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Audiência pública sobre P,D&I reúne 150 pessoas na ANP

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Audiência pública sobre P,D&I reúne 150 pessoas na ANP

No último dia 25 de agosto, foi realizada no auditório da ANP a audiência pública nº10/2014, referente à revisão do Regulamento Técnico ANP nº 5/2005, que trata das diretrizes, definições e normas para aplicação dos recursos a que se refere a Cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I). Estavam presentes cerca de 150 pessoas, dentre representantes de empresas petrolíferas, instituições de Ciência e

Tecnologia (ICTs) e de outras entidades como IBP, Anpei, Abespetro e Onip.

Durante o período da consulta pública - entre 1º de julho e 14 de agosto - foram recebidas sugestões e comentários de mais de 50 entidades, totalizando cerca de 500 páginas de material, todas disponibilizadas na área “Consultas e Audiências Públicas em Andamento” do site da ANP. As principais sugestões têm como foco mudanças na obrigação de aplicação de um mínimo de 10% dos recursos em empresas nacionais de até médio porte; alteração da composição e atuação do Comitê Técnico (COMTEC) e da regra de aprovação preliminar de projetos e programas pela ANP, seguindo diretrizes do COMTEC; e, ainda, a questão da propriedade intelectual.

A audiência foi aberta pelo diretor da ANP Florival Rodrigues Carvalho, que lembrou que o Regulamento Técnico ANP nº 5/2005 reflete a realidade e

particularidades do setor de petróleo e gás natural daquela época. Essa nova minuta tem despertado opiniões divergentes e isso, na opinião de Carvalho é positivo, cabendo ao regulador ouvi-las e aplicá-las ou não da melhor maneira possível. “Essa obrigação foi criada inicialmente para se promover o desenvolvimento tecnológico junto às universidades. Agora foram feitas flexibilizações, mas é essencial que não deixemos de beneficiar as instituições públicas e universidades

brasileiras e de trazer o desenvolvimento para o País”. Ele completou dizendo que, nos primeiros anos, os recursos foram utilizados para a construção de infraestrutura e laboratórios nas universidades e ICTS. “Agora o desafio é povoar esses laboratórios”, concluiu. As novas regras pretendem estimular a capacitação tecnológica de empresas brasileiras da cadeia de fornecedores do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, como forma de ampliar o conteúdo local em bases competitivas, além de estimular a interação entre instituições credenciadas e empresas no desenvolvimento e implantação de novos produtos, processos e serviços. A possibilidade de aplicação direta de pelo menos 10% dos recursos em empresas brasileiras fornecedoras tem como objetivo estimular o

desenvolvimento tecnológico no Brasil e evitar que o País seja mero absorvedor de tecnologia estrangeira. Para dar início ao debate, Luciana Mesquita, da Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (SPD) realizou explanação sobre os principais pontos da revisão que estão gerando dúvidas e controvérsias. O superintendente da SPD, Elias Ramos de Souza, reforçou que a ANP está estudando e analisando todas as contribuições ao texto antes de realizar eventuais mudanças na minuta do Regulamento, e que posteriormente a submeterá à apreciação da Procuradoria Federal junto à ANP e à Diretoria Colegiada.

Em sequência, os representantes das instituições previamente inscritos puderam falar sobre suas reivindicações. Os principais comentários proferidos durante a audiência e a consulta pública estão listados nesta edição do boletim Petróleo e P&D, na página 4.

Regulamento Técnico de

P,D&I: regulados

sugerem alterações em

texto da minuta p.4

Indústria naval: sondas

demandam mão de obra de 4

mil funcionários p.7

Obrigação de investimento em

P,D&I no 2º trimestre de 2014

bate recorde p.3

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Edição nº 12 – Agosto de 2014

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EXPEDIENTE

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

Diretora-geral

Magda Maria de Regina Chambriard

Diretores

Florival Rodrigues de Carvalho Helder Queiroz Pinto Junior José Gutman

Waldyr Martins Barroso

Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico

Elias Ramos de Souza - Superintendente

Tathiany Rodrigues Moreira de Camargo – Superintendente-adjunta Anália Francisca Ferreira – Assessora de Superintendência

Coordenação de Banco de Dados e Estatística

José Lopes de Souza – Coordenador Victor Manuel Campos Gonçalo Denise Coutinho da Silva Márcio Bezerra de Assumpção Roberta Salomão Moraes da Silva

Coordenação de Estudos Estratégicos

José Carlos Tigre – Coordenador Alice Kinue Jomori de Pinho Jacqueline Barboza Mariano

Krongnon Wailamer de Souza Regueira Ney Mauricio Carneiro da Cunha Patricia Huguenin Baran

Coordenação de Formação e Capacitação Profissional

Ana Maria Botelho M. da Cunha – Coordenadora Bruno Lopes Dinucci

Diego Gabriel da Costa Mirian Reis de Vasconcelos Rafael Cruz Coutinho Ferreira

Coordenação de Pesquisa e Desenvolvimento

Luciana Maria Souza de Mesquita – Coordenadora Marcos de Faria Asevedo

Aelson Lomonaco Pereira Alex de Jesus Augusto Abrantes Anderson Lopes Rodrigues de Lima Antônio José Valleriote Nascimento Claudio Jorge Martins de Souza Elson Meneses Correia

Joana Duarte Ouro Alves Leonardo Pereira de Queiroz Luiz Antonio Sá Campos Maria Regina Horn

Moacir Amaro dos Santos Filho

Elaboração

Denise Coutinho da Silva

Roberta Salomão Moraes da Silva Victor Manuel Campos Gonçalo

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Edição nº 12 – Agosto de 2014

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Recorde de produção do 2º trimestre gera obrigações de quase R$ 360 milhões

de investimentos em P,D&I

Com o recorde histórico de produção de petróleo no 2º trimestre de 2014, as obrigações de investimento em Pesquisa,

Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) geradas nesse período também bateram recorde. Nesse último trimestre foram gerados R$358.936.585 de obrigações em investimento, o que representa um aumento de 4% frente ao 1º trimestre de 2014 e de 2,9% em relação ao 4º trimestre de 2013, que era o recordista de obrigação. Dessa forma, o valor gerado no 1º

semestre de 2014 ultrapassou a marca de R$ 700 milhões, também um recorde.

