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DEXIA SABADELL S.A. Contas Anuais e Relatório de Gestão e correspondentes ao exercício finalizado em 31 de Dezembro de 2010 e Relatório de Auditores

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(1)

DEXIA SABADELL S.A.

Contas Anuais e Relatório de Gestão e

correspondentes ao exercício finalizado

em 31 de Dezembro de 2010

e Relatório de Auditores

(2)

Relatório de Auditoria de Contas Anuais

Aos Accionistas do DEXIA SABADELL, S.A.

Procedemos à auditoria das contas anuais do DEXIA SABADELL, S.A., que englobam o balanço em 31 de Dezembro de 2010, a conta de perdas e ganhos, a demonstração de fluxos de caixa, a demonstração das variações do património líquido e o anexo às contas anuais correspondentes ao exercício anual findo na referida data, cuja elaboração é da responsabilidade dos Administradores da Entidade, de acordo com as normas de informação financeira aplicáveis à Entidade (que se identifica na Nota 11 em anexo) e, sobretudo, com os princípios e critérios contabilísticos contidos no mesmo. A nossa responsabilidade é a de emitir um parecer sobre as referidas contas anuais no seu conjunto, com base num trabalho realizado de acordo com as normas de auditoria vigentes em Espanha, que requerem o exame, através da realização de provas selectivas, de comprovativos das contas anuais e da avaliação, se a sua apresentação, os princípios de contabilidade utilizados e as estimativas realizadas estão de acordo com a normativa de informação financeira aplicável.

Na nossa opinião, as contas anuais do exercício de 2010 em anexo apresentam, em todos os aspectos significativos, uma imagem fiel do património e da situação financeira do DEXIA SABADELL, S.A. em 31 de Dezembro de 2010 e dos resultados das suas operações e dos seus fluxos de caixa correspondentes ao exercício anual findo na referida data, em conformidade com as normas de informação financeira aplicável e, em particular, com os princípios e critérios contabilísticos contidos nas mesmas.

O relatório de gestão em anexo do exercício de 2010 contém as explicações que os Administradores consideram oportunas sobre a situação da Entidade, a evolução dos seus negócios e sobre outros assuntos e não faz parte integrante das contas anuais. Verificámos que a informação contabilística contida no referido relatório de gestão está de acordo com as contas anuais do exercício de 2010. A nossa tarefa como auditores limita-se à verificação do relatório de gestão com o alcance referido neste mesmo parágrafo e não inclui a revisão de informação diferente da obtida a partir dos registos contabilísticos da Entidade. INSTITUTO DE REVISORES DE CONTAS DE ESPANHA Membro em exercício MAZARS AUDITORES, S.L.P Ano 2011 N.º 01/11/00906 CÓPIA GRATUITA ...

Este relatório está sujeito ao imposto aplicável estabelecido

na Lei 44/2002 de 22 de Novembro ... Madrid, 25 de Fevereiro de 2011 MAZARS AUDITORES, S.L.P. R.O.A.C. N.º S1189 (assinatura ilegível) Carlos Marcos

C/ Claudio Coello, 124, planta 2, 28006 Madrid Telefone: + 34 915 624 030 Fax: + 34 915 610 224 e-mail: auditoria@mazars.es Escritórios em: Alicante, Barcelona, Bilbau, Madrid, Málaga, Valência, Vigo

(3)

Relatório de gestão e

Contas anuais individuais

em 31 de Dezembro de 2010

e em 31 de Dezembro de 2009

(4)

RELATÓRIO

DE

(5)

RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2010

O exercício 2010, na Península Ibérica, caracterizou-se sobretudo pela saída gradual da

crise económica, pelo aumento da taxa de desemprego, pela crise da dívida soberana e,

finalmente, pelas dificuldades de acesso ao financiamento do comércio grossista.

Este contexto sem precedentes, levou, naturalmente, o Dexia Sabadell, S.A. a multiplicar

as iniciativas, a tomar todas as decisões ou medidas de prevenção com o objectivo de:



Responder nas melhores condições possíveis às expectativas e necessidades dos

seus clientes, consolidando, assim, a sua forte actividade de franchising comercial.



Consolidar a sua solvência, produtividade e rentabilidade.



Reforçar a sua organização, o seu controlo interno, o seu sistema de gestão de riscos

de crédito, operacional e de mercados.



Aumentar a liquidez dos seus activos e consolidar a sua estrutura de financiamento.

Apesar de um contexto de taxas de juro a curto prazo significativamente menos favorável

do que em 2009, do aumento dos custos do funding e da manutenção de uma política

particularmente prudente em matéria de provisões, o banco atingiu um resultado líquido de 58,6

milhões de euros, uma redução de 7% em comparação com 2009, mas significativamente superior

às previsões iniciais.

Este resultado satisfatório deve-se principalmente :

à solidez da actividade de franchising comercial e à capacidade do banco para

estruturar operações com valor acrescentado, que têm permitido, em particular, um

aumento de 35,3% nas comissões facturadas. Essas comissões representaram em

2010 praticamente 185% do total das despesas gerais do banco.

a uma gestão muito rigorosa das despesas gerais, que baixaram para 5,6% em 2010,

o que permitiu que a eficiência se mantivesse a um nível particularmente baixo (7,8%).

A consolidação da actividade de franchising comercial, da produtividade e da rentabilidade

recorrente do banco tem acompanhado a consolidação dos seus recursos próprios.

Assim, em 31 de Dezembro de 2010, após distribuição de resultados, os recursos próprios

ascenderam a 498,9 M €, o que representa um crescimento de 4% em relação a 31 de Dezembro

de 2009. Esta evolução é fruto de se ter destinado 77,5% do resultado líquido para a conta de

reservas.

(6)

Este crescimento dos recursos próprios permitiu que o coeficiente de solvência chegasse

aos 12,11% em 31 de Dezembro de 2010 (limite mínimo sobre Basilea I estabelecido pela

normativa) e o tier one aos 10,20%.

Neste contexto particularmente complexo, o Dexia Sabadell SA limitou o crescimento do

seu balanço, privilegiou a rentabilidade e a liquidez dos novos compromissos e levou a cabo um

ambicioso programa de funding a mais de um ano.

Neste sentido :

Praticamente em 75% dos novos compromissos de 2010 são elegíveis para o

BCE ou para instrumentos de refinanciamento AAA.

Mais de 70% do total de créditos aos clientes é actualmente elegível para o BCE

ou para instrumentos de refinanciamento AAA ou similares.

O banco procedeu a duas emissões de Cédulas Territoriales (obrigações

garantidas por títulos de dívida pública) num montante de 1.700 M€.

O banco realizou operações de repos, a médio prazo, num montante de 754 M€,

conseguindo excelentes condições financeiras.

No total, o programa total de funding a mais de um ano atingiu 3.000 M€. Paralelamente,

tem havido alienações oportunistas de activos.

A qualidade da actividade de franchising comercial e os desenvolvimentos/consolidações

realizados em 2010, permitirão ao banco concentrar os seus esforços durante o exercício 2011 na

satisfação das necessidades e expectativas dos seus clientes, na ampliação da sua oferta de

produtos e serviços, no desenvolvimento rentável e controlado da sua actividade, na consolidação

da sua estrutura de financiamento, do seu sistema de informação e de gestão, e mais

globalmente, na adaptação do seu modelo de gestão e de desenvolvimento a um contexto

particularmente complexo e diferente do que existia até a crise.

No ano de 2010, o Dexia Sabadell não realizou actividades de investigação e

desenvolvimento, não fez transacções com as suas próprias acções nem dispõe de uma carteira

própria.

