A EDUCA
A EDUCA
Ç
Ç
ÃO EM PORTUGAL
ÃO EM PORTUGAL
Os n
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í
í
veis de escolaridade em Portugal, obst
veis de escolaridade em Portugal, obst
á
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culos
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que cria ao crescimento e ao desenvolvimento, e o
que cria ao crescimento e ao desenvolvimento, e o
desinvestimento brutal na educa
desinvestimento brutal na educa
ç
ç
ão que se verifica
ão que se verifica
atualmente
atualmente
hipotecando o futuro do pa
hipotecando o futuro do pa
í
í
s e o
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melhoramento das
melhoramento das
condi
condi
ç
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ões
ões
de vida dos portugueses
de vida dos portugueses
Alguns dados e contributos para um debate e reflexão
Alguns dados e contributos para um debate e reflexão
sobre situa
sobre situa
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ç
ão do ensino em Portugal
ão do ensino em Portugal
EUGEUGÉÉNIO ROSANIO ROSA Economista Economista edr2@netcabo.pt edr2@netcabo.pt LISBOA, 6 de Fevereiro 2013 LISBOA, 6 de Fevereiro 2013
JUSTIFICA
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Ç
ÃO E OBJETIVOS
ÃO E OBJETIVOS
Estes
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“
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slides
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”
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foram utilizados numa interven
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ão que fiz num
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debate realizado no Hotel Vit
debate realizado no Hotel Vit
ó
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ria, em Lisboa, em 5.2.2013, sobre
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a SITUA
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Ç
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ÃO DO ENSINO EM PORTUGAL. Decidi divulg
ÃO DO ENSINO EM PORTUGAL. Decidi divulg
á
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-
-
los
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porque eles contêm dados oficiais e reflexões que poderão ser
porque eles contêm dados oficiais e reflexões que poderão ser
ú
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teis a todos aqueles que estão interessados em defender a
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escola p
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ú
ú
blica, uma das principais conquistas do 25 de Abril.
blica, uma das principais conquistas do 25 de Abril.
Nele, como economista, procuro
Nele, como economista, procuro
refletir
refletir
sobre a educa
sobre a educa
ç
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ão na
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ó
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tica
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do desenvolvimento, tanto sob o ponto de vista individual
do desenvolvimento, tanto sob o ponto de vista individual
como
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coletivo
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, e da utiliza
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ç
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ão eficiente dos recursos
ão eficiente dos recursos
dispon
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veis, uma
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perspetiva
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que normalmente
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é
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esquecida ou
esquecida ou
subestimada nos debates sobre a educa
subestimada nos debates sobre a educa
ç
ç
ão em Portugal
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A minha interven
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ão foi dividida em três partes, o que
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determinou que os dados destes
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“
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slides
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”
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tamb
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é
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m estejam
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organizados da mesma forma com os seguintes
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objetivos
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:
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1
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-
-
A evolu
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ão do n
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vel de escolaridade e o seu papel no
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crescimento
econ
crescimento
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mico,
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no
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desenvolvimento
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e
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no
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melhoramento das condi
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ões de vida dos portugueses.
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2
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-
-
O desinvestimento
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atual
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na educa
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ç
ç
ão em Portugal que est
ão em Portugal que est
á
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a hipotecar o futuro dos portugueses
a hipotecar o futuro dos portugueses
3
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-
-
Necessidade de um debate fundamentado, alargado e não
Necessidade de um debate fundamentado, alargado e não
corporativo sobre a educa
corporativo sobre a educa
ç
ç
ão em Portugal, e não utilizando
ão em Portugal, e não utilizando
dados falsos ou
Os
Os
objetivos
objetivos
da educa
da educa
ç
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ão
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Embora correndo o s
Embora correndo o s
é
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rio risco de ser redutor, e por
rio risco de ser redutor, e por
isso criticado, de uma forma muito sint
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é
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tica
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poderemos apontar pelo menos dois grandes
poderemos apontar pelo menos dois grandes
objetivos
objetivos
à
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educa
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ç
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ão, e nomeadamente
ão, e nomeadamente
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escola
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p
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é
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o pilar de uma educa
o pilar de uma educa
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ão democr
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tica:
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1
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-
-
A difusão e democratiza
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ç
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ão do conhecimento, dos
ão do conhecimento, dos
valores democr
valores democr
á
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ticos, e a forma
ticos, e a forma
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ão de cidadãos
ão de cidadãos
integrais (a cidadania
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é
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um
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aspeto
aspeto
fundamental);
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2
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-
A obten
A obten
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ão de conhecimentos e saberes pelos
ão de conhecimentos e saberes pelos
portugueses para que possam contribuir para o
portugueses para que possam contribuir para o
crescimento econ
crescimento econ
ó
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mico e o desenvolvimento do pa
mico e o desenvolvimento do pa
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s, e
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para o melhoramento das condi
para o melhoramento das condi
ç
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ões de vida quer
ões de vida quer
individuais quer
individuais quer
coletivas
coletivas
A questão final que se coloca
A questão final que se coloca
é
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saber e analisar, com
saber e analisar, com
objetividade
objetividade
e de uma forma fundamentada, se o
e de uma forma fundamentada, se o
sistema de ensino em Portugal e, nomeadamente a
sistema de ensino em Portugal e, nomeadamente a
escola p
escola p
ú
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blica, tem atingido inteiramente estes dois
blica, tem atingido inteiramente estes dois
grandes
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objetivos
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SER
SERÁ
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QUE O SISTEMA DE ENSINO EM PORTUGAL,
QUE O SISTEMA DE ENSINO EM PORTUGAL,
E NOMEADAMENTE O SISTEMA P
E NOMEADAMENTE O SISTEMA PÚ
ÚBLICO, QUE
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TEM SIDO SUJEITO A CONTINUAS
TEM SIDO SUJEITO A CONTINUAS
“REFORMAS
“
REFORMAS”
”
PELOS SUCESSIVOS GOVERNOS, TEM
PELOS SUCESSIVOS GOVERNOS, TEM
CONSEGUIDO ATINGIR OS SEUS OBJETIVOS ?
CONSEGUIDO ATINGIR OS SEUS OBJETIVOS ?