Um dos motivos desse aumento foi o pagamento de Participação Especial pela primeira vez dos campos de Sapinhoá e Baleia Azul, que, consequentemente, geraram obrigação de investimento em P,D&I.

A Petrobrás é a única

concessionária de Baleia Azul e possui 45% de Sapinhoá. A BG Brasil possui participação de 30% e a Repsol-Sinopec de 25%, o que contribui para a redução da participação da Petrobras para 96,5% nas obrigações totais. As outras 16 concessionárias dividem os 3,5% restantes.

O prazo para a realização dos investimentos em P,D&I relativo ao período de 2014 é 30 de junho de 2015. As tabelas ao lado informam as obrigações de investimentos em P,D&I da Petrobras e das outras concessionárias de 1998 até 2014.

Obrigação de investimentos em P,D&I gerada por ano (em R$)

Ano Petrobras Outras Concessionárias Total

1998 1.884.529 - 1.884.529 1999 29.002.556 - 29.002.556 2000 94.197.339 - 94.197.339 2001 127.274.445 - 127.274.445 2002 263.536.939 - 263.536.939 2003 323.299.906 - 323.299.906 2004 392.585.953 11.117.686 403.703.639 2005 506.529.318 2.279.136 508.808.454 2006 613.841.421 2.547.915 616.389.336 2007 610.244.146 6.259.121 616.503.266 2008 853.726.089 7.132.144 860.858.233 2009 633.024.264 5.858.020 638.882.284 2010 735.337.136 11.579.885 746.917.020 2011 990.480.683 41.416.212 1.031.896.895 2012 1.148.763.766 77.922.925 1.226.686.691 2013 1.161.786.262 98.080.695 1.259.866.956 2014* 634.794.401 69.377.004 704.171.405 TOTAL 9.120.309.152 333.570.742 9.453.879.894 Fonte: SPG/ANP. * Até o 2º trimestre.

Nota: Esses valores ainda não contemplam as auditorias efetuadas pela SPG/ANP.

Obrigação de Investimentos em P,D&I gerada – Outras Concessionárias (em R$)

Concessionária 2013 2014 Acumulado* Statoil 31.821.581 16.341.210 67.819.351 BG Brasil 23.413.961 22.367.251 65.702.903 Sinochem 21.214.388 10.894.140 45.212.901 Repsol-Sinopec 4.161.681 7.035.520 44.284.421 Chevron - - 27.711.795 Petrogal 9.365.584 6.657.617 23.991.877 Queiroz Galvão 4.424.487 2.466.778 16.895.614 Shell - - 16.328.158 Frade Japão - - 9.780.656 Brasoil Manati 983.219 548.173 3.754.581

Rio das Contas** 983.219 548.173 3.754.581

Parnaíba Gas Natural 1.198.802 1.762.701 2.961.503

BP do Brasil - - 1.934.271

Maersk Oil - - 1.289.514

Petra Energia Parnaiba 513.772 755.443 1.269.215

ONGC Campos Ltda. - - 879.401

Total 98.080.695 69.377.004 333.570.742

Fonte: SPG/ANP.

* De 1998 ao 2º trimestre de 2014.

** A Panoro Energy estava sendo citada como concessionária, equivocadamente, nesse quadro, até a última publicação.

Nota: Esses valores ainda não contemplam as auditorias efetuadas pela SPG/ANP.

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Edição nº 12 – Agosto de 2014

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Agentes regulados sugerem alterações em texto de novo Regulamento

Durante a consulta e a audiência pública sobre a revisão do Regulamento Técnico ANP nº 5/2005, os pontos com mais sugestões de alteração por parte dos agentes regulados englobaram a revisão do percentual para aplicação de recursos da Cláusula, particularmente, a aplicação de pelo menos 10% dos recursos referentes à obrigação de investimentos em empresas brasileiras fornecedoras de até médio porte; a questão da propriedade intelectual e do registro de patentes; a composição e atuação do Comitê Técnico Científico (COMTEC); e a aprovação preliminar dos projetos pela ANP.

Dando continuidade à matéria publicada na edição nº11 do boletim Petróleo e P&D, em que foram publicadas opiniões de representantes das empresas petrolíferas concessionárias sobre a minuta de revisão do Regulamento, esta edição traz mais comentários

proferidos durante a consulta e a audiência pública, além de outros enviados por e-mail por participantes das reuniões prévias realizadas na UFRJ, na Unicamp, na UFBA e na UFRGS.

Novas regras para aplicação dos recursos

A partir da 11ª Rodada e na 1ª Rodada do Pré-Sal (contratos de partilha), foi estabelecida a aplicação de pelo menos 10% dos recursos referentes à obrigação de investimentos em empresas brasileiras fornecedoras da cadeia de petróleo, gás natural e biocombustíveis. O novo percentual proposto para aplicação dos recursos é:

REGULAMENTO TÉCNICO DE P,D&I

“Compreendemos as intenções do Regulamento e vemos o assunto como muito importante para o desenvolvimento da indústria brasileira. Gerar inovação através de P,D&I local é um grande desafio

na maioria dos países. Existem, porém, boas experiências com a combinação dos esforços de

atores governamentais e privados. Encontrar o equilíbrio de forças é fundamental para a inovação”.

Kjetil Solbraekke, diretor-presidente do Instituto Sintef do Brasil

“A elaboração da nova minuta sobre P,D&I vem em boa hora diante do aumento de empresas participantes no processo. Acredito que com essa versão haverá maior segurança para os investidores,

mas senti falta da estipulação de penalidades em decorrência do não cumprimento por parte das

empresas”. Professora Clarissa Brandão, pesquisadora do PRH33

“A cláusula de P,D& I constitui uma política pública acertada, que estimula o investimento privado na pesquisa e inovação. Tratar estes recursos como se fossem públicos seria uma contradição e retrocesso”.

