• Nenhum resultado encontrado

PLANO DE ENSINO. Profa. Dra. Patrícia Perrone Campos Mello

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PLANO DE ENSINO. Profa. Dra. Patrícia Perrone Campos Mello"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

MESTRADO EM DIREITO

DISCIPLINA:TEORIA DO DIREITO PÚBLICO

PLANO DE ENSINO

TEORIADODIREITOPÚBLICO

JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL E DEMOCRACIA:CONGRESSO XCORTES

Profa. Dra. Patrícia Perrone Campos Mello

BREVE DESCRIÇÃO:

O objetivo do curso é investigar as contradições entre Democracia e Jurisdição Consti-tucional e analisar os casos judiciais paradigmáticos do constiConsti-tucionalismo contempo-râneo (brasileiro e norte-americano), nos quais o Congresso ou o Poder Executivo e as Cortes entraram em choque. A partir do estudo das tensões entre tais conceitos e insti-tuições pretende-se propor standards e limites para a atuação de cada qual.

Pré-Requisito: Inglês. EMENTA:

O conceito de Democracia liga-se ao governo pelo povo, quer por meio de sua manifes-tação direta a respeito dos assuntos de interesse público, quer por meio da manifesmanifes-tação de seus representantes, eleitos pelo voto popular e sujeitos ao controle democrático. A Jurisdição Constitucional, por sua vez, pode ensejar a declaração da nulidade das deci-sões tomadas pelos representantes do povo – deputados, senadores e presidente da Re-pública – por juízes que não foram eleitos, que ocupam seus cargos a título vitalício e que não se sujeitam ao controle democrático. Há, portanto, uma situação de tensão entre a ideia de Democracia e a concepção de Jurisdição Constitucional. A compreensão de tal tensão é importante para a definição dos limites de cada qual de tais conceitos e de seu alcance e constitui um tema clássico estudado no âmbito do Direito Constitucional:

"a legitimidade democrática da jurisdição constitucional". Com o propósito de

debatê-lo, a disciplina traz os principais autores e teorias sobre o tema.

O embate entre Cortes, Congresso e Executivo em torno do alcance da jurisdição cons-titucional e da esfera de influência e de poder de tais instituições está presente, ainda, em casos paradigmáticos do constitucionalismo contemporâneo. Com o objetivo de aproximar teoria e prática, a disciplina traz uma seleção de casos brasileiros e norte-americanos em que essa tensão se mostrou presente. Serão examinados, dentre outros, casos em que o Supremo Tribunal Federal e/ou parte de seus ministros: (i) declarou a

(2)

cumprimento de pena antes do trânsito em julgado da decisão criminal condenatória, (iii) determinou a prisão de senador da República, (iv) reduziu o alcance do foro especi-al por prerrogativa de função e (v) manifestou-se pela descriminespeci-alização do porte de maconha para uso pessoal. Serão analisados, ainda, casos em que a Suprema Corte nor-te-americana: (i) definiu as bases da jurisdição constitucional, (ii) curvou-se ao Execu-tivo e ao Congresso em matéria de intervenção na economia, mudando a sua jurispru-dência, (iii) determinou o vencedor das eleições presidenciais de 2000, (iv) protegeu o direito de defesa dos prisioneiros de Guantánamo e (v) validou a discriminação racial. PROGRAMA:

I.FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Aula 1: Exposição inaugural sobre o programa.

Aula 2: Fundamentos do controle de constitucionalidade

II.A DIFICULDADE CONTRAMAJORITÁRIA

Aula 3: A crítica democrática à jurisdição constitucional: Constitucionalismo popular Aula 4: A crítica institucional à jurisdição constitucional

III.DEFESA DA LEGITIMIDADE DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL

Aulas 5 e 6: A legitimação substancial: Dworkin e Alexy Aulas 7 e 8: A legitimação procedimental: Ely e Habermas Aula 9. A representação argumentativa

Aula 10. A legitimação deliberativa

IV.DESMISTIFICANDO A DEMOCRACIA E A JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL

Aula 11: Falhas representativas nas instâncias majoritárias

Aula 12: Subjetividade, ideologia e estratégia nas Cortes Constitucionais Aula 13: Constitucionalismo democrático

Aula 14: Teoria dos diálogos institucionais Aula 15: Teoria da reputação judicial CRONOGRAMA:

I.FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

(3)

Aula 2: Fundamentos do controle de constitucionalidade Bibliografia básica:

 BICKEL, Alexander. The Least dangerous Branch. The Supreme Court at the Bar of Politics. New Haven: Yale University Press, p. 1-34 e 245-273.