Alguns dados oficiais para reflexão e debate
Alguns dados oficiais para reflexão e debate
Entre 1991 e 2010, a popula
Entre 1991 e 2010, a populaçção com um não com um níível de escolaridade inferior ao vel de escolaridade inferior ao
secund
secundáário diminuiu 18 pontos percentuais em Portugal (passou de 86% rio diminuiu 18 pontos percentuais em Portugal (passou de 86% para 68%) enquanto a redu
para 68%) enquanto a reduçção mão méédia nos padia nos paííses da OCDE foi de 19 ses da OCDE foi de 19 pontos percentuais (passou de 45% para 26%)
pontos percentuais (passou de 45% para 26%)
FONTE: Education at a glance - 1999-2012 - OCDE
-19 p.p. 30% 44% 26% 18% 37% 45% OCDE 28% 48% 25% UE21 -18 p.p. 34% 53% 13% 25% 44% 31% Suécia -20 p.p. 30% 41% 29% 15% 36% 49% França -27 p.p. 38% 36% 26% 20% 27% 53% Irlanda -26 p.p. 14% 40% 46% 6% 22% 72% Itália -31 p.p. 31% 22% 47% 10% 12% 78% Espanha -14 p.p. 24% 41% 35% 14% 37% 49% Grécia -18 p.p. 15% 17% 68% 7% 8% 86% PORTUGAL Inf. 12 superior 12º Inf.12º superior 12º Inf.12º 2010-91 POPULAÇÃO - 2010 POPULAÇÃO -1991 PAÍS
Em 2012, ainda 57,8% dos portugueses tinham apenas o 3
Em 2012, ainda 57,8% dos portugueses tinham apenas o 3
º
º
ciclo
ciclo
do ensino b
do ensino b
á
á
sico ou menos, embora entre 2003
sico ou menos, embora entre 2003
-
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2012 a
2012 a
percentagem tenha diminu
percentagem tenha diminu
í
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do 9,1 pontos
do 9,1 pontos
ppercentuais
ppercentuais
(
(
-
-
13,7%)
13,7%)
FONTE: Estatisticas do Emprego - 2003-2012 - ine
12,1% 15,1% 57,8% 1.288,0 1.596,8 6.127,2 10.601,8 2012 11,3% 14,3% 59,3% 1 207,6 1 518,4 6 311,2 10 646,7 2011 10,0% 13,3% 61,5% 1.065,0 1.416,6 6 539,8 10.635,8 2010 9,5% 12,5% 62,9% 1.008,2 1.324,7 6 690,4 10.638,4 2009 9,1% 11,8% 63,8% 970,4 1.250,9 6 776,8 10.622,7 2008 8,7% 11,7% 64,1% 927,6 1.245,5 6 796,5 10.604,4 2007 8,5% 11,8% 64,2% 901,0 1.249,3 6 795,2 10.585,9 2006 8,0% 11,5% 64,8% 848,7 1.215,1 6 848,5 10.563,1 2005 7,9% 11,0% 65,5% 829,9 1.154,1 6 878,5 10.508,5 2004 6,8% 10,5% 66,9% 713,7 1.094,2 6 992,3 10.445,1 2003 % da População Total Milhares Supe-rior Secun-dário Até básic o 3º ciclo Supe-rior Secun-dário Até ao básico 3º ciclo Popula-ção total ANOS
Entre 2002
Entre 2002
-
-
2007 a popula
2007 a popula
ç
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ão
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ativa
ativa
com escolaridade at
com escolaridade at
é
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ao 3
ao 3
º
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ciclo
ciclo
b
b
á
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sico diminuiu em 7p. P. (passou de 78,1% para 71,1%), e no
sico diminuiu em 7p. P. (passou de 78,1% para 71,1%), e no
per
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í
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odo 2007
odo 2007
-
-
2012 em 12,3
2012 em 12,3
p.p
p.p
. (passou de 71,1% para 58,8%)
. (passou de 71,1% para 58,8%)
FONTE: Estatísticas Emprego - 3º Trimestre 2002-2012- INE
19,5% 15,7% 15,1% 13,9% Superior 21,7% 18,7% 17,2% 15,0% 21,9% Secundário e pós-secundário 58,8% 65,6% 67,7% 71,1% 78,1% Até ao 3º ciclo básico
21,8% 21,1% 21,6% 18,5% Básico - 3º ciclo 14,7% 17,0% 17,4% 19,8% Básico - 2º ciclo 18,9% 23,5% 24,6% 27,6% Básico - 1º ciclo 3,4% 4,0% 4,2% 5,2% Nenhum 2012 2010 2009 2007 2002 NIVEL DE ESCOLARIDADE COMPLETO
% da População Ativa Total POPULAÇÃO ATIVA
Entre o 3
Entre o 3ººTrim.Trim.--2006 e o 32006 e o 3ººTrim.Trim.--2012, os empregos ocupados por 2012, os empregos ocupados por
trabalhadores com o n
trabalhadores com o níível de escolaridade atvel de escolaridade atééao 3ao 3ººciclo do bciclo do báásico sico
diminu
diminuííram em 971 mil, enquanto os ocupados com o secundram em 971 mil, enquanto os ocupados com o secundáário rio aumenaumen- -taram
taramem 206 mil, e os com o superior cresceram em 233 mil. Os em 206 mil, e os com o superior cresceram em 233 mil. Os trabalhatrabalha- -dores
dorescom baixa escolaridade estão mais fragilizados perante a crisecom baixa escolaridade estão mais fragilizados perante a crise
FONTE : Estatísticas de Emprego 2006/2012 - INE
+233
942 909 808 776 764 719 708 Superior+206
985 998 919 865 804 781 779 Secundário e pós-secundário-971
2.730 2.947 3.237 3.377 3.628 3.701 3.700 Até ao básico -3º ciclo 2012-06 3T- 12 3T- 11 3T- 10 3T-09 3T-08 3T-07 3T-06 NIVEISPOPULAÇÃO EMPREGADA POR NIVEIS DE ESCOLARIDADE 2006/2012 - MILHARES
A an
A anáálise de um perlise de um perííodo mais longo (2002/2012) confirma que a reduodo mais longo (2002/2012) confirma que a reduçção da populaão da populaçção ão
empregada com escolaridade at
empregada com escolaridade atééao 3ao 3ººciclo bciclo báásico dsico dáá--se fundamentalmente apse fundamentalmente apóós o inicio s o inicio da crise (2002/2007:
da crise (2002/2007:--309,5 mil; 2007/2012:2309,5 mil; 2007/2012:2ººP: P: --971,3 mil) 971,3 mil) ––FONTE: FONTE: EstaEstaíísticassticasEmprego Emprego --INE INE
