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TRATADO DE NÃO PROLIFERAÇÃO NUCLEAR - TNP

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TRATADO DE NÃO PROLIFERAÇÃO NUCLEAR - TNP PREPARATÓRIO: FUNSAÚDE

MÓDULO: EUA X CORÉIA DO NORTE PROFESSOR(A): TICIANO LAVOR

PRIMEIRAMENTE TEMOS QUE VOLTAR NO TEMPO E ENTENDERMOS O QUE É O FAMOSO – TNP

Em agosto de 1945, o mundo conheceu os efeitos devastadores de uma bomba nuclear. Nessa ocasião, os Estados Unidos da América (EUA), para demonstrar seu poderio bélico, lançaram bombas nucleares nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. As consequências foram terríveis: desastres ambientais, centenas de milhares de pessoas morreram, desenvolvimento de queimaduras, cegueiras, surdez e cânceres. Diante dos efeitos destrutivos das armas nucleares, os países vencedores da Segunda Guerra Mundial, utilizando o discurso ideológico de inibir a expansão dessas armas, foram os principais responsáveis pela elaboração do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Esse tratado foi assinado em 1968 e passou a vigorar em 1970, possuindo,

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TRATADO DE INTERDIÇÃO COMPLETA DOS TESTES NUCLEARES

atualmente, 189 países. (professor Ticyano Lavor.

https://www.facebook.com/ticyano.lavor.7?fref=ts)

De acordo com as normas do TNP, apenas as nações que explodiram a bomba atômica antes de 1967 têm direito de possuir esse tipo de armamento. Esses países são: Estados Unidos da América, Federação Russa (que sucede a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), Reino Unido, França e China. Ironicamente, são os cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Essas nações “privilegiadas” podem manter seu armamento nuclear, no entanto, é extremamente proibido o fornecimento tanto de bombas quanto de tecnologia de fabricação para outros países. Outra exigência estabelecida pelo TNP é que o arsenal nuclear deve ser reduzido, porém isso nunca foi posto em prática por nenhum dos detentores de bombas atômicas. As outras nações do planeta, que não explodiram bombas atômicas antes de 1967, se comprometem, conforme assinado no TNP, a jamais produzir tais armas. Contudo, elas podem desenvolver tecnologia nuclear, desde que seja para fins pacíficos, como, por exemplo, para a produção de energia elétrica. Esses projetos, porém, devem passar pela inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e, caso algo de errado seja detectado, o projeto é encaminhado para o Conselho de Segurança da ONU.

Com relação aos países derrotados na Segunda Guerra Mundial, principalmente a Alemanha, a Itália e o Japão, o Tratado de Não Proliferação Nuclear estabeleceu regras ainda mais rígidas sobre o enriquecimento de urânio. Entretanto, as relações desses países com os que compõem o Conselho de Segurança da ONU se estabilizaram, fato que reduziu a “perseguição” aos seus projetos nucleares. É importante ressaltar que algumas nações não assinaram o tratado e possuem bombas atômicas, como a Índia, Paquistão e Israel, que não confirma oficialmente. A Coreia do Norte, por sua vez, se retirou do tratado e é outro país que tem armas nucleares. Atualmente, a grande preocupação é com relação ao projeto nuclear iraniano, o qual muitos acreditam que seja para fins bélicos. AGORA VAMOS ENTENDER OUTRO ACORDO:

Em 24 de setembro de 1996, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, foi aberto à assinatura o Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares (Comprehensive Nuclear- -Test-Ban Treaty – CTBT), pelo qual “cada Estado

Parte compromete-se a não realizar nenhuma explosão experimental de armas nucleares ou qualquer outra explosão nuclear e a proibir e impedir qualquer explosão nuclear em qualquer lugar sob sua jurisdição ou controle”, tanto para fins militares como civis. As

negociações do Tratado haviam se iniciado na Conferência do Desarmamento (CD) em Genebra em janeiro de 1994 e o texto final, copatrocinado por 127 países, inclusive o Brasil, foi adotado pela Assembleia Geral da ONU em 10 de setembro de 1996. O Brasil firmou o CTBT no primeiro dia. Ratificou menos de dois anos depois, em 24 de julho de 1998. Entende o Brasil que o CTBT constitui um instrumento para a correção do viés discriminatório do TNP, que faz distinção entre Estados nuclearmente armados e não

nuclearmente armados. O CTBT era – e segue sendo – importante para o

Brasil na medida em que estabelece regras idênticas para todos os países e instaura a proibição completa de explosões nucleares, o que a longo prazo tenderia a promover o desarmamento, além da não proliferação nuclear; acredita o Brasil que desarmamento e não proliferação são processos que se reforçam mutuamente e que, portanto, devem avançar juntos. Nessas condições, o Brasil vê o CTBT como um dos pilares fundamentais na arquitetura multilateral de desarmamento e não proliferação nucleares.