 Caso*: Afirmação da jurisdição constitucional nos EUA (Marbury v. Madison, 5 U.S.137(1803)). BARROSO, Luís Roberto. O controle da constitucionalidade

do direito brasileiro. Saraiva: 2004, p. 3-10.

* Ler o voto majoritário e as páginas que narram o caso no livro do Prof. Barroso.

Bibliografia complementar:

 HAMILTON, Alexander. O Federalista n. 78. In: MADISON, James; HAMIL-TON, Alexander; JAY, John. Os Artigos Federalistas. Apresentação: Isaac Kramnick; tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Nova Fron-teira, 1993.

 ELSTER, John. Ulysses and the Sirens. Cambridge: Cambridge University Press, 1979.

II.A DIFICULDADE CONTRAMAJORITÁRIA

Aula 3: A crítica democrática à jurisdição constitucional: Constitucionalismo po-pular

Bibliografia básica:

 WALDRON, Jeremy. A essência da oposição ao Judicial Review. In: BIGO-NHA, Antônio Carlos Alpino; MOREIRA, Luiz. Legitimidade da Jurisdição

Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. p. 93-159.

 Caso: Submissão da Corte à vontade popular (West Coast Hotel v. Parrish, 300 U.S. 379 (1937)).Ler o voto majoritário e a íntegra do conteúdo da Wikipedia

sobre esse caso1.

Bibliografia complementar:

 TUSHNET, Mark. Ceticismo sobre o judicial review. In: BIGONHA, Antônio Carlos Alpino; MOREIRA, Luiz. Limites do Controle de Constitucionalidade. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 221-241.

 KRAMER, Larry. Democracia deliberativa e constitucionalismo popular: James Madison e o "interesse do homem". In: BIGONHA, Antônio Carlos Alpino; MOREIRA, Luiz. Limites do Controle de Constitucionalidade. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 85-158.

1 A Wikipedia não deve ser referenciada diretamente em artigos científicos.

(4)

Aula 4:A crítica institucional à jurisdição constitucional Bibliografia básica:

 ARGUELHES, Diego Werneck; LEAL, Fernando. O argumento das "capacida-des institucionais" entre a banalidade, a redundância e o absurdo. Revista Direito Estado e Sociedade, n. 38, p. 6-50, jan/jun/2011.

 Caso 1: Medicamentos de alto custo(RE 566471 RG, Rel. Min. Marco Auré-lio).Ler voto do Ministro Barroso.

 Caso 2: Emergencypowers do Executivo e restrição ao direito de defesa dos de-tidos em Guantanamo (Boumediene v. Bush, 553 U.S. 723 (2008)). Ler pelo

me-nos voto majoritário.

Bibliografia complementar:

 SUNSTEIN, Cass; VERMEULE, Adrian. Interpretation and Institutions. Public Law and Legal Theory Working Paper n. 28, University of Chicago, 2002, p. 1-48.

III. DEFESA DA LEGITIMIDADE DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL: LEGITIMAÇÃO

SUBSTANCIAL, PROCEDIMENTAL, ARGUMENTATIVA E DELIBERATIVA

Aula 5:A legitimação substancial: Dworkin Bibliografia básica:

 DWORKIN, Ronald. Império do Direito. Jefferson Luiz Camargo [trad.]. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 271-331.

 Caso:Uniões homoafetivas (ADI 4277 e ADPF 132, Rel. Min. Ayres Britto). Ler

votos do Min. Ayres Britto e do Min. Gilmar Mendes.

Bibliografia complementar:

 RAWLS, John.O Liberalismo Político. Ed. Ática, 2000, p. 273-302. Aula 6: A legitimação substancial: Alexy

Bibliografia básica:

 ALEXY, Robert. Direitos Fundamentais no Estado Constitucional Democrático. Para a relação entre direitos do homem, direitos fundamentais, democracia e ju-risdição constitucional. Revista de Direito Administrativo, n. 217, jul./set., 1999, p. 55-66.

 DWORKIN, Ronald. Uma Questão de Princípio. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 80-103.

