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FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

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Academic year: 2021

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FUNDOS DE INVESTIMENTO

MOBILIÁRIO

RELATÓRIOS E CONTAS

2013

Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Av. da República, 23 • 1050-185 Lisboa • Tel. (351) 211 129 290 • Fax (351) 211 129 299

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ÍÍÍÍ

NDICE

NDICE

NDICE

NDICE

ENTIDADE ENTIDADE ENTIDADE

ENTIDADE GESTORAGESTORAGESTORAGESTORA... 3333 ÓRGÃOS

ÓRGÃOS ÓRGÃOS

ÓRGÃOS EEEE CORPOSCORPOSCORPOSCORPOS SOCIAISSOCIAIS ... 3SOCIAISSOCIAIS 333 FUNDOS

FUNDOS FUNDOS

FUNDOS SOBSOBSOBSOB GESTÃOGESTÃO ... 4GESTÃOGESTÃO 444 SUMÁRIO

SUMÁRIO SUMÁRIO

SUMÁRIO DADADADA ACTIVIDADEACTIVIDADEACTIVIDADEACTIVIDADE DADADADA SOCIEDADESOCIEDADESOCIEDADESOCIEDADE GESTORAGESTORA... 5GESTORAGESTORA 555 ENQUADRAMENTO

ENQUADRAMENTO ENQUADRAMENTO

ENQUADRAMENTO MACROMACRO****ECONÓMICOMACROMACROECONÓMICOECONÓMICOECONÓMICO EEEE EVOLUÇÃOEVOLUÇÃOEVOLUÇÃOEVOLUÇÃO DOSDOSDOSDOS MERCADOSMERCADOSMERCADOSMERCADOS FINANCEIROSFINANCEIROS .... 7FINANCEIROSFINANCEIROS 777 CONJUNTURA MACRO*ECONÓMICA... 7777 MERCADOSFINANCEIROS ... 11121222 RELATÓRIOS

RELATÓRIOS RELATÓRIOS

RELATÓRIOS DE ACTIVIDADE DOSDE ACTIVIDADE DOSDE ACTIVIDADE DOSDE ACTIVIDADE DOS FUNDOS FUNDOS FUNDOS FUNDOS SOB GESTÃOSOB GESTÃOSOB GESTÃO ... 21SOB GESTÃO 2121 21 FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DO MERCADO MONETÁRIO

CA MONETÁRIO CA MONETÁRIO CA MONETÁRIO

CA MONETÁRIO (Reg. CMVM nº 1131)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES RAIZ RENDIMENTO

RAIZ RENDIMENTO RAIZ RENDIMENTO

RAIZ RENDIMENTO (Reg. CMVM nº 27)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE ACÇÕES RAIZ EUROPA

RAIZ EUROPA RAIZ EUROPA

RAIZ EUROPA (Reg. CMVM nº 483)

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO RAIZ GLOBAL

RAIZ GLOBAL RAIZ GLOBAL

RAIZ GLOBAL (Reg. CMVM nº 482)

FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO ABERTO DE OBRIGAÇÕES CA RENDIMENTO CRESCE

CA RENDIMENTO CRESCE CA RENDIMENTO CRESCE

CA RENDIMENTO CRESCENTE NTE NTE NTE (Reg. CMVM nº 1238)

FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO ABERTO DE OBRIGAÇÕES DE CAPITAL GARANTIDO

CA RENDIMENTO FIXO CA RENDIMENTO FIXO CA RENDIMENTO FIXO

CA RENDIMENTO FIXO (Reg. CMVM nº 1266)

FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO ABERTO DE OBRIGAÇÕES DE CAPITAL GARANTIDO

CA RENDIMENTO FIXO I CA RENDIMENTO FIXO I CA RENDIMENTO FIXO I

CA RENDIMENTO FIXO II I I I (Reg. CMVM nº 1316)

FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO FECHADO DE OBRIGAÇÕES CA RENDA SEMESTRAL

CA RENDA SEMESTRAL CA RENDA SEMESTRAL

CA RENDA SEMESTRAL (Reg. CMVM nº 1358)

FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO FECHADO DE OBRIGAÇÕES CA RENDIMENTO MAIS

CA RENDIMENTO MAIS CA RENDIMENTO MAIS

CA RENDIMENTO MAIS (Reg. CMVM nº 1368)

FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO FECHADO CA RENDIMENTO MAIS I

CA RENDIMENTO MAIS I CA RENDIMENTO MAIS I

CA RENDIMENTO MAIS II I I I (Reg. CMVM nº 1373)

FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO FECHADO CA RENDIMENTO TOP

CA RENDIMENTO TOP CA RENDIMENTO TOP

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E

NTIDADE GESTORA

Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Nº de Registo na CMVM: 188

Data de Início de Actividade: 29/07/1991

Sede Social: Av. da República, 23 - 1050-185 Lisboa Capital Social: 1 000 000 Euros

Nº Único de Pessoa Colectiva: 502 124 695

Ó

RGÃOS E CORPOS SOCIAIS

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Presidente Avelino Meira do Poço Secretário João Manuel Pires Lopes CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Vogal Eduardo Augusto Pombo Martins Vogal Júlio Manuel de Almeida Rodrigues Pires Vogal Sérgio Manuel Raposo Frade

CONSELHO FISCAL

Presidente José Daniel Pereira Rito Alves Vogal José Júlio Faria da Costa

Revisor Oficial de Contas Salgueiro, Castanheira & Associado, S.R.O.C.,

representado por Natércia Pires Fernandes Castanheira (ROC nº 837)

Suplente Fernando da Silva Salgueiro (ROC nº 774) COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES

Nuno Bartolomeu Nunes Alves Cordeiro

Manuel Valentim Correia Stichaner Lacasta Jesus João Paulo Viana Gonçalves Pedro

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UNDOS SOB

UNDOS SOB GEST

UNDOS SOB

UNDOS SOB

GEST

GEST

GESTÃO

ÃO

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• FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DO MERCADO MONETÁRIO CA CA CA CA MONETÁRIO

MONETÁRIO MONETÁRIO

MONETÁRIO (Reg. CMVM nº 1131)

• FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES RAIZ RAIZ RAIZ RAIZ RENDIMENTO

RENDIMENTO RENDIMENTO

RENDIMENTO (Reg. CMVM nº 27)

• FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE ACÇÕES RAIZ EUROPARAIZ EUROPARAIZ EUROPA RAIZ EUROPA(Reg. CMVM nº 483)

• FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO RAIZ GLOBALRAIZ GLOBALRAIZ GLOBAL RAIZ GLOBAL(Reg. CMVM nº 482)

• FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO ABERTO DE OBRIGAÇÕES CA CA CA CA RENDIMENTO CRESCENTE

RENDIMENTO CRESCENTE RENDIMENTO CRESCENTE

RENDIMENTO CRESCENTE (Reg. CMVM nº 1238)

• FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO ABERTO DE OBRIGAÇÕES DE CAPITAL GARANTIDO CA RENDIMENTO FIXO CA RENDIMENTO FIXO CA RENDIMENTO FIXO CA RENDIMENTO FIXO (Reg. CMVM nº 1266)

• FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO ABERTO DE OBRIGAÇÕES DE CAPITAL GARANTIDO CA RENDIMENTO FIXO ICA RENDIMENTO FIXO ICA RENDIMENTO FIXO II CA RENDIMENTO FIXO II I I (Reg. CMVM nº 1316)

• FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO FECHADO DE OBRIGAÇÕES CA RENDA CA RENDA CA RENDA CA RENDA SEMESTRAL

SEMESTRAL SEMESTRAL

SEMESTRAL (Reg. CMVM nº 1358)

• FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO FECHADO DE OBRIGAÇÕES CA CA CA CA RENDIMENTO MAIS

RENDIMENTO MAIS RENDIMENTO MAIS

RENDIMENTO MAIS (Reg. CMVM nº 1368)

• FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO FECHADO CA RENDIMENTO MAIS ICA RENDIMENTO MAIS ICA RENDIMENTO MAIS ICA RENDIMENTO MAIS II I I I (Reg. CMVM nº 1373)

• FUNDO DE INVESTIMENTO ALTERNATIVO FECHADO CA RENDIMENTO TOP CA RENDIMENTO TOP CA RENDIMENTO TOP CA RENDIMENTO TOP (Reg. CMVM nº 1409)

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Sumário da Actividade da Sociedade Gestora

Em 2013, o Grupo Crédito Agrícola, liderado pela Caixa Central – Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL, iniciou um Programa de Transformação do Grupo que dedicou um especial enfoque na governação e na actividade das empresas participadas e, em particular, da CA Gest, incluindo as seguintes iniciativas:

• Redução do número de Administradores Executivos das Empresas Participadas e a presença em todos os seus Conselhos de Administração de membros do Conselho de Administração Executivo da Caixa Central. No caso da CA Gest, o Vogal do Conselho de Administração Dr. Sérgio Frade exerce funções não executivas;

• Constituição de uma equipa pluridisciplinar para a dinamização da actividade comercial do SICAM (principal comercializador dos produtos e serviços da CA Gest), de acordo com uma abordagem segmentada dos clientes e afirmação da CA Gest como “fábrica” de produtos e serviços financeiros. A par desta actividade agregada, que teve o seu início no decorrer do mês de Janeiro de 2014, foi igualmente desenvolvido um modelo de incentivos comerciais para a rede ajustados aos objectivos comerciais aprovados;

• Criação do Conselho de Estratégia do Grupo na Caixa Central como o fórum privilegiado para discutir as linhas estratégicas, estabelecer prioridades e controlar a execução e o alinhamento do Grupo, contando com a presença de membros do Conselho de Administração das Empresas Participadas, incluindo o Presidente do Conselho de Administração da CA Gest;

• Desenvolvimento na Caixa Central da Função Gestão de Activos e Passivos através do Comité de Activos e Passivos (ALCO), englobando todas as iniciativas destinadas a identificar, quantificar e gerir os riscos inerentes à actividade de intermediação financeira. A CA Gest passou a participar no ALCO de forma a promover o conhecimento global das componentes financeiras do Grupo.

