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Crescimento e sobrevivência da sementes de vieira Nodipecten nodusus (Linnaeus, 1758) em diferentes densidades

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CURSO DE ENGENHARIA DE PESCA

SÉRGIO DE ALMEIDA PICONI

CRESCIMENTO E SOBREVIVÊNCIA DE SEMENTES DE VIEIRA Nodipecten nodosus (LINNAEUS,1758), EM DIFERENTES DENSIDADES

PIÚMA 2018

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CRESCIMENTO E SOBREVIVÊNCIA DE SEMENTES DE VIEIRA Nodipecten nodosus (LINNAEUS,1758), EM DIFERENTES DENSIDADES

Monografia apresentada à Coordenadoria do Curso de Engenharia de Pesca do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Piúma, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Pesca.

Orientador: Prof. Dr. Henrique David Lavander

PIÚMA 2018

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Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP) Bibliotecária responsável Maria de Lourdes Cardoso CRB6/MG 3242

P598c Piconi, Sérgio de Almeida, 1995-

Crescimento e sobrevivência da sementes de vieira Nodipecten nodusus (Linnaeus, 1758) em diferentes densidades / Sérgio de Almeida Piconi. – 2018.

49 f. : il. ; 30 cm.

Orientador : Henrique David Lavander

Monografia (graduação) - Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Piúma, Coordenadoria de Curso Superior de Engenharia de Pesca, 2018.

1. Maricultura. 2. Moluscos - cultivo. 3. Aquicultura – organismos marinhos. I. Lavander, Henrique David. II. Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Piúma. IV. Título.

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Agradeço a Deus, que me concedeu o dom da vida e a Nossa Senhora pela proteção e inúmeras bênçãos.

A minha família, minha mãe, o Carlinhos, o Ariel e todos que me ajudaram com conselho e palavras de apoio. A minha avó que teve um AVC e esta superando essa dificuldade.

A minha namorada a Taynara, que sempre esteve comigo, ouvindo minhas historias e me ajudando muito. Amo te.

A equipe do LANPOA e do Laboratório de Malacocultura, que sempre estiveram nas biometrias e nos manejos na Ilha, principalmente aos meus amigos de laboratórios, os estagiários, pela ajuda incondicional. Aos professores do laboratório, que me deram inúmeras dicas.

Aos meus amigos de faculdade, da turma 2013/2 obrigado pelo companheirismo e amizade, levá-los-ei no coração.

A Associação de Maricultores de Piúma, por ceder o local para o experimento.

Ao meu orientador o Professor Dr. Henrique Lavander, por toda dedicação e atenção, pelos “puxões de orelha” e por me apresentar a malacocultura, da qual me afeiçoei muito.

Ao Ifes, que disponibilizou toda infraestrutura, todo o apoio e o ensino, nesses últimos anos.

A todos os professores que ajudaram nas idas a Ilha, principalmente aos Professores Lucas Comassetto, Paulo Aride, Douglas Mattos e a Leilane Gomes .

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A ciência não nos dá certeza final e absoluta. Apenas nos dá convicção dentro dos limites de nossa capacidade mental e do prevalecente estado do conhecimento científico. Um sistema científico não é senão um estágio na permanente busca de conhecimento. É necessariamente afetado pela insuficiência inerente a todo esforço humano. Ludwig von Mises

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e do crescimento das populações. A maricultura é o cultivo de organismos marinhos e demonstra-se como potencial para a demanda de alimento. Dentro da maricultura, o cultivo de moluscos, possui grande papel produtivo, uma vez que não necessita de custos para fornecimento de alimentação exógena, nas fases de engorda. A família Pectinidae está entre os moluscos bivalves mais valorizados, a Vieira Nodipecten

nodosus no território brasileiro possui destaque econômico, entretanto o pacote

tecnológico de produção para a espécie ainda esta em desenvolvimento para algumas regiões. O objetivo desse trabalho foi avaliar o crescimento e a sobrevivência em diferentes densidades no cultivo de sementes da Vieira

Nodipecten nodosus, no litoral sul do Espírito Santo, Brasil. O experimento foi

realizado entre os meses de setembro de 2017 e janeiro de 2018, num período de150 dias, junto à Associação de Maricultores de Piúma. O delineamento experimental inteiramente casualizado, foi realizado em nove lanternas pearl-net

com três andares cada, distribuídos em três tratamentos (densidades 100, 200 e 300

sementes por andar), e três réplicas cada. As biometrias foram realizadas a cada dois meses, aferindo-se o comprimento e altura da concha. A sobrevivência foi calculada de acordo com número de indivíduos vivos presentes. Os parâmetros de qualidade de água do local, como temperatura e salinidade foram monitorados. Assim como a pluviometria da região. Ocorreram manejos semanais, em que as lanternas e o longline, para a retirada de incrustações e trocas quando necessário. A densidade 100 sementes por andar apresentou maior crescimento alcançando 45,39 ± 0,65 mm de altura e 44,8± 0,83 mm para o comprimento de concha, existindo diferença significativa entre os tratamentos registrados na ANOVA. A sobrevivência entre os tratamentos variaram entre 92,16 ± 3,62% para a densidade de 300 vieiras, e no tratamento de menor densidade, 100 vieiras, 94,96 ± 1,77% de sobrevivência, ambos demonstraram altas taxas de sobrevivência na fase juvenil, além de registrarem diferença significativa entre as densidades. As condições ambientais (salinidade e temperatura) do local demonstraram-se condizentes com as necessidades da vieira. O tratamento com 100 vieiras por andar apresentou diferença significativa para crescimento e sobrevivência durante o período experimental.

