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PALAVRAS-CHAVE: Preceptor, Estágio curricular e Terapia Ocupacional

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Academic year: 2021

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PRECEPTORIA DE ESTÁGIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO CURSO DE

TERAPIA OCUPACIONAL

Mariana Reis Da Silva

RESUMO

Este artigo trata-se de um relato de experiência sobre a preceptoria de estágio de alunos do curso de Terapia Ocupacional. O objetivo do trabalho foi demonstrar a contribuição do preceptor ao aprendizado dos discentes, colaborando com sua formação profissional. Os estágios foram realizados em uma Instituição que atende pessoas com deficiência, mais especificamente na coordenação de deficiência visual, no serviço de Terapia Ocupacional, quatro dias da semana, no turno da tarde. Este serviço possui duas salas, divididas entre estimulação do desenvolvimento global e Atividades de Vida Diária-AVD. Em dois semestres letivos, participaram do estágio seis alunos, divididos por duplas. No primeiro semestre, cada dupla passou dois meses em média no serviço, tempo este que foi prolongado com a última, permanecendo todo o período no local. Durante o estágio, os alunos passaram por etapas, desde a observação dos atendimentos, à vivência da atuação junto à profissional e chegando a assumir os atendimentos, supervisionados pela preceptora. Ao atingirem essa etapa, os usuários - pessoas com deficiência visual acompanhadas pela Instituição - foram divididos entre os estagiários, que assumiram a programação dos atendimentos, as intervenções e as adaptações necessárias, discutidos sempre com a supervisora. Na conclusão do estágio, cada estagiário apresentou um relatório sobre a atuação com dois usuários acompanhados pelo mesmo e a fabricação de um recurso voltado para um deles. A evolução dos estagiários, durante o período foi nitidamente percebida pelo comportamento frente aos usuários e terapeuta ocupacional, inicialmente inseguros, devido a falta de experiência teórica e prática em relação a esta clientela. Com o decorrer das observações e experiências, realizaram intervenções e sugestões coerentes ao contexto vivenciado. Em relato durante o fechamento dos estágios, todos destacaram a experiência enriquecedora com as pessoas com deficiência visual e com as AVD, nas quais puderam observar o fazer do terapeuta ocupacional. Desta forma, a preceptoria de estágio torna-se uma ferramenta essencial para a formação dos estudantes, pois os coloca de frente com a prática da Terapia Ocupacional e da maneira mais próxima possível da profissional. Em contrapartida, a experiência com os estagiários favorece a aquisição de novos conhecimentos na área, possibilitando a atualização constante dos profissionais preceptores.

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1. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

De acordo com Ribeiro e Prado (2013), discussões a respeito da formação do profissional de saúde vêm ocorrendo há três décadas, com questionamentos sobre os modelos existentes, as propostas pedagógicas, o processo educativo e a prática profissional, na tentativa de superar o modelo médico-centrado, que visa apenas a doença e buscando a integralidade na atenção à saúde e maior articulação entre trabalho e educação.

A Lei Orgânica da Saúde, Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, traz em seu artigo 15, que os órgãos de gestão do SUS têm como atribuições a formação de recursos humanos em saúde e no artigo 27, coloca os serviços de saúde como campo de prática para o ensino e pesquisa, em todos os níveis de ensino e com normas elaboradas junto ao sistema educacional, com objetivo de formar profissionais que atendam às demandas sociais (BRASIL, 2003).

O texto da X Conferência Nacional de Saúde em 1996, reforçado pela Conferência seguinte no ano 2000, refere a necessidade de revisão dos currículos mínimos dos cursos de graduação em saúde, buscando a formação e atuação voltada para a realidade e de acordo com o que preconiza a legislação (DELLA BARBA et al, 2012).

A partir de 2000, diante das tensões geradas pelas políticas públicas, iniciaram as definições das Diretrizes Curriculares Nacionais para a área de saúde pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CONASEMS, 2008; DELLA BARBA et al, 2012).

De acordo com CONASEMS (2008), essas diretrizes propõem um currículo integrado e a formação profissional com um perfil generalista, humanista, crítico e reflexivo, com conteúdos desenvolvidos de acordo com as necessidades sociais, visando à interdisciplinaridade e o fortalecimento da parceria ensino-serviço, por meio da inserção de professores e estudantes nos serviços existentes, nas diversas localidades e cenários.

