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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC XANXERÊ MILENA MARASCA O DESIGN CONTRA A VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E EMPODERANDO O PÚBLICO FEMININO

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC XANXERÊ

MILENA MARASCA

O DESIGN CONTRA A VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E EMPODERANDO O PÚBLICO FEMININO

Xanxerê 2019

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Milena Marasca

O DESIGN CONTRA A VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E EMPODERANDO O PÚBLICO FEMININO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Design, Área das Ciências das Humanidades da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Unoesc Xanxerê, como requisito parcial à obtenção de grau de Bacharel em Design.

Orientadora: Profa. Esp. Juciele Fernanda Casagranda

Xanxerê 2019

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A minha família, base de tudo, Marta, Vilmar e Giulia.

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MILENA MARASCA

O DESIGN CONTRA A VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E EMPODERANDO O PÚBLICO FEMININO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Design, Área de Ciências Sociais e Aplicadas, da Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Xanxerê, como requisito a obtenção do grau de bacharel em Design.

Aprovada em: / / _

BANCA EXAMINADORA

Prof. Juciele Fernanda Casagranda - Orientador Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Xanxerê

Prof. Esp.

Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Xanxerê

Prof. Esp.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a minha família, por toda paciência e força que tiveram ao longos desses quatros anos, me garantindo um futuro melhor.

Minha mãe Marta realizando não somente um sonho meu, mas também dela, por todo amor que me deu ao longo desses quatro anos e pelas batalhas do dia-a-dia onde nunca desanima, que eu tenha a mesma força e positividade ao longo de minha vida.

Ao homem da minha vida, meu pai Vilmar, por principalmente dar apoio total ao meu tema, mesmo tendo uma criação totalmente diferente. Por sempre me ajudar com todos e quaisquer problemas da vida e me mostrar que tenho mais força do que penso.

A minha irmã, Giulia, meu maior orgulho, agradeço por estar sempre disposta a me auxiliar com tudo e todos e por admirar minha profissão.

Meus sinceros agradecimentos a uma mulher incomparável, minha orientadora Juciele Fernanda Casagranda, por todo apoio e orientação quando tudo parecia confuso, este projeto não seria o mesmo sem sua ajuda, você é um espelho pra mim.

Agradeço a todas as mulheres fortes que me auxiliaram ao longo deste projeto, Sandra Abello, Cátia Rissi, Karen Galvagni, Tuany de Souza, Taise Trentin, Gabriela Gereli, Cintia Marques e Camila Fassina que dedicaram seus tempos e imagens para que esse projeto acontecesse.

Meus agradecimentos especiais a todos os professores com que pude aprender ao longo deste curso, que estavam sempre com o coração e mente aberta para me auxiliar.

Agradeço a todos os amigos e colegas que fiz durante esses quatros anos, vocês moram em meu coração.

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RESUMO

O presente projeto tem como intuito utilizar o design como uma ferramenta para realização de uma exposição fotográfica contra a violência que atinge as mulheres. Através de uma pesquisa online que foi aplicada no município de Xanxerê, Santa Catarina, foram coletados dados e relatos do público feminino, os dados mostram que a violência atinge quaisquer tipos de mulheres, independentemente de suas classes sociais, grau de escolaridade, etnias ou raças. Os relatos em formas de frases coletados foram utilizados como ferramenta de impacto e realismo nas fotografias, utilizando-se a técnica de arte luz para projetar as frases nos corpos das modelos e aplicando-se o antagônico dessas mesmas frases nas modelos como forma de empoderamento feminino. Com o resultado final foi realizado a exposição fotográfica na Câmara de Vereadores de Xanxerê, Santa Catarina, juntamente com uma identidade visual criada para a exposição e aplicada em diversos materiais. Acredita-se que o resultado final corresponde positivamente com a problemática apresentada tendo em vista o impacto causado na comunidade trazendo informação sobre o assunto e reiterando que o mesmo sempre deve ser discutido.

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ABSTRACT

This project aims to use design as a tool for a photographic exhibition against violence that hits women. Through an online survey that was applied in the municipality of Xanxerê - Santa Catarina, data and reports from the female audience were collected, the data show that violence affects any type of women, regardless of their social classes, educational level, ethnicity or race. Sentences of the collected reports were used as a tool of impact and realism in the photographs, using light art technique to project the sentences on the bodies of the models and applying the antagonic form of these same sentences in the models as a form of female empowerment. With the final result, a photographic exhibition was held at the City Council of Xanxerê, Santa Catarina, together with a visual identity created for the exhibition and applied to various materials. It is believed that the final result corresponds positively with the problem presented in view of the impact caused on the community bringing information about the subject and reiterating that it should always be discussed.

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Xanxerê 2019

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Metodologia Bruno Munari ... 24

Figura 2. Público-Alvo ... 26

Figura 3. Pesquisa online aplicada (Gráficos) ... 28

Figura 4. Dados e Relatos da Pesquisa ... 30

Figura 5. Mensagem final da pesquisa ... 32

Figura 6. Infográfico: Violência contra a mulher no mundo ... 34

Figura 7. Fotografias Sebastião Salgado ... 35

Figura 8. Fotografia artística ... 36

Figura 9. Fotografia artística expressão ... 37

Figura 10. Fotografia técnica arte luz. ... 38

Figura 11. Campanha Natura ... 39

Figura 12. Campanha Zaxy ... 39

Figura 13. A violência machista não é apenas física - Kafa ... 40

Figura 14. Typewriter: as letras da máquina de escrever ... 41

Figura 15. Painel inspirações de conceitos ... 42

Figura 16. Painel de esboços de poses fotográficas ... 43

Figura 17. Gerações de poses e cores. ... 44

Figura 18. Gerações de poses com aplicação da técnica arte luz ... 44

Figura 19. Gerações de poses com aplicação da técnica arte luz. ... 45

Figura 20. Frases selecionadas ... 46

Figura 21.Gerações com cores e frases de empoderamento ... 48

Figura 22. Estudo de fontes ... 48

Figura 23. Testes e making-ofs. ... 49

Figura 24. Fotos produzidas e selecionadas. ... 51

Figura 25. Fotos produzidas e selecionadas continuação ... 52

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Figura 27. Tipografia aplicada ... 53

Figura 28. Edição de fotos Photoshop ... 54

Figura 29. Detalhes técnicos ... 54

Figura 30. Edição Ligthroom ... 55

Figura 31.Fotos contrapostas editadas ... 56

Figura 32. Fotos contrapostas editadas ... 57

Figura 33. Geração de namings ... 58

Figura 34. Geração de marca e símbolo ... 59

Figura 35. Gerações marca exposição ... 59

Figura 36. Geração simbolo da marca ... 60

Figura 37. Esboço marca finalizado ... 61

Figura 38. Marca final e tipografia ... 61

Figura 39. Camiseta e marca-páginas ... 62

Figura 40. Stories de divulgação ... 63

Figura 41. Divulgação e debate do tema na sessão... 64

Figura 42. Planta Câmara de Vereadores ... 65

Figura 43. Corredor central e entrada ... 66

Figura 44. Desenho de construção 90x60 ... 67

Figura 45. Desenho de construção 1,20x80 ... 67

Figura 46. Fotos noite da exposição ... 69

Figura 47. Materiais presentes na exposição ... 70

Figura 48. Materiais e ambiente ... 71

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 12 2 BASES DO CONHECIMENTO ... 15 2.1 FUNDAMENTOS DO DESIGN ... 16 2.2 DESIGN GRÁFICO ... 17 2.3 DESIGN SOCIAL ... 18 2.4 DESIGN DE INTERAÇÃO ... 18 2.5 FOTOGRAFIA E SEMIÓTICA ... 18

3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE DESIGN ... 20

3.1 METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN ... 20

4 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN ... 23

4.2.1 PROBLEMA ... 24

4.2.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ... 25

4.2.3 COMPONENTES DO PROBLEMA ... 25

4.2.4 COLETA E ANÁLISE DE DADOS ... 25

4.2.5 PÚBLICO ALVO ... 25

4.2.6 A HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ... 32

4.2.7 FOTOGRAFIA E IMAGEM ... 34

4.2.8 TÉCNICA ARTE LUZ ... 37

4.2.9 EXPOSIÇÕES FOTOGRÁFICAS ... 38

4.3 SIMILARES ... 38

4.3.1 ESTUDO TIPOGRÁFICO ... 41

4.3.2 CRIATIVIDADE ... 42

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4.3.4 EXPERIMENTAÇÃO ... 64 4.3.5 MODELO ... 65 4.3.6 VERIFICAÇÃO ... 66 4.3.7 DESENHO DE CONSTRUÇÃO ... 66 5 SOLUÇÃO ... 68 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 73 REFERÊNCIAS ... 75

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1 INTRODUÇÃO

O presente estudo está vinculado ao curso de Design, pertencente a área das Ciências das Humanidades da Universidade do Oeste de Santa Catarina, como requisito para obtenção e título de Bacharel em Design.

