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Em São Luís (MA), casarões históricos são descaracterizados para abrigar carros

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Em São Luís (MA), casarões

históricos

são

descaracterizados

para

abrigar carros

Modificações podem ser facilmente encontradas no Centro da cidade. Caso mais recente envolve casarão onde morou escritor Aluísio Azevedo.

C a s a r õ e s t o m b a d o s p e l o patrimônio transformados em estacionamento. O cenário é encontrado facilmente pelas ruas do Centro Histórico de São Luís, que possui 1.432 prédios tombados pelo Governo Federal e também pela Unesco, além dos 4.400 de responsabilidade do Estado.

O assunto voltou a ser destaque após denúncia de que a casa o n d e m o r o u o e s c r i t o r A l u í s i o A z e v e d o v i r a r i a u m estacionamento. A notícia foi divulgada na terça-feira (11) pelo Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM) na página da instituição no Facebook.

Nesta segunda-feira (17), o inquérito policial que investiga a possível demolição da casa onde morou o escritor foi encaminhado ao Ministério Público, para que o promotor de

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Justiça Luís Fernando Cabral Barreto Junior tomasse ciência das investigações. O MP deve devolver nos próximos dias o inquérito à Delegacia de Meio Ambiente de São Luís para que seja concluído.

Em 2008, São Luís possuía 12 prédios em situação irregular; todos de responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Maranhão (Iphan-MA). Atualmente, segundo o Instituto, somente um dos estacionamentos que foram notificados e embargados pelo órgão continuou funcionando. O prédio histórico perdeu quase todas as características coloniais.

“Nós notificamos, embargamos, fechamos, entramos com ação judicial. Somente um ainda resiste em estar aberto, mas, inclusive, já estamos com a sentença judicial. A gente já está pedindo na Justiça o cumprimento da sentença por parte do proprietário”, completou Kátia Bogéa, superintendente do Iphan-MA.

A Superintendência de Patrimônio Cultural que administra os casarões tombados pelo Estado tentou minimizar a situação. No entanto, a equipe da TV Mirante esteve na Rua dos Afogados e, no local, flagrou três prédios funcionando normalmente como estacionamento. As portas coloniais foram destruídas para a instalação de portões, o que descaracterizou os casarões.

Fonte: G1 MA

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casarão no bairro do Reduto,

em Belém (PA)

Imóvel tem dívida com o IPTU que gira em torno de R$ 200 mil. Parte da fachada do imóvel desabou após forte chuva no mês passado.

A prefeitura de Belém desapropriou um casarão no bairro do Reduto, em Belém, pois o local está abandonado. Parte da fachada do prédio desabou no mês passado, após uma forte chuva. Por causa do perigo do restante do imóvel ceder e de uma dívida com o IPTU, que gira em torno de R$ 200 mil, a prefeitura tomou a medida de desapropriação.

Nesta quarta-feira (6), operários realizavam trabalho de escoramento do prédio, para evitar o risco de desbamento. “O objetivo maior é dar segurança aos munícipes de Belém que lá transitam e também não perder esse patrimônio que a cidade possui. E depois, após a sua revitalização, disponibilizar o bem à população”, disse Adinaldo Oliveira, diretor da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb).

Um levantamento da prefeitura apontou que dos quase cinco mil casarões tombados em Belém, cerca de 200 estão em situação de descuido ou abandono. O diretor da Fundação Cultural de Belém (Fumbel) conta que assim como aconteceu com o casarão do Reduto, uma das grandes difculdades da Fumbel em gerenciar os casarões é a falta de atualização nos cadastros dos proprietários dos imóveis.

“Há uma dificuldade muito grande porque não há uma pessoa que responda. A gente não tem possibilidade de autuar porque o próprio cadastro da Sefin não é uma coisa exata. E pode haver alguma ilegalidade com uma autuação inadequada”, disse José

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Monteiro, diretor do departamento de patrimônio da Fumbel.

RJ - MPF investiga casarões

tombados em Petrópoli

Acabou a paciência. Após meses de reuniões com a prefeitura de Petrópolis, o procurador da República Charles Stevan da Mota Pessoa formou, semana passada, um grupo de estudos para identificar os responsáveis por danos a imóveis no Centro Histórico de Petrópolis e propor uma ação civil pública para puni-los. No bairro, patrimônio urbanístico e cultural do Estado do Rio, casas centenárias (muitas do século XIX), a grande maioria tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), têm visíveis rachaduras, que surgiram devido ao intenso fluxo de veículos em ruas que outrora não sofriam com isso. Até o final dos anos 1960, por ali passavam apenas bondes.

