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Laboratório: ICBS- sala 208
(aulas, métodos, artigos, referências, material didático)
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Vivemos em uma “nuvem” de vírus
• Nós comemos e respiramos bilhões de
vírus regularmente
• Nós carreamos genomas virais como parte
do nosso próprio genoma
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Os vírus infectam todas as formas de vida
4
Nós comemos e
respiramos vírus
5
Nós carreamos genomas virais como
parte do nosso próprio genoma
6
Cada uma de nossas células está
infectada por vírus
• Retrovírus
endógenos:
elementos
virais
derivados de retrovírus
• Traços de infecções virais ocorridas a milhares de
anos integrados no genoma humano
\
EXISTEM VÍRUS EM
TODAS AS ESPÉCIES !
_______________
BACTÉRIAS
PLANTAS
ANIMAIS
_______________
Mas, afinal,
o que é um vírus?
Diversidade viral
9 Fonte: Shutte, 2005Miovírus:
fago mais
comumente
encontrado
Podovírus:
fago com uma
ampla gama de
hospedeiros
Sifovírus
tem uma
longa cauda
não contráctil
Curvularia Thermal Tolerance Virus Vírus da tolerância termal da Curvularia Não colonizada Colonizada Temperatura 55oC Curvularia protuberata
Todos os vírus causam danos?
10
Pétalas “anormais”
Quebras de cor
Não forma pigmento em
partes da flor
Tulip breaking virus (TBV)
11
Vírus contribuem para a diminuição
do aquecimento global
12
13
Fonte: Shutte, 2005
Vírus: catalisador do ciclo de carbono
Desmatamento Queima comb. fóssil
Processos biológicos e químicos Atmosfera Combustível fóssil Plâncton Termoclima Plâncton infectado por vírus Lise do plâncton por vírus
Células não infectadas e detritos
Oceano
1 Gt: 1 bilhão de tonelada
32 Gt/ano
Se não tivesse a lise das
células a eficiência da
fotossíntese seria menor,
pois teria menos CO2 dis-
ponível.
• Nem todos os vírus causam doenças
• Maioria dos vírus são “benéficos”
Todos os vírus causam danos?
Curvularia Thermal Tolerance
• HSV‐1, HSV‐2, VZV, EBV, HCMV, HHV‐6, HHV‐7,
HHV‐8
• Uma vez infectado, estes vírus permanecem no
organismo por toda a vida
Miosina Actina
Poliovírus
Ribossomos
Átomo de carbono
HIV-1
TMV
E. coli
Fago
100.000 X
1.000.000 X
• Ordem (-virales)
• Família (-viridae)
• Gênero (-virus)
• Espécie
• Ex: Picornavirales (ordem)
Picornaviridae (família)
Enterovirus (gênero)
Poliovirus, rinovirus (espécies)
• Natureza e sequencia de ácido nucleio
• Simetria ou forma do capsídeo
• Presença ou ausência de envelope
• Dimensão do virion ou capsídeo
• ICTV: Comitê Internacional de Taxonomia de
Vírus
• 40.000 vírus isolados de bactérias, plantas,
animais e alocados em 6 ordens, 87 famílias,
349 gêneros e 2284 espécies
• Porém, há 10
30
vírus no oceano
“Em 14/05/1796, usando material com cowpox
da mão da ordenhadeira Sarah Nelmes,
Edward Jenner inoculou James Phipps, um
menino de 8 anos de idade. O menino contraiu
cowpox e recuperou-se rapidamente.
No dia 1
ode Julho, o menino foi inoculado com
poxvírus
Microscópio eletrônico
Pox vírus (varíola)
Organização Mundial de Saúde
Em 1980:
Declara erradicada a varíola
1857 >
L Pasteur father of microbiology
Louis Pasteur (1822-1895)
Chamberland Candles (filters)
1884 C Chamberland development of the Chamberland-Pasteur unglazed porcelain ultra-filter and the autoclave
Vírus do mosaico
do tabaco
HISTÓRICO
-Ellerman & Bang (1908):transmissão da leucose das aves -Rous (1911):
sarcoma das aves -Stanley (1935):
cristalização (vírus do mosaico do fumo)
-Microscopia eletronica
Em 1947 Jonas Salk foi nomeado chefe da pesquisa em vírus na University of Pittsburgh. Começou a trabalhar como vírus da polio. Para começar, ele tinha que examinar 125 amostras de vírus. Ele descobriu que eles consistiam basicamente três tipos distintos, e que uma vacina deveria incluir estes tipos para proteger contra todas as amostras do vírus.
Um dos maiores problemas à época era produzir vírus suficiente para preparar a vacina. Em 1948 J.F. Enders, T.H. Weller e F.C. Robbins) multiplicaram o virus em pedaços de
tecidos, sem a necessidade de um organismo intacto, como embriões de galinha. Bactérias freqüentemente contaminavam os tecidos, mas a equipe de Enders experimentou a penicilina–
descoberta 20 anos antes por Alexander Fleming e desenvolvida nos 1940s por Ernst Chain and Howard Florey – capaz de evitar o crescimento
bacteriano.
A partir daí vírus como o do sarampo e da polio puderam ser multiplicados em grandes quantidades.
