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Aula 4 Gás refrigerante (1)

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Academic year: 2021

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4. Gás refrigerante

Prof. Luis Kanashiro

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Sumário

• Conceito do gás refrigerante

• Propriedades do gás refrigerante

• Problemas da utilização do gás refrigerante

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 São as substâncias empregadas como veículos térmicos na realização dos ciclos de refrigeração , ou seja , fluído refrigerante é a substância que absorve calor de um ambiente a ser refrigerado.

 Processo através do qual se realiza essa troca de calor é chamada de refrigeração ou condicionamento de ar.

 Trata-se de fluídos que além de outras características , tem um baixo ponto de ebulição a pressão atmosférica.

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Propriedades Gerais do Refrigerante

 Quimicamente compatível com metais , elastômeros , plásticos , óleo lubrificante do compressor, etc.;

 Solúvel com o óleo lubrificante do compressor , garantindo assim a recirculação do óleo no sistema;

 Substância pura , preferida para uma mistura em um sistema não hermético

• Propriedades termodinâmicas

 Cada refrigerante possui propriedades únicas;

 Apropriado para aplicação – Estabelecido na prática pelo “Ponto de Temperatura Normal de Saturação (1 atm) – “Normal Boiling Point Temperature”;

 Temperatura de saturação é a medida das propriedades de pressão e densidade do refrigerante.

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• Tipos :

 CFC: Hidrocarbonetos halogenados, também conhecidos como clorofluorcabonos (R-11, R-12)

 HCFCs : CFCs que contém hidrogênio (R-22)

 HFCs, não apresentam cloro na composição de sua molécula (R-134a)

Fundamentos

• Propriedades do Refrigerante na Transferência de calor:  Alta condutividade térmica;

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• Propriedades Desejáveis do Gás Refrigerante :

Fundamentos

 Quimicamente estável em altas temperaturas (molécula simples);  Não inflamável e não tóxico;

 Ambientalmente aceitável:

 Não ataca a camada de ozônio (CFC free)  Minimiza o efeito estufa

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Propriedades do Refrigerante

• Três parâmetros podem ser definidos para indicar o efeito relativo de

diferentes refrigerantes sobre o meio ambiente no que concerne à camada de ozônio e ao efeito estufa.

a) O potencial de destruição da camada de ozônio – PDO (“ozone depletion potencial” – ODP, em inglês);

b) o potencial de participação no processo de aquecimento global – PAG (“global warming potencial” – GWP, em inglês);

c) Equivalente total de impacto de aquecimento – ETIA (“total equivalent warming impact” – TEWI, em inglês).

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Propriedades do Refrigerante

Fundamentos

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Propriedades do Refrigerante – Estado físico em função T x P

Fundamentos

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Fundamentos

• O Buraco na Camada de Ozônio

A camada de ozônio é uma capa desse gás que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele.

No último século, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a utilizar

produtos que emitem clorofluorcarbono (CFC), um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3), causando assim a

destruição dessa camada da atmosfera.

A região mais afetada é a Antártida, corresponde a 15% da superfície terrestre e as demais regiões afetadas entre 3% a 7% da superfície terrestre.

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Camada de Ozônio Danificada pelos CFC´s

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Imagens do Buraco na Camada de Ozônio na região da Antártida

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Como a camada de Ozônio é destruída

As moléculas de clorofluorcarbono ou freon passam intactas pela troposfera, que é a parte da atmosfera que vai da superfície até uma altitude média de 10.000 metros.

Em seguida essas moléculas atingem a estratosfera, onde os raios ultravioletas do sol aparecem em maior quantidade. Esses raios quebram as partículas de (CFC) liberando o átomo de cloro. Este átomo, então, rompe a molécula de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2).

A reação tem continuidade e logo o átomo de cloro libera o de oxigênio que se liga a um átomo de oxigênio de outra molécula de ozônio, e o átomo de cloro passa a destruir outra molécula de ozônio, criando uma reação em cadeia.

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1974 - Molina e Roland propõem teoria que o CFCs está destruindo a Camada de Ozônio;

1978 - CFC eliminado em aerosóis nos EUA;

1984 - primeiro buraco na Camada de Ozônio na Antártica; 1985 - Convenção de Viena;

1987 - Protocolo de Montreal (eliminação de CFC´s e HCFC´s); 1988 - verificam-se perdas de ozônio no hemisfério norte;

1990 - Revisão de Londres;

1992 - Revisão de Copenhagen;

1997 – Protocolo de Kyoto (Redução das emissões de HFC, PFC, CO2, SF6, N2o, CH4) e ocorreu a Revisão de Montreal;

2007 - Montreal Aceleração da eliminação do HCFCs; 2008 - Completa escassez de CFCs no mercado.

