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EXAME DE SELEÇÃO

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA CADERNO DE QUESTÕES

Nome do candidato: ____________________________________________________________________ Nº de inscrição:____________________

Observações:

1. Duração da prova: 120 minutos.

2. Colocar nome e número de inscrição no caderno de questões e no caderno de respostas. 3. Todo material recebido deve ser devolvido no final da prova.

4. Não é permitido consulta nem empréstimo de material durante a prova.

5. Não é permitido o uso de calculadora, celular, ou qualquer outro aparelho eletrônico, de cálculo ou de comunicação.

6. A permanência mínima do candidato em sala é de 1 (uma) hora.

7. Os examinadores só esclarecerão dúvidas de impressão. A interpretação das questões faz parte da avaliação.

8. A prova tem 20 (vinte) questões objetivas. Confira. 9. Utilize como rascunho o verso das folhas da prova.

10. As questões são de múltipla escolha, assinale a resposta preenchendo a CANETA com um “X”, no GABARITO, a alternativa que você julgar correta.

11. Não rasure o GABARITO. 12. Boa Prova.

(2)

O anjo da noite

Às dez e meia, o guarda-noturno entra de serviço. Late o cãozinho do portão no primeiro plano; ladra o cão maior no quintal, no segundo plano: de plano em plano, até a floresta, grandes e pequenos cães rosnam, ganem, uivam, na densa escuridão da noite, todos sobressaltados pelo trilar do apito do guarda-noturno. Pelo mesmo motivo, faz-se um hiato no jardim, entre os insetos que ciciavam e sussurravam nas frondes: que novo bicho é esse que começa a cantar com uma voz que eles julgam conhecer, que se parece com a sua, mas que se eleva com uma força gigantesca?

Passo a passo, o guarda-noturno vai subindo a rua. Já não apita: vai caminhando descansadamente, como quem passeia, como quem pensa, como um poeta numa alameda silenciosa, sob árvore em flor. Assim vai andando o guarda-noturno. Se a noite é bem sossegada, pode-se ouvir sua mão sacudir a caixa de fósforos, e até adivinhar, com bom ouvido, quantos fósforos estão lá dentro. Os cães emudecem. Os insetos recomeçam a ciciar.

O guarda-noturno olha para as casas, para os edifícios, para os muros e grades, para as janelas e os portões. Uma pequena luz, lá de cima: há várias noites, aquela vaga claridade na janela; é uma pessoa doente? O guarda-noturno caminha com delicadeza, para não assustar, para não acordar ninguém. Lá vão seus passos vagarosos, cadenciados, cosendo a sua sombra com a pedra da calçada.

Vagos rumores de bondes, de ônibus, os últimos veículos, já sonolentos, que vão e voltam quase vazios. O guarda-noturno, que passa rente às casas, pode ouvir ainda a música de algum rádio, o choro de alguma criança, um resto de conversa, alguma risada. Mas vai andando. A noite é serena, a rua está em paz, o luar põe uma névoa azulada nos jardins, nos terraços, nas fachadas: o guarda-noturno para e contempla.

À noite, o mundo é bonito, como se não houvesse desacordos, aflições, ameaças. Mesmo os doentes parece que são mais felizes: esperam dormir um pouco à suavidade da sombra e do silêncio. Há muitos sonhos em cada casa. É bom ter uma casa, dormir, sonhar. O gato retardatário que volta apressado, com certo ar de culpa, num pulo exato galga o muro e desaparece: ele também tem o seu cantinho para descansar. O mundo podia ser tranquilo. As criaturas podiam ser amáveis. No entanto, ele mesmo, o guarda-noturno, traz um bom revólver no bolso, para defender uma rua...

E se um pequeno rumor chega ao seu ouvido e um vulto parece apontar na esquina, o guarda-noturno torna a trilar longamente, como quem vai soprando um longo colar de contas de vidro. E recomeça a andar, passo a passo, firme e cauteloso, dissipando ladrões e fantasmas. É a hora muito profunda em que os insetos do jardim estão completamente extasiados, ao perfume da gardênia e à brancura da lua. E as pessoas adormecidas sentem, dentro de seus sonhos, que o guarda-noturno está tomando conta da noite, a vagar pelas ruas, anjo sem asas, porém armado.