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Até 27 de abril de 2016, o tratado havia sido ratificado por 164 países, entre os quais a Rússia, França e o Reino Unido. No entanto, o documento ainda não entrou em vigor (até a referida data), porque oito países, incluindo os Estados Unidos e a China, ainda não avançaram com a ratificação. Neste dia, 27 de abril, durante uma cerimónia em Viena, Áustria, o secretário-geral da ONU apelou às grandes potências nucleares, incluindo os Estados Unidos, para que ratifiquem “sem demora” o Tratado de Interdição. “Apelo aos

Estados que restam, aos oito Estados que faltam, que assinem e ratifiquem o tratado sem demora”, declarou Ban Ki-moon.

EM 2003 A COREIA DO NORTE SE RETIRA DO TNP

Como já vimos, esse tratado foi assinado em 1968 e passou a vigorar em 1970, possuindo, atualmente, mais de 180 países. De acordo com as normas do TNP, apenas as nações que explodiram a bomba atômica antes de 1967 têm direito de possuir esse tipo de armamento. Esses países são: Estados Unidos da América, Federação Russa (que sucede a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), Reino Unido, França e China. Essas nações “privilegiadas” podem manter seu armamento nuclear, no entanto, é extremamente proibido o fornecimento tanto de bombas quanto de tecnologia de fabricação para outros países. Outra exigência estabelecida pelo TNP é que o arsenal nuclear deve ser reduzido, porém isso nunca foi posto em prática por nenhum dos detentores de bombas atômicas. As outras nações do planeta, que não explodiram bombas atômicas antes de 1967, se comprometem, conforme assinado no TNP, a jamais produzir tais armas. Contudo, elas podem desenvolver tecnologia nuclear, desde que seja para fins pacíficos, como, por exemplo, para a produção de energia elétrica. Esses projetos, porém, devem passar pela inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e, caso algo de errado seja detectado, o projeto é encaminhado para o Conselho de Segurança da ONU.

* A partir de 2006, vários testes foram realizados pela Coréia do Norte (lembrando que Kim Jong-un assume o poder na Coréia do Norte em 2011): • 08 de Outubro – 2006 - 1º teste realizado pela Coréia do Norte com a bomba

✓ Terremoto de 4,3 graus de magnitude ✓ Teria alcançado menos de um quiloton

• 24 de Maio – 2009 – 2º teste realizado pela Coréia do Norte com a bomba ✓ Terremoto de 4,7 graus

✓ Cientistas chineses calcularam que a bomba atingiu 2,35 quilotons • 12 de Fevereiro – 2013 – 3º teste realizado pela Coréia do Norte com a bomba

✓ Terremoto de 5,1 graus

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• 6 de Janeiro – 2016 – 4º teste realizado pela Coréia do Norte com a bomba ✓ Terremoto de 5,1 graus

✓ A Coreia do Norte afirmou que se tratava de uma bomba de hidrogênio. Teria sido o primeiro usando uma bomba de hidrogênio, que pode ser até 50 vezes mais potente que a bomba atômica.

✓ O anúncio do teste com um artefato nuclear de hidrogênio em miniatura foi feito pela TV estatal. "Após o pleno sucesso da nossa bomba H histórica, nos

juntamos ao grupo dos Estados nucleares avançados", disse a apresentadora. "Este último teste, produto da nossa tecnologia e da nossa mão de obra, confirma que os recursos tecnológicos que desenvolvemos recentemente são eficientes e provam cientificamente o impacto da nossa bomba H miniaturizada", destacou a apresentadora da TV estatal. O teste surpresa da

bomba H foi autorizado pessoalmente pelo ditador norte-coreano, Kim Jong- un.

✓ A bomba de hidrogênio ou termonuclear utiliza a fusão de átomos de hidrogênio e provoca uma explosão mais potente que a chamada bomba atômica, que utiliza a fissão nuclear. A bomba de hidrogênio (fusão) é mais poderosa e mais difícil de construir. Já a bomba A (fissão) é semelhante à utilizada em Hiroshima.

✓ As reações pelo mundo contra esse possível teste foram inúmeras:

➢ A agência de espionagem sul-coreana, no entanto, contestou que a Coreia do Norte tenha testado uma bomba de hidrogênio.

➢ O então (hoje ex) secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou uma enérgica condenação ao teste nuclear e convocou Pyongyang a deter seu programa nuclear.

➢ O chefe da Organização do Tratado de Proibição Total de Testes da ONU, que monitora o mundo todo na questão de testes nucleares, diz que, se o anúncio da Coreia do Norte for verdadeiro, seria uma violação do tratado e uma grave ameaça à paz e segurança internacionais.

➢ Para o então secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, o teste nuclear "mina a segurança regional e internacional".

➢ A União Europeia considerou no caso uma grave violação das resoluções da ONU e uma ameaça à paz.

➢ A Coreia do Sul declarou que o teste nuclear é um "grave desafio" para a paz mundial e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, qualificou o teste de "grave desafio aos esforços internacionais de não

proliferação de armas nucleares e uma ameaça séria à região”. “Condeno firmemente" este teste, declarou. "A prova nuclear realizada pela Coreia do Norte é uma séria ameaça à segurança do nosso país e não podemos, absolutamente, tolerar isto”, completou.

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➢ A Alemanha, a China, a Austrália, a França e a Rússia também condenaram o teste. Principal aliada da Coreia do Norte, a China afirmou que o teste representa um desafio à comunidade internacional e pediu que o país suspendesse atos que provoquem uma escalada de tensão na região.

