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Projeto de leitura. Coleção O Livro da Com Fusão. Ficha. O autor. Quadro sinóptico. Autor: Ilan Brenman Coleção: O Livro da Com Fusão

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Academic year: 2021

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O autor

Ilan Brenman nasceu em Israel em 1973 e vive no

Brasil desde os seis anos. Psicólogo formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e doutor pela Faculdade de Educação da Universi‑ dade de São Paulo (USP), apaixonou ‑se pela con‑ tação de histórias durante um estágio ainda nos tempos da faculdade. Da intensa e prolongada vi‑ vência contando histórias, Ilan decidiu, em meados dos anos 1990, dedicar ‑se também à carreira de es‑ critor. O resultado de sua dedicação à literatura são mais de quarenta livros publicados, incluindo títu‑ los lançados na Coreia, na Espanha e em Portugal. Entre outras coisas, suas obras fascinam por revelar em pequenos detalhes a essência da infância. É o que acontece, por exemplo, em livros como Clara;

Gabriel, Já para o Banho!; Até as Princesas Soltam

Pum; Mamãe É um Lobo!; Mãenhê!; e Papai É Meu! Mais informações sobre o autor podem ser encontra‑ das em www.ilan.com.br. Acesso em: 28 maio 2012.

Ficha

Autor: Ilan Brenman

Coleção: O Livro da Com ‑Fusão Títulos: O Livro da Com ‑Fusão; O Livro da Com ‑Fusão – Brasil;

O Livro da Com ‑Fusão – Contos de fadas Ilustrador: Fê

Formato: 22,5 x 20,5 cm N.º de páginas: 48

Elaboradora: Marina Vidigal

Quadro sinóptico

Gênero: literário

Palavras ‑chave: linguagem, palavras, brasilidade, contos de fadas e neologismo Tema transversal: pluralidade cultural

Interdisciplinaridade: Língua Portuguesa, Literatura, História e Arte

Projeto de leitura

Coleção

O Livro da Com ‑Fusão

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A elaboradora

Marina Vidigal é paulistana. Formada em tradução pela Associação

Alumni e em Comunicação Social pela Universidade de São Paulo (USP), atua como jornalista desde 1996. Em 2000, começou a traba‑ lhar no mercado editorial, dedicando ‑se a pesquisas, elaboração de entrevistas, redação de textos, prestação de serviços de ghost‑writer e avaliação de originais infantojuvenis. Além dos livros que escreveu como ghost ‑writer, Marina Vidigal assina alguns títulos de autoria pró‑ pria, como Startup Brasil (em parceria com Pedro Mello e publicado pela Editora Agir) e Para Ser Grande – As histórias de sucesso de 20

empreendedores brasileiros (publicado pela Editora Panda Books).

Resenha

A coleção O Livro da Com ‑Fusão reúne três títulos:

O Livro da Com ‑Fusão, O Livro da Com ‑Fusão – Bra‑ sil e O Livro da Com ‑Fusão – Contos de fadas. Em todos eles, o princípio é o mesmo: ao virar cada pá‑ gina, os leitores encontram dois objetos, dois seres, animais ou personagens. Na página seguinte, o lei‑ tor descobre uma fusão desses seres… Por exemplo: “baleia + anta” dá origem a “balenta”, “Chapeu‑ zinho Vermelho + anão” resulta em “Chaverão” e “Saci + Potira” dá origem a “Satira”. Assim como as palavras, as imagens também se fundem, dando origem a cenas bastante divertidas e inusitadas. Especificamente no volume O Livro da Com ‑Fusão, as fusões são feitas entre objetos cotidianos, mem‑ bros da família e animais. Já em O Livro da Com‑

‑fusão – Brasil, as fusões acontecem entre figuras do nosso folclore. Em O Livro da Com ‑Fusão – Con‑

tos de fadas, por sua vez, as fusões são feitas entre personagens de contos de fadas. Vale dizer que O

Livro da Com ‑Fusão – Brasil traz um glossário com alguns personagens folclóricos.

