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Demonstrações Financeiras. 31 de dezembro de 2015 e 2014 com Relatório dos Auditores Independentes

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Demonstrações Financeiras

31 de dezembro de 2015 e 2014 com Relatório dos Auditores Independentes

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Índice

Relatório da Administração ... 1

Relatório dos Auditores Independentes sobre Demonstrações Financeiras... ... .. 4

Demonstrações Financeiras Balanços Patrimoniais ... 7

Demonstrações do Resultado ... 9

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido ... 10

Demonstrações dos Fluxos de Caixa - Método Indireto... ... 11

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras ... 12

(3)

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Em 31 de dezembro de 2015 e 2014

1

Apresentamos as Demonstrações Financeiras do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A., elaboradas na forma da legislação societária, normas de contabilidade e legislação bancária aplicáveis às Instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, relativas ao exercício encerrado em 31/12/2015, acompanhadas das Notas Explicativas e do parecer da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes.

CONJUNTURA ECONÔMICA

A conjuntura externa não foi favorável ao país, com a economia dando sinais de enfraquecimento. Fatores externos também tiveram seu peso no mau desempenho da economia brasileira neste ano. Com a atividade econômica enfraquecida, resultado da queda nas exportações (reflexo da queda no preço das commodities), a China, principal parceira comercial do Brasil, comprou menos, impactando significativamente nossas vendas externas.

Por outro lado, na frente doméstica, a crise política, cujo desfecho ainda não é conhecido, suspendeu decisões importantes, gerou desconfiança entre os investidores e contaminou os mercados. Em decorrência, a desaceleração da economia reduziu as receitas do governo, não se vislumbrando, por hora, o equacionamento do déficit fiscal.

Em paralelo, os demais indicadores macroeconômicos também se deterioraram:

confirmação do ambiente recessivo; inflação medida pelo IPCA atingiu o patamar de 10,7% no ano; forte elevação na taxa de juros; aumento de combustível; ondas de demissões; inadimplência em alta; fechamento de empresas; e dólar acima de R$ 4 pela primeira vez desde a criação do Plano Real, com efeito, um menor consumo das famílias.

Com déficit substancial nas contas públicas, o Brasil perdeu o grau de investimento. As previsões para 2016 não são otimistas. A inflação deve ficar novamente acima do teto da meta (de 6,5%), novos reajustes nos preços administrados, aumento no desemprego e o PIB deve registrar novamente forte retração, em 2015 a economia encolheu 3,8%.

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Dados do Banco Central do Brasil revelam queda em termos reais na carteira de crédito do sistema financeiro nacional (SFN) em 2015. Com saldo de R$ 3,2 trilhões e representando 54,2% do PIB, apresentou variação nominal de 6,6% contra 11,3% em 2014. Apesar da queda de 0,6 p.p. na margem, a taxa média de juros acumulou alta de 6,1%. Com isso, o spread médio da carteira acumulou alta de 3,8 p.p. na mesma base comparativa. Considerando-se a variação anual, a carteira de crédito às famílias encerrou com crescimento de 6,9% ante 13,3% em dezembro passado e as operações com PJ fecharam com alta de 6,3% contra 9,5% no ano anterior.

(4)

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Em 31 de dezembro de 2015 e 2014

2 BANIF BRASIL

O Banif Brasil, no País desde 1998, com sua sede localizada na cidade de São Paulo - SP mantém estruturas de bancos Comercial e de Investimento, cujas operações se encontram integradas desde o primeiro semestre de 2013.

O Banco Comercial atua nos segmentos de empresas, pessoas físicas e investidores institucionais, com foco, em especial, no middle market, affluents e clientes de alta renda, ofertando produtos de crédito, comércio exterior, tesouraria, operações estruturadas, câmbio e de captação em geral (depósitos e investimentos).

No Banco de Investimento destacam-se negócios das áreas de Mercado de Capitais, Fusões e Aquisições, Corporate Finance e Securitizações, com reputação consolidada na estruturação e distribuição de operações através de diversos instrumentos, tais como CRI, FII, FIP e Debêntures.

A atuação do Grupo Banif no Brasil no ano de 2015 foi caracterizada pela continuidade no processo de reestruturação, com foco na racionalização da estrutura organizacional, na busca de uma maior eficiência operacional em negócios nos segmentos alvo de mercado, além da continuidade do processo de desinvestimento em segmentos descontinuados.

Durante o ano foram realizados novos ajustes na estrutura organizacional, com adoção de medidas que buscaram aprimorar ainda mais a eficiência em todas as áreas da Instituição, sem qualquer prejuízo à qualidade dos serviços, com o que se totaliza uma redução de 63% do custo administrativo recorrente, desde a posse da nova administração, em Setembro de 2012.

O Ativo Líquido Consolidado em 2015 diminuiu R$ 81 milhões para R$ 943 milhões, como reflexo, entre outros, da redução das Operações de Crédito, que passaram de R$ 465 milhões para R$ 115 milhões em linha com o objetivo de desalavancagem do Balanço. Do lado do Passivo, o Banco seguiu a sua estratégia de redução do cost of funding (CoF), por via, em especial, da redução dos passivos mais onerosos, enquanto os Depósitos de Clientes mantiveram sua tendência de crescimento observado no exercício de 2015, passando de R$ 222,2 milhões, para R$ 240,8 milhões em dezembro, com os Depósitos Totais a situarem-se em R$ 580,7 milhões, contra R$ 718,7 milhões, no período homólogo.