Em termos do enquadramento legal e regulamentar da actividade da CA Gest salienta-se, em especial, as seguintes:

• As alterações decorrentes da entrada em vigor do novo Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo aprovado pelo Decreto-lei n.º 63 - A/2013, de 10 de Maio e do novo Regulamento 5/2013 da CMVM de 7 de Setembro da sua actividade principal;

• As alterações de natureza fiscal no que se refere a taxas de imposto e abrangência sobre os activos sob gestão e rendimentos correspondentes;

• A preparação para as alterações decorrentes do FACTA "Foreign Account Tax Compliance Act", que tem como objectivo prevenir a evasão fiscal de pessoas norte-americanas que utilizam instituições financeiras não residentes nos EUA para escudarem os seus rendimentos, e do EMIR “European Market Infrastructure Regulation”, relativo aos derivados do mercado de balcão, às contrapartes centrais e aos repositórios de transacções;

• As actividades associadas aos sistemas de controlo interno e sistemas de informação, nomeadamente, no que se refere à disponibilização na plataforma de internet do

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Grupo do CA On-Line, funcionalidades de consulta, subscrição e resgate de fundos de investimento geridos pela CA Gest.

Finalmente, e em termos da execução do objecto da sociedade:

• Liquidação dos Fundos de Investimento Mobiliário Abertos Raiz Tesouraria, Raiz Conservador e Raiz Poupança Acções, o primeiro por razões de desajustamento com o novo enquadramento regulamentar (aviso 1/2013 da CMVM) e a sobreposição do seu objectivo de investimento com o CA Monetário. Relativamente aos restantes, por deixarem de reunir os requisitos mínimos de capital e de dispersão exigíveis por lei; • Liquidação dos Fundos Especiais de Investimento CA Rendimento Fixo III e IV e CA

Saúde Valorização por terem atingido a sua maturidade;

• Lançamento de um novo Fundo Especial de Investimento Fechado CA Rendimento TOP;

• Realização do II Encontro CA Gest sobre Gestão de Activos, repetindo-se o sucesso do anterior evento.

Globalmente, a CA Gest alcançou um volume total sob gestão 1.9 mil milhões de Euros o que corresponde a um aumento de 537 milhões de euros (23,6%) sob gestão e aportou ao Grupo, directa e indirectamente, 4,7 milhões de rendimentos de comissões.

Em termos de gestão de Organismos de Investimento Colectivo, a CA Gest obteve em 2013 um êxito assinalável, com um crescimento relativo ao ano anterior de 32,6%, mais 54 milhões de Euros e atingindo um valor sob gestão de quase 221 milhões de Euros. O total das subscrições, excluindo as liquidações dos FEI Rendimento Fixo III e IV e dos FIM abertos supra referidos, líquidas de resgates e incluindo valorizações, atingiu o valor global de 110 milhões de Euros, dos quais 83 milhões no Fundo de Investimento Mobiliário Raiz Rendimento.

É ainda de salientar, no âmbito da gestão de Organismos de Investimento Colectivo, que 2 dos 4 fundos abertos sob gestão da CA Gest, o CA Monetário e o Raiz Rendimento, atingiram no final do ano o 1º lugar na rentabilidade a 12 meses nas suas classes, de acordo com a APFIPP, com níveis de risco inferiores à média nas suas classes respectivas. Na actividade de gestão de carteiras por conta de outrem, devemos salientar o volume sob gestão derivado da actividade dos clientes institucionais que aumentou 307 milhões de euros (+22,7% relativamente a 2012). Na gestão de carteiras por conta de outrem de particulares registou-se um acréscimo de 1,8% atingindo-se o valor 9,1 milhões de Euros repartidos por 40 carteiras.

Tendo em conta o nível de reservas livres de 2.352.579,66 Euros, a manutenção de uma estrutura eficiente de capitais próprios, atenta a evolução dos negócios sociais e as necessidades previsionais de fundos próprios, o Conselho de Administração propôs e a Assembleia Geral aprovou, após obtenção de parecer favorável do Conselho Fiscal, uma distribuição de reservas livres no valor de 1.500.000 Euros a favor do accionista único, a Credito Agrícola, SGPS, equivalente a uma remuneração de 7,5 Euros por acção.

Os resultados do exercício da Sociedade, antes de Impostos sobre os Lucros, foram de 607 mil Euros (+80,8% relativamente a 2012), com o produto bancário a atingir os 2,8 milhões de Euros (+14,3% relativamente ao ano anterior).

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Os gastos de funcionamento corrente, de cerca de 2,2 milhões de Euros, tiveram um aumento global de 3,6%, dentro das estimativas orçamentais.

Manteve-se em 2013 o quadro de pessoal de 14 colaboradores e as actividades de suporte contabilístico, recursos humanos e sistemas de informação em regime de prestação de serviços pelas empresas especializadas do Grupo.

E

NQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO E EVOLUÇÃO DOS MERCADOS

FINANCEIROS

CONJUNTURA MACROECONÓMICA

ECONOMIA MUNDIAL

O ano de 2013 foi marcado por uma desaceleração do ritmo de crescimento económico global para o nível mais baixo período do pós-crise financeira, um movimento para o qual foi determinante o desempenho dos mercados emergentes, penalizados pela expectativa quanto ao início do plano de remoção de estímulos monetários nos Estados Unidos. Nas economias desenvolvidas, apesar da desaceleração de 1,4% para 1,3%, assistiu-se, no segundo semestre do ano, a uma recuperação da actividade económica. Na Zona Euro, a manutenção de uma política monetária acomodatícia por parte do Banco Central Europeu e a expectativa quanto “à permanência de taxas de referência próximas de mínimos históricos durante um período alargado de tempo” permitiu contrariar o movimento de subida de taxas de juro desencadeado nos Estados Unidos. Do outro lado do Atlântico, foram dados os primeiros passos rumo à remoção gradual dos programas de estímulo monetário da Reserva Federal norte-americana (“quantitative easing”), enquanto que no Japão foi testado um modelo de reflação da economia pelo aumento sem precedentes da base monetária.

Na Europa, apesar de focos episódicos de aversão ao risco, como a incerteza governativa em Itália e o pedido de resgate financeiro da banca cipriota a Bruxelas, continuou a assistir-se a uma gradual normalização dos prémios de risco da periferia (Espanha, Itália, Portugal). O compromisso de Mário Draghi “de tudo fazer para ultrapassar a crise financeira da Zona Euro” e o lançamento do OMT (“Outright Monetary Transactions”), em Julho e Setembro de 2012, constituíram elementos dinamizadores da confiança dos agentes económicos, tendo contribuído decisivamente para a inversão da espiral recessiva em meados do ano. Mário Draghi, presidente do Banco Central Europeu, reduziu também a sua taxa de juro de referência de 0,75% para 0,25%, procurando atenuar o cenário de fragmentação do mercado financeiro Euros e ancorar as expectativas dos investidores quanto a eventuais subidas dos juros.

Nos EUA, a evolução favorável do mercado imobiliário e a descida sustentada da taxa de desemprego fizeram o FED reequacionar os programas de estímulo monetário lançados em 2012, nomeadamente o programa de “QE unlimited”, que previa a compra mensal de até USD 40 mil milhões em activos colateralizados (MBS), e o programa de aquisição mensal de até USD 45 mil milhões em obrigações do tesouro de longo prazo. Nesse sentido, foram dados sinais ao mercado entre Maio e Junho de 2013 de que a remoção desses programas passaria a estar dependente da evolução de determinados indicadores macroeconómicos. Em termos de política monetária, a Reserva Federal manteve a promessa de manter a sua taxa de juro de referência no intervalo entre 0% e 0,25%, enquanto a taxa de desemprego se situasse acima dos 6,5% e a inflação permanecesse controlada abaixo dos 2,5%.