É provável que o Ministério Público Federal entre com a ação esta semana. O objetivo, segundo Pessoa, não é apenas proteger o patrimônio público.

– É preciso conciliar a proteção com a oferta de transporte público de qualidade – comenta o procurador, lembrando que hoje 67 linhas de ônibus passam pela Rua Monsenhor Bacelar (inteiramente tombada pelo poder público).

A situação é pior na Rua Monsenhor Bacelar, onde praticamente todas as casas apresentam rachaduras. Na última avaliação realizada pelo Iphan, em 2006, 17 casas estavam danificadas. Hoje, porém, basta andar alguns metros para comprovar que todo imóvel tem algum tipo de avaria. A rua, onde morou Júlio

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Frederico Koeler (um dos criadores do plano urbanístico de Petrópolis), é considerada pelos moradores a primeira a “morrer” devido às alterações no trânsito da cidade.

Nos últimos anos, a prefeitura passou a alterar o tráfego na região, o que provocou a passagem de um número maior de carros e de veículos pesados, como caminhões e carretas, pelo Centro Histórico de Petrópolis.

– Essa era uma área tranquila, com pouco ou nenhum movimento de ônibus e caminhões. Os casarões dessa rua nitidamente não suportam as intensas trepidações – reclama o arquiteto e morador Sérgio Simão.

Não são apenas as rachaduras que incomodam os moradores. A poluição sonora, visual e atmosférica também tem irritado os proprietários. A dona de casa Ana Maria Loureiro diz que se sente incomodada com o barulho do trânsito e com o acúmulo de poeira.

– As autoridades precisam fazer algo. É difícil viver dessa maneira – reclama.

A vizinha Nilma de Andrade concorda.

– A gente tem que conversar gritando. Não consegue ver televisão. É um patrimônio tombado, mas ninguém ajuda – revela a aposentada, apontando a escada de sua varanda completamente rachada, o que põe a estrutura do prédio em risco. Por Felipe

Sil – Agência O Globo Fonte original da notícia

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Bahia - Chuvas destroem

casarões

tombados

pelo

Patrimônio

Histórico

em

Salvador

A cada chuva centenas de casarões tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional vão desaparecendo. A Defesa Civil de Salvador vistoriou recentemente 224 prédios, mais de cem podem vir abaixo sem aviso, pois precisam de intervenções urgentes.

Fonte original da notícia

São Paulo - Supervalorização

e irregularidades esvaziam 23

imóveis na Avenida Brasil

Símbolo de riqueza e modernismo no início do século passado, a Avenida Brasil hoje perde glamour e assiste à decadência progressiva de uma das áreas mais valorizadas de São Paulo, o Jardim América. Chama a atenção a quantidade de imóveis vazios, demolidos e abandonados com placa de vende ou aluga. Casarões nessas condições se multiplicaram nos últimos seis meses, ao longo dos 2.300 metros da via, num total de 23 mansões.

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situação. Em 1925, esses imigrantes italianos embarcavam num projeto ousado ao comprar um terreno de 1.496 metros quadrados na avenida criada para concentrar grandes mansões e que cortaria o primeiro bairro projetado para ser um grande jardim. A região atraiu várias famílias de industriais e profissionais liberais. Todos bem-sucedidos e dispostos a exibir fortunas nas fachadas das novas casas.

Do sobrado suntuoso dos Di Giulio ? que exibia entrada de mármore e um belo jardim quase integrado com as áreas verdes do passeio público arborizado ? sobraram apenas escombros. A história da casa ilustra bem a mudança da região. Em 1972, ela deixou de ser residência e foi alugada por um laboratório clínico até 2004. Depois, passou por reformas malsucedidas, que transformaram o casarão em um esqueleto de concreto, que está à venda por R$ 6,5 milhões.

O alto valor dos imóveis explica, em parte, o esvaziamento da avenida. Assustados com os reflexos da crise financeira e com a elevação do valor dos imóveis comerciais, muitos inquilinos desistiram do local.

“Os aluguéis comerciais subiram em toda a cidade”, diz Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). “Os preços dos imóveis de alto padrão dobraram na capital em comparação com a média cobrada em 2005.” Outros corredores, como as Avenidas Europa, Colômbia e 9 de Julho, também enfrentam o mesmo problema.

Na Avenida Brigadeiro Faria Lima, por exemplo, o m² da locação chegou a R$ 120. Na Brasil, o valor é menor, R$ 50, no seu lado mais nobre, entre a 9 de Julho e a Rua Guadalupe. “O problema se agrava na Avenida Brasil porque os aluguéis são proporcionais ao tamanho das propriedades”, diz Pompéia. Há na região uma mansão com vaga para 90 carros para alugar por R$ 100 mil, e luvas de R$ 3,5 milhões. “O mercado para esse tipo de imóvel é muito restrito”, diz a especialista Kathia Raucci, da Saramandona Imobiliária.

