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Academic year: 2021

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(1)

Guia de Estudo

LPIC – 101

por Luciano Antonio Siqueira

Lançado sob os termos da

(2)

Índice

Introdução...5

Porque este documento foi escrito?...5

À Quem se Destina...5

Versão Atualizada do Guia...5

Contribuições...5

Informações de Copyright...5

Pré-requisitos...6

Convenções usadas neste documento...6

Tópico 101: Hardware e Arquitetura...7

Objetivo 1.101.1: Configuração de Atributos Fundamentais de BIOS ...7

Recursos de Hardware...7

Comandos para inspecionar dispositivos...8

Objetivo 1.101.3: Configuração de Modems e Placas de som...9

Modems...9

Placas de Som...10

Objetivo 1.101.4: Configuração de Dispositivos não IDE...11

Dispositivos SCSI (scuzzy)...11

Objetivo 1.101.5: Configuração de Placas de Expansão Diversas...12

Objetivo 1.101.6: Configuração de Dispositivos de Comunicação...12

ISDN...12

DSL...13

Objetivo 1.101.7: Configuração de Dispositivos USB...13

Tópico 102: Instalação do GNU/Linux e Administração de Pacotes...15

Objetivo 1.102.1: Criação de Esquemas de Partições de Disco...15

A Partição Swap...16

Objetivo 1.101.2: O Gerenciador de Boot...16

LILO...16

GRUB...18

Dispositivos de Boot Alternativos...18

Objetivo 1.102.3: Compilar e Instalar Programas a partir do Código Fonte...19

Compressão e Descompressão de Arquivos...19

Compilar e Instalar Programas...20

Objetivo 1.102.4: Bibliotecas Compartilhadas...21

Objetivo 1.102.5: Administração de Pacotes Debian (.deb)...21

Objetivo 1.102.6: Administração de Pacotes RedHat (.rpm)...21

Modos Maior e Menor...21

Assinaturas de Pacotes...22

Integridade do Pacote...23

Arquivos e Diretórios Pertinentes ao rpm...23

Exemplos de uso do rpm...23

Tópico 103: Comandos GNU e Unix ...25

Objetivo 1.103.3: Trabalhando na Linha de Comando...25

Variáveis...25

Variáveis pré-definidas...26

Variáveis especiais...27

Histórico de comandos...27

Comandos Seqüenciais...28

Auto-Completar Comandos e Caminhos...28

(3)

Caracteres Coringa (file globbing)...35

Objetivo 1.103.4: Fluxos, Canalização e Redirecionamentos de Saída...36

Redirecionamento...36

Canalização...37

Objetivo 1.103.5: Criar, Monitorar e Finalizar Processos...38

Tarefas em Primeiro e Segundo Plano...39

Objetivo 1.103.6: Modificar a Prioridade de Execução de um Processo...40

Objetivo 1.103.7: Procurar em Arquivos de Texto Usando Expressões Regulares...40

Expressões Regulares e grep...40

sed...41

Objetivo 1.103.8: Edição Básica de Arquivos com o vi...42

Tópico 104: Dispositivos, Sistemas de Arquivos GNU/Linux e Padrão FHS...45

Objetivo 1.104.1:Criação de Partições e Sistemas de Arquivos...45

fdisk...45

Criação de Sistemas de Arquivos...46

Partição Swap...46

Objetivo 1.104.2: Manutenção da Integridade de Sistemas de Arquivos...47

Checando o Sistema de Arquivos...47

Examinando e corrigindo o Sistema de Arquivos...47

Uso do Disco...47

Objetivo 1.104.3: Controle da Montagem e Desmontagem dos Sistemas de Arquivos...48

/etc/fstab...48

mount...48

Opções de montagem...48

Objetivo 1.104.4: Administração de Cotas de Disco...49

Objetivo 1.104.5: Controle de Permissões e Acesso à Arquivos...50

Permissões Octais...51

umask...51

suid e sgid...52

A Permissão sticky...52

Permissões Especiais em Formato Octal...53

Atributos chattr...53

Listas de Controle de Acesso – ACL...54

Objetivo 1.104.6: Modificar Donos e Grupos de Arquivos...54

Objetivo 1.104.7: Criar e Alterar Links Simbólicos e Links Físicos...55

Hardlinks (Links Físicos)...55

Softlinks (Links Simbólicos)...55

Objetivo 1.104.8: Encontrar Arquivos de Sistema e Conhecer sua Localização Correta...56

Hierarquia Padrão de Sistemas de Arquivos (FHS)...56

Encontrando Arquivos...57

Tópico 110: O Sistema de Janelas X...59

Objetivo 1.110.1: Instalar e Configurar o X11R6...59

Compatibilidade de Hardware...59

Instalando o X11R6...59

Configurando o X11R6...59

Ajustes da Configuração...60

Seções de XF86Config e xorg.conf...60

Fontes...62

Instalar fontes Xft...62

Instalar fontes Core...62

Servidor de Fontes xfs...63

(4)

kdm...65

Objetivo 1.110.4: Instalar e Personalizar um Ambiente de Gerenciador de Janelas...65

Menus...65

Emulador de Terminal...66

Comportamento de Teclado e Mouse...66

Bibliotecas Adicionais de Aplicativos...67

DISPLAY Remoto...67

Apêndice 1...69

Objetivos detalhados para o exame 101...69

Exam 101: Detailed Objectives...69

Topic 101: Hardware & Architecture...69

Topic 102: Linux Installation & Package Management...71

Topic: 103 GNU & Unix Commands...74

Topic 104: Devices, Linux Filesystems, Filesystem Hierarchy Standard...77

Topic 110: The X Window System...80

Apêndice 2...83

(5)

Introdução

Porque este documento foi escrito?

Este material foi escrito quando da minha própria preparação para os exames da certificação LPI nível 1. Depois de terminado, considerei que poderia ser útil para outras pessoas que buscam a certificação e sentem falta de material específico em português. O exame para obtenção do certificado é dividido em duas provas, 101 e 102. Este volume é específico para a prova 101 e foi escrito tendo como referência os objetivos detalhados para prova 101 fornecidos pelo próprio LPI. A lista dos objetivos detalhados para o exame 101 pode ser conferida no primeiro apêndice do presente volume. Mais informações sobre o LPI e suas certificações em http://www.lpi.org/.

Todo material contido neste guia foi basicamente retirado de HOWTOs, páginas de manual de programas e demais documentos disponíveis através do Linux Documentation Project. Outra importante fonte foi o livro Linux System Administration 1, lançado pelo LinuxIT, disponível em

http://savannah.nongnu.org/projects/lpi-manuals/.

À Quem se Destina

O presente material destina-se à todos que desejam obter a certificação Linux LPI nível 1. No entanto, o guia também poderá ser útil a quem não pretende obter a certificação, mas interessa-se em

aprofundar seus conhecimentos em administração de sistemas GNU/Linux.

Versão Atualizada do Guia

Versões atualizadas deste guia podem ser obtidas em http://lcnsqr.byethost15.com/.

Contribuições

Todos leitores são convidados a contribuir para o guia. Sugestões para aprofundar os tópicos e exercícios para cada objetivo serão muito bem vindos.

Caso identifique informações incorretas, erros de ortografia ou outros equívocos, informe o autor: <lcnsqr em yahoo·com·br>

Informações de Copyright

Copyright (c) Luciano Antonio Siqueira.

Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms of the GNU Free Documentation License, Version 1.2 or any later version published by the Free Software Foundation;

with no Invariant Sections, no Front-Cover Texts, and no Back-Cover Texts. A copy of the license is included in the section entitled "GNU

Free Documentation License".

Leia The GNU Manifesto se você quiser saber porquê essa licença foi escolhida para esse material. O guia foi escrito com todo esforço para garantir a confiabilidade das informações contidas. No entanto, as informações aqui contidas são oferecidas sem qualquer garantia, expressa ou implícita. O responsável pelo material aqui apresentado não se responsabiliza por possíveis danos causados ou alegação do gênero em relação à este livro. Tampouco a leitura deste guia é garantia de sucesso na obtenção da certificação LPI nível 1.

(6)

Introdução

Os logotipos, marcas registradas e símbolos usados neste livro são de propriedade de seus respectivos proprietários.

Pré-requisitos

Para melhor utilização deste guia, presume-se que o leitor já esteja familiarizado com o sistema GNU/Linux. Portanto, os assuntos são abordados de maneira direta, com objetivo de serem apenas referência rápida para posterior estudo e exercício mais aprofundados. O material foi escrito e testado num computador rodando Linux Slackware 10.2.

