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Repositório Institucional UFC: Design thinking no Brasil: um estudo bibliométrico em artigos publicados no enanpad e no semead

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIAS, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO

DEPARTAMENTO DE ADMINISTAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

MARIA ROCIVALDA DAMASCENO FALCÃO

DESIGN THINKING NO BRASIL: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO EM ARTIGOS PUBLICADOS NO ENANPAD E NO SEMEAD

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MARIA ROCIVALDA DAMASCENO FALCÃO

DESIGN THINKING NO BRASIL: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO EM ARTIGOS PUBLICADOS NO ENANPAD E NO SEMEAD

Monografia apresentada à Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Orientador: Prof. Dr. Diego de Queiroz Machado.

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MARIA ROCIVALDA DAMASCENO FALCÃO

DESIGN THINKING NO BRASIL: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO EM ARTIGOS PUBLICADOS NO ENANPAD E NO SEMEAD

Monografia apresentada à Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade e Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: ____/____/____.

Monografia apresentada à Banca Examinadora:

______________________________________________________ Prof. Dr. Diego de Queiroz Machado

Universidade Federal do Ceará (Orientador)

______________________________________________________ Prof. Dr. Daniel Barboza Guimarães

Universidade Federal do Ceará (UFC)

______________________________________________________ Profa. Dra. Márcia Zabdiele Moreira

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A Deus.

Ao meu querido esposo Fábio Sousa. Às

minhas amigas de caminhada

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RESUMO

A busca pela inovação é sempre um desafio para qualquer organização. Diversos métodos e técnicas foram desenvolvidos ao longo das últimas décadas na intenção de criar soluções que atendam aos anseios do mercado e às necessidades das empresas. Para atingir esse ideal, o modelo do design thinking promete ir além das ideias comuns, partindo do modo de pensar do designer para elaborar soluções inovadoras. O objetivo desta pesquisa é identificar o estado da arte da produção científica sobre o design thinking no Brasil, com foco em artigos publicados nos eventos ENANPAD e SEMEAD, por meio de um estudo bibliométrico. Esta pesquisa tem, por metodologia, a natureza quantitativa; quanto aos meios, ela é considerada bibliográfica e documental; quanto aos fins, ela tem perfil descritivo e exploratório. A amostra foi coletada em artigos que versam sobre o tema nas bases de dados dos dois principais encontros nacionais sobre Administração - ENANPAD e SEMEAD, e identificou dez artigos que traziam nos títulos e/ou nas palavras-chave o design thinking. Como resultados deste estudo, foi identificado que os artigos são provenientes, principalmente, de universidades das regiões Sul e Sudeste, publicados a partir da edição do ano de 2014. Em sua maioria, as pesquisas trazem o conceito e a aplicação do design thinking em organizações, como busca de inovação. Os autores mais citados entre as pesquisas, que também figuram como fontes para o estudo que se segue, foram: Vianna et al. (2012), Bonini e Sbragia (2011), Brown (2008), Brown (2009), Brown e Wyatt (2010), Brown (2010), IDEO (2015), Liedtka (2011), Liedtka (2014), Lockwood (2006), Lockwood (2010) e Beckman e Barry (2011). A maioria dos artigos utilizam, quanto à metodologia, natureza qualitativa; quanto aos meios, as pesquisas foram bibliográficas, de campo e experimental; quanto aos fins, as pesquisas têm caráter descritivo, com exemplares com caráter explicativo, exploratório e intervencionista. As análises das conclusões foram positivas quanto ao uso do design thinking como método. Todos os dez artigos da amostra sugerem o uso do modelo para desenvolver soluções inovadoras.

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ABSTRACT

The quest for innovation is always a challenge for any organization. Several methods and techniques have been developed over the last decades in order to create solutions that meet the needs of the market and the needs of companies. To achieve this ideal, the design thinking model promises to go beyond common ideas, starting from the designer's thinking to develop innovative solutions. The purpose of this research is to identify the state of the art of scientific production on design thinking in Brazil focusing on articles published in ENANPAD and SEMEAD events, through a bibliometric study. This research has, by methodology, the quantitative nature; As for the means, it is considered bibliographical and documentary; As for the ends, it has a descriptive and exploratory profile. The sample was collected in articles that deal with the topic in the databases of the two main national meetings on Administration - ENANPAD and SEMEAD, and identified ten articles that included design thinking in the titles and / or keywords. As a result of this study, it was identified that the articles come mainly from universities in the South and Southeast regions, published as of the edition of the year 2014. Most of the researches bring the concept and application of design thinking to organizations as a search for innovation. The authors most quoted among the researches, which also appear as sources for the following study, were: Vianna et al. (2008), Bonini and Sbragia (2011), Brown (2008),

Brown (2009), Brown and Wyatt (2010), Brown (2010), IDEO (2015), Liedtka (2011), Liedtka (2014), Lockwood (2006), Lockwood (2010) and Beckman and Barry (2011). Most of the articles use, by methodology, qualitative nature; As to means, the researches were bibliographical, field and experimental; As for the ends are concerned, the researches has a descriptive character, with explanatory, exploratory and interventionist examples. The analysis of the conclusions was positive regarding the use of design thinking as method. All ten articles in the sample suggest using the model to develop innovative solutions.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Comparação entre pesquisa de design e pesquisa de mercado. ... 17

Quadro 2 – Referências dos artigos da amostra. ... 27

Quadro 3 - Análise das produções científicas. ... 31

Quadro 4 - Perfil dos autores. ... 36

Quadro 5 – Temáticas. ... 38

Quadro 6 – Síntese dos aspectos metodológicos. ... 44

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LISTA DE TABELAS

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fases do Design Thinking. ... 21

Figura 2 - Mapa de abrangência das pesquisas. ... 30

Figura 3 - Síntese das conclusões dos artigos. ... 48

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Quantidade de artigos por ano em cada evento. ... 32

Gráfico 2 – Quantidade de autores por artigo. ... 33

Gráfico 3 – Porcentagem de homens e mulheres entre os autores. ... 34

Gráfico 4 – Titulação dos autores. ... 34

Gráfico 5 – Titulação quanto ao sexo dos autores. ... 35

Gráfico 6 – Frequência nas referências. ... 41

Gráfico 7 – Acumulado de citações. ... 41

Gráfico 8 – Metodologia das pesquisas quanto à natureza. ... 42

Gráfico 9 – Metodologia das pesquisas quanto aos meios. ... 43

Gráfico 10 – Metodologia das pesquisas quanto aos fins. ... 43

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 15

2.1 O que é design ... 15

2.2 Design Thinking ... 16

2.2.1 Processo de design thinking ... 19

2.3 Bibliometria ... 21

2.3.1 Conceito ... 22

2.3.2 Leis bibliométricas ... 23

3 METODOLOGIA ... 25

3.1 Classificação da pesquisa ... 25

3.2 Coleta dos dados ... 25

3.3 Amostra da pesquisa ... 27

3.4 Tratamento e análise dos dados ... 28

4 ANÁLISE DE RESULTADOS ... 30

4.1 Análise das produções científicas ... 30

4.2 Análise no perfil dos autores ... 33

4.3 Análise das temáticas ... 37

4.4 Principais autores citados ... 39

4.5 Análise dos aspectos metodológicos ... 42

4.6 Análise das conclusões dos artigos ... 45

4.7 Agenda de pesquisa ... 48

5 CONCLUSÃO ... 51

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1 INTRODUÇÃO

O cenário competitivo em que as organizações estão inseridas tem contribuído para grandes resultados no âmbito da inovação. Para manter-se no mercado de forma sustentável, oferecendo soluções para os consumidores e resultado para o seu corpo gestor, essas organizações têm se utilizado de técnicas e ferramentas que otimizam o trabalho e auxiliam no alcance de seus objetivos estratégicos. Segundo Blair (2003, p.3) “inovar significa explorar novas ideias”. Esse percurso pode visar à busca de acesso a novos mercados, criando novas necessidades, porém beneficia não somente a empresa geradora da inovação, mas também todo o mercado e a sociedade.