FONTE: Estatisticas de Emprego - 3ºT 2003 -3ºT2012-INE
427,3 -971,3 20012-07 -544,0 222,8 204,5 -971,3 20012-07 4.656,3 941,5 985,3 2.729,5 3ºT-2012 4.853,7 908,9 997,7 2.947,1 3ºT2011 4.963,6 807,7 919,1 3.236,8 3T2010 5.005,8 764,2 864,6 3.377,0 3T-2009 5.200,3 718,7 780,8 3.700,8 3ºT-2007 70,7 +380,2 -309,5 2007-02 5.200,3 1.499,5 3.700,8 3T-2007 5.200,3 718,7 780,8 3.700,8 3T-2007 5.130,1 681,0 745,7 3.703,4 3T-2005 5.125,5 663,8 705,1 3.756,6 3T-2004 5.130,4 589,6 664,0 3.876,8 3T-2003 5.129,6 1.119,3 4.010,3 3T-2002 TOTAL Superior Secundário Básico
População empregada por níveis de escolaridade - Milhares DATA
O n
O níível de escolaridade da populavel de escolaridade da populaçção empregada em Portugal no perão empregada em Portugal no perííodo odo
2002
2002--2012 2012 ––Em 2012 ainda 58,6% dos empregados tinha o bEm 2012 ainda 58,6% dos empregados tinha o báásico ou menossico ou menos
FONTE: Estatisticas de Emprego - 3ºT 2003 -3ºT2012-INE
12,5 p.p. -12,5 p.p. 20012-07 20,2% 21,2% 58,6% 3ºT-2012 18,7% 20,6% 60,7% 3ºT2011 16,3% 18,5% 65,2% 3T2010 15,5% 17,2% 67,3% 3T-2009 14,7% 15,5% 69,8% 3ºT2008 13,8% 15,0% 71,2% 3ºT-2007 + 7,0 p. p. -7,0 p. p. 2007-02 28,8% 71,2% 3T-2007 13,7% 15,0% 71,3% 3T-2006 13,3% 14,5% 72,2% 3T-2005 11,5% 12,9% 75,6% 3T-2003 21,8% 78,2% 3T-2002 Superior Secundário Básico
População empregada por níveis de escolaridade - Em % do Total DATA
POPULA
POPULAÇÇÃO DESEMPREGADA POR NIVEIS DE ESCOLARIDADE: Em 2012, o nÃO DESEMPREGADA POR NIVEIS DE ESCOLARIDADE: Em 2012, o nºº
de desempregados com o ensino b
de desempregados com o ensino báásico era 2,4 vezes superior aos com o sico era 2,4 vezes superior aos com o
secund
secundáário e 3,7 vezes aos com o ensino superiorrio e 3,7 vezes aos com o ensino superior
89,4 205,2 20012-07 72,8 148,4 205,2 20012-07 137,5 215,5 517,9 3ºT-2012 94,3 147,2 448,2 3ºT2011 68,5 122,3 418,6 3T2010 64,3 93,7 389,7 3T-2009 50,9 66,2 298,9 3ºT2008 64,7 67,1 312,7 3ºT-2007 65,6 102,9 2007-02 131,8 312,7 3T-2007 64,7 67,1 312,7 3T-2007 54,0 70,6 292,8 3T-2006 59,6 64,5 305,9 3T-2005 66,2 209,8 3T-2002 Superior Secundário Básico
População desempregada por escolaridade - Milhares DATA
Para al
Para aléém da crise e da consequente m da crise e da consequente ““expulsãoexpulsão””do emprego de trabalhadores de do emprego de trabalhadores de baixa escolaridade e aumento do desemprego, as
baixa escolaridade e aumento do desemprego, as ““Novas OportunidadesNovas Oportunidades””deram deram um contributo no aumento quantitativo do n
um contributo no aumento quantitativo do níível de escolaridade da populavel de escolaridade da populaçção ão
empregada atrav
empregada atravéés da concessão de certificados do 9s da concessão de certificados do 9ººe 12e 12ººano. Em 2009: ano. Em 2009:
53.890 certificados do 9
Em 2010, segundo o relat
Em 2010, segundo o relat
ó
ó
rio de execu
rio de execu
ç
ç
ão do POPH, as
ão do POPH, as
“
“
Novas
Novas
Oportunidades
Oportunidades
”
”
concederam os seguintes certificados (
concederam os seguintes certificados (
a)
a)
Do 9
Do 9
º
º
ano 76.292 certificados; (b) Do 12
ano 76.292 certificados; (b) Do 12
º
º
ano 45.393 certificados
ano 45.393 certificados
Em 2011, segundo o relat
Em 2011, segundo o relat
ó
ó
rio de execu
rio de execu
ç
ç
ão do POPH, as
ão do POPH, as
“
“
Novas
Novas
Oportunidades
Oportunidades
”
”
concederam os seguintes certificados: (a) Do 9
concederam os seguintes certificados: (a) Do 9
º
º
ano: 38.449 certificados; (b) Do 12
DIPLOMADOS DO ENSINO SUPERIOR E SUA REPARTI
DIPLOMADOS DO ENSINO SUPERIOR E SUA REPARTIÇÇÃO POR ÃO POR ÁÁREAS DE ESTUDO ENTRE REAS DE ESTUDO ENTRE 1983/2010. Ser
1983/2010. Serááeste crescimento de licenciados (42.124/ano) suficiente e estaeste crescimento de licenciados (42.124/ano) suficiente e estarepartirepartiçção por ão por á
áreas a mais adequada ao desenvolvimento do pareas a mais adequada ao desenvolvimento do paíís, ou a crescente falta de emprego para os s, ou a crescente falta de emprego para os novos licenciados
novos licenciados ééconsequência sconsequência sóódo do ““modelo de desenvolvimentomodelo de desenvolvimento””português ? Para debateportuguês ? Para debate
60 919 100,0%
1.137.365
TOTAL (FONTE: GPEARI – MCTES /M. Educação)
5 861
7,0% 80.162
Serviços sociais, pessoais, segurança e outros
4 478 13,4% 152.806 Saúde 2 238 3,5% 39.712
Ind. Transformadoras+Agricultura+ Veterinária
5 541 10,7% 122.170 Informática+engenharia 1 504 3,1% 34.875
Ciências físicas+Matemática e Estatística
894 1,9% 21.053 Ciências da vida 10 415 16,2% 184.230 Ciências empresariais 1 809 4,7% 52.967 Direito 4 430 5,3% 60.188 Arquitectura e construção 1 985 1,8% 20.337 Jornalismo 6 489 8,5% 96.550 Ciências sociais 6 959 9,8% 111.255 Artes + Humanidades 8 316 14,2% 161.060
Professores/ formadores e ciências educação
% Total Nº Inscritos Centros Emprego Dez2011 DIPLOMADOS 1983/2010 ÁREAS DE ESTUDO
TAXA DE EMPREGO DEPENDE DO NIVEL DE ESCOLARIDADE.
