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Sebenta Direito Comercial

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Academic year: 2021

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(1)

Lições de Direito

Comercial

Prof. Doutor Rui Teixeira Santos

rui.teixeirasantos@isg.com

ISG/ISCAD Lisboa

(2)

Bibliografia

Bibliografia principal 

• Rui Teixeira Santos, Lições de Direito Comercial, Bnomics, Lisboa 2013

• Maria João mimoso, Legislação Comercial, quid juris, Lisboa, 2013

• Catarina Serra, Direito Comercial – Colectânea de casos práticos resolvidos, Coimbra Editora, Coimbra, 2009

Bibliografia acessória

• Miguel J. A. Pupo Correia, Direito Comercial – Direito de Empresa, Ediforum, 12 edição, Lisboa, 2011

• Jorge Manuel Coutinho de Abreu, Curso de Direito Comercial, Vol. I e II, 7º Edição, Almedina, Coimbra, 2009

• Paulo Olavo Cunha, Direito das Sociedades Comerciais, Almedina, Coimbra, 2008

• Paulo Olavo Cunha, Lições de Direito Comercial, Almedina, Coimbra, 2010

• Maria do rosário Epifânio, Manual de Direito da Insolvência, 2ª Edição, Almedina, 2010

• Código Comercial

• Código das Sociedades Comerciais

• Código da Insolvência e da Recuperação das empresas

• Leis uniformes de cheques, letras e livranças

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Método de avaliação

Dois Regimes possíveis:

Avaliação continua: Presença nas aulas; eleboração de Sebenta (20%) e teste de avaliação continua (com oral se estiver entre 8 e 10 valores) que vale 80%;

(5)

Objectivo da disciplina

Num sector, onde para o bom desempenho das

suas funções, é fundamental um profissional usufruir de conhecimentos sólidos nas mais

diversas valências, com óbvia predominância para o domínio jurídico, é essencial sensibilizar os

discentes para a importância da área do direito no ramo empresarial e transmitir-lhes os

conhecimentos indispensáveis para uma plena e integral ocupação dos cargos profissionais que encetarão futuramente.

• Assim, é finalidade deste programa e disciplina, dotar os estudantes, das ferramentas técnico-científicas e jurídicas necessárias, relacionadas com o sector em causa.

(6)

Sumário

I - Introdução

1. Noção de Direito Comercial.

2. Autonomia e especialidade do Direito Comercial. O

Direito das Sociedades Comerciais. O Direito da

Concorrência. O Direito da Propriedade Industrial. O Direito Bancário. O Direito dos Seguros.

3. Lei Comercial e Comércio. Retrospectiva histórica:

das Ordenações ao Código de Veiga Beirão (1888). Noção de Código. Indicações históricas sobre o

Código Comercial Português. Sistema do Código Comercial. Sistema do Código das Sociedades

Comerciais. Direito Subsidiário do Direito Empresarial.

• 4. Interpretação e integração de lacunas do Direito Empresarial. A analogia.

(7)

Intervenção Pública

A classicamente justificou-se pelas falhas do mercado e teve várias formas desde o reconhecimento jurídico do Estado Moderno:

Estado Policial ou Estado Mínimo com funções básicas de soberania

e caracterizado pelo acto e regulamento administrativo impositório; • Estado Prestador de Serviços Públicos por via contratual ou o

Estado dos contratos de concessão;

Estado Prestador de Serviços Públicos por administração directa do Estado em que o interesse publico é substituido pelo

interesse geral na economia

Estado Regulador ou neo-liberal e programador ou de Fomento e

Planeador

Estado-Garante ou Estado de Garantia (depois da crise de

2007/2008) onde a actividade típica é a actividade de garantia

(garantia dos depósitos, garantia do emprego, etç) e seguro (Cheque-estudante, voucher-(Cheque-estudante, cheque-funcionário, cheque-seguro, cheque-utente).

Estado Isonómico pós-neoliberalismo: estado de justiça, em que

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(9)

Direito Comercial

• O direito comercial pode ser observado de duas ópticas diferentes:

• Objectiva, é o direito dos comerciantes; Exemplo (penhor bancário);

• Subjectiva, é o direito da prática exercida pelos comerciantes;

(10)

Definição de Direito Comercial

• Entende-se por direito comercial o corpo de

normas, conceitos e princípios jurídicos que, no domínio do direito privado, regem os factos e as relações jurídicas comerciais.

• Trata-se, pois, de um ramo do direito privado, por isso que cuida de relações entre sujeitos

colocados em pé de igualdade jurídica.

• E é um ramo de direito privado especial, já que estabelece uma disciplina para as relações

jurídicas que se constituem no campo do

comércio, a qual globalmente se afasta da que o direito civil, como ramo comum, estabelece para a generalidade das relações jurídicas privadas.

(11)

Noções de Direito Comercial

De acordo com o nosso quadro jurídico-positivo, pode-se definir direito

comercial, também como o sistema jurídico-normativo que disciplina de modo especial os atos de comércio e os comerciantes.

O direito mercantil é um ramo do direito privado, uma vez que

regula uma organização dos sujeitos (singulares e colectivos) privados e as relações estabelecidas entre eles ou entre eles e entidades

públicas, atuando como particulares.

As leis comerciais contêm também disposições de direito público. Por exemplo, as que consagram os deveres dos comerciantes,

relativos às firmas, escrituração mercantil e inscrições no registo comercial.

• Dentro do direito privado (comum), o direito comercial é globalmente considerado especial e não excepcional. É um ramo jurídico aplicável somente a certos sujeitos, objetos ou relações. O comércio em

sentido jurídico, abarca não apenas o comércio em sentido económico, mas também industrias e serviços.

Os atos jurídico-mercantis não se situam somente nos domínios do

(12)

O Direito Comercial português atual,

além de admitir comerciantes não

empresários, regula atos de comércio

esporádicos que não têm a ver com

empresas mercantis que não sejam

determinadas por interesses ligados à

empresarialidade

São exemplos atos de:

- Fiança (Art. 101º do Código Comercial

«Solidariedade do fiador», “Todo o

fiador de obrigação mercantil, ainda que

não seja comerciante, será solidário com

o respectivo afiançado”).

(13)

- Mandato (Art. 231º do Código Comercial «Conceito de mandato

comercial», “Dá-se mandato comercial quando alguma pessoa se

encarrega de praticar um ou mais actos de comércio por mandado de outrem”. O mandato comercial, embora contenha poderes gerais, só pode autorizar actos não mercantis por declaração expressa”).

- Empréstimo (Art. 394º do Código Comercial «Requisitos da

comercialidade do empréstimo», “Para que o contrato de

empréstimo seja havido por comercial é mister que a cousa cedida seja destinada a qualquer acto mercantil”).

- Penhor (Art. 397º do Código Comercial «Requisitos da

comercialidade do penhor», “Para que o penhor seja considerado

mercantil é mister que a dívida que se cauciona proceda de acto comercial”).

- Depósito (Art. 403º do Código Comercial «Requisitos da

comercialidade do depósito», “Para que o depósito seja

considerado mercantil é necessário que seja de géneros ou de mercadorias destinados a qualquer acto de comércio”).

- Aluguer (Art. 481º do Código Comercial «Requisitos da

comercialidade do aluguer», “O aluguer será mercantil, quando a

(14)

Caracteristicas

do Direito Comercial

• Celeridade

• Garantia: Solidariedade dos devedores • Prova: admite-se qualquer tipo de prova

• Segurança

(15)

• direito comercial é um ramo direito que ganha autonomia a partir do século XIV, XV, com as primeiras sociedades anónimas comerciais que se formaram a partir do modelo das Companhias das Índias.