De destacar ainda o fechamento de operação de securitização de parte significativa da carteira de crédito do Banco (incluindo operações em balanço e written off), no montante total (valor de face) de R$ 564,0 milhões e net accounting value de R$ 178,5 milhões, que permitiu concluir a reestruturação de balanço e segregar os portfolios legacy remanescentes do Banif Brasil. Tratou-se de operação relevante no processo de reestruturação do Banco iniciado em Setembro de 2012, abrangendo um portfolio de direitos creditórios de diversas categorias, com ênfase em NPL. A liquidação da Operação em questão teve início em 01/07/2015, com importantes reflexos na: i) geração de liquidez; ii) redução no CoF; iii) melhoria no equilíbrio entre ativos rentáveis e passivos onerosos; iv) geração de relevante resultado contábil (P&L); v) eliminação de riscos contingentes potenciais; e vi) redução de despesas do Banif inerentes à gestão, acompanhamento e recuperação da carteira objeto da securitização.

(5)

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Em 31 de dezembro de 2015 e 2014

3

O Patrimônio Líquido Consolidado do Banco registrou, ao final de 2015, o valor de R$

287,1 milhões, com o Índice de Basiléia, no consolidado do Grupo Banif no Brasil, a registrar 12,93%.

Em atenção ao disposto no artigo 8º da Circular nº. 3.068 de 08 de novembro de 2001, do Banco Central do Brasil, a Administração declara que o Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. possui capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria Títulos Mantidos até o Vencimento.

Ouvidoria

O componente organizacional de Ouvidoria encontra-se em funcionamento e a sua estrutura atende às disposições estabelecidas na Resolução 4.433, de 27 de julho de 2015, do Conselho Monetário Nacional.

São Paulo, 28 de Abril de 2016 A Administração

(6)

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de dezembro de 2015 e 2014

4

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras

Aos Administradores e Acionistas

Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil) S.A.

Examinamos as demonstrações financeiras individuais do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil) S.A. ("Instituição") que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício e semestre findos nessa data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras

A administração da Instituição é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro.

Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações financeiras da Instituição para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da Instituição.

Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalvas.

(7)

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

5 Base para opinião com ressalvas

Limitação no alcance dos trabalhos

Conforme mencionado na nota explicativa 10 (a.3), a controlada Banif Banco de Investimento (Brasil) S.A. detém investimento em Fundo de Investimento em Participações (FIP) no montante aproximado de R$ 43 milhões (2014-R$ 53 milhões). Até a data de emissão deste relatório, as demonstrações financeiras auditadas do FIP referentes às datas-base de 31 de dezembro de 2014 e de 2015 não estavam concluídas.

Todavia, conforme informado na nota explicativa 10 (a.3), o conjunto de ativos imobiliários detidos pelo FIP foi avaliado por empresa especializada e o resultado dessas avaliações foi reconhecido nas demonstrações financeiras da Instituição em 31 de dezembro de 2014 e de 2015, tendo sido constituídas provisões no valor de R$ 1,3 milhão e de R$ 3,8 milhões, respectivamente, de forma a ajustar o investimento ao valor de mercado.

Consequentemente, em função da ausência de demonstrações financeiras auditadas, não foi possível determinar se algum ajuste adicional seria requerido nas demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, relacionado com esse investimento, caso as referidas evidências de auditoria tivessem sido obtidas.

Realização dos créditos tributários

Conforme mencionado na Nota 15.b às demonstrações financeiras, a Instituição possui registrado no ativo, aproximadamente, R$ 248 milhões de créditos tributários, dos quais cerca de R$ 187 milhões constituídos durante o segundo semestre de 2015, relativos a prejuízos fiscais de imposto de renda e bases negativas de contribuição social.

Considerando os aspectos mencionados no parágrafo de ênfase abaixo, bem como o fato da Instituição não ter apresentado histórico de resultados tributáveis nos últimos três exercícios, a realização dos créditos tributários ativados (Nota 15.b) depende, dentre outros, do êxito das ações em curso, da revisão do plano de negócios e do estudo de realização dos créditos tributários para o prazo de 10 anos, a ser aprovado pelo BACEN, nos termos do artigo 5º. da Resolução CMN 3059. Dessa forma, não nos é possível concluir que a sua recuperação no prazo de 10 anos seja provável.

Opinião com ressalvas

Em nossa opinião, exceto pelos possíveis efeitos do assunto descrito no parágrafo que descreve a limitação no alcance dos trabalhos e dos efeitos do assunto descrito no parágrafo de realização dos créditos tributários, ambos na seção “Base para opinião com ressalvas”, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil) S.A. em 31 de dezembro de 2015, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício e semestre findos nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN.