Primeiramente inicia-se com o conceito de design. Design consiste em um processo de criação de algo, seja um produto ou até mesmo um serviço, com o foco nas necessidades do consumidor que irá atingir, tornando a vida dos mesmos mais descomplicadas. De acordo com Lobach (2001) o design faz parte de diversas áreas, como o que irá solucionar problemas já existentes, ou criar novidades para tal qual seja o nicho de mercado visando o consumo dos mesmos e buscando lucratividade para a empresa e sucesso no impacto do processo. Cada projeto de design é atrelado à uma ou mais funções que a mesma possui, função simbólica, prática ou estética, cada uma visando o intuito do produto ou serviço.

De acordo com Löbach (2001, p.16):

Podemos deduzir que o design é uma ideia, um projeto ou um plano para a solução de um problema determinado. O design consistiria então na corporificação desta ideia para, com a ajuda dos meios correspondentes, permitir a sua transmissão aos outros.

Segundo Munari (2001) na comunicação visual dividimos a mensagem que queremos passar em duas partes: uma é o texto, mensagem que será dita e a outra é o suporte visual que acompanhará e mesclará as duas fazendo com que a comunicação funcione.

O designer necessita também conhecer a problemática que envolve o tema contextualizando socialmente, economicamente e percebendo-se que o projeto de design vai além de entregar solicitações e sim em levar apelos de importância para a sociedade

Dentro do design abrange-se áreas como o design gráfico que será de suma importância para o presente projeto. Sabe-se que para exibirmos qualquer informação à um certo público é de parte de um designer e essa em específico se chama “comunicação visual”.

De acordo com Munari (2001, p. 65),

“Praticamente tudo que os nossos olhos veem é comunicação visual, uma nuvem, uma flor, um desenho, técnico, um sapato, um cartaz... imagens que como todas as outras tem um valor diferente

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segundo o contexto em que estão inseridas dando informações diferentes”.

O design gráfico consiste na chave principal para um projeto de comunicação visual. Segundo Tadashi (2011) o design gráfico tem o poder de deixar o mundo mais socialmente justo, pois o conceito dele se ampliou com a inserção do mesmo no dia a dia das pessoas.

Design gráfico dá o poder de auxiliar com movimentos sociais, preocupações e lutas sobre algo ou algum tema nos dias de hoje, encaxa-se perfeitamente na luta contra a violência, em prol das mulheres, alinhando a comunicação visual que adquiri-se a partir do gráfico pode- se repassar todas as ideias e falas que mostra-se tanto em ambientes sociais como a internet como privados. O design gráfico abre novas portas trazendo projetos estratégicos que podem servir como conscientização para tal tema.

Conforme Tadashi (p. 73),

[...]um fenômeno que está circunscritivo nesses trabalhos é uma tendência que se tornou forte nos anos 1980 e 1990: o designer não mais apenas como um mediador entre determinado cliente e seu público- alvo, mas também como criador tanto da forma como conteúdo, refletindo sua visão de mundo e sendo utilizado com determinados propósitos.

Dentre isto, o autor considera que além da função principal, o designer também tem como função retratar sua visão de mundo para cunhos sociais partindo-se do princípio de atingir seu público para tal assunto e ter sucesso com isto.

Neste projeto pode-se contar com o design gráfico como papel principal para refletir problemas sociais como o da violência contra a mulher que auxilia a moldar tal ideia e ficar mais próxima ao público que pretendente a atingir-se.

Partindo do tema: o design e a fotografia aplicados em uma exposição real em denúncia contra a violência em prol das mulheres, obteve-se o problema: de que forma o design pode contribuir para despertar a percepção da violência psicológica sofrida pelas mulheres nos dias de hoje?

Nota-se que há uma construção, uma imagem social de inferioridade das mulheres diante do masculino. A ideia de submissão feminina reforçada pelo machismo e patriarcado, é um dos motivos pelos quais as violências ocorrem. Os tipos de agressões são, moral, quando há humilhações, xingamentos e desprezo à figura feminina. A violência psicológica, desiquilibra a mulher emocional e psicologicamente.

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De acordo com o Fórum brasileiro de segurança pública, em 2018, 1.6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no Brasil, enquanto 22 milhões (37,1%) de brasileiras passaram por algum tipo de assédio psicológico.

Conforme DA SILVA (2007, p. 101)

[...] dificilmente, a vítima procura ajuda externa nos casos de violência psicológica. A mulher tende a aceitar e justificar as atitudes do

agressor, protelando a exposição de suas angústias.

Partindo disso, é de suma importância discutir-se sobre as relações entre homens e mulheres. Acredita-se que o desenvolvimento das fotos alinhadas à semiótica, exposição e desenvolvimento com os conteúdos gerados durante a pesquisa e execução estimule a denúncia e reflexão, tanto do público feminino que é afetado, quanto de quem hoje não parte a denúncia por conta de receio, como os demais familiares ou amigos.

Segundo OPAS/OMS a violência por parte do parceiro, é uma das formas mais comuns de violência contra a mulher e inclui abuso físico, sexual e psicológico. Ocorre em todos os lugares e entre todos os grupos socioeconômicos, religiosos e culturais.

O abuso psicológico ou emocional ocorre-se quando o homem, neste caso, expõe a mulher a um comportamento que pode se suceder em perturbações psicológicas.

“A rotina da mulher que sofre abuso psicológico é de constante medo, onde ela nunca sabe qual será o próximo passo do companheiro, se ele ao chegar à casa trará flores ou se irá, mais uma vez, afirmar sua condição de subordinada e “estúpida” – ainda que satisfaça todos os seus desejos, ele nunca estará satisfeito e sempre encontrará uma maneira de atacá-la quando chegar do trabalho”. (MILLER, 1999, p. 53).

Através de um estudo aprofundado em fotografia publicitária o desafio será repassar a “dor” psicológica que o público feminino sofre na profissão, na sociedade ou até mesmo e principalmente, no lar, como ela pode atingir diretamente na autoestima conquistas pessoais e evolução de uma mulher.

O objetivo geral deste projeto consiste em transpassar a violência psicológica que costuma estar presente na vida das mulheres através de uma exposição fotográfica que estimule a denúncia e afete os demais públicos a compreenderam mais sobre o assunto.

Para tanto, definiu-se o objetivo geral deste estudo: promover uma exposição fotográfica real em denúncia contra a violência em prol das mulheres, para que este seja atendido, alguns objetivos específicos foram definidos: a) pesquisar sobre, design, design gráfico, design de

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interação, design social e fotografia; b) analisar taxa de violência contra a mulher nível brasil; c) compreender de que maneira o design pode auxiliar na denúncia a violência psicológica contra as mulheres; d) desenvolver uma exposição fotográfica com objetivo de percepção e incentivo à denúncia.

Para compreensão de tal estudo e chegar aos resultados é necessário o uso de métodos de pesquisa. Para Strieder (2009, p. 44), “O método é uma forma ou maneira de realizar uma ação.”