• As primeira sociedades comerciais apareceram ainda no final da Idade Média a partir dos contratos de Comenda. São as sociedades em comandita em que o sócio capitalista é o comanditário e o sócio que entra com o trabalho e cai ficar à frente do negócio é o

comanditado.

• O primeiro código que surgiu no sec. XIX foi um código objectivista, que ia na linha de definir os atos de comércio, como classificá-los e que quem faz atos de comércio deve ser considerado comerciante.

• O código de 1888 redigido por Veiga Beirão, Ministro da Justiça veio a tomar o lugar do Código Comercial de Ferreira Borges, datado de 1833, que consagrava uma visão subjetiva do direito comercial (o direito dos comerciantes). Este novo documento legal foi aprovado a 28 de Junho de 1888 em Lisboa, após um longo período de

discussões nas sessões da Câmara, e na sequência da adopção de um novo Código Administrativo em vigor desde 1886, código que se encontra em vigor hoje e faz junção objectivista dos atos de

comércio, que são os comerciantes ou aqueles que a lei diz que são comerciais.

Hoje o direito Comercial é basicamente o direito das

(16)

Sumário

II – Fontes e Arbitragem

1. Fontes do Direito Comercial: nacionais,

europeias e internacionais.

2. A União Europeia: Liberdade de

estabelecimento. Concorrência. PME. Política

comercial. Diretivas e Regulamentos com

interesse para a disciplina. Convenções.

3. A CNUDI, as Convenções de Haia, as

Convenções de Genebra e a UNIDROIT. O

novo ius mercatorum.

(17)

Fontes do Direito Comercial

Português

• Fontes Externas:

• - Convenções Internacionais (Art.º 8º, nº 2 da Constituição da República Portuguesa «Direito Internacional, “As normas constantes de convenções internacionais regularmente

ratificadas ou aprovadas vigoram na ordem interna após a sua publicação oficial e enquanto vincularem internacionalmente o Estado Português”).

• - Regulamentos e Diretivas da Comunidade Europeia (Art.º 8º, nº 3 da C.R.P., “As normas emanadas dos órgãos competentes das organizações internacionais de que Portugal seja parte vigoram diretamente na ordem interna, desde que tal se encontre

estabelecido nos respectivos trabalhos constitutivos”).

• As normas da generalidade das convenções internacionais e as citadas normas de “direito supranacional” prevalecem sobre a lei ordinária interna.

(18)

Fontes do Direito Comercial

Português

Fontes Internas:

- Leis (leis, decretos-lei, decretos legislativos regionais);

- Regulamentos (governo, regiões autónomas, autarquias locais, etc.). As principais fontes do direito comercial são as leis ordinárias (da

Assembleia da República, decretos-lei do governo);

Outras fontes são, também, a jurisprudência e a doutrina. As decisões judiciais participam na criação ou constituição do direito;

A doutrina é o resultado do estudo que é feito a respeito do direito; Pode-se, também, considerar os usos e costumes (Códigos

Deontológicos): ● Regras morais;

● Regras de formalidade; ● Regras de etiqueta.  

(19)

A constituição económica Portuguesa considera que o direito fundamental dos cidadãos, e a livre iniciativa, sendo o pressuposto da modernidade a liberdade e a igualdade

A vida económica assenta em instituições, como referem os artigos da constituição:

Artigo 62.º

(Direito de propriedade privada)

1. A todos é garantido o direito à propriedade privada e

à sua transmissão em vida ou por morte, nos termos da Constituição.

2. A requisição e a expropriação por utilidade pública só

podem ser efectuadas com base na lei e mediante o pagamento de justa indemnização.

(20)

Artigo 80.º

Princípios fundamentais

A organização económico-social assenta nos seguintes princípios: a) Subordinação do poder económico ao poder político

democrático;

b) Coexistência do sector público, do sector privado e do sector cooperativo e social de propriedade dos meios de produção;

c) Liberdade de iniciativa e de organização empresarial no âmbito de uma economia mista;

d) Propriedade pública dos recursos naturais e de meios de produção, de acordo com o interesse colectivo;

e) Planeamento democrático do desenvolvimento económico e social;

f) Protecção do sector cooperativo e social de propriedade dos meios de produção;

g) Participação das organizações representativas dos trabalhadores e das organizações representativas das actividades económicas na definição das principais medidas económicas e sociais.

(21)

Artigo 82.º

Sectores de propriedade dos meios de produção

1. É garantida a coexistência de três sectores de propriedade dos meios de produção.

2. O sector público é constituído pelos meios de produção cujas propriedade e gestão pertencem ao Estado ou a outras entidades públicas.

3. O sector privado é constituído pelos meios de produção cuja

propriedade ou gestão pertence a pessoas singulares ou colectivas privadas, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

4. O sector cooperativo e social compreende especificamente:

a) Os meios de produção possuídos e geridos por cooperativas, em

obediência aos princípios cooperativos, sem prejuízo das especificidades estabelecidas na lei para as cooperativas com participação pública,

justificadas pela sua especial natureza;

b) Os meios de produção comunitários, possuídos e geridos por comunidades locais;

c) Os meios de produção objecto de exploração colectiva por trabalhadores;

d) Os meios de produção possuídos e geridos por pessoas colectivas, sem carácter lucrativo, que tenham como principal objectivo a solidariedade social, designadamente entidades de natureza mutualista.

(22)

Artigo 86.º

Empresas privadas

1. O Estado incentiva a atividade empresarial, em particular das pequenas e médias empresas, e fiscaliza o cumprimento das respectivas obrigações legais, em especial por parte das

empresas que prossigam atividades de interesse económico geral.

2. O Estado só pode intervir na gestão de empresas privadas a título transitório, nos casos expressamente previstos na lei e, em regra, mediante prévia decisão judicial.

3. A lei pode definir sectores básicos nos quais seja vedada a atividade às empresas privadas e a outras entidades da mesma natureza.

• A empresa é uma organização criada por um empresário com um determinado património, que visa o lucro, sendo a

(23)

Sumário

• III – Atos de Comércio

• 1. Noção e classificação dos atos jurídicos. Atos civis e comerciais.

• 2. Conceito de ato de comércio. Artigo 2º do Código Comercial.

• 3. Classificação dos atos de comércio.

4. As atividades comerciais. Artigo 230º do Código Comercial.

(24)

O que são atos de comércio?

Os atos de comércio são um conjunto de atos

definidos no código. Não há nenhuma designação específica para atos de comércio, mas pode-se

dizer que são parte essencial da matéria mercantil.

• - Iniciou-se no Séc. XIX.

- A partir de 1932, iniciou-se o processo civil e

comercial.

O contrato unilateral não é um ato comercialUm ato comercial é um ato bilateral.

(25)

Atos de Comércio

• Art. 1º do Código Comercial • «Objecto da lei comercial»,

• “A lei comercial rege os atos de comércio sejam ou não comerciantes as pessoas que neles intervém”.

•  

• Art. 2º do Código Comercial

«Atos de Comércio»,

• “Serão considerados atos de comércio todos aqueles que se acharem especialmente regulados neste Código, e, além deles, todos os contratos e obrigações dos comerciantes, que não forem de natureza exclusivamente civil, se o contrário do próprio ato não resultar”.

• A 2ª parte presume o que são atos comerciais, com as devidas exceções.

• Atos de comércio subjetivos (todos os contratos e obrigações dos comerciantes).