Esta equipe ganhou o Prêmio Nobel de 1954 de fisiologia/medicina.
Fonte: http://www.pbs.org/wgbh/aso/databank/entries/dm52sa.html
\
EXISTEM VÍRUS EM
TODAS AS ESPÉCIES
QUE TEM
CÉLULAS
!
(e a imensa maioria deles
não são patogênicos
!)
_______________
BACTÉRIAS
PLANTAS
ANIMAIS
_______________
Mas, afinal,
o que é um vírus?
Vírus: definição
Microorganismos que se multiplicam
- dentro de células vivas,
-usam ( em maior ou menor grau) o sistema
de síntese das células;
- induzem a síntese de ácido nucléico viral e proteínas
capazes de auxiliá-los a infectar novas células.
- seu único objetivo é perpetuar-se na natureza !
Propriedades dos vírus frente a
outros microorganismos
MULTIPLICAÇÃO DNA SENSIBIL. A: EM DIVISÃO + _________________ MEIO NÃO VIVO BINÁRIA RNA RIBOSSOMOS ANTIBIÓT. IFN
_________________________________________________________________
Bactéria +
+ + + + -
Mycoplasma + + + + + -
Rickettsia - + + + + -
Clamídia - + + + + +
Vírus - - - - - +
______________________________________________
Medidas comuns em virologia
Micron (
) = 1/1 000 mm (10
-3mm)
Nanômetro (nm) = 1/1 000 000 mm (10
-6mm)
Ângstrom (Å) = 1/ 10 000 000 mm (10
-7mm)
Dalton (Da, D, KDa)= 1,66 x 10
–24g
Tamanho dos vírus: de 15 a 300 nm Exceção: Ebola => até 14 000 nm
O QUE É UM “VÍRION” ?
É UMA PARTÍCULA VIRAL
COMPLETA,
sinônimo de:
UMA PARTÍCULA VIRAL
INFECCIOSA
ESTRUTURA
DOS VÍRUS
Núcleo
(é o genoma)
Capsídeo
(composto por capsômeros)
Alguns vírus tem ainda:
Envelope
(derivado de membranas,
com proteínas codificadas pelo vírus)
ESTRUTURA DOS VÍRUS
CAPSÍDEO
ENVELOPE
Genomas virais
DNA
RNA
Fita simples (fs)
(“single stranded”)Fita dupla (fd)
(“double stranded”)Circular
Polaridade positiva (+) ou negativa (-)
Segmentado
fita simples
DNA
fita dupla
(todos os demais)Os genomas virais
herpesvírus
Circovírus (TTV) Parvovírus (B19)
Os genomas virais de RNA
fita simples
RNA
fita dupla
ebola RSV rotavírus reovírusRaiva Ebola Vírus respiratório sincicial
( a maioria)
GENOMAS DE RNA
Genomas de RNA de fita
positiva e negativa:
positiva: aug gca cga
met ala arg
negativa: uac cgu gcu
picorna
GENOMAS DE RNA
polaridade
positiva:
são capazes de sintetizar proteínas a partir
de seu genoma, que é igual ao mRNA !
polaridade negativa:
necessitam sintetizar seu mRNA para
depois poder sintetizar proteínas !
Genomas virais
Ácido Nucléico
DNA
RNA
Fita dupla
Positiva
Negativa
RNA
DNA
Fita simples
Fita dupla
Fita simples
Vírus com transcriptase reversa
Retroviridae
Hepadnaviridae
Imunodeficiencia humana (HIV)
imunodeficiencia bovina,
imunodeficiência felina
Leucose dos bovinos e das aves
Visna/maedi, Artrite-encefalite caprina
O CAPSÍDEO
cpv_stereo.mov
FUNÇÕES DO CAPSÍDEO
Empacotamento
Proteção do ácido nucléico (AN)
Transporte do AN p/outras
células
Fornece a especificidade para a
Capsídeo viral
Capsômeros
(formam o capsídeo)
Núcleo + capsídeo =
Nucleocapsídeo
Simetria do nucleocapsídeo
Simetria helicoidal
(rhabdo, orthomyxo, paramyxo)
Influenza (segmentado)
Raiva (não segmentado)
Vírus respiratório sincicial (não segmentado)
(Podem ser segmentados ou não)
Ebola
Simetria do nucleocapsídeo
Algumas formas
(Obs: a forma não necessariamente reflete a simetria do nucleocapsídeo!)
adenovírus
nucleocapsídeo
de paramixovírus
parvovírus
papilomavírus
100 nm
Algumas formas
herpesvírus
parainfluenza
vírus influenza
O ENVELOPE
Frouxo em relação ao capsídeo
PROTEÍNA
frequentemente glicosilada
ENVELOPE
VIRAL
bicamada fosfolipídicaCAPSÍDEO
Membrana da célula hospedeira
Bicamada
Lipídica
PROTEINAS CELULARES
+
+
+
+
+
-+
+
+
+
-+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
--
--
--
--
--
-
-+
-
-+
+
+
-PEPLôMEROS
(Frequentemente são glicosilados, i.é., são glicoproteínas )
PROTEÍNA
CADEIA LATERAL DE
CARBOHIDRATO
Ligação nas proteínas do capsídeo