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O que é energia?
“Capacidade de realizar trabalho ou transferir calor”
“Energia é a habilidade de realizar trabalho físico e biológico que requerem
contrações musculares, cardíacas e esquelética”
Na nutrição ela se refere à maneira pela qual o corpo faz uso da energia
contida na ligação química dentro do
alimento.
3 Todos os processos metabólicos que ocorrem no corpo resultam em última análise na produção de calor
Como se calcula a energia liberada ou
gasto energético?
Como se calcula a energia liberada?
Quantidade de energia liberada em uma reação biológica se calcula a partir da quantidade de calor produzido (kcal).
Como se calcula a energia liberada?
Por definição caloria é a quantidade de calor (energia) necessária para elevar em 1 grau Celsius a temperatura de 1 grama de água (o calor específico
da água é, por definição, igual a 1).
Calorimetria Direta
Calor produzido pela pessoa
era removido por uma corrente da água fria que
fluía em velocidade constante através de
grades de cobre.
A diferença entre a
temperatura da água que entrava e saia (medida
5 Calorimetria Direta
Calorimetria indireta
Estudos demonstram que:
± 4,82 Kcal são liberadas de uma mistura de carboidratos, gorduras e proteínas quando queimados em 1 litro de O²
Kc
al
Consumo de O²
7 De onde provém a energia?
Linha de desmontamento
1.Macronutrientes
2.Micronutrientes
3.Energia: ATP
4. Excreção
Carboidratos
• Convertidos em glicose (monossacarídeo) - Glicose: C6 H12O6
• Repouso = Armazenados nos músculos e no fígado: Glicogênio
9 Gorduras
• Gordura: C57 H110O6 - Ácido graxos livres: C16 H18O2 • Gorduras simples (neutras): Triglicerídeos ou
triacilgliceróis
• Repouso = Estocadas no tecido subcutâneo (adipócitos)
• Exercício = Triglicerídeos (forma complexa) em ácidos graxos livres (forma simples), glicerol e água.
Proteínas
• Polimerizada pelos aminoácidos • 20 aminoácidos diferentes
• Aminoácidos essências (9): Isoleucina, leucina, lisina, medionina, fenilalanina, treonina, triptofano, valina e histidina
11 Proteínas
• Repouso = Utilizada para síntese de proteínas • Exercício =
Proteínas → Glicose (gliconeogênes);
Proteínas →Ácidos graxos livres (lipogênese)
As proteínas podem contribuir com até 5 a 10% da energia para a manutenção do exercício prolongado
Fontes de energia para ressíntese do ATP
Enzimas
• Enzimas (proteínas): Catalisadoras - Oxidação: Perda de elétrons
15
Produção/Uso: Metabolismo
Várias vias metabólicas resultam na síntese de moléculas (anabolismo) ou degradação de moléculas (catabolismo)
VIA METABÓLICA
Séries de reações catalisadas por enzimas na qual o precursor/substrato é convertido em produto final, por
meio de compostos intermediários denominados metabólitos.
• Quebra de moléculas complexas (grandes): pela água
• Hidrolise: Carboidratos, gorduras e proteínas Hidrólise
• Fosforilação: Armazenamento de energia através da formação de ATP á partir de outras fontes químicas
• Reações químicas adicionam um fosfato a um compostos de energia relativamente baixo (adenosina difosfato - ADP)
Formação do ATP
• Fosforilação com disponibilidade de oxigênio: Metabolismo aeróbio
• Fosforilação com restrição de oxigênio: Metabolismo anaeróbio
17 1. Sistema ATP- CP
2. Sistema glicolítico 3. Sistema oxidativo
Formação do ATP
Além do ATP as células possuem uma outra molécula de fosfato de alta energia (creatina
fosfato ou CP) Sistema ATP - CP
A quebra da CP libera energia para a formação do ATP e não para a realização de trabalho.