(26)

Comerciantes

Art.º 13.º - Quem é comerciante São comerciantes:

1.º As pessoas, que, tendo capacidade para praticar actos de comércio, fazem deste profissão;2.º As

sociedades comerciais

Art.º 14.º - Quem não pode ser comerciante É proibida a profissão do comércio:

1.º Às associações ou corporações que não tenham por objecto interesses materiais;2.º Aos que por lei ou disposições especiais não possam comerciar.

Art.º 15.º - Dívidas comerciais do cônjuge comerciante

As dívidas comerciais do cônjuge comerciante presumem-se contraídas no exercício do seu comércio.

(27)

Personalidade e capacidade do

comerciante em nome individual é

definida no Código Civil nos termos do

artº 7º do C. com.

ARTIGO 25.o (Âmbito da lei pessoal) (CC)

• O estado dos indivíduos, a capacidade das pessoas, as relações de família e as sucessões por morte são regulados pela lei pessoal dos respectivos sujeitos, salvas as restrições

estabelecidas na presente secção.

ARTIGO 26.o (Início e termo da personalidade jurídica) (CC)

• 1. O início e termo da personalidade jurídica são fixados igualmente pela lei pessoal de cada indivíduo.

• 2. Quando certo efeito jurídico depender da sobrevivência de uma a outra pessoa e estas tiverem leis pessoais diferentes, se as presunções de sobrevivência dessas leis forem inconciliáveis, é aplicável o disposto no no 2 do artigo 68.o.

ARTIGO 27.o (Direitos de personalidade) (CC)

• 1. Aos direitos de personalidade, no que respeita à sua existência e tutela e às restrições impostas ao seu exercício, é também aplicável a lei pessoal.

• 2. O estrangeiro ou apátrida não goza, porém, de qualquer forma de tutela jurídica que não seja reconhecida na lei portuguesa.

ARTIGO 28.o (Desvios quanto às consequências da incapacidade) (CC)

• 1. O negócio jurídico celebrado em Portugal por pessoa que seja incapaz segundo a lei pessoal competente não pode ser anulado com fundamento na incapacidade no caso de a lei interna portuguesa, se fosse aplicável, considerar essa pessoa como capaz.

• 2. Esta exceção cessa, quando a outra parte tinha conhecimento da incapacidade, ou quando o negócio jurídico for unilateral, pertencer ao domínio do direito da família ou das sucessões ou respeitar à disposição de imóveis situados no estrangeiro.

• 3. Se o negócio jurídico for celebrado pelo incapaz em país estrangeiro, será observada a lei desse país, que consagrar regras idênticas às fixadas nos números anteriores.

(28)

TÍTULO II DAS RELAÇÕES JURÍDICAS (Código Civil) SUBTÍTULO I DAS PESSOAS

CAPÍTULO I Pessoas singulares

SECÇÃO I Personalidade e capacidade jurídica ARTIGO 66.o (Começo da personalidade)

1. A personalidade adquire-se no momento do nascimento completo e com vida. 2. Os direitos que a lei reconhece aos nascituros dependem do seu nascimento.

ARTIGO 67.o (Capacidade jurídica)

As pessoas podem ser sujeitos de quaisquer relações jurídicas, salvo disposição legal em contrário; nisto consiste a sua

capacidade jurídica.

ARTIGO 68.o (Termo da personalidade)

1. A personalidade cessa com a morte.

2. Quando certo efeito jurídico depender da sobrevivência de uma a outra pessoa, presume-se, em caso de dúvida, que uma e outra faleceram ao mesmo tempo.

3. Tem-se por falecida a pessoa cujo cadáver não foi encontrado ou reconhecido, quando o desaparecimento se tiver dado em

circunstâncias que não permitam duvidar da morte dela.

ARTIGO 69.o (Renúncia à capacidade jurídica)

Ninguém pode renunciar, no todo ou em parte, à sua capacidade jurídica.

(29)

ARTIGO 81.o (Limitação voluntária dos direitos de personalidade)

• 1. Toda a limitação voluntária ao exercício dos

direitos de personalidade é nula, se for contrária aos princípios da ordem pública.

• 2. A limitação voluntária, quando legal, é sempre revogável, ainda que com obrigação de indemnizar os prejuízos causados às legítimas expectativas da outra parte.

INCAPACIDADES:

1 Menoridade2. Interdição3. Inabilitação

(30)

Monoridade no Código

Civil

Incapacidades

SUBSECÇÃO I Condição jurídica dos menores ARTIGO 122.o (Menores)

É menor quem não tiver ainda completado dezoito anos de idade. (Redacção do Dec.-Lei 496/77, de 25-11)

ARTIGO 123.o (Incapacidade dos menores)

Salvo disposição em contrário, os menores carecem de capacidade para o exercício de direitos.

ARTIGO 124.o (Suprimento da incapacidade dos menores)

A incapacidade dos menores é suprida pelo poder paternal e, subsidiariamente, pela tutela, conforme se dispõe nos lugares respectivos.

(31)

SUBSECÇÃO III

Interdições

ARTIGO 138.o (Pessoas sujeitas a interdição)

1. Podem ser interditos do exercício dos seus direitos todos

aqueles que por anomalia psíquica, surdez- mudez ou cegueira se mostrem incapazes de governar suas pessoas e bens.

2. As interdições são aplicáveis a maiores; mas podem ser

requeridas e decretadas dentro do ano anterior à maioridade, para produzirem os seus efeitos a partir do dia em que o

menor se torne maior.

(Redacção do Dec.-Lei 496/77, de 25-11)

ARTIGO 139.o (Capacidade do interdito e regime da interdição)

Sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes, o interdito é

equiparado ao menor, sendo-lhe aplicáveis, com as necessárias adaptações, as disposições que regulam a

incapacidade por menoridade e fixam os meios de suprir o poder paternal.

(32)

Inabilitação no Codigo

Civil

SUBSECÇÃO IV Inabilitações

Artigo 152.o (Pessoas sujeitas a inabilitação)

Podem ser inabilitados os indivíduos cuja anomalia

psíquica, surdez-mudez ou cegueira, embora de carácter permanente, não seja de tal modo grave que justifique a sua interdição, assim como aqueles que, pela sua habitual prodigalidade ou pelo uso de bebidas alcoólicas ou de

estupefacientes, se mostrem incapazes de reger convenientemente o seu património.

Artigo 153.o (Suprimento da inabilidade)

1. Os inabilitados são assistidos por um curador, a cuja autorização estão sujeitos os actos de disposição de bens entre vivos e todos os que, em atenção às circunstâncias de cada caso, forem especificados na sentença.

(33)

Atos de comércio subjetivos

(todos os contratos e obrigações dos comerciantes)

Exemplos:

Artº. 463º/1 do Código Civil

«Concursos públicos»,

“A oferta da prestação como prémio de um concurso só é válida quando se fixar no anúncio público o prazo para a apresentação dos concorrentes”.

Exemplo: vender algo a um vizinho não é um ato comercial.

Exemplo: comprar uma casa para ele (comerciante) e para a sua família não é um ato comercial (aplica-se a lei civil).

Se for fiador de uma empresa, aplica-se o Código Comercial. Se for fiador de um particular (ex: filho) aplica-se o Código Civil. Artº. 230º (semelhante ao Artº. 1º)

«As empresas comerciais».

Quais as empresas? Nem em todas as empresas comerciais haverá a referida intermediação na troca do trabalho, nem todas as empresas comerciais têm de

funcionar com assalariados (ex: empresas de agenciamento de negócios ou transporte).

“Haver-se-ão por comerciais as empresas individuais ou colectivas, que se propuserem”.