(8)

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

6 Ênfase

Chamamos a atenção para a Nota 1, que descreve que, o Governo e o Banco de Portugal comunicaram publicamente em dezembro de 2015, a decisão de venda do Banif – Banco Internacional do Funchal S.A. (Banif), com sede em Portugal, controlador do Banco Internacional do Funchal (Brasil) S.A. Nos termos do comunicado, no Banif (Portugal) permanecerá um conjunto restrito de ativos, dentre os quais o investimento no Banco Internacional do Funchal (Brasil) S.A. A Instituição está finalizando um processo de reestruturação de suas atividades com redução significativa de suas operações, como sumariado na Nota 1. Objetivando equacionar a dúvida significativa quanto a sua continuidade operacional, encontra-se em curso operação estruturada para desimobilização de parcela do portfólio imobiliário, nos termos descritos na nota 9, bem como negociação com outros grupos econômicos. As demonstrações financeiras não incluem quaisquer ajustes em virtude dessas incertezas. Nossa opinião não está ressalvada em virtude desse aspecto.

São Paulo, 29 de abril de 2016

PricewaterhouseCoopers Edison Arisa Pereira

Auditores Independentes Contador CRC 1SP127241/O-0

CRC 2SP000160/O-5

(9)

BALANÇOS PATRIMONIAIS

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

7

2015 2014

Ativo Circulante 456.405 540.612

Disponibilidades 6.533 21.466

Aplicações interfinanceiras de liquidez (nota 4) 67.038 21.010

Aplicações no mercado aberto 67.038 21.010

Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (nota 5) 19.251 33.341

Carteira própria 9.366 366

Vinculados a compromissos de recompra - 20.070

Vinculados à prestação de garantias 9.885 12.905

Relações interfinanceiras 3.652 566

Relações com correspondentes 3.445 -

Créditos vinculados 207 188

Pagamentos e recebimentos a liquidar - 378

Operações de crédito (nota 6) 52.142 200.666

Setor privado 77.352 322.015

(-) Provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa (nota 6) (25.210) (121.349)

Outros créditos 58.741 72.611

Carteira de câmbio (nota 7) 38.807 48.414

Rendas a receber 494 82

Negociação e intermediação de valores - 1.256

Diversos (nota 8) 19.900 23.258

(-) Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa (nota 6) (460) (399)

Outros valores e bens (nota 9) 249.048 190.952

Bens não de uso próprio 270.637 204.782

Despesas antecipadas 2.757 5.831

(-) Provisão para desvalorização de outros valores e bens (24.346) (19.661)

Realizável a longo prazo 353.303 323.584

Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (nota 5) 13.712 23.395

Carteira própria 13.712 23.395

Operações de crédito (nota 6) 15.571 48.012

Setor privado 17.066 60.125

(-) Provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa (nota 6) (1.495) (12.113)

Outros créditos 323.823 249.806

Avais e fianças - 3.045

Diversos (nota 8) 323.823 250.759

(-) Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa (nota 6) - (3.998)

Outros valores e bens (nota 9) 197 2.371

Despesas antecipadas 197 2.371

Permanente 133.343 159.979

Investimentos 131.865 157.398

Participações em coligadas e controladas (nota 10a) 125.928 150.494

Outros investimentos (nota 10b) 7.914 7.914

(-) Provisão para perdas em investimentos (1.977) (1.010)

Imobilizado de uso 1.308 2.222

Outras imobilizações de uso 6.590 10.755

(-) Depreciações acumuladas (5.282) (8.533)

Diferido 88 359

Gastos de organização e expansão 2.708 2.708

(-) Amortizações acumuladas (2.620) (2.349)

Intangível 82 -

Total do ativo 943.051 1.024.175

(10)

BALANÇOS PATRIMONIAIS

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

8

2015 2014

Passivo Circulante 292.856 472.916

Depósitos (nota 11) 227.497 376.210

Depósitos à vista 7.014 8.738

Depósitos à prazo 220.483 367.472

Captações no mercado aberto 37.821 33.487

Carteira própria - 20.031

Carteira de terceiros 37.821 13.456

Recursos de aceites de emissão de títulos (nota 12) 1.875 -

Obrigações por emissão de letras financeiras 1.875 -

Relações interfinanceiras - 1

Recebimentos e pagamentos a liquidar - 1

Relações interdependências 1.072 3.539

Recursos em trânsito de terceiros 1.072 3.539

Outras obrigações 24.591 59.679

Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 20 49

Carteira de câmbio (nota 7) 2.906 17.118

Sociais e estatutárias (nota 13) 1.940 454

Fiscais e previdenciárias (nota 13) 1.699 1.995

Negociação e intermediação de valores 650 -

Provisão para passivos contingentes (nota 13 e 22) 425 24

Diversas (nota 13) 16.951 40.039

Exigível a longo prazo 363.041 342.327

Depósitos (nota 11) 254.501 243.719

Depósitos à prazo 254.501 243.719

Recursos de aceites de emissão de títulos (nota 12) 34.034 30.379

Obrigações por emissão de letras financeiras 34.034 30.379

Outras obrigações 74.506 68.229

Fiscais e previdenciárias (nota 13) 4.222 4.222

Provisão para passivos contingentes (nota 13 e 22) 70.284 64.007

Resultados de exercícios futuros 51 92

Receita de exercícios futuros 51 92

Patrimônio líquido (nota 14) 287.103 208.840

Capital social – domiciliado no exterior 707.883 707.883

Reservas de capital - 241

Reservas de lucros - 17.397

Ajustes de avaliação patrimonial - (1.770)