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Economia Mundial, Previsões FMI Produto Interno Bruto

(Taxas de variação em percentagem, salvo indicação em contrário)

2014 2015 Estimativa Projecção Economia Mundial 3,1 3,0 3,7 3,9 Países Desenvolvidos 1,4 1,3 2,2 2,3 Estados Unidos 2,8 1,9 2,8 3,0 Zona Euro -0,7 -0,4 1,0 1,4 Japão 1,4 1,7 1,7 1,0

Países em vias de Desenvolvimento 4,9 4,7 5,1 5,4

Brazil 1,0 2,3 2,3 2,8

Rússia 3,4 1,5 2,0 2,5

Índia 3,2 4,4 5,4 6,4

China 7,7 7,7 7,5 7,3

(1) FMI: World Economic Outlook, Update Janeiro 2014

Indicadores (1) 2012 2013

Nas economias emergentes, verificou-se ao longo do ano uma moderação do ritmo de crescimento económico e uma importante depreciação das suas moedas, reflectindo simultaneamente a saída de fluxos financeiros em antecipação à remoção de estímulos monetários por parte da Reserva Federal norte-americana e, em algumas situações, a persistência de défices crónicos da balança de transacções correntes (África do Sul, Turquia, Índia, Indonésia e Brasil). Nestas economias mais dependentes do financiamento externo, o repatriamento de fluxos financeiros rumo às economias desenvolvidas obrigou mesmo os bancos centrais a subirem as suas taxas de juro numa tentativa de contrariar as perdas assistidas no mercado cambial. Da mesma forma, à depreciação das moedas, com repercussão directa na atractividade dos activos denominados nestas divisas, juntou-se o abrandamento económico presenciado na China, onde se procurou restringir o ritmo de concessão de crédito e o crescimento desmesurado do sector financeiro não oficial (“shadow banking system”).

Numa análise cronológica, o primeiro trimestre de 2013 arrancou com alguma volatilidade nos mercados financeiros. Nos Estados Unidos, o “fiscal cliff” foi evitado “in extremis” após um difícil acordo entre democratas e republicanos no Senado. Em Itália, a incerteza governativa dominava as atenções depois das vitórias no Senado por parte da Coligação de Sílvio Berlusconi e na Câmara dos Deputados por parte do Partido Democrático de Pier Luigi Bersani. Já em Março, a crise cipriota pôs em cheque o modelo adoptado em 2012 para a reestruturação da dívida pública grega depois da insuficiência de capital de EUR 17 mil mn detectada nos dois maiores bancos locais (Laiki e Banco do Chipre). Abrindo um precedente na Zona Euro, depósitos acima dos 100.000 EUR constituídos junto das instituições intervencionadas foram alvo de perdas. Em Abril, o Banco do Japão anunciou que iria dobrar a sua base monetária através de um programa de estímulo avaliado em USD 1,4 triliões de forma a atingir uma meta de inflação de 2% nos próximos 2 anos. Em Itália, passados 2 meses sobre as eleições legislativas, Enrico Letta foi nomeado primeiro-ministro. No início do mês de Maio, o Banco Central Europeu cortou a sua taxa de juro de referência de 0,75% para 0,50%, sinalizando com novas medidas num cenário de deterioração da envolvente macroeconómica na Europa.

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Em Junho, Ben Bernanke sinalizou que a Reserva Federal norte americana equacionava moderar o ritmo de compras de “treasuries” e MBS ao abrigo dos programas de “QE” gerando um movimento alargado de subida das taxas de juro a nível global, com particular incidência nas geografias “core”. Os activos dos mercados emergentes (e respectivas moedas) foram alvo de operações de tomada de mais valias e apresentaram um desempenho globalmente negativo até final do ano. Na China, foram colocadas restrições à concessão de crédito introduzindo ruído e subidas expressivas nas taxas do mercado interbancário. Em Julho, Mário Draghi sinalizou que o Banco Central Europeu deveria manter a sua taxa de juro de referência a níveis baixos por um período indeterminado de tempo, procurando dissociar-se do plano norte-americano de remoção dos estímulos monetários, cujo início se perspectivava para Setembro.

Em Portugal, Julho foi sinónimo de crise política e de volatilidade acrescida no mercado de taxa fixa. A incerteza em torno da governabilidade do país conduziu o yield dos 10 anos portugueses para próximo dos 7,5%. Em Agosto, assistiram-se a alguns sinais de estabilização na China, onde o indicador de actividade industrial “Purchasing Manager Índex” (PMI) regressou acima dos 50, marca acima da qual se entra em território de expansão da actividade industrial, e na Zona Euro, onde os indicadores avançados indiciavam uma recuperação no segundo semestre de 2013. Em termos macroeconómicos, o PIB da Zona Euro relativo ao segundo trimestre de 2013 avançou 0,3%, interrompendo seis trimestres consecutivos de quedas, com as principais economias da região a darem sinais de reaceleração. A Alemanha avançou 0,7% no segundo trimestre de 2013, depois do crescimento marginal de 0,1% no primeiro trimestre de 2013, enquanto que a França cresceu 0,5%, saindo de um período relativamente curto de recessão económica.

Em Setembro, a Reserva Federal norte americana surpreendeu os mercados ao não iniciar o processo de remoção das medidas de estímulo monetário conforme era largamente antecipado. Como consequência, as taxas de juro alemãs e norte-americanas a 10 anos recuaram significativamente face aos máximos anuais fixados na primeira quinzena de Setembro (3% e 2,08% respectivamente). Em Outubro, e depois de duas semanas de impasse em torno da negociação do novo orçamento norte-americano, foi alcançado um acordo temporário entre democratas e republicanos com vista a ultrapassar o “shutdown” do governo federal. Em Novembro, o Banco Central Europeu surpreendeu o mercado cortando de 0,5% para 0,25% a sua taxa de juro directora. Mário Draghi, presidente do BCE, justificou esta decisão com a queda da inflação homóloga para os 0,7%, muito abaixo do objectivo estatutário dos 2%.

Da mesma forma, foi revelado que um corte da taxa de depósito para valores negativos poderia ser equacionado num cenário de deterioração da envolvente macroeconómica. Na reunião de 17 e 18 de Dezembro, o FED confirmou finalmente a intenção de reduzir o ritmo de compras mensais de MBS e obrigações do tesouro dos USD 85 mil milhões para os USD 75 mil milhões a partir do mês de Janeiro de 2014. Ben Bernanke referiu também que a taxa de juro de referência deverá permanecer no intervalo entre 0% e 0,25% mesmo que a taxa de desemprego recue abaixo dos 6,5%, por forma a garantir a sustentabilidade do processo de recuperação económica.

Segundo as estimativas do FMI para 2014, a economia global deverá acelerar para 3,7% dos actuais 3%, reflectindo uma melhoria em ambos os blocos emergente (de 4,7% para 5,1%) e desenvolvido (de 1,3% para 2,2%). Entre países desenvolvidos, os Estados Unidos deverão crescer 2,8%, mais que os 1,9% registados em 2013. A economia norte-americana cresceu a uma taxa anualizada de 3,2% no quarto trimestre de 2013 com o consumo privado a avançar 3,3%, o ritmo mais elevado desde o final de 2010. Já a Zona Euro (+1,0%) deverá emergir de território recessivo, embora a recuperação não deva ser homogénea entre os diferentes estados membros. Da mesma forma, o Japão deverá

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avançar 1,7% e o Reino Unido deverá apresentar um crescimento de 2,4%. Entre os BRIC, a China deverá crescer 7,5% em 2014, seguida pela Índia (+4,4%), Brasil (+2,3%) e Rússia (+2%).

De uma forma geral, o crescimento económico global presenciado no segundo semestre de 2013 revelou-se mais forte do que era antecipado pelo Fundo Monetário Internacional em Outubro último, o que em parte se explica pela acumulação de “stocks” acima das expectativas em todas as geografias. Nos mercados emergentes, assistiu-se a uma recuperação na componente de exportações, tendo a procura interna permanecido pouco alterada. De acordo com o FMI, o aumento de procura nos países desenvolvidos deverá continuar a alimentar as exportações dos países em vias de desenvolvimento. Entre os principais riscos identificados pelo FMI, encontram-se a redução das taxas de inflação e das expectativas dos agentes económicos no caso das economias desenvolvidas. A concretizar-se um cenário de redução material de pressões inflacionistas nos próximos anos, a consolidação orçamental posta em prática em muitos dos estados membros da Zona Euro enfrentará dificuldades acrescidas.

Nos mercados emergentes, a correcção de défices crónicos das balanças corrente e de capital deverão ocorrer pela depreciação das moedas e, em determinadas situações, pela introdução de políticas monetárias mais restritivas (subida das taxas de juro). No caso da China, onde a evolução do investimento continua a ditar o sentido do crescimento económico, continua a ser necessário assumir uma maior preponderância da componente da procura interna. A remoção gradual dos programas de estímulo monetário nos Estados Unidos (“tapering”) continuará a originar volatilidade nos fluxos financeiros em torno dos mercados emergentes, traduzindo-se numa pressão sobre das moedas das economias cuja estrutura é mais capital intensiva.

ECONOMIA PORTUGUESA

Num cenário de normalização da crise das dívidas soberanas na Zona Euro, a economia portuguesa permaneceu em 2013 debaixo do programa de assistência financeira, conforme negociado com a “troika” em Abril de 2011. Por essa via, continuou a ser seguida uma linha de austeridade económica, procurando promover-se uma correcção gradual dos profundos desequilíbrios macroeconómicos agravados ao longo das últimas décadas. Nesse sentido, e depois de uma contracção acumulada do PIB de cerca de 6% ao longo do período 2011-2013, as mais recentes projecções do Banco de Portugal apontam para uma recuperação moderada da actividade económica entre 2014-2015, período que coincide presumivelmente com a saída de Portugal do programa de assistência financeira (Junho de 2014).

