• Nenhum resultado encontrado

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PROCURADOR OUVIDOR DE JUSTIÇA DO MINISTERIO PÚBLICO ESTADO DO TOCANTINS.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "EXCELENTÍSSIMO SENHOR PROCURADOR OUVIDOR DE JUSTIÇA DO MINISTERIO PÚBLICO ESTADO DO TOCANTINS."

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PROCURADOR OUVIDOR DE JUSTIÇA DO MINISTERIO PÚBLICO ESTADO DO TOCANTINS.

1- Moisés Marques Ribeiro, Advogado inscrito na OAB-TO/4777, CPF:793.316.611-34, Vem à presença de vossa excelência propor:

REPRESENTAÇAO

2- Ao Ministério Público do Estado do Tocantins, localizado na cidade de Ananás, Estado do Tocantins, com fulcro no artigo 129, II e III da Constituição Federal de 1988 e artigos 2º, 3º,6º(incisos III, IV, VI, VII), 14 e 81 da lei 8.078/1990. 3- Proponha AÇÃO CIVIL PÚBLICA C.C. PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA OBRIGAÇÃO DE FAZER Em face de do ESTADO DO TOCANTINS.

DOS FATOS:

4- Senhor Procurador, ocorre que a cidade de Riachinho, vive a beira do caos pela falta de segurança publica por parte do Governo do Estado do Tocantins, pois há mais de 3 anos esta cidade não tem destacamento da policia militar, ou seja, não tem sequer um policial militar. Sendo a única cidade da Região do Bico do Papagaio desprovida de segurança publica por parte do Governo do Estado.

(2)

5- Cito como exemplo, no dia 5 de Setembro de 2012, Um posto da agência do Banco Bradesco, na cidade de Riachinho, foi alvo de bandidos de madrugada, dois homens em um carro de cor prata renderam o guarda da rua e utilizaram dinamites para explodir o local. ”EXPLODIRAM LITERALMENTE O PREDIO DO BANCO”, Com o impacto da explosão, toda a área do posto foi destruída. Em virtude disto, a direção do Bradesco ameaçou até fechar o posto de atendimento em Riachinho.

6- Todavia, basta consultar os Boletins de ocorrência da cidade de ANANÁS QUE RESPONDE POR RIACHINHO, para que possa nortear a gravidade da situação de desprovimento da segurança publica, deixando a população insegura e vulnerável a esse e outros tipos de violência.

7- Infelizmente, mesmo sendo a segurança pública uma obrigação do Governo do Tocantins, e tendo ciência dos fatos, o Estado permanece Inerte, deixando literalmente o povo de Riachinho a mercê de Bandidos, para que eles pratiquem todas as ilicitudes possíveis contidas no Código Penal. Em virtude deste descaso, não me resta alternativa a não ser pedir providencias emergenciais por parte do Ministério Publico. Portanto, é lícito ao Judiciário determinar que o Poder Executivo cumpra sua obrigação de garantir a segurança pública, mediante a lotação de um efetivo mínimo suficiente para garantir o direito à segurança pública da população de Riachinho.

(3)

8- Segurança, segundo o dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa é um “estado, qualidade ou condição de quem ou do que estão livres de perigos, incertezas, assegurado de danos e riscos eventuais; situação em que nada há a temer”. Assim, como um direito humano fundamental, segurança é não sentir-se vulnerável em relação aos outros homens e à sociedade.

9- Analisando o artigo 144 da Constituição Federal de 1988. No título V da Constituição Federal de 1988, “da defesa do Estado e das instituições democráticas”, está o capítulo III, “da segurança pública” que em seu único artigo dispõe: “Art. 144. “A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.

10- “O direito a segurança é prerrogativa constitucional indisponível, garantido mediante a implementação de políticas públicas, impondo ao Estado a obrigação de criar condições objetivas que possibilitem o efetivo acesso a tal serviço. É possível ao Poder Judiciário determinar a implementação pelo Estado, quando inadimplente, de políticas públicas constitucionalmente previstas, sem que haja ingerência em questão que envolve o poder discricionário do Poder Executivo.” (RE 559.646-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 7-6-2011, Segunda Turma, DJE de 24-6-2011.)

11- "O Pleno do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, pacificou jurisprudência no sentido de que os Estados-membros devem obediência às regras de iniciativa legislativa

(4)

reservada, fixadas constitucionalmente. A gestão da segurança pública, como parte integrante da administração pública, é atribuição privativa do governador de Estado." (ADI 2.819, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 6-4-2005, Plenário, DJ de 2-12-2005.)

DIREITO À SEGURANÇA

12- Por força do artigo 5.º, caput, da Constituição Federal, o direito à segurança foi erigido a postulado básico do sistema de direitos dos cidadãos, bem como de todo aquele que eventualmente transitar pelo território brasileiro.

