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Academic year: 2021

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XXIX

XXIX

Textos

complementares

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XXX

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oibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fever

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o de 1998.

Fazer arte – páginas 30 e 31

Unidade 1

Região Norte

• Borimbora

• Esbandalhar • De rocha

• Onde o vento faz a curva • Tirar o balde

Região Sudeste

• Bololô • Carango • Quebrar a cara • Estriziado • Ficar de orelha em pé

Região Nordeste

• Almocado • Do tempo do bumba • Jante • Passar no papo • Rodagem

Região Sul

• Aplastado • Ficar na moita • Enroscar o cargueiro • Grugumilo • Pinchar

Região Centro-Oeste

• Comer na gaveta • Dormir no macio • Esticar a corda • Soltar a língua • Positivo 029-042-BULP3-TEXTOS_COMPLEMENTARES.indd 30 05/11/13 14:12

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Significado das palavras e expressões regionais

• Esperar em silêncio.

• Cansado, esmorecido. • Carro, automóvel. • Coisa antiga. • Comer.

• Confusão, briga, dificuldade. • Ser cauteloso, desconfiado. • Errar o cálculo, atrapalhar -se. • Escondido.

• Dizer o que pensa, o que vem à cabeça. • Estrada.

• Exigir muito. • Garganta.

• De verdade! Para valer! • Jogar, arremessar. • Magro, desbarrigado. • Mensageiro, portador. • Lugar muito distante. • Dar -se mal.

• Passar perto. • Quebrar. • Roda do carro.

• Ser avarento, pão -duro. • Vamos embora!

• Viver folgado.

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Comunicação oral – página 43

Unidade 2

Há a entrevista no material digital.

As “personagens” desta entrevista são: Júnior, 8 anos, e dona Aparecida, 81 anos. Os alunos devem permanecer em silêncio durante a audição para que percebam o modo como a entrevista é conduzida pelo entrevistador. Oriente -os a observar a linguagem simples, cordial e natural usada pelo menino. É muito importante que eles percebam essas características da linguagem para que possam fazer uso de algo semelhante na entrevista que vão produzir.

Depois da primeira audição, deixe -os expressar suas opiniões e impressões livremente. Em seguida, proponha -lhes uma segunda audição para que observem pontualmente outro recurso muito útil em uma entrevista: a improvisação. Muitas vezes, a resposta do entrevistado estimula perguntas que não estavam previstas no roteiro. O bom entrevistador reconhece essa oportunidade e improvisa novas perguntas, as quais trazem ao público outras informações que enriquecem a entrevista.

É possível deduzir que Júnior havia selecionado as seguintes perguntas: –– Onde a senhora morava na infância?

–– Do que a senhora gostava de brincar?

–– E a escola, dona Aparecida? Como era no seu tempo? –– De qual disciplina a senhora mais gostava?

–– A senhora sente que teve uma infância feliz?

As demais perguntas foram improvisadas conforme as respostas de dona Aparecida.

Oriente -os a observar a apresentação simples e agradável que o entrevistador faz.

Essa pergunta de Júnior fazia parte de seu roteiro. Contudo, a resposta dada por dona Aparecida estimula a reação espontânea de Júnior, que faz um comentário animado.

Esse comentário faz com que dona Aparecida dê outras informações que enriquecem a entrevista.

Júnior: Hoje eu vou entrevistar uma simpática e alegre senhora, a dona Aparecida.

Bom dia, dona Aparecida!

Aparecida: Bom dia, Júnior! É um prazer poder ajudá -lo neste trabalho!

Júnior: Onde a senhora morava na infância? Aparecida: Eu vivia em uma fazenda de café, no interior de São Paulo, onde meus pais eram colonos. Júnior: Que legal, uma fazenda! Devia ser bem divertido!

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Observe também esta forma de encerramento e despedida. Aparecida: Mais ou menos... Havia muito trabalho a ser feito na roça e as crianças tinham de ajudar. Mas sempre encontrávamos tempo para as brincadeiras.

Júnior: Do que a senhora gostava de brincar?

Aparecida: Eu gostava de subir nas árvores para pegar mexerica e goiaba. Brincava de roda, pular corda, passa -anel.