➢ No dia 10 de janeiro de 2016, o dirigente norte-coreano Kim Jong- un justificou o primeiro teste de bomba de hidrogênio de seu país, anunciado como uma necessidade para evitar uma guerra nuclear com os Estados Unidos. O teste nuclear era "uma medida de autodefesa

para defender a paz de maneira eficaz na península coreana e a segurança nacional ante os riscos de guerra nuclear provocados pelos imperialistas liderados pelos Estados Unidos", declarou Kim

Jong-un. • 07 de fevereiro de 2016

• Foi informado pela agência pública sul-coreana Yonhap, que a Coreia do Norte havia lançado um foguete de longo alcance. Apesar de Norte-coreanos terem avisado que fariam lançamento “científico”, a comunidade internacional viu o lançamento como um teste de míssil balístico.

* OBS.: No dia 02 de Março de 2016 o C.S da ONU aprova duras sanções contra a Coreia do Norte e no dia 16 de março de 2016 os EUA impõem sanções unilaterais. No dia 31 de março de 2016, os países da União Europeia (UE) ampliaram as sanções contra a Coreia do Norte depois da decisão da ONU do início de março (como já vimos) de impor duras medidas restritivas contra Pyongyang pelos últimos testes nucleares e de mísseis.

• 09 de abril de 2016

✓ A Coreia do Norte anunciou ter testado com sucesso o motor de um míssil intercontinental (ICBM), que "garantirá", segundo ela, sua capacidade de realizar ataques nucleares contra os Estados Unidos.

✓ No mesmo dia 09 de abril de 2016, o governo dos Estados Unidos fez um apelo para que a Coreia do Norte evitasse ações que desestabilizem ainda mais a região.

* OBS.: No dia 06 de maio de 2016, a Coreia do Norte inaugurou o primeiro congresso do governista Partido dos Trabalhadores em 36 anos. O congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte foi amplamente visto como uma coroação para Kim Jong-Un, 33 anos, assegurando a sua condição de líder supremo. O líder norte-coreano apresentou uma estratégia para, estimular o crescimento econômico do país pelos próximos cinco anos, sublinhando a necessidade de aliviar a escassez energética e melhorar a vida dos cidadãos. Kim anunciou o plano durante o VII Congresso do Partido dos Trabalhadores, que se celebrou à porta fechada, mas que teve algumas poucas declarações divulgadas pelos meios de comunicação estatais.

"Acima de tudo é necessário cumprir esta estratégia de cinco anos de desenvolvimento econômico do Estado entre 2016 e 2020 (...), e neste período resolver o problema energético", assegurou o líder durante a apresentação, no Congresso, de um

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Como acabamos de ver, sempre sigilosa, a Coreia do Norte alardeou "resultados triunfantes" antes do evento e disse que os progressos nos programas nuclear e de mísseis balísticos, realizados em desafio a sanções da Organização das Nações Unidas (ONU), são "os maiores presentes" para o raro congresso partidário do qual pouco de seu conteúdo foi revelado. Nem mesmo jornalistas estrangeiros convidados a acompanhar o acontecimento tiveram permissão de entrar na Casa de Cultura 25 de Abril, a estrutura de rocha decorada com bandeiras vermelhas do partido onde a reunião aconteceu por dias. Analistas estrangeiros acreditam que o líder da terceira geração da dinastia Kim adotou formalmente sua política "Byongjin", de incentivar o desenvolvimento econômico e a criação de armas nucleares simultaneamente. Já no dia 16 de junho de 2016 a China, principal aliado político e comercial da Coreia do Norte, mesmo sabendo que reforçar as sanções decididas recentemente pelas Nações Unidas para serem implementadas ao parceiro, poderia levar ao colapso do regime de Kim Jong-un e à absorção do país pela Coreia do Sul num gênero de cenário de reunificação e que, essa assimilação ameaçaria a influência chinesa na península em benefício dos Estados Unidos, ele (o gigante chinês) assume-se preocupado com o extremar de posições na península coreana face às atitudes da misteriosa Coreia do Norte. Sendo assim, no dia 16 de junho de 2016, o Ministério do Comércio chinês publicou a lista de mercadorias, tecnologias e equipamentos que seriam proibidos para exportação à Coreia do Norte, no âmbito da Resolução 2.270 do Conselho da Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com a lista divulgada pelo ministério, a proibição atinge as mercadorias e tecnologias que podem ser usadas para a elaboração de armas nucleares, químicas e biológicas. Vale ressaltar que já é o segundo grande pacote de sanções introduzido pelas autoridades chinesas depois da resolução do Conselho da Segurança da ONU. No início de abril de 2016, Pequim anunciou a restrição do comércio com a Coreia do Norte. Os observadores destacam que a proibição da importação do carvão, ferro, ouro, metais de terras raras e outras matérias- primas pode prejudicar a capacidade militar das Forças Armadas da Coreia do Norte, pois as rendas da venda do ouro e dos metais de terras raras eram dirigidas, na maior parte, para objetivos militares.

