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INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS

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Academic year: 2021

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INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS

Autor – José Cláudio Junqueira Ribeiro Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Resumo Curricular – Engenheiro civil (1973) e Especialização em Saneamento pela UFMG (1974); Mestre em Saneamento pela École Nationale de La Santé Publique, França (1977); Doutorando em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos na Escola de Engenharia da UFMG; Pesquisador da Fundação Estadual do Meio Ambiente; Professor e Coordenador da Pós graduação em Gestão Ambiental da Universidade FUMEC; Professor do Curso de Especialização de Engenharia Ambiental da UFMG.

Endereço Residencial – Rua Rodrigues Caldas nº475, ap.201, Bairro Santo Agostinho, Belo Horizonte, CEP – 30190-120, Minas Gerais, Brasil

Telefone – 55 – 31 – 3292-5989 ; Fax – 55 – 31 – 3298-6570; E-mail

jcjunqueira@feam.br

Resumo - A disposição inadequada de resíduos sólidos industriais apresenta-se como um dos problemas ambientais mais críticos da atualidade, seja pelo passivo de solos contaminados que originou, seja pela prática incorreta de disposição final ainda corrente em muitas instalações industriais. No Brasil, com a finalidade de conhecer o

problema, o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA determinou a realização do inventário dos resíduos sólidos industriais em todo o país para identificar os pontos de geração e seus aspectos quantitativos e qualitativos, subsídios essenciais para delinear uma política adequada à sua realidade. Com vistas a garantir a uniformidade necessária ao Inventário dos resíduos sólidos industriais, no nível nacional, foi definida metodologia de trabalho a ser observada por todos os estados participantes. Foram definidas as tipologias e os portes obrigatórios, sendo facultado estender o levantamento, a critério dos órgãos estaduais de meio ambiente, segundo suas especificidades regionais. Para o estado de Minas Gerais, um dos estados mais industrializados do país, foram selecionadas inicialmente 1305 indústrias, que após as atualizações de cadastro, verificou-se que somente 629 indústrias atendiam aos critérios de tipologia e porte definidos. A estratégia de divulgação e abordagem dos setores industriais selecionados foi responsável pelo alto índice de resposta (95%). Segundo as auto declarações, são gerados cerca de 15 milhões de resíduos sólidos industriais/ano, indicando ainda os principais tipos de resíduos e sua destinação. Verifica-se grande concentração na geração de resíduos sólidos industriais, quando apenas 35 empresas respondem por cerca de 90% do total. Verificou-se elevada concentração na geração de resíduos industriais, sendo que cerca de apenas 40 empresas geram 90% do total; No que se refere à destinação final, pode-se constatar que cerca de 50% dos resíduos industriais são destinados na própria indústria. Com relação à classificação pode-se verificar que apenas 6% dos resíduos totais gerados foram declarados como perigosos, indicando ainda grande desconhecimento da Norma Brasileira de

classificação de resíduos sólidos NBR 10.004, por parte do empresariado. Face à elevada concentração na geração de resíduos está sendo proposto programa de gestão específico para as 40 maiores geradoras e de monitoramento de qualidade de solo e de águas subterrâneas nas localidades onde estão instaladas, com vistas a identificar possíveis passivos. As informações obtidas constituem-se em importantes subsídios para a elaboração de legislação estadual e nacional de Gestão de resíduos sólidos, que deverá contemplar os princípios da não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final, nessa hierarquia.

Palavras Chaves - resíduos sólidos industriais, poluição industrial, inventário de resíduos

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1 - INTRODUÇÃO

A disposição inadequada de resíduos sólidos industriais apresenta-se como um dos problemas ambientais mais críticos da atualidade, seja pelo passivo de solos contaminados que originou, seja pela prática incorreta de disposição final ainda corrente em muitas instalações industriais. Mesmo em países desenvolvidos este tipo de problema pode ser observado. Em artigo denominado “Os desafios ecológicos da França” o diretor do Instituto de Meio Ambiente

francês (IFEN

) afirma que a qualidade dos solos no seu país ainda é mal conhecida e que um dos maiores problemas sanitários são os sítios contaminados por resíduos sólidos industriais.

No Brasil, com a finalidade de conhecer o problema, o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA editou a Resolução nº 6 de 1988 que determinou o inventário dos resíduos sólidos industriais em todo o país para identificar os pontos de geração e seus aspectos quantitativos e qualitativos, subsídios essenciais para delinear uma política adequada à sua realidade. A iniciativa não obteve sucesso pois a grande maioria das agências estaduais encarregadas dos trabalhos não viabilizou recursos financeiros nem humanos para essa importante tarefa .

Mais recentemente, o Ministério do Meio Ambiente retomou a questão elaborando um projeto no âmbito nacional, que prevê o levantamento quali-quantitativo da geração de resíduos sólidos industriais, a partir de inventários em todos os estados da Federação.

A Resolução CONAMA. nº 313/02 atualizou os procedimentos e obrigações dos geradores.

O Inventário Estadual é, portanto, um importante instrumento que, além de contribuir para o projeto nacional, subsidia a implementação da política estadual de gestão de resíduos sólidos industriais.

2 - OBJETIVOS

Os objetivos do Inventário estadual de resíduos sólidos industriais são:

• conhecer e caracterizar os resíduos industriais do Estado visando a busca de formas mais adequadas e seguras de reutilização, reciclagem, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos gerados;

• incentivar o desenvolvimento de tecnologias industriais mais limpas, visando a minimização na geração de resíduos;

• identificar estoques de resíduos existentes nas instalações industriais, contemplando, por tipologia industrial, região geográfica e/ou por município, a quantidade de resíduos gerada, os tipos de resíduos gerados, a classificação quanto à periculosidade, as formas de armazenamento e destinação final, para empreendimentos de médio e grande porte;

• identificar as fontes geradoras de resíduos industriais que apresentam risco para a população e para o meio ambiente.

Atingidos estes objetivos, o Estado possuirá melhores recursos para viabilizar novos empreendimentos de gerenciamento e reutilização de resíduos, promovendo uma melhoria da qualidade ambiental com uma maior preservação dos recursos ambientais.

3. METODOLOGIA

Com vistas a garantir a uniformidade necessária ao Inventário dos resíduos sólidos industriais, no nível nacional, foi definida metodologia de trabalho a ser observada por todos os estados participantes. Nesse sentido foram realizadas várias reuniões preparatórias, com a participação dos representantes dos estados, para a definição da metodologia propriamente dita assim como dos critérios a serem empregados. Foram definidas as tipologias e os portes obrigatórios, sendo facultado estender o levantamento, a critério dos órgãos estaduais de meio ambiente, segundo suas especificidades regionais.

A metodologia estabelecida consta das etapas descritas abaixo.

Etapa I – Seleção do universo de indústrias – Deverão ser inventariados os setores considerados mais importantes, no que diz respeito à geração de resíduos sólidos. Esses setores compreendem as indústrias metalúrgicas, químicas, petroquímicas, eletromecânicas, automotivas, elétricas e de couro. Além disso, a metodologia prevê para a seleção das indústrias apenas aquelas consideradas de médio e grande porte.

No presente estudo de caso, além das tipologias obrigatórias, foi incluído o setor têxtil pela importância que representa no Estado de Minas Gerais, um dos estados mais industrializados do Brasil.

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Etapa II – Aplicação de formulário padrão – que foi enviado às indústrias selecionadas, com preenchimento via eletrônica , incluindo as orientações para seu preenchimento. Diante da realidade de que algumas das empresas não dispõem de correio eletrônico, sempre deve haver a alternativa da remessa de formulários impressos. O formulário padrão contém os seguintes tópicos: informações gerais da indústria; matérias primas e insumos utilizados; aspectos tecnológicos do processo produtivo e os resíduos sólidos gerados e sua destinação.

O formulário padrão foi desenvolvido e aprovado na fase de planejamento do programa nacional e contou com a experiência dos órgãos estaduais de meio ambiente.

Etapa III - Implantação e consolidação do banco de dados estadual de resíduos sólidos industriais - O Ministério do Meio Ambiente desenvolveu e forneceu a estrutura do banco de dados para as agências estaduais, com o intuito de que haja uma estrutura padrão que facilite reunir os resultados obtidos em cada estado para compor o Inventário Nacional. As informações sistematizadas e consistidas são lançadas, por cada agência estadual no banco de dados nacional.

