CR ESCI MENTO DE Araucaria angustifolia (Bert.) O.ktze. EM DIFERENTES SOLOS NA FLORA DE PASSO FUNDO,RS
Carmeli Antonia Cassol e Ari Zago
Departamento de Solos. Centro de Ciências Rurais.UFS~1.SantaMaria, RS.
RESUMO
Foi estudado o crescimento de Amucaria angustifotia(Bert.) O. Ktze., na Floresta Nacional de Passo Fundo, RS, tendo como obj~ tivo investi~ar a diferença na produtividade de povoamentos impla~ tados em diferentes tipos de solo.
Os dados foram obtidos atravês da amostragem de parcelas quadradas de 400 m2, escolhidas ao acaso, pelo metodo aleatório si~ p1es.
A anãlise e i nterpretação dos resultados demonstraram que os melhores crescimentos e, conseqUentemente, maior produtividade vol~ métrica de madeira com casca, foi em latosol Roxo, onde Araucaria
angustifoZia alcançou um incremento médio anual de 16,67 m3/ha. E~ te resultado difere, grandemente, do obtido em Solo Litõlico Eutrõ fico com 6,26 m3/ha e noGley Pouco Híimicocom apenas 3,51 m3/ha. A varia ção do crescimento nestes solos, pode estar relacionada ãs caracte rísticas dos mesmos.
SUMMARY
CASSOL, Ç.A. and ZAGO, A., 1983. Growth of Araucaria angustifoZia
(Bert.) O. Ktze. in different soils in Passo Fundo, RS National Forest. Ceincia e Natura. 5: 75-86.
lhe growth of Araucaria anquetifo lia (Bert.) O. Ktze., i n Passo Fundo, RS National Forest was studied, with the objective to investigate differences in productivity of planting implanted in different types of soil.
Data were selected from 400 m2 area square plots selected by simple randomization method.
Better growth and, therefore, greater wood productivity was found for Latosol Roxo, where Araucaria angustifoZia obtained a mean annual increment equal to 16,67 m3/ha. lhis result differs greatly from the 6,26 m3/ha obtained for Lithosol Eutrophic Soil and from the scarce 3,51 m3/ha found for the Low-Humic Gley. lhe growth variation in these soils might be related to their characteristics. INlRODUçM
A Araucaria angustifoZia (Bert.) O. Ktze. tem sido utili
rado a e s p e cies exóti cas e, tambêm , pelo grande numero de aplicações
da madei ra. No entanto, reflorestamentos com esta es pê ct e , no Sul
do Brasil, em qualquer tipo de solo, nem sempre oferece condições p~
ra um bom crescimento.
Os latossolos arenosos e litólicos, devido aos baixos in
crementos, são considerados como impróprios para implantação de p~
voamentos de Arauearia angustifoZia. Esta especie prefere latosso
los roxos, com boa fertilidade e profundidade, GOLFARI (5) e VAN
GOOR (10).
O melhor crescimento descrito por LASSERE et aiii (7) em
Misiones, Argentina, foi em povoamentos implantados em solos roxos
profundos. Observaram ainda, que a produtividade decresce, progres
sivamente, em três solos de fase pedregosa, ã medida que diminui a
profundidade, sendo menor ainda, em solo hidromórfico (agrupamento
indiscriminado de solos).
DE HOOGH & DIETRICH (3) elaboraram uma classificação de
qualidade de sítio para Arauearia angustifoZia, baseando-se em cur
vas obtendo o índice de sítio atraves da altura dominante em rela
ção a idade aos 25 anos. Posteriormente, DE HOOGH (2) integra as
seguintes classes de sítio atraves do índice de sítio (SI) e incre
mento medi o anual (IMA):
bom para excelente crescimento: SI
18-IMA
16-14 - 18
10 - 16 m3/ba
medio para bom crescimento: SI
IMA
lento crescimento: SI 10 - 14
IMA 6 - 10 m3/ha.
O presente trabalho visa trazer subsídios aos estudos de
reflorestamentos de Arauearia anquetifol.ia, contribuindo para isso,
com os resultados do levantamento dendometrico da especie em diferen
tes solos e as descrições morfolõgicas dos perfis com as respectivas
características químicas e físicas dos solos.
MATERIAL E METODOS
O presente trabalho foi desenvolvido em povoamento de
Arauearia angustifoZia, pertencente ao Instituto Brasileiro de De
senvolvimento Florestal, na Floresta Naciona.l de Passo Fundo, RS, 10
cal denominado Mato Castelhano.