Júnior: E não tinha brinquedos?

Aparecida: Ah, os brinquedos nós mesmos fazíamos. Meus pais plantavam milho no meio da lavoura de café, e eu e meus irmãos brincávamos com as espigas de milho. Eu fazia bonecas de longos cabelos louros e meus irmãos faziam lindos cavalinhos.

Júnior: E a escola, dona Aparecida? Como era no seu tempo?

Aparecida: Eu me lembro de que eu tinha um livro de leitura com poemas e contos, um caderno de caligrafia, um caderno de Geografia, onde nós mesmos desenhávamos e pintávamos mapas, montanhas, ilhas, rios, e um outro caderno para as outras disciplinas.

Júnior: De qual disciplina a senhora mais gostava?

Aparecida: Eu adorava Matemática! Enquanto eu estava na roça com meus pais, muitas vezes me distraía fazendo contas na terra usando um graveto.

Júnior: Bem, para encerrar nossa entrevista, uma última pergunta. Hoje, se lembrando de tudo isso, a senhora sente que teve uma infância feliz?

Aparecida: Ah, muito feliz, Júnior! Eu não trocaria minhas princesas feitas de espiga de milho por nenhum outro brinquedo! E eu gostaria muito que todas as crianças, apesar de tantas dificuldades, também pudessem ser felizes e envelhecer felizes.

Júnior: Dona Aparecida, eu agradeço a sua ajuda e, principalmente, a linda mensagem que a senhora nos trouxe. Muito obrigado!

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Texto 2 – página 44

Unidade 2

Exercitando a memória

O esquecimento real ocorre por falta de uso ou por desaparição das células ner-vosas e/ou de suas sinapses. Não constitui uma arte; a arte radica principalmente na prática reiterada da memória para impedir o esquecimento.

Conforme demonstrou Eccles, assim como a falta de uso atrofia as sinapses, seu uso reiterado favorece seu desenvolvimento e sua manutenção.

Como faremos para estimular reiteradamente as sinapses que o cérebro usa para formar e para evocar memórias? Sem dúvida, usando -as bastante; ou seja, fazendo e evocando memórias. Não sabemos com precisão que sinapses se usam para cada memória; sabemos, sim, onde estão: no hipocampo, no núcleo da amígdala e nas co-nexões de ambas as estruturas entre si e com o resto do cérebro, fundamentalmente o córtex. No córtex, é evidente que as memórias visuais utilizarão o córtex visual e toda a via que vai desde a retina até esse córtex. Nas memórias que requeiram a evo-cação ou a formação de imagens, muitas áreas do córtex visual e associativo. Nas memórias verbais, utilizaremos as regiões vinculadas com a linguagem, no córtex frontal, parietal e temporal. Nas memórias com um componente motor importante, o córtex motor; e assim por diante.

Uma atividade que requer a utilização de todas estas regiões é a simples leitu-ra. Ao ler, colocamos em atividade a memória verbal, visual, imagens e até a me-mória motora. Esta última, no que se refere às cordas vocais que, queiramos ou não, quase invariavelmente são ativadas pela evocação de palavras, ainda que em forma subliminar.

A melhor recomendação possível para o exercício da prática da memória é ler, ler e ler. É evidente que podemos mobilizar outros tipos de memória fazen-do outras coisas; mas nenhuma atividade mobiliza tantas variedades de memória como a simples leitura. [...]

Não há exercício melhor para a memória do que a leitura. No caso dos deficien-tes visuais, a audição de palavras: o grande Jorge Luis Borges, talvez o maior es-critor do século XX, que foi cego durante anos, tinha parentes e amigos que liam para ele, em voz alta, durante várias horas por semana. Também servem para pra-ticar a memória: ver televisão com atenção (sem mudar constantemente de ca-nal...), ir ao cinema e ver filmes, ouvir relatos interessantes, fazer palavras cruza-das, jogar damas ou xadrez, etc. Mas nenhuma dessas atividades, fora a de ouvir relatos interessantes, se compara com a leitura em termos da multiplicidade de funções cerebrais envolvidas: a memória das letras, da linguagem, de imagens, a recordação do som das palavras que lemos ou de sua tradução em outras lín-guas que possamos conhecer, o despertar de outras memórias colaterais (a de uma laranja) cada vez que lemos ou ouvimos certas palavras (árvore)... Sem temor de errar, podemos dizer que toda uma vida está contida nesse jogo.