As mudanças ocorridas motivaram o surgimento, em 19 de fevereiro de 2002, da Resolução CNE/CES nº 06, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Terapia Ocupacional (GUIMARÃES; FALCÃO, 2004; DELLA BARBA et al, 2012). Estas diretrizes definem os princípios, fundamentos, condições e procedimentos

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da formação profissional, com objetivo de nortear os projetos pedagógicos dos Cursos

de Graduação em Terapia Ocupacional das Instituições do Sistema de Ensino Superior e com um currículo voltado para o estudante como sujeito da aprendizagem e o professor no papel de mediador deste processo (BRASIL, 2002; GUIMARÃES; FALCÃO, 2004; DELLA BARBA, 2012).

A formação, de acordo com as Diretrizes tem como objetivo a aquisição de seis competências e habilidades: atenção à saúde, tomada de decisões, comunicação, liderança, administração e gerenciamento, e educação permanente. Destaca-se neste artigo, a atenção à saúde, desenvolvendo a capacidade do graduando de atuação na prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, de forma integrada com os demais setores, analisando problemas e identificando melhores soluções; e a educação

permanente, que determina o aprendizado contínuo dos profissionais, desde a sua vida

acadêmica até a prática e a responsabilidade na educação das futuras gerações. Para tanto, refere ser necessário a comunicação entre a academia e o profissional da prática, proporcionando condições para benefícios mútuos (estagiário – profissional) (BRASIL, 2002).

Em seu artigo 7, a Resolução traz ainda como obrigatório, os estágios curriculares sob supervisão docente e em seu artigo 9, refere que o projeto pedagógico deve buscar a articulação entre ensino, pesquisa e extensão/assistência, com objetivo de uma formação integral do aluno (BRASIL, 2002).

No contexto dos estágios curriculares, encontra-se a figura do preceptor como sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, proporcionando a relação entre os conteúdos científicos adquiridos pelo acadêmico e o mundo do trabalho (RIBEIRO; PRADO, 2013). Segundo Ceccim e Ferla (2003) apud Carvalho e Fagundes (2013), a preceptoria é o “exercício sistemático de acompanhamento e orientação profissional na educação em serviço”. No campo da saúde constitui-se uma prática comumente utilizada e juntamente com a reformulação do sistema de saúde e dos cursos na área, surgiu a necessidade de mudanças no seu modelo (BARRETO et al, 2011).

Segundo Botti et al (2008), a palavra preceptor vem do latim praecipio, que significa “mandar com império aos que lhe são inferiores” e utilizada no dicionário Houaiss (2001) para definir o “superior ou comendador de ordem militar”. Este dicionário traz outras duas definições para o termo: “[...] 2. (1540) que ou aquele que

dá preceitos ou instruções; educador, mentor, instrutor; 3. que ou aquele que é encarregado da educação e/ou da instrução de uma criança ou de um jovem [...].”

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Nas definições citadas, nota-se a evolução na concepção da palavra preceptor,

sendo atualmente utilizada para designar o profissional que faz a mediação entre a teoria e a prática no processo de formação do estudante (CARVALHO; FAGUNDES, 2008; RIBEIRO; PRADO, 2013).

Em 1998, Cunha apud Barreto et al (2011) apresenta dois modelos de ensino que podem ser utilizados pelo preceptor: um tradicional, no qual o ensino está centrado no professor/preceptor e na simples transmissão do conhecimento, e um emergente, no qual a ênfase é na coprodução de autonomia nas relações do cuidar e apropriação de competências para lidar com a vida profissional, incluindo conhecimentos, habilidades e atitudes. Nesta atual concepção, o preceptor e o estagiário trocam experiências e saberes, refletindo sobre a prática e (re)construindo o conhecimento (RIBEIRO; PRADO, 2013).