A economia portuguesa terá recuado 1,5% em 2013, de acordo com as estimativas mais recentes do Banco de Portugal publicadas no seu Boletim Económico de Inverno, melhor que a contracção de 3,2% presenciada no ano imediatamente anterior. Apesar das melhorias evidenciadas a partir de meados do ano, o desempenho anual seguiu condicionado pela evolução negativa da Procura Interna (-2,7%), reflexo do agravamento da carga fiscal e da desalavancagem das famílias, das empresas e do sector público. A política económica seguida em Portugal, negociada no actual Programa de Assistência Económica e Financeira, procura garantir o restabelecimento dos equilíbrios macroeconómicos, a redução das necessidades crónicas de financiamento externo e a abertura dos mercados financeiros internacionais. Atendendo ao elevado nível de endividamento externo, a redução da procura interna necessária para assegurar as condições de solvabilidade da economia portuguesa assume uma dimensão sem precedentes.

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Da mesma forma, o Banco de Portugal estima que o consumo privado tenha recuado 2% em 2013, que o consumo público tenha caído 1,5% e que a Formação Bruta de Capital Fixo tenha voltado a apresentar uma queda significativa (-8,4%). Esta tendência de queda dos agregados macroeconómicos deverá assistir a uma inversão em 2014, com a excepção do consumo público que deverá assistir a nova contracção de 2,3%. A evolução favorável da procura externa (Exportações +5,9% e Importações +2,7%) voltou mitigar a queda agregada do produto interno bruto. A procura externa permanecerá, no entanto, dependente da evolução macroeconómica dos principais parceiros europeus e de novos desenvolvimentos em torno da crise financeira da Zona Euro. De referir, que a Balança Corrente e de Capital ter-se-á situado em 2013 próxima de um saldo positivo de 2,5% do PIB, o que é revelador do enorme esforço de correcção dos desequilíbrios externos encetado desde 2011.

Portugal, Previsões Banco de Portugal

Agregados Macroeconómicos, Indicadores Económicos e Financeiros

(Taxas de variação em percentagem, salvo indicação em contrário)

2014 2015 PIB -3,2 -1,5 0,8 1,3 Consumo Privado -5,6 -2,0 0,3 0,7 Consumo Público -4,4 -1,5 -2,3 -0,5 FBCF -14,5 -8,4 1,0 3,7 Procura interna -6,7 -2,7 0,1 0,9

Exportações de Bens e Serviços 3,2 5,9 5,5 5,4

Importações de Bens e Serviços -6,7 2,7 3,9 4,5

Conta Corrente em % do PIB 0,8 2,5 3,8 4,7

Indíce de Preços no Consumidor (IHPC) 2,8 0,5 0,8 1,2

(1) Banco de Portugal: Boletim Económico, Inverno 2014.

Projecções

Indicadores (1) 2012 2013

Neste contexto de recuperação, o Banco de Portugal estima que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 0,8% em 2014 e 1,3% em 2015. No que diz respeito à Procura Interna, a sua evolução em 2014 e 2015, +0,1% e +0,9% respectivamente, deixa antever uma gradual normalização do mercado doméstico, nomeadamente uma recuperação gradual do consumo privado e do investimento (FBCF). De acordo com as projecções avançadas no Boletim de Inverno do Banco de Portugal, o Consumo Privado deverá avançar 0,3% em 2014 e 0,7% em 2015, compensando parcialmente a redução antecipada para a componente do consumo público (-2,3% em 2014 e -0,5% em 2015).

Em termos de Procura Externa, o Banco de Portugal estima que as Exportações continuem a evoluir de forma favorável (+5,5% em 2014 e +5,4% em 2015) e que as Importações voltem a acelerar à medida que o rendimento disponível das famílias apresente algumas melhorias. As Importações deverão registar uma subida de +3,9% em 2014 e de +4,5% em 2015. A procura externa proveniente dos mercados fora da Zona Euro deverá permanecer mais dinâmica que a procura decorrente dos mercados europeus, ainda que num contexto de abrandamento da actividade económica em algumas economias emergentes. Esta menor dinâmica, segundo o Banco de Portugal, poderá mesmo assumir um carácter estrutural. Estas projecções deverão continuar a suportar um saldo positivo das balanças corrente e de capital ao longo dos próximos anos (+3,8% do PIB em 2014 e +4,7% do PIB em 2015). A projecção de um aumento da actividade económica de 0,8% no próximo ano teve por base as medidas de consolidação orçamental incluídas no Orçamento de Estado para 2014.

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Os riscos em torno das projecções para o crescimento económico e inflação consideram-se equilibrados em 2013. No restante horizonte de projecção existem contudo riscos de uma menor recuperação da actividade económica, resultantes de uma evolução mais desfavorável do enquadramento externo e da procura interna. Quanto à inflação, medida pelo crescimento do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), deverá permanecer a níveis particularmente baixos ao longo do período da projecção (2014 e 2015), o que representa uma subida ligeira face ao valor de 0,5% observado em 2013. No que toca à evolução das Finanças Públicas, o défice orçamental em 2013 ter-se-á situado nos 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo dos 5,5% acordados com a “troika” para Portugal. O saldo global provisório da Administração Central e da Segurança Social ascendeu a -7863,6 milhões de euros (o que compara com -7617,3 milhões em 2012), enquanto o saldo primário, ou seja, excluindo juros da dívida pública, ficou nos -164,5 milhões (o que compara com 312,7 milhões positivos em 2012). A comparabilidade entre os resultados da execução orçamental de 2013 face a 2012 foi afectada por efeitos de natureza excepcional, alerta o documento da execução orçamental.

Em causa estão a contabilização da receita associada à transmissão dos fundos de pensões da banca e da PT, a integração na Caixa Geral de Aposentações, do fundo de pensões do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas; a venda das licenças de 4ª geração, a concessão de infra-estruturas aeroportuárias e o pagamento de dívidas de anos anteriores na área da saúde. Excluídos estes factores, o saldo global e primário ajustados teriam registado uma melhoria de, respectivamente, 2518,4 milhões de euros e de 2287,5 milhões respectivamente.

No que toca ao Orçamento de Estado para 2014, as principais medidas de consolidação orçamental dizem respeito ao programa de redução da despesa pública, afectando principalmente as despesas com pessoal (por via da redução do número de funcionários e do salário médio), os encargos com pensões, as prestações sociais em espécie e a despesa com consumos intermédios. Do lado da receita, as medidas terão um impacto menos significativo, estando centradas nos impostos sobre o rendimento das empresas e nos impostos sobre a produção e a importação. Como consequência, deveremos assistir a uma nova queda do consumo público em 2014, atenuada parcialmente pelo aumento significativo dos encargos com as parcerias público-privadas.

Na 10ª avaliação da “troika” efectuada ao abrigo do programa de ajustamento financeiro português, foi feita referência à necessidade de flexibilizar o mercado de trabalho através do lançamento de reformas estruturais que permitam relançar a competitividade. Foi também atribuída uma nota favorável à introdução no Orçamento de Estado para 2014 de medidas compensatórias da componente da reforma das pensões invalidada entretanto pelo Tribunal Constitucional. De acordo com o FMI, mais reformas estruturais fiscais, incluindo na administração fiscal e controlo das dívidas a fornecedores, serão críticas para manter as finanças públicas sustentáveis e minimizar os riscos orçamentais. Paralelamente, com a aproximação do final do programa de ajustamento financeiro (Junho 2014), é ainda uma incógnita se Portugal irá adoptar uma saída “limpa”, como fez a Irlanda, ou se irá aceitar um eventual programa cautelar acordado com Bruxelas.

MERCADOS FINANCEIROS

Em 2013, apesar da desaceleração económica presenciada no bloco emergente e da intenção manifestada pela Reserva Federal norte-americana em reduzir gradualmente alguns dos programas de estímulo monetário lançados no ano anterior, os principais mercados financeiros internacionais apresentaram um desempenho sólido. Nesse particular, continuou a assistir-se a uma normalização progressiva no mercado de taxa fixa e a uma

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redução de prémios de risco na periferia europeia (Espanha, Itália e Portugal). Os “spreads” de crédito recuaram para níveis mínimos dos últimos 4 anos, espelhando o maior apetite por “yield” e a resiliência apresentada nos lucros e margens operacionais das empresas. Na zona “core” europeia, as taxas assistiram a uma subida moderada na zona intermédia e longa da curva, acompanhando numa menor extensão o movimento dos “yields” norte americanos.

Nos mercados accionistas, foi um ano de ganhos expressivos nas principais bolsas mundiais, com a excepção do bloco emergente, onde a saída de fluxos financeiros rumo às economias desenvolvidas e a depreciação das suas moedas, conduziu a desempenhos anuais francamente decepcionantes, em particular no segundo semestre de 2013. Nos mercados emergentes, verificaram-se também período de alguns focos de tensão social (Brasil e Turquia). Nos Estados Unidos, os principais índices accionistas de referência avançaram para máximos históricos (S&P500 e Dow Jones Industrial Average) com os investidores mais optimistas quanto à capacidade da economia acomodar uma gradual remoção dos estímulos monetários apresentados na recta final de 2013. Ben Bernanke, presidente da Reserva Federal norte-americana, sinalizou em Maio e Junho de 2013 que o FED ponderava remover os programas de “quantitative easing”, muito embora só tenha agido em conformidade na reunião de Dezembro.