(Cecília Meireles – Quadrante 2 – 4ª edição – RJ- Editora do autor)

1ª Questão: A comparação do guarda-noturno com um “anjo sem asas” justifica-se: a) Porque o guarda-noturno traz consigo um bom revólver para enfrentar os bandidos. b) Porque está atento a tudo o que acontece na noite, ou seja, ele toma conta da noite. c) Porque faz com que os cães parem de latir e, com isso, as pessoas possam descansar.

(3)

a) Porque ele sente muito sono e precisa de um barulho para mantê-lo acordado.

b) Porque ele não tem o que fazer e a caixa de fósforos que ele sacode é uma distração. c) Porque a noite está tranquila e ele encontra-se em paz.

d) Porque é uma maneira de avisar às pessoas que ele está ali, já que os palitos de fósforos fazem barulho.

3ª Questão: Assinale a opção em que há oposições de ideias: a) noite sossegada X sacudir caixa de fósforos.

b) noite serena X parar e contemplar.

c) guarda-noturno traz um revólver X defender uma rua. d) guarda-noturno é um anjo sem asas X andar armado.

4ª Questão: “... que novo bicho é esse, que começa a cantar com uma voz que eles julgam conhecer, que se parece com a sua, mas que se eleva com uma força gigantesca?”

Esse trecho reproduz uma pergunta feita: a) pelo guarda-noturno.

b) pelo narrador. c) pelos insetos. d) pelas pessoas.

5ª Questão: Sabe-se que fato é o que realmente acontece e inferência é uma suposição, isto é, aquilo que se pode concluir de um determinado fato. Assinale a opção que traz uma inferência: a) “... é uma pessoa doente?”

b)“Às dez e meia, o guarda-noturno entra de serviço.” c) “Uma pequena luz, lá em cima..”

d) “ Passo a passo, o guarda-noturno vai subindo a rua.”

6ª Questão: “O guarda-noturno torna a trilar longamente...”. Há, no texto, uma condição para que ele faça isso. Qual é?

a) Caso os cães não parem de latir, e o guarda-noturno suspeite de alguma coisa, ele começa a apitar. b) Se as luzes das casas encontram-se acesas até mais tarde, ele trila longamente para que as pessoas saibam que há vigilância na rua.

c) Caso suspeite que há ladrões e fantasmas na rua, ele trila a fim de dissipá-los.

d) Se um pequeno rumor chega ao seu ouvido e um vulto parece apontar na esquina, ele trila longamente. 7ª Questão: Leia os fragmentos a seguir:

“... vai caminhando descansadamente como quem passeia.”

“... o guarda-noturno torna a trilar longamente, como quem vai soprando um longo colar de contas de vidro.”

As palavras destacadas apresentam o sufixo MENTE, que é formador de:

a) advérbio b) substantivo c) adjetivo d) pronome

8ª Questão: No fragmento “ele também tem seu cantinho para descansar”, ele é um pronome que está se referindo:

a) ao guarda-noturno. b) ao cãozinho do portão. c) ao anjo da madrugada. d) ao gato.

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9ª Questão: Escolha a alternativa em que a palavra entre parênteses não é sinônima da palavra grifada na frase:

a) “Pelo mesmo motivo, faz-se um hiato no jardim.” (movimento) b) “Vagos rumores de bondes, de ônibus...” (ruídos)

c) “... os insetos do jardim estão completamente extasiados. ( encantados)

d) “E recomeça a andar, passo a passo, dissipando ladrões e fantasmas. (espalhando)

10ª Questão: Nos fragmentos “há várias noites”, “há muitos sonhos em casa” e “como se não houvesse desacordos” aparece o verbo haver. Se substituirmos o verbo haver pelo verbo existir, a opção correta será:

a) Existem várias noites / existem vários sonhos em casa / como se não existissem desacordos. b) Existe várias noites / existe vários sonhos em casa / como se não existisse desacordos. c) Existia várias noites / existia vários sonhos em casa / como se não existissem desacordos. d) Existiam várias noites / existem vários sonhos em casa / como se não existissem desacordos. 11ª Questão: Abaixo há uma palavra que pode ser encaixada em duas regras de acentuação. Assinale-a:

a) ônibus b) veículos c) revólver d) até

12ª Questão: Assinale a opção em as palavras estão separadas corretamente: a) si-len-ci-o-sa, veí-cu-los, dis- si- pan-do

b) si-len-cio-sa, veí-cu-los, di- ssi- pan-do c) si-len-ci-o-sa, ve-í-cu-los, dis- si- pan-do d) si-len-ci-o-sa, ve-í-cu-los, di- ssi- pan-do