Ações para redução do CFC´s

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Meta do Protocolo de MONTREAL x Consumo

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 Resultados do Protocolo

 95% das SDO (susbstância destruidora ozônio) eliminadas em todo o mundo;

 25 bilhões de toneladas de CO2 equivalente eliminadas;

 CFCs já não são mais encontrados em redes de distribuição;

 Entre 2050 e 2075 prevê-se a recuperação da Camada de Ozônio sobre a Antártida aos níveis anteriores a 1980.

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 Opções para refrigerantes - Panorama geral

 Desde o estabelecimento do Protocolo de Montreal, a indústria de refrigeração tem procurado substitutos para os refrigerantes CFCs e HCFCs.

 Nos últimos 15 anos, os fluidos refrigerantes utilizados evoluíram de três ou quatro substâncias destruidoras de ozônio (SDO) (basicamente

CFC-11,CFC-12, HCFC-22 e R-502), para perto de cem fluídos

incluindo hidrofluorcarbono (HFC), perfluorocarbono (PFC), amônia, dióxido de carbono e hidrocarboneto (HC).

 Desta forma, fabricantes de equipamentos, projetistas, instaladores e usuários finais têm que tomar decisões sobre quais refrigerantes escolherem para substituir as SDO.

 Isto deu origem a questionamentos com respeito a implicações

energéticas, ambientais e de segurança das novas substâncias, com a conclusão que não há mais um número pequeno de soluções simples.

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 Estrutura química R-12 & R-134

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Principais diferenças entre os dois gases

 R-134a absorve mais água que o R-12. São necessários novos agentes dissecadores;

 R-134a penetra nas mangueiras de borracha com maior frequência que o R-12, necessita-se de mangueiras com forro de nylon;

 Óleos baseados em minerais não providenciam lubrificação adequada em sistemas com R-134a. O óleo desenvolvido para uso com R-134a em combinação com R-12 se decompõe formando algo parecido com “lama” e podem danificar sistemas;

 Sistema de condicionamento de ar que utilizam R-134ª operam com pressões maiores daqueles com R-12

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Fundamentos

 Propriedades do R134a

 O R134a não ataca a camada de Ozônio

 Redução do efeito estufa em 90% comparado ao R12  Não é Inflamável

 Não Tóxico

 Possui alta estabilidade Térmica e Química

 Compatibilidade com metais e ligas utilizados em climatização  Propriedades Físicas e Termodinâmicas adequadas

 Não produz ataque corrosivo a metais  Compatibilidade com elastômeros

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Fundamentos

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Fundamentos

 Aplicações do R134a

 O R-134a, foi escolhido pela maioria dos fabricantes de equipamentos, dada a excelência do seu desempenho, como substituto a longo prazo do R-12 em aplicações, tais como:

- ar condicionado móvel;

- ar condicionado industrial (chillers centrífugos); - refrigeração doméstica;

- refrigeração comercial e de transporte.

Como todos os HFC , o R-134a necessita da utilização de óleos sintéticos , para assegurar o retorno ótimo de óleo ao compressor.

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Fundamentos

 Armazenamento do R134a

 Proteger os cilindros contra danos físicos.

Armazenar em local seco e bem ventilado, distante dos locais de passagem.

Não permitir que a temperatura ambiente ultrapasse 52ºC.

Os cilindros devem ser estocados em pé, protegidos contra quedas. Armazenar os cilindros cheios separadamente dos vazios e distantes 6m dos gases inflamáveis.

Evitar que os cilindros fiquem armazenados por muito tempo sem utilização.

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 Na linha dos esforços globais para proteção do clima, há um interesse em "refrigerantes naturais";

 O uso de refrigerantes não-sintéticos, naturais, basicamente amônia (R-717),dióxido de carbono (R-744) e HC (R-600a, R-290, R-1270) está aumentando em função das suas características ambientais e de

desempenho favoráveis;

 Os refrigerantes naturais são muito baratos, o que tem um efeito

positivo não só na carga inicial de uma instalação, mas também, considerando os custos operacionais devido aos vazamentos;

 Por outro lado devido à questão de segurança, estima-se que os custos de investimentos para instalações usando refrigerantes naturais são mais alto que para instalações usando refrigerantes sintéticos,

dependendo do tipo e tamanho do sistema.