Convenções usadas neste documento

Comandos, opções de comandos, caminhos para arquivos/diretórios, saídas de programas e informações tiradas de telas de terminal em geral são apresentados com fonte de tamanho fixo:

Exemplo de tabela de rotas mostradas com o comando route:

Kernel IP routing table

Destination Gateway Genmask Flags Metric Ref Use Iface 200.228.60.0 0.0.0.0 255.255.255.0 U 0 0 0 eth0 127.0.0.0 0.0.0.0 255.0.0.0 U 0 0 0 lo 0.0.0.0 200.228.60.1 0.0.0.0 UG 0 0 0 eth0

Argumentos de comandos são geralmente mostrados em itálico, significando que devem ser substituídos por valor apropriado:

shutdown [opção] horário [mensagem]

Também são mostrados em itálico nomes e termos específicos ao tema:

“Projetos GNU geralmente incluem documentações como FAQ, Readme, ChangeLog e Guia de

usuário/administrador. Podem estar no formato ASCII, HTML, LateX ou postscript. Estes arquivos

podem ser encontrados em /usr/share/doc, em diretórios correspondentes aos programas.” Termos em negrito são usados quando introduzidos ou muito relevantes para o assunto:

“Uma conta de usuário pode ser apagada com o comando userdel. A opção -r assegura que o diretório pessoal do usuário também seja apagado.”

(7)

Tópico 101: Hardware e Arquitetura

Objetivo 1.101.1: Configuração de Atributos Fundamentais de

BIOS

Peso: 1

Recursos de Hardware

O hardware básico do sistema é configurado através do utilitário de configuração de BIOS, que pode ser acessado no início do boot da máquina. Através deste utilitário, é possível liberar e bloquear periféricos integrados, ativar proteção básica contra erros (proteção básica contra vírus e S.M.A.R.T.) e configurar endereços I/O, IRQ e DMA.

IRQ: Requisição de Interrupção do dispositivo para a CPU, que interrompe a atividade em

andamento e processa a instrução enviada pelo dispositivo.

I/O: Endereço específico no mapa de memória do sistema. A CPU irá se comunicar com o

dispositivo lendo e escrevendo neste endereço.

DMA: Canal que permite à certos dispositivos acesso direto à memória sem intermédio da

CPU.

Recursos padrão utilizados por dispositivos comuns:

Dispositivo Porta I/O IRQ

/dev/ttyS0 0x03f8 4 /dev/ttyS1 0x02f8 3 /dev/ttyS2 0x03e8 4 /dev/ttyS3 0x02e8 3 /dev/lp0 0x378 7 /dev/lp1 0x278 5 Placa de Som 0x220

-É comum que algumas máquinas, como servidores dedicados, sejam acessados apenas remotamente e não tenham um teclado conectado. Em caso de algum problema que faça a máquina desligar, como interrupção no fornecimento de energia, é importante que a máquina reinicie e volte a operar normalmente. Alguns BIOS procuram por um teclado e interrompem o boot caso não o encontrem. Para esse tipo de máquina sem teclado, é imprescindível que o BIOS esteja configurado para não checar por teclado durante o boot.

O kernel do Linux armazena informações sobre recursos de dispositivos no diretório /proc, nos arquivos:

✔ /proc/dma

✔ /proc/interrupts

✔ /proc/ioports

(8)

Tópico 101: Hardware e Arquitetura

Trecho exemplo de /proc/ioports:

0000-001f : dma1 0020-0021 : pic1 0040-0043 : timer0 0050-0053 : timer1 0060-006f : keyboard 0070-0077 : rtc

0080-008f : dma page reg 00a0-00a1 : pic2 00c0-00df : dma2 00f0-00ff : fpu 0170-0177 : ide1 01f0-01f7 : ide0 0376-0376 : ide1 0378-037a : parport0 03c0-03df : vesafb 03f6-03f6 : ide0 03f8-03ff : serial (...)

Comandos para inspecionar dispositivos

lspci

Lista informações de chipset dos componentes PCI. Com a opção -v lista I/O e IRQ dos dispositivos.

Exemplo de lspci:

# lspci -v (...)

00:0f.1 Communication controller: C-Media Electronics Inc CM8738 (rev 10) Subsystem: C-Media Electronics Inc CM8738

Flags: medium devsel, IRQ 9 I/O ports at dc80 [size=64]

Capabilities: [40] Power Management version 2

01:00.0 VGA compatible controller: Silicon Integrated Systems [SiS] 630/730 PCI/AGP VGA Display Adapter (rev 20) (prog-if 00 [VGA])

Subsystem: Silicon Integrated Systems [SiS] 630/730 PCI/AGP VGA Display Adapter

Flags: 66Mhz, medium devsel BIST result: 00

Memory at e0000000 (32-bit, prefetchable) [size=128M] Memory at efee0000 (32-bit, non-prefetchable) [size=128K] I/O ports at cc80 [size=128]

Expansion ROM at <unassigned> [disabled] Capabilities: [40] Power Management version 1 Capabilities: [50] AGP version 2.0

Dmesg

Mostra as mensagens do kernel, da identificação do hardware em diante. Essa informação está disponível em /var/log/dmesg e /var/log/messages.

(9)

Tópico 101: Hardware e Arquitetura

# dmesg (...)

ttyS0 at I/O 0x3f8 (irq = 4) is a 16550A

parport0: PC-style at 0x378 (0x778) [PCSPP(,...)] parport0: irq 7 detected

lp0: using parport0 (polling). io scheduler noop registered

io scheduler anticipatory registered io scheduler deadline registered io scheduler cfq registered Floppy drive(s): fd0 is 1.44M (...)

Objetivo 1.101.3: Configuração de Modems e Placas de som

Peso: 1

Modems

Para utilizar um modem externo, tudo que precisa ser considerado é a porta serial a qual ele está conectado. Se o modem for PCI interno, precisar-se-á saber qual é a porta I/O e a interrupção utilizadas pelo mesmo. Isso pode ser conseguido com o comando lspci -v.

Para configurar a porta serial do modem interno, usa-se o comando setserial. Para checar se uma porta serial está em uso, usa-se setserial -g dispositivo.

Checando portas serias com setserial:

# setserial -g /dev/ttyS[0123]

/dev/ttyS0, UART: 16550A, Port: 0x03f8, IRQ: 4 /dev/ttyS1, UART: unknown, Port: 0x02f8, IRQ: 3 /dev/ttyS2, UART: unknown, Port: 0x03e8, IRQ: 4 /dev/ttyS3, UART: unknown, Port: 0x02e8, IRQ: 3

No caso do exemplo, apenas a primeira porta serial (/dev/ttyS0) está em uso. Às demais podem ser atribuídos os valores de recursos do modem conseguidos através do comando lspci -v. Por exemplo, se os valores relativos ao modem forem I/O 0xdc80 e IRQ 9 pode-se atribuir esses valores à porta /dev/ttyS3, que está livre:

# setserial /dev/ttyS3 port 0xdc80 irq 9 autoconfig

e cria-se um link simbólico /dev/modem para /dev/ttyS3:

# ln -s /dev/ttyS3 /dev/modem

O comando setserial também é usado para controlar a velocidade da porta serial.

Usar /dev/ttyS3 a 115kb:

# setserial /dev/ttyS3 spd_vhi

Argumentos setserial de velocidade: spd_hi

56kb quando solicitado for 38.4 spd_vhi

(10)

Tópico 101: Hardware e Arquitetura 115kb quando solicitado for 38.4 spd_shi

230kb quando solicitado for 38.4 spd_warp

460kb quando solicitado for 38.4 spd_cust

Usar um divisor diferente quando solicitado for 38.4. A velocidade será o valor do argumento baud_base dividido pelo valor do argumento divisor.

spd_normal

38.4kb quando solicitado for 38.4

A configuração do modem para fazer ligações dial-up pode ser feita através do utilitário wvdial ou do minicom.

O script wvdialconf busca por um modem nas portas seriais e USB automaticamente e gera o arquivo /etc/wvdial.conf. Editando este arquivo com as informações sobre o provedor de internet, a ligação é feita com o wvdial:

# wvdial <nome do provedor>

No minicom, os processos de configuração, discagem e autenticação são feitos manualmente, na janela do terminal do programa. Para configurar o modem, o minicom deve ser iniciado no modo de configuração:

# minicom -s

Diferente do wvdial, o minicom não executa o pppd automaticamente, cabendo ao usuário fazê-lo para criar a interface de rede e à ela um número IP. Esses procedimentos serão abordados mais profundamente no no tópico 112 do exame 102, objetivo 1.112.4: Configurar o GNU/Linux com um

cliente PPP.