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growth. Mariculture, the culture of marine organisms, appears like potential/an opportunity for food demand. Among mariculture, the molluscs culture had a big productive role, once it doesn’t need costs to provide exogenous food, in the fattening stages. Pectinidae family is one of the most valued among bivalve molluscs. The Nodipecten nodosus sea scallop got a economic highlight inside Brazil, meanwhile the productive technology for the species is still developping in some regions. This work aims to evaluate the growth and the survival, in different densities, of the Nodipecten nodosus sea scallop seeds, in the south littoral of Espirito Santo, Brazil. The experiment was realized between September 2017 and January 2018, in a 150 days period, in collaboration with the Associação de Maricultores of Piúma. The aleatory experimental organization was realized in nine pearl-net lanterns, with three levels each, distributed in three treatments (densities 100, 200 and 300 seeds per level), and three copies each. Biomectrics were realized every two months, measuring the shell’s length and height. The survival was calculated according to the numbers of living individuals. The local water quality parameters, like temperature, salinity or the region’s rainfall, were monitored. We did weekly operations on the lanterns and longline, taking instructions and doing changes when necessary. The density 100 presented the biggest growth, reaching 45,39 ± 0,65 mm height and 44,8± 0,83 mm length for the shell. There were significant differences between the treatments registered in ANOVA. The survival between the methods varied between 92,16 ± 3,62% for the density 300, and for the density 100, 94,96 ± 1,77% of survival. Both demonstrated high rates of survival in the juvenil stage, besides showing significant differences between the densities. The local environmental conditions (salinity and temperature) matched with the sea scallops needs. The treatment with 100 scallops per floor showed a significant difference for growth and survival during the experimental period.

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Figura 1 - Exemplar da Vieira, Nodipecten nodosus, final da fase juvenil...11

Figura 2 - Distribuição e ocorrência de N. nodosus...12

Figura 3 - Estrutura interna da vieira N. nodosus...13

Figura 4 - Localização do cultivo das vieiras...18

Figura 5 - Convenção da relação Altura X Comprimento (Gould,1971; Soemodihardjo,1974) da Nodipecten nodosus...19

Figura 6 - Lanterna juvenil pearl-net com snap ...21

Figura 7 - Estrutura do longline com o delineamento experimental...22

Figura 8 - Crescimento: altura da valva N. nodosus...23

Figura 9 - Crescimento: comprimento da valva N. nodosus...24

Figura 10 - Análise de variância da sobrevivência da vieira N. nodosus...26

Figura 11 - Variação de salinidade no cultivo...27

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Tabela 1- Sobrevivência das vieiras, em quantitativo, comparação de médias e

porcentagem...25

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ANOVA - Analise de variância °C - Graus Celsius

CESAN -Companhia Espirito Santense de Saneamento D100, D200, D300 – Número de sementes por andar ETA - Estação de Tratamento de Água

FAO - Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura

H - Hora

IED BIG - Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande Ifes - Instituto Federal do Espírito Santo

Kg - quilogramas

LANPOA - Laboratório de Nutrição e Produção de Organismos Aquáticos

M - metros

MalacoLab - Laboratório de Malacocultura mL - Mililitro

NaCl - Cloreto de sódio

pH - Potencial Hidrogeniônico

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 7 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ... 10 3 MATERIAL E MÉTODOS ... 18 4 RESULTADOS ... 23 4.1 CRESCIMENTO ... 23 4.2 SOBRÊVIVENCIA... 24 4.3 SALINIDADE ... 26 4.4 TEMPERATURA ... 27 4.5 PLUVIOMÉTRIA ... 28 5 DISCUSSÃO ... 30 5.1 CRESCIMENTO ... 30 5.2 SOBRÊVIVENCIA... 33 5.3 SALINIDADE ... 34 5.4 TEMPERATURA ... 35 5.5 PLUVIOMÉTRIA ... 36 6 CONCLUSÃO ... 37

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1 INTRODUÇÃO

A aquicultura mundial é composta em sua maioria pela produção de peixes, que totalizam 50 milhões de toneladas, entretanto 43,6 milhões de toneladas são produzidas nas águas continentais, apenas 6,3 milhões de toneladas de peixes são produzidos pela piscicultura marinha, já a malacocultura (produção de moluscos) possui na maricultura sua grande parcela de produção, das 16 milhões de toneladas, aproximadamente 15 milhões são provenientes da água marinha, os principais organismos cultivados são os moluscos bivalves como os bivalves de sedimento, ostras, e vieiras. Os moluscos ficam a frete da produção dos crustáceos que possuem uma produção total de 7 milhões de toneladas e desse total 4,2milhões de crustáceos marinhos. Os maiores produtores de moluscos são principalmente os países asiáticos, como a China, Japão, Coréia e Tailândia. (FAO, 2016)

A produção aquícola mundial apresentou crescimento de 32,5% durante o período de 2009 a 2014, totalizando 73,8 milhões de toneladas de pescado, 36% desse total é proveniente da aquicultura marinha. Nesse contexto o Brasil apresenta-se como o 14º produtor aquícola do mundo, alcançando 562 mil toneladas de pescado ao final do ano de 2014, com 84 mil toneladas provenientes de águas marinhas. A estimativa de crescimento do setor é de 104% nos próximos 10 anos (FAO, 2016).

O Brasil apresenta grande potencial na maricultura, pois, a costa brasileira possui. 7491 quilômetros de extensão ao longo do Oceano Atlântico Ocidental e varia latitudinalmente de cerca de 5° Norte a 33° Sul, sendo a maior área litorânea com clima tropical e subtropical do mundo (BRASIL, 2017), isso ranqueia o Brasil com uma das maiores área cultiváveis. O cultivo em água salgada possui uma grande variedade de grupos de organismos que podem ser produzidos, tal atividade se destaca no agronegócio como potencial na produção em grande escala de alimentos, além da gerar renda e emprego.

Dentro da maricultura a produção de moluscos bivalves apresenta uma grande vantagem em relação as outras, por não necessitar da oferta de alimento exógeno (ração), na fase de engorda, pois se trata de um animal filtrador (GOSLING, 2015)

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essa característica é economicamente interessante, pois na grande maioria dos cultivos aquícolas apresentam como custo principal a ração, em cultivos mais comuns como o da tilápia Oreochromis niloticus, esse custo compromete aproximadamente 70% do custo da produção. (KUBITZA, 2000)

Dentre os moluscos bivalves, as vieiras, apresentam um alto valor comercial, e um grande potencial para a maricultura, evidenciado por Rupp, 1994. A vieira

Nodipecten nodosus (Linnaeus,1758) espécie nativa brasileira, que sofreu uma

grande pressão de pesca nas décadas de 70 e 80. (PEZZUTO; BORZONE, 1997) Atualmente a única forma de obtenção das mesmas com ofertas regulares de exemplares para o mercado consumidor é através da aquicultura.

Entretanto as localidades de cultivo necessitam de pesquisas para verificar se tal atividade se caracteriza como viável, uma vez que vários fatores externos como: poluição, furto dos indivíduos, baixa oferta de fitoplâncton, densidades empregadas nas fase de cultivos, estruturas de cultivo utilizadas, predação. Todas essas peculiaridades podem influenciar no crescimento e na sobrevivência do individuo.