Processos de inovação englobam etapas e diversos métodos que orientam atividades desde a geração de ideias à implementação de soluções. O design thinking tem sido, na última década, um método utilizado para desenvolver inovação nas organizações (BROWN, 2008). Este método envolve processos de geração de ideias para solução de problemas, utilizando-se de expertise de grupos multidisciplinares, indo além do desenho de protótipos, apresentando conceitos de soluções de problemas. Segundo Bonini e Sbragia (2011), o design thinking é uma abordagem colaborativa de resolução de problemas centrada no usuário que gera inovação através de iteração e práticas criativas. Ele reúne, em etapas, um processo intuitivo de busca por ideias para compreender o contexto do problema e a solução deste. O método envolve toda a cadeia de valor do negócio na busca detalhada pela solução ideal a ser aplicada, e, por seu detalhamento, caracteriza-se como modelo de inovação diferenciado dos demais.

No Brasil, empresas têm utilizado esse conjunto de métodos como procedimento técnico, na solução de problemas práticos que requerem certo mecanismo ou processo definido, de forma experimental. As pesquisas sobre o tema têm chegado à superfície de aplicação e explicação do método, ainda pouco trabalhada nos resultados e nas estratégias que o tema teria a oferecer em longo prazo para as organizações, como os artigos de Bonini e Sbragia (2011) e Macedo, Miguel e Casarotto Filho (2015), que utilizam o método para prová-lo como modelo de inovação.

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faz-se necessária a organização das informações em fontes confiáveis de pesquisa. O estudo bibliométrico colabora com esta premissa, delimitando o trabalho sobre determinado assunto em uma organização de dados metodologicamente pensada para tal, contribuindo para as produções científicas futuras.

A questão principal que esta pesquisa pretende responder é: qual o estado da arte da produção científica sobre design thinking nas bases de dados de eventos científicos nacionais? A partir do questionamento acima pode-se definir o objetivo geral deste estudo, qual seja investigar o estado da arte da produção científica sobre design thinking no Brasil com foco em artigos publicados nos eventos ENANPAD e SEMEAD.

Portanto, para contribuir com a obtenção do objetivo principal, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos, a saber:

a) mapear as produções científicas sobre design thinking disponíveis em bases de dados de eventos científicos nacionais;

b) identificar o perfil dos autores, abordagens temáticas, principais obras citadas e aspectos metodológicos das produções científicas nacionais sobre design thinking;

c) analisar as conclusões e achados mais relevantes das produções científicas nacionais sobre design thinking;

d) construir uma agenda de pesquisa futura para o design thinking no Brasil.

A coleta de dados desta pesquisa foi norteada pela busca de artigos sobre o tema design thinking, com a palavra-chave design thinking. A pesquisa foi realizada nas bases de dados eletrônicas dos encontros da ANPAD - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração e SEMEAD - Seminários em Administração da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, no período que compreende à disponibilidade dos artigos nas bases de dados, a saber: ENANPAD, de 2000 a 2016; e SEMEAD, de 1999 a 2016.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Os novos modelos de inovação desenvolvidos pelas empresas têm buscado sistematicamente métodos objetivos e criativos de solução de problemas. Nesta perspectiva, mais recentemente, segundo Brown (2010), o design thinking, ou DT, foi tomado por diversas organizações como grande meio de desenvolver inovação, proporcionando agilidade e produtividade estratégica.

Nesta seção, apresenta-se uma revisão bibliográfica sobre o tema principal - o design thinking – sua origem, metodologia e resultados obtidos nos mais diversos expedientes, baseados nas principais leituras já realizadas sobre o método. A seguir, a pesquisa discorre sobre o método utilizado neste estudo – a bibliometria – para compreensão dos aspectos metodológicos, sua origem, relevância e as leis que regem o estudo bibliométrico.

2.1 O que é design

O termo design, segundo Cardoso (2008), remonta ao latim designare, que tem por significado “designar” e “desenhar”. No Brasil, o significado mais utilizado é o traduzido da língua inglesa, que significa “plano”, “desígnio”, “intenção”, “arranjo”, “estrutura”. Esses significados múltiplos podem favorecer um equívoco entre os profissionais.

Para Teixeira (2009), design significa, também, as atividades ou projetos responsáveis pelo planejamento, criação e desenvolvimento de produtos e serviços, como solução criativa para problemas cotidianos.

Vianna et al., (2012) explica que, o uso do termo design, em primeira análise, remete à qualidade ou aparência estética de produtos, porém, o design, como disciplina, objetiva promover o bem-estar para a vida das pessoas. Esse significado do termo apresenta seu aspecto mercadológico, propondo soluções criativas e inovadoras, para necessidades e expectativas dos clientes e gerando oportunidades de mercado.

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autores, possibilitou o conceito e a aplicação do design thinking como forma de pensar soluções inovadoras.

O pensamento abdutivo do designer é inerente ao ser humano, portanto, para Vianna et al., (2012), o homem é design thinker por natureza. "Foi o pensamento abdutivo que permitiu a evolução de artefatos em nossa civilização, desde civilizações primitivas, passando pelo design vernacular e artesanato tradicional." (VIANNA et al., 2012, p.14). Portanto, essa busca abdutiva por soluções, a partir da observação do mundo é uma habilidade humana, "recentemente vista como algo que necessita de algum talento excepcional" (VIANNA et al., 2012, p.14).

2.2 Design Thinking

Segundo Pinheiro (2012), o termo design thinking foi mencionado pela primeira vez por Richard Buchanan, em 1992, em um artigo que cita a evolução do design para além de uma disciplina, sendo utilizado para comunicação visual, fotografia, produtos, serviços e nas ciências humanas, como construção de ambientes de trabalho. O método do DT foi aplicado pela primeira vez no ano de 1999, nos escritórios da Consultoria Global IDEO, nos Estados Unidos, pelo CEO Tim Brown, como abordagem em seus projetos. Brown ouvia o fundador David Kelley referir-se ao design sempre adicionando a palavra “thinking”, sinalizando a importância de pensar como designer.

Para Brown (2010), o DT pode ser entendido como um método de inovação com foco no ser humano, por meio de um processo detalhado de compreensão, através da observação direta, extraindo dos indivíduos seus desejos e necessidades que não se encontram em pesquisas tradicionais, tal como a entrevista.

Vianna et al. (2012, p.12) corroboram a definição de Brown (2010), quando afirmam que o DT é “uma abordagem focada no ser humano que vê na multidisciplinaridade, colaboração e tangibilização de pensamentos e processos, caminhos que levam a soluções inovadoras para negócios”.

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O design thinker desafia constantemente seus padrões de pensamento, comportamento e de sentimento, “produzindo soluções que geram novos significados e que estimulam os diversos aspectos (cognitivo, emocional e sensorial) envolvidos na experiência humana” (VIANNA et al., 2012, p.14).