Se não foi possível a comunicação com o modem através desses procedimentos e o modem está devidamente conectado à máquina, muito provavelmente trata-se de um winmodem. Winmodems são dispositivos dependentes de software adicional muitas vezes desenvolvido exclusivamente para plataforma MS-Windows®. Dessa forma, se esse software específico não estiver disponível também para GNU/Linux, o modem não funcionará.

Placas de Som

Há dois tipos principais de suporte a placas de som no GNU/Linux, OSS (Open Sound System) e

ALSA (Advanced Linux Sound Architeture). Para encontrar o dispositivo de som:

# lspci | grep -i audio

00:0f.0 Multimedia audio controller: C-Media Electronics Inc CM8738 (rev 10)

Caso o dispositivo não pôde ser encontrado dessa forma, toda a saída de dmesg e lspci pode ser consultada para procurar o dispositivo correspondente ao áudio.

Identificada a placa, é possível carregar o módulo correspondente, seja ele OSS ou ALSA. A entrada em /etc/modules.conf referente ao primeiro dispositivo de áudio encontrado é

(11)

sound-slot-Tópico 101: Hardware e Arquitetura

0. Para carregar automaticamente a placa através do /etc/modules.conf, adicione neste

arquivo a linha

alias sound-slot-0 <nome do módulo>

Informações mais aprofundadas sobre a instalação e carregamento de módulos do kernel serão abordadas no tópico 105 do exame 102: Kernel.

Objetivo 1.101.4: Configuração de Dispositivos não IDE

Peso: 1

Dispositivos SCSI (scuzzy)

Há dois tipos de dispositivos SCSI:

✔ 8 bit: 8 dispositivos incluindo o controlador. ✔ 16 bit: 16 dispositivos incluindo o controlador.

Dispositivos SCSI são identificados através de um conjunto de três números chamado SCSI_ID: 1. O Canal SCSI. Cada adaptador SCSI suporta um canal de dados no qual são anexados os

dispositivos SCSI. São numerados a partir de zero.

2. O ID do dispositivo. A cada dispositivo é atribuído um número ID único alterável através de jumpers. A gama de IDs vai de 0 a 7 em controladores de 8 bit e de 0 a 15 em controladores de 16 bit. O ID do controlador costuma ser 7.

3. O número lógico da unidade (LUN). É usado para determinar diferentes dispositivos dentro de um mesmo alvo SCSI. Pode indicar uma partição em um disco ou um dispositivo de fita específico em um dispositivo multi-fita. Hoje não é muito utilizado pois adaptadores SCSI estão mais baratos e podem comportar mais alvos por barramento.

Todos dispositivos SCSI são listados em /proc/scsi/scsi:

# cat /proc/scsi/scsi Attached devices:

Host: scsi1 Channel: 00 Id: 00 Lun: 00

Vendor: HL-DT-ST Model: RW/DVD GCC-4521B Rev: 1.00

Type: CD-ROM ANSI SCSI revision: 02

O comando scsi_info usa as informações deste arquivo para mostrar o SCSI_ID e o modelo do dispositivo solicitado: # scsi_info /dev/scd0 SCSI_ID="0,0,0" HOST="1" MODEL="HL-DT-ST RW/DVD GCC-4521B" FW_REV="1.00"

Por padrão, o dispositivo SCSI de boot é o de ID 0, o que pode ser alterado na BIOS SCSI. Se existirem tanto dispositivos SCSI quanto IDE, a ordem do boot precisa ser especificada na BIOS da máquina.

(12)

Tópico 101: Hardware e Arquitetura

Objetivo 1.101.5: Configuração de Placas de Expansão

Diversas

Peso: 3

A configuração de placas de expansão diversas engloba os aspectos abordados nos objetivos anteriores, mais um conhecimento mais sólido sobre coldplug, hotplug e inspeção de hardware. Em linhas gerais, coldplug significa a impossibilidade de se conectar dispositivo sem a necessidade de desligar a máquina. Exemplos de dispositivos coldplug são placas PCI, ISA e dispositivos IDE. Na maioria dos computadores, CPU e pentes de memória são coldplug. Porém, alguns servidores de alta performance suportam hotplug para esses componentes.

Hotplug é o sistema que permite conectar novos dispositivos à máquina em funcionamento e usá-los

imediatamente, como no caso de dispositivos USB. O sistema Hotplug foi incorporado ao núcleo do modelo de driver do kernel 2.6, assim qualquer barramento ou classe pode disparar eventos hotplug quando um dispositivo é conectado ou desconectado. Assim que um dispositivo é conectado ou desconectado, o hotplug dispara um evento correspondente, geralmente trabalhando junto do sub-sistema udev, que atualiza os os arquivos de dispositivos em /dev.

O hotplug precisa estar liberado no kernel, através da opção CONFIG_HOTPLUG. Dessa forma, haverá o arquivo /proc/sys/kernel/hotplug contendo o caminho para o programa hotplug (normalmente em /sbin/hotplug). A ação tomada pelo hotplug dependerá do nome do agente passado pelo kernel (nomes de agentes podem ser “usb”, “pci”, “net”, etc.). Para cada agente existe um script correspondente em /etc/hoplug/, que se encarrega de configurar corretamente o dispositivo no sistema.

Mesmo alguns dispositivos coldplug são configurados pelo sistema hotplug. Na hora do boot, o script

/etc/init.d/hotplug (ou /etc/rc.d/rc.hotplug no slackware) dispara os agentes em

/etc/hotplug/ para configurar aqueles dispositivos presentes antes da máquina ser ligada.

Objetivo 1.101.6: Configuração de Dispositivos de

Comunicação

Peso: 1

ISDN

Há várias maneiras de se usar ISDN no GNU/Linux. A mais simples é empregar um dispositivo ISDN externo que disca, autentica e abre a sessão sozinho, disponibilizando a conexão pela interface

ethernet. Se o computador está ligado diretamente à conexão ISDN, é necessário um dispositivo chamado Terminal Adapter (TA).

Em TAs conectados à porta serial e em alguns dispositivos USB, aparecerá uma interface de comandos AT exatamente como se o TA fosse um modem. É simples porém pouco eficiente. Outra maneira mais eficiente de usar uma linha ISDN é usar um adaptador (PCI, ISA, PCCARD) conectado diretamente ao barramento da máquina. O utilitário isdn4linux incorpora muitos dos percalços de uma conexão ISDN e a estabelece com se fosse uma interface de rede convencional.

(13)

Tópico 101: Hardware e Arquitetura

DSL

Como na conexão ISDN, o mais simples é que um dispositivo DSL externo estabeleça a conexão e aja como um roteador para a máquina. Se você possui um modem DSL e seu provedor usa PPPoE (Point to Point Protocol over Ethernet) você precisará de um cliente PPPoE. Neste caso, a ferramenta de conexão para DSL é o pppoe.

Objetivo 1.101.7: Configuração de Dispositivos USB

Peso: 1

Dispositivos para interface USB (Universal Serial Bus) são divididos em classes:

✔ Display Devices

✔ Communication Devices ✔ Audio Devices

✔ Mass Storage Devices

✔ Human Interface Devices (HID)

A porta USB é operada por um controlador (Host Controller):

✔ OHCI (compaq) ✔ UHCI (intel) ✔ EHCI (USB v2.0)

Uma vez conectados, os dispositivos USB podem ser inspecionados com o comando lsusb.

# lsusb

Bus 002 Device 003: ID 05a9:a511 OmniVision Technologies, Inc. OV511+ WebCam Bus 002 Device 002: ID 0f2d:9308 ViPower, Inc.

Bus 002 Device 001: ID 0000:0000 Bus 001 Device 001: ID 0000:0000

As informações detalhadas sobre os dispositivos USB conectadas são armazenadas no arquivo

/proc/bus/usb/devices.

O controle dos dispositivos USB é feito pelo hotplug. Etapas executadas quando uma câmera USB é conectada ao computador:

1. Os módulos USB do kernel identificam o evento USB e a ID vendor:product 2. Esses dados são passados para /sbin/hotplug (ou outro, se o indicado em

/proc/sys/kernel/hotplug não for o padrão)

3. O agente USB respectivo (/etc/hotplug/usb.agent) associa o dispositivo ao produto correspondente. A relação entre dispositivo e módulo consta no arquivo

/etc/hotplug/usb.distmap.

O primeiro estágio envolve procedimentos do kernel, enquanto o segundo e terceiro estágio envolvem o mecanismo do hotplug. O mapa USB correto precisa estar disponível para iniciar corretamente o dispositivo.