O clima da região, segundo a classificação de Koppen, apre
senta-se como subtropical do tipo efal' temperatura media de 17,60C~
com precipitação de 1.659 mm anuais, bem distribuídas, caracterizadas
por umidade relativa do ar 75 %, segundo MO TA et alii (8).
foram maepados três sitios, cuja area total perfaz 19,84 ha, p l a n t.a dos em 1955. Para execução do levantamento dendométrico (fevereiro,
1981), foram demarca das ao acaso, parcelas quadradas de 400 m2 em cada solo estudado e medidas a altura com o hipsõmetro Blume-Leiss e o diâmetro a altura do peito com a suta. O volume individual foi calculado pela fõrmula: V = 9 x h x f. O fator de forma obtido foi igual a 0,57.
Na Tabela I, encontram-se as atividades florestais reali zadas no talhão estudado.
TABELA I. HISTORICO DO TALHAO ESTUDADO.
ANO ATIVIDADES
1955 Semea du ra
Numero de sementes plantadas: 100.880 Espaçamento inicial: 2 x 1 m
Replantio: 2
Numero de sementes replantadas: 104.068 Freqüência remanescente: 25.932
Plantio total: 204.948
1971 Desbaste seletivo
Produção total dos desbastes: 659,5 st sic
Espaço vi ta 1 médi o atual: 2 x 2 m Declividade: 2 - 10 %
Os solos que constituem os tratamentos, são: Latosol Roxo, Solo Litõlico Eutrõfico e Gley Pouco Húmico. Foi feita a descrição morfolõgica dos perfis e coletadas amostras dos horizontes para as análises quimicas e fisicas. As análises quimicas realizaram-se de acordo com as metodologi as descri tas em VETTORI (11) determinando-se, carbono orgânico, com bicromato de potássio 0,4 N e transformando-o em matéria orgânica pelo fator 1,724; Al+++, Ca++e Mg++ trocáveis, ut tltza ndo=se o extrator KCl 1 N; Na+ e K+ trocáveis com o extrator HCl 0,05 N; P e K disponiveis, utilizando-se solução extratora 0,05 N
+ +++ -
-em HCl e 0,025 N em H2S04; H + Al , com soluçao de acetato de cal cio a pH 7,0 e pH na relação solo-água 1:1.
A percentagem de saturação de bases e a percentagem de sa turação com aluminio, foram calculadas pelas fõrmulas: V%=S x 100fT e % Al = 100 x Al/Al + S, respectivamente. O valor S que aparece na fõrmula, representa a soma dos cátions, Ca++, Mg++, K+ e Na+. O va lor T foi obtido pela soma de S + H+ + Al+++.
As caracteristicas fisicas foram determinadas conforme os métodos descritos a seguir~ distribuiçâo do tamanho de agregados es
tãveis em ãgua, descrito em KEMPER & CHEPIL (6); densidade do solo, de acordo com BLAKE (1); densi dade de partícula descri to em EMBRAPA (4); porosidade total foi calculada a partir das densidades, do so 10 e da partícu1 a, atr avê s da fórmula: Pt=( 1-ds/dp)x100; .mic r op orq sidade, conforme têcn íca descrita por OLIVEIRA (9); macroporosidade, obtida pela diferença entre porosidade total e microporosidade; an~ 1ise granu10metrica, determinada pelo metodo da pipeta, descrito em EMBRAPA (4).
As variãveis do crescimento de Araucaria angustifoZia fo ram analisadas utilizando-se o delineamento inteiramente casua1iza do e a comparação entre as medias foi feita pelo teste Tuckêy, ao ní ve1 de 5 % de significância.
RESULTADOS E DISCUSSAO
Observando-se os resultados da Tabela 11, o povoamento de Araucaria an.quetij'olia implantado no solo LR apresentou-se c o m.me lho res crescimentos e produti vidade em relação aos outros solos. Os povo~ mentos si tua dos nos solos Re e HGP não diferem entre si, porem, o crescimento e produtividade foram inferiores no HGP. LASSERE et aZii (7) obtiveram baixos crescimentos desta especie em solo de fase p~ dreços a.e solos hidromõr·ficos.