REUNIÃO DE CÚPULA DO G-7 2016 E A DISCUSSÃO SOBRE O PROGRAMA NUCLEAR DA CORÉIA DO NORTE

O encontro de cúpula com as lideranças das sete economias mais industrializadas do mundo: Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Canadá aconteceu no Japão, na cidade de Ise-Shima em 26 de maio de 2016. Durante a cúpula, os líderes conversaram sobre o desempenho da economia mundial, a possibilidade de uma recessão global, testes nucleares e de mísseis, Coréia do Norte, terrorismo, refugiados e a queda livre do preço do petróleo, sendo esse último item precisamente o que provocou o nascimento desta cúpula em 1975.

No mesmo dia 26 de maio, os líderes do G-7 visitaram o santuário xintoísta de Ise, considerado um dos lugares mais sagrados do Japão e foram recebidos no local por Shinzo Abe. Em seguida, eles participaram do ato simbólico de plantar uma árvore em um jardim, percorreram a pé parte do recinto e visitaram o Kotai, o edifício principal onde se realiza o culto a Amaterasu, a deusa do sol, há aproximadamente dois milênios. O lugar foi escolhido por sua "beleza única" e por representar "a essência da tradição e a natureza do Japão", segundo explicou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Japão, Yasuhisa Kawamura, que fez questão de deixar claro que o ato não incluiria formalidade religiosa.

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No encontro, o então presidente dos EUA, Barack Obama, destacou sua “preocupação” em relação à Coréia do Norte. Segundo ele “a Coreia do Norte continua sendo

uma ameaça em médio prazo e uma grande preocupação para a comunidade internacional”. "Não vimos os progressos que quereríamos ver quanto a esforços para parar o programa nuclear norte-coreano", afirmou o presidente americano em pronunciamento aos veículos de

imprensa. Obama acrescentou que as provocações militares de Pyongyang "estão no centro

das discussões e das negociações com a China", e destacou que a resposta de Pequim "melhorou", o que "poderia reduzir o risco de que a Coreia do Norte venda material nuclear ou de mísseis para outros países".

Os últimos testes nucleares e de mísseis de Pyongyang foram um dos temas discutidos pelos líderes do G7 durante sua reunião dedicada à política de segurança e de exteriores, e já era esperado que os líderes do G7 condenassem estes atos do regime norte-coreano.

MAS A CORÉIA DO NORTE NÃO PAROU!

08 de Setembro – 2016 – 5º teste realizado pela Coreia do Norte com a bomba

✓ Terremoto de 5,3

✓ Teria alcançado 10 quilotons

• 03 de Setembro – 2017 – 6º teste realizado pela Coreia do Norte com a bomba. (TERIA SIDO O MAIS PODEROSO)

✓ Terremoto de 6,3 graus de magnitude ✓ Estimado em 100 kilotons.

ENCONTRO HISTÓRICO NA PENÍNSULA COREANA:

ENTRE O PRESIDENTE SUL-COREANO MOON JAE-IN E O LÍDER NORTE- COREANO KIM JONG-UN NO DIA 26 DE ABRIL DE 2018, EM PANMUNJON (LADO SUL-COREANO).

Kim Jong-un é o primeiro líder da Coréia do Norte a cruzar a fronteira com a Coreia do Sul desde a Guerra da Coreia (1950 – 1953). Eles conversaram sobre a possível desnuclearização de Pyongyang (Coreia do Norte) e estabelecimento da paz na península e sobre melhoria das relações entre os dois países, que tecnicamente seguem em guerra desde 1950, alem redigirem uma declaração conjunta. Após se cumprimentarem, Moon aceitou o convite de Kim e pisou brevemente no lado Norte da fronteira, sorrindo. Em seguida, ambos cruzaram para o lado Sul. O líder norte-coreano disse ao presidente sul-coreano que estaria disposto a visitá-lo em Seul a qualquer momento que for convidado, informou a presidência sul-coreana.

Moon e Kim também plantaram um pinheiro na Zona Desmilitarizada que separa os dois países. A árvore escolhida nasceu em 1953, ano em que foi assinado o cessar-fogo entre as duas Coreias. O ato foi repleto de simbolismos. O local escolhido para o plantio é próximo de onde Chung Ju-yung, o falecido fundador do grupo Hyundai, costumava carregar seus caminhões com vacas que levava para Coreia do Norte no final da década de 1990, em um esforço de reconciliação entre os países.

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Solo e água usados foram compartilhados, trazidos tanto por Kim quanto por Moon. O solo foi coletado do Monte Baekdu, na Coreia do Norte, e do Monte Halla, na Coreia do Sul. E, logo após plantado, o pinheiro foi regado com água vinda dos rios Daedong, no Norte, e Han, no Sul.

A árvore recebeu ainda uma pedra em sua base, com os nomes dos dois líderes escritos, ao lado da frase “plante paz e prosperidade”.

Em 2007, quando o então presidente sul-coreano Roh Moo-hyun foi recebido pelo pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, para um encontro em Pyongyang, os dois também plantaram uma árvore na capital norte-coreana.