Maurício Guedes, diretor do Parque Tecnológico da Coppe/UFRJ

“A BG Brasil acredita que os valores oriundos da Cláusula de P,D&I podem efetivamente criar o

conhecimento e a expertise necessários para transformar o País no maior hub de tecnologia e inovação no setor de petróleo e gás. Vemos nessa nova proposta de regulamentação muitas qualidades, como a criação de uma cadeia produtiva e a redução

de incertezas que cercam algumas atividades e despesas. Porém, há outras preocupações que podem,

a nosso ver, andar na contramão da inovação, como as barreiras para o desenvolvimento de protótipos em

grande escala, tão relevantes ao pré-sal, e a questão da propriedade intelectual”. Paulo Macedo, BG

Brasil

ICTs Credenciadas: aplicação de, no mínimo, 50%

dos recursos, sendo possível que até 20% dos recursos sejam aplicados em empresas de base tecnológica até médio porte;

Empresas fornecedoras nacionais (até médio porte): mínimo de 10% dos recursos;

Instalações próprias de empresaspetrolíferas, fornecedoras de qualquer porte ou ICTs credenciadas: aplicação de até 40% dos recursos.

“Gostaria de parabenizar a ANP pela inclusão de cláusula referente à participação de micro e pequenas empresas nesse esforço de inovação. As

pequenas empresas não têm acesso aos recursos

disponíveis para inovação, embora esses recursos sejam volumosos no Brasil. São ágeis, flexíveis e inovadoras e respondem muito rápido ao apoio dado. O alcance dessa medida ao longo da cadeia produtiva é algo muito importante para o desenvolvimento do

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Edição nº 12 – Agosto de 2014

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Propriedade Intelectual

A proposta do novo Regulamento Técnico é que a propriedade intelectual seja atribuída a quem

desenvolveu a tecnologia e não à empresa que transferiu os recursos financeiros para o projeto. Dessa maneira, os direitos de propriedade seriam integralmente das

instituições ou empresas que efetivamente executaram as atividades de P,D&I, e nos casos em que haja parceria, os direitos seriam compartilhados. A co-titularidade da empresa petrolífera seria em percentual correspondente à sua participação no desenvolvimento da pesquisa. “As regras para a aplicação dos recursos parece justa, pois as petrolíferas necessitam das parcerias das empresas fornecedoras nacionais para desenvolver seus projetos e problemas tecnológicos pontuais. Uma certa liberdade é primordial para que se possa respeitar os interesses da empresa com a utilização dos recursos”. Adriano Rossi, UFRGS

“Qualquer mudança de alocação de valores, seja

percentual ou absoluta, deve não só prever uma transição suave que não acarrete mudança brusca de planos de qualquer um dos atores envolvidos quanto deve ser discutida com estes atores. As consequências podem ser desastrosas, interrompendo atividades de quem é

obrigado a conviver com redução de recursos e aplicação não planejada por quem passa a ter recursos não

previstos”. Marcelo Gatass, Coordenador do Instituto Tecgraf/PUC-Rio

“Entendemos que as instituições credenciadas perdem significativamente em P,D&I com a obrigação de ceder 10% dos recursos a empresas de base tecnológica. Estas empresas possuem fins lucrativos e poderão ter

expressivos ganhos financeiros com a comercialização de produtos e/ou processos criados e patenteados a partir de recurso público”. Centro de Excelência em Pesquisa e Inovação em Petróleo, Recursos Minerais e

Armazenamento de Carbono (CEPAC), da PUC-RS

“Esse ponto traz à luz o que prevê a Lei de Inovação e acreditamos que seja o mais justo, pois a lei determina que sejam avaliados os critérios financeiros, a infraestrutura envolvida na execução do projeto e o conhecimento de cada uma das partes para que se defina a participação nos resultados dos projetos. Assim, a proposta está nos moldes previstos pela legislação”. Adriano Rossi, UFRGS

“Acreditamos que essa questão deve ser discutida caso a caso. Não é correto que a propriedade intelectual seja nem apenas da fonte de recursos nem apenas do criador do projeto. Deve ser algo

partilhado entre ambos de acordo com sua

contribuição no projeto”. Francis Bogossian, Clube de Engenharia

“Da forma como está proposto na minuta, as ICTs precisaram arcar com todos os custos de propriedade industrial, inclusive de transferência tecnológica”. Instituto Nacional de Tecnologia (INT)

“Os direitos de propriedade intelectual (PI) devem ser acordados entre a instituição de pesquisa e o cliente, caso a caso. Para a instituição de pesquisa, o mais importante é manter o direito de uso do conhecimento gerado em um projeto em atividades futuras de pesquisa. Para a realização da inovação, nem sempre é positivo que a instituição de pesquisa fique com todos os direitos de PI, dada sua falta de capacidade financeira e de estrutura necessárias à

comercialização da propriedade intelectual”. Kjetil Solbraekke, Instituto Sintef do Brasil

“A definição acerca do compartilhamento dos direitos sobre os ativos gerados pelo projeto deverá ser feita através de contrato livremente pactuado entre as partes. Caso contrário, haverá um desestímulo ao investimento em projetos cujos resultados sejam de interesse estratégico das empresas. Em razão de aspectos competitivos do mercado, é possível que os interesses dos co-titulares se tornem contrapostos, o que traria prejuízo à inserção das novidades no mercado”. Gilson Coelho, Abespetro

“Parabenizamos a ANP por colocar em prática a visão mundial de que o aporte de recursos de origem pública para P,D&I em empresa deve lhe dar prioridade de uso da tecnologia”. Cristina Quintella, Fortec

“Nosso modelo ajudou as universidades brasileiras a se capacitarem e se articularem para atender às demandas tecnológicas. O processo de patente tem que ser utilizado estrategicamente. O conjunto de obrigações patentárias tem um custo enorme, aos quais as universidades não conseguirão fazer frente. Também não conseguirão manter os depósitos internacionais. Em dois anos, não conseguirão bancar os custos no exterior e, além de entregar os papers para as cadeias globais, entregarão a tecnologia pronta. Isso vai de encontro à proposta de construção de uma cadeia produtiva brasileira”. Naldo Dantas, Anpei

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Edição nº 12 – Agosto de 2014

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Comitê Técnico Científico (COMTEC)

O novo Regulamento prevê a criação do COMTEC, com oito membros, sendo cinco da ANP e três agentes externos (um representante de petrolífera, um de empresa

fornecedora brasileira e um de instituição credenciada). Sua atribuição é estabelecer diretrizes para aplicação dos recursos em ICTs e empresas; definir áreas prioritárias, atividades e projetos de interesse; fixar percentual mínimo para aplicação de recursos em programas e projetos específicos. Também é prevista a criação de Câmaras Técnicas de Assessoramento, com participação de petrolíferas, fornecedoras e ICTs, para auxiliar sua atuação.