O ilustrador

Fê é arquiteto. Formado pela Faculdade

de Arquitetura e Urbanismo de Santos em 1983, Fernando Luiz graduou ‑se tam‑ bém em Comunicação Visual e fez pós‑ ‑graduação em Tecnologia Gráfica. Apai‑ xonado pela arte de ilustrar, é ele quem estampa diariamente a coluna do cronista José Simão no jornal Folha de S.Paulo. A maior parte do seu tempo, no entanto, Fê dedica à literatura infantil. Já são quase trinta livros ilustrados para diversas edito‑ ras. A coleção O Livro da Com ‑Fusão não é seu único trabalho na Melhoramentos, pois ele também ilustrou A Cobronça, a

Princesa e a Surpresa, de autoria de Celso Linck. Em 2011, Fê lançou o primeiro texto de autoria própria: O Reizinho Que Só Fa‑

lava Sim (publicado pela Editora Larousse Júnior).

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A coleção sob o olhar

de Ilan e Fê

Embora Ilan Brenman assine o texto e Fê assine as ilustrações dos três volumes, os dois fazem questão de esclarecer que a coleção foi feita a quatro mãos. “Está‑ vamos tomando um café numa livraria de São Paulo quando começamos a brin‑ car com algumas palavras e imagens. Foi então que, de maneira muito espontâ‑ nea, acabou nascendo a brincadeira da confusão. Lembro que o conteúdo veio antes do nome… Estávamos brincando já fazia um tempo quando Ilan virou para mim e disse: ‘Isso não é uma Com‑ ‑Fusão?’ ”, relata Fê.

Ao elaborar o livro, os dois garantem que se divertiram muito. Sem pensar em educação nem em aprendizados especí‑ ficos, eles brincaram com palavras e ima‑ gens como duas crianças jogando bola. E é para esse brincar com as palavras que Ilan quer chamar a atenção: “Sempre gostei muito de brincar com as palavras, e o ensino tradicional muitas vezes torna a palavra muito rígida, chapada, seca… Mas a palavra não é assim… A palavra é dinâmica, é viva, tem cheiro, é gosto‑ sa, dá medo, dá taquicardia, nos faz rir, amar, odiar. Acho fantástico poder rir com a palavra, poder sorrir ao abrir um livro. Eu diria que essa é nossa intenção máxima com esta coleção!”.

Com ‑Fusão!

Que tal explorar com as crianças o termo “com ‑fusão”?

O nome do livro surge, claro, a partir do termo confusão, que denota bagunça, quebra de regras e de paradigmas, o avesso da ordem. A partir do momento em que os autores transformam sua grafia em “com ‑fusão”, o termo ganha outro sentido, passando a remeter à fusão, que é a mistura, a junção de dois ou mais conceitos. Tudo isso, claro, sem deixar de lado a confusão original. Simples? Ou “com ‑fuso”?

No olhar do autor, no momento em que duas palavras se fundem criando uma ter‑ ceira, se estabelece uma conexão direta com a alma da criança, que tem tanta fa‑ cilidade para mergulhar em brincadeiras desse tipo. O autor vai além, atribuindo essa capacidade não apenas às crianças, mas também aos poetas. “Mesmo na vida adulta, os poetas nunca deixam de brincar com as palavras. Eles pegam as palavras, lançam ‑nas como se fossem bolas, jogam as palavras de um lado para o outro, reviram ‑nas, escutam seus sons e passam a percebê ‑las como seres vivos e indepen‑ dentes… Pois o O Livro da Com ‑Fusão ine‑ vitavelmente estimula na criança a von‑ tade de fazer as próprias confusões com palavras, o que é sensacional. Essa confu‑ são, essa liberdade com a palavra e com os sentidos, permite que a criança entre em contato com o que ela realmente é. Vejo essa confusão como a base da inova‑ ção, da criatividade, do conhecimento e da verdadeira aprendizagem”.