A inovação proporcionada pelo design thinking complementa, segundo Vianna et al. (2012, p.15), "a visão do mercado de que para inovar é preciso focar no desenvolvimento ou integração de novas tecnologias e na abertura e/ou atendimento a novos mercados". Portanto, este método pode ser comparado às pesquisas de marketing, segundo Kolko (2011). Para tal, faz-se necessário atribuir as semelhanças e diferenças dos dois métodos, melhor visualizado no quadro 1, retirado de Vianna et al. (2012) e com base nas comparações de Kolko (2011).

Quadro 1 - Comparação entre pesquisa de design e pesquisa de mercado.

- PESQUISA DE DESIGN PESQUISA DE MERCADO

FOCO Nas pessoas Nas pessoas

OBJETIVO

Pretende entender culturas, experiências, emoções, pensamentos e

comportamentos de forma a reunir informações para inspirar o projeto.

Pretende entender

comportamentos a partir do que as pessoas fazem, ou dizem que fazem para prever o que fariam numa nova situação e gerar soluções a partir disso.

LEVANTAMENTO DE DADOS

Através da interação entre pesquisador e sujeito da pesquisa, principalmente a partir de conversas

semiestruturadas.

Priorizando questionários e entrevistas estruturadas.

AMOSTRAGEM

Representa qualitativamente a amostra e busca por perfis de usuários extremos, pois o raro e o obscuro nas

observações podem levar a uma nova e interessante ideia.

Representa a amostra estatisticamente, com o objetivo de entender as respostas das massas, frequentemente ignorando pontos fora da curva. Análise dos dados requer um ponto de vista objetivo, sendo crítico evitar vieses.

TIPO DE INFORMAÇÃO COLETADA

Comportamentos, objetos e palavras que as pessoas usam para expressar sua relação com as coisas e processos ao seu redor.

Opiniões e comportamentos das pessoas quanto à situação atual ou à expectativa de contextos futuros.

Fonte: VIANNA et al. (2012, p.15).

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compreender, visualizar e descrever os problemas complexos ou mal estruturados e, em seguida, desenvolver abordagens práticas para resolvê-los”.

A utilização do método envolve um processo de geração de ideias, em um grupo multidisciplinar, com foco na resolução de problemas. O DT vai além da aparência dos produtos, englobando aspectos estratégicos de negócio. “Isso ocorre, porque as técnicas de resolução de problemas e de concepção de soluções do design têm trazido inúmeros benefícios para as empresas, com relação ao desenvolvimento de inovações focadas no usuário e em suas necessidades”. (BONINI; SBRAGIA, 2011, p.5).

Bonini e Sbragia (2011) afirmam que o método é, sobretudo, uma abordagem colaborativa para solução de problemas, que gera inovação centrada no usuário, por meio de iteração e práticas criativas. Bukowitz (2013) confirma essa visão ao afirmar que o DT consiste em uma abordagem de solução de problemas com uso de ferramentas de criatividade, alinhando conceitos de diversas disciplinas em busca de uma solução.

Segundo Pinheiro (2012), o DT é sustentado no tripé: empatia, colaboração e experimentação. “A empatia, a arte de conhecer o público. [...] A colaboração, a arte de criar coletivamente. [...] e a experimentação, ou, na língua dos design thinkers, a prototipagem.” (PINHEIRO, 2012, p.6).

Para Liedtka (2011), o ponto de vista do cliente baseia o processo do DT na contínua reformulação da empresa. Portanto, o processo de geração de ideias envolve agentes externos, como usuários, fornecedores, parceiros e etc., estimulando e aprimorando as ideias.

Problemas complexos são descritos e compreendidos por meio da criatividade, auxiliando o desenvolvimento das soluções. Bukowitz (2013) alega que o contexto contribui para compreender o verdadeiro problema e para redefini-lo, gerando ideias e soluções inovadoras.

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Assim, mais objetivamente, “a missão do design thinking é traduzir observações em insights, e estes em produtos e serviços para melhorar a vida das pessoas” (BROWN, 2010, p.46).

2.2.1 Processo de design thinking

Os conceitos e ferramentas do DT podem ser aprendidos e aplicados em diferentes cenários, seja ele empresarial ou social. Brown (2010) afirma que, para chegar ao resultado da inovação, é preciso que a solução seja tecnologicamente possível e economicamente viável, além de estar alinhada com a estratégia de negócio da empresa. De acordo com o autor, “a essência do design thinking é explorar diferentes possibilidades” (BROWN, 2010, p.8), utilizando a ferramenta do mapa mental para compreensão das conexões entre os conteúdos referentes ao tema.

Para discorrer sobre o tema, Brown (2008) apresenta as fases que introduzem o processo de DT. São elas: inspiração, ideação e implementação. Durante as fases do DT, o objetivo é gerar questionamentos, ideias e obter respostas para o problema.

A inspiração é a primeira fase do processo de design thinking. Nela, a equipe do projeto se aproxima do contexto do problema sob diferentes pontos de vista. Essa fase requer multidisciplinaridade. É onde o problema que se deseja solucionar e o público a quem se destina tal solução são identificados. Neste período, a equipe deve identificar necessidades dos clientes, tecnologia disponível, competências e restrições da empresa (BONINI; SBRAGIA, 2011).

Segundo Bonini e Sbragia (2011), questões como "Quem é o meu cliente?" e "O que meu cliente necessita?" são frequentemente feitas para facilitar a compreensão do problema e definir os caminhos para chegar à solução. Assim como um estudo de mercado, esta fase constitui a maior importância, pois dela se extrai as informações necessárias para seguir adiante no processo. A inspiração, bem como as outras fases do DT podem ocorrer a qualquer momento e simultaneamente, gerando um ciclo versátil para adequar-se ao projeto (VIANNA et al. 2012).

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conhecimentos, observando o contexto da empresa e do consumidor, garantindo que todas as oportunidades sejam apreciadas. Para tal, técnicas como mapas mensais, jornadas do usuário e negação são frequentemente utilizadas.

A fase da ideação tem por objetivo “gerar ideias inovadoras para o tema do projeto [...] a fim de estimular a criatividade e gerar soluções que estejam de acordo com o contexto do assunto trabalhado” (VIANNA et al., 2012, p.99). Para tal, utilizam-se ferramentas como o brainstorming, a matriz de posicionamento e o workshop de co-criação (VIANNA et al., 2012).

Nesta fase, os problemas levantados na etapa da imersão são agrupados para gerar ideias e conceitos para convertê-los rapidamente em protótipos, que passa imediatamente para a próxima fase do processo – a implementação. “Esses protótipos podem ser tanto modelos pouco sofisticados, quanto materiais de escritório, ou outros produtos e serviços mais elaborados” (BONINI; SBRAGIA, 2011, p.11). Os protótipos têm como função avaliar os pontos fortes e fracos da proposta.

Brown (2008) explica que esse processo de concepção da ideia é apresentado pela prototipagem rápida, uma vez que transforma a ideia em algo tangível ou em modelos experimentais, facilitando a visualização do conceito.

Na fase da implementação, há a realização dos testes e apresentação da solução ao mercado. Para Brown (2008), nesta fase, há a necessidade de comunicar a solução e avaliar seus impactos, mensurando os resultados obtidos com o projeto. Assim, finalizando um ciclo ou iniciando um novo.

As três fases do DT não são lineares. Segundo Bonini e Sbragia (2011), elas constituem ciclos iterativos, podendo ocorrer simultaneamente ou se repetirem até chegar a soluções inovadoras. Frequentemente, durante o processo, os problemas em questão são revistos, gerando ideias e propondo novas soluções.