(14)
(15)

Tópico 102: Instalação do GNU/Linux e

Administração de Pacotes

Objetivo 1.102.1: Criação de Esquemas de Partições de Disco

Peso: 5

Para acessar recursos em disco o sistema utiliza um mecanismo chamado montagem. Em sistemas UNIX, significa anexar um disco a um diretório, chamado ponto de montagem. Para o usuário, os recursos aparecem como uma árvore de diretórios e subdiretórios.

A raiz da árvore de diretórios é representada por uma barra “ / ”. É necessariamente o primeiro diretório a ter um dispositivo anexado. Depois de montada a raiz, os diretórios contidos neste dispositivo poderão ser pontos de montagem para outros dispositivos.

Processo de montagem:

1. O carregador de boot carrega o kernel e transmite as informações sobre a localização do dispositivo raiz.

2. Os demais dispositivos são montados conforme as instruções encontradas em /etc/fstab. Etapas da criação do layout de disco:

✔ Criar partições de tamanho específico ✔ Escolher o sistema de arquivos

✔ Determinar um ponto de montagem para cada partição

Duas partições é o mínimo exigido em sistemas GNU/Linux, uma que será a raiz “ / ” e outra que será a partição de troca swap. Muitas vezes, pode haver um terceira partição pequena, no início do disco, apenas para armazenar o kernel e o carregador de boot secundário. Fora essas, não há regras inflexíveis quanto à criação de partições, devendo ser avaliado o melhor esquema para a função que o sistema desempenhará.

A partição raiz deve ser do tipo Linux Native, cujo código é 83 (0x83). Tudo no sistema poderá existir diretamente no dispositivo raiz. No entanto, certos tipos de arquivos são processados de formas bem distintas de outros arquivos. Em certos casos, é interessante criar uma partição distinta para certo diretório, principalmente em servidores que são muito exigidos. Essa estratégia também impede que os dados no disco se fragmentem muito.

Outra questão é o backup. Enquanto certos arquivos não necessitam de backup, outros exigem-no. Mesmo dentre os quais é realizado o backup, alguns são pouco alterados durante um determinado período enquanto que outros são constantemente alterados ou criados. A criação de partições diferentes para cada diretório que comporte um tipo distinto de arquivos facilita as operações de criação e recuperação de backup.

Sugestões de diretórios que podem estar em outros dispositivos/partições:

/var

Este diretório contém os as filas de email e impressão, que são muito manipuladas. Há também os arquivos de log, cujo conteúdo está em constante alteração e crescimento.

/usr

(16)

Tópico 102: Instalação do GNU/Linux e Administração de Pacotes

/tmp

Espaço temporário utilizado por programas. Uma partição distinta para /tmp impedirá que dados temporários ocupem todo o espaço no diretório raiz, causando travamento do sistema. Não necessita de backup.

/home

Diretórios pessoais do usuário. Uma partição distinta ajuda a limitar o espaço disponível para usuários comuns.

/boot

Ponto de montagem para a partição do kernel e do carregador de boot. Necessário apenas caso o sistema exija que o kernel esteja antes do cilindro 1024 do disco.

A Partição Swap

Uma partição é swap é identificada pelo código 82 (0x82), atribuído quando da sua criação.

Geralmente, a partição swap é do mesmo tamanho que o montante de memória RAM no sistema. Para servidores, esses número pode ser maior. Uma partição swap muito maior que isso provavelmente não terá o espaço excedente utilizado. É possível haver mais de uma partição de swap.

É preferível criar partições de swap nos dispositivos mais rápidos, se possível em dispositivos distintos daqueles que têm seus dados muito acessados pelo sistema.

Também é possível criar grandes arquivos como área de swap, o que é geralmente feito em situações emergenciais, quando o sistema ameaça ficar sem memória disponível:

# dd if=/dev/zero of=emerg.swp bs=1024k count=32 32+0 registros de entrada

32+0 registros de saída # mkswap emerg.swp

Setting up swapspace version 1, size = 33550 kB no label, UUID=543baaad-d660-4a5d-881d-fb7f1485b992 # swapon emerg.swp

# cat /proc/swaps

Filename Type Size Used Priority

/dev/hda2 partition 160640 39760 -1 /root/emerg.swp file 32760 0 -2

Objetivo 1.101.2: O Gerenciador de Boot

Peso: 1

A MBR (Master Boot Record) ocupa o primeiro setor do disco (512 bytes). Este primeiro setor contém a tabela de partições e o carregador de boot. Terminado os procedimentos da BIOS, o carregador de boot é disparado, que por sua vez procura na tabela de partições uma partição ativa e carrega o primeiro setor dessa partição.

LILO

O LILO (Linux Loader) é dividido em três componentes:

lilo – o carregador propriamente. É instalado na MBR e carrega o boot loader de segundo

(17)

Tópico 102: Instalação do GNU/Linux e Administração de Pacotes

/etc/lilo.conf – arquivo de configuração para o lilo. Principais opções em

/etc/lilo.conf:

boot – Onde o lilo deve ser instalado. Geralmente na MBR, em /dev/hda.install – O carregador de segundo estágio (/boot/boot.b é o padrão).prompt – Oferece ao usuário a escolha do SO a iniciar.

default – Rótulo do dispositivo iniciado por padrão. Se não houver, o primeiro listado em

/etc/lilo.conf será escolhido.

timeout – Associado a prompt, especifica a espera em décimos de segundo.image ou other – kernel ou dispositivo a ser carregado (usar “other” para outros

sistemas). No início do processo de boot, apenas os primeiros 1024 cilindros do disco estarão acessíveis ao carregador de boot. Portanto, é importante certificar-se de que a partição contendo o kernel (geralmente pequena, montada em /boot) esteja abaixo deste limite de 1024 cilindros)

label – Rótulo para a imagem de kernel

root – localização do dispositivo contendo o sistema de arquivos raiz.

read-only – monta a raiz como somente leitura, para o fsck agir apropriadamenteappend – passa parâmetros para componentes compilados estaticamente no kernellinear/lba32 – obriga o lilo a ler o disco usando endereçamento de bloco linear. A opção

“linear” é geralmente usada para discos muito grandes e “lba32” para permitir que o lilo leia além dos primeiros 1024 cilindros do disco. Essas opções não são aconselháveis.

message – especifica um arquivo contendo uma mensagem a ser mostrada no painel de

boot do lilo.

delay – tempo de espera para que o usuário invoque o prompt, caso este não for invocado

automaticamente.

vga – valor numérico especificando as preferências visuais do terminal

/sbin/lilo – O utilitário que lê as configurações em /etc/lilo.conf e instala o

carregador de boot. Deve ser executado toda vez que uma alteração for feita ao /etc/lilo.conf Exemplo de /etc/lilo.conf: boot = /dev/hda message = /boot/boot_message.txt delay = 4 timeout = 110 vga = 788 image = /boot/vmlinuz root = /dev/hda3 label = Linux read-only other = /dev/hda1 label = Windows table = /dev/hda

(18)

Tópico 102: Instalação do GNU/Linux e Administração de Pacotes

GRUB

O grub (Grand Unified Bootloader) é uma alternativa ao lilo. Também é instalado na MBR; pelo comando /sbin/grub ou pelo /sbin/grub-install, que obtém as instruções de

/boot/grub/grub.conf.

Principais seções de /boot/grub/grub.conf:

✔ global

default – imagem de boot padrão (começa por 0)

timeout – tempo de espera para iniciar o boot, em segundos ✔ imagem

title – nome para a imagem

root – localização do carregador de segundo estágio e do kernel (hd0,0 = /dev/hda)kernel – caminho para o kernel à partir de root

ro – read-only

initrd – caminho para a imagem initrd

Diferente do lilo, o comando grub-install não precisa ser executado toda vez que forem feitas alterações ao arquivo /boot/grup/grub.conf. Uma vez instalado, o carregador de boot do grub lê o arquivo /boot/grub/grub.conf diretamente.

Dispositivos de Boot Alternativos

Um disquete de boot será importante caso a MBR do disco tenha sido alterada e o sistema esteja inacessível. Mesmo com a maioria dos Kernels atuais não mais cabendo num disquete, ainda assim é possível criar um disquete de boot com o lilo.