TABELA 11. VALORES MEDIOS DE ALTURA (h) E ALTURA DOMINANTE (Ho)*, DI~ METRO MEDIO (d) E DIIIMETRO DOMINANTE (ddom), VOLUME TOTAL (Vt) E INCREMENTO MEDIO ANUAL (IMA)DE AraucariaangustifoZia
NOS SOLOS ESTUDADOS (FEVEREIRO, 1981)
Solos** h Ho* d
\m1
\mT
TCni}' LR 16,90 a*** 19,27 a 24,23 a Re 10,73 b 12,80 b 16,23 b HGP 9,33 b 12,30 b 14,23 b ddom TCni} Vt(iii'3Tflã1 (ii137IMAf1ãT 34,67 a 23,63 b 22,03 b 416,67 a 156,56 b 87,67 b 16,67 a 6,26 b 3,51 b * Definida pela por hectare. ** LR - Latoso1 co Húmico.
media ari tmê tica de 100 ãrvores de maior diâmetro
Roxo, Re - Solo Lit61ico Eutrõfico, HGP - G1ey Pou • ** Nas colunas, as medias seguidas da mesma letra não diferem
nificativamente entre si (Tuckey 5 %).
A anã1ise de variância das variãveis do crescimento
si.9.
de
Araucaria angustifoZia encontram-se no Apêndice 2.
Segundo as classes de sítio apresentadas por de HOOGH (2), o incremento vo1umetrico obtido de Araucaria angustifoZia no solo LR enquadra-se entre bom a excelente, uma vez que essa classe eng10
ba um incremento anual de 16 - 24 m3/ha.
e no HGP de 3,51 m3/ha (TABELA lI). Com estes resultados, conforme DE HOOGH (2) estes solos não constituem bons sítios onde os incre mentos são lentos e o incremento medio anual obtido ficou, aproxim~ damente, entre o intervalo de 6 - 10 m3/ha.
Segundo os resultados das anã1ises qU1m1cas dos solos,(T~ BELA 111), os solos Re e HGP apresentam-se quimicamente melhores Pi ra o crescimento do que o LR. Entretanto, e provável que a profundl dade do solo e outras características físicas do solo (TABELAS IV, V e VI), possibilitam melhores condições para a expansão e cresci mento radicu1ar, explicando assim, o melhor crescimento verificado no LR.
TABELA Ir r .COMPLEXO SORTI\/O. MATERtA ORGAMIC ••.•FOSFORO E POUSSIO DISPONTVEIS. E pH DOS SOLOS E HORIZONTES ANALISADOS s otcs > Horl- ts ees- Teores trocãveis teores
zonte sura. H 100.1.1 ..!!Jsponheis e. M9++
"
No' A'+++ H·tA'+++ :rr;s- MO P,
pH H20 (CIII) ... me/lOOg,
,
.
.
1:1 LR A" 0-10 3.1 '.0 0,14 0,11 3,_ 8,18 5,35 13,53 39 40 5,05 '.0 ss -.-A" 10-20 '.0 1.1 0,05 0,09 4,4 7,38 3,24 10,62 30 57 3,00 1,3"
-
.-A3 20-40 0.9 0._ 0,04 0,03 4.s 7,28 1,57 8,85 I. 75 2,76 1.3 14 4.3.
,
40-60 0,_ 0,03 0,02 5.' 6,87 0,65 7,52 .9 2,21 1,_ 10 <.3.,
60-100 0.3 0,04 0,02 5,1 6,71 0,36 7,07 93 1.9ti 1._ 14 4.4 '3 100-200+ O.' 0,04 0,02 4,1 5,16 0,26 5,42•
•
1.24 1,_ 15 <, -R, 0-20 5,1 3.0 0,22 0,02 O,. 5,89 8,34 14.23 59 4,71 3,' 109 5,1 HGP A, 0-16 _,O 3,0 0,34 0,24 0,7 6,81 9,58 16,45 5. 3,21 1.3'
"
5,0 e,g
16-45 1,_ 1,1 0,07 0,05 0,9 3,93 2,82 6,75"
"
1,17 1,3"
5,0 C2g 45-60+ ,,O 1,4 0,14 0,11 1,9 3,36 3,65 7,01"
34 0,96 1,3••
4,7 LR- Lat cs olRoxo,"
Solo litô1ico Eutrôfico, HGP •G1ey Pouco Hú.l coTABELA IV, DISTRIBUIÇAO DE TAMANHO DE AGREGADOS ESTAVEIS EM AGUA DOS SOLOS E HORI ZONTES ANA USADOS.