Etapa IV - Elaboração do diagnóstico e proposições - A partir dos dados estaduais cada agência estadual deve proceder à elaboração de diagnóstico regional, identificando as questões mais relevantes em termos de: tipologias industriais; tipos de resíduos por classes ;concentrações geográficas e possíveis combinações dos itens acima sob os aspectos qualitativos e quantitativos. O diagnóstico consolidado deve ser amplamente divulgado e constituir-se em subsídio para implementação de políticas de gestão de resíduos sólidos industriais para cada um dos estados da Federação e para a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Em Minas Gerais, um dos estados mais industrializados do país, foram identificadas, a partir do cadastro existente na agência estadual de meio ambiente, 1.305 (um mil e trezentos e cinco) registros de atividades industriais que, em princípio, enquadravam-se nas premissas de tipologia e porte definidas. A atualização das informações cadastrais, das quais as mais antigas datavam de 1978, indicou que apenas 629 indústrias enquadravam-se nos requisitos propostos de tipologia e porte. Essas atualizações foram realizadas via ligações telefônicas, pesquisa na Junta Comercial e, em último caso, por meio de visitas de campo. Foi observada a intensa dinâmica no parque industrial, com destaque para o elevado número de empresas que haviam encerrado suas atividades.

A Agência Estadual de Meio Ambiente para o setor industrial, Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM elaborou, como base para a seleção das indústrias, três bancos de dados, identificados conforme apresentado na Tabela a seguir.

Tabela 1: Identificação dos bancos de dados

BANCO DE DADOS NÚMERO DE INDÚSTRIAS

PRIMÁRIO 932 PROSAM 160

TÊXTIL 213 TOTAL 1305

O banco PRIMÁRIO constou de uma pesquisa no sistema FEAM, através do levantamento de processos existentes de licenciamento ambiental e de autos de infração, do setor indústria de transformação, para os códigos das

tipologias previstas, que são as listadas abaixo, segundo os códigos existentes na agência ambiental: 10- Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos; 11- Indústria Metalúrgica; 12- Indústria Mecânica; 13- Indústria de material Elétrico e Comunicações; 15- Indústria da Madeira; 16- Indústria do mobiliário; 17- Indústria de Papel e Celulose; 18- Indústria da Borracha

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19- Indústria de Couros e Peles e Produtos Similares; 20 Indústria Química; 21- Indústria de Produtos Farmacêuticos e Veterinários; 22- Indústria de Perfumaria, Sabões e Velas; 23- Indústria de Produtos de Matérias Plásticas.

O banco PROSAM foi obtido a partir da listagem das empresas selecionadas no Programa de Saneamento Ambiental das sub-bacias do Arrudas e Onça, realizado no final da década de 1990, que identificou as principais indústrias com potencial poluidor nos municípios de Belo Horizonte e Contagem. O banco TÊXTIL também foi originado de uma pesquisa no sistema FEAM, porém, exclusivamente para o setor têxtil, que não estava contemplado no banco PRIMÁRIO.

Como pode-se observar na Tabela 1 o universo pesquisado foi de 1305 (hum mil e trezentas e cinco) indústrias. No entanto, a quantidade final de indústrias cadastradas para participar do inventário, foi de apenas 629 (seiscentas e vinte e nove), uma vez que 261 (duzentas e sessenta e uma) encontravam-se fechadas, 101 (cento e uma) eram de porte inferior, 105 (cento e cinco) de outras tipologias e 122 (cento e vinte e duas) não foram localizadas. Além disso, 3 (três) encontravam-se em fase de instalação e 77 (setenta e sete) registros eram repetidos.

Das 629 indústrias selecionadas, 615 foram provenientes dos bancos de dados citados acima e 14 decorrentes do cadastramento de filiais ou a partir de solicitações feitas pelas próprias indústrias durante a realização do trabalho, ou seja, apresentação espontânea. Cabe ressaltar que 9 indústrias cadastradas foram obtidas já no final do trabalho, após pesquisa na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. A metodologia utilizada para a seleção e cadastramento das indústrias é descrita a seguir.

O trabalho de seleção e cadastramento das indústrias constou na busca de telefones de contato, através de consultas às listas telefônicas disponíveis na internet e ao sistema informatizado da FEAM, além de uma pesquisa na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais.Todas as empresas foram contatadas de forma a confirmar seus dados cadastrais, permitindo a sua inclusão ou não no universo a ser inventariado e a atualização e complementação das informações levantadas inicialmente pela FEAM.

Em relação às indústrias não selecionadas, a partir dos motivos acima citados apresenta-se as seguintes razões: • Fechadas (261 indústrias), conforme informações fornecidas pela Junta Comercial;

• Pequeno número de funcionários (101 indústrias), este projeto teve como premissa considerar apenas as indústrias de médio e grande porte. Os critérios utilizados foram área útil e número de empregados, conforme previsto na norma vigente na no Estado de Minas Gerais;

• Em instalação (3 indústrias), a análise dos processos de licenciamento ambiental indicou o estágio de fase de instalação, o que foi confirmado via contato telefônico;

• Outras tipologias (não selecionadas a participar do inventário - 105 indústrias). O setor de indústrias alimentícias não foi contemplado neste projeto;

• Repetidas nos bancos de dados levantados pela FEAM (97 indústrias). Este levantamento mostrou que os bancos de dados levantados apresentam alguns registros repetidos, provavelmente em função das diversas adequações que sofreram ao longo do tempo;

• Não localizadas (123 indústrias). Estes registros são provenientes, quase na totalidade, de processos bastante antigos, de autos de infração, que inclusive não foram julgados por falhas no seu preenchimento, o que não permitiu a localização das indústrias.

Como pode ser verificado, da quantidade total de indústrias previamente levantadas pela FEAM, através dos bancos de dados PRIMÁRIO, PROSAM e TÊXTIL, apenas cerca de 50% foram consideradas, em função dos critérios adotados, para alimentar o cadastramento efetivo. Ressalta-se que o motivo de maior destaque, em relação ao não cadastramento, foi o fato de muitas indústrias encontrarem-se fechadas.

Para a aplicação dos formulários foi contratada empresa especializada, através de concorrência pública, que instalou uma central de atendimento para fornecer suporte ao preenchimento dos formulários através de um serviço 0800 (discagem gratuita).

O período de execução do inventário, qual seja envio, funcionamento da central de atendimento e recebimento dos formulários preenchidos, foi de agosto de 2002 a outubro de 2003.

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O inventário contou com duas formas de retorno dos formulários: relatório impresso gerado pelo próprio programa, emitido, conferido e assinado por responsável da empresa ; formulário eletrônico, enviado por e-mail para a Central de Atendimento, que permaneceu dez meses em funcionamento para esclarecimentos e orientações para o preenchimento do formulário.

Das 629 empresas, 600 empresas (95%) responderam à convocação, tendo sido o alto índice de retorno atribuído às campanhas de sensibilização do empresariado.

4 –1 CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO, CONVOCAÇÃO E SUPORTE TÉCNICO

Para a divulgação do Inventário de Resíduos Sólidos junto ao estado de Minas Gerais foram elaborados um folder e um vídeo específicos para esse fim. O Inventário também foi apresentado pela TV Minas no programa Olhar Ambiental. Reuniões técnicas entre a FEAM e a FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), com a presença das empresas a serem inventariadas, também foram realizadas a fim de se apresentar o objetivo, a base legal e os benefícios e vantagens da participação no Inventário. Nestas reuniões, apresentava-se, também, o programa de informática utilizado, explicando o preenchimento do formulário, através do Manual de Instruções desenvolvido especialmente para esse fim, procurando, dessa forma, o esclarecimento de dúvidas e questões gerais sobre o Inventário.

A convocação das empresas contempladas no universo a ser inventariado foi realizada através de Ofício de

Convocação encaminhado via correio, com Aviso de Recebimento – AR, para cada uma das empresas selecionadas. Ainda nessa mesma correspondência, era encaminhado o folder e, também, um convite para a reunião técnica citada, realizada junto à Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG).