Aprovação Preliminar dos Projetos

Todos os projetos a serem executados por ICTs credenciadas e empresas fornecedoras – o equivalente a até 60% dos recursos – devem ser aprovados pela ANP, conforme diretrizes do COMTEC, sendo divididos em duas modalidades: demanda induzida: chamadas públicas na forma de edital ou convite, dirigidas a ICTs,

petrolíferas ou fornecedoras brasileiras (dentro do limite de 60% dos recursos); demanda espontânea:

apresentação, pelas petrolíferas, de projeto/programa a ser executado por ICTs credenciadas ou empresa fornecedora brasileira (dentro do limite de 60%).

. “O papel do COMTEC deve ser de orientação

estratégica e não operacional. As empresas de petróleo e gás estão mais aptas para entender o que é mais importante do ponto de vista de desenvolvimento tecnológico do que, talvez, um ente regulador. Isso garantiria o desenvolvimento e a aplicação mais rápida dessas tecnologias no Brasil”. Mauro Andrade, Statoil

“A instauração do Comitê parece ser uma forma controlada de direcionar os investimentos em P,D&I, mas temos que ter muito cuidado para não

burocratizar ainda mais a aprovação do uso desse recurso, pois atrasaria demais o início dos projetos. Ainda, deverá ser muito bem pensado como se definirá a formação desses comitês, a fim de termos pessoas com formação adequada para tomar decisões, sem nenhum favorecimento ou interesse próprio”. Adriano Rossi, UFRGS

“O COMTEC deve ter cunho estratégico e não operacional, o que poderá inviabilizar a aplicação dos recursos em função do tempo de análise. Sugere-se que uma pequena parte dos recursos Sugere-seja feita em forma de editais em projetos de importância nacional, como segurança de operações, meio ambiente, entre outros”. Instituto Nacional de Tecnologia (INT) “A composição proposta do COMTEC é de oito membros, sendo cinco da ANP, não sendo necessário o voto dos outros três para aprovar diretrizes. As empresas têm seus objetivos

estratégicos e não terão garantia de que os recursos sejam aplicados onde acham importante fazê-lo. Isso significa perda de autonomia na definição de estratégias, planejamento de investimentos e escolha de parceiros. Nossa proposta é que sejam

respeitadas as diretrizes tecnológicas de cada petrolífera”. André Cordeiro, gerente do Cenpes/Petrobras.

“A aprovação preliminar pelo COMTEC tem sentido e

pode ser oportuna para evitar desvios dos objetivos do regulamento. No entanto, isso deve ser feito com agilidade para se evitar prazos desgastantes na pré-análise do projeto”. Prof. Damasceno, Coordenador do Núcleo de Estudos em Biomassa e Gerenciamento de Água (NAB), da UFF

“Submeter todos os projetos à aprovação prévia

sobrecarregará ainda mais um mecanismo de análise que hoje já não funciona como se imaginou inicialmente. Sujeitar as oportunidades de negócios tecnológicos à prévia manifestação da Administração Pública é algo que por si só não parece necessário nem conveniente, pois a capacidade operacional de um laboratório, a mobilização de uma equipe de pesquisadores ou a possibilidade de se obter um diferencial competitivo decorrente de uma inovação tecnológica não podem ser mantidas em suspenso até que a ANP finalmente possa se manifestar”. Antônio Guimarães, secretário-executivo do IBP

“A análise de propostas e aprovação prévia, dado o montante de recursos, o número de ICTs envolvidas, bem como a diversidade destas, poderá levar à perda de eficiência do programa, ao demandar da ANP uma análise volumosa e trabalhosa de projetos. Esta análise demandará um tempo incompatível com a necessidade de rapidamente avançar-se em Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento”. Luiz Pinguelli Rosa, COPPE/UFRJ “Cremos que existe hoje no Brasil grande potencial ocioso de atuação pelas instituições credenciadas. A demanda induzida através de Editais, visando contratação de projetos, possibilita efetivamente a prospecção de competências instaladas nas ICTs, além de demandas e ofertas de P,D&I nas ICTs e nas empresas brasileiras, subsidiando assim uma política pública nacional no setor de petróleo e gás”. Cristina Quintella, Fortec

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Novas sondas de perfuração demandam mão de obra de 4 mil funcionários

Após sucessivas confirmações de reservas de óleo e gás natural na camada do pré-sal e perspectivas de crescimento da produção média de petróleo para 4 milhões de barris/dia entre 2020 e 2030, a indústria naval e offshore brasileira vive um momento de fortalecimento. Neste momento é fundamental atentar para a questão de capacitação de mão de obra para a construção e a operação das novas plataformas de produção, sondas de perfuração, navios de transporte de óleo cru e derivados e barcos de apoio que entrarão em operação até 2020. No campo da exploração, 29 sondas de perfuração para águas

ultraprofundas foram encomendadas pela Sete Brasil S.A.a cinco estaleiros: Jurong Aracruz (ES), Atlântico Sul (EAS, PE), Rio Grande (RS), Enseada Paraguaçu (BA) e Brasfels (RJ). Dessas 29 sondas em construção no Brasil, 28 já foram contratadas pela Petrobras para atuar na exploração das reservas do pré-sal em regime de afretamento, ou seja, a Petrobras não será dona dos ativos mas pagará uma taxa diária para sua utilização. Há estimativas de que serão necessários 4 mil funcionários para operar esses 28 equipamentos, com cronograma de entrega entre 2015 e 2020 e capacidade de perfuração de até 10 mil metros (em três mil metros de lâmina d’água).

O início dessa produção nacional traz uma série de externalidades positivas, como a geração de empregos de qualidade nos estaleiros e nas sondas de perfuração, e o acesso à tecnologia de construção através de parcerias com grandes players internacionais do setor. No que diz respeito à mão de obra, tanto para a construção quanto

para a operação, um grande entrave que o País enfrenta é a falta de qualificação e a oferta insuficiente de ensino técnico de qualidade. Faz-se necessária uma força-tarefa para formar e qualificar profissionais cada vez mais especializados.