Primeiro, o disquete deverá ser formatado e ter um sistema de arquivos:

# fdformat /dev/fd0h1440

Usando o sistema de arquivos minix:

# mkfs -t minix /dev/fd0

Montando o disquete:

# mount /dev/fd0 /mnt/floppy

É necessário criar um arquivo de configuração do lilo alternativo, como /boot/lilo.floppy, contendo as informações necessárias para criação do disquete de boot:

boot = /dev/fd0 # O dispositivo de disquete map = /mnt/floppy/map

compact

image = /boot/vmlinuz # Substituir para o kernel do sistema

root = /dev/hda3 # Substituir para a partição raiz do sistema read-only

Agora o lilo pode ser instalado no disquete, usando o arquivo de configuração criado:

# lilo -C /boot/lilo.floppy

(19)

Tópico 102: Instalação do GNU/Linux e Administração de Pacotes

# umount /mnt/floppy

O disquete de boot está pronto. É importante lembrar que disquetes de boot criados dessa forma só funcionaram na própria máquina onde foram feitos. Caso sejam feitas alterações no kernel ou localização da partição raiz, as configurações deverão ser adequadas e o lilo reinstalado no disquete. A maioria das distribuições GNU/Linux fornece Cds de boot para instalação do sistema. Esses mesmos Cds podem ser usados para acessar e dar boot num sistema já instalado e que possa estar inacessível por uma falha do carregador de boot. Para iniciar um sistema já instalado, os seguintes parâmetros são passados no prompt de boot:

boot: linux root=/dev/hda3 noinitrd ro

Onde “linux” é o nome do kernel e “/dev/hda3” é a partição raiz. Já dentro do sistema, é possível reinstalar o carregador de boot.

Geralmente será necessário alterar a seqüência dos dispositivos de boot no BIOS da máquina sempre que um dispositivo de boot alternativo for utilizado.

Para fazer o backup da MBR, basta copiar os primeiros 512kb do disco, o que pode ser feito usando o comando dd:

# dd if=/dev/hda of=mbr.backup bs=1k count=512

Este backup pode ser guardado num disquete e depois restaurado para a MBR:

# dd if=mbr.backup of=/dev/hda

Objetivo 1.102.3: Compilar e Instalar Programas a partir do

Código Fonte

Peso: 5

Compressão e Descompressão de Arquivos

A maioria dos programas distribuídos em código fonte apresentam-se na forma de arquivos tar (tape archiver) comprimidos. Arquivos tar são vários arquivos aglutinados em um só, o que facilitaa distribuição.

Tipos de compactação:

Compressão Descompressão Descompressão “cat” Extensão

compress uncompress zcat .Z

gzip gunzip zcat .gz

gzip2 bunzip2 bzcat .bz2

Os comandos zcat e bzcat descomprimem para a saída padrão, ou seja, jogam o conteúdo

descomprimido na tela do terminal. Detalhes sobre o que é a saída padrão e como utilizá-la no tópico 103, objetivo 1.103.4: Usar fluxos, canalização e redirecionamentos.

Essas ferramentas de compressão não concatenam arquivos, por isso são utilizadas junto com o comando tar. Para facilitar esse procedimento, a compressão e descompressão podem ser feitas diretamente pelo comando tar, através dos argumentos:

(20)

Tópico 102: Instalação do GNU/Linux e Administração de Pacotes

✔ z → gzip ✔ j → bzip2

Criar um arquivo tar “programa.tar.bz2” contendo o diretório ./programa/ e seu conteúdo, compactando com bzip2:

$ tar cjf programa.tar.bz2 ./programa/

Extrair esse arquivo:

$ tar xjf programa.tar.bz2

Como mostrado no exemplo, o argumento c indica criação de arquivo, x extração de arquivo e f o nome do arquivo.

Compilar e Instalar Programas

O primeiro passo para instalar um programa em código fonte distribuído no formato tar é extraí-lo:

$ tar xjvf sylpheed-2.0.4.tar.bz2

Este comando criará o diretório ./sylpheed-2.0.4/, contendo o código fonte do programa e as ferramentas de configuração.

A configuração pré-compilação é feita dentro desse diretório, por um script chamado configure. Este script coleta informações sobre a arquitetura do sistema, caminhos de comandos, bibliotecas compartilhadas, características de funcionamento do programa, etc.

Em geral, o configure pode ser invocado sem argumentos na forma:

$ ./configure

Uma opção bastante utilizada é --prefix , que informa em qual diretório base o programa deverá ser instalado. Por exemplo:

$ ./configure --prefix=/opt

Indica que o diretório base da instalação será /opt. O script configure possui muitas opções de personalização da instalação. A lista descritiva completa das opções pode ser vista usando

$ ./configure --help

As informações coletadas pelo script configure são armazenadas em um arquivo no mesmo diretório chamado makefile. Este arquivo pode ser editado para alterar as opções de instalação, como a variável prefix, que desempenha a mesma função do argumento --prefix do script configure, e outras variáveis que indicam a localização de bibliotecas, comandos, características do programa, etc. Terminada a configuração, o programa pode ser compilado através do comando make. Make criará as bibliotecas e arquivos executáveis conforme as opções existentes no makefile. Após o término da compilação, que pode levar algum tempo dependendo do tamanho e tipo do programa, o programa está pronto para ser instalado

# make install

Se o diretório base de instalação não estiver no diretório pessoal do usuário, esse comando deverá ser executado com permissões de super usuário (root). Mesmo estando o diretório base de instalação fora do diretório pessoal do usuário, é recomendado executar ./configure e make como usuário comum.

(21)

Tópico 102: Instalação do GNU/Linux e Administração de Pacotes

Objetivo 1.102.4: Bibliotecas Compartilhadas

Peso: 3

Funções comuns e compartilhadas por diferentes programas são armazenadas em bibliotecas. Durante a compilação de um programa, essas bibliotecas específicas são ligadas ao programa que as usará. A ligação pode ser estática ou dinâmica, ou seja, as funções da biblioteca poderão estar embutidas no programa compilado ou apenas mapeadas para a biblioteca externa. Programas estáticos não dependem de arquivos externos e programas dinâmicos são menores e poupam recursos da máquina. O programa encarregado de carregar a biblioteca e ligar ao programa que dela depende é o ld.so. Para que o ld.so possa localizar a biblioteca da qual um programa depende, esta deverá estar mapeada em /etc/ld.so.cache. As localidades comuns de bibliotecas de sistema são /lib e

/usr/lib. Para acrescentar um diretório ao ld.so.cache, o arquivo /etc/ld.so.conf é usado: Exemplo de /etc/ld.so.conf

/usr/local/lib /usr/X11R6/lib

/usr/i486-slackware-linux/lib /usr/lib/qt/lib

Para atualizar o /etc/ld.so.cache após as alterações em /etc/ld.so.conf, é utilizado o comando ldconfig. A execução do ldconfig é fundamental para que as alterações em

/etc/ld.so.conf repercutam no funcionamento do ld.so.

Outra maneira de deixar uma localidade de biblioteca ao alcance do ld.so é adicionar seu o respectivo caminho à variável de ambiente LD_LIBRARY_PATH

# export LD_LIBRARY_PATH=/usr/local/lib

Esse método, porém, garante apenas o acesso temporário do ld.so ao diretório em questão. Não funcionará fora do escopo da variável de ambiente e quando a variável deixar de existir, mas é um método útil para usuários sem permissão para atualizar o /etc/ld.so.cache ou para execução pontual de programas.

Objetivo 1.102.5: Administração de Pacotes Debian (.deb)

Peso: 8

Objetivo ainda não abordado. Maiores detalhes sobre administração de pacotes debian em

http://www.debian.org/doc/manuals/reference/ch-package.pt-br.html.

Objetivo 1.102.6: Administração de Pacotes RedHat (.rpm)

Peso: 8

A maioria dos pacotes rpm é nomeada no formato: nome-versão-release.arquitetura.rpm

Modos Maior e Menor

Algumas abreviações de opções são parecidas mas realizam diferentes ações dependendo de sua posição na linha de comando. A distinção é feita a partir da primeira opção da esquerda para a direita.

(22)

Tópico 102: Instalação do GNU/Linux e Administração de Pacotes

O primeiro argumento passado ao comando rpm é chamada argumento modo maior. As demais são as opções de modo menor.