A demanda por águas não poluídas para o crescimento de bivalves, vem com a malacocultura contribuindo para aumento da conscientização ambiental nas comunidades costeiras, bem como na obtenção de ações para melhorar a qualidade da água do mar e a gestão adequada da zona costeira (RUPP; PARSONS, 2006).

As densidades quando más empregadas podem ocasionar mortalidades indesejadas e o baixo crescimento, pois o grande numero de indivíduos pode aumentar a competição por espaço e alimento, portanto é indispensável uma definição correta de qual densidade é mais viável para cada fase de crescimento do animal, proporcionando assim o melhor crescimento para as diferentes fases de vida do individuo.

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Assim o objetivo, dessa pesquisa consiste em analisar o crescimento e a sobrevivência, de sementes de vieira Nodipecten nodosus em diferentes densidades de estocagem, no litoral sul do Espírito Santo, município de Piúma.

Com o resultado dessa pesquisa pretende-se contribuir e transferir tecnologia, para a Associação de Maricultores do município, uma vez que a diversificação de espécies com potencial para o cultivo será mais uma alternativa para a atividade que já ocorre na região, além de procurar promover a segurança alimenta

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2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

Os bivalves são pertencentes ao filo Filo Mollusca, um grupo que possui animais tão diversos desde os gastrópodes, cefalópodes, dentre outros. Este filo é composto de sete classes: Polyplacophora, Scaphopoda Gastropoda, Cephalopoda, Neomeniomorpha, Chaetodermomorpha e Bivalvia. Os organismos inclusos na classe bivalvia são comprimidos lateralmente e as partes do corpo flácidas encontram-se completa ou parcialmente protegidas por uma concha. (OLIVEIRA, 2012).

A classe dos bivalves possuem duas válvulas de concha que articulam-se dorsalmente e são acopladas por um ligamento elástico. Os músculos adutores conservam as válvulas acopladas e pelo relaxamento e contração desses músculos abrem e fecham as valvas, respectivamente. Um conjunto de dentes entrelaçados e soquetes ao longo da linha de articulação auxiliam que as válvulas não deslizem uma contra a outra. (GOSLING, 2015).

A concha possui funções intrínsecas: papel esquelético para a fixação dos músculos, proteção contra predadores, e quando referente a espécies de tocas auxilia a manter a lama e a areia fora da cavidade do manto (GOSLING, 2015). A maioria das conchas são grandes e pesadas, ornamentadas com costelas radiais e nódulos, a coloração das valvas pode variar de marrom-alaranjado a alaranjado (QUEIROZ, 2007).

Moluscos bivalves possuem habitats tanto em água marinha, como em água doce. Entretanto, as espécies marinhas são as mais abundantes por possuírem distribuição em todo o globo e nas diversas profundidades da coluna d’água (GOSLING, 2015). No tocante ao tipo de alimentação, classificam-se como suspensívoros ou filtradores, que faz referência a se alimentarem de partículas em suspensão na água ou detritívoros, quando referem-se a situação de se alimentem dos detritos da matéria orgânica em decomposição sobre o sedimento (SILVA e BATISTA, 2008).

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A espécie Nodipecten nodosus é popularmente conhecida como vieira no Brasil, e scallop nos países de língua inglesa, em francês são conhecidas como coquille

saint-jacques pertencem ao Filo Mollusca e apresenta a seguinte classificação

taxonômica: Classe: Bivalvia (Linnaeus,1758); Ordem: Pteroida (Newwell,1965); Família: Pectinidae (Rafinesque,1815); Gênero: Nodipecten (Dall,1898); Espécie:

Nodipecten nodosus (Linnaeus,1758).

O país que iniciou as pesquisas para cultivo de pectinideos foi o Japão, descrevendo aspectos básicos da biologia da espécie Pecten yessoensis, as pesquisas então foram direcionadas ao cultivo e finalmente a produção de larvas (ALBURQUERQUE, 2001). No litoral brasileiro a família Pectinidae possui uma representatividade taxonômica de nove gêneros e dezessete espécies (RIOS, 1992). Das quais apenas três proporcionam interesse comercial, para a pesca e aquicultura, que serão utilizados pela gastronomia e artesanato, sendo: Nodipecten nodosus

(Linnaeus,1758) , Pecten ziczac e Chlamys tehuelchus (ZAMPATTI et al., 1990). A

N. nodosus (Figura 1) é o maior pectinídeo registrado no litoral do Brasil. (RIOS,

1994)

Figura 1 - Exemplar da Vieira, Nodipecten nodosus, final da fase juvenil

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A vieira N. nodosus (Linnaeus,1758) é uma espécie epibentônica, que possui habitat na zona infra litoral, pode ser encontrada “nadando” livremente, pois as vieiras são o único grupo que possui capacidade natatória entre os bivalves, através da abertura e fechamento de suas valvas, com auxilio do grande musculo adutor, sobre o substrato arenoso, além de poder abdicar da capacidade natatória uma vez que se fixa pelo bisso em substratos duros ou em outras vieiras. (FONSECA, 2004).

Sua distribuição geográfica (Figura 2) não é continua no litoral brasileiro, em sua extensão, não ocorre populações nas regiões estuarinas como a foz do Rio São Francisco e Amazonas, nas regiões nordeste e norte respectivamente (RUPP, 2000). Entretanto é amplamente corriqueira na América Central, seu habitat natural é o substrato arenoso ou de cascalho, sendo encontrada próxima a ilhas e parcéis, em profundidades que variam de seis a vinte metros, com temperaturas frias menores que 22ºC e salinidades maiores que 22 ppt.

Fonte: Sealifebase, 2017

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A anatomia da vieira possui uma conjuntura histológica (Figura 3) onde a gônada não está envolvida na massa visceral como em muitos bivalves, portanto é possível individualizar o tecido do testículo do ovário, uma vez que a N. nodosus é uma espécie hermafrodita funcional, no qual os gametas masculinos e femininos amadurecem concomitantemente. (ARELLANO-MARTINEZ et al., 2004).

Sua alimentação sucede-se pela filtração, portanto obtém a nutrição a partir do material em suspensão no ambiente em que residem. Não apresentam sifões característico, pois a borda do manto não se encontra fusionada como em outros grupos de bivalves filtradores (BRICELJ e SHUMWAY, 1991). O processo de filtração inicia-se com a entrada da água contendo alimento ao longo da borda ventral anterior da cavidade palial e posteriormente sendo expelida através da abertura exalante posterior ou em contra a corrente da direção do fluxo da água, pela própria abertura inalante (ALBUQUERQUE, 2001).