Prejuízos acumulados (420.780) (514.911)

Total do passivo e patrimônio líquido 943.051 1.024.175

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

(11)

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 e semestre findo em 31 de dezembro de 2015 (Em milhares de reais,exceto o lucro (prejuízo) por lote de mil ações )

9

Exercício

2º Semestre 2015 2014

Receitas da intermediação financeira 11.932 31.045 99.330

Operações de crédito (nota 6 f) 102.034 115.145 69.346

Resultado de operações com títulos e valores mobiliários (9.851) (6.922) 20.087

Resultado com instrumentos financeiros derivativos (6.323) (11.976) (395)

Resultado de operações de câmbio 721 12.069 9.038

Result.de opers de venda ou transf ativos financ (nota 6 g) (74.649) (77.271) 1.254

Despesas da intermediação financeira 38.868 6.811 (39.108)

Operações de captação no mercado (41.175) (89.451) (84.898)

Operações de empréstimos e repasses (57) (66) (3)

Reversão de provisão. p/ créditos de liquidação duvidosa (nota 6 e) 80.100 96.328 45.793

Resultado bruto da intermediação financeira 50.800 37.856 60.222

Outras receitas (despesas) operacionais (25.112) (57.919) (88.101)

Receitas de prestação de serviços 2.773 3.765 217

Receitas de tarifas bancárias 165 290 351

Resultado de participações em coligadas e controladas (5.850) (2.556) 8.129

Despesas de pessoal (13.949) (29.916) (36.192)

Outras despesas administrativas (nota 16) (15.448) (34.071) (46.074)

Despesas tributárias (769) (1.011) (6.164)

Outras receitas operacionais (nota17) 17.515 27.441 7.032

Outras despesas operacionais (nota 17) (9.549) (21.861) (15.400)

Resultado operacional 25.688 (20.063) (27.879)

Resultado não operacional (nota 18) (12.298) (14.755) 6.611

Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações 13.390 (34.818) (21.268)

Participações no lucro (1.940) (1.944) (1.131)

Imposto de renda e contribuição social 113.776 113.255 30.402

IRPJ/CSLL - (4) (432)

Ativo fiscal diferido 113.776 113.259 30.834

Lucro líquido do semestre/exercício 125.226 76.493 8.003

Recebimento de juros sobre capital próprio (nota 10) - 550 -

Lucro por lote de mil ações - R$ 35,92 21,94 2,30

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

(12)

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Exercício e Semestre findo em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

Reservas de lucros

Ajustes de avaliação

patrimonial Prejuízos acumulados Capital Reservas

Reserva legal

Reservas especiais

Social de capital de lucros Total

Saldos em 31 de dezembro de 2013 707.883 241 1.165 16.232 (2.292) (522.914) 200.315

Ajuste da circular Bacen 3068/01 - - - - 522 - 522

Lucro líquido do exercício - - - - - 8.003 8.003

Saldos em 31 de dezembro de 2014 707.883 241 1.165 16.232 (1.770) (514.911) 208.840

Mutações do exercício - - - - 522 8.003 8.525

Saldos em 31 de dezembro de 2014 707.883 241 1.165 16.232 (1.770) (514.911) 208.840

Ajuste da circular Bacen 3068/01 - - - - 1.770 - 1.770

Absorção dos saldos conforme AGE de

16/06/2015 – (Nota 14) - (241) (1.165) (16.232) - 17.638 -

Lucro líquido do exercício - - - - - 76.493 76.493

Saldos em 31 de dezembro de 2015 707.883 - - - - (420.780) 287.103

Mutações do exercício - (241) (1.165) (16.232) 1.770 94.131 78.263

Saldos em 30 de junho de 2015 707.883 - - - - (546.006) 161.877

Lucro líquido do semestre - - - - - 125.226 125.226

Saldos em 31 de dezembro de 2015 707.883 - - - - (420.780) 287.103

Mutações do semestre - - - - - 125.226 125.226

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

.

(13)

DEMONSTRAÇOES DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO INDIRETO

Exercício e Semestre findo em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

11

Exercício

2º Semestre 2015 2014

Lucro líquido ajustado do semestre/exercício (53.743) (121.903) (66.083)

Lucro do semestre/exercício 125.226 76.493 8.003

Ajustes para reconciliar o lucro líquido (178.969) (198.396) (74.086)

Impostos diferidos (113.776) (113.259) (29.464)

Depreciações e amortizações 458 1.001 1.415

Provisão/reversão p/ operações de crédito de liquid. duvidosa (80.100) (96.328) (45.793)

Resultado de participações em coligadas e controladas 5.850 2.556 (8.129)

Equivalência reflexa da empresa investida 550 - -

Ajustes de avaliação patrimonial - títulos disponíveis para venda - 1.770 -

Provisão/reversão p/ desvaloriz de outros valores e bens 6.721 4.685 6.855

Perdas em outros investimentos 1.314 967 1.010

Resultado na venda de ativos imobilizados 14 212 20

Variação de ativos e passivos 33.166 140.568 105.049

Redução em aplicações interfinanceiras de liquidez - - 3.657

Redução em títulos e valores mobiliários e derivativos 8.077 23.772 113.111

Redução em operações de crédito 222.818 277.328 168.136

(Aumento) redução em relações interfinanceiras e interdepartamentais (1.945) (5.553) 638