Para a operação das sondas de perfuração, levando em consideração que há muita rotatividade (turn-over) e com o objetivo de reduzir os custos decorrentes disso, além de eliminar o risco de não operação por falta de contingente, aumentar a produtividade e garantir as metas de exploração das concessionárias, estuda-se a criação de um consórcio entre as operadoras Odebrecht, Petroserv, ODFJELL, Queiroz Galvão, Etesco e Seadr

Seadrill, com gestão do Sistema Firjan/Senai-RJ, para viabilizar um plano de formação e qualificação de profissionais especializados. Também se objetiva, com essa iniciativa, reduzir o número de estrangeiros a bordo, retendo mais conhecimentos específicos no Brasil, e diminuir o número de acidentes.

De acordo com Marco Tulio

Rodrigues, coordenador de Conteúdo Local da ANP, é importante elaborar uma sistemática de recrutamento e seleção de candidatos às vagas, contendo requisitos de acesso, testes psicológicos, técnicos e indicadores. “Os testes psicológicos são essenciais porque o regime de confinamento em

Posıção 1 sonda 21 sondas 28 sondas

2 42 56

2 42 56

2 42 56

Imediato 2 42 56

Total Líderes 8 168 224

Encarregado de Plataforma (toolpusher) 4 84 112

Sondador (driller) 4 84 112 Assistente de Sondador 8 168 224 Torrista (derrickman) 4 84 112 Assistente de Torrista 2 42 56 Total Perfuração 22 462 616 Coordenador de Treinamento + Segurança do Trabalho 6 126 168 Total SMS 6 126 168

Operador de Posicionamento + Técnicos 10 210 280

6 126 168

Encarregado de Convés + Auxiliares 12 252 336

Total Marinha 28 58 784

Chefes de Máquinas + Engenheiros 8 84 224

Supervisor de Eletrônica + Técnicos 10 210 280

Supervisor de Elétrica + Técnicos 10 210 280

Supervisor de Mecânica + Técnicos 12 252 336

Supervisor de Subsea Senior + Técnicos 8 84 224

Total Manutenção 48 1008 1344 Auxiliar de plataforma 16 336 448 Plataformista + Segurança do Trabalho 12 252 336 Total Semiqualificados 28 588 784

INDÚSTRIA NAVAL

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Edição nº 12 – Agosto de 2014

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alto-mar pode ser muito estressante.

Apesar de possuir o requisito técnico para trabalhar em uma sonda de perfuração, nem sempre um candidato está apto psicologicamente”,

completou.

Também é indispensável o planejamento e a organização dos cursos, considerando o cronograma da entrega das sondas e as vagas a bordo para realização de tutoriais, além da mobilização e capacitação das equipes executoras do projeto (coordenação, técnicos, pedagogos, docentes e psicólogos).

Em função do boom na indústria marítima mundial, tem faltado pessoal para as diversas funções

especializadas, como sondador (driller), encarregado de plataforma (toolpusher) e torrista (derrickman). A demanda mais crítica é a de sondador, que é o profissional responsável pelas operações de perfuração, sondagem e recolhimento de amostras em poços. É ele quem controla o desempenho da broca e da coluna de perfuração, inspeciona as condições de

funcionamento dos equipamentos de segurança do poço, dos instrumentos instalados na sonda e o

comportamento dos motores. A maior parte dos drillers que atuam no Brasil vem do exterior. As operadoras de sonda (drilling contractors) e empresas petrolíferas concessionárias exigem que esses

profissionais tenham uma formação avançada em controle de poço, além de inglês fluente. O treinamento requer simuladores sofisticados, ainda escassos no País. As poucas unidades são fruto de investimento de

fornecedores de equipamentos de perfuração, operadoras de sonda e empresas privadas que fornecem esse curso no Brasil, como a Maplo. Boa parte do treinamento prático do sondador é realizada dentro de um estágio supervisionado na sonda em operação. Segundo estimativa da Sete Brasil, serão necessários 112

sondadores para operar as 28 sondas de perfuração que entrarão em operação até 2020.

Com relação à mão de obra utilizada na construção das sondas, o estaleiro Jurong, responsável pela construção de sete, sendo o primeiro navio-sonda (Arpoador) a ser entregue em junho de 2015, está vencendo os desafios com o treinamento de 2 mil profissionais. Em matéria especial publicada pelo Valor Econômico no último dia 12 de agosto, Luciana Sandri, diretora institucional da Jurong, explica que “o grupo Sembcorp Marine, do qual a empresa faz parte, investiu US$ 4 milhões em um projeto de capacitação para a indústria naval que será desenvolvido em cinco anos. Estudantes do Instituto Federal do Espírito Santos (Ifes) fazem um treinamento que é equivalente a uma pós-graduação em tecnologia naval e oceânica no Ngee Ann Polytechnic de Cingapura, por um período de um ano.

Eles passam por estágio nos estaleiros da Jurong e podem atuar como multiplicadores”.

No mesmo sentido, José Roberto Mendes Freire, diretor executivo do EAS, de Pernambuco, declarou ao Valor que a empresa se preparou para vencer os desafios da construção desses navios. O primeiro dos sete será entregue em 2016 e os demais, em sequência, até 2018. “Desde 2009, a empresa vem investindo em

qualificação de mão de obra, desenvolvendo lideranças, formando profissionais e apoiando a inserção dos jovens no mercado de trabalho. O EAS enfrentou uma oferta de mão de obra escassa, a inexistência de uma cadeia de suprimentos no mercado nacional e as dificuldades naturais de se criar uma nova fronteira do setor no País, aproveitando as condições de logística favoráveis do Nordeste”, afirma. Ele destaca ainda que esse tipo de embarcação nunca havia sido construída no País, o que levou a empresa a absorver e aplicar tecnologias inovadoras, a capacitar mão de obra, envolvendo equipes e empresas de cinco continentes.