Opções de modo maior para o rpm:

-i → Ou --install. Instala o pacote

-U → Ou --update. Atualiza ou instala o pacote

-F → Ou --freshen. Atualiza o pacote apenas se o mesmo estiver instalado -V → Ou --verify. Verifica o tamanho, MDB, permissões, tipo,integridade, etc. -q → Ou --query. Investiga pacotes e arquivos

-e → Ou --erase. Desinstala o pacote

Opções de modo menor para o rpm

a → Aplica em todos pacotes instalados c → Com “q” lista arquivos de configuração d → Com “q” lista arquivos de documentação

f → Com “q” verifica qual pacote instalou o arquivo referido h → Mostra progresso visual da instalação

i → Com “q” lista informações sobre o pacote

l → Com “q” lista todos arquivos e diretórios do pacote

p → Com “q” indica que a investigação é realizada no arquivo .rpm v → Modo descritivo

Outras opções --nodeps

Instala o pacote sem checar as dependências --force

Força a instalação/atualização --test

Mostra como seria a instalação mas não instala --requires

Com “q”, mostra as exigências para o pacote especificado --whatrequires

Com “q”, mostra quais dependem do pacote especificado

Assinaturas de Pacotes

É possível checar a assinatura de todo pacote distribuído como parte de um projeto. Se a distribuição for Fedora, por exemplo, as chaves são incorporadas ao banco de dados do rpm com o comando

(23)

Tópico 102: Instalação do GNU/Linux e Administração de Pacotes Assim, todo pacote copiado do servidor fedora pode ser checado:

# rpm --checksig <nome do pacote>

Integridade do Pacote

A integridade do pacote é checada usando a opção -V. A opção -Va checa todos os pacotes. A análise é feita tendo como referência os arquivos originais do pacote.

Significado dos caracteres retornados pela verificação:

. → Teste bem sucedido

? → O teste não pôde ser realizado S → O tamanho do arquivo mudou

M → A permissão ou o tipo do arquivo mudou 5 → A soma MD5 do arquivo é diferente D → O dispositivo foi modificado

L → O link simbólico foi modificado U → O dono do arquivo mudou G → O grupo do arquivo mudou T → A data do arquivo mudou

Arquivos e Diretórios Pertinentes ao rpm

/etc/rpmrc

É o arquivo de configuração do rpm e do rpmbuild. Contém informações sobre a arquitetura do sistema e os caminhos para macros e diretórios utilizados no manejo de pacotes. Este arquivo é também encontrado em /usr/lib/rpm/

/usr/lib/rpm/*

Diretório contendo as macros necessárias para o manejo de pacotes.

/var/lib/rpm/

Diretório onde se situam as bases de dados do rpm

Exemplos de uso do rpm

Instalar um pacote:

# rpm -ivh xyz.rpm

Instalar todos pacotes iniciados por xyz

# rpm -ivh xyz*

Atualizar um pacote:

(24)

Tópico 102: Instalação do GNU/Linux e Administração de Pacotes

Desinstalar pacote chamado xyz

# rpm -e xyz

Mostra os arquivos contidos no pacote

# rpm -qlp xyz.rpm

Mostra que pacote instalou o arquivo abc.efg

(25)

Tópico 103: Comandos GNU e Unix

Objetivo 1.103.3: Trabalhando na Linha de Comando

Peso: 5

A maneira mais direta de interagir com o computador é usando a linha de comando. O prompt do

shell (terminando em $ ou # para o usuário root) indica que está pronto para receber instruções.

O shell é o ambiente que faz o intermédio entre o usuário e os recursos do computador, como um ambiente de programação em tempo real para executar tarefas. O shell padrão no GNU/Linux é o

bash (Born Again Shell). Os procedimentos aqui mostrados se referem ao bash.

As instruções do shell geralmente seguem o formato: comando [opções] {argumentos} Alguns comandos embutidos do shell:

alias

Cria um codinome para um comando, no formato

$ alias codinome='nome_do_programa --opções'

É útil para facilitar a entrada de comandos recorrentes que levam muitos argumentos. Usar alias sem argumentos mostra quais aliases existem e seus conteúdos.

exec

O comando iniciado através de exec não se torna um processo filho do shell, mas toma seu lugar. Dessa forma, o shell é finalizado quando o comando terminar.

O shell interpreta a primeira palavra na linha de comando como um comando. O caminho completo ou relativo para o comando precisa ser fornecido, a menos que o comando esteja localizado em um dos diretórios contidos na variável de ambiente PATH. Se o programa encontra-se no diretório de trabalho atual e fora dos diretório contidos em PATH, ele precisará ser invocado começando por ./ :

$ ./programa_local

Variáveis

As variáveis usadas no shell são semelhantes às usadas em linguagens de programação. Nomes de variáveis são limitadas a caracteres alfanuméricos.

Criar/Modificar uma variável (espaços não devem ser usados):

$ nome_da_variável=valor_da_variável

O valor de uma variável é retornado acrescentando “$” ao seu nome:

$ echo $nome_da_variável valor_da_variável

Há dois tipos de variáveis: locais e exportadas

Locais

Acessível apenas no shell atual.

Exportadas

(26)

Tópico 103: Comandos GNU e Unix

Todas as variáveis são listadas usando o comando set. Para ver apenas as variáveis exportadas, usa-se env. Exemplo de set: # set (...) OSTYPE=linux-gnu PATH=/usr/local/sbin:/usr/local/bin:/sbin:/usr/sbin:/bin:/usr/bin:/usr/X11R6/bi n PIPESTATUS=([0]="0") PPID=16226 PS1='\u@\h:\w\$ PS2='> ' PS4='+ ' PWD=/root QTDIR=/usr/lib/qt SHELL=/bin/bash (..) Exemplo de env: # env (...) PATH=/usr/local/sbin:/usr/local/bin:/sbin:/usr/sbin:/bin:/usr/bin:/usr/X11R6/bi n LC_COLLATE=C PWD=/root INPUTRC=/etc/inputrc JAVA_HOME=/usr/lib/java LANG=pt_BR (...)

Se uma variável pode ser acessada por qualquer processo ou shell, é chamada de variável global.

Variáveis pré-definidas

DISPLAY

Usado pelo X para saber onde executar os aplicativos clientes

HISTFILE

Caminho para o histórico de comandos do usuário (geralmente $HOME/.bash_history)

HOME

Caminho para o diretório pessoal do usuário

LOGNAME

O nome que o usuário usou para entrar no sistema

PATH

Lista de diretórios nos quais programas serão procurados caso tenham sido solicitados sem o caminho completo ou relativo

PWD

(27)

Tópico 103: Comandos GNU e Unix

SHELL

O shell utilizado (neste caso, /bin/bash)

TERM

O tipo de emulador de terminal utilizado

Variáveis especiais

$! → PID do último processo filho $$ → PID do shell atual

$? → Retorna 0 se o último comando foi bem sucedido, caso contrário retorna 1 ~ → Corresponde ao diretório pessoal do usuário atual

~alaor → Corresponde ao diretório pessoal do usuário chamado “alaor”

Histórico de comandos

Para mostrar o histórico de comandos digitados pelo usuário atual, usa-se o comando history. History é um comando embutido do bash.

É possível usar atalhos no estilo do emacs para listar o histórico:

Ctrl+p → Linha anterior Ctrl+n → Próxima linha Ctrl+b → Volta um caracter Ctrl+f → Avança um caracter Ctrl+a → Começo da linha Ctrl+e → Fim da linha

Outros atalhos:

!! → roda o último comando

!a → roda o último comando que começa pela letra “a” !2 → roda o comando na 2ª posição do histórico !-2 → roda o penúltimo comando

^termo1^termo2 → roda o último comando substituindo “termo1” por “termo2”

O arquivo ~/.profile contém personalizações do bash para o usuário, como aliases e variáveis particulares.