Figura 3 - Estrutura interna da vieira N. nodosus

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Inicialmente a exploração desse recurso foi advindo da pesca, os desembarques globais de pesca de vieiras foram relativamente estáveis em 700 mil toneladas anualmente nos últimos 10 anos entre 2002 e 2011, entretanto em 2011, 74% do total dos desembarques globais de vieiras provinham da aquicultura e esta é provavelmente tendência irreversível à medida que muitos países promovem cada vez mais métodos de cultivo parcial ou total, não apenas para vieiras, mas para os outros grupos bivalves (RUPP; PARSONS, 2006).

No Brasil a pesca dirigida a vieira Euvola zigzag teve o primeiro registro em 1972, quando 12 toneladas de vieiras desembarcavam no Estado de São Paulo (BRASIL, 1976). A atenção para esse recurso inexplorado chegou a tal nivel que a frota comercial e tradicional de camarão voltou suas atenções para a vieira. De um produto secundário nas capturas ocasionais de arrastões de camarão antes de 1972, a partir de então a vieira E. ziczac começou a ser alvo de pescarias, estimulando o início da sua exportação, por conta do seu alto valor.

Em 1975 houve um aumento de produção ao atingir 3.799 toneladas, em 1980 diminuiu sua produção para 8,7 toneladas. A produção máxima registrada no Brasil foi em 1981 com 8.845,3 toneladas, seguido por novas diminuições em 1983, a produção atingiu 1,9 toneladas, voltado para capturas insignificantes, retornando a sua posição de produto secundario na tradicional pesca de arrasto de camarão, mas sem estatistica oficial (PEZZUTO; BORZONE 1997).

Em 1998, Pezzuto et al. realizaram pesquisas na área onde houveram pescarias comerciais de vieira, em nove cruzeiros de pesca, os rendimentos foram de 0 a no máximo 35 individuos. A produção pesqueira das vieiras foi totalmente direcionada para a exportação do músculo congelado, a gerar de 1973 a 1981 de US $ 6 milhões em exportação de acordo com estatísticas oficiais do Ministério da Agricultura. O preço do músculo variou de US $ 2,73 kg em 1973 para US $ 6,55 kg em 1981. Os principais importadores foram Estados Unidos (58%) e a França (36%) (PEZZUTO; BORZONE, 1997).

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Com a alta exploração dos recursos naturais e a captura insignificante a próxima alternativa para a obtenção das vieiras foi a aquicultura, entretanto a obtenção de sementes na natureza através de coletores artificiais constatou-se ineficiente (HARDY, 1991) pois a captura é em baixa densidade, além de sua dispersão populacional ser grande, inviabilizando a captura de sementes no habitat natural da espécie. (OSTINI; POLI, 1990; MANZONI; RUPP, 1993; MANZONI et al., 1996; URIARTE et al., 2001).

A alternativa para solucionar esse impasse é a produção de sementes em laboratório, uma vez que existem técnicas documentadas como as de Chew et al. (1987), Bourne et al. (1989) e Illanes (1990). Que descrevem as etapas de obtenção e transporte de matrizes, condicionamento das mesmas, indução a desova, larvicultura, assentamento e metamorfose, berçário, até o último passo que é a transferência delas para o mar.

Na produção de sementes de N. nodosus existe uma alta taxa de mortalidade, geralmente ocasionado pela infecção bacteriana segundo Nicolas et al. (1996), além disso, duas novas espécies de Vibrio (K. neptunius e V. brasiliensis) foram isoladas em culturas larvais de N. nodosus descritos por (Thompson et al. 2003). O ambiente das intalações de um laboratorio de reprodução de vieira são adequadas para a proliferação de bacterias por alguns fatores: produção de microalga e temperatura constante (LODEIRO, 1988), como medidas profilaticas para aumento da sobrevivência é indicado o uso de antibacterianos nos cultivos. (ROBERT et al., 1996)

Entretanto a qualidade e a quantidade dos alimentos também são fatores importantes para o desenvolvimento bem sucedido de larvas de bivalves (LAING 1995, GAGNÉ et al. 2010 ). Microalgas são usadas como alimento das larvas no desenvolvimento dos bivalves em incubadoras, as espécies frequentemente usadas incluem os flagelados, Isochrysis galbana e Pavlova lutheri , e as diatomáceas

Chaetoceros muelleri e Chaetoceros calcitrans ( BROWN et al. 1997 , O'CONNOR &

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O cultivo de organismos aquáticos está em continuo crescimento, sendo o pescado a proteína mais consumida do mundo, possuindo uma produção pesqueira de 93,4 milhões de toneladas e uma produção aquícola de 73,8 milhões de toneladas, entretanto segundo a (FAO, 2016) a produção aquícola deve superar a de pesca até 2025.

Dentre a produção aquícola os moluscos se encontram atrás apenas dos peixes, segundo a (FAO, 2016) a produção de moluscos no mundo atingiu a marca de 16,1 milhões de toneladas alcançando um lucro de US $ 19 bilhões. Os bivalves em 2013 compunham aproximadamente 30% de todos os moluscos comercializados no mundo, tanto da pesca quanto aquicultura, o grupo das lulas, chocos e polvos representou 51% da produção, dados provenientes da pesca, já produção aquícola de vieiras no mundo representa aproximadamente 2 milhões de toneladas.

O país que mais produz bivalves no mundo é a China, que em 2014 obteve mais de 12 milhões de toneladas, 5 vezes mais que a produção mundial (FAO, 2016).

Em relação a produção de vieiras no mundo as principais espécies cultivadas são: Chlamys farreri, Argopecten irradianus na China, com 1,8 mi de toneladas em 2016, a Pactinopeten yessoensis no Japão com 214 mil toneladas em 2016, na Europa a

Pecten maximus, com 5 457 toneladas em 2016, na América do Sul o maior produtor

é o Chile com a Argopecten purpuratus e 3 547 toneladas em 2016 (FAO, 2016)

No Brasil a produção nacional de moluscos foi compreendida em 20.800 toneladas em 2016, (IBGE, 2016), entretanto a produção é representada em sua ampla maioria pelo Mexilhão (Perna perna) com aproximadamente 90% do cultivo nacional, seguido pela ostra exótica (Crassostrea gigas). A vieira, por possuir um alto valor agregado, ainda está em estágio inicial do pacote tecnológico, o maior cultivo ocorre no estado de Santa Catariana que em 2016 produziram 26,9 toneladas de vieiras, (Epagri, 2016) a produção ocorre em dois municípios catarinenses: Florianópolis e Penha. Também existe uma produção no estado do Rio de Janeiro, que em 2015 produziu 44 toneladas de vieiras (Fiperj, 2015), no Rio de Janeiro o cultivo ocorre em duas cidades: Arraial do Cabo e Angra dos Reis.