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Figura 1 – Fases do Design Thinking.

Fonte: BROWN, 2008 (adaptado de MACEDO; MIGUEL; CASAROTTO FILHO, 2015)

Portanto, o processo de design thinking pode ser completamente desdobrado em atividades. Cada fase detém uma série de tarefas que, ao final, consistirão na execução da solução encontrada, tomando por base a tecnologia disponível, as competências da organização e a demandas do consumidor (BONINI; SBRAGIA, 2011).

2.3 Bibliometria

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são cada vez mais utilizadas para organizar e catalogar conteúdo científico, destacando dentre elas a bibliometria (MURRIE, 1995; SLOMSKI et al., 2013).

Para compreender o estudo bibliométrico, esta seção apresenta a definição, a origem, a utilização e a relevância da bibliometria, bem como as leis que regem o método.

2.3.1 Conceito

Uma das formas utilizadas por autores para aprimorar os conhecimentos é a realização de pesquisa sobre as produções no domínio de conhecimento: avaliação de artigos submetidos a revistas ou congressos científicos, participação de bancas para avaliação de dissertação e mestrado ou teses de doutorado (SLOMSKI et al., 2013).

Estudos que analisam a produção científica são comuns em todas as áreas e são importantes, por apresentar a fundamentação da ideia, levando os pesquisadores a estarem atentos para a geração do conhecimento no seu campo de estudo. O estudo bibliométrico é uma das principais formas de análises dos estudos produzidos anteriormente (SANTOS, 2015).

Segundo Araújo (2006), a bibliometria surgiu no início do século XX com o intuito de analisar, documentar, armazenar e catalogar os conteúdos das produções científicas, por meio de uma perspectiva técnica. “É uma ferramenta quantitativa e estatística que mede os índices de produção e disseminação de conhecimento científico” (FONSECA, 1986, p. 10).

De acordo com Araújo (2006), os estudos bibliométricos foram, inicialmente, voltados para métricas relativas a livros, como quantidade de edições, exemplares e palavras contidas nessas publicações. Porém, expandiu-se para estudos de outros formatos, como artigos de periódicos e outros documentos, para, posteriormente, evoluir para a "bibliografia estatística", conceito proposto por Edward Wyndham Hulme, em 1922. Após anos sem uso, a bibliometria foi novamente utilizada. Em 1969, Pritchard cunhou o termo "bibliometria" e o definiu como "todos os estudos que tentam quantificar os processos de comunicação escrita" Pritchard (1969, p.348).

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Disciplina com alcance multidisciplinar que analisa os aspectos mais relevantes e objetivos da comunidade impressa; Estudo das organizações e de seus setores científicos e tecnológicos a partir das fontes bibliográficas e patentes para identificar os autores, suas relações, suas tendências; Estudo quantitativo das unidades físicas publicadas, ou das unidades bibliográficas ou de seus substitutos; Aplicação de métodos matemático e estatístico ao estudo do uso que se faz dos livros e outros meios dentro e nos sistemas de bibliotecas; Estudo quantitativo da produção de documentos como se reflete nas bibliografias (SPINAK, 1998, p. 142).

Araújo (2006) afirma que a bibliometria utiliza técnicas estatísticas e matemáticas aplicadas para descrever aspectos da literatura e de outros meios de comunicação. Já para Thanuskodi (2011), as técnicas bibliométricas são usadas para estudo das características bibliográficas de artigos e de análises das citações.

Deixando de lado os julgamentos de valor, parece clara a importância de se dispor de uma distribuição que nos informe sobre o número de autores, trabalhos, países ou revistas que existem em cada categoria de produtividade, utilidade ou o que mais desejarmos saber (PRICE, 1976, p.39).

Portanto, pode-se afirmar que há grande relevância no estudo bibliométrico, na medida em que este, ao fornecer o cenário atual de certa área do conhecimento, em determinado período, funciona como orientação para novas produções científicas. Seus resultados criam possibilidades para traçar novos caminhos de pesquisas (ARAÚJO, 2006).

2.3.2 Leis bibliométricas

A bibliometria possui várias leis e princípios empíricos que utilizam métodos matemáticos e estatísticos e estabelecem diretrizes para busca e classificação das pesquisas científicas (GUEDES; BORSCHIVER, 2005). As principais leis e mais utilizadas são: a Lei de Bradford, que estuda a produtividade dos periódicos; a Lei de Lotka, que versa sobre produtividade científica dos autores; e a Lei de Zipf, que trata da frequência das palavras. Segundo Silva, Nascimento e Falk (2012) as leis recebem os nomes de seus autores, pesquisadores que se destacaram no estudo da bibliometria.

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em uma seleção, os periódicos (núcleos) atrairão cada vez mais artigos desenvolvendo o assunto (GUEDES; BORSCHIVER, 2005). A Lei de Bradford também é instrumento para desenvolver políticas de aquisição, descarte e depósito de periódicos, como gestão de sistemas de informação (ARAÚJO, 2006).

A Lei de Lotka, ou Lei dos Quadrados Inversos, estuda a produtividade dos autores mediante a identificação de uma frequência de publicações (VANTI, 2002). Foi cunhada em 1926, após estudos sobre a operosidade de cientistas. Nesse estudo, descobriu-se que grande parte da literatura científica é produzida por poucos autores, e que suas produções igualavam-se ao pequeno número de produções os demais autores (SILVA; NASCIMENTO; FALK, 2012). Ou seja, “em um dado período de tempo, analisando um número „n‟ de artigos, o número de cientistas que escrevem dois artigos seria igual a ¼ do número de cientistas que escreveram um” (GUEDES; BORSCHIVER, 2005, p. 5). A Lei de Lodka é relevante para verificar a produtividade e auxiliar na identificação de núcleos desenvolvidos sobre determinado assunto, verificando a solidez de uma área científica.

Finalmente, a Lei de Zipf, ou Lei do Mínimo Esforço, relaciona-se com a frequência de palavras ocorridas em um determinado texto. Ela mede e gera uma lista com as frequências desses termos (VANTI, 2002). Zipf constatou que em um texto longo existe relação entre a frequência que uma palavra ocorria e sua posição na lista de palavras ordenadas segundo a quantidade de ocorrências, de forma decrescente. A posição de um termo nessa lista é nomeada de ordem de série ou rank. Portanto, a palavra com maior ocorrência recebe a ordem de série 1, a próxima recebe série 2, e assim sucessivamente (GUEDES; BORSCHIVER, 2005).

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3 METODOLOGIA

A explicação do método utilizado nos trabalhos científicos tem o objetivo de demonstrar as técnicas utilizadas para realizar as pesquisas, buscando responder as perguntas básicas “o quê?”, “como?”, “quando”, “quanto”, “com quê?” e “onde?” (MARCONI; LAKATOS, 2014). A seção que se segue dedica-se a explanação do método utilizado na presente pesquisa.

3.1 Classificação da pesquisa

Não há um consenso na comunidade científica quanto à classificação do estudo bibliométrico, se qualitativo ou quantitativo. Dessa forma, seguindo a classificação da bibliometria proposta por Beuren et al. (2008), a presente pesquisa tem natureza quantitativa, no que se refere à contagem das publicações, dos autores e das citações; e qualitativa, no que se refere à análise do conteúdo dos artigos selecionados. A pesquisa tem perfil descritivo e documental à medida em que se importa em descrever o perfil das publicações sobre design thinking no Brasil, com a utilização de artigos científicos e metodologia estatística para análise dos dados.