13- Com efeito, o direito fundamental à segurança requer do Estado uma prestação, ou seja, uma atuação positiva que assegure ao indivíduo e à sociedade como um todo a realização do direito constitucionalmente garantido. In casu, o direito à segurança (que se busca preservar), é materializado, dentre outras maneiras, pela atuação eficaz e contínua da Polícia Militar, de forma a assegurar, no âmbito regional, a efetividade do Artigo 144 da Constituição Federal, in verbis:

14- “Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

(5)

15- “V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.(...)”

16- No mesmo passo, a Constituição

Estadual, no art. 114, determina que:

17- “Art. 114. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio, pelos seguintes órgãos estaduais: II - Polícia Militar; (...).” 18- Portanto, é dever do Poder Público Estadual, como forma de garantir o direito à segurança da coletividade, assegurar à Polícia Militar as condições suficientes para uma atuação funcional, eficaz e condigna. Nesse ponto, impende frisar que a norma constitucional federal e a estadual gozam de imperatividade e reclamam a atuação do Poder Público, implementando políticas públicas que garantam ao indivíduo o exercício pleno do direito a ele assegurado.

19- DA INEXISTÊNCIA DA

DISCRICIONARIEDADE

20- São recorrentes em ações desta natureza argumentos de que ao Poder Judiciário seria descabido determinar ao Executivo a implementação de prestações positivas, sob o fundamento de que o princípio da separação dos poderes não permitiria a extensão do controle judicial até esse ponto. Data máxima vênia, a tese não se sustenta. À vista de omissão estatal - que na prática representa violação de direitos fundamentais -, é

(6)

decorrência natural do próprio sistema de “FREIOS E CONTRAPESOS” permitir que o Judiciário determine ao Executivo que supra a falha e cumpra a Carta Magna de 1988.

21- Nesse sentido:

“AÇÃO CIVIL PÚBLICA – OMISSÃO DO

ESTADO NA MANUTENÇÃO E

CONSERVAÇÃO DA CADEIA PÚBLICA DE CANOINHAS.

POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. COMPROMISSO CONSTITUCIONAL DA ADMINISTRAÇÃO COM O ZELO PELO PATRIMÔNIO PÚBLICO. INEXISTÊNCIA DE DISCRICIONARIEDADE.

DO ATO ADMINISTRATIVO.

INTROMISSÃO DO PODER JUDICIÁRIO EM ÁREA DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO EXECUTIVO. INOCORRÊNCIA. RECURSO RECONHECIDO E PROVIDO – O poder discricionário concedido ao Poder Público não pode chegar a ponto de permitir a ele se eximir de seus deveres fundamentais perante os administrados. “Não é admissível que a Administração, calçada na discricionariedade, omita-se na manutenção e conservação de bens sob sua responsabilidade, sustentando que é faculdade sua decidir sobre a aplicação de

(7)

recursos públicos.” (TJSC, AC n.º 97.008330-0, Relator Desembargador Orli Rodrigues).

22- DO PEDIDO.

23- Diante do exposto requer ao Ministério Público, legitimado pelo artigo 129, incisos II e III da CF, que receba a presente REPRESENTAÇAO.

24- Proponha AÇÃO CIVIL PÚBLICA C.C. PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA OBRIGAÇÃO DE FAZER Em face de do ESTADO DO TOCANTINS. Para a imediata instalação de um destacamento da Policia Militar na cidade de Riachinho- Tocantins, assim como um numero de no mínimo um efetivo 7 policiais Militares.

25- Nestes Termos,

26- Peço Deferimento.

Referências

Documentos relacionados

Estudos sobre privação de sono sugerem que neurônios da área pré-óptica lateral e do núcleo pré-óptico lateral se- jam também responsáveis pelos mecanismos que regulam o

A través de esta encuesta fue posible comprender el desconocimiento que existe sobre este tema y lo necesario que es adquirir información para poder aplicarla y conseguir

Durante este estágio, tive também a oportunidade de frequentar o serviço de urgência,. onde me foi possível observar a abordagem do doente pediátrico, as patologias

Os principais resultados obtidos pelo modelo numérico foram que a implementação da metodologia baseada no risco (Cenário C) resultou numa descida média por disjuntor, de 38% no

a) a quantia que os dois possuem hoje, juntos, é menor que 600 reais. c) Tales possui hoje, mais que 220 reais. d) a diferença entre os valores que eles possuem hoje é menor que

se fundam, obtemos uma simplificação da imagem onde bordas falsas não são criadas, um problema que é muito comum em diversos filtros lineares. Esta importante propriedade

Assim como a amostra da escola privada, foi possível obser- var que na amostra da escola pública, Figura 4, os maiores valores encontrados no estado nutricional de obesidade, foi

O presente estudo teve como objetivo descrever aspectos do funcionamento narrativo de crianças com diagnóstico de deficiência intelectual e alteração de linguagem