A REAÇÃO DOS EUA AO ENCONTRO:

A Casa Branca (EUA) divulgou um comunicado logo após os dois líderes se encontrarem, no qual deseja "paz e prosperidade" aos coreanos. "Por ocasião do histórico encontro do presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, desejamos o melhor ao povo coreano. Temos esperança de que os diálogos irão atingir progressos em direção um futuro de paz e prosperidade para toda a Península Coreana", diz a mensagem, assinada pela secretária de imprensa Sarah Sanders.

Até há pouco seria inimaginável que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, se sentariam à mesma mesa para tentar estabelecer a paz na península e o fim do programa nuclear promovido pelo governo de Pyongyang. Depois da chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos (2017), a Coreia do Norte iniciou uma série de testes de mísseis balísticos e nucleares que provocaram reações enérgicas de Washington e de Seul (Coreia do Sul), novas e firmes sanções internacionais, além de provocar o temor de uma guerra na região. Também parecia impensável que Trump e o ditador norte-coreano aceitassem se reunir.

No entanto, depois de uma série de ameaças e troca de insultos pessoais, os dois se reuniram no dia 12 de junho de 2018 em Singapura. Foi a primeira vez que um presidente em exercício dos EUA e um líder da Coréia do Norte (um dos regimes mais fechados do planta) se encontraram.

Tudo mudou em janeiro de 2018, quando Kim mostrou abertura para dialogar com a Coreia do Sul durante seu discurso de Ano Novo. O ditador norte-coreano anunciou que estava disposto a enviar uma delegação aos Jogos Olímpicos de Inverno (e assim o fez), que seriam realizados em fevereiro de 2018 em PyeongChang, no país vizinho. A irmã de Kim Jong-um liderou essa delegação norte-coreana aos Jogos Olímpicos de Inverno.

Mas uma figura essencial neste processo é o presidente sul-coreano, que chegou ao poder em maio de 2016, disposto a conversar com a Coreia do Norte, revertendo a postura adotada por sua antecessora, Park Geun-hye, que havia sido presa por corrupção.

A aproximação promovida por Moon, unida à disposição do Norte em dialogar e à suspensão dos testes de mísseis no fim de novembro de 2017, geraram frutos nos Jogos Olímpicos de Inverno (FEVEREIRO DE 2018), um evento repleto de gestos de grande valor simbólico para a reconciliação.

Durante os chamados "Jogos da Paz", Norte e Sul desfilaram sob a bandeira unificada e competiram com uma equipe conjunta de hóquei no gelo. O evento também propiciou uma série de visitas de alto nível, que deixavam para trás, pelo menos temporariamente, as tensões.

A irmã e assessora do ditador norte-coreano, Kim Yo-jong, viajou para o Sul para assistir à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno. Foi a primeira vez que um membro da dinastia Kim pisava no país vizinho. A partir disso, os contatos aumentaram e resultaram em uma lista crescente de eventos diplomáticos inesperados.

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Entre eles se destaca o convite de Kim a Moon para realizar a cúpula entre as coreias (da qual estamos falando nesse assunto, ocorrida em abril de 2018) a primeira entre os líderes das duas Coreias em 11 anos, assim como a oferta do ditador norte-coreano para se reunir com Trump (EUA), encontro que como veremos ocorreu em 12 de junho de 2018.

Kim Jong-un propôs os encontros com o compromisso de suspender os testes de armas e discutir um processo de desnuclearização do país, desde que receba garantias para a sobrevivência do regime.

Além disso, a Coreia do Norte anunciou o fim de seus testes com armas atômicas e se comprometeu a não utilizá-las a menos que seja alvo de "ameaças ou provocações" de outros países, um gesto muito significativo que ocorre antes das cúpulas.

Muitos especialistas consideram que a distensão só foi possível porque a Coreia do Norte afirma ter atingido o status de potência nuclear. Portanto, Kim se sente capacitado em negociar com Seul e Washington com as mesmas cartas sobre a mesa.

VEJA ABAIXO A ÍNTEGRA DA DECLARAÇÃO DAS COREIAS DO SUL E DO NORTE, RESULTADO DO ENCONTRO REALIZADO EM ABRIL DE 2018:

1. As Coréias do Sul e do Norte vão reconectar as relações de sangue do povo e anteciparão o futuro da co-prosperidade e unificação liderada pelos coreanos, facilitando um avanço abrangente e inovador nas relações entre as Coreias. Melhorar e cultivar as relações intercoreanas é o desejo predominante de toda a nação e o chamado urgente dos tempos que não podem mais ser retidos.

1) As Coréias do Sul e do Norte afirmaram o princípio de determinar o destino da nação coreana por conta própria e concordaram em trazer o momento divisor de águas para a melhoria das relações intercoreanas, implementando totalmente todos os acordos e declarações existentes entre os dois lados até agora.

2) As Coréias do Sul e do Norte concordaram em manter diálogo e negociações em vários campos, inclusive em alto nível, e tomar medidas ativas para a implementação dos acordos alcançados na Cúpula.

3) As Coréias do Sul e do Norte concordaram em estabelecer um escritório conjunto, com representantes de ambos os lados, na região de Gaeseong, a fim de facilitar uma estreita consulta entre as autoridades, bem como intercâmbios e cooperação entre os povos.