TAXA DE EMPREGO DEPENDE DO NIVEL DE ESCOLARIDADE.
Correla
Correlaçção positiva entre não positiva entre níível de escolaridade e taxa de emprego em vel de escolaridade e taxa de emprego em Portugal. Em 2012, a taxa de emprego da popula
Portugal. Em 2012, a taxa de emprego da populaçção com escolaridade atão com escolaridade atéé 3
3ººciclo bciclo báásico era 44,9%, com o secundsico era 44,9%, com o secundáário 61%, e com superior 71,4%rio 61%, e com superior 71,4%
FONTE: Estatisticas de Emprego - 3º rim. 2012 - INE
71,4% 73,7% 72,9% 73,2% 73,8% Superior 61,0% 62,2% 61,9% 62,8% 64,3% Secundário e pós-secundário 44,9% 44,9% 44,7% 45,6% 47,1% Até ao básico - 3º ciclo 3ºT-2012 2ºT-2012 1ºT-2012 4ºT-2011 3ºT-2011 Valor trimestral Nível de escolaridade
REMUNERA
REMUNERAÇÇÃO DEPENDE DA ESCOLARIDADE ÃO DEPENDE DA ESCOLARIDADE (Correla(Correlaçção positiva entre escolaridade e ganho). Em Portugal oão positiva entre escolaridade e ganho). Em Portugal o
ganho de um trabalhador com o secund
ganho de um trabalhador com o secundáário rio éémais 78% do que o com o bmais 78% do que o com o báásico, e com ensino superior sico, e com ensino superior éé+ 227%+ 227%
FONTE: Indicadores sociais - 2011 -INE
373% 417% 331% 375% 2.211 € 3.017 € 1.833 € 2.552 € Doutoramento 293% 326% 298% 347% 1.739 € 2.361 € 1.651 € 2.367 € Mestrado 274% 327% 289% 350% 1.623 € 2.368 € 1.600 € 2.387 € Licenciatura 252% 304% 260% 314% 1.490 € 2.200 € 1.439 € 2.138 € Bacharelato 158% 178% 163% 185% 933 € 1.292 € 902 € 1.258 € Ensino secundário e ensino
secundário não superior
124% 134% 126% 137% 736 € 969 € 700 € 932 €
3º ciclo do ensino básico
109% 121% 109% 122% 645 € 872 € 602 € 828 €
2º ciclo do ensino básico
106% 118% 106% 119% 629 € 855 € 588 € 812 €
1º ciclo do ensino básico
100% 100% 100% 100% 592 € 724 € 553 € 681 € Inferior ao 1º ciclo do ensino básico Em euros 2010 Mulher 2010 H 2008 Mulher 2008 H M H M H
% em relação ao ganho do com escolaridade inferior ao 1º ciclo
básico Ganho médio mensal -2010 Ganho médio mensal -2008 NIVEIS DE ESCOLARIDADE
Segundo a OCDE o crescimento econ
Segundo a OCDE o crescimento econ
ó
ó
mico est
mico est
á
á
muito dependente do n
muito dependente do n
í
í
vel de escolaridade
vel de escolaridade
((A OCDE tem estudado e mede os efeitos do aumento da escolaridadeA OCDE tem estudado e mede os efeitos do aumento da escolaridadeno crescimento no crescimento econ
econóómico com base na TRISIE: mico com base na TRISIE: TTaxa de axa de RRendimento endimento IInterna nterna SSocial do Investimento na ocial do Investimento na
E
Educaducaçção)ão)
A TIRSIE mede os custos e os benefA TIRSIE mede os custos e os benefíícios para a sociedade do cios para a sociedade do investimento realizado na educa
investimento realizado na educaççãoão
Segundo a OCDE , o efeito a longo prazo de um ano de escolaridadSegundo a OCDE , o efeito a longo prazo de um ano de escolaridade e éé calculada entre 3% a 6% de acr
calculada entre 3% a 6% de acrééscimo de produscimo de produçção ão
Segundo Segundo ““EducationEducation atat a a GlanceGlance OCDE 2012OCDE 2012”” (p(páágs. 176 e 181) em gs. 176 e 181) em Portugal,
Portugal, em relaem relaçção ao ensino secundão ao ensino secundááriorio, e em termos privados, o , e em termos privados, o
custo de obten
custo de obtençção deste não deste níível de escolaridade vel de escolaridade éé de 23.456 USDPP e o de 23.456 USDPP e o benef
benefíício cio éé 133.074 USDPPP 133.074 USDPPP (VAL=109.518 USD e a TIR 11,5%)(VAL=109.518 USD e a TIR 11,5%), ,
enquanto em termos de beneficio p
enquanto em termos de beneficio púúblico, o custo blico, o custo éé 23.791 USD e o 23.791 USD e o
beneficio de 76.429 USDPPP.