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Distintas pesquisas foram realizadas no Brasil e no mundo sobre a Nodipecten

nodosus, no tocante a avaliação do crescimento em diferentes densidades existem

no Brasil, (ALBUQUERQUE, 2000; QUEIROZ, 2007; MAES, 2007; BUENO, 2008) e na Colômbia, (VELASCO, BARROS e GUERRERO 2009). Além de pesquisas comparando o crescimento em diferentes profundidades na Venezuela por Lodeiros et al. (1998). Referente aos problemas associados ao cultivo existem pesquisas sobre as incrustações nas vieiras por Carraro (2012) em Santa Catariana, fungos tóxicos associados a produção no Rio de Janeiro, (Santos et al. 2017)

Em relação a pesquisas com reprodução e assentamento de sementes, Carvalho et al. (2013), tempo de maturação gonodal em cultivos no Caribe por Velasco e Barros (2007), no Caribe também existem pesquisas que visam a indução da desova Velasco, Barros e Acosta (2007), analises das variáveis ambientais na reprodução das vieiras por Freites et al. (2010), bem como estudos sobre o hermafroditismo da vieira e seu funcionamento reprodutivo por Galindo-torres et al. (2018).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado no litoral sul do estado do Espírito Santo, no município de Piúma, em um local cedido da Associação dos Maricultores de Piúma, trata-se de uma área abrigada, protegida pela Ilha dos Cabritos (Figura 4). Neste local (20º 51’ 29” S /40º 43’ 59” W), a profundidade na maré alta é de 4 metros e mais baixa de 2,5 metros.

A pesquisa foi realizada com sementes de Vieira Nodipecten nodosus (Linnaeus, 1758) provenientes do Laboratório de Propagação do Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande (IED BIG), localizado no município de Angra dos Reis – RJ, medindo 11,5 ± 2,45 mm, a chegada das mesmas no Ifes

campus Piúma ocorreu em julho de 2017. O transporte foi feito com uma caixa de

transportes de peixes de 400 L, com aeração feita por mangueiras micro perfuradas.

Figura 4 - Localização do cultivo das vieiras

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As vieiras passaram por um período de aclimatação de 1 mês, esta se faz necessária para homogeneizar o tamanho das sementes que iriam compor o experimento, a fim de não existirem sementes com tamanhos muito inferiores, ou muito superiores, e em seguida iniciar o experimento, o mesmo se iniciou em setembro de 2017.

A morfometria das valvas das vieiras (Figura 5) foi feita segundo Gould,1971; Soemodihardjo,1974, que padroniza a medida do eixo anteroposterior (extremidades da valva, paralelas as aurículas) como comprimento e dorso ventral (do ligamento das valvas, até o final oposto) como altura.

Fonte: Autor

Figura 5 - Convenção da relação Altura X Comprimento (Gould,1971; Soemodihardjo,1974) da Nodipecten nodosus

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Após a aclimatação, deu-se inicio ao experimento, as sementes possuíam morfometria de 11,5 ± 0,5 mm de comprimento, e 12,5 ± 0,5 mm de altura. O período experimental se encerrou em janeiro de 2018. A morfometria foi feita a cada dois meses (setembro, novembro e janeiro) totalizando um período de seis meses, e registrando 150 dias corridos com as vieiras N. nodosus no mar.

As aferições morfometricas das vieiras foram feitas com um paquímetro MTX com exatidão de aproximadamente, 0,08 mm, as amostragens foram feitas aleatoriamente com 30 indivíduos por andar, independente do tratamento, totalizando 810 vieiras amostradas a cada biometria. A avaliação da sobrevivência foi realizada por contagem dos indivíduos vivos presentes nas unidades experimentais

O experimento foi realizado em “longline”, sistema suspenso, por flutuadores (galões de polietileno azuis de 20 litros de volume), 100 metros de cabo torcido de poliamida de 24 milímetros. A fixação do “longline” no substrato foi feita por duas ancoras de 60 quilogramas, fixadas nas expremidades.

As lanternas berçários, do tipo pearl-net (Figura 6) foram fixadas ao longline por 1 metro de cabo trançado de polipropileno de 5 mm e snaps, cada lanterna, possuem três andares compostos por uma base quadrangular de 0,35 metros de lado com área de 0,12 m² a lanterna possui formato piramidal, as lanternas são revestidas por uma rede de monofilamento com uma pequena abertura entre malhas de 4 mm e possuem um peso de 500 gramas no final do cabo de sustentação.

(27)

Fonte: Autor

O delineamento experimental inteiramente casualizado (Figura 7) teve três tratamentos, com três repetições, cada. As densidades dos tratamentos foram: 100, 200 e 300 vieiras por andar, ao todo nove lanternas compuseram o experimento.

As idas ao experimento foram semanais para o manejo das estruturas, como a retirada de incrustantes (fouling), manutenção no longline, quando a estrutura fora retirada do local pela ação da maré, troca de flutuadores danificados por rachaduras causadas pela insolação e outras atividades inerentes ao cultivo como observações preventivas e periódicas dos animais.

(28)

Fonte: Autor

As análises de qualidade de água foram realizadas mensalmente em três pontos nas proximidades do cultivo obtendo assim o desvio padrão, as variáveis analisadas foram salinidade e temperatura. A salinidade foi medida, com o auxilio de um refratômetro portátil da marca Instrutherm® e a temperatura com um termômetro digital da marca Hanna Instruments®.

O levantamento pluviométrico foi solicitado junto ao Incaper de Piúma, que fornece os dados de chuva, que são coletados na ETA (Estação de Tratamento de Água) da Cesan (Companhia Espirito Santense de Saneamento) localizada em Iriri, distrito de Anchieta, cerca de quatro quilômetros do experimento.