4) As Coréias do Sul e do Norte concordaram em incentivar uma cooperação mais ativa, intercâmbios, visitas e contatos em todos os níveis, a fim de rejuvenescer o senso de reconciliação nacional e unidade. Entre o Sul e o Norte, os dois lados incentivarão a atmosfera de amizade e cooperação, organizando ativamente vários eventos conjuntos nas datas que têm significado especial para a Coreia do Sul e do Norte, como 15 de junho, em que participantes de todos os níveis, incluindo os governos locais, parlamentos, partidos políticos e organizações civis estarão envolvidos. Na frente internacional, os dois lados concordaram em demonstrar sua sabedoria coletiva, talentos e solidariedade, participando conjuntamente em eventos esportivos internacionais, como os Jogos Asiáticos de 2018.

5) As Coréias do Sul e do Norte concordaram em resolver rapidamente as questões humanitárias resultantes da divisão da nação, e convocar a Reunião da Cruz Vermelha Inter-Coreana para discutir e resolver várias questões, incluindo a reunião de famílias separadas. Nesse sentido, as Coréias do Sul e do Norte concordaram em prosseguir com os programas de reunião das famílias separadas por ocasião do Dia da Libertação Nacional de 15 de agosto deste ano.

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6) As Coréias do Sul e Norte concordaram em implementar ativamente os projetos previamente acordados na Declaração de 4 de outubro de 2007, a fim de promover o crescimento econômico equilibrado e a co-prosperidade da nação. Como primeiro passo, os dois lados concordaram em adotar medidas práticas para a conexão e modernização das ferrovias e estradas no corredor leste de transporte, bem como entre Seul e Sinuiju para sua utilização.

2. As Coréias do Sul e do Norte farão esforços conjuntos para aliviar a tensão militar aguda e praticamente eliminar o perigo de guerra na península coreana.

1) As Coréias do Sul e do Norte concordaram em cessar completamente todos os atos hostis uns contra os outros em todos os domínios, incluindo terra, ar e mar, que são a fonte de tensão e conflito militar. Neste sentido, os dois lados concordaram em transformar a zona desmilitarizada em uma zona de paz em um sentido genuíno, cessando em 2 de maio deste ano todos os atos hostis e eliminando seus meios, incluindo a transmissão através de alto-falantes e distribuição de folhetos, nas áreas ao longo Linha de Demarcação Militar.

2) As Coréias do Sul e do Norte concordaram em elaborar um esquema prático para transformar as áreas ao redor da Linha de Limite do Norte no Mar do Oeste em uma zona de paz marítima, a fim de prevenir confrontos militares acidentais e garantir atividades de pesca seguras. 3) As Coréias do Sul e do Norte concordaram em tomar várias medidas militares para garantir a cooperação mútua ativa, trocas, visitas e contatos. Os dois lados concordaram em realizar reuniões frequentes entre autoridades militares, incluindo a Reunião de Ministros da Defesa, para discutir e resolver imediatamente as questões militares que surgirem entre eles. A este respeito, os dois lados concordaram em primeiro convocar conversações militares no posto de general em maio.

3. As Coréias do Sul e do Norte vão cooperar ativamente para estabelecer um regime de paz permanente e sólido na Península Coreana. Acabar com o atual estado antinatural de armistício e estabelecer um robusto regime de paz na Península Coreana é uma missão histórica que não deve ser adiada mais.

1) As Coréias do Sul e do Norte reafirmaram o Acordo de Não-Agressão que impede o uso da força de qualquer forma entre si e concordaram em aderir estritamente a este acordo.

2) As Coréias do Sul e do Norte concordaram em realizar o desarmamento por fases, à medida que a tensão militar for aliviada e forem feitos progressos substanciais na construção da confiança militar.

3) Durante este ano, que marca o 65º aniversário do Armistício, as Coreias do Sul e do Norte concordaram em realizar ativamente reuniões trilaterais envolvendo as duas Coreias e os Estados Unidos, ou reuniões quadrilaterais envolvendo as duas Coréias, os Estados Unidos e a China com vistas a declarar o fim da guerra e estabelecendo um regime de paz permanente e sólido. 4) As Coréias do Sul e do Norte confirmam o objetivo comum de realizar, através da desnuclearização completa, uma península coreana livre de armas nucleares. As Coreias do Sul e do Norte compartilharam a visão de que as medidas iniciadas pela Coreia do Norte são muito significativas e cruciais para a desnuclearização da península coreana e concordaram em desempenhar suas respectivas funções e responsabilidades nesse sentido. As Coreias do Sul e do Norte concordaram em buscar ativamente o apoio e a cooperação da comunidade internacional para a desnuclearização da península coreana.

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Os dois líderes concordaram, através de reuniões regulares e conversas telefônicas diretas, em realizar discussões frequentes e francas sobre questões vitais para a nação, fortalecer a confiança mútua e em conjunto esforçar-se para fortalecer o impulso positivo para o avanço contínuo das relações intercoreanas, bem como paz, prosperidade e unificação da península coreana. Neste contexto, o presidente Moon Jae-in concordou em visitar Pyongyang neste outono.