O uso de métodos são de suma importância para se chegar as respostas que surgem em decorrência do trabalho. Como forma de abordagem, optou-se pelas seguintes metodologias de pesquisa: pesquisa exploratória, pesquisa documental, pesquisa bibliográfica, pesquisa qualitativa e pesquisa semiestruturada, onde se estruturarão de melhor entendimento ao decorrer deste trabalho.

Neste presente projeto, para também de chegar a um resultado específico é necessário uso de metodologias de design. Munari (2001) cita que o designer deve se definir em primeiro lugar o problema como um todo e definir os limites dentro dos quais se vai trabalhar, por isso a importância de uma metodologia de design. Como metodologia de projeto de design definida será utilizado a metodologia de Bruno Munari pois é flexível e pode-se aquedar ás mudanças ou acréscimos conforme o tema e desenvolvimento.

A monografia é composta por quatro capítulos em sua estrutura, e organizadas da seguinte maneira: no capítulo I a Introdução, onde entende-se o tema, problema, o objetivo geral, os objetivos específicos e a justificativa deste projeto, além de apresentar a metodologia de pesquisa e a metodologia de design que será aplicada; no capítulo II as Bases do Conhecimento, dirigindo estudos bibliográficos associados a pesquisa e desenvolvimento do mesmo; no capítulo III é aplicada a metodologia projetual definida, por final, o capítulo IV apresentando os resultados, a solução da problemática e as considerações finais do projeto.

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2 BASES DO CONHECIMENTO

O presente capítulo exibe as pesquisas bibliográficas referentes as áreas do design, são elas: design, design gráfico, design social, design de interação e fotografia e semiótica. Com o objetivo de melhor entender o tema proposto buscou-se essas bases de conhecimento para fundamentarem e nortearem o projeto da mais correta forma.

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2.1 FUNDAMENTOS DO DESIGN

Para entender-se de uma forma geral sobre como funciona, o que é e o que faz um designer, pode-se usar um exemplo comum do dia a dia, em cada tarefa, por mais simples que seja executada no cotidiano se aplica o design, desde seu despertador que toca pela manhã, a estampa da camisa que veste ao desejo de ter um produto, isso tudo é possível por cota do design.

Segundo Löbach, (2001, p. 16) “o design é a forma de solucionar um certo problema, ou seja, é a materialização de uma ideia com o auxílio de ferramentas como croquis, projetos, amostras e/ou modelos que tornem compreensível a solução de um determinado problema”.

O designer é responsável por tornar a vida humana cada vez mais fácil e prazerosa, seja ele aplicado à um produto industrial, seguindo metodologias para tal segmento, ou um serviço que tenha apelo social, transmitindo uma ideia.

Segundo Gurgel (2005, p. 25) design é:

A arte de combinar formas, linhas, texturas, luzes e cores para criar um espaço ou objeto que satisfaça três pontos fundamentais: a função, as necessidades objetivas e subjetivas dos usuários e a utilização coerente e harmônica dos materiais

Tendo em vista a resolução dos problemas do público-alvo, uma das funções do designer é também melhorar um produto ou serviço existente e sempre, de qualquer forma, estar integrado às novidades da tecnologia e da evolução humana.

O design possui várias áreas de atuações científicas ou sociais, sendo elas:

Design gráfico, que é o segmento mais conhecido mundialmente, responsável pela comunicação visual, sendo elas impressas ou digitais, focando principalmente em materiais publicitários. O profissional, designer gráfico utiliza a tecnologia a seus favor, com ferramentas próprias para criação utilizadas mundialmente.

O Design digital é uma das áreas mais recentes, pois é focado em tecnologia, podendo atuar em desenvolvimento de games, sites e aplicativos, até gerenciamento de mídias sociais internamente ou através de terceirização.

O profissional designer de produto ou mais conhecido como designer industrial é atuante nas áreas de projeção de novos ou reformulação de produtos já existentes, é responsável

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pela forma do produto até a rotulagem, tendo que ter conhecimento vasto em matérias-primas, fabricação, apelo sustentável e principalmente criatividade.

2.2 DESIGN GRÁFICO

O design gráfico é uma das áreas mais conhecidas mundialmente por atingir todo e qualquer público independente de classe ou região, é responsável pelos mais simples aos mais complexos tipos de comunicação, sendo eles digitais, materiais impressos ou até mesmo serviços.

A comunicação visual baseia-se em uma mensagem transmitida através de palavras, fotografia, ilustrações e formas.

Meggs e Purvis (2009, p.10 apud Corso, Antonioli Francini, 2016, p.15) citam que:

[...] as pessoas buscam maneiras de dar forma visual as suas ideias e conceitos, armazenar conhecimento sob a forma gráfica e trazer ordem e clareza as informações. No curso da história, essas necessidades foram atendidas por diversas pessoas, entre as quais escribas, impressores e artistas.

O papel do designer gráfico também se baseia e transmitir uma comunicação bem feita ao público em geral, atingindo, claro, o público específico.

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2.3 DESIGN SOCIAL

O design em si é uma tendência que se propaga nos diversos meios sociais, auxiliando na sobrevivência e desenvolvimento da humanidade na sociedade vigente. O mundo evolui como nunca e o papel do designer no âmbito social é compreender as necessidades e problemas sociais com rapidez para atender tais imposições.

Ainda segundo Corso (2016, p. 17) o trabalho social de um designer tem um papel essencial na comunicação levando o produto ou serviço ao público transmitindo mensagens e mostrando estilos culturais que também venham a influenciar socialmente, politicamente e economicamente, trazendo conceitos de tal comunicação e consequentemente agregar valor aos mesmos.

2.4 DESIGN DE INTERAÇÃO

Inicia-se contextualizando sobre o conceito de interação alinhado ao design, o design de interação é uma das áreas da comunicação, que está diretamente ligado ao consumidor e seus atos, basicamente consiste em projetar produtos interativos levando em conta qual será a percepção do usuário, onde será aplicado e como serão utilizados.

Segundo Garrett (2010, p. 10), “todo produto que é usado por alguém envolve uma experiência de usuário: jornais, ketchup, poltronas reclináveis, blusas cardigãs”.

Ressalta-se a importância da experiência que o design de interação proporciona a este projeto, por exemplo, em uma exposição é possível termos variados tipos de experiências, uma delas que são de interesse são interações digitais por meio de redes sociais ou até mesmo para se captar feedbacks da exposição, tipos de recados ou assinaturas, numa exposição por exemplo é possível contarmos com quadros de assinaturas, assim o artista tem um feedback do público em mãos juntamente com a interatividade do público que irá escrever.

2.5 FOTOGRAFIA E SEMIÓTICA

A fotografia consiste em capturas que transformam os momentos, situações, e as reações em imagens, ela guarda pra sempre um instante fazendo com que se torne eterno. A fotografia

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pode ser denominada com uma das raízes do design, pois eles caminham junto, mesmo o design tendo um apelo mais comercial e a fotografia emocional, eles estão unidos.

Por conta dos avanços tecnológicos a fotografia abre portas para a melhoria de qualidade, qualificação dos profissionais e otimização de instrumentos, isso faz com que a fotografia tenha um poder de acessibilidade, coisa, que no início somente classes sociais avançadas que tinham oportunidades de ter em mãos fotografias ou até mesmo ensaios. Isso se dá também para a indústria e o design, a fotografia é uma grande aliada na publicidade e comercialização de produtos e serviços.

Pires (2005, p. 169) salienta que:

O estudo da semiótica da fotografia é uma área do conhecimento que está diretamente relacionada aos estudos da semiótica da imagem. Ao seguir essa rota teórica, a semiótica da fotografia discorre a respeito do caráter significativo da imagem, sua função cognitiva, seu contexto linguístico, sua relação com a percepção, seu caráter convencional, entre outros temas.

Entende-se que a fotografia por si só já quer passar uma mensagem, com variados tipos de emoções, aliando a fotografia com a semiótica é possível encontrarmos uma comunicação melhor com quem está vendo a fotografia.