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Uma coleção

de neologismos

A coleção O Livro da Com ‑Fusão é um convite para a brincadeira com palavras e para a criação de novos termos. Cabe aqui dizer que a criação de novas pala‑ vras em determinada língua é chamada de neologismo. Neo‑ logismos são bastante utiliza‑ dos por escritores e poetas, que enxergam as palavras além da maneira convencional e fazem experimentações com elas.

Sugestões

de atividades

• Converse com seus alunos sobre o ato de brincar com palavras. Pergunte a eles se já brincaram com palavras e como foi essa experiência. • Se houver tempo, permita a

prática, em sala, de algumas das brincadeiras citadas.

• A fim de mostrar a visão de um poeta sobre o tema, leia para as crianças o poe‑ ma “Convite”, de José Paulo Paes, extraído do livro Poe‑

mas para Brincar (São Paulo: Ática, 2007):

Convite

Poesia

é brincar com palavras como se brinca

com bola, papagaio, pião. Só que

bola, papagaio, pião de tanto brincar se gastam. As palavras não: quanto mais se brinca com elas

mais novas ficam. Como a água do rio que é água sempre nova. Como cada dia

que é sempre um novo dia. Vamos brincar de poesia?

Ainda falando da criação de palavras, mostre aos alunos um poema de Manuel Bandeira, um dos principais poetas da língua portugue‑ sa, em referência a essa prática. O poema se chama justamente “Neologismo” e pode ser encontrado na obra Estrela da Vida Inteira (Rio de Janeiro: José Olympio, 1970).

Neologismo

Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras

Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana.

Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Intransitivo:

Teadoro, Teodora.

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As releituras das com ‑fusões

Que tal incentivar os alunos a criar suas pró‑ prias com ‑fusões? Qualquer um dos volumes da coleção possibilita incontáveis experiências com as palavras. A seguir, veja algumas delas.

Os bonecos e objetos da com ‑fusão

Vale a pena promover uma atividade de criação dos bonecos e objetos revelados nos livros da coleção. Nesse caso, fazendo uso de retalhos, brinquedos usados, sucatas e afins, as crianças devem dar forma às figuras criadas pelo ilus‑ trador Fê. Outra possibilidade é que, além dos objetos propostos nos livros, as crianças deem forma a novos objetos e bonecos, frutos de suas próprias invenções.

Com ‑fusão em família

Que tal sugerir aos alunos a mistura de pes‑ soas da família? A atividade pode ser feita com a mescla de imagens dos membros da família (trabalhando com desenhos ou fotos), com a fusão de palavras (como seus nomes ou apeli‑ dos) ou ainda por meio de novos personagens, que reúnem traços do comportamento de dois ou mais membros da família. Bastante diverti‑ da, a brincadeira pode contemplar não apenas membros da família do aluno, mas também co‑ legas de classe, professores da escola, funcio‑ nários e até mesmo figuras públicas.

Exposição das com ‑fusões

Feitas com sucatas, colagens, desenhos, textos ou palavras, as com ‑fusões podem render ma‑ ravilhosas exposições. Essa iniciativa valoriza o trabalho dos alunos e oferece aos visitantes (incluindo os próprios alunos) uma grande amostra de ideias, inspirações e a revelação de incontáveis possibilidades de criação utilizando objetos, personagens e palavras.

O fato é que, mesclando palavras, imagens e conceitos, as possibilidades de criação a par‑ tir dos livros dessa coleção são infinitas. Por exemplo, criar monstros mesclando animais, objetos, personagens, reunindo as caracterís‑ ticas de duas ou mais pessoas. Também é pos‑ sível sugerir aos alunos outras tantas atividades pontuais, como:

• Criação de palavras ou objetos reunindo termos de determinado universo semântico. • Criação de novas palavras (diferentes das

propostas pelos autores), guiando ‑se por

com ‑fusões sugeridas em qualquer um dos volumes da coleção.