Estes ofícios foram enviados através de quatro lotes diferentes, buscando-se contemplar em cada lote, empresas de mesma tipologia ou correlatas. A opção de envio em quatro distintos lotes foi para não sobrecarregar a Central de Atendimento, oferecendo, assim, um melhor suporte aos usuários. Para cada lote encaminhado foi realizada uma reunião técnica de apresentação do Inventário.

A fim de dar suporte técnico às empresas inventariadas, a Central de Atendimento pelo serviço 0800(ligação gratuita) assistia às empresas nas dúvidas quanto ao preenchimento do formulário e nas dúvidas gerais sobre a elaboração do inventário, além de (in)deferir as solicitações de prorrogações de prazo solicitados pelos inventariados. Esta Central de Atendimento permaneceu em funcionamento de segunda a sexta-feira, das 13:00 às 18:00 horas por um período de dez meses. Neste período de funcionamento, a Central de Atendimento recebeu 1.013 consultas, distribuídas conforme mostra a Tabela a seguir:

Tabela 2: Dúvidas da Central de Atendimento

CÓDIGO DÚVIDA LIGAÇÕES/e-MAIL %

1 Controle 152 15,00

2 Prazo de Entrega 156 15,40

3 Software 273 26,95

4 Técnica 242 23,90

5 Coordenadas Geográficas 52 5,13

6 Problemas com Access 44 4,34

7 Erro de Exportação 94 9,28

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4-2 AVALIAÇÃO DOS DADOS

O Inventário contou com duas formas de retorno dos formulários:

- relatório impresso gerado pelo próprio programa, emitido, conferido e assinado por responsável da empresa ;

- formulário eletrônico, enviado por e-mail para a Central de Atendimento.

Partindo-se destes dados é que foi dado início a avaliação. Para isso criou-se um banco de dados, com as informações de todas as empresas participantes.

Tendo como base as informações originais das empresas, iniciou-se uma avaliação detalhada e abrangente,

resultando em alterações de natureza diversa com vistas a corrigir distorções, discrepâncias e erros de interpretação e de apontamento.

Para tais avaliações, foram considerados alguns tópicos pré-estabelecidos no Manual de Instruções. São eles: - o inventário estabeleceu, como período de referência para o levantamento dos dados a serem apontados

pelas empresas, um ciclo de 12 meses, sendo a data limite inicial de julho de 2001;

- foi estabelecido, também, que as informações quantitativas dos resíduos a serem apontados pelas empresas deveria ter sempre como unidade única toneladas;

- os resíduos a serem apontados estavam subdivididos em duas formas: resíduos da listagem base e outros. Entende-se por resíduos da listagem base os resíduos citados nas três listagens constantes do Manual de Instruções (Resíduos não perigosos, Resíduos perigosos de fontes não específicas e Resíduos perigosos de fontes específicas). Os resíduos “outros” são os resíduos que não se encontram definidos nestas listagens. Estas listagens foram feitas com base na Norma Brasileira de Resíduos Sólidos (NBR 10.004)

As alterações processadas possibilitaram melhorias para a avaliação quantitativa dos dados, e geraram o banco de dados identificado para fins deste inventário como “Banco de Dados do Inventário”. Este foi o banco utilizado na avaliação geral do Inventário de Resíduos Sólidos Industriais de Minas Gerais.

Com o intuito de proporcionar uma melhor análise dos resíduos gerados no período do inventário, foram criados bancos por tipologia. A partir destes bancos por tipologia foi possível efetuar análises mais detalhadas e específicas no que se refere à quantidade dos resíduos. Cada um dos formulários foi avaliado individualmente, a fim de se verificar a consistência entre a quantidade de resíduos gerada e a destinada e de se confirmar o apontamento de, no mínimo, uma forma de destinação para cada um dos resíduos apontados. Foram também realizadas correção de erros de unidade; reclassificação de resíduos previamente classificados como “outros” mas que possuíam classificação específica na listagem base; exclusão de resíduos não coerentes, como, por exemplo, resíduos líquidos e também exclusões de alguma forma de destinação nos casos em que a mesma era apresentada em duplicidade, já que algumas empresas apontavam uma mesma informação em dois ou mais destinos.

Para as empresas mais representativas, entende-se por mais representativa as empresas de maior porte e/ou com maior geração de resíduos, muitas vezes, fazia-se contato telefônico para a verificação dos dados apontados, principalmente no que concerne à falta de preenchimento da guia resíduos; a valores inconsistentes, a resíduos não pertencentes à tipologia e a erros de destino.

É importante salientar que, quando não foi possível contatar a empresa para efetuar as alterações, procurou-se, na medida do possível, preservar os dados iniciais apontados.

Após a análise e correção dos formulários, os principais erros encontrados nos dados de resíduos gerados, no período de referência do inventário foram:

- problemas de erro de apontamento de quilos ao invés de toneladas (erro que pode ser apontado como um dos mais freqüentes e que impactava enormemente os dados quantitativos);

- problemas de distorções entre os vários destinos (Sem Destino Definido, Destino Indústria e Destino Externo), tanto de interpretação do formulário (apontamento de uma mesma informação em dois ou mais destinos), como no uso inadequado do tipo de destinação em relação aos tipos de destinos (Ex: Aterro Municipal dentro da indústria, Sucateiros intermediários dentro da indústria);.

- discrepâncias de quantidades na destinação (apontamento em quilos no total gerado e em toneladas no destino; valores gerados e destinados diferentes para um mesmo resíduo);

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- discrepâncias na classificação dos resíduos (Ex: uso do código de resíduo de serragem da indústria do couro para a serragem da indústria de madeira).

- pontamento de resíduos que provavelmente já tinham tido disposição final

- apontamento de resíduos que indicam alta probabilidade de não estarem mais armazenados no período do inventário.

ANÁLISE DO BANCO DE DADOS

O Universo inicial era composto de 629 empresas (protocolos 1 a 629). Destas 629 empresas, tem-se que: Das 629 empresas iniciais:

- 566 responderam durante o prazo estabelecido; - 22 responderam após a data limite;*

- 12 foram enquadradas como caso especial; - 29 não responderam ao inventário. -

Do acima exposto, pode-se concluir que 600 empresas (95,4%) responderam à convocação, sendo que destas, as 12 tidas como “Caso Especial”, não apresentaram geração de dados por estarem fechadas, em fase de instalação ou por serem sedes administrativas, restando, portanto, 588 empresas.

As 29 empresas (4,6%) que não responderam à convocação, foram objeto de autos de infração por “sonegar dados ou informações solicitadas pelo COPAM, por Câmaras Especializadas, ou por órgão seccional de apoio”, conforme previsto na legislação vigente.

As tipologias inventariadas estão apresentadas na Tabela 3, já com os códigos do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas – CNAE.

Tabela 3: Tipologias inventariadas CÓDIGO

ATIVIDADE DESCRIÇÃO

13 Extração de minerais metálicos (incluídas indústrias com beneficiamento) 14 Extração Minerais Não Metálicos (incluídas indústrias com beneficiamento) 17 Fabricação de produtos têxteis

18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios

19 Fabricação de couros e artefatos de couro, artigos de viagem e calçados 20 Fabricação de produtos de madeira

21 Fabricação de celulose, papel e produtos de papel 22 Edição, impressão e reprodução de gravações

23 Fabricação de coque, refino de petróleo, produção de álcool 24 Fabricação de produtos químicos

25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 26 Fabricação de Produtos de minerais não-metálicos 27 Metalurgia básica

28 Fabricação de produtos de metal – exclusive máquinas e equipamentos 29 Fabricação de máquinas e equipamentos

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30 Fabricação de Máquinas e equipamentos de Informática 31 Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos

32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações 33 Fab. De Equip. de Instrumentação Médico-Hospitalares, Instrumentos de Precisão e

Ópticos, Equip. p/ Automação Industrial, Cronômetro e Relógios 34 Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte

36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 37 Reciclagem

45 Construção

50 Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas 93 Tinturaria

Vale ressaltar que as tipologias 13, 18, 45 e 50, não pertenciam inicialmente ao inventário, mas foram criadas em função das informações recebidas de algumas empresas que tiveram sua tipologia alterada pelo Cadastro Nacional de Atividades - CNAE. A Tabela 4 relaciona a quantidade de formulários enviados e os recebidos para cada tipologia. Tabela 4: Empresas distribuídas por Tipologia

BANCO DE DADOS DO INVENTÁRIO

TIPOLOGIA ENVIADOS RETORNADOS

13 1 1 14 3 3 17 83 73 18 3 3 19 36 31 20 6 5 21 23 22 22 7 4 23 2 1 24 69 69 25 35 31 26 86 82 27 87 84 28 52 47 29 19 17 30 1 1

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BANCO DE DADOS DO INVENTÁRIO

TIPOLOGIA ENVIADOS RETORNADOS

31 32 32 32 7 7 33 1 1 34 44 43 35 3 3 36 15 14 37 8 6 45 1 1 50 3 3 93 2 2 TOTAL 629 586

A Figura 1 mostra a porcentagem que cada tipologia representa em relação ao número total das 629 empresas inventariadas.