Sistema ATP - CP
ATP
ADP
+
Pi
Hidrólise
Fosforilação
19 Fonte imediata de energia para o músculo
ativo.
- Requer poucas reações químicas - Não requer oxigênio
- Fonte de energia disponível no músculo - Produção de 1 ATP
Sistema ATP - CP
Duração: 6 a 15 segundos
Exemplo: levantamento de peso, beisebol, voleibol, sprint
Tipo de esforço: breve e máximo Sistema ATP - CP
Manutenção do ATP durante um corrida de alta intensidade:
Sistema ATP- CP
21 Sistema ATP – CP~C
Suplementação de creatina melhora o desempenho físico?
Estudos demonstram que:
• Suplementação de creatina (20gr/dia, por 5 dias) = ↑ estoques de CP muscular.
• Transferência para melhora no desempenho durante corrida e nado de curta duração não são
consistentes.
• ↑ peso corporal devido a retenção hídrica.
Efeitos colaterias?
• Náuseas, desconfortos gastrintestinais menores, câimbras (não é consenso!)
Quando a molécula de glicose entra na célula para ser utilizada como energia, sofre uma série de reações químicas que coletivamente
recebe o nome de GLICÓLISE. Sistema glicolítico
- Não “requer” oxigênio
- Envolve quebra incompleta de CHO em ácido lático
- Reação mais lenta e complexa que a do sistema ATP- CP
- Produção de ATP e ácido lático
- Ácido lático fator limitante da atividade – Sistema glicolítico
23 A glicólise ocorre no
sarcoplasma da célula muscular
Ganho por molécula de glicose: 2 ou 3 moléculas de ATP 2 moléculas de ácido pirúvico ou lactato Sistema Glicolítico Sistema glicolítico
Fase de produção de energia – 11 reações
Remoção e transporte de elétrons Saldo
• 2 ou 3 ATP
• 2 moléculas de lactato
• Duração: não ultrapassam 2 minutos (45 a 90 segundos)
• Exemplo: corridas de 400-800m, natação de 100-200m, piques de alta intensidade futebol, róquei no gelo, basquetebol, voleibol, tênis e badmington e outros
• Tipo de esforço:sustentação de esforço de alta intensidade que não ultrapassem os 2 minutos
Sistema glicolítico
Produção aeróbia de ATP ocorre no interior das mitocôndrias e envolve a interação de 2 vias
metabólicas cooperativas 1. O Ciclo de KREBS (ciclo do ácido cítrico) 2. Cadeia de transporte de elétrons
Sistema Oxidativo – Oxidação Celular
25
Principal função do Ciclo de Krebs
• Degradar o Acetil-CoA para dioxido de carbono e H+
Função primária do ciclo de Krebs 1. Retirada de átomos de hidrogênio
(carboidratos, gorduras e proteínas) 2. Remoção dos hidrogênios: NAD e FAD
3. NAD e FAD: Transporte dos hidrogênios para cadeia transportadora de elétrons = ATP 4. Cadeia transportadora de elétrons:
Transferência dos elétrons retirados desses átomos de hidrogênio para o O² = H²O
Produção aeróbia de ATP pode ser considerada um processo de 3 estágios
1º estágio: formação do acetil-CoA
2º estágio: oxidação do acetil-CoA no ciclo de Krebs
3º estágio: formação do ATP na cadeia de transporte de elétrons
Sistema Oxidativo – Oxidação Celular
Produção aeróbia de ATP pode ser considerada um
processo de 3 estágios
27 Ressíntese do NAD
1º se houver O² suficiente os hidrogênios do NADH são deslocados para cadeia transportadora de elétrons
2º se não houver O² suficiente o ácido pirúvico aceitam os hidrogênios e é convertido em ácido láctico
Cadeia transportadora de elétrons – Cadeia Respiratória
• Mais de 90% da síntese do ATP ocorre na cadeia respiratória • Quando o NADH é oxidado= 3ATP • Quando o FADH2 é oxidado = 2ATP
29 Transporte de elétrons
A medida que os elétrons são transferidos para a cadeia transportadora de elétrons libera-se energia que “bombeia” os hidrogênios (H+) do
NADH e FADH do interior das mitocôndrias através da membrana interna.
