICC – vacatio legis

– Nova publicação antes de entrar em vigor (art. 1º, §3º da LICC) – Nova publicação após entrar em vigor (art. 1º, §4º da LICC)

Contagem do prazo de vacatio legis (Lei Complementar nº95/98, art. 8º, §1º) – Quando o Código Civil entrou em vigor? (dados: promulgação-10/01/02;

publicação-11/01/2002; vacatio legis-1 ano)

– Decretos e regulamentos

6.2 Fim da obrigatoriedade das Leis

– Princípio da continuidade

– Leis temporárias (ex. Favorecimentos fiscais por prazo certo a certas

empresas; Contribuição Provisória de Movimentações Financeiras - CPMF -, Leis Orçamentárias, etc.)

– Revogação

– Ab-rogação e derrogação – Expressa ou tácita

– Hierarquia das normas

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6.3 Conflito das normas no tempo

– Repristinação

– Ultratividade (art. 2.039 do CC)

– Disposições transitórias ou direito intertemporal

– Irretroatividade das normas (fundamentos da garantia e segurança jurídica) – Exceções (ex. Art. 5º, XL da CF, art. 106 do CTN)

– Art. 5º, XXXVI da CF

– Ato Jurídico Perfeito (Ex: o contrato celebrado durante a vigência de uma lei

posteriormente modificada)

– Direito Adquirido (Ex: Modificação no prazo para concessão de aposentadoria

por idade)

– Coisa Julgada (Ex. Sentença que concedeu um privilégio fiscal que lei

posterior veio a retirar) 7. Vigência das Leis no Espaço

– Princípio da Territorialidade Absoluta x Territorialidade Temperada ou

Mitigada (ler LICC)

– Navios, embarcações e aeronaves públicos ou de guerra – Navios ou aeronaves mercantes

Regra Geral: Estatuto Pessoal

A norma do domicílio da pessoa regerá suas relações jurídicas.

Ex.: Art. 7º, caput, art. 8º, §§1º e 2º, art. 10 e seu §2º, art. 11 da LICC

Regras específicas:

1. Lex rei sitae

Aplicação da lei do lugar da coisa para relações de posse e propriedade sobre bens imóveis (art. 8º da LICC)

2. Locus regit actum

Aplicação da lei do lugar onde foi constituída a relação obrigacional (art. 9º da LICC)

3. Princípio da proteção da família brasileira

Aplicação da lei mais favorável ao cônjuge sobrevivente, companheiro e aos filhos quanto aos bens do falecido situados no Brasil (art. 10, §º da LICC)

OBS: Aplicação da lei estrangeira pelo juiz brasileiro

OBS: Não se aplicam leis, sentenças ou atos estrangeiros no Brasil quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes (art. 17 da LICC). Da mesma forma, não se cumprirá sentença estrangeira no Brasil sem o exequatur (“cumpra-se”), ou seja, a permissão dada pelo Superior Tribunal de Justiça (artigo 105, inciso I, letra “i” da C.F.) para que a sentença tenha efeitos.

Referências

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