Figura 1– Porcentagens de indústrias por tipologia

Como pode- se observar, são 11 as tipologias com maior número de empresas, que somam juntas 90% em relação ao total e destas apenas quatro somam 51,67%. São elas:

- 27 (Metalurgia Básica) com 87 empresas representando 13,83%;

- 26 (Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos) com 86 empresas, representando de 13,67%; - 17 (Fabricação de Produtos Têxteis) com 83 empresas representando 13,20%;

- 24 (Fabricação de Produtos Químicos) com 69 empresas, representando 10,97%.

0,16 0,48 13,20 0,48 5,72 0,95 3,66 1,11 0,32 10,97 5,56 8,27 3,02 0,16 5,09 1,11 0,16 7,00 0,48 2,38 1,27 0,16 0,48 0,32 13,83 13,67 13 14 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 45 50 93 Tipologia % em r e lação ao t o ta l de 629 indúst ri as i nvent ar iadas

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POR REGIÕES CONFORME O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DO ESTADO

O Estado de Minas Gerais, para fins de implementação da política de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, foi dividido em oito macro regiões, que foram determinadas considerando não apenas as regiões de planejamento, mas também as bacias hidrográficas. A seguir é apresentada a distribuição das indústrias selecionadas para o cadastro, conforme essas regiões:

Alto São Francisco; Central; Jequitinhonha; Leste Mineiro; Norte de Minas; Sul de Minas; Triângulo Mineiro e Zona da Mata.

Tabela 5: Protocolos enviados e retornados por regiões

REGIÃO GEOGRÁFICA FORMULÁRIOS RETORNADOS % DE RETORNO EM RELAÇÃO AO TOTAL

Alto São Francisco 79 13,48

Central 247 42,15 Jequitinhonha 2 0,34 Leste Mineiro 27 4,61 Norte de Minas 14 2,39 Sul de Minas 138 23,55 Triângulo Mineiro 33 5,63 Zona da Mata 46 7,85 TOTAL 586 566 100

Fazendo uma análise, observa-se que somente 3 regionais contribuem com um percentual superior a 10% em relação ao total dos 586 protocolos inventariados: a regional Central, com 42,15%, seguida pela Sul de Minas com 23,55% e a regional Alto São Francisco, com 13,48%. A Figura 2 ilustra estas contribuições.

Figura 2: Representatividade, em %, dos protocolos retornados por regional do COPAM

13,48

42,15

23,55

5,63

7,85

2,39

0,34

4,61

Alto São Francisco

Central

Jequitinhonha

Leste Mineiro

Norte de Minas

Sul de Minas

Triângulo Mineiro

Zona da Mata

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POR MUNICÍPIO

O Estado de Minas Gerais está subdividido em 853 municípios. No entanto as indústrias inventariadas encontram-se concentradas em apenas 149 municípios. Os 704 restantes não participaram do inventário ou por não possuírem indústrias, ou porque as indústrias existentes não atendiam aos requisitos pré-estabelecidos.

Dos 149 municípios inventariados, os 2 mais representativos em número de indústrias são Contagem e Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, com 73 e 44 indústrias,

respectivamente. Apenas 13 municípios possuem mais que 10 indústrias para as quais foram enviados os formulários, representando juntos 46,26% do total de formulários enviados.

5 RESÍDUOS INVENTARIADOS

O total de resíduos inventariados no Estado de Minas Gerais, considerando o universo descrito de 586 empresas e considerando ainda o ciclo de 12 meses (data limite inicial de julho/2001) foi de 15.165.193,65 t .

Deste total, 9.906.701,86 (65,33%) foram classificados conforme as listagens encontradas no Manual de Instruções, isto é, são “resíduos da Listagem Base.

Como pode ser verificado na Tabela 6 e na Figura 3, os principais resíduos apontados da Listagem Base foram: - Escoria de produção de ferro e aço (A013) - 43,69%

- Resíduos de minerais não metálicos (A011) - 23,60% - Sucatas de metais ferrosos (A004) - 10,90%

- Resíduos do sistema de controle de emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas (A028) – 4,34% - Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas (A022) – 4,03% Figura 3: Principais resíduos apontados da listagem base

44%

24%

11%

4%

4%

13%

A013 A011 A004 A028 A022 Demais resíduos

(12)

Todos os resíduos apontados na Listagem Base, com suas respectivas quantidades apontadas, são apresentados na Tabela 6. Vale ressaltar que alguns resíduos apresentam porcentagem inferior a quinta casa decimal, sendo considerados desprezíveis

Tabela: 6 Resíduos Inventariados da Listagem Base

Código Descrição do resíduo Quantidade %

A001 Resíduos de restaurante (restos de alimentos) 2.974.59 0,0300 A002

Resíduos gerados fora do processo industrial (material de escritório, embalagens de

escritório, material de consumo, etc.) 7.794,82 0,0787 A003 Resíduos de varrição de fábrica 57.932,32 0,5848 A004 Sucata de metais ferrosos 1.079.976,64 10,9015 A005 Sucata de metais não ferrosos (latão, cobre, alumínio, etc.) 8.589,17 0,0867 A006 Resíduos de papel e papelão 28.092,04 0,2836 A007 Resíduos de plásticos polimerizados de processo 9.912,79 0,1001 A008 Resíduos de borracha 3.841,56 0,0388 A009

Resíduos de madeira contaminado ou não contaminado com substâncias/produtos

não perigosos)(especificar o contaminante) 66.728,49 0,6736 A010

Resíduos de materiais têxteis contaminados ou não contaminados com

substâncias/produtos não perigosos)(especificar o contaminan 13.239,16 0,1336 A011 Resíduos de minerais não metálicos 2.337.848,12 23,5987 A012 Escória de fundição de alumínio 23.656,24 0,2388 A013 Escória de produção de ferro e aço 4.328.466,31 43,6923 A014 Escória de fundição de latão 17,00 0,0002 A015 Escória de fundição de zinco 7.623,97 0,0770 A016 Areia de fundição 67.616,92 0,6825 A017

Resíduos de refratários e materiais cerâmicos contaminados ou não contaminados

com substâncias/produtos não perigosos (especifi 63.732,51 0,6433 A018 Resíduos sólido composto de metais não tóxicos 286.444,51 2,8914 A019

Resíduos sólido de estações de tratamento de efluentes contendo material biológico

não tóxico 6.759,57 0,0682

A021

Resíduos sólido de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não

tóxicas 272.360,54 2,7493

A022

Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não

tóxicas 399.094,17 4,0285

A023 Resíduos pastosos contendo calcário 5.395,54 0,0545

A025 Fibra de vidro 38,61 0,0004

A026 Escória de jateamento contendo substâncias não tóxicas 241,12 0,0024 A027

Catalisadores usados contendo ou não contendo substâncias não perigosas

(especificar o catalisador e o principal contaminante) 606,90 0,0061 A028

Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas

(precipitadores, filtros de manga entre outr 429.688,18 4,3373 A029

Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade contendo ou não

contendo substâncias não perigosas (especificar o c 9.413,97 0,0950 A104

Embalagens metálicas (latas vazias ou contaminadas com substâncias/produtos não

perigosos)(especificar contaminante) 663,45 0,0067 A105

Embalagens de metais não ferrosos (latas vazias ou contaminadas com

substâncias/produtos não perigosos)(especificar contaminant 2,48 0,0000 A107 Bombonas de plástico (vazias ou contaminadas com substâncias/produtos não 5.212,12 0,0526