Exemplo de entrada em ~/.profile :

alias ls='ls --color'

(28)

Tópico 103: Comandos GNU e Unix

Comandos Seqüenciais

Executar três comandos em seqüência, independente do resultado de cada um:

$ Comando1 ; comando2 ; comando3

Executar o comando seguinte apenas se o anterior foi bem sucedido (se retornou 0):

$ comando1 && comando2 && comando3

Executar o comando seguinte apenas se o anterior não foi bem sucedido (se retornou diferente de 0):

$ comando1 || comando2 || comando3

Auto-Completar Comandos e Caminhos

Um recurso que agiliza a digitação de comando e caminhos existentes., utilizando a tecla TAB. Exemplo: Comando whatis

$ wha<TAB> $ whatis

Exemplo: caminho /etc/X11/twm

$ ls /e<TAB>/X<TAB>/t<TAB> $ ls /etc/X11/twm/

Objetivo 1.103.2: Processar Fluxos de Texto Através de Filtros

Peso: 6

Este objetivo se relaciona principalmente ao uso das ferramentas do pacote GNU textutils. São comando Unix padrão, utilizados para modificar sequências de texto.

cat

É usado para mostrar o conteúdo de arquivos

$ cat /etc/issue Welcome to \s \r (\l)

Também pode ser usado como um editor de texto rudimentar

$ cat > texto_simples texto simples

criado com cat

<Ctrl+d> encerra a entrada de texto

Opções comuns do cat:

-n → Numera as linhas

-b → Numera apenas linhas que não estejam em branco -A → Mostra quebra de linhas

tac

Tem a mesma função do cat, mas mostra o conteúdo de trás para frente:

$ tac texto_simples criado com cat texto simples

(29)

Tópico 103: Comandos GNU e Unix

head

Mostra o começo de arquivos. Por padrão, as 10 primeiras linhas são mostradas. A quantidade de linhas a serem mostradas é indicada pela opção -n :

$ head -n 5 /etc/passwd root:x:0:0::/root:/bin/bash bin:x:1:1:bin:/bin: daemon:x:2:2:daemon:/sbin: adm:x:3:4:adm:/var/log: lp:x:4:7:lp:/var/spool/lpd:

A opção -c especifica o número de caracteres (bytes) a serem mostrados no lugar de linhas:

$ head -c 5 /etc/passwd root:

tail

Mostra o final de arquivos. Por padrão, as 10 últimas linhas são mostradas. A quantidade de linhas a serem mostradas é indicada pela opção -n :

$ tail -n 1 texto_simples criado com cat

A opção -c especifica o número de caracteres (bytes) a serem mostrados no lugar de linhas. A para que o fim do arquivo seja mostrado continuamente, a medida que mais texto é adicionado au final do mesmo, usa-se a opção -f (de follow). O sinal “+” indica que a leitura deve ser feita a partir da linha de número especificado após o “+”:

$ tail +35 /etc/group console::101:

messagebus:x:102:

haldaemon:x:103:haldaemon

wc

Conta linhas, palavras ou caracteres, com as opções -l, -w e -c respectivamente. Quando usado sem argumentos, mostra esses três valores na sequência.

$ wc texto_simples 2 5 29 texto_simples $ wc -l texto_simples 2 texto_simples $ wc -w texto_simples 5 texto_simples $ wc -c texto_simples 29 texto_simples nl

Numera linhas, como cat -b. O argumento -ba faz numerar todas as linhas. O argumento -bt apenas as que não estejam em branco

$ nl texto_simples 1 texto simples 2 criado com cat

expand

Substitui espaços de tabulação (TABs) por espaços simples, mantendo a mesma distância aparente.

(30)

Tópico 103: Comandos GNU e Unix $ wc -c /etc/fstab 773 /etc/fstab $ expand /etc/fstab | wc -c 820 unexpand

Substitui dois ou mais espaços simples por espaços de tabulação (TABs).

hexdump

Mostra arquivos binários. A opção -C torna a saída mais legível, mostrando a coluna de endereço hexadecimal, seguida pela coluna dos dados do arquivo (valores hexadecimais sequenciais separados a cada dois bytes) e por último a coluna que mostra esses mesmos bytes no formato ASCII.

Examinando o começo do arquivo /bin/cat:

$ hexdump -C /bin/cat | head

00000000 7f 45 4c 46 01 01 01 00 00 00 00 00 00 00 00 00 |.ELF...| 00000010 02 00 03 00 01 00 00 00 70 8b 04 08 34 00 00 00 |...p...4...| 00000020 90 39 00 00 00 00 00 00 34 00 20 00 07 00 28 00 |.9...4. ...(.| 00000030 19 00 18 00 06 00 00 00 34 00 00 00 34 80 04 08 |...4...4...| 00000040 34 80 04 08 e0 00 00 00 e0 00 00 00 05 00 00 00 |4...à...à...| 00000050 04 00 00 00 03 00 00 00 14 01 00 00 14 81 04 08 |...| 00000060 14 81 04 08 13 00 00 00 13 00 00 00 04 00 00 00 |...| 00000070 01 00 00 00 01 00 00 00 00 00 00 00 00 80 04 08 |...| 00000080 00 80 04 08 cd 35 00 00 cd 35 00 00 05 00 00 00 |....Í5..Í5...| 00000090 00 10 00 00 01 00 00 00 d0 35 00 00 d0 c5 04 08 |...Ð5..ÐÅ..|

A palavra “ELF” no início da coluna ASCII indica que este é um arquivo executável no formato elf –

Executable and Linkable Format. split

Divide um arquivo em arquivos menores seguindo critérios como tamanho ou número de linhas. A opção -l indica o número de linhas de cada parte do arquivo dividido. A opção -b indica qual o tamanho de cada parte. Um prefixo para as partes pode ser indicado após o nome do arquivo a ser divido:

Dividir um arquivo em partes de 1024Kb usando o prefixo “parte_”:

$ split -b 1024k “arquivo original” parte_

Esse comando criará arquivos chamados parte_aa, parte_ab, parte_ac, etc. Para concatenar novamente o arquivo, usa-se cat:

$ cat parte_* > “nome do arquivo”

Será criado um arquivo de conteúdo idêntico ao do arquivo original.

uniq

Mostra o conteúdo de arquivos suprimindo linhas seqüenciais repetidas.

cut

Delimita um arquivo em colunas, em determinado número de caracteres ou por posição de campo.

(31)

Tópico 103: Comandos GNU e Unix $ cut -c 1-5 /etc/group root: bin:: daemo sys:: adm:: (...)

Para separar por campo, usa-se a opção -d para especificar o caracter que delimita os campos e -f para informar a posição do campo.

Mostrar os campos da posição 1 e 3 do arquivo /etc/group, campos que estão separados por “:”: $ cut -d ':' -f 1,3 /etc/group root:0 bin:1 daemon:2 sys:3 adm:4 (...)

Para mostrar outro delimitador no lugar do original, usa-se a opção --output-delimiter:

$ cut -d ':' -f 1,3 /etc/group --output-delimiter ' = ' root = 0 bin = 1 daemon = 2 sys = 3 adm = 4 (...) paste

Concatena arquivos lado a lado.

$ paste texto_simples texto_simples texto simples texto simples

criado com cat criado com cat

join

Similar ao paste, mas trabalha especificando campos, no formato join -1 CAMPO -2 CAMPO “arquivo um” “arquivo dois” Onde CAMPO é o número indicando qual campo nos respectivos arquivos (primeiro e segundo) deve ser correlacionado.

Exemplo: Relacionar as linhas de arq2 cujo primeiro campo (coluna 1) seja igual ao primeiro campo de arq2:

(32)

Tópico 103: Comandos GNU e Unix arq1: 1 a1 x1 2 b1 y1 3 c1 z1 arq2: 1 a2 x2 2 b2 y2 3 c2 z2

$ join -1 1 -2 1 arq1 arq2 1 a1 x1 a2 x2

2 b1 y1 b2 y2 3 c1 z1 c2 z2

A primeira coluna do resultado é o campo que foi relacionado, seguido das linhas correspondentes. É possível delimitar quais campos mostrar, com a opção -o. Essa opção deve ser escrita no formato

N.M, onde N é o número correspondente ao arquivo e M o número correspondente ao campo deste

arquivo. O campo de relação também pode ser referido por 0.

Exemplo: Fazer a mesma relação do exemplo anterior, mostrando apenas o primeiro campo de

arq1 e apenas o segundo de arq2:

$ join -1 1 -2 1 -o '1.2 2.3' arq1 arq2 a1 x2

b1 y2 c1 z2

sort

Ordena alfabeticamente. Com a opção -n ordena numericamente e -r inverte o resultado.

$ sort texto_simples criado com cat

texto simples

fmt

Formata para determinado número de caracteres por linha. O padrão é 75.

-w → indica o número de caracteres por linha -s → quebra linhas grandes mas não as preenche

-u → um espaço entre palavras e dois espaços entre sentenças. pr

Divide o arquivo para impressão. O padrão é 66 linhas por 72 caracteres de largura, modificados por

-l e -w respectivamente. tr

Converte caracteres. O comando tr lê apenas diretamente via stdin.

Conversão simples de um único caracter:

$ cat texto_simples | tr ' ' '.' texto.simples

criado.com.cat

(33)

Tópico 103: Comandos GNU e Unix

$ cat texto_simples | tr 'a-z' 'A-Z' TEXTO SIMPLES

CRIADO COM CAT

Objetivo 1.103.3: Gerenciamento Básico de Arquivos

Peso: 3

Diretórios e Arquivos

Arquivos podem ser acessados tanto por seu caminho absoluto quanto seu caminho relativo. Caminhos absolutos são aqueles iniciados pela barra da raiz ( / ), e caminhos relativos são aqueles que tomam por referência o diretório atual. O ponto “.” refere-se ao diretório atual, e “..” refere-se ao diretório contendo o diretório atual.