Iván Izquierdo. A arte de esquecer. Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2004.

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Caderno do Escritor – página 18

Unidade 2

Um dia, ganhei um coelho. Quem trouxe foi o tio Hans.

Eu gostava muito daquele tio, e passei a gostar muito do coelho. [...]

O coelho era branco, com olhos vermelhos, uma gracinha! Já veio com o nome de Oz, por causa de um mágico de Oz* e por ele ser coelho de cartola mágica, segundo meu tio.

Sylvia Orthof. Os bichos que tive (memórias zoológicas). São Paulo: Salamandra, 2004. p. 17.

* Mágico de Oz é uma personagem do livro

O maravilhoso mágico de Oz, de L. Frank Baum.

A gente pode ter uma porção de bichos queridos, não precisa só ser gato, passarinho, cavalo ou cachorro. Eu tive um bicho de esti-mação muito de estiesti-mação: um bicho -de -pé.

Foi na época em que fomos passar férias em Itatiaia, no hotel do Donati. O hotel se chamava Repouso Itatiaia, e tinha um sujeito formidável chamado Mamede. [...]

Neste momento, senti uma cosquinha na sola do pé, bem por baixo do dedão.

Olhei, vi um trequinho preto, cercado de uma rodinha esbranquiçada. Mamede foi ver. [...]

–– Você está com um bicho -de -pé!

–– Que tipo de bicho é esse? –– perguntou João, muito interessado.

–– É bicho de estimação! –– respondeu Mamede, dando mais uma risada e montando no cavalo.

Sylvia Orthof. Os bichos que tive (memórias zoológicas). São Paulo: Salamandra, 2004. p. 25-26.

JEAN-CLA

UDE ALPHEN

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Eu não tive só rãs, coelhos e bichos de --pé, não. Tive, também, um bicho comprido, baixinho, de pernas tortas e nariz gelado: era um cachorro bassê. Seu nome era “Sua Avó”. Eu adorava quando alguém me perguntava:

–– Como é o nome dele? –– Sua Avó!

–– Como? –– Sua Avó!

–– Minha avó? Ó menina malcriada! Então, este cachorro é minha avó? Mais respeito!

Sylvia Orthof. Os bichos que tive (memórias zoológicas). São Paulo: Salamandra, 2004. p. 35.

A gente tem muitos bichos na vida. Eu, como toda criança, tive meu bicho -papão particular, chamado medo.

Bicho -Papão aparecia nas horas mais escuras da noite, naquelas horas em que a cabeça da gente começa a imaginar besteira, imagina, imagina, de repente o medo toma conta do mundo. Bicho -Papão a gente inventa.

O meu foi inventado por uma cozinheira gorda chamada Guiomar. [...]

Dizem que a gente não deve contar histórias de meter medo pra crianças, por isso não vou contar o que Guiomar contava.

Sylvia Orthof. Os bichos que tive (memórias zoológicas). São Paulo: Salamandra, 2004. p. 53.

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UDE ALPHEN

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Há o relato de Adélia Prado no material digital.

Comunicação oral – página 115

Unidade 5

Texto 2 – página 116

Unidade 5

Quando eu era pequena eu queria que o céu fosse parecido com o nosso quintal: cisterna, jardim, horta, pé de abacate, quartinho de guardar serragem, que servia para cozinhar e pôr os abacates para amadurecer. Não podiam faltar galinhas nem as duas linhas do trem, uma nos fundos, outra na frente da casa, onde mamãe plantou flor -de -maio, árvore de margaridas brancas. Todo mundo admirava: “Clotilde, você tem mão boa para plantas! Como está bonito o seu jardim!”.

Mamãe gostava de repetir: “Para mim, flor mais bonita é rosa e fruta melhor é laranja”.