Redução (aumento) em outros créditos e outros valores e bens 11.195 10.948 (126.422)

Aumento (redução) em outras obrigações (19.965) (32.290) 2.291

(Redução) em resultado de exercícios futuros (13) (40) (31)

(Redução) em depósitos (167.834) (137.930) (56.541)

(Redução) aumento em captações no mercado aberto (19.167) 4.333 210

Caixa líquido gerado (aplicado) nas atividades operacionais (20.577) 18.665 38.966

Fluxo de caixa das atividades de investimentos

Aquisição de investimento - (21.379) (36.194)

Alienação de investimento - - 1.208

Alienação de imobilizado de uso 3 3 387

Aquisição de imobilizado de uso (5) (113) (221)

Dividendos recebidos 17.641 19.341 -

Juros sobre capital próprio recebidos - 550 -

Caixa líquido gerado (aplicado) nas atividades de investimentos 17.639 (1.598) (34.820) Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Redução de capital em companhia investida - 8.498 -

Aumento em recursos de aceites emissão de títulos 2.779 5.530 4.265

Caixa líquido gerado nas atividades de financiamento 2.779 14.028 4.265

Aumento (redução) líquido de caixa e equivalentes de caixa (159) 31.095 8.411

Caixa e equivalente de caixa no início do semestre/exercício 73.730 42.476 34.065

Caixa e equivalente de caixa no fim do semestre/exercício 73.571 73.571 42.476

Aumento (redução) líquido de caixa e equivalentes de caixa (159) 31.095 8.411

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

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1. Contexto operacional

O Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. é uma sociedade de capital fechado, constituído sob a forma de banco múltiplo tendo como objetivo atuação em operações de crédito, financiamento, investimento e operações de câmbio. É a instituição líder do Conglomerado Financeiro Banif, tendo como controlador o Banif – Banco Internacional do Funchal S.A..

As operações são conduzidas pelas Instituições de forma integrada no mercado financeiro, com os seguintes focos:

O Banco Comercial atua no Middle Market, ofertando produtos de crédito, tesouraria, operações estruturadas, câmbio e captações em geral;

No Banco de Investimento destacam-se negócios da área de Mercado de Capitais, Fusões e Aquisições, Corporate Finance e Securitizações, com reputação consolidada na estruturação de negócios através de diversos instrumentos, tais como CRI, FII, FIP e Debêntures.

A atuação do Grupo no Brasil nos anos de 2013 a 2015 foi caracterizada pelo processo de reestruturação, com foco na racionalização da estrutura organizacional e aprimoramentos contínuos em busca da eficiência operacional, além da reestruturação de ativos.

O Governo e o Banco de Portugal comunicaram publicamente em dezembro de 2015, a decisão de venda do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. (Banif), com sede em Portugal, controlador do Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A.

Nos termos da decisão a generalidade da atividade do Banif (Portugal) foi transferida para outra instituição financeira europeia. No Banif (Portugal) permanecerá um conjunto restrito de ativos, bem como as posições acionistas, dos créditos subordinados e de partes relacionadas, dentre os quais o investimento no Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A.

O Banif (Brasil) está finalizando um processo de reestruturação de suas atividades, com redução significativa de suas operações nos últimos anos e ajuste de sua estrutura operacional, revisão do seu modelo de negócios, que incluem a venda de ativos bem como a perspectiva de alienação/associação com outros grupos econômicos. Em 31 de dezembro de 2015, e até a data da aprovação destas demonstrações financeiras, encontra-se em curso operação estruturada para desimobilização de parcela do portfolio imobiliário, nos termos descritos na nota 9, bem como a negociação do controle acionário com outros grupos econômicos.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que incluem as diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações Lei 6.404/76, alterações introduzidas pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09, e normas do Banco Central do Brasil - BACEN, e estão sendo apresentadas de acordo com o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF.

As estimativas contábeis são determinadas pelo Banco, considerando fatores e premissas estabelecidas com base em julgamentos. Itens significativos, sujeitos a essas estimativas e premissas, incluem as provisões para ajuste dos ativos ao valor provável de realização ou recuperação, as provisões para perdas, as provisões para contingências, marcação a mercado de instrumentos financeiros, os impostos diferidos e a expectativa de realização dos créditos tributários, entre outros. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores divergentes em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. O Banco revisa as estimativas e premissas, pelo menos, semestralmente.

As demonstrações financeiras foram aprovadas pela Administração em 28 de Abril de 2016.

a) Demonstrações dos resultados

Conforme definido pela Carta-Circular n° 3.105 do Banco Central do Brasil, as variações cambiais sobre operações ativas e passivas são reclassificadas para outras receitas operacionais e outras despesas operacionais, respectivamente, quando da ocorrência de resultado com natureza inversa as suas contas de origem. Com isso, determinadas receitas e despesas típicas da intermediação financeira são alocadas nas referidas rubricas.

3. Principais diretrizes contábeis

a) Apuração do resultado

As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência, observando-se o critério “pro-rata” dia para as de natureza financeira.