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 Não há atualmente um refrigerante ideal, deve-se considerar que cada sistema de AC dentro de suas particularidades para a escolha do

refrigerante.

 Comparando com CFCs e HCFCs o uso destas alternativas apresenta desafios técnicos, incluindo as questões de segurança e eficiência.

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 2,3,3,3-tetrafluorpropeno, ou HFO-1234 a ( R-1234yf), é

um hydrofluoroolefin com a fórmula C H 2 C = F CF 3. Tem sido proposta como um substituto para o R-134a como refrigerante em sistemas de ar condicionado de automóveis.

 R-1234yf é o primeiro de uma nova classe de refrigerantes adquirindo um potencial de aquecimento global ( GWP – Global Warming Potencial )

Avaliação 335 vezes menos do que a de R-134a e uma vida atmosférica de cerca de 400 vezes menor.

 Desenvolvido para atender a Directiva Europeia 2006/40 / CE, que entrou em vigor em 2011, exigindo que todas as plataformas de carros novos para venda na Europa utilizam um refrigerante em seu sistema de AC com um

GWP inferior a 150.

Solstice® yf Refrigerant (R-1234yf) Honeywell

Opteon® YF Refrigerant (HFO-1234yf ) DuPont

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Fonte : DUPont

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 O R-1234yf tem apenas um GWP de 4, proporcionando emissões diretas de gases com efeito de estufa substancialmente inferiores às do sistema com R134a.

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HFO – 1234 a ( R-1234yf )

Principais vantagens

Desempenho excepcional

 Concebido para uso em sistemas de ar condicionado automotivo

 Capacidade de arrefecimento e eficiência energética idênticas ao R134a

 Adequado a todos os climas em todo o mundo Reduzido impacto ambiental

 Atende às mais exigentes normas ambientais do mundo  GWP de apenas 4 – 99,7% inferior ao R134a

 Potencial de destruição de ozono nulo  Não tóxico

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Informações adicionais

 R1234yf é inflamável e pode exigir medidas adicionais de segurança durante a sua implementação, uso e serviço.

 É recomendamos a realização de uma pré-avaliação de risco.

 R1234yf deve apenas ser utilizado em sistemas de ar condicionado concebidos para operar com este gás. Não deve ser utilizado para retrofit de sistemas existentes que operam com R134a.

 R1234yf é um gás refrigerante com maior complexidade e custo de produção do que o R134a.

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Uma comissão científica da União Europeia afirmou que o gás refrigerante R1234yf é seguro, contradizendo a Daimler, que afirma que o produto químico é tóxico e potencialmente mortal em caso de acidente. O caso começou quando a UE proibiu o uso do R134a, que seria substituído pelo R1234yf, patenteado pela DuPont e Honeywell.

No entanto, a Daimler persistiu em utilizar o gás antigo em seus sistemas de climatização depois do resultado de um crash test do modelo Classe B, onde o produto teria vazado e em contato com partes quentes do motor, teria se incendiado, produzindo um gás tóxico.

A Alemanha – baseando-se no apurado pela Daimler – decidiu boicotar o R1234yf, mas a UE abriu um processo contra o governo germânico por manter o gás proibido em uso por seus fabricantes de veículos. A França aboliu o R134a e assim proibiu a comercialização de alguns modelos da Mercedes-Benz no país, mas a decisão foi revogada nos tribunais, pois os carros haviam sido homologados por um instituto ligado à união.

Sob análise de uma junta científica da União Europeia, o R1234yf foi considerado seguro para uso em automóveis. Todos os testes realizados na Alemanha foram refeitos para se apurar a real condição do gás, a fim de que não ficasse dúvida no ar. A Daimler contestou o resultado da apuração.

No entanto, a empresa alemã foi duramente criticada por outros fabricantes europeus por criar desenhos dos dutos de refrigeração que provocam o vazamento do R1234yf em direção ao coletor de escape, o que provocaria sua ignição e evaporação. Diante da decisão, a Daimler diz que criará seu próprio gás refrigerante.

A ideia é criar um produto químico que seja mais seguro que o R1234yf e atenda as normas de proteção ao meio ambiente. Mas isto deverá levar muitos anos para ser concluído e nesse período, a Alemanha e a Daimler deverão ser punidas pela UE por desrespeitarem a homologação de veículos. A Mercedes-Benz poderá ter que fazer um recall geral para troca dos gases.

Internet – Notícias Automotivas – 11/03/2014

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VIDEO : BURACO NA CAMADA DE

OZÔNIO

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Referências

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