 Caso:União entre pessoas do mesmo sexo (Obergefell v. Hodges, 576U.S.(2015)).

(5)

 SARMENTO, Daniel.Ubiqüidade Constitucional: Os dois lados da moeda.

Disponível em:

<https://fabioshecaira.wikispaces.com/file/view/ART.+Sarmento+-+Ubiquidade+Constitucional.pdf>.

Aula 7:A legitimação procedimental: Ely Bibliografia básica:

 ELY, John Hart. Democracy and Distrust. A Theory of Judicial Review. Cam-bridge: Harvard University Press, p. 73-183.

 Caso: Financiamento de campanhas eleitorais por pessoa jurídica (ADI 4.650, Rel. Min. Luiz Fux). Ler o voto do Ministro Fux.

Bibliografia complementar:

 ALEXY, Robert. Teoria de Los DerechosFundamentales. Centro de Estudios-Constitucionales, 1993. (Trecho em que critica a teoria de John Hart Ely).

Aula 8: A legitimação procedimental: Habermas Bibliografia básica:

 SOUZA NETO, Cláudio Pereira. Jurisdição Constitucional, Racionalidade

Prá-tica e Democracia. Rio de Janeiro: Renovar, 2002.

 BINENBJON, Gustavo. A Nova Jurisdição Constitucional Brasileira. Rio de Ja-neiro: Renovar, 2001, p. 106-119.

 Caso 1:Contrabando legislativo em medida provisória(ADI 5.127, Rel. Min. Ro-sa Weber). Ler o voto do Ministro Fachin.

 Caso 2: Exclusão de "questões políticas" do conteúdo escolar.

Bibliografia complementar:

 HABERMANS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Flá-vio Beno Siebeneichler (Trad.). Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 2003, p. 297-354.

Aula 9. A representação argumentativa Bibliografia básica:

 ALEXY, Robert.Ponderação, jurisdição constitucional e representação. In: HECK, Luís Afonso (org./trad.). Constitucionalismo discursivo. 4. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2015, p. 155-166.

 PEREIRA, Jane Reis Gonçalves. Representação Democrática do Judiciário: re-flexões preliminares sobre riscos e dilemas de uma ideia em ascensão.

Disponí-vel em:

(6)

%C3%A1tica_do_Judici%C3%A1rio_reflex%C3%B5es_preliminares_sobre_os _riscos_e_dilemas_de_uma_ideia_em_ascens%C3%A3o>.

 Caso: Execução da pena após decisão condenatória de 2o grau(HC 126.292, Rel. Min. Teori Zavascki; ADCs 43 e 44 MC, Rel. Min. Marco Aurélio).Ler voto do

Ministro Teori no HC.

Bibliografia complementar:

 BARROSO, Luís Roberto. Contramajoritário, representativo e iluminista: Os Papéis das Cortes Constitucionais nas Democracias Contemporâneas. Disponível em: <http://www.luisrobertobarroso.com.br/wp-content/uploads/2015/12/O-papel-das-cortes-constitucionais.pdf>.

Aula 10. A legitimação deliberativa Bibliografia básica:

 MENDES, Conrado Hübner. Desempenho deliberativo das cortes constitucionais e o STF. In: MACEDO JR., Ronaldo Porto; BARBIERI, Catarina Cortada (org.). Direito, interpretação, racionalidade e instituições. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 337-361.

 Caso: Possibilidade de interrupção da gestação de fetos anencefálicos (ADPF 54, Rel. Min. Marco Aurélio).Ler voto majoritário e decisão monocrática que

inde-feriu o ingresso da Confederação dos Bispos do Brasil - CNBB como "amicus curiae".

Bibliografia complementar:

 HÄBERLE, Peter. Hermenêutica Constitucional. A Sociedade Aberta dos Intér-pretes da Constituição. Contribuição para a Interpretação Pluralista “Procedi-mental” da Constituição. Ed. Sérgio Antônio Fabris, 1997, p.

IV.DESMISTIFICANDO DEMOCRACIA E JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL

Aula 11: Falhas representativas e desbloqueio das instâncias majoritárias Bibliografia básica:

 LAIN, Corinna. Upside-Down Judicial Review. The Georgetown Law Journal, v. 101, 2012, p. 113-183.

 Caso: Foro especial por prerrogativa de função (AP 937 QO). Ler voto oral do

Ministro Barroso.

