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PLANO ESTRATÉGICO DO NÚCLEO DE INVESTIGAÇÃO

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Academic year: 2021

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PLANO ESTRATÉGICO DO NÚCLEO DE INVESTIGAÇÃO

2017-2021

Proposta

11 de agosto de 2017

Coordenadora: Prof.ª Doutora Goreti Marques

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Índice

Siglas ... 3

Enquadramento ... 4

A. Linhas de investigação ... 6

B. Inovação e transferência de conhecimento ... 7

C. Ambientes potenciadores de investigação ... 8

Implementação, acompanhamento, monitorização e avaliação ... 8

Cronograma ... 9

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Siglas

A3ES, Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior CD, Conselho de Direção

ESEnfSM, Escola Superior de Enfermagem de Santa Maria ESSSM, Escola Superior de Saúde de Santa Maria

NI, Núcleo de Investigação

OMS, Organização Mundial de Saúde

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Enquadramento

Nos últimos cinco anos, a Escola Superior de Saúde de Santa Maria (ESSSM), herdeira da Escola Superior de Enfermagem de Santa Maria (ESEnfSM), sofreu uma profunda reestruturação com o intuito de dar resposta às necessidades emergentes impostas pelo seu público alvo e pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Neste sentido, de entre os eixos estratégicos definidos pelo Conselho de Direção (CD), foi incluído um eixo de investigação, o qual previu a criação de um Núcleo de Investigação (NI). Este teria como intuito potenciar o envolvimento do corpo docente e dos estudantes na investigação, estreitando a ligação entre a comunidade e a ciência através de projetos direcionados para as problemáticas da sociedade. Desta forma, em termos pedagógicos seria também fomentado um ensino e prática baseados na evidência científica.

No seguimento da referida proposta estratégica, no ano letivo de 2016/2017 foi criado o NI, o qual consiste numa estrutura permanente de investigação científica com regulamento próprio que visa a promoção e o desenvolvimento da investigação no domínio das ciências da vida e da saúde. O NI tem como missão estimular e desenvolver a investigação na ESSSM, valorizando quer as vertentes técnico-científicas quer a dimensão humana e cultural, garantindo o respeito pela Pessoa Humana e salvaguardando os valores morais e éticos. Tem como objetivos:

Promover e incentivar a investigação tendo por base os objetivos da ESSSM, criando linhas de investigação sobre problemáticas emergentes nas ciências da vida e da saúde;

Contribuir para o aperfeiçoamento das competências dos colaboradores da ESSSM e análise crítica dos estudantes, fomentando a prática baseada na evidência;

Promover a consolidação das equipas de investigação, contrariando lógicas de fragmentação e assegurando a massa crítica;

Desenvolver atividades de reflexão técnico-científica junto da comunidade académica;

Fomentar o intercâmbio e cooperação científica com outras instituições;

Estimular a inserção da ESSSM em redes de investigação internacionais;

Assegurar e apoiar a divulgação dos resultados de investigação;

Projetar a ESSSM como referência nacional e internacional na área da investigação em ciências da saúde.

Nas últimas décadas, com o avanço da tecnologia e conhecimento na área da saúde, tem- se observado, na generalidade, uma diminuição das taxas de mortalidade de várias doenças.

Paralelamente a esta tendência, a sociedade depara-se, contudo, com um aumento da prevalência de doenças crónicas com elevados níveis de morbilidade associados. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2010), são consideradas doenças crónicas doenças que apresentem uma ou mais das seguintes características: tenham carácter permanente; desencadearem incapacidade/deficiência residual causada por alterações

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patológicas irreversíveis; e por exigirem à pessoa uma formação especial para a sua reabilitação, longos períodos de supervisão, observação e/ou cuidados. Assim, as doenças crónicas apresentam implicações a vários níveis, quer no indivíduo quer no seu contexto sócio-familiar.

Há semelhança, tem-se vindo a registar a nível europeu um aumento da longevidade e da população idosa, sendo que em 2015 as pessoas com 65 ou mais anos representavam 20,5%

de toda a população residente em Portugal. Muito embora o aumento da longevidade seja um facto apreciável, a qualidade de vida nestes anos representa ainda um potencial para melhorar. Apesar dos avanços nos cuidados, muitas pessoas chegarão a um momento das suas vidas em que não serão mais capazes de cuidar de si mesmas, sendo necessário garantir que todos possam viver com dignidade até ao fim das suas vidas. Na maioria dos países, os cuidados prestados pela família constituem o modelo predominante de apoio às pessoas idosas. Contudo, com muita frequência, os familiares experienciam altos níveis de tensão e problemas de saúde, de dimensão psicológica e física, necessitando de formação e suporte para lidar com a situação. Além disso, a redução da proporção de adultos jovens capazes de prestar estes cuidados poderá tornar insustentável este modelo de cuidados, sendo imprescindível a adequação deste modelo de cuidados e o desenvolvimento de outros modelos (revisto por Costa, A.S., 2017, Estratégia nacional para o envelhecimento ativo e saudável 2017-2025 em Consulta Pública).