- Atos complexos existem.

(34)

Art.º 230.º Empresas

comerciais

Haver-se-ão por comerciais as empresas, singulares ou colectivas, que se propuserem:

1.º Transformar, por meio de fábricas ou manufacturas, matérias-primas, empregando para isso, ou só operários, ou operários e máquinas;2.º

Fornecer, em épocas diferentes, géneros, quer a particulares, quer ao Estado, mediante preço convencionado;3.º Agenciar negócios ou leilões por conta de outrem em escritório aberto ao público, e mediante salário estipulado;4.º Explorar quaisquer espectáculos públicos;5.º Editar, publicar ou vender obras científicas, literárias ou artísticas;6.º Edificar ou construir casas para outrem com materiais subministrados pelo empresário;7.º

Transportar, regular e permanentemente, por água ou por terra, quaisquer pessoas, animais, alfaias ou mercadorias de outrem.

§ 1.º Não se haverá como compreendido no n.º 1.º o proprietário ou o

explorador rural que apenas fabrica ou manufactura os produtos do terreno que agriculta acessoriamente à sua exploração agrícola, nem o artista

industrial, mestre ou oficial de ofício mecânico que exerce directamente a sua arte, indústria ou ofício, embora empregue para isso, ou só operários, ou operários e máquinas.§ 2.º Não se haverá como compreendido no n.º 2.º o proprietário ou explorador rural que fizer fornecimento de produtos da respectiva propriedade.§ 3.º Não se haverá como compreendido no n.º 5.º o próprio autor que editar, publicar ou vender as suas obras.

(35)

Art.º 230.º Empresas

comerciais

• § 1.º Não se haverá como compreendido no n.º 1.º

o proprietário ou o explorador rural que apenas fabrica ou manufactura os produtos do terreno que agriculta acessoriamente à sua exploração

agrícola, nem o artista industrial, mestre ou oficial de ofício mecânico que exerce directamente a sua arte, indústria ou ofício, embora empregue para isso, ou só operários, ou operários e máquinas.§ 2.º Não se haverá como compreendido no n.º 2.º o proprietário ou explorador rural que fizer

fornecimento de produtos da respectiva propriedade.§ 3.º Não se haverá como

compreendido no n.º 5.º o próprio autor que editar, publicar ou vender as suas obras.

(36)

Código das Sociedades

Comerciais

CAPÍTULO II

Personalidade e capacidade Artigo 5o

Personalidade

As sociedades gozam de personalidade jurídica e existem como tais a partir da data do registo definitivo do contrato pelo qual se constituem, sem prejuízo do disposto quanto à constituição de sociedades por fusão, cisão ou transformação de outras.

Artigo 6o Capacidade

1. A capacidade da sociedade compreende os direitos e as obrigações necessários ou

convenientes à prossecução do seu fim, exceptuados aqueles que lhe sejam vedados por lei ou sejam inseparáveis da personalidade singular.

2. As liberalidades que possam ser consideradas usuais, segundo as circunstâncias da época e as condições da própria sociedade, não são havidas como contrárias ao fim desta. 3. Considera-se contrária ao fim da sociedade a prestação de garantias reais ou pessoais a dívidas de outras entidades, salvo se existir justificado interesse próprio da sociedade

garante ou se se tratar de sociedade em relação de domínio ou de grupo.

4. As cláusulas contratuais e as deliberações sociais que fixem à sociedade determinado objecto ou proíbam a prática de certos atos não limitam a capacidade da sociedade, mas constituem os órgãos da sociedade no dever de não excederem esse objecto ou de não praticarem esses atos.

5. A sociedade responde civilmente pelos atos ou omissões de quem legalmente a represente, nos termos em que os comitentes respondem pelos atos ou omissões dos comissários.

(37)

Da compra e venda

Artigo 463.º C. Com

- Compras e vendas comerciais

       São consideradas comerciais:      1.° As compras de coisas móveis para revender, em bruto ou trabalhadas, ou simplesmente para lhes alugar o uso;      2.º As compras, para revenda, de fundos públicos ou de quaisquer títulos de

crédito negociáveis;      3.° As vendas de coisas móveis, em bruto ou trabalhadas, e as de fundos públicos e de quaisquer títulos de crédito negociáveis, quando a aquisição houvesse sido feita no intuito de as revender;      4.° As compras e revendas de bens imóveis ou de direitos a eles inerentes, quando aquelas, para estas, houverem sido feitas;      5.° As compras e vendas de partes ou de acções de sociedades comerciais.

(38)

Da compra e venda

Artigo 464.º

- Compras e vendas não comerciais

       Não são consideradas comerciais:      1.° As compras de quaisquer coisas móveis destinadas ao uso ou consumo do comprador ou da sua família, e as revendas que porventura

desses objectos se venham a fazer;      2.° As vendas que o proprietário ou o explorador rural faça dos produtos de

propriedade sua ou por ele explorada, e dos géneros em que lhes houverem sido pagas quaisquer rendas;      3.° As

compras que os artistas, industriais, mestres e oficiais de ofícios mecânicos que exercerem directamente a sua arte, indústria ou ofício, fizerem de objectos para transformarem ou aperfeiçoarem nos seus estabelecimentos, e as vendas de tais objectos que

fizerem depois de assim transformados ou aperfeiçoados;       4.°. As compras e vendas de animais feitas pelos criadores ou engordadores.

(39)

Art.º 99.º Regime dos

atos de comércio

unilaterais

Embora o acto seja mercantil só com relação a uma das partes será regulado pelas disposições da lei comercial quanto a todos os contratantes, salvo as que só forem aplicáveis àquele ou àqueles por cujo respeito o acto é mercantil, ficando, porém, todos sujeitos à jurisdição comercial.

(40)

Classificação dos atos de

comércio

● Objectivos: são os factos jurídicos voluntários

(ou os atos, simplesmente) previstos em lei comercial e análogos.

● Subjetivos: são todos os contratos e obrigações dos comerciantes, que não forem de natureza

exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar.

(41)

Classificação dos atos

de comércio

● Acessórios: são os que devem a sua comercialidade ao facto de se ligarem ou conexionarem a atos mercantis.

● Absolutos: são comerciais devido à sua natureza intrínseca, que radica do próprio comércio, na vida mercantil. São atos

gerados e tipificados pelas necessidades da vida comercial.

Podem-se distinguir duas espécies de atos dentro desta categoria:

- Uns, – que são a maior parte – são atos absolutos em virtude de serem os atos caracterizados, típicos, essencialmente integrantes daquelas atividades que tornam o objectivo material do Direito Comercial;

- Outros são atos absolutos em razão da sua forma, ou do objecto sobre o qual incidem.

(42)

Classificação dos atos

de comércio

● Atos formalmente comerciais: os que são

regulados na lei comercial como um esquema formal,

que permanece aberto para dar cobertura a um qualquer conteúdo, mas abstraem no seu regime do objecto ou

fim para que são utilizados.

● Atos substancialmente comerciais: os que têm comercialidade em razão da própria natureza, ou seja, por representarem, em si mesmos, atos próprios de atividades materialmente mercantis.

(Promoções e descontos e ofertas são substancialmente comerciais nas atividades de comércio onde exista esse uso ou pratica e não ofendem o princípio geral da

(43)

Classificação dos atos

de comércio

● Atos de comércio causais e abstractos: diz-se

causal, todo o ato que a lei regula em ordem a preencher ou a realizar uma determinada e

específica causa-função jurídico-económica.  