Na Europa, a política monetária do Banco Central Europeu permaneceu ultra-acomodatícia com a taxa de juro de referência a recuar dos 0,75% para os 0,25%, um novo mínimo histórico. Desde o lançamento em Setembro de 2012 do programa OMT (“Outright Monetary Transactions”), o apetite pelo risco e por “yield” regressou à Zona Euro, ancorando as taxas de juro da periferia nas maturidades curtas e intermédias. Paralelamente, o BCE anunciou que iria manter a taxa de juro directora nos actuais 0,25% durante um período alargado de tempo, sendo também possível que Mário Draghi possa anunciar em breve novas medidas como a descida da taxa de depósito para território negativo, um novo LTRO (“Long Term Refinancing Operation”) em novos moldes ou mesmo eliminar a esterilização das compras de títulos de dívida pública efectuadas ao abrigo do antigo SMP (“Securities Markets Program”).

Da mesma forma, a recapitalização recente da banca europeia e o plano de criação de uma União Bancária e de um Mecanismo Único de Supervisão Bancária, conduzido pelo BCE, têm permitido aumentar a confiança dos agentes económicos no projecto europeu. Nesse sentido, o “Asset Quality Review”, que irá avaliar a qualidade dos activos dos principais bancos da Zona Euro, encontra-se já em curso, devendo estar concluído antes de Outubro de 2014, altura em que o Banco Central Europeu assumirá o seu novo papel. A avaliação do BCE a 128 bancos da Zona Euro é composta por três fases: uma análise à qualidade do balanço dos activos dos bancos (“Asset Quality Review”), uma análise criteriosa dos principais riscos associados a cada entidade financeira (seja de liquidez, alavancagem ou financiamento) e, finalmente, testes de “stress” à dotação de capital das diferentes instituições financeiras analisadas. No que toca aos testes de “stress”, o Banco Central Europeu (BCE) irá exigir um rácio de capital core tier I mínimo de 8% no cenário base, e de 5,5% no caso de cenário adverso.

Nos Estados Unidos, a evolução favorável do mercado imobiliário e a descida sustentada da taxa de desemprego para os actuais 6,7% (Dezembro 2013), têm contribuído para uma evolução robusta dos indicadores de confiança dos consumidores e para uma reaceleração da actividade económica. O produto interno bruto dos Estados Unidos cresceu a um ritmo anual de 3,2% no quarto trimestre do ano passado, um dado que ganha relevância atendendo a que em Outubro aconteceu uma paralisação parcial do Governo (“shutdown”). Apesar da desaceleração face aos 4,1% registados no terceiro trimestre, a expansão registada nos dois trimestres, ou seja, no segundo semestre de 2013, foi a mais

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forte desde o semestre terminado em Março de 2012. Na vertente empresarial, as margens operacionais das empresas seguem igualmente a máximos do ciclo, enquanto que os balanços apresentam-se sólidos e com níveis de “cash” historicamente elevados.

MERCADO CAMBIAL

No mercado cambial, o Euro valorizou-se face às principais divisas (emergentes e desenvolvidas). O maior apetite por activos europeus reflectiu também a gradual normalização no mercado de taxa fixa presenciada na zona periférica (Portugal, Espanha, Itália e Grécia) e a maior confiança em torno da resolução da crise das dívidas soberanas. Neste particular, a recuperação económica presenciada na Zona Euro no segundo semestre do ano contribuiu decisivamente para suportar uma melhoria progressiva dos indicadores de confiança dos agentes económicos.

A forte apreciação do EUR face à moeda nipónica, testemunhada ao longo de todo o ano de 2013, decorreu essencialmente do novo programa governamental japonês (“Abenomics”) em conjugação com um programa agressivo de expansão da base monetária proposto por parte do Banco do Japão. A depreciação do iene nos mercados internacionais tem procurado dinamizar a actividade económica no país e fazer despertar a inflação depois de um período deflacionário de quase duas décadas.

No último ano, o Euro avançou 4,17% face ao Dólar norte-americano, encerrando o cotar nos USD 1,3743, e apreciou-se em cerca de 26,45% relativamente ao Iene japonês, encerrando a transaccionar nos JPY 144,73. Face à libra esterlina, o Euro apreciou-se em 2,26% fechando a última sessão de Dezembro a cotar nos GBP 0,8302. As «commodity currencies» - coroa norueguesa, dólar canadiano, dólar australiano - apresentaram um desempenho francamente negativo face ao Dólar norte-americano - Dólar canadiano (-6,6%), Dólar australiano (-14,21%) e Dólar neo-zelandês (-0,89%).

EVOLUÇÃO DO EURO Base100=31.12.2012 -10,0% -5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% De z-1 2 F ev-13 Ab r-1 3 Ju n -13 A go-13 Ou t-1 3 De z-1 3 USD GBP CHF JPY EUR/GBP +2,26% EUR/USD +4,17% EUR/JPY +26,45% EUR/CHF +1,63%

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A generalidade das moedas emergentes registaram perdas significativas durante o ano de 2013 face ao dólar norte-americano. O peso argentino perdeu 24,62%, a rupia indonésia recuou 19,54%, o rand sul africano desvalorizou 19,24%, a lira turca perdeu 16,97% e o real brasileiro perdeu 13,23%. O renminbi chinês apreciou mais uma vez face ao Dólar, avançando 2,91% para 6,0543 CNY por USD. A desaceleração estrutural da economia chinesa e a problemática em torno da expansão desmesurada do crédito nos últimos anos tem permanecido um foco de alguma apreensão nos mercados financeiros e nas autoridades locais.

MERCADO DE «COMMODITIES»

O mercado de “commodities” voltou a apresentar um desempenho negativo ao longo do ano de 2013 com o índice TR Jefferies CRB a desvalorizar 5,03%. O arrefecimento das economias emergentes penalizou o sentimento dos agentes económicos e dos investidores junto dos diversos segmentos do mercado de “mercadorias”, isto apesar da heterogeneidade apresentada ao nível dos diferentes constituintes. A redução das expectativas inflacionistas conferiu igualmente uma envolvente desfavorável para o desempenho da classe.

Nas “soft commodities”, assistiu-se a um desempenho muito heterogéneo entre os diferentes constituintes. O café (-23,02%) liderou as perdas, enquanto que o cacau se destacou nos ganhos (20,56%) valorizando pelo segundo ano consecutivo. No segmento de metais preciosos, a prata (-35,91%), o ouro (-28,26%) e a platina (-10,89%) registaram perdas de duplo dígito, espelhando a ausência de pressões inflacionistas a nível global e a expectativa quanto à remoção gradual dos programas de estímulo monetário (“quantitative easing”) nos Estados Unidos.

No segmento de energia, o WTI Crude valorizou em Nova Iorque encerrando o ano com um ganho de 7,2% a cotar nos USD 98,42 por barril. Já o Brent em Londres encerrou o ano pouco alterado (-0,28%) encerrando a transaccionar nos 110,80 USD por barril. O arrefecimento da economia global nos últimos anos e, mais recentemente, o abrandamento presenciado nas economias emergentes, tem condicionado o desempenho do segmento energético, ainda que no último ano se tenha assistido a uma aproximação entre os preços praticados nos dois lados do Atlântico.

MERCADO OBRIGACIONISTA

No mercado obrigacionista, continuou a assistir-se a uma normalização progressiva dos prémios de risco, caracterizada por uma descida acentuada das “yields” na periferia europeia e por uma redução, também significativa, dos “spreads” face à zona “core”. As palavras de Mário Draghi em Julho de 2012 e, finalmente, a apresentação do programa de “Transacções Monetárias Directas” (OMT) em Setembro do mesmo ano, continuaram a conferir suporte à procura por obrigações da periferia europeia. As economias do bloco “core” (Alemanha, França, Holanda, Suécia, Finlândia) experienciaram uma subida dos custos de financiamento nos mercados internacionais, em linha com o presenciado nos Estados Unidos.

Em termos de política monetária, o Banco Central Europeu reduziu a sua taxa de juro directora de 0,75% para 0,25%, mostrando-se ainda disponível para a fragmentação do mercado do Euro e deterioração da envolvente macroeconómica na Europa. A descida da taxa de depósito para território negativo e o lançamento de novos programas de refinanciamento de longo prazo (LTRO), dirigidos à banca europeia estarão entre um lote de medidas que poderão ser anunciadas ainda no decurso do primeiro trimestre de 2014. Paralelamente, Mário Draghi, presidente do Banco Central Europeu, procurou ancorar a

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zona curta e intermédia das curvas de rendimentos europeias sinalizando que as actuais taxas de juro poderão permanecer a mínimos históricos durante um período relativamente longo de tempo de forma a sustentar a recuperação lenta das diferentes economias da Zona Euro.

O mercado de dívida pública norte americana seguiu uma vez mais suportado pela manutenção da taxa de referência da Reserva Federal (FED) no intervalo entre 0% e 0,25% e do compromisso de Ben Bernanke em manter a sua política monetária ultra-acomodatícia até que o mercado laboral recupere de forma sustentável. Ainda assim, foram sendo conferidos os primeiros sinais dando conta da intenção da Reserva Federal norte-americana em retirar alguma da liquidez que vinha injectando através dos programas de “quantitative easing” anunciados na recta final de 2013. Nesse sentido, e depois de largos meses de incerteza nos mercados financeiros, Ben Bernanke confirmou na reunião de Dezembro que iria redimensionar as compras mensais de “MBS” e “Treasurires” dos USD 85 mil milhões para USD 75 mil milhões, já a partir de Janeiro de 2014.