• Elaboração de pequenos textos descreven‑ do os novos seres ou a maneira de utilizar os objetos inventados.

Nos bastidores…

Como foram feitas as imagens

da com ‑fusão?

Segundo o ilustrador Fê, as imagens dos volumes da coleção O Livro da Com ‑Fusão foram feitas todas em computação gráfica. “Uso o programa Painter, no qual simulo técnicas de pintura. Faço tudo digitalmente”, revela ele.

Apaixonado por tecnologia, o ilustrador conta que, no início da carreira, ele frequentemente recorria a colagens e pinturas. Com o passar do tempo, no entanto, começou a empregar essas práticas em ambiente digital. Para Fê, a grande vantagem da tecnologia é permitir a experimen‑ tação de vários caminhos, o recriar, o mesclar de uma maneira que nem sempre seria possível com as ferramentas tradicionais.

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Leituras sugeridas

Paralelamente à leitura dos livros da coleção (no caso, os volumes

O Livro da Com ‑Fusão – Brasil e O Livro da Com ‑Fusão – Contos de

fadas), vale a pena realizar algumas leituras complementares, apro‑ fundando o mergulho dos alunos no folclore e nos contos de fadas.

Sugestões de leitura complementar no

trabalho com O Livro da Com ‑Fusão – Brasil

Personagens Encantados, de Ingrid Biesemeyer Bellinghausen (São Paulo: Editora DCL, 2004)

Na obra, a autora apresenta uma série de personagens lendá‑ rios brasileiros, como o saci, a mula sem cabeça, o boitatá, o lobisomem e o boto. Muitos desses personagens estão presen‑ tes em O Livro da Com ‑Fusão – Brasil. Essa leitura oferece uma complementaridade interessante, na medida em que amplia o repertório dos alunos em relação a algumas de nossas figuras folclóricas e ressalta a importância de as crianças se apropriarem da riqueza desse universo.

Mitos – O Folclore do Mestre André, de Marcelo Xavier (Belo Horizonte: Formato Editorial, 1997)

Conduzidas pelo contador de histórias Mestre André, as crianças de uma rua passeiam por uma série de histórias relacionadas ao folclore brasileiro. Ilustrado com deliciosos cenários retratados em páginas inteiras, o livro explora personagens como o saci, o boitatá, o lobisomem e o curupira. Mais uma vez, uma aborda‑ gem agradável e extremamente adequada ao universo infantil, capaz de aproximar a criança do folclore nacional.

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Sugestões de leitura complementar no

trabalho com O Livro da Com ‑Fusão –

Contos de fadas:

Meu Primeiro Livro de Contos de Fadas, de Mary Hoff‑ man (Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2003)

A obra reúne catorze contos de fadas clássicos, em versões relativamente breves e ricamente ilustradas. Nessa leitura, pode ‑se conhecer melhor alguns dos per‑ sonagens citados em O Livro da Com ‑Fusão – Contos

de fadas.

Faz e Acontece no Faz de Conta, de Lalau (Ilustrações de Laurabeatriz. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2005)

Lalau promove interações entre vários personagens das histórias de faz de conta, que se encontram fora de seus livros. A obra cria um interessante paralelo com

O Livro da Com ‑Fusão – Contos de fadas, uma vez que Lalau se vale de muito humor e liberdade de criação para promover esses encontros entre personagens em contextos inusitados e surpreendentes.

A Cobronça, a Princesa e a Surpresa, de Celso Linck e Fê (São Paulo: Editora Melhoramentos, 2010)

Com ilustrações de Fê, a história se passa num castelo e é protagonizada por uma princesa, um rei, um gato e, quem diria, por uma cobronça e um bobo alado! É isso mesmo: embora tenha uma abordagem bastante dife‑ rente dos volumes da coleção O Livro da Com ‑Fusão, esta obra também dá vida a personagens inusitados, revelando deliciosas brincadeiras com as palavras, com as imagens e com a fantasia.

Referências

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