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3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE DESIGN

Para execução deste projeto é necessário a utilização de uma ou mais metodologias de design, para que através de métodos, pesquisas e gerações se compreenda como funciona um projeto e como se pode atender às necessidades pré-estabelecidas.

Munari (2008, p.11) cita que: “A série de operações do método de projeto é formada de valores objetivos que se tornam instrumentos de trabalho nas mãos do projetista criativo”. De tal maneira percebe-se que o uso de uma metodologia de design auxilia na complementação ao longo de um projeto.

Sobre a metodologia e suas sequências Munari (2008, p.11) ainda reitera que: [...] pode ser modificado caso encontre outros valores objetivos que melhorem o processo”. Compreende- se que a metodologia serve como um caminho indicativo para que não haja erros durante a execução do projeto, entretanto o autor ressalta que pode-se haver mudanças ao decorrer, como acréscimos de etapas que são importantes para tal tema ou retirada de certas etapas pois podem não se aplicar ao tema ou não acrescentarem ao longo do desenvolvimento do mesmo.

3.1 METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN

A metodologia desenvolvida por Munari (2011) é definida em 12 passos: Problema, Definição do Problema, Componentes do Problema, Coleta de Dados, Análise de Dados, Criatividade, Materiais e Tecnologias, Experimentação, Modelos, Verificação, Desenhos construtivos e Solução. Para melhor resolução e desenvolvimento deste, as etapas Coleta de Dados e Análise de dados se unirão, fazendo com que se torne mais sucintas as ações ao decorrer dessas duas etapas.

PROBLEMA

Nesta etapa é onde primeiramente se define o problema e suas limitações para se trabalhar, auxiliando logo após no entendimento e desenvolvimento das próximas etapas.

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Logo após de definir o problema do projeto, define-se as questões que implicam no desenvolvimento do mesmo, sendo elas, como exemplo, delimitações.

COMPONENTES DO PROBLEMA

A próxima etapa é elencar quais os itens que fazem parte deste problema, quais serão as pesquisas e o que serão analisadas nelas para encontro da solução.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Na presente etapa ocorre a junção da Coleta de dados e Análise no mesmo item para um melhor entendimento dos itens pesquisados e analisados. Nela são realizadas pesquisas de todos os componentes dos problemas listados anteriormente buscando similares já existentes e de que maneira foram realizados, auxiliando no encontro da solução do projeto. Após os dados coletados se realiza a análise de ambos, fazendo com que algumas informações se filtrem para auxílio da próxima etapa.

CRIATIVIDADE

Nesta etapa é onde surgem possíveis soluções para o projeto. Analisa-se a pesquisa e retira-se pontos importantes a serem usados como referência no desenvolvimento da criatividade, sendo realizados esboços e aperfeiçoando ideias traçadas ao longo das etapas anteriores.

MATERIAIS E TECNOLOGIAS

Na presente etapa é realizada pesquisa e análise de materiais e/ou processos que podem ser aplicados ao projeto e qual será a mais adequada para se chegar a solução.

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Essa fase é composta das realizações de testes e desenvolvimento de modelos ainda não finalizados, ocorrendo testes e análises a fim de encontrar melhores alternativas para o projeto final.

VERIFICAÇÃO

É nesta fase que os modelos desenvolvidos na etapa anterior são testados e analisados, elencando fatores essenciais para a solução. Deve-se analisar se todo o desenvolvimento até aqui segue de acordo com o que foi proposto nas primeiras etapas da metodologia se os objetivos estão sendo alcançados, alterações a serem feitas ou melhorias.

DESENHO DE CONSTRUÇÃO

Nesta etapa é onde a estruturação do projeto se firma a fim de exemplificar os termos técnicos específicos para o projeto desenvolvido.

SOLUÇÃO

A última etapa é a solução. Essa solução deve atender todas as etapas anteriores executadas, contendo os ajustes necessários para que o problema proposto enfim tenha a melhor solução.

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3.2 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN

A metodologia de projeto de design tem suma importância para que se possa atingir metas, alcançar um desenvolvimento completo e chegar a um resultado satisfatório para o que foi proposto. Para o progresso desta monografia se utilizará a metodologia de Munari (2001) que tem como um dos principais objetivos, facilitar o processo de criação de um projeto a ser executado, fazendo com que diminua proporcionalmente a taxa de erros durante o mesmo.

Sobre metodologia, Munari (2008, p.10) cita que “o método de projeto não é mais do que uma série de operações necessárias, dispostas em ordem lógica, ditada pela experiência”. Diante disto, percebe-se que o processo da metodologia serve para que se haja um melhor atendimento do objetivo e auxilie no processo para que sejam cumpridas em ordem correta. Deve-se seguir as etapas da metodologia corretamente, logo após o designer poderá aplicar o foco nas soluções artísticas estabelecidas, graças às etapas que fazem com que fique mais fácil a chegada na solução.

Portanto, faz-se necessário a aplicação da metodologia de Munari (2001) com a finalidade de atender o objetivo desse projeto que baseia-se em: Desenvolvimento de fotos e exposição fotográfica promovendo o impacto com dados sobre violência psicológica e trazendo o empoderamento do público feminino.

A metodologia criada por Bruno Munari, consiste em doze etapas complexas e objetivas que buscam a facilidade na aplicação de um projeto. São elas: problema, definição do problema, componentes do problema, coleta de dados, análise de dados, criatividade, materiais e tecnologia, experimentação, modelo, verificação e desenho de construção. Conforme apontado na figura 01.

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Figura 1. Metodologia Bruno Munari.

Fonte: O Autor (2019).

3.2.1 PROBLEMA

O problema, é a primeira etapa da metodologia de Bruno Munari, quando se tem conhecimento do projeto que virá a seguir e o que faz-se necessário conhecer para se dar iniciação ao projeto solução. Conforme preza Munari (2008, p.32)

É necessário, portanto, começar pela definição do problema, que servirá também para definir os limites dentro dos quais o projetista deverá trabalhar.

Como problemática define-se como o design pode contribuir no desenvolvimento de uma exposição fotográfica no combate à violência psicológica que auxilie na autoestima da mulher.

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3.2.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Desenvolver um ensaio e exposição fotográfica como forma de combate à violência psicológica, além de auxiliar na autoestima e empoderamento do público feminino, utilizando- se do design como propagador da informação por meio de fotografias.

3.2.3 COMPONENTES DO PROBLEMA

Para os componentes o problema desmembrou-se nos itens:

- Público-alvo;

- Violência psicológica; - Projetos similares;

- Fotografia e exposição fotográfica; - Identidade visual;

3.2.4 COLETA E ANÁLISE DE DADOS

A etapa de coleta e análise de dados inicia-se com a importância de ressaltar-se a aplicação de tal projeto.

A presente etapa tem como intuito pesquisar o que se foi elencado na etapa componentes do problema, avaliar projetos similares, entendendo o que se tem no mercado, hoje, referente ao tema, além de levantar dados e testemunhos do público feminino sobre o tema. Analisar dados nacionais e estaduais sobre a violência contra a mulher e analisar tudo o que será feito na mesma etapa. Sendo assim, fundamental para conseguir informações, validações e avaliações, chegando a implementação ou realização do projeto fotográfico.

3.2.5 PÚBLICO ALVO

Ao longo de séculos esse “problema” vem sendo questionado por atingir quaisquer camadas sociais, graus de escolaridade, etnias, raças ou localidades, por isso entende-se que o a violência psicológica contra a mulher é assunto que deve-se sempre ser abordado, percebendo- se assim, que o design transforma-se como ferramenta no auxílio do combate e quebra disto.

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É de suma importância ressaltar também, sobre o impacto que a violência psicológica ou violência moral causa em uma mulher. A Lei Maria da Penha em seu artigo 7º, Inciso II descreve a violência psicológica como:

"II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;"

É possível notar que além dos atos da violência psicológica esconderem feridas profundas que podem desencadear crises de ansiedade, também são responsáveis pela baixa autoestima, por prejudicar o desenvolvimento social, intrafamiliar e profissional de uma mulher e até mesmo levar a depressão profunda, sendo considerada como doença e necessitando além dos tratamentos, psicológicos de autoajuda de medicação controlada.