Na Zona Euro, a taxas de juro do mercado interbancário seguiram sem uma tendência definida, condicionadas pela redução de taxas por parte do Banco Central Europeu e pela expectativa quanto à manutenção de juros baixos durante um horizonte alargado de tempo. As Euribor a 3, a 6 e a 12 meses encerraram, respectivamente, em 0,246%, em 0,389% e em 0,556%. Nos Estados Unidos, as Libor a 3, 6 e 12 meses encerraram o ano a cotar nos 0,306%, 0,348% e 0,583% respectivamente, sendo que os 12 meses presenciaram o maior recuo entre as diferentes maturidades.

Na Zona Euro, apesar do maior apetite pelo risco presenciado na Zona Euro ao longo de grande parte do ano de 2013, as curvas de rendimentos da zona “core” europeia avançaram, em linha com o movimento presenciado nos Estados Unidos.

YIELD CURVE EUROPEIA

-0,50% 0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00% 2,50% 3,00%

3 M 6 M 2 Anos 5 Anos 10 Anos 30 Anos

31-Dez-12 31-Dez-13

Nos Estados Unidos, a manutenção da taxa de juro de referência do FED no intervalo entre 0% e 0,25%, assim como a expectativa quanto à manutenção de uma política monetária acomodatícia até pelo menos meados de 2015, favoreceu a estabilidade evidenciada nas maturidades mais curtas (até 2 anos). Entre os 2 e os 30 anos, contudo, a curva de rendimentos norte-americana avançou em todas as maturidades, reflectindo a intenção da Reserva Federal norte-americana em reduzir gradualmente o ritmo de compras mensais de “MBS” e de “Treasuries” ao abrigo dos programas de “quantitative easing”.

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YIELD CURVE NORTE-AMERICANA -0,50% 0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00% 2,50% 3,00% 3,50% 4,00%

3 M 6 M 2 Anos 5 Anos 10 Anos 30 Anos

31-Dez-13

31-Dez-12

Na Zona Euro, a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor foi recuando dos 1,8%, registados no início do ano, para os 0,8% divulgados relativamente ao mês de Dezembro de 2013. Esta diminuição material das expectativas inflacionistas na Zona Euro tem causado alguma apreensão e terá estado por base no último corte de juros protagonizado por parte do BCE. Este cenário de inflação excessivamente baixa poderá revelar-se contraproducente com as medidas de consolidação orçamental postas em prática na generalidade dos estados membros da Zona Euro, em particular na periferia europeia. Em 2013, os “spreads” de crédito, quer nos EUA, quer na Europa, voltaram a recuar, traduzindo a manutenção de baixas taxas de “default” a nível global e a resiliência de margens apresentada a nível operacional por parte das empresas. A injecção de liquidez providenciada pelos principais bancos centrais mundiais contribuiu de sobremaneira para o apetite presenciado no mercado de taxa fixa e, em particular, no segmento de dívida “corporate”. O índice Itraxx Main 5 anos, que representa um “spread” médio relativo aos Credit Default Swaps dos principais 125 emitentes “investment grade” europeus, recuou para níveis mínimos dos últimos 4 anos, evoluindo dos 117,4 bps registados no inicio de Janeiro para os 70 bps com que encerrou o mês de Dezembro.

MERCADO ACCIONISTA

Os principais mercados accionistas internacionais apresentaram um desempenho robusto ao longo do ano de 2013 tendo encerrado, no caso das praças norte americanas e alemã, a níveis máximos históricos. Este desempenho foi possível graças à procura por “yield” e à manutenção a nível global de políticas monetárias de cariz expansionista. Apesar da resiliência apresentada a nível de resultados empresariais, em particular nos Estados Unidos, os ganhos foram justificados por uma expansão de múltiplos e não tanto por uma maior visibilidade e crescimento do negócio. De acordo com a informação compilada pela Bloomberg, os lucros das empresas que compõem o índice S&P500 avançaram cerca de 5% ao longo do ano de 2013, tendo as vendas registado uma variação homóloga de aproximadamente 1,1%, muito abaixo da valorização de 29,6% presenciada ao longo dos últimos 12 meses.

De forma inversa, os mercados emergentes voltaram a desiludir desvalorizando cerca de 5%, pressionados pela saída de fluxos financeiros em antecipação ao “tapering” da Reserva Federal norte-americana mas também devido a um abrandamento presenciado em algumas das principais economias asiáticas e da América Latina. No bloco emergente, o crescimento desmedido do sector financeiro não oficial (“shadow banking”) na China continuou a preocupar as autoridades locais, enquanto que em outras geografias (Indonésia, Índia) os bancos centrais tiveram de intervir no mercado de forma a tentar contrariar a depreciação das suas divisas. A subida de taxas de juro foi outra das soluções avançadas por parte das

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autoridades monetárias com o intuito de procurar estancar as perdas presenciadas no mercado cambial.

Olhando de uma forma estruturada para o desempenho geral das praças accionistas verificamos que no caso dos mercados desenvolvidos apenas entre Maio e Julho de 2013 se assistiu a alguma volatilidade e a uma ausência temporária de direccionalidade. De facto este período coincidiu com os sinais avançados pela Reserva Federal norte-americana quanto à necessidade de começar a remover os estímulos monetários lançados uns meses antes. Ben Bernanke, que terminava em Janeiro de 2014 o seu mandato à frente dos destinos da FED, surpreendeu os mercados financeiros em Setembro de 2013 ao adiar o início do “tapering” conforme era largamente antecipado. Esta decisão contribuiu decisivamente para um movimento de maior apetite pelo risco que se viria a materializar até final do ano (fase de “risk on”).

Nos EUA, as expectativas dos agentes económicos, em particular dos consumidores e empresários, melhoraram de forma substancial ao longo do último ano reflexo de progressos evidentes a nível do mercado imobiliário e uma recuperação mais rápida do que era antecipado do mercado de trabalho. Nesse sentido, em particular nos últimos dois trimestres do ano, assistiu-se a uma forte reaceleração da economia, mesmo num período marcado por um “shutdown” temporário do governo federal (Outubro de 2013), decorrente da falta de entendimento entre democratas e republicanos na negociação do novo orçamento para 2014.

Confirmando as expectativas do mercado, a Reserva Federal norte-americana anunciou na reunião de Dezembro que iria reduzir, com efeitos práticos a partir de Janeiro de 2014, o ritmo de compras de “MBS” e “Treasuries” ao abrigo dos programas de estímulo monetário, uma decisão que não alterou de forma material o apetite pelo risco na dobragem para o novo ano. A partir daí, o mercado passou a antecipar um corte de USD 10 mil milhões por reunião ao longo do ano de 2014, muito embora Ben Bernanke tenha frisado que a evolução dos indicadores macroeconómicos continuariam a ditar o ritmo de execução destes programas.

EVOLUÇÃO DO MERCADO AMERICANO - ÍNDICE DOW JONES INDUSTRIAL

12.500,00 12.800,00 13.100,00 13.400,00 13.700,00 14.000,00 14.300,00 14.600,00 14.900,00 15.200,00 15.500,00 15.800,00 16.100,00 16.400,00 16.700,00 17.000,00 D ez-1 2 F e v-13 A b r-1 3 Jun-13 A go-13 Ou t-1 3 D ez-1 3

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Também na Europa, sugiram, em particular no primeiro semestre de 2013, alguns focos de aversão ao risco causados, primeiramente, pela crise governativa em Itália e, em seguida, pela crise cipriota, que viria a infligir pela primeira vez perdas nos depositantes na recapitalização dos principais bancos locais. Efectivamente, a partilha de perdas por parte de depositantes acima dos 100.000 EUR passou a constituir a regra a aplicar em futuras situações de “bail in” a instituições financeiras em dificuldades no espaço europeu. Da mesma forma, foram acautelados os primeiros passos com vista à instauração da União Bancária e do Mecanismo Único de Supervisão a partir de Outubro de 2014. Em termos de política monetária, o Banco Central Europeu procurou ao máximo suportar a recuperação do bloco periférico europeu e distanciar-se, quanto possível, da envolvente de subida de taxas de juro importada dos Estados Unidos.

Na Europa, os sinais positivos multiplicaram-se a partir de meados do ano tendo a Zona Euro emergido da recessão económica, liderada primeiramente por um fortalecimento das economias da zona “core” e depois por uma recuperação gradual das economias da periferia (Espanha, Portugal e Itália). Na Europa, o sector automóvel (+35,97%), o sector segurador (+33%) e o sector dos media (+33,18%) lideraram os ganhos no Eurostoxx 600, sendo que os sectores imobiliário (+2,63%), petrolífero (+4,28%) e de alimentação (+7,04%) foram os que pior desempenho relativo apresentaram. O sector financeiro (+30,96%) foi outro dos grandes beneficiados com o maior apetite pelo risco presenciado, em particular, nos últimos seis meses do ano. A melhoria dos níveis de capitalização, fruto de alienações de activos e aumentos de capital, e dos níveis de liquidez, por acção directa dos instrumentos disponibilizados pelo BCE, permitiram reduzir a percepção de riscos sistémicos em torno do sector.

As valorizações relativas do segmento accionista estão em conformidade com as médias históricas na Europa e, de alguma forma, ricas no que toca aos mercados norte-americanos. Em 2014, a resiliência apresentada a nível dos resultados das empresas continuará a ser escrutinada de perto pelos investidores, numa envolvente macroeconómica desafiante tendo em consideração o “tapering” do FED e alguns sinais contraditórios em termos de crescimento económico conhecidos já no decorrer dos primeiros meses de 2014. A capacidade das economias desenvolvidas em acomodarem um ciclo de subida de taxas de juro e a extensão da actual desaceleração no bloco emergente serão outros dos temas a monitorizar de perto.