A exposição da Entidade aos riscos de preço, crédito, liquidez e fluxos de caixa, bem

como as políticas de gestão e minimização dos mesmos, são apresentados em detalhe no anexo

às contas anuais do exercício de 2010.

(7)

CONTAS

(8)

Contas Anuais

Balanços em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

Conta de Perdas e Ganhos correspondentes aos exercícios anuais findos em

31 de Dezembro de 2010 e 2009

Demonstrações de Variações do Património Líquido correspondentes

aos exercícios anuais findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

Demonstrações de receitas e despesas reconhecidas correspondentes aos

exercícios anuais findos em ou que vencem em 31 de Dezembro de 2010 e

2009

Demonstrações de fluxos de caixa correspondentes aos exercícios

anuais terminados em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

Nota explicativa das contas anuais correspondentes aos exercícios anuais

findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(1)

Natureza da Entidade

(2)

Bases de apresentação das contas anuais

(3)

Alterações e erros nos critérios e estimativas contabilistas

(4)

Distribuição do resultado do exercício

(5)

Recursos próprios mínimos

(6)

Retribuições dos administradores e dos principais membros da direcção da

Entidade

(7)

Impacto ambiental

(8)

Fundo de garantia de depósitos

(9)

Honorários de auditoria

(10) Acontecimentos posteriores

(11) Princípios e normas contabilísticas e critérios de

valorização

aplicados

(12) Deveres de

lealdade

dos Administradores

(13) Apoio ao cliente

(14) Exposição ao risco

(9)

(16) Carteira de negociação de activo e de passivo

(17) Activos financeiros disponíveis para venda

(18) Investimentos de crédito

(19) Derivados de cobertura de activo e de passivo

(20) Activos corpóreos

(21) Activos incorpóreos

(22) Activos e passivos fiscais

(23) Passivos financeiros a custo amortizado

(24) Provisões

(25) Acertos por valorização do património líquido

(26) Fundos próprios

(27) Situação fiscal

(28) Riscos contingentes

(29) Compromissos contingentes

(30) Operações com sociedades do grupo

(31) Juros e proveitos similares

(32) Juros e custos similares

(33) Comissões recebidas

(34) Comissões pagas

(35) Resultados de operações financeiras

(36) Custos com o pessoal

(37) Outras despesas gerais de administração

(10)

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

(Valores expressos em milhares de euros)

ACTIVO

2010 2009 (*) 1. Caixa e depósitos em bancos centrais ... 15.817 13.664 2. Carteira de negociação ... 96.090 86.374 2.5.Derivados de negociação ... 96.090 86.374 4. Activos financeiros disponíveis para venda ... 4.227.120 4.581.184 4.1. Valores representativos de dívida ... 4..227.120 4.581.184 Pro-memória: Prestados ou em garantia ... 1.599.757 835.663 5. Investimentos de crédito ... 13.009.878 11.560.571 5.1. Depósitos em Entidades de crédito ... 878.986 497.486 5.2. Crédito a clientes ... 12.130.892 11.063.085 8. Derivados de cobertura ... 224.432 199.782 11. Contratos de seguros vinculados a pensões ... 34 13 13. Activo corpóreo ... 104 138 13.1. De uso próprio ... 104 138 14. Activos incorpóreos ... 34 42 15. Activos fiscais ... 66.666 16.765 15.1. Correntes ... 1.129 70 15.2. Diferidos ... 65.537 16.695 16. Restantes activos ... 127 30 TOTAL ACTIVO 17.640.302 16.458.563

(11)

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

(Valores expressos em milhares de euros)

PASSIVO E PATRIMÓNIO LÍQUIDO

PASSIVO

2010 2009(*)

1. Carteira de negociação ... 92.787 86.916 1.5. Derivados de negociação ... 92.787 86.916 3. Passivos financeiros a custo amortizado ... 16.222.739 15.129.343 3.1. Depósitos de bancos centrais ... 4.003.723 3.513.571 3.2. Depósitos de Entidades de crédito ... 8.518.087 7.672.931 3.3. Depósitos de clientes ... 398.816 433.124 3.4. Débitos representados por valores negociáveis ... 3.193.697 3.391.455 3.5. Passivos subordinados ... 92.498 92.475 3.6. Outros passivos financeiros ... 15.918 25.787 5. Derivados de cobertura ... 958.254 743.720 8. Provisões ... 9.060 7.326 8.3. Provisões para riscos e compromissos contingentes ... 9.060 7.326 9. Passivos fiscais ... 10.952 31.584 9.1. Correntes ... 10.850 7.481 9.2. Diferidos ... 102 24.103 11.Restantes passivos ... 18.516 16.329

TOTAL PASSIVO 17.312.308 16.015.218

(12)

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

(Valores expressos em milhares de euros)

PATRIMÓNIO LÍQUIDO

2010 2009(*)

1. Fundos próprios ... 431.538 387.125 1.1. Capital ou fundo de dotação ... 237.061 237.061 1.1.1. Escriturado ... 237.061 237.061 1.3. Reservas ... 135.881 87.030 1.6. Resultado do exercício ... 58.596 63.034 2. Acertos por avaliação ... -103.544 56.220 2.1. Activos financeiros disponíveis para venda ... -104.404 51.736 2.2. Coberturas dos fluxos de caixa ... 860 4.484

TOTAL PATRIMÓNIO LÍQUIDO... 327.994 443.345

TOTAL PATRIMÓNIO LÍQUIDO E PASSIVO 17.640.302 16.458.563

PRO-MEMÓRIA

2010 2009(*)

1. Riscos contingentes ... 118.461 139.110 2. Compromissos contingentes ... 764.595 1.120.955

(13)

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES NO PATRIMÓNIO LÍQUIDO

CORRESPONDENTES AOS EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

DE 2010 E 2009

(Valores expressos em milhares de euros)

2010 2009(*)

1. Juros e proveitos similares ... 248.354 315.179 2. Juros e custos similares ... 161.170 194.170 A) MARGEM DE JUROS ... 87.184 121.009 6. Comissões recebidas ... 17.672 15.195 7. Comissões pagas ... 5.723 5.180 8. Resultados de operações financeiras (líquido) ... -28 -12.199 9. Diferenças de câmbio (líquido) ... 22 -95 11. Outras despesas de exploração …... 205 178 B) MARGEM BRUTA ... 98.922 118.552 12. Despesas de administração... 7.588 7.863 12.1.. Custos com pessoal ... 5.355 5.174 12.2. Outras despesas gerais de administração ... 2.230 2.689 13. Amortização ... 110 285 14. Dotações para provisões (líquido) ... 1.755 2.459 15. Perdas por deterioração de activos (líquido) ... 6.061 18.181 15.1. Investimentos de crédito ... 7.627 15.587 15.2. Outros instrumentos financeiros não avaliados pelo valor razoável com alterações em

perdas ... -1.566 2.594 C) RESULTADO DA ACTIVIDADE DE EXPLORAÇÃO ... 83.411 89.764 D) RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS ... 83.411 89.764 20. Imposto sobre lucros ... 24.815 26.730

E) RESULTADOS DO EXERCÍCIO PROVENIENTES DE OPERAÇÕES EM CURSO 58.596 63.034

F) RESULTADO DO EXERCÍCIO 58.596 63.034

(14)

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES NO PATRIMÓNIO LÍQUIDO

CORRESPONDENTES AOS EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

DE 2010 E 2009

(Valores expressos em milhares de euros)