Figura 2. Público-Alvo.

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Partindo do pressuposto que a violência psicológica atinge variadas camadas sociais femininas, diferentes tipos de cores, etnias, classes sociais, culturais e até mesmo opções sexuais, na figura acima é possível notar-se que quaisquer mulheres são atingidas pela violência, seja ela internamente familiar ou perante a sociedade, com desconhecidos.

Segundo a Central de Atendimento à Mulher (180), serviço que tem como objetivo receber ligações com denúncias e prestar orientações às mulheres, em 2016, 31,10% das mulheres relataram sofrer violência psicológica e 6,51%, violência moral, geralmente no ambiente familiar. É importante reiterar que os níveis e dados de denúncias por violência psicológica são absurdamente pequenos, por conta da desinformação do público e a dificuldade de percepção e identificação de como ocorre tal violência, tanto por conta do sistema em que vive-se e pela falta de comunicação e voz ao público feminino.

Auxiliando a esclarecer o ponto que deve ser seguido para que se possa encontrar uma condição deste projeto, foi-se criada uma pesquisa entrevista semiestruturada que tem como formato um formulário online. Com um formulário online produzido é possível efetuar-se pesquisas de múltipla escolha, perguntas com respostas discursivas, comentários entre outras opções.

A pesquisa foi aplicada a um público feminino da região de Xanxerê SC, com auxílio e apoio do Coletivo Janete Cassol, grupo de mulheres e homens que auxiliam a comunidade Xanxerense no combate a quaisquer violências contra as mulheres.

Segundo a coordenadora do Coletivo, Galvagni (2019):

Essa necessidade de criar um movimento de mulheres, em uma região extremamente machista, veio de um estudo em nosso município de como estavam atuando as violências. A força para evitar mais feminicídios, está na mobilização social. É uma causa urgente e inadiável. Por isso estamos convidando a comunidade a se fazer sempre presente na luta, nos encontros de partilha promovidos pelo coletivo Janete Cassol.

As perguntas aplicadas ao formulário online foram mais breves e de fácil compreensão ao público, foram formuladas oito perguntas, havendo uma compreensão mais rápida e efetue- se por completo o preenchimento dos campos, não ficando maçante por questão literária, porém, também pelo assunto, que deve ser abordado de uma forma mais leve em que as mulheres se sintam à vontade para responder. Foram coletadas o total de quarenta e uma respostas.

Com uma mensagem de boas-vindas a pesquisa conta com uma breve explicação sobre o intuito, falando que auxiliará no desenvolvimento de um trabalho de conclusão com o tema

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“Violência psicológica contra as mulheres” Essa é uma breve pesquisa que auxiliará no desenvolvimento de um trabalho de conclusão de curso, com o tema: Violência psicológica contra as mulheres”, além de conter uma observação falando sobre como a pesquisa não coletará nenhum dado pessoal, sendo de suma importância para que se obtenha a sinceridade do público feminino com a pesquisa.

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Fonte: O Autor (2019).

Os gráficos do lado direito mostrar as porcentagens de cada opção de resposta inclusa no questionário.

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Fonte: O Autor 2019.

Como citado anteriormente, é possível entender-se que a violência psicológica afeta o público feminino em geral, por esse motivo as perguntas que constaram na entrevista semi- estruturada foram as acima, com intuito de perceber-se e confirmar-se que a violência afeta todo o público feminino independente de qualquer característica social, porém, é de suma importância ressaltar que a o formulário foi respondido por mulheres Xanxerenses.

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Após efetuada a pesquisa, ressaltando-se aqui uma das partes mais importantes desse formulário foi a mensagem colocada ao final, onde foram recebidos os seguintes comentários (principais):

Figura 5. Mensagem final da pesquisa.

Fonte: O Autor 2019.

O feedback recebido ao final da entrevista demonstra o quanto essas mulheres que sofreram algum tipo de violência psicológica necessitam de apoio e representatividade, precisam reerguer sua autoestima e se sentirem acolhidas.

A HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Para auxiliar no desenvolvimento de tal projeto é importante conhecer-se sobre o histórico da violência contra a mulher no Brasil. Durante a história de colonização do Brasil, época que surge-se então, as “famílias brasileiras” formando-se um modelo de família, tal qual foi seguido ao passar dos tempos, juntamente surge-se o termo “patriarcal”, cujo significado, conforme FERNANDES, (Brasil Escola)... “caracteriza-se por ter como figura central o patriarca, ou seja, o “pai”, que é simultaneamente chefe do clã (dos parentes com laços de sangue) e administrador de toda a extensão econômica e de toda influência social que a família exerce”.

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Percebe-se então, que o termo foi tomado com o significado de “organização social” sendo o líder da família do sexo masculino, geralmente a figura de pai, o homem era visto como a força e ação e a mulher como a fragilidade e passiva.

Analisando-se o público feminino, percebe-se que a violência atinge não somente níveis culturais, de escolaridade ou socioeconômicos específicos, e sim, todas as classes em geral, provando-se novamente como justificativa do presente projeto ser aplicado. A ideia do projeto partiu-se com a percepção que o design é uma ferramenta importante para comunicação de ideias e causas.

Quando compreende-se o significado de violência, é de suma importância entender-se sobre violência de gênero, que neste caso, e muito mais comum, é a violência do masculino contra o feminino, quando se há uma relação familiar, conjugal ou social com uma mulher que é violentada. Atinge então, o público das mulheres por serem do sexo feminino, compreende- se como os homens mantendo o controle psicológico, social, financeiro, amoroso ou até mesmo no âmbito do trabalho sobre as mulheres.

Referente aos tipos de violência que atinge as mulheres, CASIQUE (2006) cita que:

A violência psicológica ou violência emocional ocorre através da rejeição de carinho, ameaças de espancamento à mulher e seus filhos, impedimentos à mulher de trabalhar, ter amizades ou sair; por sua vez, o parceiro lhe conta suas aventuras amorosas e, ao mesmo tempo, a acusa de ter amantes.

Compreende-se que além dos dados mostrarem que a maioria de queixas sobre violência psicológica surgem-se do âmbito familiar afetando o público feminino de várias formas em principalmente seu crescimento pessoal, ressalta-se a importância do reconhecimento desse ato de violência também em outras dimensões e atribuições sociais.

Quando se há maus-tratos, as consequências aplicadas às mulheres são psicológicas submetendo-se a estresse crônico, o que resultará em doenças físicas ou servirá como estímulos de outras já existentes na mulher. Alguns sintomas que podem-se tornar visíveis por conta da violência psicológica e estresse emocional são ansiedade, cansaço, tristeza, problemas com o sono e/ou alimentação, depressão entre outros [OLGA CARMONA, 2017].

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Figura 6. Infográfico: Violência contra a mulher no mundo.

Fonte: Arte Terra (2014)

É perceptível perante a sociedade as marcas que a violência psicológica, em específico, deixa nas mulheres somente após notar-se os problemas “palpáveis” que são apontados pelo próprio público que sofre, que culmina em abalo da autoestima e confiança feminina em quaisquer circunstâncias. Segundo o Datafolha (2018): somente em janeiro de 2018 o assédio no trabalho foi relatado por 15% das mulheres brasileiras.

3.2.7 FOTOGRAFIA E IMAGEM

Estabelece-se a importância da fotografia alinhada ao design na comunicação com a sociedade, os mesmos auxiliam e funcionam como uma ferramenta com alto poder de atingir a sociedade e os públicos pré-estabelecidos.

Em conformidade, Vilém (2002), p. 9) cita que:

Imagens são mediações entre homem e mundo. O homem “existe”, isto é, o mundo não lhe é acessível imediatamente. Imagens tem o propósito de representar o mundo. Seu propósito é serem mapas do mundo, mas passam a ser biombos.