27 de abril de 2018 Em Panmunjom

Moon Jae-in, presidente da República da Coreia

Kim Jong Un, presidente da República Popular da Coreia

NOVO ENCONTRO ENTRE O PRESIDENTE SUL-COREANO MOON JAE-IN E O LÍDER NORTE-COREANO KIM JONG-UM

No dia 26 de maio de 2018, fizeram um encontro surpresa, no lado norte-coreano. O objetivo foi tentar viabilizar a reunião entre Kim Jong-um e o presidente dos EUA, Donald Trump. Um encontro no qual tanto Seul como Pyongyang têm enorme interesse. O HISTÓRICO ENCONTRO ENTRE TRUMP E KIM JONG-UM

No dia 12 de junho de 2018, pela primeira vez na história, um presidente em exercício dos Estados Unidos realiza cúpula com um líder da Coreia do Norte (um dos regimes mais fechados do planeta). O encontro ocorreu em Singapura.

As negociações entre Donald Trump e Kim Jong-un tiveram como principal objetivo discutir a desnuclearização da Coreia do Norte após mais de um ano de tensões envolvendo os dois países, além de seus vizinhos: Coreia do Sul e Japão.

A histórica reunião teve início às 22 horas de Brasília (9 horas da manhã em Singapura), com um aperto de mão entre os líderes em frente às bandeiras de ambos os países. Por volta das 2h30 de Brasília, eles assinaram um acordo em que são tratadas questões sensíveis há anos entre as duas nações. Entre eles, o compromisso norte-coreano pela completa desnuclearização, novas relações entre os dois países, garantias de segurança por parte dos Estados Unidos, entre outros.

O líder americano afirmou que os Estados Unidos também iriam interromper os “jogos de guerra”, uma aparente referência aos exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul que Pyongyang considera provocativos. A suspensão das manobras militares da península significará “uma tremenda economia” para os Estados Unidos, segundo Trump, que também classificou estes exercícios como “provocativos”. O presidente disse ainda que esperava eventualmente retirar os soldados americanos da Coreia do Sul, mas ressaltou que “isso não fazia parte da equação naquele momento”.

Vale ressaltar que o ditador norte-coreano chegou à Singapura a bordo de um avião da China, o que mostra que Pequim pretende manter literalmente sob suas asas o jovem dirigente norte-coreano, no momento em que ele negocia um desfecho incerto com o presidente americano, Donald Trump.

Os dois líderes também assinaram uma declaração conjunta onde “se comprometem a construir um ‘regime de paz duradouro na Península Coreana”.

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O SEGUNDO ENCONTRO ENTRE TRUMP E KIM JONG-UM

Em 28 e fevereiro de 2019, os dois líderes voltaram a se reunir, mas terminou sem acordo o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-um, em Hanói, no Vietnã. A cúpula acabou antes do previsto sem nenhum novo tratado.

Trump disse, em coletiva de imprensa, que a Coreia do Norte exigia o fim de todas as sanções impostas ao regime de Kim. O presidente norte-americano não concordou e, portanto, decidiu não assinar o acordo. Diante do impasse, os dois deixaram a reunião mais de uma hora antes do previsto.

Assim, a segunda cúpula entre os dois líderes terminou de maneira diferente da primeira, que aconteceu, como vimos, em junho de 2018. Naquele encontro em Singapura, a Coreia do Norte se comprometeu em iniciar o processo de desnuclearização do país. O acordo, porém, foi criticado porque não incluía um cronograma ou a previsão de medidas concretas para colocar em prática o desmantelamento do programa nuclear norte-coreano.

Apenas Donald Trump falou com jornalistas após o fim da reunião. Os Estados Unidos queriam o desmantelamento completo do Complexo de Yongbyon – parque nuclear considerado chave para a Coreia do Norte. Trump disse que Kim, em contrapartida, queria o fim de todas as sanções impostas ao regime norte-coreano. Na avaliação do presidente norte-americano, isso seria um "desnível" na expectativa entre os dois países.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, comentou que Kim "não estava preparado" para responder aos pedidos dos EUA. "Essas negociações levam tempo", ponderou. Mesmo sem acordo, Trump disse ter havido novos avanços nas relações entre os dois países, mas não especificou quais. "A Coreia do Norte tem um potencial incrível", disse.

Trump também disse que Kim Jong-un se comprometeu a não retomar os testes com mísseis balísticos. "Eu confio nele, na palavra dele." O presidente dos EUA elogiou o norte- coreano e negou ter havido qualquer hostilidade durante o encontro. "Às vezes é preciso se retirar", disse.

Mais cedo, Kim havia afirmado estar disposto a desmantelar o programa nuclear da Coreia do Norte. "Se não estivesse, não estaria aqui", disse o líder norte-coreano antes das reuniões desta quinta-feira.

Kim, no entanto, estava reticente quanto ao sucesso da reunião. Perguntado sobre as expectativas sobre o encontro que aconteceria, ele respondeu apenas: "É muito cedo para falar. Eu não diria que estou pessimista", emendou. Aquelas, aliás, foram as primeiras respostas que Kim deu às perguntas de jornalistas estrangeiros na história. Na cúpula de junho de 2018, o ditador norte-coreano não respondeu espontaneamente aos questionamentos da imprensa.