(13)

Código Descrição do resíduo Quantidade %

perigosos)(especificar o contaminante)

A108 Resíduos de acetato de etil vinila (EVA) 55,93 0,0006 A111 Cinzas de caldeira 23.657,96 0,2388 A117 Resíduos de vidros 645,58 0,0065 A204

Tambores metálicos (vazios ou contaminados com substâncias/ produtos não

perigosos)(especificar o contaminante) 924,44 0,0093 A207 Filmes e pequenas embalagens de plástico 343,03 0,0035 A208 Resíduos de poliuretano (PU) 165,49 0,0017 A299 Aparas de peles caleadas 8.491,28 0,0857

A308 Espumas 238,81 0,0024

A399 Aparas, retalhos de couro atanado 51,02 0,0005

A499 Carnaça 2.312,38 0,0233

A599

Resíduos orgânico de processo (sebo, soro, ossos, sangue, outros da indústria

alimentícia, etc) 945,91 0,0095

A699 Resíduos de grãos (casca, película, farelo e outros de arroz, milho, soja, etc.) 318,65 0,0032 A799 Serragem, farelo e pó de couro atanado 229,66 0,0023 A899 Lodo do caleiro 18.557,00 0,1873 F001

Os seguintes solventes halogenados gastos, utilizados em desengraxe:

tetracloroetileno; tricloroetileno; cloreto de metileno; 1 12,17 0,0001 F002

Os seguintes solventes halogenados gastos: tetracloroetileno; 1,1,1-tricloroetano;

cloreto de metileno; tricloroetileno; 1,1,1- 3,71 0,0000 F003

Os seguintes solventes não halogenados gastos: xileno, acetona, acetato de etila,

etilbenzeno, éter etílico, metilisobutilceton 146,91 0,0015 F005

Os seguintes solventes não halogenados gastos: tolueno, metiletilcetona, dissulfeto

de carbono, isobutanol, piridina, benzeno, 0,01 0,0000 F006

Lodos de tratamento de águas residuárias provenientes de operações de

eletrodeposição, exceto os originários dos seguintes proc 114,73 0,0012 F007

Soluções exauridas de banho de tratamento superficial com cianeto provenientes de

operações de eletrodeposição (exceto soluções 265,68 0,0027 F008

Lodos de fundo de tanque de banhos de tratamento superficial provenientes de

operações de eletrodeposição onde os cianetos são 2.456,34 0,0248 F010

Lodos de banho de têmpera provenientes de banhos de óleo das operações de

tratamento térmico de metais dos processos, onde são 2,56 0,0000 F011

Soluções de cianeto exauridas provenientes da limpeza do cadinho de banho salino

das operações de tratamento térmico de metais 21,00 0,0002 F012

Lodos de tratamento de águas residuárias provenientes de banhos de Têmpera das

operações de tratamento térmico de metais dos pr 3,50 0,0000 F017 Resíduos e lodos de tinta da pintura industrial. 955,19 0,0096 F018 Lodos de sistema de tratamento de águas residuárias da pintura industrial. 2.750,21 0,0278 F100

Fluidos dielétricos a base de bifenilas policloradas. PCB'S. Embalagens

contaminadas com PCB'S inclusive transformadores e capa 51,97 0,0005 F105

Solventes contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos não

perigosos ou não perigosos. (especificar o solvente e o 332,54 0,0034 F130 Óleo lubrificante usado 3.683,63 0,0372

F230 Fluido hidráulico 713,10 0,0072

F330 Óleo de corte e usinagem 272,35 0,0027 F430 Óleo usado contaminado em isolação ou na refrigeração 78,07 0,0008 F530 Resíduos oleosos do sistema separador de água e óleo 1.459,70 0,0147 I010 Resíduos de materiais têxteis contaminados com substâncias/produtos perigosos 182,55 0,0018

(14)

Código Descrição do resíduo Quantidade %

(especificar o contaminate)

I013 Pilhas e baterias. 231,30 0,0023

I020 Isopor 63,90 0,0006

I029

Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade ou solos contaminados

contendo substâncias perigosas. (especificar 42,01 0,0004 I067 Resíduos de papel/papelão e plásticos. 10.520,40 0,1062 I102

Catalisadores usados contaminados com substâncias perigosas (especificar o

catalisador e o principal contaminante) 18,88 0,0002 I103 Resíduos oriundos de laboratórios industriais (produtos químicos) 32,42 0,0003 I104

Embalagens vazias contaminadas com outras substâncias/produtos perigosos, exceto

os I114, I124, I134, I144, I154 e I164. (Esp 60,96 0,0006 I109 Casca de árvores (madeira, lenha, etc) 154.606,00 1,5606 I114 Embalagens de agrotóxicos (especificar o contaminante). 118,24 0,0012 I117 Lâmpadas (fluorescentes, encandescentes, outras). 628,67 0,0063 I124 Embalagens vazias contaminadas com óleo combustível (especificar a embalagem) 1,10 0,0000 I134

Embalagens vazias contaminadas com óleos: lubrificante, fluido hidráulico,

corte/usinagem, isolação e refrigeração (especifica 113,60 0,0011 I144

Embalagens vazias contaminadas com tintas, borras de tintas e pigmentos

(especificar embalagem) 102,45 0,0010 I154

Embalagens vazias contaminadas com produtos alcalinos (especificar embalagem e

produto) 17,32 0,0002

I164

Embalagens vazias contaminadas com produtos ácidos (especificar embalagem e

produto) 210,62 0,0021

I307 Outros resíduos plásticos (outras embalagens plásticas, lona plástica, etc). 1.175,52 0,0119

I408 Pneus 256,05 0,0026

I630 Óleo combustível usado. 59,42 0,0006 IA00

EPI's contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos não perigosos

(luvas, botas, aventais, capacetes, máscaras, etc 200,01 0,0020 ID00

EPI's comtaminados contaminados com substância/produtos perigosos (luvas,

botas, aventais, capacetes, máscaras, etc.) (especif 229,35 0,0023 K004 Lodo de tratamento de águas residuárias de produção de pigmento amarelo de zinco. 0,40 0,0000 K005 Lodo de tratamento de águas residuárias de produção de pigmento verde de cromo. 192,00 0,0019 K008 Resíduos de fornos da produção de pigmento verde de óxido de cromo. 15,00 0,0002 K048 Sobrenadante de separadores tipo DAF, nas indústrias de refino de petróleo. 6.000,00 0,0606 K053 Restos e borras de tintas e pigmentos 1.620,34 0,0164 K061

Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão de gases da produção de aço

primário em fornos elétricos. 39.424,07 0,3980 K062 Banho de decapagem exaurido das operações de acabamento de aço. 2,40 0,0000 K067 Lodos ou lamas calcários de anodos eletrolíticos da produção de zinco primário. 1.056,00 0,0107 K068 Resíduo da unidade cádmio (óxido de ferro) na produção de zinco primário. 63.019,00 0,6361 K069

Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão de gases da fusão de chumbo

secundário. 94,43 0,0010

K078 Resíduo de limpeza com solvente na fabricação de tintas 21,06 0,0002 K087

Lodo de alcatrão do tanque de decantação utilizado no sistema de tratamento de

gases de coqueria. 6.002,40 0,0606

K092 Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão da produção de ferro-manganês. 7.437,60 0,0751 K193 Aparas de couro curtido ao cromo 258,08 0,0026

(15)

Código Descrição do resíduo Quantidade %

K194 Serragem e pó de couro contendo cromo 2.308,73 0,0233 K195 Lodo de estações de tratamento de efluentes de curtimento ao cromo 5.237,58 0,0529 K200 Resíduo do desmonte das cubas de redução na produção de alumínio primário. 8.132,52 0,0821 K201 Resíduos em geral (hospitalares) 11,04 0,0001 K202 Resíduos oriundos do processamento de análises de laboratórios de análises clínicas. 0,20 0,0000 K206

Resíduo da lavagem ácida do benzeno, originário da destilação do alcatrão do

coque. 681,00 0,0069

K207 Borra do re-refino de óleos usados (borra ácida) 2.082,64 0,0210

As 5.258.491.,79 t restantes (34,67%) não foram classificadas segundo a Listagem Base, logo receberam classificação de “Outros”.