Considerando o conceito de Envelhecimento Ativo proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2002, a qualidade de vida estará altamente dependente do empenho individual, enquanto agente da sua própria saúde, participação e segurança, e da sociedade como um todo, de forma a que sejam garantidas as oportunidades para tal, à medida que as pessoas envelhecem. Condições e estilos de vida saudáveis desde o início da vida constituem o melhor investimento para a optimização do potencial de saúde e maximização das capacidades intrínsecas individuais, com vista a promover a funcionalidade, independência e autonomia das pessoas mais velhas, prevenindo simultaneamente a instalação de doenças crónicas (revisto por Costa, A.S., 2017, Estratégia nacional para o envelhecimento ativo e saudável 2017-2025 em Consulta Pública).

É ainda importante referir que o envelhecimento da população tem sido acompanhado por uma evolução tecnológica que fornece oportunidades nunca antes disponíveis. O incentivo ao desenvolvimento e à utilização racional da tecnologia para a maximização da capacidade funcional das pessoas ao longo da vida, em particular das vulneráveis ou portadoras de doença crónica, e do bem-estar dos cuidadores é mais um campo de atuação.

Neste sentido, o envelhecimento ativo e saudável, desde o início da vida, constitui um desafio à sociedade atual numa perspetiva de desenvolvimento social, cultural e económico. É possível gerar valor acrescentado através do impacto positivo na qualidade de vida das pessoas idosas, da maior satisfação dos profissionais de saúde e prestadores de cuidados, da melhor qualidade de vida e segurança financeira dos familiares e outros cuidadores informais, bem como da maior eficiência e aumento da produtividade dos

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sistemas de saúde e de segurança social (revisto por Costa, A.S., 2017, Estratégia nacional para o envelhecimento ativo e saudável 2017-2025 em Consulta Pública).

Objetivos

No seguimento do exposto, constituem objetivos do atual plano estratégico:

Desenvolver investigação científica na área do envelhecimento ativo e saudável, englobando todas as fases do ciclo de vida;

Desenvolver investigação científica na área dos cuidadores de indivíduos vulneráveis ou portadores de doença crónica;

Desenvolver a investigação científica na área tecnológica, estimulando o desenvolvimento de novas ferramentas com aplicabilidade nas áreas do envelhecimento ativo e saudável e dos cuidadores;

Promover atividades de inovação e transferência do conhecimento;

Consolidar a investigação científica na ESSSM.

Eixos estratégicos

Com o intuito de dar resposta aos objetivos propostos, definiram-se os seguintes eixos estratégicos:

A. Linhas de investigação: desenvolvimento de investigação científica no âmbito do envelhecimento ativo e saudável, dos cuidadores e da tecnologia aplicada às referidas temáticas.

B. Inovação e transferência de conhecimento: desenvolvimento de atividades de reflexão técnico-científica e de divulgação do conhecimento.

C. Ambientes potenciadores de investigação: promoção de um ambiente criativo, inter e multidisciplinar, onde possam surgir novas ideias e onde os investigadores encontrem condições adequadas à realização de projetos científicos direcionados para os desafios societais.

A. Linhas de investigação

Com o intuito de dar resposta ao grande desafio que se observa no contexto nacional e internacional relativamente ao aumento da longevidade e aumento da morbilidade pela

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diminuição das taxas de mortalidade de algumas doenças, o NI propõe o desenvolvimento de duas linhas principais de investigação:

A.1. Envelhecimento ativo e saudável. Nesta área pretende-se quebrar com a tendência de encarar o envelhecimento como algo relativo à população idosa mas sim abordar a questão a partir da sua génese, nomeadamente desde a concepção do indivíduo, numa perspetiva holística de optimização da saúde, desde o período prévio à instalação de hábitos promotores de disfunção/doença. Projetos de inovação e desenvolvimento tecnológico serão enquadráveis nesta linha.