Seguindo a classificação de Vergara (2007), quanto aos meios, esta pesquisa é considerada bibliográfica e documental; quanto aos fins, ela tem perfil descritivo e exploratório.

3.2 Coleta dos dados

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Pós-graduação em Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP).

A ANPAD - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração é uma instituição brasileira de promoção de ensino, pesquisa e produção de conhecimento no campo das ciências administrativas, contábeis e afins, fundada em 1974. A Associação é reconhecida pela excelência de seus programas de pós-graduação stricto sensu e também na articulação dos interesses dos programas perante a comunidade científica e os órgãos governamentais. Seu teste de proficiência é aceito como parte do processo seletivo de 152 programas de Mestrado e Doutorado, em 18 estados no Brasil (ANPAD, 2017).

Anualmente, a ANPAD promove encontros e congressos com os temas pertinentes às suas áreas de estudo, dentre os eventos, o encontro nacional – ENANPAD – reúne produções científicas - manuscritos teórico-empíricos, ensaios teóricos, casos para ensino e artigos tecnológicos – de todo o país, fixando-se como o segundo maior evento científico da área de Administração do mundo, em 2017, promovendo a 41ª edição (ANPAD, 2017).

O SEMEAD – Seminários em Administração é um evento científico organizado pelo Programa de Pós-graduação em Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), voltado à comunidade acadêmica e profissional de Administração, que reúne produções científicas sobre a área. O evento contribui para o aprimoramento da produção científica e difusão do conhecimento sobre a administração no país há 20 anos (SEMEAD, 2017).

A coleta de dados desta pesquisa foi norteada pela busca de artigos sobre o tema design thinking e com a palavra-chave “Design Thinking”. A pesquisa foi realizada nas bases de dados eletrônicas dos encontros da ANPAD - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração e SEMEAD - Seminários em Administração da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo. O trabalho investigatório tomou por base as técnicas utilizadas pela Lei de Bradford, relacionada à dispersão da literatura científica, avaliando a produtividade destas; e a Lei de Zipf, relacionada ao menor esforço, mensurando as ocorrências dos termos nos textos (GUEDES; BORSCHIVER, 2005).

(29)

respectivas páginas dos eventos na internet, no período que compreende à disponibilidade dos artigos nas bases de dados, a saber: ENANPAD, de 2000 a 2016; e SEMEAD, de 1999 a 2016. A pesquisa foi feita sem uso de software específico para busca. Para delimitá-la, os critérios utilizados, definindo o tema central do estudo, foram que o termo “Design Thinking” figurasse nas palavras -chave ou no título do artigo e/ou que o termo figurasse como tema principal da publicação.

3.3 Amostra da pesquisa

A amostra desta pesquisa tem natureza não-probabilística e foi realizada com o critério da tipicidade, “constituída pela seleção de elementos que o pesquisador considere representativos da população-alvo” (VERGARA, 2007, p.51), com referência às produções acerca do tema design thinking nos anais dos encontros citados acima.

Seguindo a definição de Cozby (2006), esta pesquisa pode ser classificada como não-probabilística acidental ou por conveniência, em que o pesquisador seleciona os participantes da pesquisa pela facilidade de acesso, com a intenção de estudar relações entre as variáveis. Em razão da limitação da pesquisa às bases de dados dos eventos ENANPAD e SEMEAD e, ainda, em razão da atualidade do tema, visto que foi cunhado pela primeira vez em 1999, a amostra objeto desta pesquisa tem dez artigos a serem analisados, como apresentado no quadro 2.

Quadro 2 – Referências dos artigos da amostra.

REFERÊNCIAS DOS ARTIGOS DA AMOSTRA

CANFIELD, D. S. Using Design Thinking to map the customer journey in a South Brazilian steakhouse. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 40, 2016, Costa do Sauípe. Anais... Costa do Sauípe: Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, 2016. p. 1 - 21.

(30)

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Não foram identificados artigos anteriores ao ano de 2014 em nenhum dos encontros. Por essa razão, não há artigos na pesquisa datados de anos anteriores. Assim, foram encontrados três artigos sobre DT nos anais do encontro ENANPAD, que datam a partir da edição de 2014. Já os seminários do SEMEAD contêm sete pesquisas com o tema, datando a partir do ano de 2015.

3.4 Tratamento e análise dos dados

A partir dos resultados da busca, pode-se verificar a existência de dez artigos que cumprem os requisitos estabelecidos neste trabalho. Buscou-se, então, identificar as categorias a que pertenciam os artigos e os seus aspectos

REFERÊNCIAS DOS ARTIGOS DA AMOSTRA (Cont.)

SALVADOR, Alexandre Borba; ROMANINI, Anderson Vinicius. Um ensaio sobre o uso de design thinking em pesquisa em marketing. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 19., 2016, São Paulo. Anais... . São Paulo: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, 2016. p. 1 - 12.

ESTEVES, Fernanda Maria Breder et al. Design Thinking como Método de Inovação em uma empresa de Serviços: Um estudo sobre Geração e Gestão de Ideias. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 18., 2015, São Paulo. Anais... . São Paulo: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, 2015. p. 1 - 16.

TELLINI, Lilian et al. Design Thinking em serviço: Uma revisão sistemática da literatura. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 19., 2016, São Paulo. Anais... . São Paulo: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, 2016. p. 1 - 18.

SEII, Willian; MASSOCA, Alison Beloto; VASCONCELLOS-GUEDES, Liliana. Inovação em desenvolvimento de produtos: Relato técnico sobre aplicação das abordagens de Design Thinking e Pesquisa de Marketing em uma empresa de eletrônicos na América Latina. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 18., 2015, São Paulo. Anais... . São Paulo: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, 2015. p. 1 - 16.

LEAL, Renato; WALTER, Silvana Anita. Aplicação do Modelo Design Thinking para Inserção de Universidade Corporativa no Formato EAD como fator de geração de Capacidades Dinâmicas: Vantagem Competitiva em uma Empresa de Engenharia. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 18., 2015, São Paulo. Anais... . São Paulo: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, 2015. p. 1 - 15.

OLIVEIRA, Stéfani Paranhos de et al. Lab*EE: uma proposta de um modelo de pré-incubação na Habits Incubadora-Escola. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 18., 2015, São Paulo. Anais... . São Paulo: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, 2015. p. 1 - 17.

BUENO, Victor Leonard Gaspar; VASCONCELLOS-GUEDES, Liliana; GUEDES, Luis Fernando Ascenção. Designers em ação: Um estudo introdutório sobre a prática do Design Thinking por empresas de consultoria. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 38., 2014, Rio de Janeiro. Anais... . Rio de Janeiro: Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, 2014. p. 1 – 16.

(31)

metodológicos. Assim, a análise do conteúdo dos artigos partiu para a identificação dos seguintes tópicos: quantidade de produções científicas encontradas; perfil dos autores (titulação, universidade e dados demográficos); temas relacionados ao design thinking; principais autores citados nas referências; aspectos metodológicos (quanto à natureza, meios, fins e técnica de coleta de dados); e análise das conclusões dos artigos.

(32)

4 ANÁLISE DE RESULTADOS

Esta seção ocupa-se em apresentar a análise do resultado da pesquisa sobre o estado da arte do tema Design Thinking em produções nacionais. Como critérios, serão estudadas as características básicas das produções científicas, tais como ano de publicação e o periódico onde foi publicado; o perfil dos autores; as abordagens temáticas; a análise das referências; os aspectos metodológicos; e a análise das conclusões.