É abstracto, aquele que se revela adequado a preencher uma multiplicidade indeterminada de

causas funções, podendo a relação jurídica que dele resulta ter uma vida independente da relação que lhe deu origem.

(44)

Classificação dos atos

de comércio

Atos bilateralmente comerciais ou puros

e

atos unilateralmente comerciais ou mistos:

São bilaterais ou puros os atos que têm carácter comercial em relação às duas partes.

E são unilaterais ou mistos os atos que apenas são comerciais em relação a uma das partes. E são

unilaterais ou mistos os atos que apenas são

comerciais em relação a uma das partes, e civis em relação à outra (Art. 99º do Código Comercial).

(45)

Regras do ato de comércio

As 4 regras traduzem-se em valores e necessidades:

• Forma

• Solidariedade Passiva • Prescrição

(46)

Regras do ato de

comércio

► Forma: (Art. 219º do Código Civil «Liberdade de forma», “A

validade da declaração negocial não depende da observância de forma especial, salvo quando a lei a exigir”.

É por vezes aplicado de forma mais extensa no âmbito do Direito Comercial. Que tem a intenção de promover as relações mercantis, protegendo o crédito e a boa-fé, o que leva a promover a

simplicidade da forma.  

Art. 96º do Código Comercial. «Liberdade de língua nos títulos

comerciais», “Os títulos comerciais serão válidos, qualquer que

seja a língua em que forem exarados”.  

Art. 97º do Código Comercial. «Admissibilidade da

correspondência telegráfica e seu valor», “A correspondência

será admissível em comércio nos termos e para os efeitos, como por exemplo: um telegrama enviado sem ser assinado é válido”.

(47)

Art. 396º do Código Comercial. «Prova», “O empréstimo mercantil entre comerciante admite, seja qual for o seu valor, todo o género de prova”, o que diverge com as regras gerais do Art. 1143º Código Civil «Forma» “O contrato de mútuo de valor superior a 25 000 euros só é válido se for

celebrado por escritura pública, e o de valor superior a 2500 euros se o for por documento assinado pelo mutuário”. – exigindo forma a partir de

determinado valor.  

Artº 398º do Código Comercial. «Entrega a terceiro e entrega

simbólica».

Pode convencionar-se a entrega do penhor mercantil a terceira pessoa. A entrega do penhor mercantil pode ser simbólica, a qual se efetuará:  

1º Por declarações ou verbas nos livros de quaisquer estações públicas onde se acharem as causas empenhadas;

2º Pela tradição da guia de transporte ou do conhecimento da carga dos objetos transportados;

3º Pelo endosso da cautela de penhor dos géneros e mercadorias depositadas nos armazéns gerais.

(48)

Regras do ato de

comércio

► Solidariedade passiva: A solidariedade é o regime geral no âmbito das obrigações civis, não se presume, tem que ser fruto da lei ou da vontade das partes (art. 513º do Código Civil

«Fontes da solidariedade» A solidariedade de devedores ou

credores só existe quando resulte da lei ou da vontade das partes.), sendo a regra da conjugação;

• Nas obrigações comerciais, contrariamente às obrigações civis, impera a regra da solidariedade dos coobrigados.

A solidariedade passiva enuncia-se como a solidariedade

entre os devedores, em que qualquer um deles (sendo vários os obrigados) é responsável pela satisfação, integral da obrigação e, se a satisfazer por inteiro, todos os outros devedores ficam exonerados em relação ao credor, não obstante o direito de regresso que tem o devedor que cumpriu a obrigação sobre os restantes codevedores.

(49)

Art.º 100.º Regra da

solidariedade

nas obrigações comerciais

Nas obrigações comerciais os co-obrigados são

solidários, salva estipulação contrária.§ único. Esta disposição não é extensiva aos não comerciantes quanto aos contratos que, em relação a estes, não constituírem actos comerciais.

(50)

Art. 100º do Código Comercial, onde se verifica a

solidariedade dos coobrigados, excepto nos atos de

comércio unilaterais, em que não há solidariedade para os obrigados relativamente aos quais o ato não for

comercial.

 No parágrafo Único diz-se que esta regra nao é extensiva aos não comerciantes excepto na Fiança conforme o artigo 101º

Art. 101º do Código Comercial, na previsão da

solidariedade do fiador com o afiançado,

independentemente de ser ou não comerciante,

excluindo o benefício da excussão, diferenciando-se do regime previsto no Art. 638º do Código Civil «Benefício

da excussão», em que o fiador por licitamente recusar

o cumprimento da obrigação enquanto o credor não tiver excutido a totalidade dos bens do devedor.

(51)

Regras do ato de

comércio

► Prescrição: Tem como regra o disposto na alínea

b) do art. 317º do Código Civil

«Prescrição de dois anos», prevendo o prazo de

dois anos para a prescrição dos créditos dos

comerciantes pelas suas vendas a não

comerciantes (ou sendo comerciantes, que

adquiram os bens para uso privado). Esta espécie

particular de prescrição é denominada prescrição

presuntiva, em virtude de se fundar na presunção

do cumprimento, podendo tal presunção, ser elidida

por confissão do devedor originário ou daquele que

tiver sucedido na dívida, só sendo relevante a

confissão quando feita por forma escrita. Existe,

todavia, um regime diferenciado consoante o

(52)

• Sendo, então, o devedor comerciante, não pode tirar proveito da prescrição presuntiva,

atendendo a que a lei privilegia a boa-fé e

segurança das relações jurídico-mercantis. Se, porventura, o comerciante beneficiasse da

prescrição de curto prazo ou da presunção de liquidação do débito, o devedor remisso seria

favorecido e criar-se-iam, certamente, condições adversas à concessão de créditos entre

(53)

Prescrição no Código Civil

Artigo 309.º - Prazo ordinário 

• O prazo ordinário da prescrição é de vinte anos.

Artigo 310.º - Prescrição de cinco anos 

• Prescrevem no prazo de cinco anos:

• a) As anuidades de rendas perpétuas ou vitalícias;

• b) As rendas e alugueres devidos pelo locatário, ainda que pagos por uma só vez;

• c) Os foros;

• d) Os juros convencionais ou legais, ainda que ilíquidos, e os dividendos das sociedades;

• e) As quotas de amortização do capital pagáveis com os juros;

• f) As pensões alimentícias vencidas;

(54)

Prazos

Artigo 316.º - Prescrição de seis meses 

Prescrevem no prazo de seis meses os créditos de estabelecimentos de

alojamento, comidas ou bebidas, pelo alojamento, comidas ou bebidas que forneçam, sem prejuízo do disposto na alínea a) do artigo seguinte.

Artigo 317.º - Prescrição de dois anos 

• Prescrevem no prazo de dois anos:

• a) Os créditos dos estabelecimentos que forneçam alojamento, ou alojamento e alimentação, a estudantes, bem como os créditos dos estabelecimentos de ensino, educação, assistência ou tratamento, relativamente aos serviços prestados;

• b) Os créditos dos comerciantes pelos objectos vendidos a quem não seja comerciante ou os não destine ao seu comércio, e bem assim os créditos daqueles que exerçam profissionalmente uma indústria, pelo

fornecimento de mercadorias ou produtos, execução de trabalhos ou gestão de negócios alheios, incluindo as despesas que hajam efectuado, a menos que a prestação se destine ao exercício industrial do devedor;

c) Os créditos pelos serviços prestados no exercício de profissões liberais

(55)

Presunção presuntiva e

presução ordinária

Sousa Ribeiro considera que a presunção presuntiva “constituindo uma mera presunção de pagamento não poderá aproveitar a quem tenha uma actuação em juízo que logicamente o exclua. Quando alega a prescrição e, simultaneamente, pratica um acto inconciliável com o seu pressuposto fundante, o devedor está a contradizer-se a si próprio, pois ao mesmo tempo que pretende ver

reconhecida a extinção do vínculo, com base num

presumível cumprimento, não deixa de admitir que ele ainda não se efectuou.”