13ª Questão; No fragmento “O mundo podia ser tranquilo. As criaturas podiam ser amáveis. No entanto, ele mesmo, o guarda-noturno, traz um bom revólver no bolso, para defender uma rua.”, a expressão assinalada indica:

a) contradição b) adição c) explicação d) conclusão 14ª Questão: Nos fragmentos a seguir há conotação, exceto:

a) “Já não apita: vai caminhando descansadamente, como quem passeia, como quem pensa, como um poeta numa alameda silenciosa, sob árvores em flor.”

b) “... que novo bicho é esse, que começa a cantar com uma voz que eles julgam conhecer, que se parece com a sua, mas que se eleva com uma força gigantesca?”

c) “... o guarda-noturno torna a trilar longamente, como quem vai soprando um longo colar de contas de vidro.”

d) “O guarda-noturno olha para as casas, para os edifícios, para os muros e grades, para as janelas e os portões.”

15ª Questão: Sabe-se que personificação é a atribuição de características ou ações humanas a seres inanimados. Portanto há uma personificação na alternativa:

a) “O guarda-noturno, que passa rente às casas, pode ouvir ainda a música de algum rádio, o choro de alguma criança...”

b) “Vagos rumores de ônibus, os últimos veículos, já sonolentos, que vão e voltam quase vazios” c) “Às dez e meia, o guarda-noturno entra de serviço.”

d) “O guarda-noturno olha para as casas, para os edifícios, para os muros e grades, para as janelas e os portões.”

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cãozinho ...” para o plural, ele ficará:

a) “Às dez e meia, os guardas-noturnos entram de serviço. Latem os cãezinhos ...” b) “Às dez e meia, os guardas-noturnos entram de serviço. Latem os cãozinhos ...” c) “Às dez e meia, os guarda-noturnos entram de serviço. Latem os cãezinhos ...” d) “Às dez e meia, os guardas-noturno entram de serviço. Latem os cãozinhos ...”

17ª Questão: O termo destacado em cada trecho abaixo atua como pronome relativo, exceto: a) “Pelo mesmo motivo, faz-se um hiato no jardim, entre os insetos que ciciavam e sussurravam nas frondes...”

b) “O guarda-noturno, que passa rente às casas, pode ouvir ainda a música de algum rádio, o choro de alguma criança...”

c) ”E as pessoas adormecidas sentem, dentro de seus sonhos, que o guarda-noturno está tomando conta da noite, a vagar pelas ruas, anjo sem asas, porém armado.”

d) “O gato retardatário que volta apressado, com certo ar de culpa, num pulo exato galga o muro e desaparece: ele também tem o seu cantinho para descansar.”

18ª Questão: No fragmento “Vagos rumores de ônibus, os últimos veículos, já sonolentos, que vão e voltam quase vazios”, a palavra grifada poderá ser substituída por:

a) indeterminados b) vazios c) desocupados d) confusos

19ª Questão: No trecho “Late o cãozinho do portão no primeiro plano; ladra o cão maior no quintal, no segundo plano: de plano em plano, até a floresta, grandes e pequenos cães rosnam, ganem, uivam, na densa escuridão da noite...”, o que se entende por plano?

a) a posição diferente em que se encontram os cães em relação ao narrador. b) a posição diferente em que se encontram os cães em relação ao guarda-noturno. c) a diferença de tamanho dos cães.

d) o modo como a rua é planejada e os cães estão nos portões ajudando o guarda-noturno na vigilância. 20ª Questão: Nos fragmentos a seguir as palavras destacadas são adjetivos, exceto:

a) “Lá se vão seus passos vagarosos, cadenciados...”

b) “No entanto, ele mesmo, o guarda-noturno, traz um bom revólver no bolso, para defender uma rua.” c) “E se um pequeno rumor chega ao seu ouvido e um vulto parece apontar na esquina...”

Referências

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