4.1 Análise das produções científicas

A pesquisa identificou dez artigos sobre o tema design thinking, distribuídos nos anais dos dois principais eventos sobre administração no Brasil: ENANPAD e SEMEAD. As publicações em maior número estão publicadas nos anais do SEMEAD, entre os anos de 2015 e 2016, com sete exemplares (70% das publicações), enquanto os três restantes estão publicados no evento ENANPAD (30% das publicações), datados das edições de 2014 e 2016.

Figura 2 - Mapa de abrangência das pesquisas.

(33)

O evento SEMEAD é sediado no estado de São Paulo, enquanto o evento ENANPAD ocorre em estados distintos a cada edição. Os artigos publicados nos anais dos eventos, que figuram neste estudo bibliométrico, são de universidades variadas pelo país, principalmente das regiões Sul e Sudeste (Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Nove de Julho, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo e Faculdade de Tecnologia e Termomecânica), com uma apenas da região Nordeste (Universidade Federal do Maranhão) e uma publicação em língua estrangeira, da Dublin Business School, na Irlanda, com autor brasileiro. Organizados pela data de publicação, os artigos pesquisados podem ser melhor verificados no quadro 3.

Quadro 3 - Análise das produções científicas.

EVENTO ANO ARTIGOS AUTORES

ENANPAD 2014

Designers em ação: Um estudo introdutório sobre a prática do Design Thinking por empresas de consultoria

BUENO, V. L. G.

VASCONCELLOS-GUEDES, L. GUEDES, L. F. A.

SEMEAD 2015

Aplicação do Modelo Design Thinking para Inserção de Universidade Corporativa no Formato EAD como fator de geração de Capacidades Dinâmicas: Vantagem

Competitiva em uma Empresa de Engenharia

LEAL, R.

WALTER, S. A.

SEMEAD 2015 Lab*EE, uma proposta de um modelo de pré-incubação na Habits Incubadora-Escola

OLIVEIRA, S. P. PEREIRA, P. H. G. MORETTI, M. FARIAS, H. S. ORTEGA, L. M.

SEMEAD 2015 Design Thinkinguma empresa de Serviços: Um estudo sobre como Método de Inovação em Geração e Gestão de Ideias

ESTEVES, F. M. B. NAKANDAKARI, F. C. SEWAYBRICK, I. L. GAGLIARDI, L. D. OZAKI, A. M.

SEMEAD 2015

Inovação em desenvolvimento de produtos - Relato técnico sobre aplicação das abordagens de Design Thinking e Pesquisa de Marketing em uma

empresa de eletrônicos na América Latina

SEII, W.

MASSOCA, A. B.

VASCONCELLOS-GUEDES, L.

SEMEAD 2016 Análise da Aplicação de

Design Thinking no Desenvolvimento de um Projeto de Orientação Profissional para Jovens

FRANCO, J. A. S. CARDOSO, B. M. C. SILVA, C. M. C.

SEMEAD 2016 Um ensaio sobre o uso de pesquisa em design thinking em marketing.

(34)

EVENTO

(Cont.) ANO ARTIGOS AUTORES

SEMEAD 2016 Design thinkingsistemática da literatura em serviço: Uma revisão

TELLINI, L. URDAN, A. T. DE MATOS, H. T. MACHADO, M. K. B. PEDRON, C. D.

ENANPAD 2016 Teoria da Aprendizagem Experiencial e Thinking para Criação de uma Feira da Design Sustentabilidade

ALVES, N. B. TOMETICH, P.

ENANPAD 2016 Using Design Thinking to map the customer

journey in a South Brazilian steakhouse CANFIELD, D. S. Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Desta análise, pode-se observar que as publicações sobre o tema são recentes, com o primeiro artigo publicado no ano de 2014, e uma crescente de publicações nos anos seguintes: quatro artigos em 2015 e cinco artigos em 2016.

Gráfico 1 – Quantidade de artigos por ano em cada evento.

0

1

2

3

4

5

SEMEAD

ENANPAD

2016

2015

2014

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

(35)

4.2 Análise no perfil dos autores

Dos dez artigos encontrados na pesquisa, 30 autores colaboraram no total, sendo uma autora (VASCONCELLOS-GUEDES, L.) colaboradora em dois artigos diferentes e nos dois eventos; e um autor (CANFIELD, D. S.) figura sozinho em uma publicação. Os demais são divididos em publicações com dois, três e cinco autores, conforme o gráfico 2.

Gráfico 2 – Quantidade de autores por artigo.

1

3

3

3

Um autor

Dois autores

Três autores

Quatro ou

mais autores

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Em relação à titulação dos autores, oito deles têm título de doutor, nove são mestres, dois autores são especialistas e onze autores têm graduação concluída. Essa constatação traz à tona que a pesquisa sobre design thinking no Brasil ainda segue no âmbito da graduação, tendo espaço para desenvolver-se na pós-graduação, com estudos mais abrangentes e analíticos sobre o tema.

(36)

Gráfico 3 – Porcentagem de homens e mulheres entre os autores.

57%

43%

Homens Mulheres

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Quanto à titulação, há 11 graduados entre os 30 autores da amostra. São dois especialistas, nove mestres e oito doutores, conforme o demonstrado no gráfico 4. As pesquisas estão no âmbito da graduação, portanto, faltam estudos analíticos e aprofundados na área da pós-graduação.

Gráfico 4 – Titulação dos autores.

11

2

9

8

G R A D U A D O E S P E C I A L I S T A M E S T R E D O U T O R

(37)

Há um equilíbrio entre homens e mulheres autores da amostra quanto à titulação: ambos os sexos têm quatro doutores dentre eles; são cinco mestres do sexo masculino e quatro mestres do sexo feminino; graduados são seis homens e cinco mulheres; com título de especialista, os dois autores observados na pesquisa são homens.

Gráfico 5 – Titulação quanto ao sexo dos autores.

6

2

5

4 5

0

4 4

G R A D U A D O E S P E C I A L I S T A M E S T R E D O U T O R

Homens

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

(38)

Quadro 4 - Perfil dos autores.

AUTOR (A) ANO (S) SEXO TITULAÇÃO DE ATUAÇÃO INSTITUIÇÃO ATUAÇÃO LOCAL

ALVES, N. B. 2016 Masculino Mestrado Universidade Federal do Rio

Grande do Sul Docente Rio Grande do Sul BUENO, V.

L. G. 2014 Masculino Mestrado Universidade de São Paulo - São Paulo CANFIELD,

D. S. 2016 Masculino Mestrado

Dublin Business

School -

Dublin, Irlanda CARDOSO,

B. M. C. 2016 Feminino Graduação

Faculdade de Tecnologia e

Termomecânica - São Paulo DE MATOS,

H. T. 2016 Masculino Mestrado

Universidade Federal do

Maranhão Docente Maranhão

ESTEVES,

F. M. B. 2015 Feminino Graduação

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

- São Paulo

FARIAS, H.

S. 2015 Masculino Graduação Universidade de São Paulo - São Paulo FRANCO, J.

A. S. 2016 Masculino Graduação

Faculdade de Tecnologia e

Termomecânica - São Paulo

GAGLIARDI,

L. D. 2015 Feminino Graduação

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

- São Paulo

GUEDES, L.