As análises estatísticas empregadas para avaliação do crescimento e sobrevivencia foram realizadas utilizando-se o programa Statistica 7. Após executado o teste de normalidade, foi feito uma análise de variância (ANOVA) para teste com significância de (α =0,05), a comparação das médias foi empregada pelo teste de Tukey.

(29)

4 RESULTADOS 4.1 CRESCIMENTO

O resultado das morfometrias das vieiras diferiu entre as densidades estudadas, após os 150 dias, a densidade de 100 vieiras por andar alcançou o maior tamanho médio final com 45,39 ± 0,65 mm para altura (Figura 8) e 44,8 ± 0,83 mm para comprimento (Figura 9). Já a densidade de 300 vieiras por andar alcançou 35,33 ± 2,34 mm para altura e 35,34±2,35 mm para comprimento. A diferença entre elas é de 10,05 mm para altura e 9,47 mm para comprimento.

A diferença de tamanho da concha da densidade de 200, para a densidade de 100 possui uma variação de 3,54 ± 0,78 mm para altura e 2,80 ± 0,54 mm para o comprimento. A diferença é menor se comparada com a diferença da maior densidade (300), os valores da diferença da altura da densidade intermediaria (200), são 64% menores e os de comprimento 70% menores.

A altura e do comprimento das conchas das vieiras entre as densidades diferiram significativamente ao nível de 5% de probabilidade. Altura (F = 85,759), Comprimento (F = 100,97)

Fonte: Autor

Vertical bars denote 0,95 confidence intervals

100 200 300

set nov jan

15 20 25 30 35 40 45 50 Legenda mm

(30)

Fonte: Autor

4.2 SOBRÊVIVENCIA

A sobrevivência após seis meses de experimento, que compreende o final do período da fase juvenil e inicio da fase de engorda, variou de 94,97% na densidade de 100 vieiras a 92,17% na densidade de 300 vieiras (Tabela 1).

A maior sobrevivência registrada em um andar do experimento foi de 100%, está densidade foi registrada nos três tratamentos estudados. Já a menor sobrevivência registrada em uma lanterna foi de 77% que ocorreu unicamente na densidade de 300 vieiras. As sobrevivências em valores absolutos finais foram de 95,22 ± 4,60 (densidade de 100), 184,66 ± 13 (densidade de 200) e 276,66 ± 21,50 (densidade de 300)

Vertical bars denote 0,95 confidence intervals

100 200 300

set nov jan

10 15 20 25 30 35 40 45 50 mm Legenda

(31)

Tabela 1- Sobrevivência das vieiras, em quantitativo, comparação de médias e porcentagem.

Lanterna N ú m e r o d e v i e i r a s Sobrevivência final %

SET NOV JAN

L1 100 96,6 ± 4,16 96 ± 2,21 94,97 L2 98,3 ± 2,08 92,3 ± 5,03 L3 97 ± 5,19 96,6 ± 4,93 L1 200 178,3 ± 8,08 171 ± 5,56 92,50 L2 196,3 ± 3,51 193 ± 5,00 L3 197,6 ± 4,04 190±13,89 L1 300 272 ± 34,77 262,6 ± 28,57 a 92,17 L2 279 ± 15,09 274,3 ± 15,50 a L3 298 ± 1,15 293 ± 9,53 a

a- Lanternas que tiveram variação dentro do mesmo tratamento.

Fonte: Autor

Foram detectadas diferenças significativas entre as diferentes densidades. (F = 1,5061). Entretanto como podemos observar no gráfico (Figura 10) as diferenças estatísticas se deram por conta das densidades serem distintas uma das outras (100, 200, 300), não necessariamente por conta a variação significativa de sobrevivência ocasionada pela diferença de densidade.

Quando foi avaliada a comparação das médias pelo teste de Tukey, observou-se que não houve diferenças entres as lanternas de 100 vieiras por andar ao decorrer do tempo, tão quanto entre as de 200 vieiras por andar, já a densidade de 300 vieiras por andar houve diferença entre as próprias lanternas ao decorrer dos meses.

(32)

Fonte: Autor

4.3 SALINIDADE

Como podemos observar na (Figura 11), nas proximidades do cultivo experimental o as salinidades variaram 3,7 ppt. ao decorrer do período experimental nas amostragens pontuais e mensais realizadas. O menor valor da salinidade registrado foi de 30 ppt. registrado em outubro, na maioria dos meses prevaleceu a salinidade de 35 ppt. A salinidade média do local foi de 32,7 ± 1,79 ppt.

Vieiras (un)

Densidade: Figura 10 - Análise de variância da sobrevivência da vieira N. nodosus

(33)

Fonte: Autor

4.4 TEMPERATURA

As temperaturas, da água do mar na localidade do cultivo (Figura 12) variaram 3,7ºC entre 25,6ºC a 21,3ºC. A temperatura média alcançada nas amostragens pontuais mensais realizadas foi de 24,2 ± 0,75ºC.

Demonstraram-se condizentes com as registradas em áreas tropicais de todo o globo através de satélites de órgãos meteorológicos como Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que quantificaram a variação em regiões tropicais entre 26ºC a 20ºC.

(34)

Fonte: Autor

4.5 PLUVIOMÉTRIA

Os dados das chuvas (Figura 13) registrados durante o período experimental, que englobaram os meses da primavera foram baixos, 20,7 milímetros em agosto e 6,4 milímetros em setembro, já no período do verão alcançaram valores próximos aos 200 milímetros em novembro, e mantendo uma alta taxa pluviométrica em dezembro, em janeiro o índice diminuiu e alcançou 130 milímetros.

Os dados históricos, de 1984 a 2014, disponibilizados pelo Incaper, das chuvas obtiveram até valores inferiores, como no mês de maior precipitação (novembro) que possui media histórica de 210 milímetros de precipitação. Já no mês de agosto a média é de 45 milímetros e no de setembro 70 milímetros, indicando que no ano de 2017 a precipitação foi inferior.

(35)

Figura 13 - Histórico pluviométricos e dados durante o experimento, Iriri - ES

(36)

5 DISCUSSÃO

5.1 CRESCIMENTO

Assim como no presente estudo o maior crescimento inicial foi registrado por BUENO, (2007), MANZONI e MARENZI (1997) e por MENDOZA et al. (2003) um dos fatores para tal fato ser registrado é por conta do animal começar a direcionar energia para a maturação gonodal que ocorre na N. nodosus aproximadamente 6-7 meses após a eclosão (FREITAS, 2001).