beneficio de 76.429 USDPPP. Em relaEm relaçção ao ensino superiorão ao ensino superior, e , e relativamente a beneficio privado, a rela
relativamente a beneficio privado, a relaçção ão éé de 30.050 USD de custo de 30.050 USD de custo
e 403.901USD de beneficio
e 403.901USD de beneficio (VAL=373.851 USD e a TIR 18,5%)(VAL=373.851 USD e a TIR 18,5%); em ; em
rela
relaçção ao beneficio pão ao beneficio púúblico, o custo blico, o custo éé 16.553 USDPP e de 106.018 16.553 USDPP e de 106.018 USDPPP de benef
USDPPP de benefíício cio (VAL=89.464 USDPP e a TIR de 18,1%).(VAL=89.464 USDPP e a TIR de 18,1%). Não Não resta d
resta dúúvida que a escolaridade vida que a escolaridade ééfundamental para o individuo e para fundamental para o individuo e para
o pa
O DESINVESTIMENTO BRUTAL NA
O DESINVESTIMENTO BRUTAL NA
EDUCA
EDUCA
Ç
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ÃO EM PORTUGAL LEVADO A CABO
ÃO EM PORTUGAL LEVADO A CABO
PELO GOVERNO E
PELO GOVERNO E
“
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TROIKA
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”
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QUE DESTR
QUE DESTR
Ó
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I
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A ESCOLA P
A ESCOLA P
Ú
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BLICA, HIPOTECANDO O
BLICA, HIPOTECANDO O
FUTURO DOS PORTUGUESES E A
FUTURO DOS PORTUGUESES E A
CAPACIDADE DO PA
CAPACIDADE DO PA
Í
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S PARA CRESCER E SE
S PARA CRESCER E SE
DESENVOLVER
DESENVOLVER
Despesa p
Despesa p
ú
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blica com a educa
blica com a educa
ç
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ão tem diminu
ão tem diminu
í
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do em Portugal
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(o
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valor de 2010 est
valor de 2010 est
á
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influenciado pelo investimento parque escolar)
influenciado pelo investimento parque escolar)
,
,
enquanto a despesa privada das
enquanto a despesa privada das
familias
familias
tem aumentado
tem aumentado
FONTE: Indicadores sociais 2011 - INE
+3,4% +18,7% +33,9% +1,8% +14,3% 2010-05 7,85% 0,89% 1,5 6,96% 12,0 2010 6,66% 0,85% 1,4 5,81% 9,8 2009 7,06% 0,81% 1,4 6,25% 10,7 2008 6,89% 0,75% 1,3 6,14% 10,4 2007 7,36% 0,76% 1,2 6,60% 10,6 2006 7,59% 0,75% 1,1 6,84% 10,5 2005 % PIB % PIB Milhões € % PIB Milhões € TOTAL DESPESA PRIVADA DESPESA PÚBLICA ANOS
Em 2009,
Em 2009, úúltimos dados da OCDE, a despesa com a educaltimos dados da OCDE, a despesa com a educaçção em Portugal, em % ão em Portugal, em % do PIB, era inferior
do PIB, era inferior ààmméédia da OCDE e igual dia da OCDE e igual ààde UE21, e a despesa por de UE21, e a despesa por estudante da OCDE era superior a 32,6%
estudante da OCDE era superior a 32,6% èède Portugal e a da UE21 em 16,5% e de Portugal e a da UE21 em 16,5% e d
dóólares PPP apesar do FMI no seu relatlares PPP apesar do FMI no seu relatóório afirmar o contrrio afirmar o contrááriorio
FONTE: Education at a Glance 2012 - OCDE
9.122 (116,5%) 5,5% 5,9% UE21 10.380 (132,6%) 5,0% 6,2% OCDE 7.829 (100%) 5,5% 5,9% Portugal
(inclui todos níveis ensino, e a despesa pública e privada) Publica
Total
Despesa anual média por
estudante em 2009 Dólares USD PPP
Despesa % PIB em 2009 PAÍSES
A despesa anual por estudante em Portugal varia entre 80,8% e
A despesa anual por estudante em Portugal varia entre 80,8% e
91,5% da m
91,5% da m
é
é
dia da União Europeia, e entre 56,4% e 94% da m
dia da União Europeia, e entre 56,4% e 94% da m
é
é
dia
dia
dos pa
dos pa
í
í
ses da OCDE (depende do n
ses da OCDE (depende do n
í
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vel de ensino)
vel de ensino)
FONTE: Education at a Glance OCDE 2012
56,4%
94%
92,8%
%PT/ OCDE80,8%
91,5%
84,6%
%PT/UE2110.481
8.709
5.762
PORTUGAL(PT) -USD18.572
9.264
6.208
OCDE – USD PPP12.967
9.513
6.807
UE21-USD PPPSuperior
Secundário
Primário
2009
DESPESAS /ESTUDANTEPAISES
DESINVESTIMENTO DO ESTADO NA EDUCA
DESINVESTIMENTO DO ESTADO NA EDUCAÇÇÃO: A despesa da ÃO: A despesa da ““EducaEducaççãoão””
constante do OE tem registado uma forte redu
constante do OE tem registado uma forte reduçção. Entre 2010/2013 diminuiu em ão. Entre 2010/2013 diminuiu em
1.837,5 milhões
1.837,5 milhões €€, e a quebra em % PIB s, e a quebra em % PIB sóónão não éémaior devido redumaior devido reduçção do PIBão do PIB
FONTE: Relatórios do Orçamento do Estado 2005/2013
-22,30% 2013/2005_p2005 -1.632,50 2013-2005 5.683,50 2013_p_2005 4,1% 166.046,5 6.753,50 2013 4,0% 166.341,1 6.733,60 2012 4,6% 171.039,8 7.878,50 2011 5,0% 172.834,8 8.591,00 2010 5,0% 168.503,6 8.507,00 2009 4,3% 171.983,1 7.347,00 2008 4,3% 169.319,2 7.232,00 2007 4,6% 160.855,4 7.346,00 2006 4,7% 154.268,7 7.316,00 2005 EDUCAÇÃO em % PIB PIB Milhões € EDUCAÇÃO Milhões € ANO Entre 2010 e 2012, governo PSD/CDS e
Entre 2010 e 2012, governo PSD/CDS e ““TroikaTroika””cortaram na despesa cortaram na despesa
p
púública com a educablica com a educaçção (desinvestimento) 1.936 milhões ão (desinvestimento) 1.936 milhões €€( o que ( o que éé igual ao or
igual ao orççamento de todo ensino superior em 2010) pondo em causa o amento de todo ensino superior em 2010) pondo em causa o desenvolvimento futuro do pa
desenvolvimento futuro do paííss
FONTE : Execução Orçamental - Jan. 2011 e 2012
-1.936 6.623 7.879 8.559 EDUCAÇÃO -673 30.170 28.862 30.843 FUNÇÕES SOCIAIS Milhões de Euros 2012-10 2012 2011 2010 RÚBRICAS EXECUÇÃO ORÇAMENTAL EM 2010, 2011, E 2012
O or
O or
ç
ç
amentado para 2013
amentado para 2013
é
é
de facto inferior ao valor de 2012
de facto inferior ao valor de 2012
em 677,8 milhões
em 677,8 milhões €, sendo menos 709,7 milhões € no ensino
básico e secundário
FONTE: Relatório OE-2013 - DGO- Ministério das Finanças