Dentre os vários resíduos classificados como “Outros” pode-se destacar: - Gesso (44,98%)

- Rejeito de flotação (12,23%); - Resíduos de bauxita (4,50%); - Lama Terciária (3,13%);

- Finos de Minério de Ferro (2,70%); - Rejeito calcinado após lixiviação (2,67%); - Finos de Carvão (2,41%);

- Carepa (2,27%);

Cabe ressaltar que o valor percentual é em relação ao total de resíduos “outros”. A Figura 4 mostra essa distribuição dos resíduos “outros”.

Figura 4: Resíduos Sólidos indicados como “outros”, por não serem listados no Manual

45,0%

12,2%

4,5%

3,1%

2,7%

2,7%

2,4%

25,1%

2,3%

Gesso Rejeito de Flotacao Residuos de bauxita Lama Terciaria

Finos de Minerio de Ferro Rejeito Calcinado apos lixiviacao

Finos de Carvao Carepa

(16)

6 PRINCIPAIS DESTINOS

Os resíduos gerados foram classificados segundo três opções de destino:

Sem destino definido – resíduos gerados no período do inventário que não tiveram destino definido até a data de término do período de referência do inventário, encontrando-se, portanto, armazenados na área da indústria; Destino Indústria – resíduos gerados no período de referência que foram destinados à própria planta industrial, seja para tratamento, disposição ou reutilização;

Destino Externo – resíduos gerados no período de referência, que receberam algum tipo de tratamento, reutilização, reciclagem ou disposição final fora da unidade industrial.

De acordo com os dados fornecidos pelas empresas, as 15.165.193,65 t de resíduos inventariados foram destinados, como ilustra a Figura 5 da seguinte forma:

- Sem Destino Definido: 1.992.045,07 t (13,14%)

- Destino Dentro da Indústria: 6.970.394,88 t (45,96%) - Destino Externo: 6.202.753,40 t (40,90%)

Figura 5: Formas de destinação dos resíduos inventariados

13,1%

46,0%

40,9%

Sem Destino Definido

Destino Industria Destino Externo

DESTINO INDÚSTRIA

Dentre as formas de destinação “Dentro da Indústria”, as principais são listadas a seguir e mostradas na Figura 6 - Outras formas de disposição (37%);

- Reutilização / reciclagem interna (29,07%); - Aterro industrial próprio (23,82%); - Incorporação em solo agrícola (3,34%);

(17)

Figura 6: Formas de destinações “Dentro da indústria”

38%

29%

24%

3%

2% 4%

Outras formas de disposição Reutilização / reciclagem interna Aterro industrial próprio Incorporação em solo agrícola Utilização em forno industrial (exceto fornos de cimento)

Outras formas de destinação interna

A Tabela 7 exemplifica os principais resíduos encaminhados em cada uma das principais destinações “Dentro da Indústria“.

Tabela 7 Principais formas de destinação “Dentro da Indústria”

DESTINAÇÃO % SOBRE O TOTAL DE RESÍDUOS NO DESTINO INDÚSTRIA PRINCIPAIS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO % DOS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO

Resíduos de minerais não metálicos 72,51 Outras formas de disposição 36,98

Outros Resíduos Não Perigosos 26,36 Sucata de metais ferrosos 37,00 Resíduos de minerais não metálicos 11,70 Outros Resíduos Não Perigosos 26,24 Outras formas de

reutilização/reciclagem/recuperação 29,07

Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo substâncias não

tóxicas (precipitadores, filtros de manga entre outros)

12,45

Escória de produção de ferro e aço 39,53 Aterro industrial próprio 23,81

(18)

DESTINAÇÃO % SOBRE O TOTAL DE RESÍDUOS NO DESTINO INDÚSTRIA PRINCIPAIS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO % DOS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO

Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo

substâncias não tóxicas

9,67

Outros Resíduos Não Perigosos 7,23

Incorporação em solo agrícola 3,34

Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo

substâncias não tóxicas

86,00

Outros Resíduos Perigosos 67,25 Sucata de metais ferrosos 22,00 Utilização em forno industrial (exceto em

fornos de cimento) 2,33

Escória de produção de ferro e aço 5,10

DESTINO EXTERNO

As principais formas de “Destinos Externos” apontados foram: - Co-processamento em fornos de cimento (55,82%);

- Outras formas de reutilização/reciclagem/recuperação (19,31%); - Incorporação em solo agrícola (11,67%).

- Sucateiros intermediários (7,99%); - Aterro industrial próprio (4,32%);

A Figura 7 ilustra estes valores enquanto no Quadro 11 são apresentados os principais resíduos e suas formas de destinações externas.

Figura7: Formas de “Destinações Externas”

55,8% 19,3% 8,0% 4,3% 11,7% 0,9%

Co-processamento em fornos de

cimento

Outras formas de

reutilizacao/reciclagem/recuperacao

Sucateiros Intermediarios

Aterro Industrial Proprio

Incorporacao em solo agricola

(19)

Tabela 8: Principais formas de “Destinação Externa” DESTINAÇÃO % SOBRE O TOTAL DE RESÍDUOS NO DESTINO INDÚSTRIA PRINCIPAIS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO % DOS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO

Escória de produção de ferro e aço 92,35 Co-processamento em fornos de cimento 55,82

Gesso 4,40 Escória de produção de ferro e aço 35,83 Outras formas de

reutilização/reciclagem/recuperação 19,31

Sucata de metais ferrosos 20,57 Outros Resíduos Não Perigosos 43,05 Escória de produção de ferro e aço 21,4 Resíduos sólido composto de metais não

tóxicos 9,31 Sucateiros intermediários 7,99

Resíduos de sist. de controle de emissão gasosa c/ subst. não tóxicas (precipitadores,

filtros de manga entre outros)

7,28 Gesso 76,50 Escória de produção de ferro e aço 15,40 Incorporação em solo agrícola 11,67

Resíduos de sist. de controle de emissão

gasosa c/ subst. não tóxicas 6,58 Resíduos sólido de ETE contendo

substâncias não tóxicas 66,54 Outros Resíduos Não Perigosos 18,00 Aterro industrial próprio 4,32

Resíduos de varrição de fábrica 12,50

7 RESÍDUOS PERIGOSOS E NÃO PERIGOSOS

As 15.165.193,65 t de resíduos inventariados foram classificados em resíduos perigosos e não

perigosos, obtendo-se os valores mostrados a seguir e ilustrados na Figura 8:

-

Resíduos Perigosos – 828.182,75 t (5,46%)

-

Resíduos Não Perigosos – 14.337.010,93 t (94,54%)

(20)

Figura 8: Relação entre resíduos perigosos e não perigosos

5,5%

94,5%

Perigosos

Nao perigosos

RESÍDUOS PERIGOSOS

Do total de resíduos perigosos apontados, apenas 19,2%, isto é, 158.968,75 t, foram classificados segundo a Listagem Base. As 669.216,83 t restantes foram classificados como “Outros“.

Os resíduos perigosos classificados segundo a Listagem Base gerados em maior quantidade foram: - K068 – Resíduos da unidade de cádmio (óxido de ferro) na produção de zinco primário (39,7%); - K061 –Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão de gases da produção de aço primário (24,8%); - K200 – Resíduo do desmonte das cubas de redução na produção de alumínio primário (5,1%);

- K092 – Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão da produção de ferro-manganês (4,7%); - K087 – Lodo de alcatrão do tanque de decantação utilizado no sistema de tratamento de gases de coqueria

(4,7%);

-

K048 – Sobrenadante de separadores tipo DAF, nas indústrias de refino de petróleo (3,8%); - K195 – Lodo de estações de tratamento de efluentes de curtimento ao cromo (3,5%);

- F130 – Óleo lubrificante usado (2,3%).

Estes oito resíduos são responsáveis por 87,5% dos resíduos perigosos classificados pela Listagem Base. Os cinco primeiros resíduos foram apontados pela tipologia 27 (Metalúrgica Básica), o K195 pela tipologia 19 (Preparação de Couro e Artefatos) e o K048 pela 23 (Fabricação de coque, Refino de Petróleo). Apenas o resíduo F130 (Óleo lubrificante usado) foi apontado por diversas tipologias.