Nossa casa era tão perto da estrada de ferro, que balançava na passagem do trem. Papai brincava: “Balança, mas não cai, Deus toma conta”. E tomava mesmo. A casa era rodeada de mato e as galinhas viviam soltas. De vez em quando uma su-mia e minha mãe falava: “Com certeza a Pintada está chocando no mato”. Passava uns dias e ela aparecia com a ninhada, era muito alegre ver a Pintada chegando com os pintinhos. Minha mãe ficava tão contente!

Adélia Prado. Quando eu era pequena. Rio de Janeiro: Record, 2006.

Autorretrato de Daniel Munduruku

Nasci em Belém do Pará [...]. Nasci índio e cresci como índio mesmo, tendo rece-bido toda a minha formação escolar na própria cidade de Belém.

Aos sete anos (1971) entrei na Escola Salesiana do Trabalho, de onde só saí quando concluí o primeiro grau (1979). [...] lá desenvolvi um grande amor às crianças pobres e marginalizadas, uma vez que minha família vivia em situação econômica muito de-licada e eu precisei trabalhar desde cedo [...].

Em 1987, depois de ter concluído meu curso superior em filosofia, resolvi mudar para o estado de São Paulo, onde poderia trabalhar e estudar mais um pouco.

Em fins de 1989 mudei para a capital paulista. Sabem o que vim fazer? Trabalhar com menores de rua! Adivinhem onde? Na praça da Sé e depois na Lapa! Fascinante, não?

De 1990 a 95 trabalhei numa escola de nome Santa Maria, onde coordenei o grupo “Missões”, que atuava na periferia de São Paulo. Além disso, dei aulas de filosofia e ensino religioso. [...]

Em 1992 ingressei no Programa de Pós -Graduação da Universidade de São Paulo para desenvolver uma pesquisa sobre o meu povo indígena – os Munduruku. Atualmen-te estou em fase de finalização desse trabalho, que me obrigou a reorganizar meu Atualmen-tempo.

Daniel Munduruku. Histórias de índio. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2006.

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Comunicação oral – página 137

Unidade 6

Há o conto de assombração no material digital.

A casa do pesadelo

A estrada pela qual eu seguia em meu carro deu num campo aberto, deixando o bosque para trás.

O sol estava se pondo. A fazenda mais próxima tinha um caminho cinzento que a ligava à estrada.

Acelerei o carro para chegar o quanto antes à casa e entender o que estava acontecendo. Mas corri demais: meu carro derrapou e se estabacou contra uma árvore.

Levantei -me sem maior dificuldade e fui examiná -lo. Ficara imprestável. Já era quase noite e eu já começava a ficar aflito quando apareceu um garoto correndo pelo caminho da casa. Vestia, como era típico do lugar, uma camisa marrom aberta no peito. Tinha uma expressão que me incomodava um pouco, porque seu lábio era rasgado. Quando chegou ao local do acidente ele não disse nada, mas logo lhe perguntei:

“Onde fica a oficina mais próxima?”

“A oito milhas daqui, senhor”, respondeu com uma péssima pronúncia, por causa do defeito no lábio.

Como a noite já estava caindo, pedi -lhe: “Posso passar a noite na sua casa?”

“Claro, se o senhor quiser. Mas a casa está bem desarrumada, porque papai não está e mamãe morreu há três anos. E tem pouca comida.”

“Não tem importância, trouxe algumas provisões”, retruquei e fomos juntos para a sua casa.

No caminho até a sua casa senti uma brisa estranha, um cheiro de vegetação de-sagradável. Ao chegar vi que tudo estava mesmo muito largado.

O garoto me instalou amavelmente num quarto pegado à entrada. Como não ha-via luz na casa toda, peguei três velas na minha mala. Serviram -me para iluminar meu quarto e a cozinha. Mal me acomodei, acendi a lareira e comecei a preparar o jantar com o que trazia. O garoto comentou que já havia jantado e não estava com fome. Achei estranho para um garoto da sua idade, ainda mais com aquele aspecto de quem passava necessidades, mas eu não quis dizer nada. Aproximou -se do fogo e pôs -se a aquecer as mãos.

“Está com frio?”, perguntei. “Sempre estou.”

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Aproximou -se tanto das chamas da lareira que temi fosse se queimar, mas ele parecia não sentir o fogo. Preparado o jantar, pus a mesa na cozinha mesmo e jantei –– sozinho e rápido. Conversamos um pouco, porque não era tarde, e o garoto me acompanhou à varanda. Sentou -se no chão, enquanto eu me embalava gostosamen-te numa cadeira de balanço.