FUNDOS PRÓPRIOS Capital Reservas Resultado do exercício Total Fundos próprios ACERTOS POR VALORIZAÇÃO TOTAL PATRIMÓNIO LÍQUIDO 1. Saldo final em 31/12/09 237.061 87.030 63.034 387.125 56.220 443.345 2. Saldo inicial ajustado 237.061 87.030 63.034 387.125 56.220 443.345 3. Total de receitas e despesas

reconhecidos 0 0 -101.168 -101.168 0 -101.168

4. Outras variações do

património líquido 0 48.851 96.730 145.581 -159.764 -14.183

4.1. Aumentos de capital 0 0 0 0 0 0

4.9. Transferência entre

rubricas de património líquido 0 48.851 -63.034 -14.183 0 -14.183 4.13. Restantes aumentos

(reduções) de património líquido

0 0 159.764 159.764 -159.764 0

(15)

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES NO PATRIMÓNIO LÍQUIDO

CORRESPONDENTES AOS EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

DE 2010 E 2009

(Valores expressos em milhares de euros)

FUNDOS PRÓPRIOS Capital Reservas Resultado do exercício Total Fundos próprios ACERTOS POR VALORIZAÇÃO TOTAL PATRIMÓNIO LÍQUIDO 1. Saldo final em 31/12/08 237.061 50.732 36.298 324.091 40.908 364.999 2. Saldo inicial ajustado 237.061 50.732 36.298 324.091 40.908 364.999 3. Total de receitas e despesas

reconhecidos 0 0 91.471 91.471 0 91.471

4. Outras variações do

património líquido 0 36.298 -64.735 -28.437 15.312 -13.125

4.1. Aumentos de capital 0 0 0 0 0 0

4.9. Transferência entre

rubricas de património líquido 0 36.298 -36.298 0 0 0 4.13. Restantes aumentos

(reduções) de património líquido

0 0 -28.437 -28.437 15.312 -13.125

5. Saldo final em 31/12/09 (*) 237.061 87.030 63.034 387.125 56.220 443.345

(16)

DEMONSTRAÇÕES DAS RECEITAS E DESPESAS RECONHECIDAS

CORRESPONDENTES AOS EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

DE 2010 E 2009

(Valores expressos em milhares de euros)

2010 2009(*)

A) RESULTADO DO EXERCÍCIO 58.596 63.034

B) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS RECONHECIDOS -159.764 28.437

1. Activos financeiros disponíveis para venda -223.057 -4.345

1.1. Ganhos (perdas) por valorização -223.057 -4.345

2. Coberturas dos fluxos de caixa -5.177 26.220

2.1. Ganhos (perdas) por valorização -5.177 26.220

9. Imposto sobre lucros 68.470 6.562

C) TOTAL RECEITAS E DESPESAS RECONHECIDOS ( A + B) -101.168 91.471

(17)

DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA CORRESPONDENTES AOS

EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

(Valores expressos em milhares de euros)

2010 2009(*)

A. FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE EXPLORAÇÃO

1. Resultado do exercício ... 58.596 63.034 2. Acertos para obter os fluxos de caixa das actividades de exploração: ... 17.647 28.340 2.1. Amortização: ... 110 285 2.2. Outros acertos ... 17.537 28.055

3. Aumento/Diminuição líquido dos activos de exploração 1.184.560 891.275

3.1. Carteira de negociação ... 9.716 -8.638 3.3. Activos financeiros disponíveis para venda ... -355.629 -232.298 3.4. Investimentos de crédito ... 1.456.954 1.150.075 3.5. Outros activos de exploração ... 73.519 -17.864

4. Aumento/Diminuição líquido dos passivos de exploração 1.124.742 808.556

4.1. Carteira de negociação ... 5.871 -7.612 4.3. Passivos financeiros a custo amortizado ... 1.093.396 891.872 4.4 Outros passivos de exploração... 25.475 -75.704 5. Cobranças e pagamentos por impostos sobre lucros... 0 0 Total fluxos de caixa líquidos das actividades de exploração ... 16.425 8.655

B. FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

6. Pagamentos ...

6.1.Activos corpóreos ... 8 140 6.2.Activos incorpóreos ... 60 165 6.7 Outros pagamentos relacionados com actividades de investimento ... 21 0 Total fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento ... 89 305

C. FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

8. Pagamentos ...

8.1 Dividendos ... 14.183 0 Total fluxos de caixa líquido das actividades de financiamento ... 14.183 0 D. AUMENTO/DIMINUIÇÃO LÍQUIDO DO CAIXA OU EQUIVALENTES (1+2+3+4)... 2.153 8.350 E. Caixa ou equivalentes no início do exercício ... 13.664 5.314 F. Caixa ou equivalentes no final do exercício ... 15.817 13.664

PRO-MEMÓRIA-COMPONENTES DO CAIXA E EQUIVALENTES NO FINAL DO PERÍODO 2010 2009(*)

1.1. Caixa ... 3 3 1.2. Saldos equivalentes ao caixa no banco central ... 15.814 13.661

15.817 13.664

(18)

NOTA EXPLICATIVA DAS CONTAS ANUAIS CORRESPONDENTES AOS

EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

(1) NATUREZA DA ENTIDADE

Dexia Sabadell, S.A. (doravante o Banco) é uma Entidade de direito privado, cujo objecto social é a actividade bancária, nos termos estabelecidos no artigo 4.º dos seus Estatutos Sociais, e sujeita à normativa e regulamento das Entidades bancárias que operam em Espanha.

O Dexia Sabadell, S.A. foi constituído em 26 de Fevereiro de 2001 com a denominação de Dexia Banco Local, S.A. Em 31 de Janeiro de 2002, a Entidade alterou a sua denominação para Dexia Sabadell Banco Local, S.A., e em 2 de Agosto de 2007, para Dexia Sabadell, S.A. O Banco está inscrito no registo de Bancos e Banqueiros com o número 0231 desde 19 de Março de 2001.

A Entidade está inscrita no Registo Comercial de Madrid (Registo Mercantil de Madrid); no tomo 16.295, livro 0, fólio 1, Secção 8, folha M-276676, Inscrição 1.ª. A sede social encontra-se no Paseo de las Doce Estrellas, 4 - 28042 Madrid.

Em 1 de Agosto de 2007 a Entidade, após a obtenção das autorizações necessárias, abriu uma Sucursal em Portugal, com a denominação Dexia Sabadell, Sucursal em Portugal, que está inscrita no Registo do Banco de Portugal com o nº 0185.

Em 26 de Fevereiro de 2010 a Comissão Europeia publicou a sua decisão sobre as ajudas recebidas pelo Grupo Dexia dos estados Francês, Belga e Luxemburguês que inclui a transferência da participação de 60% que o Dexia Credit Local tem no Dexia Sabadell antes de 31 de Dezembro de 2013.

(2) BASES DE APRESENTAÇÃO DAS CONTAS ANUAIS

As contas anuais em anexo foram preparadas a partir dos registos de contabilidade da Entidade e de acordo com o estabelecido pela Circular 4/2004, de 22 de Dezembro, alterada pelas Circulares 6/2008 de 26 de Novembro, 2/2010 de 27 de Janeiro, 3/2010 de 29 de Junho e 8/2010 de 30 de Novembro, do Banco de Espanha de forma a evidenciar a imagem fiel do património e da situação financeira da Entidade em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 e dos resultados das suas operações, e dos fluxos de caixa correspondentes aos exercícios anuais findos nessas mesmas datas. Não existe qualquer princípio, nem norma contabilística, nem critério de avaliação obrigatório que, sendo o seu efeito significativo, deixou de ser aplicado na sua elaboração. A nota 11 inclui um resumo dos princípios e normas contabilísticos e dos critérios de valorização mais significativos aplicados às presentes contas anuais. A informação contida nas presentes contas anuais é da responsabilidade dos Administradores da Entidade.