Navio-sonda

Esse tipo de embarcação, conhecida como Mobile Offshore Drilling Unit, é projetada para a perfuração de poços submarinos. A torre de perfuração localiza-se no centro do navio, onde uma abertura no casco permite a passagem da coluna de perfuração.

Navio-sonda de perfuração Fo to : P et ro br as . B lo g Fat o s e D ad o s

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ANP autoriza R$ 7,4 milhões em investimentos em P,D&I em julho

Em julho de 2014, a ANP concedeu autorização prévia para três projetos em P,D&I, totalizando investimentos

de R$ 7,4 milhões. Todos foram para implantação de infraestrutura laboratorial, conforme tabela a seguir.

Autorizações Prévias de Julho de 2014

Concessionária Projeto Instituição

Executora

Valor Autorizado (R$)

Petrobras Sistemas de Monitoração Submarinos por Ondas Guiadas UFRGS 417.329,58

Repsol Deposição de Parafinas em Sistemas Bifásicos em Dutos Unicamp 1.141.350,00

Petrobras Implantação de laboratório para montagem de células de ensaios

para avaliação de juntas de vedação por descompressão rápida UERJ 5.889.939,98

TOTAL 7.448.619,56

Fonte: SPD/ANP.

A Repsol Sinopec recebeu autorização prévia para realizar, junto com a Unicamp, estudo de deposição de parafinas em sistemas bifásicos em dutos. O petróleo é formado por uma mistura complexa de hidrocarbonetos e, no reservatório, devido às altas pressões e

temperaturas, encontra-se na forma líquida. Conforme o petróleo escoa, a pressão e a temperatura caem, e o gás dissolvido no petróleo é liberado, tornando o

escoamento bifásico. O acúmulo de depósitos de parafina em reservatórios, poços e linhas de superfície é um problema antigo e altamente custoso para indústria do petróleo. Dessa forma, o projeto objetiva uma ampla investigação experimental para entender melhor o processo. O aparato experimental será o já existente no Laboratório de Petróleo (LabPetro) e do Laboratório de Garantia de Escoamento (LGE), ambos do Cepetro-Unicamp, com as devidas adaptações para operação com gás e líquido escoado simultaneamente.

A Petrobras recebeu autorização para implantar na Uerj laboratório para montagem de células de ensaios para avaliação de juntas de vedação por descompressão rápida. Serão adquiridos equipamentos analíticos que permitirão a realização de ensaios de descompressão rápida, em instalações próximas ao centro de pesquisas da Petrobras. Atualmente esses testes são realizados no exterior. Além disso, esse laboratório de ensaios no Brasil possibilitará a redução de custos e de tempo, além de promover a capacitação nacional de técnicos

especializados, entre as equipes da Petrobras, de

fornecedores da Petrobras e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

No outro projeto autorizado, a Petrobras, juntamente com a UFRGS, realizará estudos com o objetivo de viabilizar a inspeção de dutos submersos com a técnica de ondas guiadas. Sistemas de varredura de tubulações baseados em ondas guiadas ultrassônicas vêm ganhando espaço devido à capacidade de inspecionar trechos extensos da estrutura a partir de um único ponto de acesso, sem necessidade de parada de produção ou de inserção de equipamentos no interior do duto. A técnica é especialmente atraente em casos de tubulações inacessíveis ou de difícil acesso, como aquelas que se encontram parcialmente ou totalmente enterradas ou submersas, ou que possuam revestimento de proteção contra corrosão. O inicio da comercialização da técnica se deu no final dos anos 90, e hoje o mercado é dominado por empresas europeias e norte-americanas. A natureza das ondas guiadas assegura que energia na forma de ultrassom percorra as paredes do tubo por dezenas de metros e que parte desta energia seja refletida ao encontrar obstáculos estruturais, como soldas, apoios, etc., ou defeitos, como corrosão, trincas, ou falhas no revestimento.

De 2006 a julho de 2014, a ANP concedeu 1.221 autorizações prévias, gerando investimentos em várias instituições e beneficiando diversos estados, conforme as tabelas a seguir.

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Recursos por Instituição

Instituição Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos

UFRJ 231 487.235.926 12,50% UFPE 35 158.143.374 4,06% PUC-Rio 47 135.189.822 3,47% UNICAMP 67 119.927.880 3,08% UFSC 39 116.464.750 2,99% UFRN 67 105.260.862 2,70% UFRGS 65 100.435.939 2,58% USP 60 87.046.340 2,23% UFF 26 78.008.458 2,00%

IEAPM/ Marinha do Brasil 2 73.877.740 1,89%

UFS 20 57.779.629 1,48% UERJ 27 54.891.013 1,41% UFES 17 53.758.117 1,38% UFSCar 18 50.403.080 1,29% UFBA 33 50.279.438 1,29% IPT-SP 16 49.392.281 1,27%

CIABA/ Marinha do Brasil 1 47.881.369 1,23%

INT 14 42.252.639 1,08%

CIAGA/ Marinha do Brasil 2 40.651.490 1,04%

Instituições Diversas 431 1.641.734.174 42,10%

PNQP/PROMINP* 3 348.722.780 8,94%

Total 1.221 3.899.337.103 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

*Programas de capacitação de recursos humanos que envolvem várias instituições no Brasil.

Fonte: SPD/ANP.

* O projeto PNQP/Prominp foi somado no número de projetos de SP por ser a sede administrativa, mas os recursos foram distribuídos pelas UFs de acordo com a destinação prevista no projeto.

** Estão incluídos três projetos Ciência Sem Fronteiras de participação nacional (R$336.764.378,20), o Programa INCT/MCT (R$15.186.253,80), o primeiro projeto de apoio ao PRH (R$8.122.564,80), o projeto para apoio à elaboração de projetos executivos relacionados à implantação de infraestrutura laboratorial (R$20.000.000,00) e os três poços estratigráficos (R$ 298.684.561,00).