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Veja abaixo os outros assuntos abordados pelos dois líderes na cúpula do Vietnã: • Direitos humanos

Trump afirmou ter conversado com Kim sobre Otto Warmbier – cidadão norte- americano morto pouco depois de sair de um campo de trabalhos forçados onde estava preso na Coreia do Norte. O presidente dos EUA disse "não acreditar que Kim permitiria que isso acontecesse".

Warmbier visitava a Coreia do Norte em 2016 quando foi preso e condenado a 15 anos de trabalhos forçados por suspeita de ter roubado um poster da propaganda estatal norte-coreana. Ele morreu em junho de 2017, assim que voltou aos EUA.

• Representação dos EUA em Pyongyang

Pouco antes de uma das reuniões, Kim e Trump afirmaram estar dispostos a abrir uma representação oficial dos Estados Unidos em Pyongyang – a capital norte-coreana. Como Estados Unidos e Coreia do Norte não mantêm, oficialmente, relações diplomáticas, não há (até então) embaixada nem qualquer tipo de representação da Casa Branca na capital norte-coreana. Da mesma forma, o regime de Kim também não tem (até então) nenhum escritório em território norte-americano.

Nem Trump nem Kim deram detalhes sobre qual seria o tipo dessa representação. Eles também não falaram na possibilidade de abrir um escritório norte-coreano nos Estados Unidos.

O TERCEIRO ENCONTRO ENTRE TRUMP E KIM JONG-UM

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se reuniram em 30 de junho de 2019, na zona desmilitarizada na fronteira entre as Coréias do Norte e a do Sul, conhecida como DMZ.

Durante o encontro em Panmunjom, na fronteira, Trump entrou, por um breve momento, em território da Coreia de Norte. Após alguns passos no local, ele disse que foi "um grande dia para o mundo".

Trump e Kim Jong-un se cumprimentaram com aperto de mãos e o líder norte- coreano destacou que era a primeira vez que um presidente dos Estados Unidos visitava a Coreia do Norte. Trump disse que foi uma honra atravessar a fronteira.

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ENCONTRO MOTIVADO POR UM TUÍTE

O encontro aconteceu após um tuíte de Trump. Ao fim da cúpula do G20, no Japão, o presidente americano escreveu que iria à Coreia do Sul e que estava disposto a encontrar Kim Jong-un na fronteira "apenas para apertar sua mão e dizer olá".

Embora Trump tenha iniciado seu mandato em 2017 com um forte discurso contra a Coreia do Norte, seu governo mais tarde começou a se aproximar de Pyongyang com o objetivo de chegar a um acordo para a desnuclearização da península coreana.

No dia 16 de setembro de 2019, o jornal sul-coreano Joongang informou que Kim Jong-um convidou o presidente Trump a visitar Pyongyang numa carta enviada em agosto de 2019. A notícia levantou a possibilidade da retomada nas negociações rumo à desnuclearização da Coréia do Norte e a retirada das sanções econômicas impostas pelos EUA ao país asiático.

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DEZEMBRO DE 2019 – O CLIMA VOLTA A ESQUENTAR

No dia 08 de dezembro de 2019, a Coreia do Norte anunciou que realizou um "teste muito importante" em sua base de lançamento de satélites em Sohae, um ato cujos detalhes são desconhecidos, mas que seria um sinal do fracasso das negociações de Pyongyang e Washington. As informações foram divulgadas pela agência oficial de notícias KCNA, que não forneceu nenhuma precisão sobre o dispositivo, ou a arma testada.

Após o anúncio dos novos testes de Pyongyang, o presidente americano, Donald Trump, reagiu e alertou que a Coreia do norte tem "tudo" a perder com sua hostilidade em relação aos Estados Unidos. "Kim Jong-un é muito esperto e tem bastante a perder, tudo na verdade, se continuar agindo dessa maneira hostil", Trump tuitou em resposta ao teste de Sohae.

"Ele assinou um importante acordo de desnuclearização comigo em Singapura", continuou Trump. "Ele não quer anular seu relacionamento especial com o presidente dos Estados Unidos, ou interferir nas eleições presidenciais dos EUA em novembro", completou. "Sob a liderança de Kim Jong-un, a Coreia do Norte tem um enorme potencial econômico, mas deve se desnuclearizar como prometeu", afirmou Trump. "OTAN, China, Rússia, Japão e o mundo inteiro estão unidos neste ponto!", insistiu.

Dias antes, Trump havia comemorado, em declarações à imprensa em Washington, seu "muito bom relacionamento" com o líder norte-coreano. "Acho que queremos que as coisas continuem como estão. Ele sabe que tenho eleições em breve", afirmou, dizendo ainda que ficaria "surpreso se a Coreia do Norte agisse de maneira hostil".

Localizada na costa noroeste da Coreia do Norte, a base de Sohae, também conhecida pelo nome de TongChang-ri, estava no centro das discussões diplomáticas de três vias, das quais participaram Pyongyang, Seul e Washington, há mais de um ano. Durante uma cúpula organizada em Seul, em setembro de 2018, Kim havia prometido fechar a instalação de Sohae.

Referências

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