(19)

NOTA EXPLICATIVA DAS CONTAS ANUAIS CORRESPONDENTES AOS

EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

Os Administradores da Entidade apresentam, em cada uma das rubricas do balanço, das contas de perdas e ganhos, da demonstração de variação do património líquido e da demonstração de fluxos de caixa, para além dos valores do exercício de 2010, os valores correspondentes ao exercício de 2009 única e exclusivamente para efeitos comparativos.

As contas anuais do exercício de 2010 foram elaboradas pelos Administradores da Entidade na reunião do Conselho de Administração em 25 de Fevereiro de 2011, estando pendentes de aprovação pela Assembleia-Geral de Accionistas da mesma, a qual se espera que as aprove sem alterações significativas. As presentes contas anuais, salvo menção em contrário, apresentam-se em milhares de Euros.

(3) ALTERAÇÕES E ERROS NOS CRITÉRIOS E ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICOS

A informação contida nas presentes contas anuais é da responsabilidade dos Administradores da Entidade. Nas presentes contas anuais foram utilizadas, sempre que se justificou, estimativas para a valorização de activos, passivos, receitas, despesas e compromissos realizadas pela Alta Direcção da Entidade e ratificadas pelos seus Administradores. Essas estimativas correspondem:

 Às perdas por deterioração de determinados activos

 Às hipóteses actuariais utilizadas no cálculo dos passivos e compromissos por retribuições pós-emprego

 À vida útil aplicada aos elementos do Activo corpóreo e do Activo incorpóreo

 Ao valor razoável de determinados activos não cotados

 Ao período de recuperação dos impostos diferidos

Dado que estas estimativas foram realizadas de acordo com as informações disponibilizadas a 31 de Dezembro de 2010 e 2009 relativamente às rubricas afectadas, é possível que eventuais acontecimentos futuros obriguem à sua alteração em qualquer sentido nos próximos exercícios. Essa alteração será realizada, caso se aplique, de forma prospectiva, reconhecendo os efeitos da alteração de estimativa na conta correspondente de perdas e ganhos.

(4) DISTRIBUIÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A proposta de distribuição do resultado do exercício de 2010 que o Conselho de Administração da Entidade submeterá à aprovação da sua Assembleia-Geral, bem como a já aprovada para o exercício de 2009, é a seguinte:

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NOTA EXPLICATIVA DAS CONTAS ANUAIS CORRESPONDENTES AOS

EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

Em milhares de euros 2010 2009 Distribuição Reserva legal ... 5.860 6.303 Reserva voluntária ... 52.736 42.548 Dividendos ... - 14.183 Resultado distribuído 58.596 63.034

(5) RECURSOS PRÓPRIOS MÍNIMOS

A Circular 3/2008 do Banco de Espanha, de 22 de Maio, alterada pela Circular 9/2010 de 22 de Dezembro, sobre determinação e controlo dos recursos próprios mínimos, regula os recursos próprios mínimos que têm de ser mantidos pelas entidades de crédito espanholas – tanto a título individual como de grupo consolidado – e a forma como têm de determinar esses recursos próprios, assim como os diferentes processos de autoavaliação do capital que devem ser realizados e a informação de carácter público que devem divulgar para o mercado.

Esta Circular supõe o desenvolvimento final, no âmbito das entidades de crédito, da legislação sobre recursos próprios e supervisão com base consolidada das entidades financeiras, determinada a partir da Lei 36/2007, de 16 de Novembro, pela qual se modifica a Lei 13/1985, de 25 de Maio, de coeficiente de investimento, recursos próprios e obrigações de informação dos intermediários financeiros e outras normas do sistema financeiro, e que compreende também o Real Decreto 216/2008, de 15 de Fevereiro, de recursos próprios das entidades financeiras. Esta norma abrange ainda o processo de adaptação da normativa espanhola às directivas comunitárias 2006/48/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Junho de 2006 e 2006/49/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Junho de 2006. Ambas as directivas reviram em profundidade, seguindo a Deliberação adoptada pelo Comité de Basilea de Supervisão Bancária (“Basilea II”), os requisitos mínimos de capital exigidos às entidades de créditos e aos seus grupos consolidáveis.

Os requisitos de recursos próprios mínimos que estabelece a citada Circular, são calculados em função da exposição do Grupo ao risco de crédito e diluição (em função dos activos, compromissos e demais contas à ordem que apresentem estes riscos, tendo em conta os seus montantes, características, contrapartes, garantias, etc.), ao risco de contraparte e de posição e liquidação correspondente à carteira de negociação, ao risco de câmbio (em função da posição global líquida em divisas) e ao risco operacional.

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NOTA EXPLICATIVA DAS CONTAS ANUAIS CORRESPONDENTES AOS

EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

De acordo com o previsto na Circular 9/2010 de 22 de Dezembro, na sua Norma Única, n.º 3, alínea a), que altera a Norma Oitava, n.º 1, alínea d) da Circular 3/2008, a entidade beneficiou de forma permanente da opção prevista na nova redacção dessa Norma Oitava, nº 1, alínea d) da Circular 3/2008, de não juntar aos resultados negativos as perdas geradas, nem de integrar nos recursos próprios computáveis às mais--valias pelos valores representativos da dívida classificados como disponíveis para venda.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os recursos próprios da Entidade, excediam os requisitos mínimos exigidos pela norma referida.

Para dar cumprimento à referida legislação sobre concentração de riscos, a Entidade dispõe de um sistema de garantias através do qual a parte dos saldos com clientes que excede os limites determinados regulamentarmente é garantida pela Dexia Crédit Local.

O saldo das garantias vigentes em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, era de 6.445.523 milhares de Euros e 6.026.300 milhares de Euros, respectivamente.

(6) RETRIBUIÇÕES DOS ADMINISTRADORES E DOS PRINCIPAIS MEMBROS DA DIRECÇÃO DA ENTIDADE

a) Remuneração dos Administradores (na qualidade de Administradores)

Os Estatutos da Entidade não estabelecem para os membros do seu Conselho de Administração qualquer pagamento sob a forma de participação no Resultado do exercício, nem sob qualquer outro conceito.

Durante os exercícios 2010 e 2009, nem os membros do Conselho de Administração, nem os membros do Comité de Direcção e os membros do Comité de Auditoria, receberam qualquer remuneração.

b) Remuneração do pessoal principal e dos Administradores na sua qualidade de directores

As retribuições salariais recebidas no exercício de 2010 pelas 10 pessoas que formam o pessoal principal da Entidade e os Administradores na sua qualidade de directores, ascenderam a 1.796 milhares de Euros, dos quais 1.139 milhares de Euros correspondem a retribuição fixa e 657 milhares de Euros a retribuição variável (no exercício de 2009, para as 10 pessoas formavam o pessoal principal da Entidade e os Administradores na sua qualidade de directores ascenderam a 1.719 milhares de Euros, dos quais 1.176 milhares de Euros corresponderam a retribuição fixa e 543 milhares de Euros a retribuição variável).

Para os efeitos dos dados em anexo, por pessoal principal entende-se as pessoas que reúnem os requisitos assinalados no n.º 1.d) da Norma 62.ª da Circular 4/2004.

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NOTA EXPLICATIVA DAS CONTAS ANUAIS CORRESPONDENTES AOS

EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

c) Compromissos com pensões, seguros, créditos, avais e outros encargos

Os Administradores da Entidade, não dispõem de compromissos por pensões, créditos, avais ou outros encargos.

A despesa registada na conta de perdas e ganhos dos exercícios de 2010 e 2009 com seguros de que os Administradores da Entidade são beneficiários ou tomadores ascende a mil Euros em cada um dos referidos exercícios.