“O que você faz quando seu pai não está?”, perguntei.

“Nada, só deixo o tempo passar. Ninguém nunca vem nos visitar. A gente daqui diz que essa casa é mal -assombrada.”

“Você já viu algum fantasma?”, perguntei intrigado. “Ver, eu nunca vi. Mas posso senti -los.”

De repente, senti como se um fino véu deslizasse suavemente pelo meu rosto. Levantei -me de repente.

“Ei! Você viu?”, exclamei, confuso. “Não vi nada. O que foi?”

“Não sei... Um véu. Roçou -me no rosto”, expliquei.

“Não tenha medo. Deve ser um dos fantasmas que correm pela casa. Na certa é minha mãe”, disse ele tranquilamente.

Naquele momento, achei que o garoto não regulava bem. Despedi -me dele, desejei -lhe boa noite e fui dormir, agora já meio desconfiado. Caí num sono profun-do mas, passaprofun-do um bom tempo, um sonho arrepiante me acorprofun-dou. Um pesadelo terrível: ali mesmo, no meu quarto, uma enorme fera, como que um javali disforme, de presas ameaçadoras, grunhia diante de mim. Tinha uma atitude muito agressiva e pusera suas patas na cama, a ponto de pular em cima de mim.

Acordei suando, apavorado. Não consegui mais dormir. Quis chamar o garoto, e só então me dei conta de que não sabia seu nome. Não tinha pensado em perguntá - -lo e ele não tinha se apresentado. Gritei “oi!” repetidas vezes, mas ninguém respon-deu. Só ouvi o eco dos meus gritos entre aquelas paredes vazias. Sentia meu coração bater como se fosse sair pela boca.

Não estava gostando nada daquilo. Resolvi então ir embora daquela casa sem per-der nem mais um minuto. Para não ser mal -agradecido, deixei algum dinheiro em cima da mesa da cozinha. Saí, segui a estrada a pé, decidido a encontrar a tal oficina. O sol já tinha raiado quando cheguei à primeira fazenda. Um homem veio ao meu encontro.

Contei -lhe o meu acidente de automóvel da noite anterior e ele me perguntou onde tinha passado a noite. Ao lhe explicar onde tinha dormido, olhou para mim com cara de incredulidade.

“Como é que lhe passou pela cabeça entrar ali? Não sabe o que dizem dessa casa?” “O garoto me levou”, respondi.

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“Que garoto?”

“O de lábio rasgado”, afirmei com segurança.

Com cara de quem havia compreendido tudo, me perturbou com suas palavras: “Desta vez não há dúvida. Esse garoto que o levou até a casa é um fantasma. Você não sabia, não é? Ele morreu há seis meses.”

A casa do pesadelo, de Edward White. Em O grande livro do medo. São Paulo: Girafinha, 2006.

Comunicação oral – página 185

Unidade 8

Museu do Futebol cria Centro de Referência

do Futebol Brasileiro

Centro em SP reúne 1.700 livros sobre clubes, torcidas e estádios. Acesso ao banco de dados virtual com vídeos e fotos é gratuito.

Do G1 São Paulo

Midiateca: arquivo de documentos em diversos suportes (disco, CD, cassete, filme, papel etc.).

No mesmo link, é possível assistir à reportagem produzida para o noticiário da TV. O Museu do Futebol, em São Paulo, inaugura nesta sexta -feira (4)

o Centro de Referência do Futebol Brasileiro, que reúne biblioteca, midiateca e um banco de dados virtual com vídeos, fotos e histórias do acervo do museu, do futebol de várzea e de personagens do esporte nacional.

Ao todo será disponibilizada gratuitamente uma seleção composta por 1.700 livros, mais de 150 referências sobre a prática do futebol na cidade de São Paulo e informações sobre 260 pessoas entrevistadas e 493 institui-ções, como clubes de futebol profissional e amador, torcidas organizadas, estádios.