F. A. 2014 Masculino Doutorado

Universidade de

São Paulo Docente São Paulo

LEAL, R. 2015 Masculino Especialização Universidade Federal de Santa

Catarina -

Santa Catarina

MACHADO,

M. K. B. 2016 Feminino Graduação

Universidade Federal do

Maranhão - Maranhão

MASSOCA,

A. B. 2015 Masculino Graduação Universidade de São Paulo - São Paulo MORETTI,

M. 2015 Feminino Graduação Universidade de São Paulo - São Paulo

NAKANDAK

ARI, F. C. 2015 Masculino Graduação

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

- São Paulo

OLIVEIRA,

S. P. 2015 Feminino Mestrado Universidade de São Paulo Docente São Paulo ORTEGA, L.

M. 2015 Feminino Doutorado

Universidade de

São Paulo Docente São Paulo

OZAKI, A. M. 2015 Masculino Doutorado

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

(39)

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Por fim, quanto à docência, 50% dos autores da amostra são professores nas universidades de atuação e 50% atuam na área de gestão, tecnologia ou marketing.

4.3 Análise das temáticas

Por meio da análise, pode-se constatar que há uma frequência de testes da metodologia, aplicando o design thinking a diversas áreas em busca de modelos inovadores de solução de problemas, envolvendo o DT como método a ser testado. As abordagens temáticas podem ser observadas no quadro 5, por ordem de temáticas.

AUTOR (A)

(Cont.) ANO (S) SEXO TITULAÇÃO DE ATUAÇÃOINSTITUIÇÃO ATUAÇÃO LOCAL PEDRON, C.

D. 2016 Feminino Doutorado Universidade Nove de Julho Docente São Paulo PEREIRA, P.

H. G. 2015 Masculino Graduação

Universidade de

São Paulo - São Paulo

ROMANINI,

A. V. 2016 Masculino Doutorado Universidade de São Paulo Docente São Paulo SALVADOR,

A. B. 2016 Masculino Mestrado Universidade de São Paulo Docente São Paulo SEII, W. 2015 Masculino Especialização Universidade de São Paulo - São Paulo

SEWAYBRIC

K, I. L. 2015 Masculino Graduação

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

- São Paulo

SILVA, C. M.

C. 2016 Feminino Mestrado

Faculdade de Tecnologia e

Termomecânica Docente São Paulo TELLINI, L. 2016 Feminino Mestrado Universidade Nove de Julho Docente São Paulo

TOMETICH,

P. 2016 Feminino Mestrado

Universidade Federal do Rio

Grande do Sul Docente Rio Grande do Sul URDAN, A.

T. 2016 Masculino Doutorado

Universidade

Nove de Julho Docente São Paulo VASCONCE

LLOS-GUEDES, L.

2014/201

5 Feminino Doutorado

Universidade de

São Paulo Docente São Paulo

WALTER, S.

A. 2015 Feminino Doutorado

Universidade Estadual do

(40)

Quadro 5 – Temáticas.

TEMÁTICA TÍTULO DO ARTIGO ANO

Conceito e aplicação do Design Thinking em inovação

Design Thinking como Método de Inovação em uma empresa de Serviços: Um estudo sobre Geração e Gestão de Ideias

2015

Inovação em desenvolvimento de produtos - Relato técnico sobre aplicação das abordagens de Design Thinking e Pesquisa de Marketing em uma empresa de eletrônicos na América Latina

2015

Teoria da Aprendizagem Experiencial e Design Thinking

para Criação de uma Feira da Sustentabilidade 2016 Conceito e aplicação do Design

Thinking em marketing

Um ensaio sobre o uso de design thinking em pesquisa

em marketing. 2016

Using Design Thinking to map the customer journey in a

South Brazilian steakhouse 2016

Conceito e aplicação do Design Thinking em educação

Lab*EE, uma proposta de um modelo de pré-incubação na

Habits Incubadora-Escola 2015

Análise da Aplicação de Design Thinking no Desenvolvimento de um Projeto de Orientação

Profissional para Jovens 2016

Conceito e aplicação do Design Thinking em consultoria

Designers em ação: Um estudo introdutório sobre a

prática do Design Thinking por empresas de consultoria 2014

Aplicação do Design Thinking em educação

Aplicação do Modelo Design Thinking para Inserção de Universidade Corporativa no Formato EAD como fator de geração de Capacidades Dinâmicas: Vantagem

Competitiva em uma Empresa de Engenharia

2015

Conceitos do Design Thinking Design thinkingliteratura em serviço: Uma revisão sistemática da 2016 Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Dentre os dez artigos da amostra, há uma predominância de conteúdos com a temática de conceito e aplicação do design thinking em disciplinas. São oito artigos com esta temática. Destes, três artigos tratam de conceito e aplicação do modelo como método em inovação; dois artigos o abordam como método em marketing; dois artigos referem-se ao DT como método no tema da educação; e um artigo trata o DT como método em consultoria.

(41)

4.4 Principais autores citados

No universo de 250 referências encontradas nos dez artigos da amostra, dez autores destacam-se entre os mais citados e figuram como referência para os autores das pesquisas da amostra.

O livro "Design Thinking: inovação em negócios", de 2012, do professor Maurício Vianna, em parceria com Ysmar Vianna, Isabel Adler, Brenda Lucena e Beatriz Russo, foi a obra mais citada. A publicação figura como referência em cinco dos dez artigos da amostra, com 38 citações no total. O livro em sua integralidade é disponível na rede mundial de computadores gratuitamente e versa sobre a temática do design thinking de maneira objetiva, dividindo as etapas do modelo em capítulos, com detalhamento de cada uma delas. Os autores referem-se ao DT como modelo de inovação a ser desenvolvido nas organizações, com apresentação de estudos de casos para exemplificar o tema e tutorial para aplicação.

O autor Tim Brown, na publicação "Design Thinking", da Harvard Business Review, de 2008, obteve o segundo maior número de citações, com 32 menções, em quatro dos dez artigos da amostra. Este artigo introduz o design thinking por meio do pensamento de design e o processo colaborativo que os métodos inovadores utilizados pelos designers são empregados, tomando por base as necessidades das pessoas alinhando-as à tecnologia disponível e à estratégia de negócio.

Outras publicações de Tim Brown, de 2009, 2010 e 2010, esta em parceria com James Wyatt, foram citadas entre os artigos. Brown (2009) e Brown e Wyatt (2010) foram citados, ambos, em três publicações cada. A primeira tem 22 menções entre os artigos e a segunda tem 19 menções.

Brown (2010) foi citado em três publicações, com 11 citações entre os textos. A quantidade elevada de citações deste autor merece uma explicação mais detalhada dada a importância da sua contribuição para o tema desenvolvido por ele enquanto CEO da Consultoria Global IDEO, esta que foi citada também em dois artigos, com quatro menções dentre eles.

(42)

As edições de 2006 e 2010 do livro "Design thinking: integrating innovation, customer experience, and brand value", de Thomas Lockwood, foram citadas em dois artigos da amostra, com quatro citações entre os artigos.

Sara Beckman e Michael Barry (2011), com o artigo "Innovation as a Learning Process: Embedding Design Thinking", da California Management Review, foram citados em dois artigos da amosta e obtiveram quatro menções.

Jeanne Liedtka contribui como referência para dois artigos da amostra. Publicado na revista Strategy & Leadership, o artigo de 2014, "Innovative ways companies are using design thinking", tem duas citações nos textos, como mostrado na tabela 1.

Tabela 1 - Principais autores citados.