Solos * Hori - Espes - Agregados estãvei s emágua zonte s ura Macroagregados Microagregados <4.76mm <4,76 2mm cZoImm Tota 1 <1>0. 21mm <O,21mm Tota 1 ( em) ... ... ... LR All 0-10 93 2 1 96 2 2 4 A12 10- 20 92 4 1 97 2 1 3 A3 20-40 55 16 15 87 12 2 14 B1 40-60 6 19 27 52 41 7 48 B2 60-100 1 8 19 28 56 16 72 B3 100-200+ 1 4 14 19 64 2 81 Re A 0-20 95 97 HGP AI 0-16 96 9B 1 1 2 C19 16-45 16 26 22 52 74
TA8ELA V. DENSIDADE 00 SOLO E DE PARHCULA, POROSIDADE 10TAL, MACROE MICROPOROSIDADE DOS S.Q LOS E HORIZONTES ANALISADOS.
Solos * Hori - Espes- Densidade Poros; dade
zonte s ura
~
Pa rtl eu 1a Tota 1 Macro Mi era( em) .em-3-- --LR All 0-10 0,99 2,50 60,4 19,O 41,4 A12 10-20 1,07 2,53 57,7 18,9 38,8 A3 20- 40 1,14 2,55 55,3 16,1 39,2 81 40-60 1,20 2,55 52,9 13,3 39,6 82 60-100 1,21 2,56 52,7 11,9 40,8 83 100-200+ 1,23 2,58 52,3 11,2 41,1 Re 0-20 1,08 2,55 57,6 20,6 37,0 HGP Al 0-16 0,80 2,24 64,3 10,8 53,5 C19 16- 45 1 ,19 2,28 47,8 9,0 38,0
lR - latosol Roxo. Re - Solo litõlico Eutrôfico, HGP - Gley Pouco Húmico
TA8ELA VI. ~ISTRI8UIÇAO 00 TAMANHO DE PARHcULAS E CLASSE TEXTURAL DOS SOLOS E HORIZONTES ANA
L1SADOS.
Solos'" Hori- Espes -zonte sura
Frações granulométricas Classe textural Areia grossa Areia fina Total
(em) LR A11 0-10 A12 10-20 A3 20-40 81 40- 60 82 60-100 83 100- 200+ Re 0-20 HGP Al 0-16 C19 16-45 C29 45-60+ 12 10 26 62 Argi la pesada 19 71 Argi le pesada 18 74 Argila pesada 11 83 Arg i la pesada 11 84 Argila pesada 88 Argi 1a pesa da 38 27 Fra nco 42 50 Argi 1 a 40 44 Argi 1a 22 47 Argi 1 a 18 17 35 16 11 15 16 31
lR - latosol Roxo. Re Solo tt tõt tcc Eutrôfico, HGP - Gley Pouco Híim t c c
Pela descri ção morfolõgi ca dos perfi s (APtNDICE 1), nota-se que o HGP
e
um solo mal drenado e influenciado pelo lençol freãtico e, essas condições são adversas ao bom crescimento de Arauearia angustifoZia.Assim, as diferenças observadas no crescimento e vidade de Arauearia angustifolia, podem ser atribuidas, em parte, as caracterfsticas dos solos, embora, outros fatores
pr o duti grande do sitio
podem influenciar nestas diferenças. CONCLUSOES
Considerando-se os resultados obtidos, chegou-se as segui~
tes conclusões:
1. O Latoso1 Roxo mostrou-se como o solo mais adequado p~
ra o reflorestamento de Araucaria angustifolia, por apresentar me
1hor crescimento e produtividade.
2. Os incrementos de altura midi~ e dominante, diãmetro
midio e dominante, foram aproximadamente duas vezes menores em Solo
Litõ1ico Eutrõfico e em G1ey Pouco Humico comparado ao Latoso1 Roxo. 3. Os solos, Litõ1ico e G1ey Pouco Hiimíco apresentaramuma produtividade inferior ã do Latoso1 Roxo, aproximadamente de 63 % e
79 %, respectivamente.
LITERATURA CITADA
1. BLAKE, G.R. - Bu1k density. In: BLACK, C.A. MethodsofSoil Analysis. Madison, American Society of Agronomy, 1965. Part 1, Capo 30, p. 374-91. (Agronomy, 9).