Recursos por Unidade Federativa

UF* Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos

RJ 430 1.302.048.313 33,39% SP 216 501.887.418 12,87% PE 38 208.426.010 5,35% RS 111 191.768.758 4,92% RN 76 166.892.674 4,28% BA 49 136.564.630 3,50% SC 41 121.507.838 3,12% MG 66 113.950.974 2,92% SE 27 86.465.093 2,22% ES 18 74.537.360 1,91% PA 11 66.150.887 1,70% PR 30 60.211.539 1,54% CE 29 55.905.313 1,43% DF 22 38.174.084 0,98% MA 8 28.914.543 0,74% AL 6 19.508.135 0,50% AM 8 16.919.867 0,43% PB 17 14.585.928 0,37% GO 4 8.251.185 0,21% MS 2 7.694.684 0,20% PI 1 3.630.090 0,09% TO 1 973.944 0,02% MT 1 367.500 0,01% RO 0 144.630 0,00% Nacional** 9 673.855.705 17,28% Total 1.221 3.899.337.103 100,00%

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O quadro abaixo mostra uma divisão dos projetos por área temática.

Autorizações Prévias Concedidas pela ANP de 2006 a 2014 por Área

Área Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos

Exploração 126 242.309.191 6,21%

Produção 260 687.050.816 17,62%

Abastecimento 195 326.144.944 8,36%

Gás, Energia, Desenvolvimento Sustentável 194 281.695.935 7,22%

Gestão e Inovação 7 6.064.637 0,16%

Núcleos Regionais (multiáreas) 57 201.704.299 5,17%

PROMINP* 6 437.255.639 11,21%

Projetos Avulsos (multiáreas) 156 484.134.021 12,42%

Recursos Humanos** 195 564.477.596 14,48%

Ciência Sem Fronteiras 9 369.815.464 9,48%

Poço Estratigráfico 16 298.684.561 7,66%

Total 1.221 3.899.337.103 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

* Inclui as despesas previstas nos projetos: PNQP/Prominp, Ciaga/Marinha do Brasil e Ciaba/Marinha do Brasil e despesas de infraestrutura laboratorial no valor de R$ 66.388.520,60.

**Inclui despesas de infraestrutura laboratorial no valor de R$ 14.332.494,52.

A Figura abaixo mostra a distribuição dos recursos de P,D&I autorizados, por estado e região.

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A tabela ao lado apresenta as

concessionárias que já receberam

autorizações prévias para realização de despesas obrigatórias. A admissão destas despesas é regulamentada pela Resolução ANP nº 33/2005 e pelo Regulamento Técnico ANP nº 5/2005. Além de avaliar e aprovar os projetos encaminhados pelos

concessionários, a ANP fiscaliza o

cumprimento das normas, reconhecendo ou não a aplicação dos investimentos em P,D&I, por meio de análise técnica dos

relatórios anuais encaminhados pelos

concessionários e por visitas técnicas aos projetos.

Em julho, 69 unidades de pesquisa credenciadas

Em julho, 69 unidades de pesquisa foram credenciadas, segundo a regulamentação vigente. Dessa forma, até esse mês, 254 unidades de pesquisa de 63 instituições foram credenciadas.

Para executar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação com recursos oriundos da Cláusula de Investimento em P,D&I, as instituições interessadas devem ser credenciadas pela ANP. O credenciamento é o reconhecimento formal de que a instituição atua em atividades de pesquisa e desenvolvimento em áreas de relevante interesse para o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, e que possui infraestrutura e condições técnicas e operacionais adequadas para seu

desempenho.

Uma vez credenciada, a instituição se torna apta a receber recursos provenientes da cláusula presente nos contratos para exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural.

O credenciamento de instituições de P,D&I por parte da ANP obedece as regras, as condições e os requisitos técnicos estabelecidos pela Resolução ANP nº 47/2012, alterada pela Resolução ANP nº 36/2014, e o respectivo

Regulamento Técnico ANP nº 7/2012. O processo de credenciamento consiste em quatro etapas: cadastro de informações e envio da solicitação por intermédio do Siped no sítio na ANP na internet; protocolo, no escritório central da ANP, do documento de solicitação gerado no sistema; avaliação da solicitação, que consiste em análise técnica do pedido e, a critério da ANP, em visita técnica à instituição relevante; e emissão de parecer e formalização da decisão do credenciamento. A instituição interessada pode apresentar a solicitação de credenciamento a qualquer tempo, pois o processo é contínuo, não havendo data limite para seu encerramento. Uma mesma instituição pode ter mais de uma unidade de pesquisa credenciada, em função das peculiaridades de sua estrutura organizacional e das atividades de P,D&I por ela desenvolvidas nas diferentes áreas do setor.

No sítio da ANP, no endereço www.anp.gov.br >> Pesquisa e Desenvolvimento >> Credenciamento das Instituições de P,D&I, podem ser acessados as Resoluções ANP e o Regulamento Técnico ANP nº 7/2012, bem como arquivo tutorial contendo instruções para acesso ao Siped e preenchimento dos dados. Maiores esclarecimentos podem ser obtidos pelo e-mail: credenciamentop&d@anp.gov.br.

Projetos e Recursos por Concessionária (2006 a 2014)

Concessionária Nº de Projetos Recursos (R$) % Recursos

Petrobras 1.149 3.673.578.135 94,21% BG 25 147.213.501 3,78% Shell 4 23.418.572 0,60% Statoil 13 23.010.203 0,59% Repsol 8 9.855.984 0,25% Sinochem 7 8.656.499 0,22% Chevron 8 6.273.776 0,16% Frade Japão 1 3.157.523 0,08% BP 2 2.321.858 0,06% Queiroz Galvão 1 1.154.289 0,03% Parnaíba Gás Natural 1 300.167 0,01% ONGC 1 285.495 0,01%

Rio das Contas 1 111.101 0,00%

Total 1.221 3.899.337.103 100,00%

Fonte: SPD/ANP.

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As unidades de pesquisa de instituições credenciadas podem ser consultadas no sítio da ANP, no endereço www.anp.gov.br >> Pesquisa e Desenvolvimento >> Instituições Credenciadas.

O sistema permite realizar consultas por Unidade Federativa, Área de Pesquisa, Temas, ou ainda, listar

todas as unidades de pesquisa das instituições credenciadas. Além disso, estão disponibilizadas informações dos coordenadores e equipe técnica de cada unidade de pesquisa e a cópia da autorização publicada no Diário Oficial da União com a relação de linhas de pesquisa em que a unidade atua.

A figura a seguir mostra a localização regional das instituições credenciadas pela ANP até 31/07/2014, segundo regulamentação vigente.