EVOLUÇÃO DO MERCADO EUROPEU - ÍNDICE DJ STOXX 50

2.400,00 2.500,00 2.600,00 2.700,00 2.800,00 2.900,00 3.000,00 D ez-1 2 Ja n-13 Fe v -1 3 Ma r-1 3 A b r-1 3 Ma i-1 3 Jun-13 Ju l-1 3 A go-1 3 Se t-1 3 Ou t-1 3 N ov-1 3 D ez-1 3

O ano de 2013 foi caracterizado por baixos níveis de volatilidade, excepção feita à queda sincronizada das principais bolsas mundiais entre Maio e Junho, reflexo de receios generalizados quanto ao início do “tapering” do FED. No segundo semestre, as maiores praças financeiras apresentaram um desempenho sólido, em muitos casos com ganhos de

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duplo dígito. O índice VIX (que mede a volatilidade implícita às opções transaccionadas na Chicago Board Options Exchange) variou entre 12% e 22% ao longo do ano, tendo encerrado próximo dos 14% e abaixo de médias históricas.

Num ano marcado pela redução do risco soberano português nos mercados financeiros, o índice PSI 20 encerrou 2013 com ganhos de 15,98%. A liderar as valorizações anuais, uma nota para a Mota Engil (+175,88%), BCP (+121,83%) e Zon Optimus (+81,82%). A Mota-Engil terá beneficiado dos contratos ganhos ao longo do ano e dos planos da construtora em colocar em bolsa a sua “subholding” Mota-Engil África, enquanto que o BCP, apesar dos elevados prejuízos registados, beneficiou da expectativa quanto ao regresso aos lucros em 2014. Finalmente a Zon Optimus, continuou a beneficiar da fusão anunciada ainda no decorrer do exercício de 2012.

EVOLUÇÃO DO MERCADO PORTUGUÊS - ÍNDICE PSI 20

4.700,00 5.100,00 5.500,00 5.900,00 6.300,00 6.700,00 D ez-1 2 Ja n-13 F ev-13 Ma r-1 3 A b r-13 Ma i-1 3 Jun-13 Ju l-1 3 A go-13 Se t-1 3 Ou t-1 3 N ov-13 D ez-1 3

Pela negativa, uma nota para o Banif (-92,81%), a Portugal Telecom (-15,71%) e a Cofina (-14,94%).

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Fundo de Fundo de Fundo de

Fundo de IIIInvestimento Mobiliárionvestimento Mobiliárionvestimento Mobiliárionvestimento Mobiliário Aberto de Obrigaç Aberto de Obrigaç Aberto de Obrigações Aberto de Obrigaçõesõesões

R

R

R

R

AIZ

AIZ

AIZ

AIZ

R

R

R

R

E

E

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ENDIMENTO

NDIMENTO

NDIMENTO

NDIMENTO

Registado na CMV Registado na CMV Registado na CMV

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R

ELATÓRIO DE ACTIVIDADE

O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações RAIZ RENDIMENTO foi autorizado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 7 de Julho de 1994 por tempo indeterminado e iniciou a sua actividade em 20 de Junho de 1994. O FUNDO tem por objectivo a aplicação de poupanças por prazos superiores a 180 dias numa carteira diversificada de activos de rendimento fixo.

EVOLUÇÃO DO VALOR GLOBAL LÍQUIDO DO FUNDO

No final de 2013, os activos líquidos do fundo de investimento mobiliário aberto de Obrigações Raiz Rendimento totalizavam cerca de € 88,71 milhões, o que representa um acréscimo, face ao final do ano anterior, de 13,75 vezes no valor global líquido do fundo. Este invulgar crescimento deve-se quase inteiramente a pedidos de subscrição de unidades de participação deste fundo, que foi objecto de uma campanha comercial, cujo sucesso foi exponenciado pela atractiva rentabilidade do fundo e, em parte, também explicável pela migração de valores antes aplicados no extinto Raiz Tesouraria (capitais totais de cerca de 9 milhões de euros.

Milhões de Euros

Volume sob Gestão últimos 3 anos

6,0 30,1 88,7 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

Dez 12 Jun 13 Dez 13

Demonstração do

Património 2013 2012 2011

Valores Mobiliários 74.961.071 5.597.885 6.272.693 Saldos Bancários 16.876.000 461.922 496.373

Outros activos 253 - -

Total dos activos 91.837.324 6.059.807 6.769.066

Passivo (3.128.207) (44.551) (137.253)

Valor líquido 88.709.117 6.015.256 6.631.813

SALDO LÍQUIDO DAS SUBSCRIÇÕES E RESGATES

O movimento de unidades de participação no fundo Raiz Rendimento evidenciou ao longo do ano uma constante tendência positiva que se fortaleceu no início do período de campanha comercial em Maio, quando a rendibilidade do fundo já devolvia alguma confiança aos participantes. Assim, o saldo líquido entre subscrições e resgates em 2013 totalizou um valor positivo de € 81,17 milhões. Milhares de Euros 377 533 6. 585 12. 108 4. 078 7. 899 12. 080 14. 748 651 960 9. 776 11. 379 -50 1.950 3.950 5.950 7.950 9.950 11.950 13.950 15.950 Ja n-13 Fe v-13 M ar-1 3 Ab r-1 3 Ma i-1 3 Jun-13 Ju l-1 3 Ag o-13 Se t-1 3 Ou t-1 3 No v-13 Dez -1 3

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POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Avaliação do desempenho do fundo

Sendo este Fundo constituído maioritariamente por obrigações de emitentes do Sul da Europa, o seu desempenho durante 2013 foi afectado positivamente pelo estreitamento dos spreads de risco dos países periféricos. Com efeito, os Credit Default Swaps (CDS) de Portugal, Espanha e Itália, depois de registarem um estreitamento pronunciado no segundo semestre do ano anterior, consequência das declarações de Mário Draghi, que assegurou um compromisso firme do BCE em defender a Moeda Única, voltaram a estreitar, agora de forma mais modesta, em 2013, apesar de se terem registados episódios de agravamento na sequência da crise politica em Portugal desencadeada pelos pedidos de demissão quase simultâneos do Ministro das Finanças e do Ministro de Estado, enquanto na Itália se assistiu a uma impasse que resultou de eleições legislativas sem vencedores claros e sobretudo as ondas de choque causadas pelo resgate ao sistema financeiro do Chipre, que introduziram alguma volatilidade nos mercados de crédito. Contudo, o forte compromisso do BCE, liderado por Mário Draghi, em resolver a crise financeira da Zona Euro e o lançamento do OMT no segundo semestre de 2013 permitiram retomar o processo de normalização dos spreads de risco da periferia europeia. Ao longo dos últimos 12 meses, uma gestão activa do Fundo soube tirar parido dessas oscilações e devolver ao “Raiz Rendimento” uma extraordinária rentabilidade de 7,07%, dando-lhe o primeiro lugar destacado no ranking dos fundos nacionais da sua classe.

Principais decisões de investimento

Durante o primeiro semestre de 2013 decorreu uma campanha comercial do “Raiz Rendimento” junto da Rede que teve uma adesão extraordinária, permitindo quintuplicar o volume sob gestão no Fundo.

O sucesso desta campanha e a consequente entrada massiva de dinheiro para aplicar permitiu alterar pacificamente a política de investimentos do Fundo tornando-a um pouco mais agressiva. Assim, a maturidade média do portfólio de obrigações deste Fundo foi subindo gradualmente ao longo do segundo semestre e fechou o ano nos 33 meses, que compara com os 21 meses registados no final do ano anterior.

A exposição a depósitos a prazo e papel comercial subiu significativamente e foi estabelecido um objectivo máximo de 20% de alocação a estes activos, que periodicamente é ultrapassado quando o volume de subscrições no Fundo se torna mais elevado.

Dentro do portfólio de obrigações, prosseguimos com a redução da exposição aos países periféricos, que caiu de 44%, para 33% ao longo do ano com um novo limite de 40% para estes activos a ser implementado. Já a componente de taxa fixa caiu ligeiramente para os 27%, sendo que foi decidido, em 2013, fazer a cobertura com futuros da componente de taxa fixa superior a 18 meses, de modo a defender o Fundo de uma subida das taxas de juro, sempre que a probabilidade desse risco se materializar ou aumentar significativamente.

A queda das taxas Euribor, que servem de referência para as obrigações indexadas e para os depósitos a prazo, esgotou o potencial para novas descidas depois de o BCE ter reduzido, em Maio, a taxa directora para 0,5%. Nem uma nova descida desta taxa para o mínimo histórico de 0,25% evitou que as taxas Euribor iniciassem um processo de subida, ainda que lenta e pouco significativa. Este factor, associado a uma alocação a títulos com maturidades superiores deu origem a uma subida ligeira da taxa líquida aparente, que passou dos 1,28% no final do ano anterior para os 1,35% registados no final de Dezembro.

De registar ainda a introdução no portfólio do “Raiz Rendimento” de exposição a títulos de divida subordinada embora limitada a um máximo de 5% do Fundo. Foi igualmente criado um portfólio de títulos de gestão activa onde são feitas apostas de curta duração em obrigações de taxa fixa com um perfil mais agressivo. A exposição a estas obrigações está limitada a 10% do Fundo mas termina o ano abaixo de 6%, o que denuncia a preocupação constante de manter um perfil conservador na matriz do “Raiz Rendimento”.

