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PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 1ª Turma GMWOC/aj/dan/er

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Academic year: 2021

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A C Ó R D Ã O 1ª Turma

GMWOC/aj/dan/er

RECURSO DE REVISTA. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL TRABALHISTA. MULTA APLICADA POR DESCUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO RELATIVA ÀS COTAS DE APRENDIZAGEM. AUSÊNCIA DE VAGAS NO SISTEMA “S”. IDENTIFICAÇÃO DE OUTRAS ENTIDADES QUALIFICADAS EM FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL METÓDICA. OBRIGAÇÃO DA EMPRESA.

1 - O Tribunal Regional emitiu tese

no sentido de que se deve

“interpretar o art. 430 da CLT de forma a que, não oferecendo o Sistema ‘S’ vagas ou cursos suficientes no Município em que está localizada a

empresa solicitante, tenha a

Fiscalização do Trabalho o encargo de: a) identificar a existência, no

Município, de entidade que não

pertença ao sistema “S” mas que atenda os requisitos do § 1º do art. 430; b) comunicar, oficialmente, à

empresa fiscalizada acerca da

existência dessa entidade

concedendo-lhe prazo para que adote as

providencias que lhe cabem”.

2 - Contudo, a busca por suprir a insuficiência de cursos ou vagas nos Serviços Nacionais de Aprendizagem (Sistema “S”), por intermédio da identificação de outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, é encargo de que deve se desincumbir a empresa, não podendo ser atribuído ao órgão administrativo de fiscalização.

Recurso de revista conhecido e provido.

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Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista nº TST-RR-811-80.2011.5.12.0012, em que é Recorrente UNIÃO (PGU) e Recorrida FIORELO PEGORATO COMÉRCIO E

REPRESENTAÇÕES LTDA.

O Tribunal Regional, mediante o acórdão às fls. 156-162, deu provimento ao recurso ordinário da empresa para afastar a multa que lhe foi aplicada por descumprimento da legislação relativa ao trabalho do aprendiz.

Inconformada, a União interpõe recurso de revista, às fls. 168-176, com amparo no art. 896, c, da CLT.

Admitido o recurso de revista (fls. 178-180), não houve contrarrazões, conforme a certidão à fl. 183.

O Ministério Público do Trabalho, às fls. 188-190, opinou pelo conhecimento e provimento do recurso.

É o relatório.

V O T O

1. CONHECIMENTO

O recurso é tempestivo (fls. 166 e 168) e tem

representação regular (fl. 168). Presentes os pressupostos

extrínsecos de admissibilidade, passa-se à análise dos específicos de cabimento do recurso de revista.

MULTA APLICADA POR DESCUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO RELATIVA ÀS COTAS DE APRENDIZAGEM. AUSÊNCIA DE VAGAS NO SISTEMA “S”. IDENTIFICAÇÃO DE OUTRAS ENTIDADES QUALIFICADAS EM FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL METÓDICA. OBRIGAÇÃO DA EMPRESA

O Tribunal Regional, mediante o acórdão às fls. 156-162, deu provimento ao recurso ordinário da empresa para afastar

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a multa que lhe foi aplicada por descumprimento da legislação relativa ao trabalho do aprendiz, aos seguintes fundamentos, verbis:

Trata-se de recurso interposto pela empresa FIORELO PEGORARO COMERCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA, situada na cidade de Joaçaba-SC, por meio do qual se insurge contra a sentença que indeferiu seu pedido de desconstituição do Auto de Infração e da multa dele decorrente, tendo por fundamento o 02902/2012 RO 0000811-80.2011.5.12.0012 -2 alegado descumprimento da legislação relativa ao trabalho do Aprendiz.

Data venia, merece reforma o Julgado.

Vejamos.

A empresa, visando ao cumprimento da legislação relativa ao Aprendiz, encaminhou, em 22/06/2009, ofício ao SENAC de Joaçaba/SC (cidade onde está sediada a empresa) solicitando 07 vagas no “...Curso de Aprendizagem deste Centro de Formação Profissional...” (verbis, ofício de fl. 17, verso). Na oportunidade, encaminhou ainda ao SENAC a “...relação de todas as ocupações ou funções existentes no estabelecimento, com o respectivo número de empregados em cada uma delas, para sua análise.” (verbis, ofício citado). Pondere-se, outrossim, que, na exordial, há expressa menção, pela própria recorrente, ao número de 07 (sete) vagas (segundo parágrafo de fl. 06).

Em resposta, o SENAC enviou, em 23/06/2009, o ofício de fl. 17, onde confirma “...a disponibilidade de 02 vagas, de acordo com a Lei 10.097/2000, para o Curso de Aprendizagem em Vendas (Jovem Aprendiz).” (verbis, grifo no original).

Ressalte-se que é verdade processual a ulterior contratação de 2 jovens com o respectivo encaminhamento ao SENAC para o início do curso de aprendizagem (previsto para o dia 10/08/2009, das 13:30h às 17:30h no SENAC de Joaçaba, cidade, repita-se, onde está situada a empresa).