Na perspectiva atual do papel de preceptor são exigidas atribuições além da prática clínica. Segundo Ribeiro e Prado (2013), o preceptor precisa dominar as especificidades da atuação e ter a capacidade de “transformar a vivência do campo profissional em experiências de aprendizagem”. Para tanto, precisa romper paradigmas, possuir conhecimentos pedagógicos e ter condições necessárias para o exercício do seu papel. De acordo com estes mesmos autores, nesta nova visão de preceptor, faz-se necessário a criação de um “espaço intercessor entre o professor da Instituição de Ensino Superior -IES e o profissional da assistência”, apresentando a figura abaixo:

Fig. 1 – Intercessão entre IES e profissional da assistência (Fonte: RIBEIRO, PRADO, 2013).

2. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA

Os estágios ocorreram no período de outubro de 2013 a agosto de 2014, na Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência – FUNAD, localizada

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em João Pessoa, na Coordenação de Apoio à Pessoa com Deficiência Visual –

CODAVI, junto ao serviço de Terapia Ocupacional.

Além do terapeuta ocupacional, a equipe da CODAVI é formada por psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, pedagogos, professores de Braille e professores de orientação e mobilidade.

O serviço de Terapia Ocupacional é composto por duas salas de atendimento, de estimulação do desenvolvimento global e das Atividades de Vida Diária. Este profissional atua junto a pessoas com deficiência visual, baixa visão e cegueira, de todas as faixas etárias e ambos os sexos. O serviço funciona diariamente, no turno da tarde, dividido em seis horários, com sessões de 30 minutos.

Em dois semestres letivos, seis alunos estagiaram no local, divididos por duplas. As duas primeiras revezaram, permanecendo meio semestre acompanhando o serviço, tempo este que foi prolongado com a última dupla, que permaneceu todo o período. Os alunos participaram dos atendimentos quatro dias da semana, no turno da tarde e uma vez por semana, da supervisão do estágio, realizada pelos docentes da Universidade.

No primeiro dia de estágio, os alunos foram orientados sobre a dinâmica de funcionamento da Instituição e dos atendimentos da terapeuta ocupacional, apresentado o ambiente de trabalho e conheceram à equipe da coordenação – CODAVI. Além disto, falaram sobre suas expectativas quanto ao estágio e seus conhecimentos sobre a área. A partir dos relatos, constatou-se que a maior parte dos alunos decidiu pelo local, por ausência de experiência anterior na área de deficiência visual, no decorrer da vida acadêmica. Observou-se que este fato gerou insegurança dos estagiários para iniciativa frente às necessidades do usuário e dependendo por maior tempo, da observação da atuação profissional.

Na primeira dupla de estagiários, organizou-se um horário para a discussão de conteúdos teóricos, porém, devido demanda do serviço, não foi possível a continuidade. Entretanto, houve o apoio aos alunos, durante a supervisão com os docentes, abordando assuntos pertinentes à atuação do terapeuta ocupacional na área.

Durante o estágio, os alunos passaram por etapas, desde a observação, à vivência da atuação junto a profissional até à prática assistida, assumindo os atendimentos dos usuários supervisionados pela preceptora. Ao atingirem esta etapa, os usuários foram divididos entre os estagiários, que passaram a ser responsáveis pela programação dos atendimentos, pelas intervenções, adaptações necessárias e encaminhamentos diversos, discutidos sempre com a profissional. Esta atuação permitiu a experiência da

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competência de “atenção à saúde”, exigida pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do

Curso de Terapia Ocupacional, onde foi possível, por exemplo, a articulação com a universidade e encaminhamento de usuários para avaliação e prescrição e cadeira de rodas.

Os acadêmicos foram estimulados a desenvolver o raciocínio clínico diante dos casos acompanhados, com liberdade para sugerirem intervenções, técnicas e atividades, associando seu conhecimento teórico prévio à prática vivenciada, favorecendo o modelo atual de preceptoria trazido por Ribeiro e Prado (2013). Neste, segundo Barreto et al (2011), a relação entre preceptor e estudante se horizontaliza, reforçando o caráter coprodutivo do processo de ensino-aprendizagem e a responsabilidade mútua no trabalho.

Os atendimentos realizados pelos estagiários eram registrados em prontuário, consolidando o raciocínio clínico sobre a relação do programa traçado, a atividade realizada, seus objetivos e o desempenho do usuário.