2. DE HOOG, R.J. Site-nutrition - growth relationships of Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. in Southern Brasil. Freiburg.
161 p. Tese Ph.D. 1981.
3. . & DIETRICH, A.B. Avaliação de sitio para Araucaria angustifolia (Bert.)
o.
Ktze. em povoamentos artificiais. BrE. sil Florestal, Brasilia, (37):19-71, 1979.4. EMBRAPA. Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro,E~ presa Brasileira de Pesquisa Agropecuãria. Ministerio da Agr~
cultura. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de so 10s. 1979.
5. GOLFARI, L. Coníferas aptas para repob1aciones foresta1es en e1 Estado de São Paulo. Silvicultura em são Paulo, (6):7-62, 1967.
6. KEMPER, W.D. & CHEPIL,
w.s.
Size distribuition of agregation. In: BLACK, C.A. Methods of Soil Analysis.Madison,American Societyof Agronomy, 1965. Part 1, Capo 39. p. 499-510. (Agronomy,9).
7. LASSERE, S.R.; VAIRETTI, M. & LASSERE, E.N.E. - Crecimiento de Araucaria angustifolia (Berto1.) O. Kuntze, en distintos tipos de s ue l o s de Puerto Piray, Misiones. IDIA, (7):36-45, 1972.S~ p1emento Florestal.
8. MOTA, F.S.; BEIRSDORF, n.r
.«
.
& GARCEZ, J.R.B.- Zoneamento agr~ climático do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Normais agro climáticas. Pe lota s, RS, v. !. Ministerio da Agricultura. De partamento Nacional de Pesquisa Agropecuãria. Insti tuto de Pes quisa Agropecuãria do Sul. 1971. 80 p. + Anexos.9. OLIVEIRA, L.B. - Determinação da macro e microporosidade pela m~ sa de tensão, em amostras de solo com estrutura indeformada.
Pesquisa Agropeeuária Brasileira. Rio de Janeiro, (3):197-200,
1968.
10.VAN GOOR, C.P. - Classificação da capacidade da terra em relação ao reflorestamento com pinus elliottii Eng. varo elliottii e
Arauearia angustifolia (Bert.) O. Ktze., no Estado de São Pa~
10. Silvicultura em S~o'Paulo, (4):349-66, 1965/66.
11.VETTORI, L. - Métodos de análise de solo. Rio de Janeiro. Minis tério da Agricultura. Divisão de Pedologia e Fertilidade do 50 10. 1969. 24p. (Boletim tecnico, 7).
Recebido em maio, 1983; aceito em agosto, 1983.
APENDICE
Descrição morfológica dos perfis Perfi 1 PFl
Classificação - Latosol Roxo Húmico ãlico textura argilosa. Localização - FLONA de Passo Fundo, RS.
Situação e declive - Trincheira situada na parte mais alta da eleva
ção, aproximadamente a 20 m da estrada do ta lhão 12, com menos de 3 % de declive.
Altitude - 700 metros, aproximadamente.
Litologia e Formação Geológica - Basaltos da Formação Serra Geral. Material originário - P~ovavelmente basalto.
Relevo - local: Suave a ondulado.
regional: Ondulado, com elevações longas e depressões. Erosão - Não detectada visivelmente.
Drenagem - Muito bem drenado.
Vegetação - local: Reflorestamento com Arauearia anq uetifo lia.
regional: Mata de Arauearia, outras e s pâc íes e campos es
parsos.
Uso atual - Reflorestamento de Arauearia angustifoZia em 1955.
L - 5 - 2 cm; camada composta de restos vegetais do povoamento com
predominância de aciculas de Arauearia.
F - 0,5 - O cm; camada composta predominantemente de aciculas e g~
lhos de Arauearia em fase de decomposição. Observa-se, nesta ca
mada uma abundância de raizes micotrõficas.
H - 0,5 - O cm; camada de coloração escura com õtimo enraizamento
mi cotrófic o .
All- O - 10 cm; bruno avermelhado escuro (2,5 YR 3/4, úmido), verm~
lho escuro (2,5 YR 3/6, seco); argila pesada; fraca a moderada,
muito pequenos; ligeiramente duro, friável, ligeiramente pla~
tico e ligeiramente pegajoso; transição difusa e plana.