(7) IMPACTO AMBIENTAL

As operações globais da Entidade são regidas por Leis relativas à protecção do meio ambiente (Leis do meio ambiente). A Entidade considera que cumpre substancialmente essas Leis e que segue procedimentos concebidos para garantir e fomentar o seu cumprimento. A Entidade considera que adoptou as medidas oportunas relativamente à protecção e melhoria do meio ambiente e à minimização dos impactos ambientais, cumprindo a respectiva normativa vigente. Durante os exercícios de 2010 e 2009, a Entidade não realizou investimentos significativos de carácter ambiental, nem considerou necessário constituir qualquer provisão para riscos e encargos de carácter ambiental, nem considera que existam contingências significativas relacionadas com a protecção e melhoria do meio ambiente.

(8) FUNDO DE GARANTIA DE DEPÓSITOS

A Entidade faz parte do Fundo de Garantia de Depósitos. A despesa dos exercícios de 2010 e 2009 das contribuições realizadas pela Entidade para o Fundo de Garantia de Depósitos ascendeu a 202 milhares de Euros e a 178 milhares de Euros, respectivamente, incluídos na rubrica Outras despesas de exploração da conta de perdas e ganhos.

(9) HONORÁRIOS DE AUDITORIA

O valor dos honorários pagos à Mazars Auditores, S.L.P. pelos serviços de auditoria das contas anuais dos exercícios de 2010 e 2009 da Entidade ascendeu a 43 milhares de Euros e a 38 milhares de Euros, respectivamente, não tendo sido pagos honorários por conta de outros serviços.

(10) ACONTECIMENTOS POSTERIORES

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NOTA EXPLICATIVA DAS CONTAS ANUAIS CORRESPONDENTES AOS

EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

(11) PRINCÍPIOS E NORMAS CONTABILÍSTICAS E CRITÉRIOS DE VALORIZAÇÃO APLICADOS

Os princípios e normas contabilísticos e critérios de valorização mais significativos aplicados para a elaboração destas contas anuais são assim descritos:

a) Princípio de empresa em funcionamento

Na elaboração das contas anuais considerou-se que a gestão da Entidade continuará previsível no futuro. Desta forma, a aplicação das normas contabilísticas não pretende determinar o valor do Património líquido para efeitos da sua transmissão global ou parcial, nem o valor resultante no caso da sua liquidação.

b) Princípio da especialização dos exercícios

Estas contas anuais, salvo no que respeita às demonstrações de fluxos de caixa, se for o caso, foram realizadas tendo em conta a transmissão real de bens e serviços, independentemente da data do seu pagamento ou da sua cobrança.

c) Outros princípios gerais

As contas anuais foram elaboradas com base no custo histórico, mesmo que alterado pela revalorização, se for o caso, de activos financeiros disponíveis para a venda e activos e passivos financeiros (incluindo derivados) a um valor razoável.

A elaboração das contas anuais requer a utilização de algumas estimativas contabilísticas. Requer ainda que a Direcção faça uso do seu bom senso no processo de aplicação das políticas contabilísticas da Entidade. Essas estimativas podem afectar o valor dos activos e passivos ao separar os activos e passivos contingentes à data das contas anuais e o valor dos proveitos e despesas durante o período das contas anuais. Mesmo que as estimativas estejam baseadas no bom conhecimento da Direcção das circunstâncias actuais e previsíveis, os resultados finais podem diferir destas estimativas.

d) Derivados financeiros

Os Derivados financeiros são instrumentos que, para além de proporcionarem perdas ou ganhos, podem permitir, reunidas determinadas condições, compensar a totalidade ou parte dos riscos de crédito e/ou de mercado associados a saldos e transacções, utilizando como elementos subjacentes taxas de juro, determinados índices, os preços de alguns valores, taxas de câmbio cruzadas de diferentes divisas ou outras referências similares. A Entidade utiliza Derivados financeiros negociados bilateralmente com a contraparte fora de mercados organizados (OTC).

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NOTA EXPLICATIVA DAS CONTAS ANUAIS CORRESPONDENTES AOS

EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

Os Derivados financeiros são utilizados para negociar com clientes que os solicitam ou, para a gestão dos riscos das posições próprias da Entidade (derivados de cobertura). Os Derivados financeiros que não podem ser considerados contabilisticamente como sendo de cobertura, consideram-se como sendo derivados de negociação. As condições para que um Derivado financeiro possa ser considerado contabilisticamente como de cobertura são as seguintes:

i) O Derivado financeiro deve cobrir o risco de variações no valor dos activos e passivos resultantes de oscilações das taxas de juro e/ou da taxa de câmbio (cobertura de valores razoáveis), o risco de alterações nos fluxos de caixa estimados com origem em activos e passivos financeiros, compromissos e transacções previstas muito prováveis (cobertura de fluxos de caixa) ou o risco do investimento líquido num negócio no estrangeiro (cobertura de investimentos líquidos em negócios no estrangeiro).

ii) O Derivado financeiro deve eliminar eficazmente qualquer risco inerente ao elemento ou posição coberto durante o prazo previsto de cobertura. Desta forma, ter eficácia prospectiva, eficácia no momento de contratação da cobertura em condições normais, e eficácia retrospectiva, constitui prova suficiente de que a eficácia da cobertura será mantida durante toda a vida do elemento ou posição coberto.

iii) Para garantir essa eficácia, a Entidade realiza periodicamente testes de eficácia individuais para cada um dos derivados que comparam os proveitos e custos do derivado com os do elemento coberto.

iv) Deve documentar-se adequadamente que a contratação do Derivado financeiro teve lugar especificamente para servir de cobertura de determinados saldos ou transacções e a forma em que se pensava conseguir e medir essa cobertura eficaz, sempre que esta forma seja coerente com a gestão dos riscos próprios que a Entidade leva a cabo. As coberturas podem aplicar-se a elementos ou saldos individuais ou a carteiras de activos e passivos financeiros, mesmo que a Entidade faça geralmente coberturas individuais. Neste último caso, o conjunto dos activos ou passivos financeiros a cobrir deve ter o mesmo tipo de risco, entendendo-se como cumprido quando a sensibilidade à variação da taxa de juro dos elementos individuais cobertos é semelhante.

As coberturas realizam-se principalmente com a contratação de Swaps de taxas de juro e em menor medida com “Cross Currency Swaps”, especialmente com o Dexia Crédit Local (accionista maioritário) ou outras entidades do Grupo Dexia e em menor medida com outras contrapartidas. As coberturas são realizadas individualmente com um swap por cada operação coberta e com as mesmas condições de referência, prazo, etc., que o elemento coberto.