Dentre os resíduos perigosos classificados como “Outros” pode-se destacar: - Resíduos de Bauxita (35,4%);

- Lama terciária (24,7%);

- PH 7-Hidróxidos e Cálcio, Zinco, Magnésio e Cádmio (16,3%); - PH 9-Hidróxidos e Cálcio, Zinco, Magnésio e Cádmio (7,45%); - Condensado de COG (3,1%).

Os resíduos perigosos acima foram listados pela Tipologia 27 (Metalúrgica Básica) e correspondem a 87% dos resíduos classificados como “ outros resíduos perigosos”.

(21)

RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS

Das 14.337.010,93 t de resíduos não perigosos apontados, 9.747.933,04 t (67,99%) foram classificados segundo a listagem base e as 4.589.277,89 t (32,01%) foram classificados como “outros resíduos não perigosos”.

Os principais resíduos não-perigosos da Listagem Base foram: - Escória de produção de ferro e aço (44,4%);

- Resíduos de minerais não metálicos (23,98%); - Sucatas de metais ferrosos (11,08%);

- Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas (4,41%); - Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas (4,09%). Os resíduos os mais representativos classificados como “outros não perigosos“ são listados abaixo, correspondendo a 76,92% do seu total.

- Gesso (51,54%)

- Rejeito da Flotação (14,01%); - Finos de Minério de Ferro (3,10%);

- Rejeito calcinado após Lixiviação/Eluição (3,06%); - Finos de Carvão (2,61%);

- Carepa (2,60%).

8 PRINCIPAIS DESTINOS RESÍDUOS PERIGOSOS

Os principais destinos indicados para os resíduos perigosos foram : - Sem Destino Definido (4,06%);

- Destino Indústria (86,32%); - Destino Externo (9,62%) A Figura 9 ilustra estes valores.

Figura 9: Principais formas de destinação para os resíduos perigosos

4%

86%

10%

Sem Destino Definido

Destino Indústria

Destino Externo

(22)

DESTINO INDÚSTRIA

As principais formas de destinações para os resíduos perigosos encaminhados dentro da indústria foram: - Aterro industrial próprio (76,4 %);

- Utilização em forno industrial (15,29%);

- Reutilização / reciclagem / recuperação interna (6,93 %); - Reprocessamento de óleo (0,84 %);

- Neutralização (0,15%).

Cabe ressaltar que, com exceção dos resíduos encaminhados ao “reprocessamento de óleo”, de 70 a 85% dos resíduos nas demais formas de destinação citadas acima foram classificados como “outros”.

DESTINO EXTERNO

Segundo o Inventário, as destinações externas mais utilizadas para os resíduos perigosos são: - Co-processamento em fornos de cimento (33,4%);

- Utilização em formulação de micronutrientes (18,76%);

- Outras formas de reutilização / reciclagem / recuperação (16,75%); - Sucateiros intermediários (11,52 %);

- Outras tratamentos (5,57%).

Os resíduos classificados como “outros“ foram responsáveis respectivamente por 99%, 83% e 71% dos resíduos encaminhados para “utilização em formulação de micronutrientes”, “ outros tratamentos” e “ outras formas de reutilização/reciclagem recuperação”.

50% dos resíduos encaminhados ao co-processamento também receberam a classificação “outros”; além destes, pode-se ressaltar o resíduo do desmonte das cubas de redução na produção de alumínio primário com 30% e a borra ácida originada do re-refino de óleos usados com 7,8% do total de resíduos encaminhados à esta destinação.

9-2 RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS

Os resíduos não perigosos gerados foram destinados conforme relacionados a seguir. A Figura 10 ilustra estes dados:

- Sem Destino Definido (13,66%); - Destino Indústria (43,63%); - Destino Externo (42,71 %).

Figura 10: Principais formas de destinação para os resíduos não perigosos

13,7%

43,6% 42,7%

Sem Destino Definido Destino Industria Destino Externo

(23)

DESTINO INDÚSTRIA

As principais destinações dentro da indústria, apontadas para os resíduos não perigosos são mostradas na Tabela 9: Tabela 9: Formas de destinação Dentro da Indústria dos resíduos não perigosos

DESTINAÇÃO % SOBRE O TOTAL DE RESÍDUOS NO DESTINO INDÚSTRIA PRINCIPAIS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO % DO RESÍDUO NA DESTINAÇÃO

Resíduos de minerais não metálicos

72,50 Outras formas de disposição 41,3

Outros não perigosos 26,40 Sucata de metais ferrosos 37,8 Outros não perigosos 26,9 Resíduos de sistema de

emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas

12,8 Reutilização / reciclagem

internas 31,6

Resíduos de minerais não metálicos

11,9

Escória de produção de ferro e aço

58,9

Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas

14,4

Outros não perigosos 10,8 Aterro Industrial Próprio 17,8

Resíduos de minerais não metálicos

5,5 Resíduos pastosos de estações

de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas

86,2

Incorporação em solo Agrícola 3,7

Outros não perigosos 6,8

DESTINO EXTERNO

As principais destinações externas, com seus respectivos resíduos, apontadas para os resíduos não perigosos são relacionadas na tabela 10.

(24)

Tabela 10: Formas de destinação Destino Externo dos resíduos não perigosos DESTINAÇÃO % SOBRE O TOTAL DE RESÍDUOS NO DESTINO EXTERNO PRINCIPAIS RESÍDUOS NA DESTINAÇÃO % DO RESÍDUO NA DESTINAÇÃO

Escória de produção de ferro e aço 92,62

Co-processamento fornos cimento 49,68

Gesso 5,01 Escória de produção de ferro e aço 36,8

Sucata de metais ferrosos 21,11 Outros não perigosos 12,8 Outras formas de reutilização /

reciclagem recuperação 19,32

Resíduos sólidos compostos de metais não tóxicos

7,92

Outros não perigosos 44 Escória de produção de ferro e aço 22

Resíduos sólidos compostos de metais não tóxicos

9,5 Sucateiros intemediários 7,94

Resíduos de varrição de fábrica 12,5

Gesso 76,93

Escória de produção de ferro e aço 15,45 Incorporação em solo agrícola 11,76

Resíduos de sistema de emissão gasosa contendo substâncias não

tóxicas

6,62

RESÍDUOS DESTINADOS FORA DO ESTADO

Cerca de 1,54% (233.438,61 t) do total de resíduos inventariados no ciclo de 12 meses (data limite inicial julho de 2001) foram encaminhados para tratamento / disposição final fora do Estado de Minas Gerais. Deste total, apenas 29.032,35 t (12,4%) foram classificados como perigosos.

Os estados que recebem resíduos de Minas Gerais para tratamento, reutilização ou disposição final, segundo apontamentos dos inventariados são: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Dentre estes podemos destacar: São Paulo (58,32%), Espírito Santo ( 18,13%), Maranhão (11,93%), Goiás (7,02%) e Rio de Janeiro (2,88%).

(25)

Os principais resíduos destinados para fora do estado são mostrados na Tabela 11 . Tabela 11: Principais resíduos destinados fora do estado de Minas Gerais

CÓDIGO DO RESÍDUO DESCRIÇÃO QUANTIDADE DE

RESÍDUOS (t)

A028

Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo

substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros de manda

entre outros)

41.544,7

A022

Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo

substâncias não tóxicas

29.387,6 A012 Escória de fundição de alumínio 21.264,74

A009

Resíduos de madeira contaminado ou não contaminado com substâncias / produtos não

perigosos

19.089,23

AO01 – AO20 Outros não perigosos 29.800

Os principais destinos indicados para os resíduos encaminhados para fora do estado foram : - Outras formas de reutilização/reciclagem (35,93%);

- Incorporação ao solo agrícola (17,5%); - Aterro industrial de terceiros (11,59%);

- Co-processamento em fornos de cimento (7,23%); - Utilização em formulação de micronutrientes (7,04%).

9 PRINCIPAIS GERADORES DE RESÍDUOS

Tabela 12: é apresentada a relação dos CNAEs dos 35 maiores geradores de resíduos, sejam eles perigosos ou não, com suas respectivas quantidades em toneladas. Estes 35 maiores geradores são responsáveis por 90% do total de resíduos inventariados no período de referência.