É o caso, por exemplo, entre outros, da negação da existência da dívida ou da discussão do seu montante.

Prosseguindo, dir-se-à que as prescrições presuntivas,

funcionando como presunções de cumprimento, produzem a inversão do ónus da prova, de tal forma que o devedor fica liberto desse encargo, tendo, porém, o credor a

possibilidade de elidir tal presunção, provando o não cumprimento.

(56)

Para beneficiar da presunção o

devedor nao pode negar que

pagou a dívida

Contudo, o credor só poderá elidir essa presunção,

através de um acto confessório do próprio devedor, conforme resulta dos arts. 313 e 314 do Cód. Civil, sucedendo que essa confissão tanto pode ocorrer por via judicial, como extrajudicial.

Compreende-se, deste modo, que o devedor para

poder beneficiar da prescrição presuntiva de dois anos que invoca não deve negar os factos

constitutivos do direito do credor já que, ao fazê-lo, irá alegar em contradição com a sua pretensão de beneficiar da presunção de pagamento.

Sobre o devedor recai, assim, o ónus de alegar

expressamente que já pagou a dívida em questão, ao contrário do que acontece na prescrição ordinária em que aí, sim, pode confessar que não pagou e

(57)

Prazos de Prescrição de 6

meses

• I. Aos créditos resultantes da prestação do serviço de telefone móvel prestados anteriormente à entrada em vigor da revogação do Decreto-Lei nº 381-A/97, de 30 de Dezembro, pela Decreto-Lei nº 5/2004, de 10 de

Fevereiro, é aplicável o regime definido por aquele Decreto-Lei nº 381-A/87, também não os atingindo a exclusão do serviço de telefone do âmbito de aplicação da Lei nº 23/96, de 26 de Julho, determinada pelo nº 2 do artigo 127º da Lei nº 5/2004;

• II. O prazo de prescrição de seis meses previsto no nº 4 do artigo 9º do Decreto-Lei nº 381-A/97 e no nº 1 do artigo 10º da Lei nº 23/96

prevalece sobre o prazo de cinco anos constante da alínea g) do artigo 310º do Código Civil;

• III. Nos termos do disposto na redacção originária do nº 1 do artigo 10º da Lei nº 23/96, de 26 de Julho, e no nº 4 artigo 9º do Decreto-Lei nº 381-A/97, de 30 de Dezembro, o direito ao pagamento do preço de serviços de telefone móvel prescreve no prazo de seis meses após a sua prestação.

Decisão Texto Integral: Processo nº 216/09.4YFLSB (Acordão do STJ)

(58)

Acordão do STJ:

“Admite-se que não seja muito claro o texto legal. O nº 5 do artigo 9º do Decreto-Lei nº 381-A/97, atrás transcrito, não se limita a

dizer que se considera exigido o pagamento com a apresentação da factura; afirma que isso é assim “para os efeitos do número

anterior”, sendo certo que o nº 4 fixa o prazo de prescrição do

direito.

Assim, este Supremo Tribunal, por exemplo no seu acórdão de 27 de Novembro de 2003 (processo nº 04A1323, disponível em

www.dgsi.pt) , veio considerar que da conjugação destes preceitos resultava que a apresentação da factura tinha o efeito de

interromper a prescrição, afastando a necessidade de recurso a um

“meio judicial”; mas o acórdão de 6 de Julho de 2006 (processo nº

06B1755, também disponível em www.dgsi.pt), pronunciou-se em sentido contrário, atribuindo a tal apresentação, tão somente,

o efeito de constituir o devedor em mora; e no mesmo sentido

acabou por se pronunciar o acórdão de 4 de Outubro de 2007.”

• http://www.dgsi.pt/jstj.nsf/954f0ce6ad9dd8b980256b5f003fa814/ 30c641e0939b3614802576ac005adfc3

(59)

Artigo 322.º - Prescrição dos direitos da herança ou contra ela 

• A prescrição de direitos da herança ou contra ela não se completa antes de decorridos seis meses depois de haver pessoa por quem ou contra quem os direitos possam ser invocados.

(60)

Prescrição no Código Civil

Artigo 300.º - Inderrogabilidade do regime da prescrição 

São nulos os negócios jurídicos destinados a modificar os prazos legais da prescrição ou a facilitar ou dificultar por outro modo as condições em que a prescrição opera os seus efeitos.

Artigo 301.º - A quem aproveita a prescrição 

A prescrição aproveita a todos os que dela possam tirar benefício, sem excepção dos incapazes.

Artigo 302.º - Renúncia da prescrição 

1. A renúncia da prescrição só é admitida depois de haver decorrido o prazo prescricional.

2. A renúncia pode ser tácita e não necessita de ser aceita pelo beneficiário. 3. Só tem legitimidade para renunciar à prescrição quem puder dispor do benefício que a prescrição tenha criado.

Artigo 303.º - Invocação da prescrição 

O tribunal não pode suprir, de ofício, a prescrição; esta necessita, para ser eficaz, de ser invocada, judicial ou extrajudicialmente, por aquele a quem aproveita, pelo seu representante ou, tratando-se de incapaz, pelo Ministério Público.

(61)

Prescrição no Código Civil

Artigo 304.º - Efeitos da prescrição 

1. Completada a prescrição, tem o beneficiário a faculdade de recusar o

cumprimento da prestação ou de se opor, por qualquer modo, ao exercício do direito prescrito.

2. Não pode, contudo, ser repetida a prestação realizada espontaneamente em cumprimento de uma obrigação prescrita, ainda quando feita com ignorância da prescrição; este regime é aplicável a quaisquer formas de satisfação do direito prescrito, bem como ao seu reconhecimento ou à prestação de garantias.

3. No caso de venda com reserva de propriedade até ao pagamento do preço, se prescrever o crédito do preço, pode o vendedor, não obstante a prescrição,

exigir a restituição da coisa quando o preço não seja pago.

Artigo 305.º - Oponibilidade da prescrição por terceiros 

1. A prescrição é invocável pelos credores e por terceiros com legítimo interesse na sua declaração, ainda que o devedor a ela tenha renunciado.

2. Se, porém, o devedor tiver renunciado, a prescrição só pode ser invocada pelos credores desde que se verifiquem os requisitos exigidos para a

impugnação pauliana.

3. Se, demandado o devedor, este não alegar a prescrição e for condenado, o caso julgado não afecta o direito reconhecido aos seus credores.

(62)

Artigo 306.º - Início do curso da prescrição 

1. O prazo da prescrição começa a correr quando o direito puder ser exercido; se, porém, o beneficiário da prescrição só estiver obrigado a cumprir

decorrido certo tempo sobre a interpelação, só findo esse tempo se inicia o prazo da prescrição.

2. A prescrição de direitos sujeitos a condição suspensiva ou termo inicial só começa depois de a condição se verificar ou o termo se vencer.

3. Se for estipulado que o devedor cumprirá quando puder, ou o prazo for deixado ao arbítrio do devedor, a prescrição só começa a correr depois da morte dele.

4. Se a dívida for ilíquida, a prescrição começa a correr desde que ao credor seja lícito promover a liquidação; promovida a liquidação, a prescrição do resultado líquido começa a correr desde que seja feito o seu apuramento por acordo ou sentença passada em julgado.