Mensalmente, os estagiários participaram do planejamento da equipe de forma ativa, com sugestões para o serviço e discussão dos casos. Esta troca de informações também ocorria durante a dinâmica dos atendimentos, que aconteciam em alguns momentos, em conjunto com outro profissional. A participação nos planejamentos, estudo de caso e atendimento em equipe, permitiu a experiência do trabalho interdisciplinar também preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, como cita CONASEMS (2008).

Na conclusão, houve um momento para o encerramento do estágio, no qual cada estagiário apresentou um relatório sobre o período de experiência, detalhando a atuação com dois usuários acompanhados pelo mesmo, além da confecção de um recurso voltado a um deles.

Para avaliação final, a Universidade padronizou um formulário com questões pertinentes ao estágio, associando notas a cada aspecto relacionado.

Reuniões entre coordenadores de estágio e preceptores ocorreram sempre no início, final e quando havia demanda, no decorrer dos estágios, nas quais foi possível receber orientações formais sobre o estágio curricular e o papel do profissional como preceptor, compartilhar experiências, dúvidas e inquietações do profissional sobre a sua atuação e relação com os estagiários. Estes momentos possibilitaram que o profissional, apesar de não possuir formação pedagógica para atuar como preceptor, recebesse suporte para questões surgidas durante a atuação, constatando a necessidade de

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intercessão entre a Instituição de Ensino e o profissional da prática, apresentada por

Ribeiro e Prado (2013).

3. EFEITOS ALCANÇADOS E RECOMENDAÇÕES

A evolução dos estagiários, durante o período foi nitidamente percebida pelo comportamento frente aos usuários e terapeuta ocupacional, inicialmente inseguros, devido a falta de experiência teórica e prática em relação a esta clientela. Com o decorrer das observações e experiências, realizaram intervenções e sugestões coerentes ao contexto vivenciado. Em relato durante o fechamento dos estágios, todos destacaram a experiência enriquecedora na atuação com as pessoas com deficiência visual, destacando as AVD, nas quais puderam observar o fazer do terapeuta ocupacional.

Desta forma, a preceptoria de estágio torna-se uma ferramenta essencial para a formação dos estudantes, pois os coloca de frente com a prática da Terapia Ocupacional, de forma mais próxima da realidade, com seus desafios e necessidades da clientela. Em contrapartida, a experiência com os estagiários favorece a aquisição de novos conhecimentos na área, possibilitando a atualização constante dos profissionais preceptores.

REFERÊNCIAS

BARRETO, V. H. L. et al. Papel do preceptor da atenção primária em saúde na formação da graduação e pós-graduação da Universidade Federal de Pernambuco: um termo de referência. Rev. Bras. de Educação Médica. 35(4): 578-583, 2011.

BOTTI, S. H. de O. et al. Preceptor, supervisor, tutor e mentor: quais são seus papéis?

Rev. Bras. de Educação Médica. 32(3): 363-373, 2008.

BRASIL. Resolução nº 06 de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional. Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 01 out 2014.

BRASIL. Legislação do SUS. Conselho Nacional de Secretários de Saúde - Brasília : CONASS, 2003.

CARVALHO, E. S. de S., FAGUNDES, N. C. A inserção da preceptoria no curso de graduação em Enfermagem. Rev. RENE. Fortaleza, 9(2): 98-105, 2013.

CONASEMS. A formação de profissionais de saúde em sintonia com o SUS: currículo integrado e disciplinar. Brasília: Núcleo de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do CONASEMS, 2008.

DELLA BARBA, P. C. de S. et al. Formação inovadora em Terapia Ocupacional.

Interface: Comunicação, Saúde e Educação. 16(42): 829-42, jul/set, 2012.

GUIMARÃES, D. S. L.; FALCÃO, I. V. Análise de atividades e formação do terapeuta ocupacional: um estudo com os preceptores de estágio da UFPE. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo. 15(2): 63-70, maio/ago, 2004.

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HOUAISS, A.; VILLAR M. S. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de

Janeiro: Objetiva, 2001.

RIBEIRO, K.R.B.; PRADO, M.L.do. A prática educativa dos preceptores nas residências em saúde: um estudo de reflexão. Rev. Gaúcha Enferm. 34(4): 161-165, 2013.

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