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Irregulares. A Eletromídia foi uma das empresas que saíram da

Avenida Brasil. Mudou-se para a Rua Atlântica, nas proximidades. A troca tem a ver com a redução de custos. Mas esse não é o único problema da região. Dos 23 imóveis vazios, metade está irregular, segundo a Subprefeitura de Pinheiros. O esqueleto de concreto da família Di Giulio é um deles. O mesmo ocorre com outro imóvel, 200 metros à frente, no número 418. “Essas casas eram residências antigas que precisam de muitas adaptações para se adequar ao novo uso”, explica o oftalmologista Renato Neves, proprietário da Clínica Eye Care, há 11 anos localizada no número 1.368. “Quero aproveitar essa evasão de empresas para renegociar meu aluguel.” O médico adaptou o local ao seu negócio, mas dentro das normas, o que nem sempre ocorre.

R e f o r m a . “ A c u l p a , n a m a i o r i a d a s v e z e s , n ã o é d o

proprietário”, diz Valentina Caran, dona de imobiliária. “Não é raro o inquilino fazer reformas sem consultar os órgãos competentes ou o dono da casa.”

No caso dos casarões tombados, a reforma só é considerada regular se passar pelo crivo do órgão de proteção do patrimônio histórico e da Cia. City, responsável pelo loteamento da região que estabeleceu cláusulas contratuais para preservação dos imóveis. Há especificações sobre o tipo de atividade comercial. Uma vez alugada a casa, a empresa só consegue o alvará de funcionamento se não houver pendência perante os órgãos. “Tem gente que rasga o contrato de aluguel por causa disso”, diz Valentina. “Há donos perdendo fortunas com casa vazia.”

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A histórica Paraitinga fica

submersa

Mario Ângelo/AE

Eram 11 horas de ontem quando ruiu a primeira torre da Igreja da Matriz, construída no século 19, em São Luís do Paraitinga. Uma grande onda se formou nas águas do Rio Paraitinga, que cobriam as ruas da cidade. A forte correnteza levou abaixo, logo depois, a segunda torre da Matriz e três casarões vizinhos tombados pelo patrimônio histórico. Moradores que viam a cena, ilhados nas ruas de paralelepípedo da parte mais alta da cidade, começaram a chorar.

As cheias que atingiram São Luís do Paraitinga nos últimos dois dias ameaçam um dos mais importantes patrimônios culturais do Estado. Ainda é impossível saber quantos casarões ficaram de pé, entre os mais de 90 tombados. Pelo menos dez já vieram abaixo.

A Igreja de Nossa Senhora das Mercês, do século 18, onde estava uma imagem rara de Nossa Senhora grávida, também ruiu. Só uma das igrejas da cidade sobrou. “São prédios da época do café, construídos em taipa de pilão, em que o barro é socado com a pedra, que fica muito vulnerável às águas”, explica o engenheiro civil Jairo Borrielo, cuja casa também foi coberta pela água.

Nas ruas do centro histórico, completamente submerso, só era possível enxergar o topo de postes de luz e os picos dos telhados das casas com dois andares ou mais. Desde as 2 horas, a energia da cidade foi desligada para permitir que o tráfego

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de botes de resgate ocorresse sem riscos de se enroscar nos fios. Só se sai e chega à cidade de barco.

O rio subiu cerca de 10 metros e cobriu a delegacia, o mercado municipal, a maioria das pousadas, escolas, postos de saúde, hospitais, deixando quase toda a cidade embaixo d’água. Mais de 5 mil moradores estão desabrigados. Ninguém morreu graças à agilidade das equipes de rafting (canoagem em corredeira, muito praticada nos rios da região) que começaram a resgatar os desalojados desde anteontem de manhã. “O maior consolo é que não temos vítimas. Mas falta tudo: água, remédios, comida, já que mercados, postos de saúde e todo o resto ficou submerso”, disse a prefeita Ana Lucia Bilardi Sicherle. A casa dela também está submersa.

Na maior enchente da história da cidade, nos anos 1930, a água atingiu o segundo degrau da igreja da Matriz. As cheias de ontem cobriram até o belo altar de mármore da igreja e as águas passaram dos quatro metros. Os técnicos da Defesa Civil explicaram que a chuva que caiu sobre os Rios Chapéu e Paraitinga motivaram as cheias.

As ruas da cidade começaram a encher na manhã de anteontem. A ponte e os demais acessos da cidade foram cobertos pelas águas na madrugada de ontem.

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