AUTORES FREQUÊNCIA NAS

REFERÊNCIAS %

FREQUÊNCIA DAS CITAÇÕES

% ACUMULADO

DE CITAÇÕES

VIANNA, M. et al., 2012 5 50 38 27

BROWN, T., 2008 4 40 32 22,7

BROWN, T., 2009 3 30 22 15,6

BROWN, T.; WYATT, J., 2010 3 30 19 13,5

BONINI, L. A.; SBRAGIA, R., 2011 3 30 5 3,6

BROWN, T., 2010 2 20 11 7,8

IDEO, 2015 2 20 4 2,8

LOCKWOOD, T., 2006 e 2010 2 20 4 2,8

BECKMAN, S.; BARRY, M., 2011 2 20 4 2,8

LIEDTKA, J., 2014 2 20 2 1,4

- - - 141 100

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

A tabela 1 demonstra a frequência em que cada autor mais citado é encontrado nas referências dos artigos da amostra, com sua referida porcentagem em relação aos dez artigos, a frequência das citações dos autores ao longo dos textos e o percentual acumulado em relação ao total de citações das referências, entre os mesmos autores, totalizando 141 menções.

(43)

Gráfico 6 – Frequência nas referências.

50%

40%

30%

30% 30%

20% 20%

20% 20%

20%

VIANNA, M. et al., 2012 BROWN, T., 2008

BROWN, T., 2009 BROWN, T.; WYATT, J., 2010 BONINI, L. A.; SBRAGIA, R., 2011 BROWN, T., 2010

IDEO, 2015 LOCKWOOD, T., 2006 e 2010

BECKMAN, S.; BARRY, M., 2011 LIEDTKA, J., 2014

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Gráfico 7 – Acumulado de citações.

27,0%

22,7% 15,6%

13,5% 3,6%

7,8%

2,8% 2,8% 2,8% 1,4%

VIANNA, M. et al., 2012 BROWN, T., 2008

BROWN, T., 2009 BROWN, T.; WYATT, J., 2010 BONINI, L. A.; SBRAGIA, R., 2011 BROWN, T., 2010

IDEO, 2015 LOCKWOOD, T., 2006 e 2010

BECKMAN, S.; BARRY, M., 2011 LIEDTKA, J., 2014

(44)

4.5 Análise dos aspectos metodológicos

Os aspectos metodológicos da amostra foram divididos de acordo com a classificação de Vergara (2007) e Gil (2010), podendo ser, quanto à natureza da pesquisa, qualitativa ou quantitativa; quanto aos fins, ser descritiva, explicativa, exploratória, metodológica, aplicada ou intervencionista; e quanto aos meios, a pesquisa pode ser de campo, de laboratório, documental, bibliográfica ou experimental.

Todos os artigos da amostra têm natureza qualitativa, sendo um artigo também de natureza quantitativa, ao fazer uso de um questionário para criação de personas em pesquisa de marketing, como mostra o gráfico 8.

Gráfico 8 – Metodologia das pesquisas quanto à natureza.

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

(45)

Gráfico 9 – Metodologia das pesquisas quanto aos meios.

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Quanto aos fins, todas as pesquisas têm caráter descritivo, associado a outros, a saber: quatro artigos têm caráter explicativo, três artigos têm caráter exploratório e três artigos têm caráter intervencionista.

Gráfico 10 – Metodologia das pesquisas quanto aos fins.

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

(46)

coletadas pela análise dos capítulos metodológicos dos artigos e podem ser melhor visualizadas no gráfico 11, a seguir.

Gráfico 11 – Estratégias de pesquisa utilizadas.

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Dessa forma, chegou-se ao resultado da síntese dos aspectos metodológicos utilizados nos artigos da amostra que pode ser visto no quadro 6.

Quadro 6 – Síntese dos aspectos metodológicos.

TÍTULO DO ARTIGO NATUREZA MEIOS FINS DE PESQUISA ESTRATÉGIA Análise da Aplicação de Design

Thinking no Desenvolvimento de um Projeto de Orientação Profissional para Jovens

Qualitativa Experimental / Bibliográfica Exploratória Descritiva/ Pesquisa-ação

Aplicação do Modelo Design Thinking para Inserção de Universidade Corporativa no Formato EAD como fator de geração de Capacidades Dinâmicas: Vantagem

Competitiva em uma Empresa de Engenharia

Qualitativa Bibliográfica De campo / Intervencionista Descritiva / Observação participante

Designers em ação: Um estudo introdutório sobre a prática do Design Thinking por empresas de consultoria

(47)

TÍTULO DO ARTIGO

(Cont.) NATUREZA MEIOS FINS DE PESQUISA ESTRATÉGIA

Design Thinking como Método de Inovação em uma empresa de Serviços: Um estudo sobre Geração e Gestão de Ideias

Qualitativa Bibliográfica De campo / Exploratória Descritiva/ Estudo de caso

Design thinking em serviço: Uma

revisão sistemática da literatura Qualitativa Bibliográfica

Descritiva/ Exploratória

Revisão sistemática da

literatura Inovação em desenvolvimento

de produtos - Relato técnico sobre aplicação das abordagens de Design Thinking e Pesquisa de Marketing em uma empresa de eletrônicos na América Latina

Qualitativa Bibliográfica De campo / Descritiva / Explicativa Relato técnico

Lab*EE, uma proposta de um modelo de pré-incubação na

Habits Incubadora-Escola Qualitativa

De campo / Bibliográfica

Descritiva /

Explicativa Relato técnico Teoria da Aprendizagem

Experiencial e Design Thinking para Criação de uma Feira da Sustentabilidade

Qualitativa Bibliográfica De campo / Intervencionista Pesquisa-ação Descritiva /

Using Design Thinking to map the customer journey in a South Brazilian steakhouse

Qualitativa Bibliográfica De campo / Intervencionista Descritiva /

Customer Journey Map /

Observação participante Um ensaio sobre o uso de

design thinking em pesquisa em marketing.

Qualitativa Bibliográfica Descritiva / Explicativa Ensaio

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Das estratégias utilizadas, dois artigos realizaram a pesquisa-ação; dois artigos fizeram um relato técnico; dois artigos realizaram um estudo de caso; dois artigos trabalharam por meio de observação participante; um artigo fez uso da revisão sistemática de literatura; um realizou ensaio; e um artigo realizou um customer journey map, método que estuda a maneira como um serviço é prestado aos usuários. A customer jouney constrói um mapa da experiência do usuário antes, durante e depois do consumo, explorando o seu modelo mental, padrões comportamentais, processos e caminhos vividos, além de observar o seu estado emocional numa determinada interação com o serviço (VIANNA et al., 2012).

4.6 Análise das conclusões dos artigos

(48)

conclusões de cada artigo da amostra, com sua contribuição principal e as sugestões que cada autor considerou como relevante a se fazer sobre a continuidade da pesquisa sobre o tema.

Quadro 7 - Análise das conclusões dos artigos.

TÍTULO DO ARTIGO CONCLUSÃO

Análise da aplicação de design thinking no desenvolvimento de um projeto de orientação profissional para jovens

Conclui-se que o DT foi eficaz no desenvolvimento do projeto realizado. Ele também indica que o modelo tem potencial para oferecer boas oportunidades para condução de outros projetos sociais inovadores.

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Lab*EE, uma proposta de um modelo de pré-incubação na Habits Incubadora-Escola

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Figura 1 – Fases do Design Thinking.
Figura 2 - Mapa de abrangência das pesquisas.
Gráfico 1  –  Quantidade de artigos por ano em cada evento.
Gráfico 2  –  Quantidade de autores por artigo.
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Referências

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