Bibliografia complementar:

 MENDONÇA, Eduardo. A Jurisdição constitucional como canal de processa-mento do autogoverno democrático. In: SARMENTO, Daniel. Jurisdição

consti-tucional e política. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 133-177.

(7)

Bibliografia básica:

 MELLO, Patrícia Perrone Campos. Comportamento Ideológico e Estratégico no Supremo Tribunal Federal. In: SARMENTO, Daniel. Jurisdição constitucional e

política. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 273-311.

 Caso: Descriminalização da maconha para uso pessoal (RE 635.659, rel. Min. Gilmar Mendes).Ler voto do Ministro Barroso e entrevista dada à BBC sobre o

caso.Disponível em:

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150914_drogas_barroso_ms. Bibliografia complementar:

 POSNER, Richard. How Judges Think. Cambridge: Harvard University, 2008.  SUNSTEIN, Cass; SCHKADE, David; SAWICKI, Andres. Are Judges

Politi-cal?: An Empirial Analysis of the Federal Judiciary. Brooking Instituion Press,

2006.

Aula 13:Constitucionalismo democrático Bibliografia básica:

 POST, Robert; SIEGEL, Reva. Roe Rage: Democratic Constitutionalism and Backlash. FacultyScholarship Series. Paper 169, 2007, p. 373-433. Disponível em: <http://digitalcommons.law.yale.edu/fss_papers>.

 MELLO, Patrícia Perrone Campos. Entre o Congresso e a Opinião Pública: a Missão do Supremo Tribunal Federal Revisitada. In: BRANDÃO, Rodrigo; BAPSTISTA, Patrícia (org.). Direito Público. Rio de Janeiro: Freitas Bastos. v. 8, 2015, p. 411-434.

 Caso: Poder disciplinar concorrente do CNJ (ADI 4638, rel. Min. Marco Auré-lio).Ler: (i) liminar deferida monocraticamente pelo relator, (ii) decisão

colegi-ada que a revogou e (iii) matérias publiccolegi-adas na internet sobre o caso.

Bibliografia complementar:

 FONTE, Felipe de Melo.Jurisdição constitucional e participação popular. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017.

Aula 14: Teoria dos diálogos institucionais Bibliografia básica:

 BRANDÃO, Rodrigo. Mecanismo de Diálogos Constitucionais os EUA e no Brasil. In: SARMENTO, Daniel. Jurisdição constitucional e política. Rio de Ja-neiro: Forense, 2015, p. 351-390.

 BARROSO, Luís Roberto. Constituição, democracia e supremacia judicial: Di-reito e política no Brasil contemporâneo. Disponível em:

(8)

<http://www.luisrobertobarroso.com.br/wp-content/themes/LRB/pdf/constituicao_democracia_e_supremacia_judicial.pdf>.  MELLO, Patrícia Perrone Campos. Nos Bastidores do Supremo Tribunal

Fede-ral. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 371-378.

 Caso: Vaquejada (ADI 4.983, Rel. Min. Marco Aurélio).Ler: voto do Min.

Bar-roso e Emenda Constitucional nº 96/2017.

Aula 15: Teoria da reputação judicial Bibliografia básica:

 EASTON, David. A Re-Assesment of the Concept of Political Suport. British

JournalofPolitical Science. v. 5, n. 4, out. 1975, p. 435-457.

 GAROUPA, Nuno; GINNSBURG, Tom.A Theory of Judicial Reputation. Judi-cial Reputation: A Comparative Theory. Chicago: The University of Chicago

Press, 2015.

 Caso 1: Definição das eleições para presidente dos EUA (Bush v. Gore, 531 U.S. 98 (2000)).

 Caso 2: Prisão de Senador (AC 4.039, Rel. Min. Teori Zavascki)

Bibliografia complementar:

 LEVINSON, Sanford; BALKIN, Jack. Constitutional Crises.University of

Penn-sylvania Law Review. v. 157, fev. 2009, p. 707-753.

METODOLOGIA: BIBLIOGRAFIA:

Cada aula envolverá a leitura de um ou dois textos e o exame de um caso judicial rele-vante, decidido pelo Supremo Tribunal Federal ou pela Suprema Corte norte-americana, que revele uma situação de tensão entre a Corte Constitucional e o Poder Legislativo e/ou Executivo.

