A N A L I S E S D E L I V R O S
C E R E B R O V A S C U L A R D I S E A S E S . M . D . G I N S B E R G , W . D . D I E T R I C H , e d i t o r e s U m v o l u -m e (15x22,5 c -m ) c o -m 453 p á g i n a s . R a v e n P r e s s , N e w Y o r k , 1989.
D e s d e 1984 r e a l i z a - s e b i a n u a l m e n t e a j á famosa « P r i n c e t o n C o n f e r e n c e on C e r e b r o v a s c u l a r D i s e a s e s » , cujos r e g i s t r o s são u l t e r i o r m e n t e p u b l i c a d o s . O presente v o l u m e se r e f e r e à 16ª Conferência (março-1988), da qual p a r t i c i p a r a m cerca d e 100 a u t o r i d a d e s no assunto. F o r a m focalizadas, sobretudo, a f i s i o p a t o l o g i a da i s q u e m i a c e r e b r a l e novas tendências d a terapêutica. N ã o h e s i t a m o s e m a f i r m a r que o p r e s e n t e l i v r o constitui r e p e s i t ó r i o d o e s t a d o atual da q u e s t ã o e m seus d i v e r s o s setores e representa a ú l t i m a p a l a v r a nos a v a n ç o s p e r c o r r i d o s na ú l t i m a década, p r e n u n c i a n d o tendências a s e r e m s e g u i d a s nos p r ó x i m o s 10 anos.
A b r e o v o l u m e um t e m a r e l a t i v a m e n t e n o v o e d e i m p o r t â n c i a fundamental, a função a t i v a do e n d o t é l i o v a s c u l a r : c o m efeito, as células e n d o t e l i a i s e n v o l v i d a s na circulação c e r e -bral, assim c o m a s de o u t r a s áreas, são p r o v i d a s de i n t e r a ç ã o c o m células e moléculas d o s a n g u e ou d o s t e c i d o s ; a d m i t e - s e a e x i s t ê n c i a d e n ú m e r o e l e v a d o de estímulos, incluindo a f a g o c i t o s e , aptos a a t i v a r o e n d o t é l i o ; a p a t o g ê n e s e d o icto e n v o l v e situações capazes d e a l t e r a r i n t e r a ç õ e s n o r m a i s das células e n d o t e l i a i s c o m substâncias vaso-ativus e x i s t e n t e s no sangue, de í o r m a a a l t e r a r sistemas de comunicação entre o e n d o t é l i o e outros tipos de células. Os d e m a i s capítulos p o d e m ser s e p a r a d o s em áreas de m a i o r interesse clínico ou à i n v e s t i g a ç ã o : ( 1 ) i n v e s t i g a ç ã o c l í n i c a s o b r e o i c t o ; ( 2 ) r;turotransmissores na doença c e r e b r o v a s c u l a r i s q u ê m i c a ; ( 3 ) demências v a s c u l a r e s ; ( 4 ) misceláneas f i s i o p a t o l ó g i c a s e tera-pêuticas; ( 5 ) recuperação da função no i c t o ; ( 6 ) radicais d e o x i g ê n i o na i s q u e m i a ; ( 7 ) b a r r e i r a hematoencefálica. S e r i a s e g u r a m e n t e interessante a n a l i s a r cada capítulo, de u m l i v r o f a s -cinante como este. E s c o l h e m o s um deles para m a i o r e s c o m e n t á r i o s . P e r m i t i m o - n o s pinçar, p o r sua o p o r t u n i d a d e e p e l a v e l o c i d a d e c o m q u e seus conceitos e s t ã o m u d a n d o , o tema r e f e r e n t e a d e m ê n c i a vascular.
Os conceitos de d e m ê n c i a vascular f o r a m r e v i s t o s por e q u i p e l i d e r a d a p o r H a c h i n s k i . T o d o s o s aspectos i m p o r t a n t e s concernentes à d e m ê n c i a vascular ainda se r e v e s t e m d e d ú v i d a s : d i a g n ó s t i c o , p r e v a l ê n c i a , f i s i o p a t o l o g i a , p r o g n ó s t i c o , t r a t a m e n t o e p r e v e n ç ã o . U m a d e f i n i ç ã o s e r i a r e l a t i v a m e n t e s i m p l e s : a d e m ê n c i a vascular p o d e ser c o n s i d e r a d a como c o m p r o m e -t i m e n -t o m e n -t a l a d q u i r i d o e resul-tan-te, de lesões c e r e b r a i s secundárias a doenças dos v a s o s sangüíneos. N e n h u m a r e g r a i n d i c a até q u e ponto uma d o e n ç a c e r e b r o v a s c u l a r causa ou c o n t r i b u i p a r a causar, o u m e r a m e n t e c o e x i s t e à demência. U m a l i g a ç ã o d a p a t o l o g i a d o s vasos s a n g ü í n e o s c e r e b r a i s à d e m ê n c i a é tão a n t i g a quanto c o n h e c i m e n t o d a p r ó p r i a c i r -culação c e r e b r a l . H á tempos, a a r t e r i o s c l e r o s e d o s vasos c e r e b r a i s era c o n s i d e r a d a causa p r e d o m i n a n t e do d e c l í n i o m e n t a l d o i d o s o , p o r estenose g r a d u a l dos v a s o s sangüíneos q u e c o n d u z i r i a a isquemia c r ô n i c a e a m o r t e neuronal. T o d a v i a , c o m o os estudos do f l u x o cerebral d e i x a r a m d e r e v e l a r i s q u e m i a s c r ô n i c