O experimento ocorreu com as sementes com aproximadamente dois meses e meio de idade, desde a aquisição, passando pelo período de aclimatação, e o inicio do experimento efetivamente, portanto registrou-se grande parte do período, no qual a vieira utiliza sua energia para o crescimento, ao invés de dar inicio a maturação da gônada.

No presente estudo as densidade de 100 vieiras por andar, alcançaram melhores resultados de crescimento com 44,81 ± 0,82 para comprimento mm e 45,39 ± 0,65 mm para a altura, esse tratamento alcançou um ganho médio de 0,29 mm por dia, (Tabela 2) resultado melhor que Alburquerque (2000) em Porto Belo - SC com a mesma densidade que registrou um crescimento diário de 0,223 mm, também obteve resultado melhor que Bueno (2007) em Ubatuba – SP que teve crescimento diário de 0,17 mm e Maes (2007) que obteve um crescimento diário de 0,20 mm entretanto com densidades de 393 vieiras por andar. Avelar & Femandes (2000), com condições semelhantes ao presente experimento, densidade de 100 sementes por andar, registrou crescimento diário de 0,2140 mm em Angra dos Reis - RJ.

(37)

Tabela 2 - Comparativo de crescimento e sobrevivência com outros autores

Fonte: Autor

Com uma densidade de 50 vieiras (Alburqueque, 2000) alcançou melhores resultados, um crescimento diário de 0,48 mm, a baixa densidade propicia um ambiente sem competição por alimento e espaço, essa densidade pode não ser viável comercialmente por necessitar de vários módulos de produção, para isso necessita-se de pesquisas voltadas para a viabilidade econômica.

Apesar da densidade de 100 vieiras ter diferença significativa no crescimento em relação a densidade de 200, a diferença em números absolutos foi de 3,54 mm para altura e 2,80 mm para o comprimento. Isso significa uma diferença relativamente

Autor e Local Tempo do experiment o (dias) Tamanho da semente (mm) Trat. testados (uni) Melhor resultado (mm) Sobrevivên cia (%) Cresc./tem po (mm) Presente pesquisa 150 16,4 ± 2,38 100, 200 e 300 45,4 ± 0,6 95,2 0,29 Bueno, 2007 Ubatuba - SP 160 15,4 ± 2,3 30 43,3 + 1,9 97 0,1743 Avelar & Femandes 2000 Angra dos Reis -RJ 360 15,91 100 93,58 84 0,2140 Maes, 2007 Bombinhas SC 33 11,12 ± 1,4 393, 786 e 1179 18,01 90,62 0,20 Albuquerq ue, 2000 Porto Belo SC 120 23,93 ± 2,39 100 46,24 ± 5,98 93,66 0,223

(38)

baixa, podendo considerar que em fatores econômicos a melhor opção para o produtor possa ser a densidade de 200, uma vez que possui um bom crescimento e comporta uma produção em maior escala, possibilitando assim maior produção de alimento e renda. Entretanto uma avaliação de viabilidade econômica se faz necessária para confirmar essa hipótese.

Visto que a densidade de 200 vieiras por andar não simbolizou grande diferença absoluta, deveriam ser realizadas pesquisas com densidades intermediarias as registradas, no atual experimento, como: 50, 150 e 250. Em seguida buscar observar qual seria economicamente viável.

Quando se compara o crescimento da N. nodosus com outras espécies de vieiras, como a Argopecten nucleus o crescimento foi superior ao registrado por (LODEIROS, 1993) que após 7 meses de cultivo na Venezuela, alcançaram 45 mm de altura. Gaudet (1994) em Quebec – CA com a vieira Placopecten magellanícus testou 7 densidades: 30, 40, 50, 60, 70, 80 e 90. Tendo como melhor resultado após 109 dias de experimento um crescimento diário de 0,22 mm. Também obteve melhor resultado que (Velasco, 2009) em Santa Marta–CO que obteve em 89 dias de experimento um crescimento de 0,27 mm diário, com a espécie Argopecten nucleus.

Esses dados demonstram como a espécie escolhida (N. nodosus) tem potencial de crescimento para competir com as outras espécies que são produzidas no mundo, especialmente na América.

Ao fim do período estudado já se observava alta competição por espaço dentro das lanternas, esse fato foi registrado por HEMANDEZ (1990) no Chile com o cultivo de Argopecten purpuratus no qual todo ciclo de produção é feito nas lanternas

pearl-nets entretanto nas fases finais a densidade é reduzida para 20 vieiras por andar.

FREITES et al. (1993) e BUENO (2007) também concluiu que o uso das lanternas

pearl-nets é mais aconselhável para as fases juvenis, fato também contatado no

presente experimento, inclusive aconselha-se a troca para outro modelo de lanterna, provavelmente a japonesa, no período de 6 meses de cultivo.

(39)

5.2 SOBRÊVIVENCIA

Testando diversas estruturas de cultivo BUENO, (2007) obteve 97,0% de sobrevivência com a pear-net (mesma estrutura que o presente estudo) em 160 dias de experimento, registrando 63,2 % para a estrutura bo-net (semelhante a lanterna japonesa), 95,6% para as estruturas lanter-net (caixas), já os travesseiros tiveram uma mortalidade total após um soterramento por conta de turbulências no mar. Para a fase estudada a lanterna pearl-net obtém resultados de sobrevivência muito expressivos positivamente.

MARQUES et al. (2004a) registraram sobrevivência de 69,08% para Nodipecten

nodosus após um ano de cultivo em Ubatuba (SP), quando estudado o cultivo

variando a profundidade em dois locais distintos MARQUES et al. (2004b), registraram 89,5% (3 metros) e 91,6% (6 metros) na primeira região e 95,4% (3 metros) e 89,5% (6 metros) na segunda região. Velasco (2009) na Colômbia com 78 dias de cultivos em três densidades (127, 170, 212) obteve 78% de sobrevivência como seu melhor índice. Os resultados de sobrevivência encontrados nos três tratamentos obtiveram melhores índices que os acima citados, registrando assim excelentes resultados de sobrevivência na fase juvenil.

RUPP (2000), constatou que o acumulo de “fouling” influência negativamente no crescimento e na sobrevivência dos indivíduos, outras pesquisas com espécies diferentes como, a Euvola ziczac registrado por LODEIROS e HIMMELMAN (2000), que observaram alta mortalidade e decréscimo no crescimento das vieiras prejudicado por esses organismos. CANO et al (2000) também verificaram mortalidade total de Pecten maximus provenientes da acomatação das vieiras. Tal fato não foi registrado no presente experimento, pois eram efetuados manejos regulares nas lanternas e no longline.