Não obstante isso, o sr. Fiscal do Trabalho, em 07/10/2009, lavrou o seguinte Auto de Infração:

DESCRIÇÃO EMENTA/NR: Deixar de empregar

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mínimo, e 15% (quinze por cento), no máximo, dos empregados existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional.

HISTÓRICO: Em fiscalização indireta a Empresa foi notificada a comprovar a contratação de sua cota integral de aprendizes que é de 07 (sete). Comprovou apenas a contratação de 02 (dois) aprendizes, deixando portanto de contratar 05 (cinco) aprendizes. Total de prejudicados 05. Em anexo relação de empregados e tabela de cálculo da cota.”

CAPITULAÇÃO: art. 429, caput, da Consolidação das Leis do Trabalho.

ELEMENTOS DE CONVICÇÃO: Não comprovação da contratação integral de sua cota de aprendizes.

Pois bem.

Poder-se-ia, na sequência, tecer algumas considerações, a saber: • aferição da constitucionalidade ou não da lei ordinária na parte em que atribui às empresas privadas o ônus de inicialmente contratar e, após, matricular compulsoriamente o candidato em estabelecimento de educação...;

• aferição se a lei ordinária é bastante em si ou demanda uma necessária regulamentação bem mais aprofundada do que aquela que já foi efetuada pelo Poder Executivo...;

No entanto, no caso concreto, não há enfrentar tais questões na medida em que, independentemente dessas considerações, alguns aspectos saltam aos olhos e devem ser sopesados.

Como bem ressalta o jurista Arion Sayão Romita, “As entidades integrantes do chamado sistema S desenvolverão a atividade precípua para a qual foram instituídas, qual seja, a de propiciar o acompanhamento profissionalizante do jovem trabalhador.” (grifei; in “Contrato de Aprendizagem”, Revista Magister de Direito do Trabalho, vol. 4, 2007, p. 15/29). Vale lembrar que as empresas deste País já custeiam o chamado sistema “S“ e é esta a forma pela qual as entidades privadas tratam de contribuir com sua cota-parte no esforço de suprir a deficiência do Estado no tocante à profissionalização dos jovens. Por isso, deve o Sistema “S” ter o encargo de criar tantas escolas/vagas quantas forem necessárias para

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atender à demanda das empresas que são obrigadas – sob pena de multa – a cumprir os termos da lei posta.

Diante desse quadro, não parece razoável que, constatada inequivocamente a omissão do chamado Sistema “S” em cumprir a finalidade para o qual foi criado (e está sendo mantido financeiramente...), se exija das empresas (mormente aquelas que não são de grande porte) o encargo de vasculhar a localidade em que estão situadas para, ao final, encontrar “entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica”, tal como mencionado no art. 430, da CLT (redação dada pela Lei 10.097/2000). E, ainda assim, correndo o risco de que a Fiscalização do Trabalho as censure por entender, num critério puramente subjetivo, que a entidade localizada não preenche os requisitos da lei... até porque o §1º do citado art. 430 exige que tais entidades contem com “... estrutura adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados.”.

Veja-se o artigo 430, caput, da CLT:

Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber:

... Omissis ...

§1º: As entidades mencionadas neste artigo deverão contar com estrutura adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados.”

Tudo isso, enfim, sobrecarrega as empresas que deixaram de ser atendidas pelo sistema “S” (que, a duras penas, custeiam...). Por isso, entendo seja o caso de se interpretar o art. 430 da CLT de forma a que, não oferecendo o sistema “S” vagas ou cursos suficientes no Município em que está localizada a empresa solicitante, tenha a Fiscalização do Trabalho o encargo de:

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a) identificar a existência, no Município, de entidade que não pertença ao sistema “S” mas que atenda os requisitos do §1º do art. 430;

b) comunicar, oficialmente, à empresa fiscalizada acerca da existência dessa entidade concedendo-lhe prazo para que adote as providencias que lhe cabem;

É óbvio que, de posse dessa documentação, poderá a empresa interessada comprovar, futuramente, em Juízo, os fatos relativos à deficiência do oferecimento de vagas/cursos pelo Sistema “S” a fim de que este último arque com o custo da contratação das entidades (descritas na alínea “a”, pretérita) em prol da empresa solicitante.

No caso sob análise, restou incontroverso que o sistema “S”, no Município de Joaçaba, não tinha condições de oferecer o número de vagas pretendidas pela empresa (7 vagas, como consta da petição inicial, fl. 6), tendo oferecido apenas 2 (duas).

Logo, cabia à Fiscalização do Trabalho o encargo de proceder aos encaminhamentos descritos nas alíneas “a” e “b”, pretéritas, e autuar a empresa apenas se esta deixasse de matricular as pessoas contratadas nas entidades idôneas previamente indicadas pela Fiscal da área.

Como tal rito não foi seguido, reputo que, no caso em análise, deve-se considerar que a empresa, ao tempo da autuação, havia satisfatoriamente cumprido sua obrigação legal (valendo tal raciocínio enquanto mantida a situação fática descrita neste voto...).

Isto posto, dou provimento ao recurso, nos termos da fundamentação, e afasto a multa imposta.