A12 - 10 - 20 cm; bruno avermelhado escuro (2,5 YR 3/5, umido), ve~
melho escuro (2,5 YR 3/6, seco); argila pesada, fraca a mode
rada e grande que se quebra em fraca pequena e muito pequena,
blocos subangul ares; mui tos poros pequenos e mui to pequenos;
ligeiramente duro, friãvel, ligeiramente plãstico e ligeir~
mente pegajoso; transiçáo gradual e plana.
A3 - 20 - 40 cm; vermelho escuro (2,5 YR 3/6, úmido), vermelho es
curo (2,5 YR 3/6, seco); argila pesada; fraca pequena e mode
rada media blocos subangulares; muitos poros pequenos e mui
to pequenos; ligeiramente duro, friãvel, ligeiramente plâs tj
co e ligeiramente pegajoso; transição gradual e plana.
Bl - 40 - 60 cm; vermelho escuro (2,5 YR 3/6, úmido), vermelho e~
curo (2,5 YR 3/6, seco); argi 1a pesada; fraca medi a e pequena, blocos subangul ares; muitos poros pequenos e mui to pequenos.Ij geiramente duro, friãvel, ligeiramente plástico e ligeirame~
te pegajoso; transição difusa e plana.
B2 - 60 - 100 cm; vermelho escuro (2,5 YR 3/7, umido), vermelho es
curo (2,5 YR 3/8, seco); argila pesada; fraca a moderada me
dia que se quebra em pequena e muito pequena, blocos subang~
lares; muitos poros pequenos e muito pequenos; ligeiramente
duro, friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso;
transição gradual e plana.
B3? - 100 - 200 cm+; vermelho escuro (2,5 YR 3/8, úmido), vermelho
escuro (2,5 YR 3/8, seco); argi la pesada; maciça que se qu~
bra em fraca a moderada pequena e muito pequena, granul ar; mu.!..
tos poros pequenos e muito pequenos; macio, friãvel, ligeir~
mente plástico e ligeiramente pegajoso; transição gradual e
p1ana.
Raizes - Presença de raizes ate 1,20 m. Abundantes no All e A12,são grossas, medias e finas.
Observações - Restos vegetais com predominância de aciculas de Arauearia nas camadas L, F e H. Grande quantidade de raizes micotroficas nas camadas F e H, assim como nos primeiros 10 cm de solo mineral.
Perfi 1 PF2
Classificação - Solo Litõlico Eutrõfico textura franca.
Localização - FLONA de Passo Fundo, RS.
Situação e declive - Trincheira situada a meia estrada da elevação, aproximadamente a 20 m da estrada do talhão 12, com 6 a 8 % de declive.
Litologia e Formação Geológica - Basaltos da Formação Serra Geral.
Material originário - Provavelmente basalto.
Relevo - local: Suave e ondulado.
regional: Ondulado, com elevações longas e depressões.
Erosão - Não detectada visivelmente.
Drenagem - Bem drenado.
Vegetação - local: Reflorestamento com Al"aucal"ia angustifolia.
regi onal: Mata de Al"aucal"ia, outras espéci es e campos
esparsos.
Uso atual - Reflorestamento de Al"aucal"ia angustifolia em 1955.
L - 2 - 1cm;camada constituída por acículas de Al"aucal"ia e restos
de folhosas.
F - 1 - O cm; camada constituída por acículas de Al"aucal"ia e restos
de folhosas em fase de decomposição.
H - 0,5 - O cm; camada de coloração mais escura e com pequeno enrai
zamento micotrófico.
A - O - 20 cm; bruno avermelhado escuro (5 YR 3/3, umido), cinzento
avermelhado escuro (5 YR 4/2, seco); franco, fraca pequena, gr~
nular; poros grandes, pequenos e mui to pequenos; ligeiramente d~
r o , friãvel, ligeiramente plãstico e ligeiramente pegajoso; tra.!1.
sição irregular e quebrada.
R - 20 cm+; basalto de coloração esbranquiçada, pouco intemperizado.
Raízes - Abundantes no A e são grossas, médias e finas.
Observações - Ocorrência de pedras no horizonte A. Presença de res
tos vegetais compostos de acículas de Al"aucal"ia em m~
nor quantidade em relação ao Latosol, de folhosas e
poucas raízes micotróficas nas camadas F e H.
Perfi 1 PF3
Classificação - Gley Pouco Humico Eutrófico textura argilosa.
Localização - FLONA de Passo Fundo, RS.