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NOTA EXPLICATIVA DAS CONTAS ANUAIS CORRESPONDENTES AOS

EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

e) Activos financeiros

Os activos financeiros estão classificados no Balanço de acordo com os seguintes critérios:

i) Caixa e depósitos em bancos centrais que correspondem aos saldos em numerário e aos saldos mantidos no Banco de Espanha e em outros bancos centrais.

ii) Carteira de negociação que inclui os activos financeiros que foram adquiridos com o objectivo de os realizar a curto prazo, fazem parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados e geridos conjuntamente para a qual foram realizadas operações recentes para a obtenção de ganhos a curto prazo ou são instrumentos derivados que não são designados como instrumentos de cobertura contabilística.

iii) Outros activos financeiros de valor razoável com alterações em perdas e ganhos que inclui os activos financeiros que, não fazendo parte da Carteira de negociação, são considerados activos financeiros híbridos e estão valorizados integralmente pelo seu valor razoável e os que são geridos conjuntamente com passivos por contratos de seguro valorizados pelo seu valor razoável ou com derivados financeiros que têm por objecto e efeito reduzir significativamente a sua exposição a variações do seu valor razoável ou que sejam geridas conjuntamente com passivos financeiros e derivados com o objectivo de reduzir significativamente a exposição global ao risco das taxas de juro.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a Entidade possuía instrumentos financeiros nesta carteira.

iv) Activos financeiros disponíveis para venda que corresponde aos valores representativos de dívida não classificados como investimento em vencimento, como outros activos financeiros a valor razoável com alterações em perdas e ganhos, como investimentos de crédito ou como Carteira de negociação e os instrumentos de capital de Entidades que não são Dependentes, Associadas ou Multigrupo e que não foram incluídos nas categorias de Carteira de negociação e de outros activos de valor razoável com alterações em perdas e ganhos.

v) Investimentos de crédito que incluem os activos financeiros que, não sendo negociados num mercado activo nem sendo obrigatória a sua valorização pelo seu valor razoável, os seus fluxos de caixa são de um valor determinado ou determinável e nos quais se recuperará o valor desembolsado pela Entidade, excluídas as razões imputáveis à solvência do devedor. Considera-se tanto o investimento procedente da actividade típica de crédito, assim como os montantes disponibilizados e pendentes de amortização pelos clientes a título de empréstimo ou os depósitos cedidos a outras Entidades, independentemente da instrumentação jurídica, e os valores representativos de dívida não cotados.

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EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

vi) Carteira de investimento com vencimento que corresponde aos valores representativos de dívida com vencimento fixo e fluxos de caixa de valor determinado, que a Entidade decidiu manter até à sua amortização por ter, basicamente, a capacidade financeira para o fazer ou por contar com financiamento vinculado.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a Entidade não possuía instrumentos financeiros nesta carteira.

vii) Acertos em activos financeiros por macro-coberturas que correspondem à contrapartida dos valores creditados na conta de perdas e ganhos com base na valorização das carteiras de instrumentos financeiros que se encontram eficazmente cobertos contra riscos associados às taxas de juro através de derivados de cobertura de valor razoável. Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a Entidade não tem registo de macro-coberturas contabilísticas.

viii) Derivados de cobertura que inclui os derivados financeiros adquiridos ou emitidos pela Entidade que se classificam para poderem ser considerados para cobertura contabilística. ix) Participações que incluem os instrumentos de capital em Entidades Dependentes,

Associadas ou Multigrupo.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a Entidade não tem participações em Entidades Dependentes, Associadas ou Multigrupo.

x) Contratos de seguros relativos a pensões que correspondem aos direitos de reembolso exigidos a Entidades seguradoras de uma parte ou da totalidade do pagamento requerido para cancelar uma obrigação por prestação definida sempre que as apólices de seguro não cumpram as condições para serem consideradas como um activo do Plano.

Os activos financeiros são registados inicialmente e em geral pelo seu valor razoável que, salvo indicação em contrário, corresponderá ao seu preço de aquisição. A sua valorização posterior, em cada fecho de exercício contabilístico, é realizada de acordo com os seguintes critérios:

i) Os activos financeiros são valorizados consoante o seu valor razoável excepto os investimentos de crédito, a Carteira de investimento a prazo, os instrumentos de capital cujo valor razoável não possa ser determinado de forma suficientemente objectiva e os derivados financeiros que tenham como activo subjacente os referidos instrumentos de capital e se liquidem através da entrega dos mesmos.

ii) Por valor razoável de um activo financeiro numa determinada data entende-se o valor pelo qual pode ser entregue entre partes interessadas devidamente informadas, numa transacção realizada em condições de independência mútua. A prova mais clara do valor

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EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

razoável é o preço de cotação num mercado activo que corresponde a um mercado organizado, transparente e profundo.

Sempre que não exista preço de mercado para um determinado activo financeiro, de forma a estimar o seu valor razoável, recorre-se ao estabelecido em transacções recentes de instrumentos análogos e, na sua falta, a modelos de valorização suficientemente contrastados. Desta forma, devem ser tidas em conta as particularidades específicas do activo a valorizar e em especial os diferentes tipos de risco associados ao activo financeiro. Não obstante, as próprias limitações dos modelos de valorização desenvolvidos e as possíveis discrepâncias nas suposições exigidas por estes modelos podem estar na origem da não coincidência do valor razoável assim calculado de um activo financeiro, com o preço a que o mesmo poderia eventualmente ser comprado ou vendido à data da sua valorização.

iii) O valor razoável dos derivados financeiros com valor de cotação num mercado activo e incluídos na Carteira de negociação é o seu preço de cotação diária e se, por razões excepcionais, não se puder estabelecer a sua cotação numa determinada data, para os valorizar recorre-se a métodos semelhantes aos utilizados para valorizar os derivados financeiros OTC.

O valor razoável dos derivados financeiros OTC é a soma dos fluxos de caixa futuros com origem no instrumento e descontados à data da valorização, utilizando métodos reconhecidos pelos mercados financeiros.

iv) Os investimentos de crédito e a Carteira de investimento a prazo são valorizados de acordo com o seu custo amortizado, utilizando na sua determinação o método da taxa de juro efectiva. Por custo amortizado entende-se o custo de aquisição de um activo financeiro corrigido pelos reembolsos de capital e a parte imputada na conta de perdas e ganhos, através da utilização do método da taxa de juro efectiva, da diferença entre o custo inicial e o valor de reembolso correspondente ao vencimento e menos qualquer redução de valor por deterioração reconhecida directamente como uma diminuição do valor do activo ou através de uma conta de correcção do seu valor. Caso estejam cobertas em operações de cobertura de valor razoável, registam-se as variações que ocorram no seu valor razoável relacionadas com o risco ou com os riscos cobertos nessas operações de cobertura.

A taxa de juro efectiva é a taxa de actualização igual ao valor de um instrumento financeiro com os fluxos de caixa estimados ao longo da vida estimada do instrumento, a partir das suas condições contratuais, tal como opções de amortização antecipada, mas sem considerar perdas futuras por risco de crédito. Para os instrumentos financeiros com taxas de juro fixas, a taxa de juro efectiva coincide com a taxa de juro contratualmente estabelecida no momento da sua aquisição acrescida, se for o caso, das comissões que,

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NOTA EXPLICATIVA DAS CONTAS ANUAIS CORRESPONDENTES AOS

EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

pela sua natureza, sejam similares a uma taxa de juro. Nos instrumentos financeiros com taxas de juro variáveis, o juro efectivo coincide com a taxa de rendimento vigente para todos os instrumentos até à primeira revisão da taxa de juro de referência que venha a ter lugar.

v) As participações no capital de outras Entidades cujo valor razoável não possa ser determinado de forma suficientemente objectiva e os derivados financeiros que tenham como activo subjacente esses instrumentos e se liquidem através da entrega dos mesmos, são mantidos ao seu custo de aquisição corrigido, se for o caso, pelas perdas por deterioração que se tenham verificado.

Conforme anteriormente referido, em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a Entidade não detinha participações no capital de outras Entidades.

As variações do valor dos activos financeiros são geralmente registadas com contrapartida na conta de perdas e ganhos, distinguindo-se entre as que têm origem na cobrança de juros e similares, que se registam na rubrica de Juros e rendimentos similares, e as que correspondem a outras causas, que se registam, pelo seu valor líquido, na rubrica de Resultados de operações financeiras da conta de perdas e ganhos.