7.753,1 360,5 8.113,6 8.430,9 SOMA 2.065,1 68,9 2.134,0 2.033,2 Ensino superior 5.688,0 291,6 5.979,6 6.397,7 Ensino Básico e secundário 2013- sem subsidio Milhões euros Reposição fictícia subsidio 2013 Milhões euros 2013 Milhões € 2012 Milhões € NIVEIS DO ENSINO A RECESSÃO EST
A RECESSÃO ESTÁÁA AGRAVAR AS DIFICULDADES FINANCEIRAS DO A AGRAVAR AS DIFICULDADES FINANCEIRAS DO ESTADO E A SUSTENTABILIDADE DAS FUN
ESTADO E A SUSTENTABILIDADE DAS FUNÇÇÕES SOCIAIS DO ESTADO: ÕES SOCIAIS DO ESTADO: Entre 2011 e 2012, as receitas fiscais e as contribui
Entre 2011 e 2012, as receitas fiscais e as contribuiçções para a ões para a Seguran
Segurançça Social diminua Social diminuííram em 3.008 milhões ram em 3.008 milhões €€
R
R
Ú
Ú
BRICAS
BRICAS
20112011 20122012 20112011--1212ESTADO
ESTADO
Milhões eurosMilhões eurosRECEITAS FISCAIS
RECEITAS FISCAIS 34.35934.359 32.02532.025 --2.3342.334 Impostos
Impostos diretosdiretos 15.04715.047 13.62513.625 --1.4221.422 Impostos
Impostos indiretosindiretos 19.31219.312 18.40118.401 --912912
Despesas com pessoal
Despesas com pessoal 10.29410.294 8.4328.432 --1.8621.862 Juros e outros encargos
Juros e outros encargos 6.0396.039 6.8746.874 +835+835
SEGURAN
SEGURAN
Ç
Ç
A SOCIAL
A SOCIAL
CONTRIBUI
CONTRIBUIÇÇÕES E QUOTIZAÕES E QUOTIZAÇÇÕESÕES 13.74613.746 13.07413.074 --672672
Pensões
Pensões 14.44814.448 14.42814.428 --2020
Subs
A SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA DE ENSINO P
A SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA DE ENSINO PÚÚBLICO ESTBLICO ESTÁÁDEPENDENTE DO DEPENDENTE DO CRESCIMENTO ECON
CRESCIMENTO ECONÓÓMICO: o aumento do PIB por habitante em Portugal para a mMICO: o aumento do PIB por habitante em Portugal para a méédia da dia da
U.E., mesmo sem aumentar a % do PIB (5,5%), permitiria aumentar
U.E., mesmo sem aumentar a % do PIB (5,5%), permitiria aumentar o financiamento do o financiamento do
sistema de ensino p
sistema de ensino púúblico em mais 5.630 milhões blico em mais 5.630 milhões €€ FONTE : Education at a Glance - OCDE - 2012
5.630
5.630
9.173 5,5% 5,5% 15.791 15.791 €€ PORTUGAL PORTUGAL 14.803 5,5% 5,5% 25.483 25.483 €€ UE27 UE27 AUMENTO DA DESPESA COM EDUCAÇÃO SEM AUMENTO DE % DO PIB Em milhões € DESPESAS PDESPESAS PÚÚBLICA EM BLICA EM PORTUGAL com o PORTUGAL com o “
“perper--capitacapita””DA U.E. DA U.E. e de PORTUGAL Em e de PORTUGAL Em milhões milhões €€ Despesa Despesa P Púública blica % do % do PIB PIB PIB
PIB perper- -capita capita em 2012 em 2012 PAIS PAIS
Os que atacam a Escola P
Os que atacam a Escola Púública (FMI, governo), assim como aos professores têm utilizado blica (FMI, governo), assim como aos professores têm utilizado dois dois argumentos: (1) as remunera
argumentos: (1) as remuneraçções dos professores são excessivas; (2) o rões dos professores são excessivas; (2) o ráácio alunos/professor cio alunos/professor em Portugal
em Portugal éémuito inferior muito inferior ààmméédia da U.E. e da OCDE. Este ataque não deve ser ignorado, mas dia da U.E. e da OCDE. Este ataque não deve ser ignorado, mas sim respondido. Por ex. a remunera
sim respondido. Por ex. a remuneraçção mão méédia dos professores divulgado pela DGAEP do dia dos professores divulgado pela DGAEP do Minist
Ministéério das Finanrio das Finançças as ééinferior ao divulgado pela OCDEinferior ao divulgado pela OCDE que foi utilizado pelo FMI. Também o custo por aluno ser no privado inferior do público tem como base turmas com mais alunos no
privado o que faz baixar o custo por aluno e utiliza dados desatualizados
FONTE: Education at a Glace - OCDE - 2012
14 16 45.100 28.523 43.048 27.541 OCDE 12 14 44.907 28.948 43.602 27.960 UE21 7,5 10,9 54.158 30.825 54.158 30.825 Portugal Máximo Mínimo Máximo Mínimo Secun-dário Básico Secundário -USD PPP Básico - USD PPP Alunos/Professor REMUNERAÇÕES DOS PROFESSORES
Segundo a OCDE – em dólares PPP PAISES
A dimensão das turmas em Portugal
A dimensão das turmas em Portugal éémaior do que a mmaior do que a méédia da U.E. . O custo por dia da U.E. . O custo por aluno nas escolas privadas com contrato de associa
aluno nas escolas privadas com contrato de associaçção com o Estado ão com o Estado éémenor menor
nestas escolas porque o n
nestas escolas porque o núúmero de alunos por turma mero de alunos por turma éémaior. Custo por turma maior. Custo por turma para o Estado com os privados: 88.288
para o Estado com os privados: 88.288 €€=> Escolas p=> Escolas púúblicas: dividido por blicas: dividido por
22,1=3.859
22,1=3.859€€; Escolas privadas: dividido por 23,4=3.644; Escolas privadas: dividido por 23,4=3.644€€. Por cada aluno a mais . Por cada aluno a mais o custo por aluno desce em 215
o custo por aluno desce em 215€€
FONTE : Education at a Glance - OCDE - 2012
22,7 23,3 22,4 23,3 21,3 OCDE 21,7 21,2 18,8 21,9 20,0 UE21 23,4 22,6 20,4 22,1 20,1 PORTUGAL Contrato asso-ciação Secun-dário Básico Secun-.dário Básico ESCOLAS PRIVADAS ESCOLAS PÚBLICAS PAISES
NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA - 2010
REFLEXÕES FINAIS QUE SÃO APENAS CONTRIBUTOS
REFLEXÕES FINAIS QUE SÃO APENAS CONTRIBUTOS
PARA O DEBATE (I)
PARA O DEBATE (I)
11-- Perante os dados apresentados, parece evidente que os resultadoPerante os dados apresentados, parece evidente que os resultados do s do Sistema de Ensino em Portugal e, consequente tamb
Sistema de Ensino em Portugal e, consequente tambéém a Escola Pm a Escola Púública, que blica, que é
ée e éévital que continue a ser o pilar fundamental de todo o sistema,vital que continue a ser o pilar fundamental de todo o sistema, não têm não têm tem conseguido, at
tem conseguido, atééesta data, responder esta data, responder ààs necessidades de democratizas necessidades de democratizaçção ão do conhecimento, j
do conhecimento, jááque mais de metade dos portugueses têm apenas acesso que mais de metade dos portugueses têm apenas acesso
ao conhecimento difundido pelo ensino b
ao conhecimento difundido pelo ensino báásico, e sico, e ààs do Pas do Paíís sendo a baixa s sendo a baixa escolaridade um obst
escolaridade um obstááculo estrutural ao crescimento e desenvolvimento .culo estrutural ao crescimento e desenvolvimento .