Tabela 12: Maiores geradores de resíduos

Nº CNAE QUANTIDADE DE RESÍDUOS (t)

1 27111 3.100.814,49 2 24139 2.371.192,47 3 27227 1.709.075,58 4 27111 1.449.205,90 5 13242 794.190,88 6 27120 459.247,05 7 27111 426.401,25

(26)

Nº CNAE QUANTIDADE DE RESÍDUOS (t) 8 21105 421.962,62 9 27499 331.296,37 10 27120 318.238,99 11 27413 264.633,88 12 27413 245.966,02 13 27120 226.574,22 14 27120 207.939,92 15 27227 196.674,35 16 27120 191.841,23 17 34100 101.363,26 18 20214 95.883,08 19 27219 77.750,01 20 27219 75.103,32 21 27219 70.851,58 22 27499 70.274,97 23 27219 66.788,24 24 27219 64.356,00 25 27219 64.040,63 26 26999 52.530,80 27 28118 51.508,84 28 27219 51.177,76 29 26921 50.511,82 30 27499 48.989,14 31 27219 45.303,60 32 27219 45.248,82 33 27219 42.140,00 34 26999 41.355,00 35 27219 39.800,00 TOTAL 13.817.723,25

(27)

Dentre os maiores geradores destaca-se, em número de empresas e em geração individual por empresa, a tipologia 27 (Metalurgia Básica). Além desta, vale citar entre os maiores geradores, a tipologia 21 (Fabricação de Celulose, Papel e Produtos de Papel), a tipologia 24 (Produtos Químicos), a tipologia 34 (Fabricação e Montagem de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias), a tipologia 20 (Fabricação de Produtos de Madeira), a tipologia 26

(Fabricação de Produtos de Minerais Não-Metálicos) e a tipologia 28 (Fabricação de Produtos de Metal - exclusive Máquinas e Equipamentos).

MAIORES GERADORES DE RESÍDUOS PERIGOSOS

Na Tabela 13 estão relacionados os CNAEs dos maiores geradores de resíduos perigosos,

juntamente com as quantidades geradas e a sua posição em relação ao “ranking” dos maiores

geradores no total de resíduos (perigosos + não perigosos).

Os 7 geradores apresentados geram 87% do total de resíduos perigosos apontados.

Tabela 13: Maiores geradores de resíduos perigosos

POSIÇÃO NO RANKING DOS

MAIORES GERADORES CNAE

QUANTIDADE DE RESÍUDOS PERIGOSOS (t) 1 8 27499 326.268,42 2 10 27413 246.689,73 3 21 27499 66.905,69 4 6 27111 31.268,16 5 1 27111 28.585,91 6 13 27120 20.053,18 7 9 27120 17.302,23 TOTAL 719.771,09

REGIÕES E MUNICÍPIOS MAIORES GERADORES DE RESÍDUOS

A seguir são apresentadas as gerações de resíduos sólidos industriais, por região e por município.

(28)

Tabela 14: Geração de resíduos inventariados por Regiões

Principais Resíduos da Listagem Base Região Total de Empresas Inventaria-das Total de Resíduos Descrição % em Relação ao Total da Região Principais Tipologias por Número de Empresas Principais Tipologias por Quantidade de Resíduos Gerados Escória de produção de ferro e aço 34,11 Sucata de metais ferrosos 9,59

Resíduos de minerais não

metálicos 8,71

Resíduos sólido composto

de metais não tóxicos 4,11

Cen

tral 247 4.143.388,83

Resíduos de sistema de controle de emissão

gasosa contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros de

manga entre outros)

3,25 27(17,00%) 26(12,96%) 28(10,52%) 34(10,52%) 27(89,72%) Escória de produção de ferro e aço 20,2 Resíduos de minerais não

metálicos 14,37

Resíduos sólido composto

de metais não tóxicos 6,83

Sucata de metais ferrosos 4,46

A lto Sã o Fra n ci sc o 79 1.056.695,08 Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros de

manga entre outros)

3,77 26(32,91%) 27(25,32%) 17(12,66%) 27(80,07%) 26(16,23%)

(29)

Principais Resíduos da Listagem Base Região Total de Empresas Inventaria-das Total de Resíduos Descrição % em Relação ao Total da Região Principais Tipologias por Número de Empresas Principais Tipologias por Quantidade de Resíduos Gerados Resíduos de materiais têxteis contaminados ou

não contaminados com substâncias/produtos não

perigosos)

37,63

Resíduos de papel e

papelão 27,81

Resíduos gerados fora do processo industrial (material de escritório, embalagens de escritório, material de consumo, etc.)

13,5 Cinzas de caldeira 8,84 Je quitinhonha 2 244,49 Resíduos de refratários e materiais cerâmicos contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos não perigosos 6,14 17(50,00%) 26(50,00%) 17(93,86%) Escória de produção de ferro e aço 51,85 Sucata de metais ferrosos 12,19

Resíduos pastosos de estações de tratamento de

efluentes contendo substâncias não tóxicas

5,63

Resíduos sólido de estações de tratamento de efluentes

contendo substâncias não tóxicas 4,9 Le st e Mine ir o 27 4.708.268,04 Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa

contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros

de manga entre outros)

4,36

27(25,93%)

28(14,84%) 27(89,78%)

Principais Resíduos da Listagem Base Região Total de Empresas Inventaria-das Total de Resíduos Descrição % em Relação ao Total da Região Principais Tipologias por Número de Empresas Principais Tipologias por Quantidade de Resíduos Gerados

(30)

Resíduos de sistema de controle de emissão

gasosa contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros de

manga entre outros)

52,12 Finos de cavaco do beneficiamento da madeira 10,57 Moinha de carvao 8,44 Resíduos de minerais não

metálicos 6,17 N o rt e de Mina s 14 78.690,45 Resíduos de materiais têxteis contaminados ou

não contaminados com substâncias/produtos não perigosos) 3,18 17(28,57%) 24(14,29%) 27(14,29%) 27(86,03%) 17(9,95%) Escória de produção de ferro e aço 19,6

Sucata de metais ferrosos 5,06

Resíduos de sistema de controle de emissão

gasosa contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros de

manga entre outros)

1,21 Resíduos de varrição de fábrica 1,13 Sul de Mina s 138 324.551,17 Areia de fundição 1,1 19(14,49%) 17(13,77%) 26(10,86%) 27(81,14%)

Principais Resíduos da Listagem Base Região Total de Empresas Inventaria-das Total de Resíduos Descrição % em Relação ao Total da Região Principais Tipologias por Número de Empresas Principais Tipologias por Quantidade de Resíduos Gerados Gesso 56,09 Tr iâ ngulo Mine ir o 33 4.216.847,02

Resíduos de minerais não

metálicos 39,38

24(54,55%) 19(15,15%)

24(56,46%) 27(40,53%)

(31)

Casca de arvores

(madeira, lenha, etc) 1,00 Escória de produção de

ferro e aço 41,6 Resíduo da unidade

cádmio (óxido de ferro) na produção de zinco

primário.

18,49

Sucata de metais ferrosos 6,54

Lodo ou poeira do sistema de controle de emissão de gases da produção de aço

primário em fornos elétricos. 4,44 Zona da Ma ta 46 336.445,35

Resíduos de minerais não

metálicos 2,52

17(36,96%)

21(17,39%) 27(91,14%)

Verifica-se, na relação abaixo e na Figura 13 que a geração de resíduos ocorre na seguinte proporção nas regionais: - Triangulo Mineiro (29,01%);

- Central (28,51%); - Leste Mineiro (28,09%); - Alto São Francisco (7,27%);

- Sul de Minas (4,29%); - Zona da Mata (2,31%); - Norte de Minas (0,54%);

-

Jequitinhonha (0,0017%)

Figura 11: Geração de resíduos por regiões

29,0% 28,5% 28,1% 4,3% 0,5%0,0% 7,3% 2,3% Triangulo Mineiro Central Leste Mineiro Alto Sao Francisco Sul de Minas Zona da Mata Norte de Minas Jequitinhonha

Referências

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