Não obstante, as variações do valor livros dos instrumentos incluídos na rubrica Activos financeiros disponíveis para venda são registadas transitoriamente na rubrica Acertos por valorização do Património líquido, excepto se procederem de diferenças de câmbio. Os valores incluídos na rubrica Acertos por valorização continuam a fazer parte do Património líquido até que se dê a baixa no balanço da situação do activo que lhes deu origem, momento esse em que são cancelados contra a conta de perdas e ganhos.

Em relação aos activos financeiros designados como rubricas cobertas e de cobertura contabilística, as diferenças de valorização são registadas tendo em conta os seguintes critérios:

i) Nas coberturas de valor razoável, as diferenças produzidas tanto nos elementos de cobertura, como nos elementos cobertos, no que diz respeito à taxa de risco coberto, são levadas directamente à conta de perdas e ganhos.

ii) As diferenças de valorização correspondentes à parte ineficiente das operações de cobertura de fluxos de caixa são levadas directamente à conta de perdas e ganhos. iii) Nas coberturas de fluxos de caixa, as diferenças de valorização relativas à parte de

cobertura eficaz dos elementos de cobertura são registadas transitoriamente na rubrica Acertos por valorização do Património líquido.

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EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

Neste último caso, as diferenças de valorização não são reconhecidas como resultados até que as perdas ou ganhos do elemento coberto se registem na conta de perdas e ganhos ou até à data de vencimento do elemento coberto.

f) Passivos financeiros

Os passivos financeiros estão classificados no Balanço de acordo com os seguintes critérios:

i) Carteira de negociação que inclui os passivos financeiros que foram adquiridos com o objectivo de os realizar a curto prazo, são parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados e geridos conjuntamente para a qual foram realizadas operações recentes para a obtenção de ganhos a curto prazo, são instrumentos derivados que não são designados como instrumentos de cobertura contabilística ou têm origem na venda firme de activos financeiros adquiridos temporariamente ou recebidos por empréstimo. Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a Entidade não possuía passivos financeiros nesta carteira.

ii) Outros passivos financeiros de valor razoável com alterações nas perdas e ganhos, que correspondem aos que, não fazendo parte da Carteira de negociação, têm a natureza de instrumentos financeiros híbridos e não é possível determinar com fiabilidade o valor razoável do derivado implícito que contêm.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a Entidade não possuía passivos financeiros nesta carteira.

iii) Passivos financeiros de valor razoável com alterações no património líquido que incluem os passivos financeiros associados a Activos financeiros disponíveis para venda e com origem na consequência das transferências de activos nas quais a Entidade cedente não transfere nem retém substancialmente os riscos e benefícios dos mesmos.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a Entidade não possuía passivos financeiros nesta carteira.

iv) Passivos financeiros a custo amortizado que correspondem aos passivos financeiros que não se incluem nos restantes capítulos do balanço e que respondem às actividades típicas de captação de fundos das Entidades financeiras, seja qual for a sua forma de instrumentalização e o seu prazo de vencimento.

v) Acertos de passivos financeiros por macro-coberturas que correspondem à contrapartida dos valores creditados na conta de perdas e ganhos com base na valorização das carteiras de instrumentos financeiros que se encontram eficazmente cobertos contra o risco associado a taxas de juro através de derivados de cobertura de valor razoável.

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EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a Entidade não tem registo de macro coberturas contabilísticas.

vi) Derivados de cobertura que inclui os derivados financeiros adquiridos ou emitidos pela Entidade que se classificam de forma a poderem ser considerados como cobertura contabilística.

vii) Passivos associados aos activos não correntes em venda que corresponde aos saldos credores com origem nos Activos não correntes em venda.

Em 31 de Dezembro de 2010 e ao 31 de Dezembro de 2009, a Entidade não possuía passivos deste tipo.

viii) Capital com natureza de passivo financeiro que inclui o valor dos instrumentos financeiros emitidos pela Entidade que, tendo a natureza jurídica de capital, não cumpre os requisitos para poder ser classificado como Património líquido e que corresponde, basicamente, às acções emitidas que não incorporam direitos políticos e cuja rentabilidade é estabelecida em função de uma taxa de juro, fixa ou variável. São valorizados da mesma forma que os passivos financeiros a custo amortizado excepto se a Entidade os tiver designado como passivos financeiros, de valor razoável, caso cumpram as condições para tal.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a Entidade não possuía passivos deste tipo.

Os passivos financeiros são registados de acordo com o seu custo amortizado, tal como estipulado para os activos financeiros na Nota 11.e), excepto nos seguintes casos:

i) Os passivos financeiros incluídos nas rubricas Carteira de negociação, Outros passivos financeiros de valor razoável com alterações nas perdas e ganhos, e passivos financeiros de valor razoável com alterações no património líquido que se avaliem com um valor razoável, tal como estipulado para os activos financeiros na Nota 11.e). Os passivos financeiros cobertos em operações de cobertura de valor razoável são acertados, registando-se as variações que se produzam no seu valor razoável em relação ao risco coberto na operação de cobertura.

ii) Os derivados financeiros que tenham subjacentes instrumentos de capital cujo valor razoável não possa ser determinado de forma suficientemente objectiva e sejam liquidados pela entrega dos mesmos, são valorizados pelo seu custo.

As variações do valor nos livros dos passivos financeiros são geralmente registadas com contrapartida na conta de perdas e ganhos, distinguindo-se entre as que têm origem na cobrança de juros e similares, que se registam na rubrica Juros e encargos similares, e as que correspondem a outras causas, que se

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NOTA EXPLICATIVA DAS CONTAS ANUAIS CORRESPONDENTES AOS

EXERCÍCIOS ANUAIS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

registam, pelo seu valor líquido, na rubrica Resultados de operações financeiras da conta de perdas e ganhos.

Não obstante, as variações do valor nos livros dos instrumentos incluídos na rubrica Passivos financeiros, de valor razoável, com alterações no património líquido, são registadas transitoriamente na rubrica Acertos por valorização do Património líquido. Os valores incluídos na rubrica Acertos por valorização continuam a fazer parte do Património líquido até que se dê a baixa no balanço do passivo que lhes deu origem, momento esse em que são cancelados contra a conta de perdas e ganhos.

Para os passivos financeiros designados como rubricas cobertas e de cobertura contabilística, as diferenças de valorização são registadas tendo em conta os critérios indicados para os Activos financeiros da Nota 11.e).

g) Deterioração do valor dos activos financeiros

O valor dos livros dos activos financeiros geralmente é corrigido relativamente à conta de perdas e ganhos sempre que exista prova objectiva de que se verificou uma perda por deterioração, o que acontece:

i) No caso de instrumentos de dívida, entendidos como os créditos e os valores representativos de dívida, sempre que após o reconhecimento inicial ocorra um evento ou se produza o efeito combinado de vários eventos que permita prever um impacto negativo nos seus fluxos de caixa futuros.

ii) No caso dos instrumentos de capital, sempre que após o seu reconhecimento inicial ocorra um evento ou se produza o efeito combinado de vários eventos que impliquem a não recuperação do seu valor nos livros.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, a Entidade não mantinha instrumentos de capital.

Regra geral, a correcção do valor nos livros dos instrumentos financeiros por deterioração é efectuada por débito da conta de perdas e ganhos no período em que se verifica a deterioração e a recuperação das perdas por deterioração previamente registadas, caso se produzam, é creditada na conta de perdas e ganhos do período no qual a deterioração é eliminada ou reduzida. Caso a recuperação de qualquer valor registado por deterioração seja considerada remota, será eliminada do balanço, mesmo que a Entidade possa levar a cabo as operações necessárias para tentar conseguir a sua cobrança desde que não se tenham extinguido definitivamente os seus direitos por prescrição, perdão ou outras causas.