As receitas e despesas de natureza financeira são calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relativas a títulos descontados ou relacionados com operações no exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas pré-fixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As operações com taxas pós-fixadas são atualizadas até a data do balanço através dos índices pactuados.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

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3. Principais diretrizes contábeis--continuação

b) Caixa e equivalentes de caixa

Conforme Resolução nº 3.604/08 do Banco Central do Brasil, caixa e equivalentes de caixa são representados, basicamente, por disponibilidades em moeda nacional e, quando aplicável, por operações que são utilizadas pelo Banco para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo, tais como aplicações no mercado aberto e aplicações em depósitos interfinanceiros, com prazo igual ou inferior a 90 dias entre a data de aquisição e a data de vencimento.

O caixa e equivalentes de caixa são compostos como segue:

Descrição 2015 2014

Disponibilidades 6.533 21.466

Aplicações no mercado aberto 67.038 21.010

Total 73.571 42.476

c) Aplicações interfinanceiras de liquidez, captações no mercado aberto, obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior, obrigações por empréstimos e repasses e dívida subordinada

As operações com cláusula de atualização monetária / cambial e as operações com encargos pré-fixados estão registradas a valor presente e calculadas “pro- rata” dia com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuados. As operações que são objeto de hedge, dentro dos conceitos da Circular nº 3.082/01 do Banco Central do Brasil são ajustadas a valor de mercado.

As aplicações pós-fixadas são registradas ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável. As operações compromissadas são classificadas em função de seus prazos de vencimento, independentemente dos prazos de vencimento dos papéis que lastreiam as operações.

d) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos

De acordo com o estabelecido pela Circular nº 3.068/01 do Banco Central do Brasil, os títulos e valores mobiliários integrantes da carteira são classificados em três categorias distintas, conforme a intenção da Administração, quais sejam:

• Títulos para negociação;

• Títulos disponíveis para venda; e

• Títulos mantidos até o vencimento.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

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3. Principais diretrizes contábeis--continuação

Os títulos para negociação são apresentados no ativo circulante, independentemente dos respectivos vencimentos e compreendem os títulos adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados. São avaliados pelo valor de mercado, sendo o resultado da valorização ou desvalorização computado ao resultado.

Os títulos disponíveis para a venda representam os títulos que não foram adquiridos para frequente negociação e são utilizados, dentre outros fins, para reserva de liquidez, garantias e proteção contra riscos. Os rendimentos auferidos segundo as taxas de aquisição, bem como as possíveis perdas permanentes são computados ao resultado. Estes títulos são avaliados ao valor de mercado, sendo o resultado da valorização ou desvalorização contabilizado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido (deduzidos os efeitos tributários), o qual será transferido para o resultado no momento da sua realização.

Os títulos mantidos até o vencimento referem-se aos títulos adquiridos para os quais a Administração tem a intenção e capacidade financeira de mantê-los em carteira até o vencimento. São avaliados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos. Caso apresentem perdas permanentes, estas são imediatamente computadas no resultado.

Os instrumentos financeiros derivativos compostos por operações de futuro são contabilizados com base nos critérios estabelecidos na Circular nº 3.082/01 do Banco Central do Brasil de acordo com o seguinte critério:

• Operações de futuros - o valor dos ajustes a mercado são diariamente contabilizados em conta de ativo ou passivo e apropriados diariamente como receita ou despesa.

As operações com instrumentos financeiros derivativos não considerados como

“hedge accounting” são avaliadas, na data do balanço, a valor de mercado, contabilizando a valorização ou a desvalorização em conta de receita ou despesa, no resultado do período.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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3. Principais diretrizes contábeis--continuação

e) Requisitos Mínimos no Processo de Apreçamento de Instrumentos Financeiros (Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos)

A Resoluçao do CMN nº 4.277 de 31 de outubro de 2013 (que entrou em vigor em 30 de junho de 2015), dispõe sobre requisitos mínimos a serem observados no processo de apreçamento de instrumentos financeiros avaliados pelo valor de mercado e quanto à adoção de ajustes prudenciais pelas instituições financeiras. Os instrumentos financeiros de que tratam a Resolução incluem:

Títulos e valores mobiliários classificados nas categorias “títulos para negociação” e “títulos disponíveis para venda”, confome a Circular Bacen nº 3.068,de 8 de novembro de 2001;

Instrumentos financeiros derivativos, de que trata a Circular Bacen nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002; e

Demais instrumentos financeiros avaliados pelo valor de mercado, independentemente da sua classificação na carteira de negociação, estabelecida na Resolução CMN nº 3.464, de 26 de junho de 2007.

De acordo com esta resolução, o Banco passou a estabelecer procedimentos para a avaliação da necessidade de ajustes no valor dos instrumentos financeiros citados acima, observando os critérios de prudência, relevância e confiabilidade.

f) Operações de crédito, adiantamentos sobre contratos de câmbio, outros créditos com característica de concessão de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa

As operações de crédito são registradas pelo valor pactuado e atualizadas “pro- rata” dia, com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuada e são classificadas de acordo com o julgamento da Administração quanto ao nível de risco, levando em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação, aos devedores e garantidores, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução nº 2.682, que requer análise periódica da carteira e sua classificação em 9 níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo).