RELATORIAS:

Os textos e casos que constituem a bibliografia obrigatória de cada aula serão distribuí-dos para a relatoria distribuí-dos alunos, por ordem alfabética, salvo interesses específicos distribuí-dos mestrandos. Cada texto será relatado por um aluno. Os alunos relatarão tantos textos quantos lhes forem distribuídos. Os demais alunos participarão dos debates. A partici-pação nos debates será avaliada em todas as aulas.

*FICHAMENTO: Não será exigido fichamento. A leitura efetiva será avaliada por meio

(9)

FORMA DE AVALIAÇÃO:

Apresentação dos textos como relator e participação nos debates – 30 pontos.

Artigo de conclusão de disciplina, entre 15 e 25 páginas, formatado para publicação, conforme normas da Revista de Direito Internacional da Uniceub – 70 pontos. A não apresentação do artigo ensejará o lançamento de menção SR.

PROGRAMA:

I.FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Aula 1: Exposição inaugural sobre o programa.

Aula 2: Fundamentos do controle de constitucionalidade

II.A DIFICULDADE CONTRAMAJORITÁRIA

Aula 3: A crítica democrática à jurisdição constitucional: Constitucionalismo popular Aula 4: A crítica institucional à jurisdição constitucional

III.DEFESA DA LEGITIMIDADE DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL

Aulas 5 e 6: A legitimação substancial: Dworkin e Alexy Aulas 7 e 8: A legitimação procedimental: Ely e Habermas Aula 9. A representação argumentativa

Aula 10. A legitimação deliberativa

IV.DESMISTIFICANDO A DEMOCRACIA E A JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL

Aula 11: Falhas representativas nas instâncias majoritárias

Aula 12: Subjetividade, ideologia e estratégia nas Cortes Constitucionais Aula 13: Constitucionalismo democrático

Aula 14: Teoria dos diálogos institucionais Aula 15: Teoria da reputação judicial BIBLIOGRAFIA:

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

ALEXY, Robert. Ponderação, jurisdição constitucional e representação. In: HECK, Lu-ís Afonso (org./trad.). Constitucionalismo discursivo. 4. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2015, p. 155-166.

(10)

____. Direitos Fundamentais no Estado Constitucional Democrático. Para a relação en-tre direitos do homem, direitos fundamentais, democracia e jurisdição constitucional.

Revista de Direito Administrativo, n. 217, jul./set., 1999, p. 55-66.

ARGUELHES, Diego Werneck; LEAL, Fernando. O argumento das "capacidades insti-tucionais" entre a banalidade, a redundância e o absurdo. Revista Direito Estado e Soci-edade, n. 38, p. 6-50, jan/jun/2011.

BARROSO, Luís Roberto. BARROSO, Luís Roberto. Constituição, democracia e su-premacia judicial: Direito e política no Brasil contemporâneo. Disponível em:

<http://www.luisrobertobarroso.com.br/wp-content/themes/LRB/pdf/constituicao_democracia_e_supremacia_judicial.pdf>.

_____. O controle da constitucionalidade do direito brasileiro. Saraiva: 2004, p. 3-10. BICKEL, Alexander. The Least dangerous Branch. The Supreme Court at the Bar of Politics. New Haven: Yale University Press, p. 1-34 e 245-273.

BINENBJON, Gustavo. A Nova Jurisdição Constitucional Brasileira. Rio de Janeiro: Renovar, 2001, p. 106-119.

BRANDÃO, Rodrigo. Mecanismo de Diálogos Constitucionais os EUA e no Brasil. In: SARMENTO, Daniel. Jurisdição constitucional e política. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 351-390.

DWORKIN, Ronald. Império do Direito. Jefferson Luiz Camargo [trad.]. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 271-331.

_____. Uma Questão de Princípio. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 80-103.

EASTON, David. A Re-Assesment of the Concept of Political Suport. British Journal

of Political Science. v. 5, n. 4, out. 1975, p. 435-457.

ELY, John Hart. Democracy and Distrust. A Theory of Judicial Review. Cambridge: Harvard University Press, p. 73-183.

GAROUPA, Nuno; GINNSBURG, Tom. A Theory of Judicial Reputation. Judicial Reputation: A Comparative Theory. Chicago: The University of Chicago Press, 2015. LAIN, Corinna. Upside-Down Judicial Review. The Georgetown Law Journal, v. 101, 2012, p. 113-183.