No caso dos instrumentos de dívida valorizados pelo seu custo amortizado, o valor das perdas por deterioração incorridas é igual à diferença negativa entre o seu valor nos livros e o valor actual estimado dos seus fluxos de caixa futuros. No caso dos instrumentos de dívida cotados pode ser utilizado, como

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substituto do valor actual dos fluxos de caixa futuros, o seu valor de mercado sempre que este seja suficientemente fiável para ser considerado representativo do valor que a Entidade possa recuperar. Os fluxos de caixa futuros estimados de um instrumento de dívida são todos os valores, capital e juros, que a Entidade calcula que poderá obter durante a vida do instrumento. Nessa estimativa, é considerada toda a informação relevante que se encontra disponível na data de elaboração das demonstrações financeiras, que proporcione dados sobre a possibilidade de cobrança futura dos fluxos de caixa contratuais. Desta forma, no cálculo dos fluxos de caixa futuros de instrumentos que possuam garantias reais, deverão ser tidos em conta os fluxos que se obteriam com a sua realização, menos o valor dos custos necessários para a sua obtenção e posterior venda, independentemente da probabilidade da execução da garantia.

No cálculo do valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados utiliza-se, como taxa de actualização, a taxa de juro efectiva original do instrumento, caso a taxa contratual seja fixa, ou a taxa de juro efectiva à data a que se referem as demonstrações financeiras determinada de acordo com as condições do contrato, sempre que seja variável.

As carteiras de instrumentos de dívida, riscos contingentes e compromissos contingentes, seja qual for o seu titular, instrumentação ou garantia, são analisados para determinar o risco de crédito ao qual está exposta a Entidade e estimar as necessidades de cobertura por deterioração do seu valor. Para a preparação das demonstrações financeiras, a Entidade classifica as suas operações em função do seu risco de crédito analisando, em separado, o risco de insolvência imputável ao cliente e o risco associado ao país ao qual estejam expostas.

A prova objectiva de deterioração será determinada individualmente para todos os instrumentos de dívida que sejam significativos e individual ou colectivamente para os grupos de instrumentos de dívida que não sejam individualmente significativos. Sempre que um instrumento concreto não possa ser incluído em qualquer grupo de activos com características de risco semelhantes, será analisado exclusivamente de forma individual para determinar se se encontra em deterioração e, se for o caso, para calcular a perda por deterioração.

A avaliação colectiva de um grupo de activos financeiros para estimar as suas perdas por deterioração realiza-se da seguinte forma:

i) Os instrumentos de dívida incluem-se em grupos com características de risco de crédito semelhantes, indicativas da capacidade dos devedores para pagar todos os valores, capital e juros, de acordo com as condições contratuais. As características de risco de crédito que se consideram para agrupar os activos são, entre outras, o tipo de instrumento, o sector de actividade do devedor, a área geográfica da actividade, o tipo de garantia, a antiguidade dos valores vencidos e qualquer outro factor que seja relevante

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ii) Os fluxos de caixa futuros de cada grupo de instrumentos de dívida são calculados com base na experiência de perdas históricas da Entidade para instrumentos com características de risco de crédito semelhantes às do respectivo grupo, uma vez realizados os Acertos necessários para adaptar os dados históricos às condições actuais do mercado.

iii) A perda por deterioração de cada grupo é a diferença entre o valor em livros de todos os instrumentos de dívida do grupo e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros calculados.

Os instrumentos de dívida não valorizados pelo seu valor razoável com alterações na conta de perdas e ganhos, os riscos contingentes e os compromissos contingentes são classificados em função do risco de insolvência imputável ao cliente ou à operação, nas seguintes categorias: risco normal, risco

sub-standard, risco duvidoso dada a morosidade do cliente, risco duvidoso por razões diferentes da

morosidade do cliente e risco falido. Para os instrumentos de dívida não classificados como risco normal são calculadas, com base na experiência da Entidade e do sector, as coberturas específicas necessárias por deterioração, tendo em conta a data dos valores não pagos, as garantias fornecidas e a situação económica do cliente e, se for o caso, dos garantes. Geralmente, essa estimativa é realizada com base em calendários de morosidade elaborados de acordo com a experiência da Entidade e da informação que tem do sector.

Da mesma forma, os instrumentos de dívida não valorizados pelo seu valor razoável com alterações na conta de perdas e ganhos e os riscos contingentes, independentemente do cliente, são analisados para determinar o seu risco de crédito por razão de risco associado ao país. Por risco associado ao país entende-se o risco em que incorrem os clientes residentes num determinado país por circunstâncias diferentes do risco comercial habitual.

Para além das coberturas específicas por deterioração indicadas anteriormente, a Entidade cobre as perdas inerentes dos instrumentos de dívida não valorizadas pelo seu valor razoável com alterações na conta de perdas e ganhos e dos riscos contingentes classificados como risco normal através de uma cobertura genérica. Essa cobertura genérica é realizada tendo em conta a experiência histórica de deterioração e as restantes circunstâncias conhecidas no momento da avaliação e correspondem às perdas inerentes incorridas à data das demonstrações financeiras, calculadas com procedimentos estatísticos, pendentes de atribuição a operações concretas.

Neste sentido, o Banco de Espanha, com base na sua experiência e na informação que tem do sector, definiu o método e valor a utilizar para a cobertura das perdas por deterioração inerentes incorridas nos instrumentos de dívida e riscos contingentes classificados como risco normal, que se alteram periodicamente de acordo com a evolução dos dados referidos. Esse método de determinação da cobertura das perdas por deterioração inerentes incorridas nos instrumentos de dívida realiza-se através da aplicação de percentagens aos instrumentos de dívida não valorizados pelo seu valor razoável com

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alterações na conta de perdas e ganhos e dos riscos contingentes classificados como risco normal. As percentagens referidas variam em função da classificação que a Entidade realiza dos referidos instrumentos de dívida dentro do risco normal entre as seguintes subcategorias: Sem risco apreciável, Risco baixo, Risco médio-baixo, Risco médio, Risco médio-alto e Risco alto.

O reconhecimento na conta de perdas e ganhos da cobrança de juros sobre a base dos termos contratuais é interrompido para todos os instrumentos de dívida classificados individualmente como deteriorações e para os quais se tenham calculado conjuntamente perdas por deterioração por terem valores vencidos com uma duração superior a três meses.

O valor das perdas por deterioração incorridas em valores representativos de dívida e instrumentos de capital incluídos na rubrica Activos financeiros disponíveis para venda é igual à diferença positiva entre o seu custo de aquisição, líquido de qualquer amortização de capital, e seu valor razoável menos qualquer perda por deterioração previamente reconhecida na conta de perdas e ganhos.

Sempre que existam provas objectivas de que a descida do valor razoável fica a dever-se à sua deterioração, as menos-valias latentes reconhecidas directamente na rubrica Acertos por valorização no Património líquido, registam-se imediatamente na conta de perdas e ganhos. Caso posteriormente se recupere a totalidade ou parte das perdas por deterioração, o seu valor é reconhecido, para o caso de valores representativos de dívida, na conta de perdas e ganhos do período de recuperação e, para o caso dos instrumentos de capital, na rubrica Acertos por valorização no Património líquido.

h) Valorização das contas em divisa estrangeira

A divisa funcional da Entidade é o Euro. Consequentemente, todos os saldos e transacções denominados em divisas diferentes do Euro são considerados em divisa estrangeira.

O contravalor em Euros dos activos e passivos totais em divisa estrangeira que a Entidade detinha em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é o seguinte:

Em milhares de euros 2010 2009

Activos Passivos Activos Passivos

Dólar USA ... 49.657 137.875 46.128 136.430 Libra esterlina ... 16.323 16.050 17.688 17.270

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