Artigo 307.º - Prestações periódicas 

Tratando-se de renda perpétua ou vitalícia ou de outras prestações periódicas análogas, a prescrição do direito unitário do credor corre desde a exigibilidade da primeira prestação que não for paga.

Artigo 308.º - Transmissão 

1. Depois de iniciada, a prescrição continua a correr, ainda que o direito passe para novo titular.

2. Se a dívida for assumida por terceiro, a prescrição continua a correr em benefício dele, a não ser que a assunção importe reconhecimento interruptivo da prescrição.

(63)

Artigo 311.º - Direitos reconhecidos em sentença ou título executivo

• 1. O direito para cuja prescrição, bem que só presuntiva, a lei estabelecer um prazo mais curto do que o prazo ordinário fica sujeito a este último, se

sobrevier sentença passada em julgado que o reconheça, ou outro título executivo.

• 2. Quando, porém, a sentença ou outro título se referir a prestações ainda não devidas, a prescrição continua a ser, em relação a elas, a de curto prazo.

Artigo 312.º - Fundamento das prescrições presuntivas 

• As prescrições de que trata a presente subsecção fundam-se na presunção de cumprimento.

Artigo 313.º - Confissão do devedor 

• 1. A presunção de cumprimento pelo decurso do prazo só pode ser ilidida por confissão do devedor originário ou daquele a quem a dívida tiver sido

transmitida por sucessão.

• 2. A confissão extrajudicial só releva quando for realizada por escrito.

Artigo 314.º - Confissão tácita 

• Considera-se confessada a dívida se o devedor se recusar a depor ou a

prestar juramento no tribunal, ou praticar em juízo actos incompatíveis com a presunção de cumprimento.

(64)

Artigo 318.º - Causas bilaterais da suspensão 

• A prescrição não começa nem corre:

• a) Entre os cônjuges, ainda que separados judicialmente de pessoas e bens;

• b) Entre quem exerça o poder paternal e as pessoas a ele sujeitas, entre o tutor e o tutelado ou entre o curador e o curatelado;

• c) Entre as pessoas cujos bens estejam sujeitos, por lei ou por determinação judicial ou de terceiro, à administração de outrem e aquelas que exercem a administração, até serem aprovadas as contas finais;

• d) Entre as pessoas colectivas e os respectivos administradores, relativamente à responsabilidade destes pelo exercício dos seus cargos, enquanto neles se mantiverem;

• e) Entre quem presta o trabalho doméstico e o respectivo patrão, enquanto o contrato durar;

• f) Enquanto o devedor for usufrutuário do crédito ou tiver direito de penhor sobre ele.

(65)

Artigo 323.º - Interrupção promovida pelo titular 

1. A prescrição interrompe-se pela citação ou notificação judicial

de qualquer acto que exprima, directa ou indirectamente, a intenção de exercer o direito, seja qual for o processo a que o acto pertence e ainda que o tribunal seja incompetente.

2. Se a citação ou notificação se não fizer dentro de cinco dias

depois de ter sido requerida, por causa não imputável ao requerente, tem-se a prescrição por interrompida logo que decorram os cinco dias.

3. A anulação da citação ou notificação não impede o efeito

interruptivo previsto nos números anteriores.

• 4. É equiparado à citação ou notificação, para efeitos deste

artigo, qualquer outro meio judicial pelo qual se dê conhecimento do acto àquele contra quem o direito pode ser exercido.

Artigo 324.º - Compromisso arbitral 

1. O compromisso arbitral interrompe a prescrição relativamente

ao direito que se pretende tornar efectivo.

• 2. Havendo cláusula compromissória ou sendo o julgamento arbitral determinado por lei, a prescrição considera-se

(66)

Artigo 328.º - Suspensão e interrupção 

• O prazo de caducidade não se suspende nem se interrompe senão nos casos em que a lei o determine.

Artigo 329.º - Começo do prazo 

O prazo de caducidade, se a lei não fixar outra data, começa a correr no momento em que o direito puder legalmente ser exercido.

Artigo 330.º - Estipulações válidas sobre a

caducidade 

1. São válidos os negócios pelos quais se criem casos

especiais de caducidade, se modifique o regime legal desta ou se renuncie a ela, contanto que não se trate de matéria subtraída à disponibilidade das partes ou de fraude às regras legais da prescrição.

2. São aplicáveis aos casos convencionais de caducidade, na dúvida acerca da vontade dos contraentes, as disposições relativas à suspensão da prescrição.

(67)

Código Civil

Artigo 331.º - Causas impeditivas da caducidade 

• 1. Só impede a caducidade a prática, dentro do prazo legal ou convencional, do acto a que a lei ou convenção atribua efeito impeditivo.

• 2. Quando, porém, se trate de prazo fixado por contrato ou disposição legal relativa a direito disponível, impede também a caducidade o reconhecimento do direito por parte daquele contra quem deva ser exercido.

(68)

Regras do ato de

comércio

► Onerosidade: Nos atos de comércio vigora, com frequência, o princípio de Onerosidade, pois estes atos presumem-se onerosos pelo facto de a

atividade comercial visar o lucro para quem a

desenvolve e, em regra, à prestação de cada parte se fazer corresponder uma retribuição pela

contraparte, Art. 102º do Código Comercial, onde se estabelece o decurso e contagem de juros sobre os atos comerciais, sobretudo os de carácter

pecuniário, fixando ao primeiro parágrafo a

exigência escrita para a fixação das taxas de juro nos atos de comércio.

(69)

Os juros podem ser:  

Legais ou convencionais se, respectivamente, resultarem da lei

ou de estipulação interpartes;

Remuneratórios (compensatórios) ou moratórios, sendo os

primeiros convencionados como remuneração de um mútuo e os segundos tidos como indemnização devida ao credor pelo prejuízo causado pela mora dos devedores, do art. 806º do Código Civil :

«Obrigações pecuniárias»

“Na obrigação pecuniária a indemnização corresponde aos juros a contar do dia da constituição em mora”.

“Os juros devidos são os juros legais, salvo se antes da mora for devido um juro mais elevado ou as partes houverem estipulado um juro moratório diferente do legal”.

“Pode, no entanto, o credor provar que a mora lha casou dano superior aos juros referidos no número anterior e exigir a

indemnização suplementar correspondente, quando se trate de responsabilidade por facto ilícito ou pelo risco”.

(70)

Juros Legais são de 3%

O Conselho de Ministros aprovou em 13 de Março de 2013 um novo regime para os juros de mora. O anterior vigorava de 1978, tendo 35 anos de existência.

A alteração legislativa aprovada em Conselho de Ministros vem limitar a cobrança de comissões bancárias por incumprimento, admitindo-se apenas a cobrança de uma única comissão bancária por cada prestação vencida e não paga, em vez das actuais comissões sucessivas.

Além disso, as comissões bancárias passam a estar limitadas a 4% do valor da prestação mensal, com um intervalo entre um mínimo de 12 euros e um máximo de 150 euros. Esta limitação será também aplicada às empresas e não só aos particulares.

Por outro lado, foi ainda revisto o limite máximo da taxa anual de juros moratórios, que passa a ser de 3% para todas as instituições de crédito.

O anterior regime de juros de mora “encontrava-se manifestamente desajustado da realidade atual, refletindo um contexto de banca nacionalizada”, afirmou

António Almeida Henriques, secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros.

“Os consumidores e as famílias passam, a partir de hoje, a ter na lei um escudo que as defende do risco do endividamento e de práticas arbitrárias ou abusivas de juro, pagamento de comissões bancárias associadas aos juros de mora e denúncia de contratos”, resumiu o secretário de Estado.