(11)

MELLO, Patrícia Perrone Campos. Comportamento Ideológico e Estratégico no Su-premo Tribunal Federal. In: SARMENTO, Daniel. Jurisdição constitucional e política. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 273-311.

_____. Entre o Congresso e a Opinião Pública: a Missão do Supremo Tribunal Federal Revisitada. In: BRANDÃO, Rodrigo; BAPSTISTA, Patrícia (org.). Direito Público. Rio de Janeiro: Freitas Bastos. v. 8, 2015, p. 411-434.

_____. Nos Bastidores do Supremo Tribunal Federal. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 371-378.

MENDES, Conrado Hübner. Desempenho deliberativo das cortes constitucionais e o STF. In: MACEDO JR., Ronaldo Porto; BARBIERI, Catarina Cortada (org.). Direito, interpretação, racionalidade e instituições. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 337-361.

PEREIRA, Jane Reis Gonçalves. Representação Democrática do Judiciário: reflexões preliminares sobre riscos e dilemas de uma ideia em ascensão. Disponível em: <https://www.academia.edu/11309248/Representa%C3%A7%C3%A3o_democr%C3% A1tica_do_Judici%C3%A1rio_reflex%C3%B5es_preliminares_sobre_os_riscos_e_dile mas_de_uma_ideia_em_ascens%C3%A3o>.

POST, Robert; SIEGEL, Reva. Roe Rage: Democratic Constitutionalism and Backlash. Faculty Scholarship Series. Paper 169, 2007, p. 373-433. Disponível em: <http://digitalcommons.law.yale.edu/fss_papers>.

REIS, Jane. Retrospectiva Direito Constitucional 2008: A expansão do Judiciário e o constitucionalismo cosmopolita. Revista de Direito do Estado, v. 13, 2009. Disponível em: < http://works.bepress.com/janereis/2/>.

SCHMITT, Carl. La Defensa de la Constitución. Madrid: Technos, 1998.

SOUZA NETO, Cláudio Pereira. Jurisdição Constitucional, Racionalidade Prática e

Democracia. Rio de Janeiro: Renovar, 2002.

WALDRON, Jeremy. A essência da oposição ao Judicial Review. In: BIGONHA, An-tônio Carlos Alpino; MOREIRA, Luiz. Legitimidade da Jurisdição Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. p. 93-159.

CASOS A SEREM ANALISADOS:

(12)

ADI 5.127, Rel. Min. Rosa Weber

(Contrabando legislativo em medida provisória. Voto do Ministro Fachin.)

 ADI 5537 MC

(Exclusão de questões políticas do conteúdo escolar.)

 HC 126.292, Rel. Min. Teori Zavascki; ADCs 43 e 44 MC, Rel. Min. Marco Au-rélio (Execução da pena após decisão condenatória de 2º grau. Voto do Min. Te-ori Zavascki).

 ADI 4.650, Rel. Min. Luiz Fux

(Financiamento de campanhas eleitorais. Voto do Ministro Fux.)

 AP 937 QO, rel. Min. Barroso

(Foro especial por prerrogativa de função. Voto oral do Ministro Barroso.)  RE 635.659, rel. Min. Gilmar Mendes

(Descriminalização da maconha para uso pessoal.)  RE 566471 RG, Rel. Min. Marco Aurélio

(Medicamentos de alto custo. Voto do Ministro Barroso.)  ADPF 54, Rel. Min. Marco Aurélio

(Anencefalia e interrupção da gestação. Voto majoritário e decisão monocrática que indeferiu o ingresso da CNBB como "amicus curiae".)

 AC 4.039, Rel. Min. Teori Zavascki (Prisão de Senador)

 ADI 4277 e ADPF 132, Rel. Min. Ayres Britto

(Uniões homoafetivas. Votos do Min. Ayres Britto e do Min. Gilmar Mendes.)

SUPREMA CORTE DOS ESTADOS UNIDOS:

 Marbury v. Madison, 5 U.S. 137 (1803)

(Afirmação da jurisdição constitucional nos EUA e atuação judicial estratégica)  West Coast Hotel v. Parrish, 300 U.S. 379 (1937)).

(Submissão da Corte à vontade popular. Voto majoritário e Wikipedia.)  Korematsu v. United States, 323 U.S. 214 (1944)

(13)

 Boumediene v. Bush, 553 U.S. 723 (2008)

(“Emergency powers” e direito de defesa dos detidos em Guantánamo).  Obergefell v. Hodges, 576 U.S. (2015)

(Casamento entre pessoas do mesmo sexo.)