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Afirma-se que a imagem tem o poder de retratar momentos, sentimentos e lugares, a fotografia contribui para que a mensagem chegue ao receptor interpretada corretamente segundo o intuito que quer se passar. Segundo Lansen (2013):

A invenção da fotografia alterou para sempre o comportamento público e as relações em sociedade. Antes dela, alguém podia, por exemplo, participar de uma manifestação contrária ao governo e simplesmente alegar, depois, que não estivera lá (a menos, é claro, que fosse preso em flagrante, o que não era nada incomum, nos dias dos monarcas absolutos).

Partindo da confirmação que a fotografia tem o poder de contar histórias e gerar sentimentos, é importante ressaltar-se que ela deve conter significados, conceitos e imprimir sensações. Acima de tudo, faz-se necessário ter um olhar aplicado as situações do momento, registrando de maneira exclusiva um sentimento ou ação, transmitindo, ao final a emoção.

Figura 7. Fotografias Sebastião Salgado

Fonte: Sebastião Salgado.

Nota-se o poder da imagem nas fotos de Sebastião Salgado para o seu livro (Gênesis), os sentimentos das três mulheres são representados através da fotografia artística em preto e branco, fazendo com que a mensagem seja transmitida corretamente. O autor explora os filtros aplicados às imagens, suas cores remetem ao tipo de sentimento retratado posições dos

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“modelos” e feições, que são de suma importância no momento de retratar histórias, transmitir sentimentos ou impactar pessoas.

Existem mais de vinte tipos de fotografia que são aplicados hoje, como forma de reconhecimento da mensagem que se quer transmitir, entre elas são:

 Fotografia de Retrato;  Fotojornalismo;  Fotografia Publicitária;  Fotografia Infantil;  Fotografia de Moda;  Macrofotografia;  Microfotografia;  Fotografia Artística.

Figura 8. Fotografia artística

Fonte: Fotografia Mais

A fotografia Artística é composta por várias técnicas e é uma das principais formas atuais artísticas de expressão. Ela representa a forma como alguém vê o mundo através das lentes.

As cores representadas nelas geralmente são escalas de cinzas, pretas e brancas e coloridas, além da foto luz que será apresentado nos próximos capítulos. As sombras possuem drama e pavor de forma automática. São excelentes formas de expressar o medo, solidão

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As fotos em branco e preto geral parecem são dramáticas e trágicas trazem a ideia de conflitos e contradições.

As fotografias coloridas são mais amenas, e contidas: elas causam um registro "mais natural".

Figura 9. Fotografia artística expressão

Fonte: Fotografia Mais

3.2.8 TÉCNICA ARTE LUZ

A técnica Arte Luz, é uma técnica pouco conhecida popularmente, consiste em fotografias de humanos ou objetos que são interferidas por feixes de luzes ou desenhos, formas e palavras retratados através desses feixes. Segundo as postagens na rede social do Creative Director e Artist Tarek Mawad, o estilo é minimalista e sintetizador.

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Figura 10. Fotografia técnica arte luz.

Fonte: Tarek Mawad 2018

O estilo fotográfico é feito por meio de luzes naturais ou artificias, furos em paredes, lazers ou retroprojetores são instrumentos que auxiliam no momento da fotografia. Nesse estilo também é ressaltado as sombras dos modelos.

3.2.9 EXPOSIÇÕES FOTOGRÁFICAS

Uma exposição, seja ela de qualquer produto tem como principal objeto espaço onde objetos de arte, fotografias ou outros tipos de trabalhos são expostos indo de encontro a um público, específico ou não, dependendo do local, é normalmente organizada com um período de tempo definido. As exposições fotográficas tem como objetivo geral transmitir o trabalho realizado, juntamente com uma mensagem social que essas fotos levam. Elas podem ser realizadas em ambientes externos ou internos, as fotografias variam de tamanho, conforme o impacto que se quer trazer em cada uma.

Figura 12 Exposições

Fonte: O Autor

Na exposição fotográfica também deve conter uma biografia do autor ou fotógrafo juntamente com uma descrição sobre o projeto, fazendo com que os visitantes antes de serem

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impactados entendam o tema.

3.3 SIMILARES

A pesquisa de projetos similares, se destaca pois nela é possível analisar o público e todas as informações importantes que devem constar nesta etapa. Ela serve como um guia para entender-se de tendências dirigido ao tema, a maneira com que a comunicação chega ao público

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e muitas vezes serve como inspiração ao despertar ideias para o desenvolvimento do resultado final.

Figura 11. Campanha Natura

Fonte: Natura (2019).

Na campanha “Sou mais que um rótulo” da empresa de cosméticos Natura é possível perceber-se a diversidade da mulher, que é muito importante na luta em prol do empoderamento e evolução da autoestima do público feminino.

Figura 12. Campanha Zaxy.

Fonte: Zaxy (2017).

Em busca de saber se as mulheres reconhecem seus poderes, a Zaxy criou em 2017 a campanha “Qual é o seu poder?” com intuito de despertar o olhar crítico das mulheres sobre elas mesmas, porém, de uma forma boa, fazendo com que reconheçam seus lados bons e que se orgulhem por ser assim, uma mensagem de empoderamento feminino.

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A mensagem de empoderamento a ser passada pode surgir de várias maneiras, como nos casos acima utilizando da imagem de famosos nas redes sociais, porém, essa mensagem também pode ser trazida com experienciais mais “reais” trazendo um impacto maior ao público que se pretende atingir e a sociedade. Muitas vezes para que essa comunicação chega ao certo público a estratégia de impacto é utilizada para chamar a atenção de antemão despertando o olhar do espectador e abrindo chances de passar a mensagem completa sobre o assunto.

Figura 13. A violência machista não é apenas física - Kafa.

Fonte: El País (2016).

Na campanha acima a empresa Kafa utilizou da estratégia de impacto para chamar a atenção do público e transmitir a mensagem que a violência contra mulher não é somente a física, mostrando nas imagens as marcas de sons que ficaram nelas, os sons de palavras e frases violentas que ouviram durante a vida.

A interatividade é outro recurso aliado à exposições fotográficas de campanhas como visto. Além do impacto visual que a fotografia deve trazer, tratando do tema violência psicológica contra as mulheres ela também pode e deve trazer alguma atividade ou recurso que seja interativo, fazendo com que o público engaje melhor com o projeto.

Nota-se que com o avanço da tecnologia as exposições fotográficas ou artísticas são complementadas com a interatividade, fazendo com que o público foque mais na mensagem a ser transmitida e que se destaque entre meio a outras exposições, causando sensações e percepções diferentes.

Sendo assim, notando-se o poder do design e a fotografia alinhados como ferramenta de transmissões de mensagens, impactos ou sentimentos.

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3.3.1 ESTUDO TIPOGRÁFICO

O estudo tipográfico auxilia nas escolhas de fontes que se adequem a cada estilo de fotografia, material aplicado e ao resultado final, fazendo com que o projeto siga um padrão visual e uma estrutura. As fontes possuem classificações, são estilos existentes dentro de cada fonte primária e a maioria das tipografias possuem essas quatro: (sem serifa), Serif (com serifa), Script (simula a escrita à mão) e Dingbat (com símbolos diversos no lugar das letras do alfabeto), essas são pouco utilizadas no mundo do design publicitário.

Existem milhares de tipografias utilizadas em materiais gráficos, online e até mesmo em fotografias, suas aplicações depois de prontas ou durante a produção. Umas das tipografias utilizadas durante tempos que foi uma das primeiras que marcaram a era da escrita com a criação do datilógrafo é a fonte que surgia em matérias datilografados, como documentos, noticiários, jornais e até mesmo livros.

Figura 14. Typewriter: as letras da máquina de escrever

Fonte: Typewriter (2007).

Que lembram essa fonte existem muitas variações para compra ou gratuitas que possam se utilizar, elas geralmente são utilizadas em materiais que transmitem algo mais sério e com pouca escrita pois é uma fonte com serifa e mais pequena.

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3.3.2 CRIATIVIDADE

A fase de criatividade é onde a projeto inicia com seus primeiros modelos com foco em adquirir uma solução. Sendo assim, após avaliação de similares, foi realizado a elaboração de gerações de alternativas com foco em fotografias, aplicando-se mais tarde, as frases pré- estabelecidas geradas na pesquisa semiestruturada.