Ainda, determino o encaminhamento de cópia do presente acórdão ao Ministério Público do Trabalho, para conhecimento e adoção de medidas que entender cabíveis.

A União insurge-se contra a decisão regional. Alega que a multa é devida, uma vez que o comando legal é expresso

no sentido de fixar uma cota legal mínima de aprendizes, apresentando-se incontroverso, ademais, que a recorrida não cumpriu tal determinação. Aduz que, ao extrair do art. 430 da CLT obrigação nele não contida, qual seja, da Fiscalização do Trabalho de

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“identificar a existência, no Município, de entidade que não pertença ao sistema 'S' mas que atenda os requisitos do § 1º do art. 430” (fl. 80), incorreu o V. acórdão em violação literal também ao indigitado dispositivo.

Assevera que não é a fiscalização do Trabalho quem

deve identificar e comunicar à empresa fiscalizada a existência de outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional, de modo a que a esta, destinatária da norma, possa cumprir o comando do art. 429. Indica violação dos arts. 429, caput, 430, caput I e II, e

628 da CLT, e 37, caput, da Constituição Federal (princípio da legalidade).

O recurso alcança conhecimento.

A obrigação de empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional, encontra assento no art. 429 da CLT.

Nas hipóteses em que os Serviços Nacionais de Aprendizagem não são capazes de oferecer cursos ou vagas suficientes para atender a demanda dos estabelecimentos, o art. 430 da CLT consolidado estabelece a possibilidade de que essa falta possa ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, verbis:

Art. 430. Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber:

I – Escolas Técnicas de Educação; (Incluído pela Lei nº 10.097, de

2000)

II – entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no

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O Tribunal Regional emitiu tese no sentido de que se deve “interpretar o art. 430 da CLT de forma a que, não

oferecendo o sistema “S” vagas ou cursos suficientes no Município em que está localizada a empresa solicitante, tenha a Fiscalização do Trabalho o encargo de: a) identificar a existência, no Município, de entidade que não pertença ao sistema “S” mas que atenda os requisitos do § 1º do art. 430; b) comunicar, oficialmente, à empresa fiscalizada acerca da existência dessa entidade concedendo-lhe prazo para que adote as providencias que concedendo-lhe cabem”. Concluiu

assim que, “como tal rito não foi seguido, reputo que, no caso em

análise, deve-se considerar que a empresa, ao tempo da autuação, havia satisfatoriamente cumprido sua obrigação legal”.

Ocorre, contudo, que a obrigação de buscar suprir a insuficiência de cursos ou vagas nos Serviços Nacionais de Aprendizagem decorre da incidência do art. 430 da CLT, que trata de obrigação a ser cumprida pela empresa, e não de encargo atribuído ao órgão administrativo de fiscalização.

Aliás, o Decreto nº 5.598/2005, que regulamenta a contratação de aprendizes, dispõe no sentido de que compete à Inspeção do Trabalho, tão somente, verificar a insuficiência de cursos ou vagas para a aprendizagem, verbis:

Art. 13. Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas

em formação técnico-profissional metódica previstas no art 8o.

Parágrafo único. A insuficiência de cursos ou vagas a que se refere o

caput será verificada pela inspeção do trabalho.

Assim, o “rito” a que se refere a decisão recorrida, segundo o qual compete à Inspeção do Trabalho identificar

a existência, no Município, de entidade que não pertença ao sistema

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“S”, mas que atenda os requisitos do § 1º do art. 430 da CLT e, posteriormente, comunicar, oficialmente, à empresa fiscalizada acerca da existência dessa entidade, concedendo-lhe, inclusive, prazo para que adote as providencias que lhe cabem, não guarda

consonância com as previsões legais e regulamentares incidentes na espécie.

Finalmente, sinale-se que não consta do quadro fático assentado pela Corte Regional que a empresa tenha buscado

identificar outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica para suprir sua demanda, limitando-se a

decisão recorrida a instituir aquele que, a seu juízo, seria o procedimento adequado a ser trilhado pela Inspeção do Trabalho em hipóteses dessa natureza.

Ante o exposto, CONHEÇO do recurso de revista por violação do art. 430 da CLT.

2. MÉRITO

MULTA APLICADA POR DESCUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO RELATIVA ÀS COTAS DE APRENDIZAGEM. AUSÊNCIA DE VAGAS NO SISTEMA “S”. IDENTIFICAÇÃO DE OUTRAS ENTIDADES QUALIFICADAS EM FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL METÓDICA. OBRIGAÇÃO DA EMPRESA

Conhecido o recurso de revista, por violação do art. 430 da CLT, DOU-LHE PROVIMENTO para, reformando o acórdão recorrido, restabelecer a sentença que julgou improcedente a ação anulatória.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Primeira Turma do Tribunal

Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do recurso de revista, por violação do art. 430 da CLT, e, no mérito, dar-lhe

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provimento para, reformando o acórdão recorrido, restabelecer a sentença que julgou improcedente a ação anulatória.

Brasília, 06 de abril de 2016.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)

WALMIR OLIVEIRA DA COSTA Ministro Relator

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