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

ALEXY, Robert. Teoria de Los Derechos Fundamentales. Centro de Estudios Consti-tucionales, 1993. (Trecho em que critica a teoria de John Hart Ely).

BARROSO, Luís Roberto. Contramajoritário, representativo e iluminista: Os Papéis das Cortes Constitucionais nas Democracias Contemporâneas. Disponível em: <http://www.luisrobertobarroso.com.br/wp-content/uploads/2015/12/O-papel-das-cortes-constitucionais.pdf>.

ELSTER, John. Ulysses and the Sirens. Cambridge: Cambridge University Press, 1979.

HÄBERLE, Peter. Hermenêutica Constitucional. A Sociedade Aberta dos Intérpretes da Constituição. Contribuição para a Interpretação Pluralista “Procedimental” da Consti-tuição. Ed. Sérgio Antônio Fabris, 1997, p.

HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Flávio Beno Siebeneichler (Trad.). Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 2003, p. 297-354.

HAMILTON, Alexander. O Federalista n. 78. In: MADISON, James; HAMILTON, Alexander; JAY, John. Os Artigos Federalistas. Apresentação: Isaac Kramnick; tradu-ção de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

KRAMER, Larry. Democracia deliberativa e constitucionalismo popular: James Madi-son e o "interesse do homem". In: BIGONHA, Antônio Carlos Alpino; MOREIRA, Luiz. Limites do Controle de Constitucionalidade. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 85-158.

MENDONÇA, Eduardo. A Jurisdição constitucional como canal de processamento do autogoverno democrático. In: SARMENTO, Daniel. Jurisdição constitucional e

políti-ca. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 133-177.

POSNER, Richard. How Judges Think. Cambridge: Harvard University, 2008. RAWLS, John.O Liberalismo Político. Ed. Ática, 2000, p. 273-302.

(14)

SARMENTO, Daniel. Ubiqüidade Constitucional: Os dois lados da moeda. Disponível em: <https://fabioshecaira.wikispaces.com/file/view/ART.+Sarmento+-+Ubiquidade+Constitucional.pdf>.

SUNSTEIN, Cass; SCHKADE, David; SAWICKI, Andres. Are Judges Political?: An

Empirial Analysis of the Federal Judiciary. Brooking Institution Press, 2006.

SUNSTEIN, Cass; VERMEULE, Adrian. Interpretation and Institutions. Public Law and Legal Theory Working Paper n. 28, University of Chicago, 2002, p. 1-48.

TUSHNET, Mark. Ceticismo sobre o judicial review. In: BIGONHA, Antônio Carlos Alpino; MOREIRA, Luiz. Limites do Controle de Constitucionalidade. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 221-241.

Referências

Documentos relacionados

O controle judicial da constitucionalidade (Um estudo comparado das Constituições austríaca e americana). In: Jurisdição constitucional. O controle judicial

Conforme destacamos ainda na introdução, este trabalho centra-se na articulação entre: Cultura, Educação e Direitos Humanos e Justiça. Esses elementos são tensionados a

A maioria dos estudos observam os Pais em jogo livre (com brinquedos à disposição, mas sem uma tarefa definida), noutros os Pais e Filhos em tarefas de conflito, e ainda outros

Lorenzo Vitral (UFMG) Luiz Antônio Marcushi (UFPE) Luiz Carlos de Assis Rocha (UFMG) Luiz Carlos Cagliari (UNICAMP) Luiz Carlos Travaglia (UFU) Marco Antônio de Oliveira (UFMG)

Além da disparidade entre as duas metodologias no que se refere a atribuição de pontos à posse dos itens analisados, observa-se que os limites dos intervalos, estabelecidos para

Se os controles da engenharia não mantiverem as concentrações aéreas em um nível que seja adequado para proteger a saúde dos trabalhadores, selecione equipamentos de

A seguir é apresentado na Figura 6.12 o gráfico construído com base nos valores das acelerações em rms (root meam square) apresentados na tabela 6.18 à Tabela 6.20, obtidos a

Desse modo, o estudo realizado contribui ao oferecer uma caracterização das viagens realizadas pelos usuários do campus Taguatinga II do UniCEUB, e os dados