Isso acarreta em produção de energia para bombear os H+ liberados do NADH e do FADH
Transporte de elétrons
• Isso gera acúmulo de H+ no espaço entre as
membranas.
• Existem 3 bombas que removem os H+
• Aumenta a concentração de H+ no interior da
membrana
• Esse gradiente cria um forte impulso para eles retornarem ativando a enzima ATP sintetase
3 Bombas que movem H+
Aumento da concentração de H+
• Os elétrons removidos dos átomos de hidrogênio e passam por uma série de transportadores de elétrons (citocromos) • Na última etapa o O² aceita 2 elétrons e essa
molécula liga-se a dois H+ formando H²O
• Três pré requisitos devem ser atendidos para que ocorra a ressíntese contínua do ATP 1. Estar disponível um agente doador de
elétrons NADH ou FADH2
2. Existir O² suficiente como aceitador final de e- e H+
3. As enzimas devem estar em condições e concentrações suficientes
O Papel do O² no metabolismo energético
Ciclo de Krebs
• Somente 5% da energia contida na glicose é liberada por meio das reações anaeróbias
• A extração do restante ocorre por meio da
desintegração proporcionada pelo Ciclo de Krebs (Ciclo do ácido cítrico ou ácido tricarboxílico)
33 Deficiência de O² Disponibilidade de O² •Acetil-CoA •Ciclo de Krebs
glicose
Proteínas Carboidratos Gorduras
Glicose
Glicogênio Glicerol
Ácidos Graxos Livres Aminoácidos
Piruvato ↓ LDH Lactato ↑ PDH
Acetill - COA NAD
NADH NAD Aminoácidos Aminoácidos Ca de ia re sp ira tó ria H+ ATP ATP NAD NAD ↑ Lipase H+
35 Oxidação dos lipídios
Na oxidação dos lipídios, o substrato energético são os ácidos graxos livres (AGL), liberados da reserva local ou do tecido adiposo, via lipólise dos triglicérides pela ativação da enzima lipase sensível ao hormônio (LSH)
• Lipídios é uma classe de macromoléculas orgânicas cuja insolubilidade em solvente aquoso é a principal característica.
• Células podem utilizar essa insolubilidade para dividir dois compartimentos que devem ser isolados: o meio intra e o extracelular.
• Como fonte de armazenamento, a maior parte dos lipídios encontra-se na forma de
triglicerídeos (TG), que possui três ligações éster entre um grupo polar – o glicerol – e três moléculas de ácidos graxos.
• A longa cadeia hidrocarbônica dos ácidos graxos confere outra característica importante como fonte energética
37 TRIACILGLICEROL
3 ácidos graxos
Glicerol
Oxidação dos lipídios
• Triglicerídeos: Músculo • Triglicerídeos circulantes • Ácidos graxos livres
circulantes, provenientes dos adipócitos
Fonte para o catabolismo das gorduras
Mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo e transporte no sangue
Hormônios ligados a lipólise:
• Adrenalina e noradrenalina (principais ativadoras), os quais se ligarão aos receptores β3 das membranas dos adipócitos, desencadeando uma reação clássica de cascatas.
39 • Ao final da reação, a enzima hormônio
sensível-lipase é fosforilada, passando da forma inativa para a ativa.
• Essa enzima, junto com a enzima
monoacilglicerol lipase, é responsável pela degradação do TG em 1 molécula de glicerol e 3 de ácidos graxos.
A hidrólise dos Triacilgliceróis:
Triacilglicerol Glicerol + Ácidos Graxos
Lipases
• Os ácidos graxos ligam-se à albumina (AGL) porque são lipossolúveis e não conseguem ser transportados livres no plasma, sendo levados posteriormente até o músculo esquelético para serem utilizados como fonte energética
41 Ácidos graxos vão ser liberados na corrente sanguínea, e circular
ligados à albumina.