As atualizações das operações de crédito vencidas até o 59º dia são contabilizadas em receita de operações de crédito e, a partir do 60º dia, em rendas a apropriar.

As operações com atraso superior a 360 dias são baixadas contra a provisão e controladas em conta de compensação.

As operações que apresentam responsabilidade total do devedor até R$ 50 mil, são classificadas como no mínimo rating A, respeitando o atraso das operações.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

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3. Principais diretrizes contábeis--continuação

As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas antes da renegociação. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas no nível “H”.

As operações de crédito cedidas com coobrigação estão contabilizadas em contas de compensação, e classificadas quanto ao nível de risco, de acordo com a Resolução nº 2.682 do BACEN.

A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante suficiente para cobrir prováveis perdas em montante julgado suficiente pelo Banco.

g) Outros valores e bens

Os bens não de uso próprio são registrados pelo seu valor de custo ou obtenção, baseados em laudos de avaliação, e, quando aplicável é constituída provisão para perda por redução ao valor recuperável de ativo.

As despesas antecipadas são registradas pelo custo e amortizadas de acordo com a fluência do prazo contratual das operações que deram origem entre 12 e 60 meses.

h) Investimentos

Os investimentos em controladas são avaliados com base no método de equivalência patrimonial e os demais investimentos pelo custo deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável.

i) Imobilizado, diferido e intangíveis

Corresponde aos direitos que tenham como objeto bens corpóreos e incorpóreos, destinados à manutenção das atividades da Instituição ou exercido com essa finalidade. São demonstrados ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas depreciações ou amortizações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, utilizando-se taxas que levam em conta a vida útil estimada dos bens, ou seja, 4% a.a. para imóveis, 10% a.a. para instalações, móveis e equipamentos e 20% a.a. para sistemas de processamento de dados e veículos.

O ativo diferido é composto por gastos com organização e expansão e estão sendo amortizados linearmente, com base nos prazos dos contratos, na base de 20% ao ano, e referem-se a gastos com aquisição e desenvolvimento de logiciais e benfeitorias em imóveis de terceiros, com amortizações lineares conforme prazo do contrato de locação.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

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3. Principais diretrizes contábeis--continuação

j) Redução do valor recuperável de ativos não financeiros - (Impairment)

O registro contábil de um ativo deve evidenciar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Quando tais evidências são identificadas e o valor contábil líquido excede o valor recuperável, é constituída uma provisão, ajustando o valor contábil líquido. Essas provisões são reconhecidas no resultado do período/exercício, conforme previsto na Resolução nº 3.566/08 do Banco Central do Brasil.

Os valores dos ativos não financeiros são revistos anualmente, exceto créditos tributários, cuja realização é avaliada de acordo com a Resolução 3059/02 e alterações posteriores.

k) Ativos e passivos contingentes

O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Resolução n° 3.823/09 do Banco Central do Brasil e Pronunciamento Técnico CPC 25, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), obedecendo aos seguintes critérios:

Contingências ativas - não são reconhecidas nas demonstrações financeiras, exceto quando da existência de evidências que propiciem a garantia de sua realização, sobre as quais não couberem mais recursos.

Contingências passivas - são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, baseado na opinião de assessores jurídicos e da administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como perdas possíveis pelos assessores jurídicos são apenas divulgados em notas explicativas, enquanto aquelas classificadas como perda remota não requerem provisão e divulgação.

Obrigações legais, fiscais e previdenciárias - referem-se a demandas judiciais onde estão sendo contestadas a legalidade e a constitucionalidade de alguns tributos (ou impostos e contribuições). O montante discutido é quantificado, registrado e atualizado mensalmente.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

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3. Principais diretrizes contábeis--continuação

l) Provisão para o imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo)

As provisões para o imposto de renda (IRPJ) e contribuição social (CSLL), quando devidas, são calculadas com base no lucro ou prejuízo contábil, ajustado pelas adições e exclusões de caráter permanente e temporário, sendo o imposto de renda determinado pela alíquota de 15%, acrescida de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 240 no exercício (R$ 120 no semestre) e a contribuição social pela alíquota de 15% até agosto de 2015 e 20% a partir de setembro de 2015.

Foi publicado em 06/10/2015 a Lei nº 13.169 (Conversão da Medida Provisória nº 675) que eleva de 15% para 20% a alíquota de contribuição social (CSLL) devida por instituições financeiras e assemelhadas a partir de 1º de setembro de 2015 até 31 de dezembro de 2018. Devido ao caráter temporário da elevação da alíquota, o Banco optou por não refletir contabilmente o impacto dessa majoração sobre os créditos tributários ativados.

Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social foram calculados sobre adições e exclusões temporárias e serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões pelas quais foram constituídas e são baseados nas expectativas atuais de realização e considerando os estudos técnicos e análises do Banco.

m) Depósitos, captações no merc aberto e recursos de aceites e emissão de títulos São demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram os encargos exigíveis até a data do balanço, reconhecidos em base “pro-rata” dia sendo as de obrigações em moeda estrangeira atualizadas às taxas oficiais de câmbio, vigentes nas datas dos balanços. As captações no mercado aberto são classificadas no passivo circulante em função de seus prazos de vencimento, independentemente dos prazos de vencimento dos papéis que lastreiam as operações.