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ESTRUTURA DA CARTEIRA EM 31.Dez.2013

Valores expressos em percentagem do valor global líquido do fundo.

Classes de Activos Taxa de Juro

Obrigações Div ersas; 67. 417. 263, 44; 76% Papel Comercial; 5. 009. 797, 30; 6% Aplicações M onetárias (1); 13. 748. 046, 51; 15% Div ida Pública;

2. 534. 010, 24; 3% \ ; Tax a Variáv el ; 45. 997. 757, 78 61% Tax a F ix a < 1 Ano; 7. 537. 859, 79; 10% Tax a F ix a > 1 ; Ano ; 21. 425. 453, 41 29% Emitentes Mercados EU A+ Canadá; 8. 439. 006, 10; 10% Europa; 80. 270. 111, 39; 90% \ B olsas Europeias; 69. 951. 273, 68; 79% Papel Comercial; 5. 009. 797, 30; 6% Aplicações M onetárias (1); 13. 748. 046, 51; 15% \

(1) Aplicações monetárias ajustadas das operações a regularizar

Ratings A ; 23.618.874,0 6; 36% BBB; 25.821.706,7 8; 38% B; 1.775.665,47; 3% BB; 5.467.843,56; 8% A A ; 9.639.125,25; 15%

(26)

NÚMERO DE UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO E VALOR UNITÁRIO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS A 31 de Dezembro de cada um dos últimos cinco exercícios, foram apurados os seguintes valores unitários e número de unidades de participação:

Anos Valor da UP Nº Up’s em Circulação

2013 7,0729 12.542.046

2012 6,6058 910.600

2011 6,1983 1.069.940

2010 6,1696 2.270.533

2009 6,1905 3.746.508

RENDIBILIDADE E RISCO HISTÓRICOS

Ano Rentabilidade Risco

Ult 52 sem Classe de risco Escalão de risco 2002 2,26% 0,15% 1 Baixo 2003 1,96% 0,19% 1 Baixo 2004 1,56% 0,11% 1 Baixo 2005 1,02% 0,26% 1 Baixo 2006 0,69% 0,37% 1 Baixo 2007 1,66% 0,12% 1 Baixo 2008 0,07% 0,53% 1 Baixo 2009 3,06% 0,28% 1 Baixo 2010 -0,32% 0,40% 1 Baixo 2011 0,47% 0,57% 1 Baixo 2012 6,56% 1,04% 1 Baixo 2013 7,07% 0,84% 2 Médio Baixo

As rendibilidades divulgadas representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que varia entre 1 (risco

mínimo) e 7 (risco máximo). O valor da unidade de participação pode variar em função do valor dos activos que compõem a carteira do fundo. As taxas de rentabilidade apresentadas não incluem eventuais comissões de

subscrição(0%) ou resgate(0%).

A Informação Fundamental ao Investidor, o prospecto e os relatórios e contas anuais e semestrais encontram-se disponíveis na sede da sociedade gestora, em todos os balcões das entidades colocadoras e dos seus agentes e serão

enviados aos participantes que o solicitem, sem quaisquer encargos.

PERFIL DE RISCO

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MERCADOS ONDE O OIC INVESTE E RESPECTIVAS CONDIÇÕES DE ACESSO Não aplicável

COMISSÕES SUPORTADAS PELOS PARTICIPANTES

2011 2012 2013

Subscrições - - -

Resgates 72 11 32

INFORMAÇÃO PREVISTA NO PONTO VII DO ESQUEMA B DO ANEXO AO DECRETO-LEI N.º 63-A/2013

Não aplicável

Lisboa, 24 de Abril de 2014

O Conselho de Administração

Eduardo Augusto Pombo Martins

(28)

Unidade: Euros ACTIVO CAPITAL E PASSIVO

CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2013 31-12-2012 CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2013 31-12-2012 BRUTO Mv. mv/P Líquido Líquido

CARTEIRA DE TÍTULOS CAPITAL DO OIC

61 Unidades de Participação 62.559.726 4.542.076 21 Obrigações 69.430.288 274.671 (71.071) 69.633.888 5.581.743 62 Variações Patrimoniais 14.216.931 (8.939.764) 26 Outros Instrumentos de dívida 5.000.000 - - 5.000.000 - 64 Resultados Transitados 10.412.944 10.014.590

65 Resultados Distribuídos - -66 Resultados Líquidos do Exercício 1.519.516 398.354 TOTAL DA CARTEIRA DE TÍTULOS 74.430.288 274.671 (71.071) 74.633.888 5.581.743 TOTAL DO CAPITAL DO OIC 88.709.117 6.015.256 TERCEIROS PROVISÕES ACUMULADAS

413+…+418 Contas de Devedores 253 - - 253 - 481 Provisões para Riscos e Encargos 45.764 -TOTAL DOS VALORES A RECEBER 253 - - 253 - TOTAL PROVISÕES ACUMULADAS 45.764 -DISPONIBILIDADES TERCEIROS

12 Depósitos à Ordem 939.289 - - 939.289 7.695 421 Resgates a pagar a Participantes 354.147 25.521 13 Depósitos a Prazo e com Pré-aviso 15.881.000 - - 15.881.000 454.000 423 Comissões a Pagar 53.522 4.534 424+…+429 Outras Contas de Credores 2.674.775 14.497 TOTAL DAS DISPONIBILIDADES 16.820.289 - - 16.820.289 461.695 TOTAL DOS VALORES A PAGAR 3.082.443 44.551 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

51 Acréscimos de Proveitos 382.894 - - 382.894 16.369 55 Acréscimos de Custos - -52 Despesas com Custo Diferido - - - 56 Receitas com Proveito Diferido - -58 Outros Acréscimos e Diferimentos - - - 58 Outros Acréscimos e Diferimentos - -59 Contas Transitórias Activas - - - 59 Contas Transitórias Passivas - -TOTAL DE ACRESC. E DIFERIM. ACTIVOS 382.894 - - 382.894 16.369 TOTAL DE ACRESC. E DIFERIM. PASSIVOS - -TOTAL DO ACTIVO 91.633.724 274.671 (71.071) 91.837.324 6.059.807 TOTAL DO CAPITAL E PASSIVO 91.837.324 6.059.807 12.542.046 910.600 7,0729 6,6058 Abreviaturas: Mv - Mais valias / mv - menos valias / P - Provisões

BALANÇO

(29)

Unidade: Euros CUSTOS E PERDAS PERÍODO PROVEITOS E GANHOS PERÍODO

CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2013 31-12-2012 CÓDIGO DESIGNAÇÃO 31-12-2013 31-12-2012 CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTES

JUROS E CUSTOS EQUIPARADOS JUROS E PROVEITOS EQUIPARADOS:

712 Da carteira de Títulos - - 812+813 Da Carteira de Títulos e Outros Activos 551.884 107.786 811+814+817+8

18 Outros, de Operações Correntes 97.791 21.491 COMISSÕES

722+723 Da carteira de Títulos e Outros Activos - - RENDIMENTO DE TÍTULOS

724+...+728 Outras, de operações Correntes 259.999 48.010 822+...+824/5 Da Carteira de Títulos e Outros Activos - -729 De oprações extrapatrimoniais - - 828 De Outras Operações Correntes - -829 De Operações Extrapatrimoniais - PERDAS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS

732+733 Da carteira de Títulos e Outros Activos 1.787.884 308.638 GANHOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS

731+738 Outras, de operações Correntes - - 832+833 Na Carteira de Títulos e Outros Activos 3.538.638 663.830 739 Em operações Extrapatrimoniais 309.340 - 831+838 Outros, em Operações Correntes - -839 Em Operações Extrapatrimoniais 277.100 IMPOSTOS

7411+7421 Impostos sobre o Rendimento 537.984 31.148

7412+7422 Impostos Indirectos 68 - REPOSIÇÃO E ANULAÇÃO DE PROVISÕES

851 Provisões para Encargos 268.397 PROVISÕES DO EXERCÍCIO

751 Provisões para Encargos 314.161 - 87 OUTROS PROV. E GANHOS CORRENTES - -77 OUTROS CUSTOS E PERDAS CORRENTES 6.939 6.957 TOTAL DOS GANHOS E PROVEITOS CORRENTES (B) 4.733.810 793.107

TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS CORRENTES (A) 3.216.375 394.753

PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS

CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS 883 Ganhos imputáveis a Exercícios Anteriores - -782 Perdas Extraordinárias - - 888 Outros Proveitos e Ganhos Eventuais 2.081 -783 Perdas Imputáveis a Exercicíos Anteriores -

-788 Outros Custos e Perdas Eventuais - TOTAL DE CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS (C) -

-TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS (D) 2.081 -66 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 1.519.516 398.354

TOTAL 4.735.891 793.107 TOTAL 4.735.891 793.107 8x2/3/4/5-7x2/3 Resultados da Carteira de Títulos e Outros Activos 2.302.638 462.978 D-C Resultados Eventuais 2.081

-8x9-7x9 Resultados das Operações Extrapatrimoniais (309.340) - B+D-A-C+74 Resultados Antes de Imposto s/ o Rendimento 2.057.500 429.502 B-A Resultados Correntes 1.517.435 398.354 B+D-A-C Resultados Líquidos do Período 1.519.516 398.354

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