Segundo REISER et al., (2006) e Bueno (2007) as lanternas pear-nets devem ser trocadas nas fases iniciais da engorda, que representa a fase subsequente ao

(40)

presente experimento, pois conforme as vieiras vão crescendo, perde-se o equilíbrio horizontal ocasionando o acumulo de indivíduos na borda, que provocaria uma mortalidade elevada. Este problema é solucionado utilizando uma corta nos vértices da lanterna auxiliando assim na sustentação horizontal e na estabilidade da lanterna. Reduzindo os níveis de mortalidade, ou então reduzindo a densidade e trocando a estrutura da lanterna. No presente estudo demonstrou-se uma sobrevivência satisfatória para a produção da vieira no município de Piúma, na fase estudada.

5.3 SALINIDADE

A localização do modulo experimental, está próximo à foz do Rio Piúma, portanto os dados das salinidades no local sofrem influencia da água doce proveniente do rio, alterando a média da salinidade comum nos oceanos brasileiros, aproximadamente 35 ppt.

Segundo (RUPP; PARSONS, 2004) a vieira é altamente suscetível a mudanças de salinidades uma vez que são estenoalinas e possuem menor tolerância a baixas salinidades como menores que 22 ppt., por um período prolongado de tempo, ocasionando a mortalidade significativa da produção. A influência da chuva poderia formar uma camada com baixa salinidade denominada, mesohalina na haloclina (superfície do oceano), local onde se encontram as estruturas de cultivo ocasionando grandes índices de mortalidade.

As salinidades encontradas nos pontos próximos aos locais não passaram de 29 ppt, estes valores foram registrados por Maes, (2007) e Albuquerque, (2005) Indicando salinidades ideais para a sobrevivência dos organismos e o bom funcionamento fisiológico dos mesmos, entretanto vale ressaltar que essas aferições foram pontuais e mensais, faz-se necessário um acompanhamento permanente de salinidade próximo a localidade do cultivo, em diferentes horas do dia, ao longo do ano.

MacDonald e Bourne (1987) constataram que a salinidade além de influneciar diretamente na sobrevivencia dos individuos, influencia na produção somática, na produção gonadal e no esforço reprodutivo, que segundo a pesquisa foram mais elevados em individuos em ambientes costeiros.

(41)

O cultivo em questão está compreeendido em um local proximo a foz do Rio Piuma, fato esse que segundo MacDonald e Bourne, poderia influenciar na produção sómatica, estudos poderiam ser realizados, no local, a fim de avaliar se o local influencia positivamente na maior produção somatica, viabilizando assim um melhor crescimento.

5.4 TEMPERATURA

A vieira é uma espécie euritermica adultos têm menor tolerância a altas temperaturas do que os juvenis para os quais temperatura letal é 31,8 °C. Os intervalos ótimos das temperaturas são de 24 a 28 °C (RUPP; PARSONS, 2004) para o cultivo da vieira, portanto as temperaturas alcançadas em Piúma estão condizentes com as necessidades fisiológicas do N. nodosus. As temperaturas registradas pontualmente no verão não superaram de 27 °C que seriam o limite ótimo pelo qual se registra o melhor crescimento, manutenção e movimentação das vieiras.

Albuquerque, (2005) registrou que a temperatura, variou de 22,6°C a 13,7°C no cultivo com Nodipecten nodosus, avaliando que a queda de temperatura afetou o crescimento das vieiras, uma vez que seu crescimento estabilizou. As menores temperaturas registradas no presente experimento foram de 21°C em uma aferição pontual, mas a estabilização do crescimento não foi registrada.

Quando os dados confrontados com os resultados pontuais e mensais obtidos no cultivo, observa-se que as temperatura são condizentes com a fisiologia da vieira, entretanto se faz necessário um acompanhamento intermitente desse parâmetro no local da produção, para se afirmar tal fato. Pois, segundo Bayne e Newell (1983), Lodeiros e Himmelman, (2000) a temperatura é um fator que afeta diretamente o crescimento das vieiras, portanto deve ser levado em consideração, como indispensável.

MacDonald, Thompson (1986a) e Müller-Karger et al. (1988) Relacionam a temperatura do oceano como fator essencial para o crescimento dos fitoplânctons que serão os principais responsáveis pelo fornecimento de alimentos para os

(42)

bivalves filtradores, registrando o melhor desenvolvimento fitoplactonico em temperaturas tropicais, que são as temperaturas registradas na região da pesquisa. Novas pesquisas com a finalidade de avaliar a flora fitoplânctonica nas proximidades da Ilha dos Cabritos seriam aconselháveis para verificar se as mesmos condizem com as necessidades da vieira N. nodosus.

5.5 PLUVIOMÉTRIA

A pluviosidade pode interferir na salinidade a medida que grandes aportes água doce é adicionada ao mar, principalmente proveniente da chuva, vale ressaltar que a variação de salinidade ocorre principalmente na superfície da lamina d’água por conta da água não se homogeneizar, quando existe grande diferença da salinidade, este fator é essencial para a sobrevivência dos indivíduos, portanto deve ser analisada com cautela e atenção.

Essa variação de salinidade ocorre em um curto período de tempo, entretanto pode ser fatal, comparando com a série histórica de chuvas no município, pode-se observar que o período de maior chuva (novembro) quando comparado com o histórico, é menor. A observação da chuva ao longo dos anos devera ser uma das principais preocupações dos produtores.

(43)

6 CONCLUSÃO

O presente estudo demonstrou que nas condições experimental e do local, a densidade 100 obteve maior crescimento durante período observado das sementes da vieira Nodipecten nodosus no período de 150 dias nas condições de produção no município de Piúma - ES. O local em questão possui boas condições de temperatura e salinidade da água para exercer a atividade comercial voltada para a produção da vieira, além de possuir uma alta taxa de sobrevivência na fase estudada.

Necessita-se de pesquisas que registrem o crescimento e sobrevivência até as fases finais de cultivo e que sejam testadas densidades intermediarias (150, 250), além de estudos de como o mercado escoaria essa produção, viabilizando assim o comercio do produto e pesquisas para determinar o custo de produção e a viabilidade econômica no municio de Piúma – ES.

(44)

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Referências

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