Com base no perfil de público-alvo, é importante estar presente durante o desenvolvimento do ensaio fotográfico e exposição alguns conceitos, sendo elencados como: empatia, autoestima, conscientização e impacto. Os conceitos associados a este projeto se devem a partir do estudo feito sobre a violência psicológica contra as mulheres

Figura 15. Painel inspirações de conceitos

Fonte: O Autor (2019).

Na figura 15 é possível notar a ausência de cores contrastantes, simbolos femininos e imagens de mulheres, além de ilustrações, o painel busca representar os conceitos estipulaodsos como empatia, autoestima, conscientização e impacto. Após verificação dos similares é de possível aplicação no ensaio fotográfico os relatos coletados durante o processo de conhecimento do público alvo e dados da violência. Uniu-se então a fotografia do corpo feminino, que por sua vez traz como ideia principal o feminino

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íntimo, pois o corpo faz parte do bem maior de uma mulher, algo que nasce e morre e que deve ser valorizado e reconhecido sem padrões ou quaisquer maldades.

De início é importante ressaltar que os esboços são voltados para as principais partes de um corpo de uma mulher e onde poderá haver espaço para aplicações, seja elas gráficas, desenhadas no corpo ou com técnicas de luz.

Figura 16. Painel de esboços de poses fotográficas

Fonte: O Autor (2019)

Nas primeiras gerações procurou-se representar o corpo feminino das fotografias, já que, o intuito ressalta-se a autoestima da mulher, nada melhor que ressaltar, valorizar e expor de uma forma real e sem padrões os corpos femininos, utilizando o estilo mais sóbrio, sem mostrar rostos. É importante destacar-se que em nenhum momento a ideia consiste em trabalhar com técnicas de fotografia como nu artístico ou sensualizar o corpo feminino, em primeira mão o objetivo é empoderar cada tipo ou forma de um corpo de uma mulher seja ele como for, sem padrões impostos.

Em primeira mão cogitou-se a ideia de poder contar com mulheres com relatos reais para modelos do ensaio, porém, entende-se que o tema é de interesse público e o intuito é que seja mostrado ao mesmo, por isso entende-se que é de suma importância resguardar a imagem de mulheres que já sofreram violência e levar em consideração tudo que já enfrentaram.

Por tanto contou-se com auxílio de duas modelos nas primeiras gerações de alternativas que focaram nas poses e partes dos corpos, sem mostrar a expressão facial.

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Figura 17. Gerações de poses e cores.

Fonte: O Autor (2019).

Nesta primeira geração de fotografia aplicada, podemos notar os corpos femininos presentes de forma clara e sutil, trazendo uma mensagem em forma de expressão de empoderamento. Foram utilizados filtros nas cores cinzas para trazer sobriedade ao assunto tratado e retratar uma foto com firmeza e impacto, já com os filtros naturais aplicados onde pode-se evidenciar o batom vermelho, para trazer a mensagem de clareza, vida e empoderamento, ou seja é de suma importância a aplicações de cores certas nas fotografias, para que conversem com o tema proposto.

Figura 18. Gerações de poses com aplicação da técnica arte luz

Fonte: O Autor (2019).

Na terceira geração de alternativas optamos por utilizar o estilo de fotografia “arte luz” abordado anteriormente. Foram utilizados retroprojetores focados no corpo da modelo, desta

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vez valorizando outras partes do corpo, como a mão, que remete a firmeza da mulher em suas atitudes. Também foram projetados símbolos do feminino no corpo da modelo, com a cor “rosa” que remete ao feminino.

As cores, luzes e símbolos são aplicados em um modelo de apresentação online e focados no corpo da modelo, ajustando-se conforme a necessidade de altura ou tamanho que deve ser projetado no corpo.

Após coletados os relatos nas pesquisas online surge-se na geração de alternativa a opção de utilizá-las aplicadas ao corpo feminino, fazendo uma junção entre a fotografia, o corpo feminino e o impacto (frases) utilizando-se mais aplicadamente a técnica de Arte Luz, valorizando as curvas e transmitindo as falas ouvidas pelas mulheres xanxerenses. Se objetifica com elas a dramaticidade com as cores cinza, preto e branco aplicados no corpo da modelo.

Na primeira geração de fotografia e aplicação de luzes, a frase coletada é de uma tamanho menor para que possa se encaixar no corpo da mulher e efetivar-se os testes.

Figura 19. Gerações de poses com aplicação da técnica arte luz.

Fonte: O Autor (2019).

Nas efetivas gerações são projetadas as falas nos corpos que são de grande impressão para o público, alcançando um dos conceitos que é o impacto visual, utilizando as cores cinza, preto e branco juntamente com as falas violentas. Porém, o conceito de empoderamento deve ser encaixado juntamente com as fotografias, surge-se então a ideia de trabalhar com a mesma técnica, porém, com cores que retratam vida, empoderamento e impacto visual, voltado para o contrário do que vemos até aqui.

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Ocorre-se então a junção de conceitos, o impacto, que deve ser transmitido através dos relatos, para que seja apelo a conscientização da comunidade e o empoderamento e autoestima transmitidos pelo antagônico do que vê-se em primeira mão.

Figura 20. Frases selecionadas.

Fonte: O Autor (2019).

As frases ouvidas pelo público feminino que foram coletadas na pesquisa semiestruturada foram contrapostas por mensagens de apoio, fazendo com que o conceito de empoderamento, apoio e autoestima seja levado adiante no projeto.

Entre tantas frases recebidas, o filtro dos relatos ocorrem-se da seguinte maneira, por ordem de impacto, as frases que mais geram impacto e indignação são filtradas para serem utilizadas.

Foram elas:

“Você só conseguiu porque é bonita” “Isso não é coisa de mulher”

“Seja mais feminina”

“Está sozinha porque é gorda” “Vai tirar esse shorts, tá curto” “Você não é nada”

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“Você é mulher, não vai conseguir” “Você é burra”

“Você não serve pra nada” “Tenho vergonha de você” “Você não é capaz”

“Se você denunciar, ninguém vai acreditar”

Entre tantas frases acima filtradas faz-se então a aplicação do antagônico para que sirvam não mais como mensagens pesadas, violentas ou desanimadoras e sim como de empoderamento e autoestima ao público feminino

“Você conseguiu porque é talentosa” “Mulher faz o que ela quiser”

“Seja você mesma”

“Seja sua melhor companhia” “Você está linda assim” “Você é rara”

“Lugar de mulher é onde ela quiser”

“Você é mulher, pode conseguir o que quiser” “Você é muito inteligente”

“Você é tudo” “Sua presença é luz” “Você é capaz”

“Tem mais gente com você”

Filtra-se como exemplo a frase “você não é capaz” e utiliza-se na aplicação das gerações de testes de fotografias com luzes sendo uma frase de tamanho médio de todas.

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Figura 21.Gerações com cores e frases de empoderamento.

Fonte: O Autor (2019).

Fazendo o uso das aplicabilidades dos significados das cores na fotografia, na figura acima nota-se a luz que é emitida através do retroprojetor com cores contrastantes, sendo elas rosa e azul, utilizadas pelo maior contraste emitidos pela luz e por representar, perante a sociedade, o masculino (azul) e o feminino (rosa), sendo também uma quebra de estabelecimentos entre cores e sexos.

Nota-se que na figura anterior se busca representar toda a dor e sentimentos do público feminino que infelizmente passam ou passaram por tal situação, já na última figura o intuito é empoderar o público através do antagônico das frases e palavras ouvidas diariamente.

Figura 22. Estudo de fontes

Fonte: O Autor (2019).

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Na gerações, os usos das fontes testes foram seguidas da seguinte maneira, a fonte Arial, em negrito/bold foi utilizada para retratar as frases ouvidas pelas mulheres, pois é uma fonte espeça, sem serifas e sóbrias, com uma legibilidade boa. Já nas frases antagônicas geradas, foi utilizada a fonte Pacífico, uma fonte que transmite mais leveza, calma, mais feminina e com um nível de legibilidade bom.