• O glicerol é liberado e transportado
livremente pelo sangue até o fígado, onde pode ser utilizado na gliconeogênese ou servir como intermediário da glicólise, na forma de gliceraldeido-3-fosfato.
Degradação do Glicerol
No fígado e outros tecidos, por ação desta quinase, é convertido a glicerol 3-fosfato,
que pode ser transformado em
diidroxiacetona fosfato, um intermediário da glicólise.
43
Gorduras são transformadas em Acetil –
CoA (beta oxidação)
Como transportar os ácidos graxos para o interior da mitocôndria?
β-oxidação de ácidos graxos
45 b- Oxidação 96 Acil-CoA desidrogenase Enoil-CoA hidratase b -hidroxiacil-CoA desidrogenase Acil-CoA aciltransferase (tiolase)
99
Destino do Acetil - CoA
Oxidação de Ácidos Graxos
• A membrana interna da mitocôndria é
impermeável a acil-CoA, mas os grupos acila podem ser introduzidos na matriz
mitocondrial, quando ligados à carnitina;
• Este composto, sintetizado a partir de aminoácidos;
• É amplamente distribuídos nos tecidos animais e vegetais, sendo especialmente abundante em músculos.
47 • Os ácidos graxos, são carregados no
citoplasma pela albumina e em seguida transportados para dentro do músculo por uma proteína de transporte de ácidos graxos
1º
• Os ácidos graxos, ainda no citoplasma, são convertidos a acil-CoA por ação da enzima Acil-CoA sintetase, presente na membrana externa da mitocôndria.
1º
3º 2º
49
• Essa reação é imprescindível, uma vez que a
membrana mitocondrial é extremamente seletiva. • Tanto a coenzima A, quanto a acil-CoA, são
impermeáveis à membrana mitocondrial, sendo necessário reações adicionais (quebra da acil – CoA) para transpor essa barreira.
• Assim, o grupo acil liga-se à L-carnitina, por ação da Carnitina Acil transferase I (CAT I), liberando a
coenzima A, e posteriormente é transportado através da membrana mitocondrial interna pela ação da
3º 4º
2º
5º
• Na parte interna, o grupo acil liga-se novamente à coenzima A, por ação da Carnitina Acil transferase II (CAT II). • Dentro da mitocôndria, a Acil-CoA são
destinados a beta-oxidação, onde são oxidados a Acetil-CoA e encaminhados ao ciclo de Krebs
51 3º 4º 5º 2º Lipase Hidrólise do triglicerídeos
Piruvato ← Glicerol → Hidrolise → 3 AGL
•Corrente sanguínea •Fígado •Gliconeogênese •Glicogênio (energia) •Albumina •Fibra muscular •Carnitina •Mitocôndrias •Ciclo de Krebs •Energia
Triglicerídeos
Adrenalina, Noradrenalina, Glucagon e Hormônio do Crescimento
•Acetil –CoA •Ciclo de Krebs
Oxidação dos lipídios
O Fracionamento de uma molécula de AGL pode ser assim, delineado:
• A oxidação beta produz: NADH e FADH, pela cisão da molécula de ácido graxo em fragmentos de acetil com dois átomos de carbono;
• Acetil – CoA é degradada no ciclo de Krebs; • O Hidrogênio é oxidado através da cadeia
transportadora de elétrons.
Beta oxidação
Produção de ATP através do ácido graxo
• Para cada molécula de ácido graxo com 18 carbonos um total de 146 moléculas de ADP é fosforilado para ATP;
• Levando-se em conta que cada molécula de triglicerídio contem 3 moléculas de ácido graxo, são formados 438 moléculas de ATP (3 X 146)
• Além disso, são formados 19 moléculas de ATP durante o Beta oxidação