4. Aplicações interfinanceiras de liquidez

2015 2014 Aplicações no Mercado Aberto

Letras Financeiras do Tesouro - LFT 17.011 -

Letras do Tesouro Nacional - LTN 50.027 21.010

Total 67.038 21.010

Curto prazo 67.038 21.010

Longo prazo - -

O resultado auferido no exercício findo em 31 de dezembro de 2015 com aplicações interfinanceiras de liquidez foi de R$ 7.323 (R$ 3.959 em 2014 ).

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

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5. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos

a) Classificação, valor de mercado e curva

2015 2014

Valor de

curva (i) Ajuste a

mercado Valor contábil/

mercado (ii)

Valor contábil/

Descrição mercado

(ii) Títulos para negociação

Letras Financeiras do Tesouro – LFT 19.266 (15) 19.251 33.341

Total de títulos para negociação 19.266 (15) 19.251 33.341

Títulos mantidos até o vencimento

Cotas de Fundo em Direitos Creditórios - FIDC 13.712 - 13.712 23.395 Total de títulos mantidos até o vencimento 13.712 - 13.712 23.395

Total Títulos e Valores Mobiliários 32.978 (15) 32.963 56.736

O resultado auferido no exercício findo em 31 de dezembro de 2015 com aplicações em títulos e valores mobiliários foi de R$ (14.246) - (R$ 16.128 em 2014).

(i) Valor de curva: Nos casos de títulos de renda fixa, refere-se ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço; para as ações, considera-se o custo de aquisição.

(ii) Valor de mercado: O valor de mercado dos títulos públicos é apurado segundo divulgações nos boletins diários informado pela ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades de Mercados Financeiros e de Capitais.

As ações são avaliadas pela cotação de fechamento do último dia em que foram negociadas na Bolsa de Valores. Os títulos privados são registrados pelo seu valor de custo, acrescido diariamente dos rendimentos incorridos e ajustado ao valor de mercado.

Especificamente para os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) o valor da cota divulgado por cada administrador, leva em consideração o benchmark da cota sênior e para os Fundos de Investimentos em Participações (FIP) as cotas são registradas pelo valor de custo de aquisição.

Os títulos e valores mobiliários encontram-se custodiados, conforme o caso, no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) e na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). As cotas de fundo de investimento encontram-se custodiadas junto ao administrador dos fundos.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

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5. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos—Continuação

b) Vencimento e classificação

2015

Em quantidade de meses a valor de mercado Sem 3 a 12 1 a 3

Títulos e valores mobiliários Vencimento meses Anos Total 2014

Carteira própria – livre

Letras Financeiras do Tesouro - LFT - - 9.366 9.366 366

Cotas de Fundos de Direitos Creditórios - FIDC 13.712 - - 13.712 23.395

Total da carteira própria 13.712 - 9.366 23.078 23.761

Vinculados ao compromisso de recompra

Letras do Financeiras Tesouro – LFT - - - - 20.070

Total Vinculados ao compromisso de recompra - - - - 20.070

Vinculado à prestação de garantias

Letras Financeiras do Tesouro (BM&FBovespa) - 726 8.278 9.004 12.585

Letras Financeiras do Tesouro (outros/garantias BM&F) - 15 866 881 320

Total Vinculado à prestação de garantias - 741 9.144 9.885 12.905

Total da carteira por vencimento 13.712 741 18.510 32.963 56.736

c) Instrumentos financeiros derivativos

Valor dos contratos Ativo (passivo)

2015 2014 2015 2014

Futuro

Posição comprada

DI - 1.886 - -

Dólar - - - -

- 1.886 - -

Posição vendida

DI - - - -

Dólar (1) 67.211 119.124 (650) 1.256

Euro - 5.645 - -

67.211 124.769 (2) (650) 1.256

(1) Refere-se a 170 contratos (série F16) encerrados em 30/12/2015, liquidação em 04/01/2016 e 170 contratos (série G16) com vencimento para 01/02/2016 – (Em 2014, a posição era de 455 contratros (série F15) encerrados em 30/12/2014, liquidados em 02/01/2015 e 440 contratos (série G15), com vencimento em 02/02/2015.

(2) Os valores a receber e a pagar estão registrados nas rubricas contábeis / Negociação e intermediação de valores.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

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5. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos—Continuação

A tesouraria, com base em seus controles internos e sistemas de acompanhamento, busca diariamente, através da quantificação dos riscos assumidos, minimizar as posições do Banco quanto à exposição a risco de mercado. Para isto, pode utilizar instrumentos derivativos negociados pela BM&FBovespa S.A., isto é, contratos de DI, DDI, Dólar e contratos em Euro Futuro na CME (Chicago Mercantil e Exchange).

O resultado com instrumentos financeiros derivativos Futuro foi de (R$ 11.976) - (R$ 395 em 2014).

Para as operações com instrumentos financeiros derivativos efetuados junto a BM&FBovespa S.A., foram requeridas margens de garantia (títulos públicos), no valor de R$ 9.004. (R$ 12.585 em 2014).

Referências

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