Para que seja realizado uma exposição fotográfica é de suma importância que a mesma tenha um nome, sendo transmitido nos materiais gráfico expostos nas feiras, mídias, sociais, divulgação e reconhecimento do projeto.

Trabalhando-se nas aplicações propostas anteriormente, após teste e gerações de alternativas se faz a realização do ensaio fotográfico final, sendo ele feito não mais de maneira amadora, mas sim utilizando-se equipamentos especializados como câmeras fotográficas, luzes profissionais, frases selecionadas já na apresentação e estúdio fotográfico da Unoesc no campus Xanxerê.

Além disso, pode-se contar com modelos de diferentes cores, estaturas, regiões e idades, cientes do projeto a participarem, com termos de uso de imagem cedidos e assinados.

Figura 23. Testes e making-ofs.

Fonte: O Autor (2019).

Durante os testes e making-ofs realizados pode-se perceber que a sombra poderia ser uma grande aliada nas fotos a serem feitas, pois além de dar maior impacto para a fotografia e ser evidenciada por conta da luz projetada, ela fez com que a foto fosse vista com ar artístico além de impactante e empoderador.

Os relatos foram sendo aplicados conforme a modelo que se optava e foi levado como consideração alguns casos em que as modelos se identificavam com as falas violentas já ouvidas

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por elas onde podiam ser utilizadas como forma de ajuda não somente ao público mas também às modelos.

Após a concepção das fotografias e estilos visuais, nota-se a importância de escolha de um local para a realização da exposição fotográfica, entre as opções estariam a biblioteca da Unoesc Xanxerê a praça central do município de Xanxerê e a Câmara de Vereadores.

Averiguado os locais classificou-se em primeiro lugar pelo local propício, pela exposição de paredes melhores e mais fáceis de aplicação das fotos e pelo tempo que poderia se permanecer a Câmara de Vereadores de Xanxerê. Após reuniões com a diretoria, decidiu-se que o corredor da exposição seria o central e que a exposição teria que permanecer por pelo menos vinte dias.

Foi construído uma planta do local para entender-se melhor a disposição das fotos na parede. Além disso necessitou-se de divulgações e convites por redes sociais.

Os dias propostos para realização da exposição fotográfica foram, do dia 13 ao dia 29 de novembro de 2019.

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Figura 24. Fotos produzidas e selecionadas.

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Figura 25. Fotos produzidas e selecionadas continuação.

Fonte: O Autor (2019).

Foram produzidas mais de duzentas e cinquenta fotos no ensaio fotográfico, com diversas posições, algumas optadas por mostrarem os rostos das modelos, outras somente o corpo, ou alguma parte específica do corpo. Ao total aplicaram-se seis relatos, ou seja, falas violentas recebidos através da pesquisa e seis frases contrapostas às recebidas servindo como forma de empoderamento.

Nas frases contrapostas nota-se que foram aplicadas cores, nada mais são que “slides” de apresentação com cores e a tipografia na cor branca. A cor branca é utilizada com uma cor contrastante, da mesma forma a fonte na cor preta nas frases aplicadas.

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Figura 26. Aplicação na apresentação

Fonte: O Autor (2019).

A tipografia segue referências das pesquisadas anteriormente, elas foram alteradas para uma tipografia que remete a máquina de escrever, uma fonte com serifa, fácil legibilidade e que lembra aplicações em noticiários, já que, as frases são relatos sobre violência contra a mulher querendo ser repassados à comunidade.

Figura 27. Tipografia aplicada.

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Após as fotos selecionadas e organizadas com cada par contraposto, elas precisam passar por edições, cortes e edição de imagens foram feitos para as fotos ficarem prontas para impressão.

Na figura abaixo foi utilizada para edição o photoshop, para que pudesse se retirar a luz no canto direito e recortá-la, foi utilizado a ferramenta carimbo para retirar a luz.

Figura 28. Edição de fotos Photoshop

Fonte: O Autor (2019).

As propriedades específicas de configurações da câmera como abertura, ISSO e velocidade quase não se alteraram, na figura abaixo temos um exemplo dos detalhes de uma fotografia preta e branca e uma colorida a direita.

Figura 29. Detalhes técnicos

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Após edições como cortes e retiragem de objetos que não faziam parte da cena, foi utilizado a ferramenta Ligthroom para edição mínima das fotografias, o intuito não era mudar as cores e tons das fotos originais, porém, somente aumentar o contraste do corpo e escritas para que a impressão das mesmas fossem corretas e pudéssemos ler a tipografia aplicada.

Figura 30. Edição Ligthroom

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Figura 31.Fotos contrapostas editadas

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Figura 32. Fotos contrapostas editadas

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Faz-se importante também uma marca e identidade visual para a exposição para que se possa transmitir valores e visão da marca ao público, já que a identidade visual é vista de antemão à exposição fotográfica.

Figura 33. Geração de namings

Fonte: O Autor (2019).

Na figura acima são feitas as gerações de nomes para o projeto, sempre levando em conta a importância e o conceito de empoderamento feminino e autoestima. Utiliza-se o símbolo do feminino, que conforme a mitologia romana significa Vênus, que na época era a deusa do amor, associando-se a harmonia, beleza e empatia.

Gerações de nomes filtrados:

Mulheres & olhares; Conte comigo; Nós podemos mais; Estou com você;

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Figura 34. Geração de marca e símbolo

Fonte: O Autor (2019).

Na proposta acima se opta por utilizar o símbolo do feminino como complementar da marca, sendo ele utilizado juntamente com o nome “Tem mais gente com você” ou como já dito, complementando a palavra “mais”.

Figura 35. Gerações marca exposição

Fonte: O Autor (2019).

Nota-se que o padrão de tipografia utilizada associa-se às fontes utilizadas nas gerações de alternativa de fotografia. As três marcas finalizadas sendo uma delas utilizada de forma conjunta com o símbolo do feminino.

Após notar-se que a marca deveria ser aplicada em materiais gráficos e em algumas fotografias pode-se perceber que sua aplicabilidade deve ser melhorada.

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Uma marca é composta por combinações de elementos, o nome em si, com uma tipografia redesenhada já pode ser considerado uma marca, porém, existem combinações que podem ser utilizadas, elementos que podem ser utilizado como presença de marca, por exemplo, o nome em si não está presente, mas o símbolo sim, fazendo com que já se entenda e tenha o reconhecimento da mesma, por isso surge-se a intenção de melhoria e criação de símbolo exclusivo para a exposição fotográfica.

Figura 36. Geração simbolo da marca

Fonte: O Autor (2019).

Após verificado a necessidade da complementação da marca da exposição fotográfica foram geradas alternativas com conceitos que faziam parte da intenção da exposição aplicada, alguns deles eram: empatia, feminino e união, onde podemos notar descrito na figura acima.

As formas que seguiam os conceitos foram abstraídas e juntas formando o símbolo final da campanha de uma maneira leve e com linhas fáceis de aplicação.

Após, a complementação para uma melhor aplicação foi criada, em forma de círculo os esboços da marca continham o símbolo ilustrado criado e o nome “tem mais gente com você”.

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Figura 37. Esboço marca finalizado

Fonte: O Autor (2019).

Partindo-se então da importância da aplicação de uma forma fácil da marca, é optado por trabalhar com formas circulares, que se encaixariam de forma melhor em aplicação de materiais e propriamente nas fotografias.

Figura 38. Marca final e tipografia

Fonte: O Autor (2019).

A tipografia utilizada na marca final foi a Courier New, na versão bold, ou seja, para contraste maior, ela possui serifa e tem uma legibilidade boa para aplicações em materiais gráficos. O nome da exposição foi separado com a pontuação ponto, causando uma leveza melhor na hora da leitura.

Visto como necessário também alguns materiais para acompanhar a exposição fotográfica aplicando o layout da marca da mesma.

Referências

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