Situação e declive - Trincheira situada na parte inferior da eleva
ção, aproximadamente a 20 m da estrada do ta
lhão 12, com menos de 2 % de declive.
Altitude - 700 metros, aproximadamente.
Litologia e Formação Geológica - Basaltos da Formação Serra Geral.
Material originãrio - Sedimentos aluviais.
Relevo - local: Suave e ondulado.
regional: Ondulado, com elevações longas e depressões.
Erosão - Não detectada visivelmente.
Drenagem - Mal drenado.
Vegetação - local: Reflorestamento com Arauo aria angustifolia.
regional: Mata de Al"aucal"ia, outras espécies e campos e~
Uso atual - Reflorestamento de Arauearia angustifolia em 1955.
L - 2 - 1 cm; camada composta predominantemente de restos de folha
sas e gramineas, e poucas aciculas de Arauearia devido a baixa
freqOência.
F - 1 - O cm; camada composta predominantemente de restos de folha
sas e gramineas em fase de decomposição e, acículas deAmucaria.
H - 0,5 - O cm; camada de coloração mais escura e com pequeno enra~
zamento micotrõfico.
Al - O - 16 cm; bruno amarelado escuro (10 YR 3/4, úmido), bruno aci~
zentado (10YR 5/2, seco); argila; fraca; pequena e mêdia, granular;
muitos poros pequenos e muito pequenos; ligeiramente duro, fri~
v e l, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição
clara e ondulada.
Clg - 16 - 45 cm; cinzento brunado claro (10 YR 6/2, úmido), cinze~
to claro (10 YR 7/2, seco), bruno (10 YR 5/3, úmido amassado),
mosqueado, comum, pequeno e distinto, bruno amarelado (10 YR
5/6, seco); argila; fraca, pequena e media, granular; sem p~
ros visiveis; ligeiramente duro, friável, ligeiramente plást~
co e ligeiramente pegajoso; transição abupta e plana.
C2g - 45 - 60 cm+; bruno claro acinzentado (10 YR 6/3, seco tritu
rado), bruno amarel ado (10 YR 5/4, úmi do amassado); argi la;
grãos simples; não plástico a não pegajoso.
Raizes - Comuns, grossas, medias e finas no Al, escassas no Clg e
ausentes no C2g.
Observações - Lençõl freático e partir de 60 CM. Presença de restos
vegetais com predominância de folhosas e gramineas, e
poucas acículas de Arauearia. Poucas raize~ micotrõfi
cas nas camadas F e H.
APtNDICE 2
TABELA I. AN~LISE DE VARI~NCIA PARA ALTURA MEDIA.
Causas de variaçâo GL SQ QM F
Tra tamentos 2 97,24 48,62 67,53*
Resíduo 6 4,31 0,72
Total 8 101 ,55 12,69
* Nível 5 % C. V. = 6,88 %
TABELA 11. AN~LISE DE VARI.A:NCIA PARA DI~METRO MEDIO
Causas de variação GL SQ QM F
Tratamentos 2 168,00 84,00 19,31 *
Resíduo 6 26,12 4,35
Total 8 194,12 24,26
TABELA I IJ. AN)\LISE DE VARIJlNCIA PARA ALTURA DO~lINANTE . Causas de variação GL SQ QM F Tra tamentos 2 90,60 45,30 88,82* Resíduo 6 3,09 0,51 Tota 1 8 93,69 11 ,71 * Ní v e 1 5 % C.V. = 4,85 %
TABELA IV. ANJlLISE DE VARI)\NCIA PARA DI)\METRO DOMI NANTE.
Causas de variação GL SQ QM F
Tratamentos 2 2B3,89 141,95 36,58*
Resíduo 6 23,30 3,88
Tota 1 8 307,19 38,40
* Nível 5 % C. V . = 7,38 %
TABELA V. AN)\LISE DE VARIJlNCIA PARA VOLUME TOTAL
Causas de variação ·GL SQ QM F
Tra tamentos 2 1 BO.746 ,1 7 90.373,08 63,27*
Resíduo 6 8.569,64 1.428,27
Total 8 189.315,82 23.664,48
* Nível 5 % C.V. = 17,15 %
TABELA VI. AN)\LISE DE VARI)\NCIA PARA INCREMENTO MEDIO ANUAL
Causas de variação GL SQ QM F
Tratamentos 2 289,22 144,61 63,42*
Resíduo 6 13,67 2,28
Total 8 302,90 37,86