Fonte: SPD/ANP.

No que tange às áreas e aos temas em que atuam as instituições credenciadas, a tabela a seguir relaciona todas as instituições ao seu escopo de pesquisa. São 254 unidades de pesquisa credenciadas pela ANP,

habilitadas para atuar nos 24 temas relacionados à indústria de petróleo, gás natural e biocombustíveis. Para mais informações sobre as unidades de pesquisa, consulte o novo sistema no sitio da ANP.

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Instituições Credenciadas, por Área e Tema

Área Tema Instituição

Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural – Onshore e Offshore

Exploração

Abendi, Ezute, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, UCL, Ufop, Unifei, UFSC, CNPEM, UERJ, USP, UFF, Unisinos, PUC-Rio, UFPR, ISDB, Unisanta, UENF, UFRJ, Unicamp, PUC-RS, ISDB, UFRGS, UFRN, UFPE, UNESP-RC, IMPA, UNB

Produção

Abendi, CTI, CNEN, Ezute, Senai Cimatec, Senai Cetind, UFOP, UFU, UFSC, CNPEM, Unifei, PUC-Rio, USP, SATC, ISDB, Unisanta, UFRGS, UENF, UFRJ, ISDB, Unicamp, INT, UCP, UNB, UFF Recuperação Avançada de Petróleo CNEN, CNPEM, UFSC, ISDB, UFRJ, PUC-Rio, UFBA, USP,

Unicamp, IMPA

Engenharia de Poço IEAv, Senai Cimatec, UFSC, UCL, CNPEM, ISDB, Unisanta, UFRJ,

UFRGS, USP, Unicamp, PUC-Rio, UCP, Unisuam, UFRRJ

Gás Natural

Produção e Processamento de Gás Natural Unisanta, UFRJ, USP, Unicamp, PUC-Rio, UFRGS Movimentação e Armazenamento de Gás

Natural Abendi, Senai Cimatec, UFSC, USP, UFRJ, PUC-Rio

Utilização de Gás Natural Unifei, UFPR, Senai Cimatec, CNPEM, PUC-Rio, ISDB, Unisanta, IPEN, INT, UFSC, UFRJ, PUC-MG

Abastecimento

Refino

Abendi, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, CNEN, Dnit, UFSC, CNPEM, CTEx, UFRJ, ISDB, Unisanta, PUC-Rio, UFRGS, UFBA, Unicamp, IPEN, UFPR, Uenf, UFRRJ

Combustíveis e Lubrificantes UFMG, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, UFRJ, Unisanta, UFRGS, USP, UFPR, PUC-Minas, Biogás

Petroquímica de 1ª e 2ª Geração IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, UFSC, UFRGS, Unisanta, INT, UFRJ, UFBA, IPEN, Uenf, UFRRJ

Biocombustíveis

Biodiesel

UFMG, Tecpar, IAC, IMT, Senai Cimatec, Senai Cetind, Unimontes, Unesp, CNPEM, UFSC, UFRJ, Unisanta, UFRGS, UFSCar, UFBA, USP, PUC-Rio, UFJF, UCP, UFPR, PUC-Minas, Unicamp, Biogás, PUC-RS

Bioetanol Unifei, IAC, IMT, Senai Cetind, CNPEM, UFRJ, UFSCar, Unicamp,

UFRGS, PUC-Rio, UENF, PUC-Minas, Biogás Energia a partir de outras fontes de

biomassa

UFMG, Tecpar, IAC, IMT, Senai Cetind, Unimontes, Feevale, CNPEM, UFGD, SATC, UFRJ, UFRGS, UFBA, INT, PUC-Rio, UFPR, UENF, Biogás

Biocombustíveis Avançados (2ª, 3ª, 4ª geração)

UFMG, IAC, IMT, Senai Cetind, CNPEM, UFRJ, UFRGS, INT, USP, Unicamp, Embrapa

Bioquerosene de Aviação IMT, Senai, Unesp, CNPEM, Unifei, UFRJ, INT, UFRGS

Outras Fontes de Energia

Hidrogênio Unesp, Senai Cetind, CNPEM, SATC, Unisanta, UFRGS, IPEN, INT,

UFRJ, USP, PUC-Rio, CNEN, UENF, PUC-RS

Energia Solar UFSC, CNPEM, UFGD, UFRGS, Unisanta, PUC-Rio, UFRJ, USP

Outras Fontes Alternativas IAC, Senai Cimatec, Unifei, PUC-Rio, ISDB, UFRJ, ITD, USP, Biogás, Embrapa

Temas Transversais

Materiais

UFMG, UFU, UFPR, Senai-RJ, Abendi, CTI, IEAv, Senai Cimatec, UFSC, Dnit, Certi, CNPEM, Unifei, UFRGS, INT, CTEx, ISDB, Unisanta, UFSCar, PUC-Rio, UFRJ, UFBA, Unicamp, UCP, CNEN, USP, UFF, UENF

Segurança e Meio Ambiente

UFBA, Tecpar, UFPR, CHM, IEAPM, JBRJ, Abendi, Ezute, IAC, IEAv, IMT, Senai Cetind, CNEN, Unimontes, Feevale, CNPEM, Unifei, IRT, UFGD, Unifap, UFSC, USP, UFRGS, Unisinos, ISDB, Unisanta, PUC-Rio, PUC-RS, UFMA, UFRJ, Unicamp, INT, UFSC, UCP, UFJF, UENF, UNB, CNEN, IMPA, UNB

Distribuição, Logística e Transporte Ezute, UFSC, CNPEM, USP, ISDB, Unisanta, Uenf, UFSCar, UFRJ, PUC-Rio, Biogás

Avaliação da Conformidade, Monitoramento e Controle

UFPR, Abendi, CTI, IEAv, Dnit, Certi, UFSC, IRT, Senai-RJ, PUC-Rio, Unisanta, UFRGS, Unicamp, UFRJ, PUC-PUC-Rio, UCP, USP, UFF, INT, Cetem, UENF

Regulação do Setor de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

Aspectos Econômicos Unifei, Ezute, Certi, UFSC, PUC-Rio, USP

Aspectos Jurídicos USP

Referências

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