22--O fraco crescimento econO fraco crescimento econóómico, e agora a espiral recessiva, assim como o mico, e agora a espiral recessiva, assim como o “
“modelo de desenvolvimentomodelo de desenvolvimento””tem impedido que um ntem impedido que um núúmero cada vez maior mero cada vez maior dos portugueses que obtêm o ensino secund
dos portugueses que obtêm o ensino secundáário completo e a licenciatura rio completo e a licenciatura encontrem emprego, e muito menos emprego adequado, o que est
encontrem emprego, e muito menos emprego adequado, o que estááa obrigar a obrigar dezenas de milhares a imigrar
dezenas de milhares a imigrar
33--O desinvestimento que se verifica O desinvestimento que se verifica atualmenteatualmentena Escola Pna Escola Púública vai agravar blica vai agravar
ainda mais esta situa
ainda mais esta situaçção impedindo a ão impedindo a democratizademocratizaççaoao do conhecimento e do conhecimento e hipotecando o crescimento econ
hipotecando o crescimento econóómico e desenvolvimento futuro do pamico e desenvolvimento futuro do paíís, s,
assim como o melhoramento das condi
assim como o melhoramento das condiçções de vida dos portugueses, pois ões de vida dos portugueses, pois existe uma correla
existe uma correlaçção muito forte entre não muito forte entre níível de escolaridade e vel de escolaridade e desenvolvimento bem como n
desenvolvimento bem como níível de vida da populavel de vida da populaçção (ão (éé uma condiuma condiçção ão necess
necessáária, embora não suficiente). ria, embora não suficiente).
44-- Diferentemente do que se verificou no passado, a AdministraDiferentemente do que se verificou no passado, a Administraçção Pão Púública blica deixou de absorver uma parcela importante dos novos licenciados,
deixou de absorver uma parcela importante dos novos licenciados,passando passando a ser uma destruidora de emprego, o que est
a ser uma destruidora de emprego, o que estááa agravar ainda o problema do a agravar ainda o problema do
desemprego qualificado em Portugal, empurrando muitos jovens lic
desemprego qualificado em Portugal, empurrando muitos jovens licenciados enciados para a imigra
REFLEXÕES FINAIS QUE SÃO APENAS CONTRIBUTOS
REFLEXÕES FINAIS QUE SÃO APENAS CONTRIBUTOS
PARA O DEBATE (II)
PARA O DEBATE (II)
55-- A Escola PA Escola Púública, para que possa cumprir os seus blica, para que possa cumprir os seus objetivosobjetivos necessita que sejam
necessita que sejam afetosafetosos recursos necessos recursos necessáários, que naturalmente rios, que naturalmente
pode passar por mais recursos (
pode passar por mais recursos (éécriminoso o desinvestimento que se criminoso o desinvestimento que se verifica
verifica atualmenteatualmente na educana educaçção em Portugal), mas tambão em Portugal), mas tambéém m éé necess
necessáário um aproveitamento eficiente e eficaz dos recursos que são rio um aproveitamento eficiente e eficaz dos recursos que são disponibilizados. Esta e uma parte do debate necess
disponibilizados. Esta e uma parte do debate necessáário que tem sido rio que tem sido ignorada ou subestimada. São fundos p
ignorada ou subestimada. São fundos púúblicos, pagos por todos os blicos, pagos por todos os portugueses, em que deve haver uma exigência maior de eficiênci
portugueses, em que deve haver uma exigência maior de eficiência e a e
de efic
de eficáácia, e de serem bem geridoscia, e de serem bem geridos..
66-- ÉÉ importante debater de uma fora importante debater de uma fora objetivaobjetiva, fundamentada, e não , fundamentada, e não corporativa, por que razão em Portugal o n
corporativa, por que razão em Portugal o núúmero de alunos por turma mero de alunos por turma corresponde
corresponde ààmméédia da U.E., mas o ndia da U.E., mas o núúmero de alunos por professor mero de alunos por professor éémuito muito mais baixo (
mais baixo (éénatural que existam razões para isso acontecer, mas não são natural que existam razões para isso acontecer, mas não são
p
púúblicas e a direita aproveitablicas e a direita aproveita--se desse facto para atacar os professores), se desse facto para atacar os professores),
assim como
assim como ééextremamente importante conhecer quantos anos em mextremamente importante conhecer quantos anos em méédia um dia um estudante leva para obter o 12
estudante leva para obter o 12ººano completo ou uma licenciatura (aqueles que ano completo ou uma licenciatura (aqueles que
a completam), e o n
a completam), e o núúmero daqueles que, tendomero daqueles que, tendo--se inscrito e permanecido se inscrito e permanecido
v
váários anos na escola, abandonam os estudos sem os completar e rios anos na escola, abandonam os estudos sem os completar e respetivasrespetivas razões, etc. . S
razões, etc. . Sóó assim assim éé que se poderque se poderáá ter uma informater uma informaçção ão corretacorreta da da dimensão e
dimensão e objetivaobjetivados problemas cujos efeitos nos resultados do ensino dos problemas cujos efeitos nos resultados do ensino
em Portugal são
em Portugal são vvííssííveisveis, at, atéépara depois se poder identificar as causas para para depois se poder identificar as causas para
as poder remover. São estudos desta natureza que o pa
as poder remover. São estudos desta natureza que o paíís, a nosso ver, s, a nosso ver,
precisava para o debate p
precisava para o debate púúblico, e não como aquele que o FMI fez.blico, e não como aquele que o FMI fez.