A.2. Cuidadores de indivíduos vulneráveis ou portadores de doenças crónicas. Nesta área pretende-se dar enfoque à identificação de necessidades de indivíduos vulneráveis ou portadores de doenças crónicas e dos respetivos cuidadores, com o intuito de potenciar a qualidade dos cuidados prestados assim como promover uma melhor qualidade de vida dos cuidadores. Projetos de inovação e desenvolvimento tecnológico serão enquadráveis nesta linha.

B. Inovação e transferência de conhecimento

Com a perspetiva de potenciar a transferência de conhecimento e aumentar a cooperação entre a ESSSM, a comunidade e outras instituições, o NI propõe o desenvolvimento de cinco ações principais:

B.1. Organização de tertúlias científicas. Com esta ação tem-se o intuito de organizar tertúlias periódicas de carácter reflexivo técnico-científico junto da comunidade académica, incutindo um pensamento crítico na área das ciências da vida e da saúde.

B.2. Criação de uma comissão de avaliação de publicações e comunicações de carácter científico. Com esta ação pretende-se criar uma comissão de peritos de revisão das publicações e comunicações de carácter científico resultantes de projetos desenvolvidos no NI.

B.3. Criação de um repositório ou periódico científico do tipo revista científica. Com esta ação pretende-se criar um repositório ou periódico científico online de acesso livre na área das ciências da vida e da saúde. Para tal, propõe-se o estabelecimento de parcerias com outras Escolas Superiores de Saúde, quer públicas quer privadas, para a viabilização do projeto.

B.4. Organização de encontros científicos nacionais e internacionais. Com esta ação pretende-se fomentar a organização de eventos científicos na área das ciências da vida e da saúde, de âmbito nacional e internacional, projetando a imagem da ESSSM e facilitando o intercâmbio e partilha de experiências e conhecimento.

B.5. Programa de apoio à publicação e comunicações de natureza científica. Com esta ação pretende-se definir um programa para dar suporte financeiro à divulgação dos dados

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resultantes da investigação do NI através de publicações e/ou comunicações em eventos nacionais e/ou internacionais com relevância na área.

B.6. Prémio Ciência das Missionárias Franciscanas de Nossa Senhora. Com esta ação pretende-se criar um prémio de reconhecimento de mérito científico e incentivo à investigação na área das ciências da vida e da saúde com impacto social.

C. Ambientes potenciadores de investigação

C.1. Desenvolvimento de uma unidade de inovação e desenvolvimento. O NI pretende evoluir para a criação de uma Unidade de I&D, pilar fundamental na consolidação de um sistema científico moderno e competitivo.

Implementação, acompanhamento, monitorização e avaliação

A implementação das atividades previstas nos eixos estratégicos definidos carece de aprovação do CD da ESSSM e do envolvimento dos elementos que manifestem interesse em ser membro do NI, sob dinamização e orientação da Coordenação do mesmo através de reuniões periódicas. Prevê-se ainda a proposta de projetos enquadrados nas linhas orientadoras dos vários eixos. Para garantir a implementação e execução dos diferentes projetos/atividades, será necessário estipular um Investigador/Responsável principal pela mesma. O acompanhamento e monitorização dos projetos e atividades serão realizados pela Coordenação do NI através de reuniões periódicas e relatórios anuais.

A avaliação dos resultados dos projetos e atividades decorrentes do plano estratégico proposto e aprovados pelo CD será assegurada pela Coordenação do NI, ou alguém designada pela mesma (com aprovação do CD), sendo necessário o desenvolvimento de uma matriz de indicadores e a realização de um relatório final.

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Cronograma

C. Ambientes potenciadores de

investigação

A.1.Envelhecimento ativo e saudável

A.2.Cuidadores de indivíduos vulneráveis ou portadores de doenças crónicas

B.1. Organização de tertúlias

científicas

B.2. Criação de uma comissão de

avaliação de publicações e comunicações de carácter científico

B.3. Criação de um repositório ou periódico científico do tipo revista

científica

B.4. Organização de encontros

científicos nacionais e internacionais

B.5. Programa de apoio à publicação e comunicações de

natureza científica

B.6. Prémio Ciência das Missionárias

Franciscanas de Nossa Senhora

C.1.Desenvolvimento de uma unidade de

investigação

2017 outubro - dezembro janeiro - março

abril - junho julho - setembro outubro - dezembro

janeiro - março abril - junho julho - setembro outubro - dezembro

janeiro - março abril - junho julho - setembro outubro - dezembro

janeiro - março abril - junho julho - setembro 2020

2021

A. Linhas de investigação B. Inovação e transferência de conhecimento

Eixo estratégico

Ações

2018

2019

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