(71)

JUROS DE MORA

COMERCIAIS

2º semestre de 2013 • 8,50% - Aviso nº 11617/2013, de 17/9 (operações sujeitas ao DL 62/2013) • 7,50% - Aviso nº 10478/2013, de 23/8

(72)

SUMÁRIO

• CONTRATOS COMERCIAIS

• 1. Princípios gerais. Deveres pré-contratuais. Os contratos de adesão. As cláusulas contratuais gerais.

• 2. Garantias

(73)

Contratos Comerciais

Os atos comerciais são praticamente todos contratos,

embora possam também existir atos não negocias, atos comerciais unilaterais e até atos ilícitos

geradores de responsabilidade extracontratual.

• Os atos jurídicos são manifestações de vontade juridicamente relevantes. Podem ser simples ou in6tencionais. São intencionais os que tinham a intenção de obter os efeitos que deles decorrem. Neste caso estão os Negócios Jurídicos.

Um contrato é um negócio jurídico mediante o qual

duas ou mais pessoas regulam unitariamente interesses jurídicos.

(74)

Contratos Civis e

Contratos Comerciais

• Autonomia privada tem menores limitações no

direito comercial:

Liberdade de celebração ou nao de negócios

jurídicos

Liberdade de selecção do tipo negocial, eLiberdade de estipulação do conteudo.

(75)

Boa Fé – artigo 227º do

Codigo Civil

• Principio da boa-fé na formação dos contratos – art. 227.º

• Principio da boa-fé na execução dos contratos – art. 239.º

• Principio da boa-fé no cumprimento das obrigações contratuais – art. 762.º/2.

• Indemnização pelo interesse contratual negativo: O lesado deverá ser colocado na posição em que estaria se NÃO tivesse encetado as negociações, tendo direito a haver aquilo que prestou na expectativa da consumação das negociações

(76)

Classificação dos

Contratos

Contratos são Típicos e atipicos, conforme

estejam ou nao regulados por lei. Por exemplo o contrato de hospedagem é um contrato atípico pois nao está regulado por lei.

• Ha contratos socialmente típicos mesmo sem

(77)

Requisitos gerais

de validade dos contratos

• Validade substancial

• Idoneidade do objecto

• Capacidade

• Legitimidade

• Eficácia

• O contrato civil pode ter efeitos diversos do contrato comercial:

• Venda civil de bens alheios é nula (art. 892º do CC, sendo valida no caso de ser comercial (artº467º do CCom)

• O empréstimo mercantil não depende da forma (art. 396º do Ccom), enquanto que o empréstimo civil está sujeito à forma escrita e até a escritura pública (art. 1143º do CC)

(78)

Civis/ Comercais

• Alguns contratos podem ser exclusivamente civis, como por exemplo a doação (art 940º e ss do CC)

• Outros sao especificamente comerciais, como a

aquisição de títulos de crédito ou negócios na bolsa (artº 463º n5 do CCom ou o artº 321º e ss co CVM)

(79)

Regras dos contratos

comerciais

Simplicidade da forma (principio da consensualidade –

art.219º do CC

Solidariedade passiva nas obrigações comerciais (cfr

art. 513º do CC e art 100o do Ccom)

Responsabilidade na Fiança do Fiador (artº 638ºCC e art. 101 do

Ccom)

Onerosidade: Juros compensatórios e moratórios

(obrigatoriedade do pagamento de juros moratórios ao Estado): 2º semestre de 2013

8,50% - Aviso nº 11617/2013, de 17/9 (operações sujeitas ao DL

62/2013)

7,50% - Aviso nº 10478/2013, de 23/8

Prescrição (artº 317 CC)

Obrigação Geral de Segurança relativa a produtos e

serviços no mercado europeu (DL 69/2005 de 7 de Março)

Proibição de concorrência desleal ((Lei nº 19/2012 de

(80)

Contratação com

clausulas contratuais

Gerais

São regras pré-elaboradas de modo

rígido que regulam certos negócios

jurídicos em que uma das partes é

indeterminada, limitando-se a propor

ou a aceitar os termos em que os

(81)

Contratação electrónica

Contratação comercial à distância com recursos

a meios informáticos e digitais, não implica o contato fisico.

Vendas à distância (DL 143/2001 de 26 de Abril, alterado pelo DL 317/2009 de 30 de outubro

Contrato celebrado à distância (artigo 2º)Contrato ao domicilio (artigo 13º)

Comércio eletrónico tem tendência à

(82)

Garantias Contratuais

Garantias clássicas: contrato

instrumental como a Garantia bancária

autonoma

On the fist demnad

Outras Garantias:

Direito de Retenção (art. 754 e

755º do CC)

(83)

Sumário

A Organização do Comerciante

1.O estabelecimento comercial. Noção. Composição. Aviamento. Clientela. Trespasse. Universalidade de facto e universalidade de direito. A Cessão de Exploração. O usufruto do estabelecimento. O estabelecimento como objecto de garantia.

2. Estabelecimento individual de responsabilidade limitada (E.I.R.L.).

3. A Empresa. Noção.

4. Estrutura Jurídica de empresas:

4.1. Agrupamentos Complementares de Empresas. 4.2. Consórcio.

4.3. Associação em participação. 4.4. Cooperativa

4.5. Empresa Pública e Entidade Pública Empresarial 4.6. Agrupamento Europeu de interesse económico 4.7. Sociedade Comercial

(84)

Empresa

• Comerciante e Empresário (conceito jurídico-mercantil da empresa)

• Art.º 230º CCom de 1888 acolhe o conceito de

empresa como atividade produtiva, como a industria e os serviços, baseadas na especulação sobre o trabalho (por contraposição ao comércio que considerado uma atividade de especulação sobre o risco): empresário era aquele que prestava determinados bens e serviços usando como principal fator produtivo o trabalho de outrem (art.º 230º nº1 “… empregando, para isso, só operários ou operário e máquinas.”

• Com a Revolução Industrial, as empresas latu sensu passam a equiparar comerciantes aos restantes

(85)

Perspetiva social e humana da

empresa

• A perspetiva jurídica enriquece-se com a visão da empresa como um todo – em particular como

decorre no Direito do Trabalho (art.º 285º do Código do Trabalho, em que o trabalhador se mantem ligado à empresa, mesmo quando a titularidade desta é transmitida).

(86)

Vários sentidos jurídicos do conceito

de empresa

• Empresa como sujeito ou agente jurídico: em

sentido restrito é op empresário e em sentido amplo é o conjunto de pessoas da organização (empresário, gestores e trabalhadores) como aparece no artº 2º nº1 da Lei da Concorrência

• Empresa como atividade: atividade exercida pelo

empresário de forma profissional e organizada,

com vista à realização de fins de produção e troca de bens e e serviços

(87)

Vários sentidos jurídicos do conceito

de empresa

• Empresa como objeto: como organização de um

conjunto de factores de produção e outros elementos congregada pelo empresário com vista ao exercício da sua atividade. Equivale ao Estabelecimento.

• Empresa como conjunto ativo de elementos: sentido dinâmico do termo empresa que é expressão da

atividade do empresário, fazendo apelo a fatores e

elementos heterogéneos atuando sobre o património de coisas e direitos e dando origem a relações jurídicas,

económicas e sociais, polarizados numa organização apta a desenvolver uma atividade económica, isto é,

um a empresa é uma instituição de carácter económico, mas também social, criador de riqueza, mas também de emprego e cultura e espaço de realização da pessoa.

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