A NECESSIDADE DE UM DEBATE OBJETIVO, FUNDAMENTADO,
A NECESSIDADE DE UM DEBATE OBJETIVO, FUNDAMENTADO,
ALARGADO, NÃO CORPORATIVO, SOBRE A EDUCA
ALARGADO, NÃO CORPORATIVO, SOBRE A EDUCAÇÇÃO NO PAÃO NO PAÍÍSS
Tem
Tem
-
-
se constatado que muitos dos dados utilizados por todos
se constatado que muitos dos dados utilizados por todos
aqueles que atacam o sistema p
aqueles que atacam o sistema p
ú
ú
blico
blico
(% do PIB, n
(% do PIB, n
ú
ú
mero de
mero de
alunos por turma, numero de alunos por professor,
alunos por turma, numero de alunos por professor,
remunera
remunera
ç
ç
ões dos professores
ões dos professores
) não são verdadeiros .
) não são verdadeiros .
É
É
necess
necess
á
á
rio entrar nesta batalha ideol
rio entrar nesta batalha ideol
ó
ó
gica contra essa tentativa
gica contra essa tentativa
de manipula
de manipula
ç
ç
ão da opinião p
ão da opinião p
ú
ú
blica com dados verdadeiros
blica com dados verdadeiros
mesmo em rela
mesmo em rela
ç
ç
ão
ão
à
à
s questões sens
s questões sens
í
í
veis como são os
veis como são os
professores pois os ataques da direita estão
professores pois os ataques da direita estão
-
-
se a polarizar neles
se a polarizar neles
O debate sobre o sistema de ensino em Portugal, e
O debate sobre o sistema de ensino em Portugal, e
nomeadamente sobre a Escola P
nomeadamente sobre a Escola P
ú
ú
blica, para que esta possa
blica, para que esta possa
atingir melhor os seus
atingir melhor os seus
objetivos
objetivos
,
,
é
é
necess
necess
á
á
rio, j
rio, j
á
á
que
que
é
é
fundamental para que corresponda com efic
fundamental para que corresponda com efic
á
á
cia ao
cia ao
objetivo
objetivo
de
de
democratiza
democratiza
ç
ç
ão do saber
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ão dos profissionais da educa
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a verificar, com os estudantes e tamb
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O PROGRAMA DO FMI PARA DESTRUIR A ESCOLA PÚÚBLICA EM BLICA EM
PORTUGAL: as principais medidas constantes do relat
PORTUGAL: as principais medidas constantes do relatóório do FMI rio do FMI ––O O
ataque aos professores e aos auxiliares de educa
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DESPEDIMENTO ENTRE 50.000 E 60.000 PROFISSIONAIS DO ENSINO -Segundo o FMI o sistema educacional português tem excesso de pessoal e é relativamente ineficiente pelos padrões internacionais. Uma reforma pouca ambiciosa na educação que aproximasse o rácio estudante-professor da média da U.E. para a educação básica e secundária implicaria que entre 50.000 e 60.000 trabalhadores (professores e não professores) teriam de ser despedidos.
PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO–Segundo o FMI a obtenção de economias de maior dimensão requer opções políticas orientadas para tornar o sistema de ensino mais flexível para limitar o papel do Estado como fornecedor de serviços de educação
CRIAÇÃO DO CHEQUE DE EDUCAÇÃO DEFENDIDO HÁ MUITOS ANOS NOS E.U.A. POR MILTON FRIEDMAN, o ideólogo do neoliberalismo - O FMI defende
a implementação de um sistema de financiamento simples baseado numa fórmula que permita que o dinheiro siga o estudante, possibilitando a este escolher livremente entre a escola pública e escola privada, sendo em ambos os casos pago pelo Orçamento do Estado
AUMENTAR A MOBILIDADE DOS PROFESSORES – com o objetivo de os
transferir para as escolas privadas com contratos de associação com o Estado
AUMENTO DAS PROPINAS NO ENSINO SUPERIOR PARA O NIVEL
DOS CUSTOS – Segundo o FMI o aumento das propinas poderia ajudar a
alcançar significativas e duradouras poupanças orçamentais
REFLEXÕES FINAIS PARA TERMINAR
REFLEXÕES FINAIS PARA TERMINAR
O SNS e a Escola Pública são dois pilares fundamentais da democracia pois
asseguram a democratização dos cuidados médicos e do conhecimento, sendo alavancas fundamentais do desenvolvimento e do melhoramento da qualidade de vida de toda a população. Ninguém poderá ter a ilusão que a saúde e a educação privadas poderão os substituir pois para os grupos económicos e para outros interesses privados tanto a saúde como a educação são áreas de negócio e de lucro, e quem não tem dinheiro para os pagar não tem acesso a elas. Defender o SNS e a Escola Pública é uma prioridade para os que defendem os valores de Abril.
No entanto, a consciência deste dever não deve impedir, a meu ver, aqueles que
defendem verdadeiramente o SNS e a Escola Pública de identificar ineficiências ou subutilização ou mesmo má utilização de meios que eventualmente existam, de as denunciar e lutar para que sejam eliminadas e para melhorar o funcionamento do SNS e da Escola Pública e garantir assim também a sua sustentabilidade. Se o não fizerem estarão a facilitar, a meu ver, o ataque das forças que querem destruir o SNS e a Escola Pública pois elas vão utilizar essas ineficiências e o desagrado que elas provocam na população para justificar os seus ataques visando destruir o SNS e a Escola Pública. Não é ignorando os problemas ou nada fazendo que impedimos o violento ataque que está em curso contra estas conquistas de Abril e as defendemos. O SNS já colocou Portugal, na área da saúde, nos primeiros lugares a nível da U.E., a Escola Pública ainda não o conseguiu fazer e é necessário que o consiga para bem do país e dos portugueses. Para que isso aconteça é necessário um debate e uma participação que envolva toda a sociedade no seu aperfeiçoamento e na sua defesa, e não apenas a comunidade educativa.
Os dois conjuntos de “slides” com dados e reflexões, um sobre o SNS
e outro sobre a Escola Pública, que elaborei para dois debates em que participei, e que divulgamos, pretendem ser um contributo com esse objetivo