O visitante também terá acesso aos vídeos do projeto de História Oral “Futebol, Memória e Patrimônio”, com mais de 120 horas de entrevistas gravadas com 55 jogadores da Seleção Brasileira que atuaram nas Copas de 1954 a 1982, como Carlos Alberto Torres, Emerson Leão, Aluísio da Luz (Índio), Amarildo da Silveira, Dino Sani, Djalma Santos, Joel Camargo, Ademir da Guia e muitos outros.

A biblioteca/midiateca funcionará de terça a sábado, das 10h às 17h. A entrada é gratuita. Para acessar o visitante tem de retirar um crachá na bi-lheteria do museu. A biblioteca não é circulante, consultas somente no local.

Disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/10/museu-do-futebol-cria-centro-de-referencia-do-futebol-brasileiro.html. Acesso em: 7 out. 2013.

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Há o relato do experimento no material digital.

Comunicação oral – página 211

Unidade 9

Bexiga a jato

Objetivo: Mostrar como funciona um motor a jato.

Materiais: Uma bexiga, um pedaço de barbante no comprimento de sua sala de aula, fita adesiva e um canudo

Procedimentos:

1. Passe o barbante pelo canudo e prenda uma ponta do barbante em uma parede da sala e a outra ponta na parede oposta, esticando -o bem. Deixe o canudo encostado à parede. 2. Encha a bexiga e, quando ela estiver bem cheia, segure o bico

para que o ar não escape.

3. Sem soltar o bico, prenda a bexiga no canudo com dois pedaços de fita adesiva. O bico da bexiga deve ficar virado para a parede. 4. Solte o bico da bexiga.

Interrompa aqui a audição e peça aos alunos que levantem hipóteses sobre o que acontecerá com a bexiga. Depois, retome a audição.

Resultado: A bexiga move -se rapidamente pelo barbante.

Conclusão: A bexiga desloca -se rapidamente impulsionada pelo ar que escapa pelo bico. É como funciona um motor a jato.

Sugestões de experimentos para os alunos

1. O ar tem peso

Materiais

Dois balões (bexigas), uma vareta, fita adesiva, barbante Como fazer

1. Infle dois balões do mesmo tamanho.

2. Amarre o bico de cada balão com um fio, fazendo um laço.

3. Prenda os balões a uma vareta com uma fita adesiva, pelo lado inverso ao bico. Cada balão deve ficar em uma ponta da vareta.

4. Suspenda a vareta pelo barbante, preso ao centro dela, de modo que os dois balões fiquem equilibrados na horizontal como uma balança.

5. Desfaça o laço de um dos balões, deixando o ar sair. Resultado

O balão inflado vai inclinar a vareta para baixo. Conclusão

O ar tem peso.

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2. A luz tem cor (arco -íris) Materiais

Uma folha de papel em branco, um copo com água, uma lanterna Como fazer

1. Coloque o papel em frente ao copo com água. 2. Coloque a lanterna ao lado do copo e acenda -a. Resultado

Aparece um arco -íris refletido no papel. Conclusão

O copo com água faz com a luz da lanterna exatamente o que a nuvem faz com a luz do Sol, ou seja, separa as cores da luz. A luz, que parece não ter cor nenhuma, é uma mistura de cores.

3. O sal derrete o gelo Materiais

Gelo, palito de fósforo, sal Como fazer

1. Coloque o palito sobre o gelo. 2. Jogue sal em cima.

Resultado

O gelo gruda no palito. Conclusão

Parte do gelo derrete em contato com o sal, deixando uma porção de água em vol-ta do palito. Como continua em convol-tato com o gelo, essa água congela novamente, cobrindo o palito com uma leve camada e prendendo -o.

4. Botão -preguiça Materiais

Garrafa, botão, cartão Como fazer

1. Ponha o cartão sobre a boca da garrafa.

2. Coloque o botão em cima do cartão (o botão deve ser menor que a boca da gar-rafa).

3. Dê um peteleco no cartão. Resultado

O cartão sai voando e o botão cai dentro da garrafa. Conclusão

O botão cai por causa da inércia, que faz o que está parado continuar parado e o que está em movimento continuar em movimento. Assim, o cartão, quando em-purrado pelo peteleco, sai voando e faz o botão parado cair dentro da garrafa.

Referências

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