O comando ls é usado para listar arquivos e conteúdo de um diretório. A opção -l exibe detalhes sobre o(s) arquivo(s), -s mostra o tamanho em kilobytes e -d mostra o diretório, e não seu conteúdo.

Exemplo de saída de ls -l:

$ ls -l /etc/X11/xinit/ total 20

-rw-r--r-- 1 root root 321 2006-01-14 17:33 README.Xmodmap

lrwxrwxrwx 1 root root 15 2006-03-20 22:31 xinitrc -> xinitrc.fluxbox -rwxr-xr-x 1 root root 556 2003-03-16 19:59 xinitrc.blackbox

-rwxr-xr-x 1 root root 560 2006-03-07 03:32 xinitrc.fluxbox -rwxr-xr-x 1 root root 799 2006-01-14 17:30 xinitrc.twm -rwxr-xr-x 1 root root 788 2005-07-21 15:27 xinitrc.wmaker

A primeira coluna mostra o tipo e as permissões do arquivo, a segunda coluna mostra o número de links físicos (hard links) para o arquivo, a terceira e a quarta mostram o dono e o grupo aos quais o arquivo pertence, a quinta mostra o tamanho em bytes, a sexta e a sétima mostram a data e a hora da última modificação do arquivo e a oitava coluna mostra o nome do arquivo. Se o arquivo for um link simbólico, uma seta mostra o arquivo para o qual ele aponta.

O comando cp é utilizado para copiar arquivos. Suas opções principais são:

-i → Modo interativo. Pergunta antes de sobrescrever um arquivo. -p → Copia também os atributos do arquivo original.

-r → Copiar recursivamente o conteúdo do diretório de origem.

É importante saber que quando copiando um diretório recursivamente, o uso da barra “/” no final do diretório de origem fará com que apenas o conteúdo do diretório seja copiado/movido para o destino e o não uso da barra fará com que o diretório de origem e seu conteúdo sejam copiados no destino.

Exemplo de cp:

$ cp tux.xcf icons/

Copia o arquivo “tux.xcf” para o diretório “icons” no diretório atual.

O comando mv move e renomeia arquivos. Usado com a opção -i pede por confirmação antes de sobrescrever um arquivo de destino.

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Tópico 103: Comandos GNU e Unix

$ mv imagem.jpg ../fotos/

Move o arquivo “imagem.jpg” para o diretório “fotos” que está no mesmo diretório onde está contido o diretório atual (um nível acima).

Para alterar a data de um arquivo, utiliza-se o comando touch. Usado sem argumentos, touch altera a data e a hora de criação e modificação de um arquivo para os valores atuais do sistema. Para alterar apenas a data de modificação, usa-se a opção -m, e para alterar apenas a data de acesso, usa-se a opção -a. O argumento passado com -t usa outro valor de tempo:

Mudar a data e hora para janeiro, 01 – 00:01

$ touch -t '01010001' texto_simples $ ls -l texto_simples

-rw-r--r-- 1 luciano users 29 2006-01-01 00:01 texto_simples

No bash, o comando para retornar o diretório atual é o pwd. O comando cd muda para o diretório especificado ou vai para o diretório pessoal quando nenhum diretório for especificado.

O comando mkdir cria diretórios. Para criar uma árvore de diretórios recursivamente, usa-se a opção

-p:

$ mkdir -p caminho/completo/para/dir

Para alterar as permissões do diretório no ato da criação, as mesmas são transmitidas ao mkdir com a opção -m.

Criar diretório sem qualquer tipo de acesso para o grupo ou outros:

$ mkdir -m 700 exclusivo $ ls -ld exclusivo/

drwx--- 2 luciano users 48 2006-03-20 21:42 exclusivo/

Diretórios vazios podem ser apagados pelo comando rmdir. Para apagar uma árvore de diretórios vazios, usa-se a opção -p.

Para apagar diretórios com conteúdo, usa-se rm -r, e para forçar a remoção, a opção -f é utilizada.

Encontrando Arquivos com o Comando find

Sintaxe do find:

find diretório critério [-exec comando {} \;]

O argumento diretório indica onde o find deve iniciar a busca e critério pode ser o nome do arquivo /diretório a ser procurado e/ou uma regra para a busca.

Critérios comuns para o find: -type

Tipo do arquivo (d para diretório, f para arquivo comum e l para link)

-name nome

Nome do arquivo

-user usuário

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Tópico 103: Comandos GNU e Unix

-atime -/+n

Data de último acesso ao arquivo, menor ou maior que n. n corresponde a n*24 horas.

-ctime -/+n

Data de criação do arquivo, menor ou maior que n. n corresponde a n*24 horas.

-mtime -/+n

Data de modificação do arquivo, menor ou maior que n. n corresponde a n*24 horas.

-amin -/+n

Data de último acesso ao arquivo, menor ou maior que n. n corresponde a minutos.

-cmin -/+n

Data de criação do arquivo, menor ou maior que n. n corresponde a minutos.

-mmin -/+n

Data de modificação do arquivo, menor ou maior que n. n corresponde a minutos.

-newer arquivo

O arquivo procurado foi criado/modificado mais recentemente que arquivo.

-perm modo

O arquivo procurado tem permissão mode

-perm -modo

O arquivo procurado tem todos as permissões listadas em mode

-perm +modo

O arquivo procurado tem qualquer das permissões listadas em mode

Exemplo: Encontrar todos os arquivos do tipo link em /usr/lib criados há menos de 24 horas:

$ find /usr/lib -type l -ctime -1 /usr/lib/libssl.so

/usr/lib/libcrypto.so /usr/lib/libssl.so.0 /usr/lib/libcrypto.so.0

Caracteres Coringa (file globbing)

As operações com arquivos e diretórios permitem o uso de caracteres coringa, que são padrões de substituição de caracteres.

O caracter “ * ” substitui qualquer seqüência de caracteres:

$ ls /etc/host* /etc/host.conf /etc/hosts /etc/hosts.allow /etc/hosts.deny /etc/hosts.equiv

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Tópico 103: Comandos GNU e Unix

$ ls /dev/fd?

/dev/fd0 /dev/fd1 /dev/fd2 /dev/fd3

O uso de colchetes “[]” indica uma lista de caracteres:

$ ls /dev/hd[abc]

/dev/hda /dev/hdb /dev/hdc

Chaves “{}” indicam uma lista de termos separados por vírgula:

$ ls /dev/{hda,fd0} /dev/fd0 /dev/hda

O uso de exclamação antes de um coringa o exclui da operação:

$ ls /dev/fd[!01] /dev/fd2 /dev/fd3

Coringas precedidos de barra invertida “ \ ” não desempenham função substitutiva:

$ ls /dev/fd\[\!01\]

ls: /dev/fd[!01]: Arquivo ou diretório não encontrado

Entre aspas duplas, apenas os caracteres especiais “|”, “/” e “$” têm efeito. Entre aspas simples apenas o caracter especial “\” tem efeito.

Objetivo 1.103.4: Fluxos, Canalização e Redirecionamentos de

Saída

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Processos Unix geralmente abrem três descritores padrão de arquivos, que os permitem processar entrada e saída de dados. Estes descritores podem ser redirecionados de e para outros arquivos ou processos. Por padrão, o descritor de entrada (stdin) é o teclado e os descritores de saída padrão (stdout) e saída de erro (stderr) são a tela do computador. Os valores numéricos para esses descritores são 0 para stdin, 1 para stdout e 2 para stderr. Os descritores também podem ser acessados através dos dispositivos virtuais /dev/stdin, /dev/stdout e /dev/stderr.

O fluxo dos dados para redirecionamentos e canalizações numa linha de comando vai da esquerda para a direita.

Redirecionamento

Para redirecionar a saída padrão de um comando para um arquivo, utiliza-se o símbolo “>” após o mesmo, que deve indicar o arquivo a ser criado com os dados referidos:

$ cat texto_simples > clone_texto_simples

Se o arquivo existir previamente, será sobrescrito. Para adicionar os valores sem apagar o conteúdo existente, usa-se “>>”.

Para redirecionar o conteúdo de um arquivo para a entrada padrão de um comando, usa-se “<”. Neste caso, o fluxo dos dados segue da direita para a esquerda. É especialmente útil para utilizar com comandos como o tr que não lê arquivos diretamente:

$ tr ' ' '-' < clone_texto_simples texto-simples

criado-com-cat

Referências

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