a s nesses i n d i v í d u o s e, p o r o u t r o lado, e.studos anato¬ m o p a t o l ó g i c o s r e g i s t r a r a m aspectos característicos, não vasculares na doença de A l z h e i m e r e, m e s m o , na m a i o r p a r t e dos pacientes d e m e n c i a d o s , a d e m ê n c i a vascular passou a ser c o n s i d e r a d a c o m o e n t i d a d e pouco f r e q ü e n t e . Q u a n d o v i e s s e a o c o r r e r , s e r i a p o r sucessão d e ictos ( d e m ê n c i a p o r m u l t i e n f a r t e s ) . R e c e n t e m e n t e , n o v o s c o n c e i t o s s u r g i r a m a c o m p a -nhando as n o v a s técnicas de i m a g e m , p r i n c i p a l m e n t e a t o m o g r a f i a c o m p u t a d o r i z a d a e a ressonância nuclear. R e v e l o u - s e então v e r d a d e i r a « e p i d e m i a » de i n d i v í d u o s c o m alterações d a substância branca, v a g a m e n t e r o t u l a d a s como doença de B i n s w a n g e r . H a s c h i n s k i e c o l . s u g e r i r a m q u e v á r i a s a l t e r a ç õ e s da substância branca, a que d e n o m i n a r a m d e « l e u c o -- a r a i o s e » , p o d e r i a m ser r e l a c i o n a d a s n ã o apenas a h i p e r t e n s ã o ou a enfartes mas, t a m b é m , a o p r ó p r i o p r o c e s s o de A l z h e i m e r , p o r a m i l o i d o s e dos v a s o s sangüíneos. D e s t a f o r m a , a doença de A l z h e i m e r p o d e r i a ser c o n s i d e r a d a como a causa m a i s c o m u m da doença d e B i n s w a n g e r . P o r o u t r o lado, a d e m ê n c i a v a s c u l a r está r e t o m a n d o sua i m p o r t â n c i a , p r i n c i p a l -m e n t e d e v i d o ac f a t o d e q u e a p o p u l a ç ã o q u e e n v e l h e c e ser -m a i s susceptível a doença c e r e b r o v a s c u l a r . Ê v e r d a d e que a p r e s e n ç a de doença c e r e b r o v a s c u l a r e m um i n d i v í d u o p o d e ser coincidente, c o n t r i b u i n t e ou m e s m o causai da demência. O r e c o n h e c i m e n t o de f a t o r e s v a s c u l a r e s é i m p o r t a n t e , p o i s que esses f a t o r e s p e r m i t e m a l t e r n a t i v a s terapêuticas. N o v a s d e f i n i ç õ e s d e d e m ê n c i a vascular, assim c o m o de sua f i s i o p a t o l o g i a , d i a g n ó s t i c o e t r a t a m e n t o , são de d i f í c i l e s t a b e l e c i m e n t o e m v i r t u d e da influência d e v i d a à i d a d e e da c o m u m coinci-d ê n c i a à coinci-doença coinci-d e A l z h e i m e r . E s s e m e s m o tema, c o r r e l a ç õ e s e n t r e coinci-d e m ê n c i a e icto, é estudado e m v á r i o s r e l a t ó r i o s a b o r d a n d o a s p e c t o s d e m o g r á f i c o s .
P A I N : M E C H A N I S M S A N D S Y N D R O M E S . N e u r o l o g i c C l i n i c s . V o l u m e 7. R , K . P O R T E ¬ N O Y , e d i t o r . U m v o l u m e (16x24 c m ) com 262 p á g i n a s . W . B . Saunders C o . , P h i l a d e l p h i a , 1989.
A d e s p e i t o do c o n h e c i m e n t o do sistema n e r v o s o constituir base fundamental p a r a o estudo e t r a t a m e n t o da d o r crônica, r e l a t i v a m e n t e poucos n e u r o l o g i s t a s se c o n s i d e r a m e s p e -cialistas em doi E s t e fato, s e g u n d o P o r t e n o y , d e r i v a t a l v e z do ponto de v i s t a t r a d i c i o n a l de q u e a d o r é mais um s i n t o m a a ser a l i v i a d o que um d i s t ú r b i o a ser c o m p r e e n d i d o . N ã o obstante, este v o l u m e t e s t e m u n h a a e v o l u ç ã o do p e n s a m e n t o dos n e u r o l o g i s t a s no s e n t i d o de se assenhorear dos p r o g r e s s o s da n e u r o f i s i o l o g i a e da n e u r o p a t o l o g i a da dor, c o m o base p a r a c o m p r e e n s ã o do f e n ô m e n o a t r a v é s de sua p a t o g ê n e s e . P a r a l e l a m e n t e , g r a n d e número de novas d r o g a s , c o m m a i s m i n u c i o s o c o n h e c i m e n t o da f a r m a c o d i n â m i c a e da farmacocinética, p r o p o r c i o n o u m a i o r e s o p o r t u n i d a d e s n o t r a t a m e n t o .
D o s 13 capítulos que c o m p õ e m este l i v r o , os dois p r i m e i r o s são r e s e r v a d o s a r e v i s ã o da N e u r o f i s i o l o g i a da D o r ( H o f f e r t ) e o b s e r v a ç õ e s e especulações sobre o M e c a n i s m o d a D o r ( P o r t e n o y ) . P o r esses capítulos, c o m p r e e n d e m - s e as r e l a ç õ e s e n t r e a necicepção e a d o r , q u e r em condições n o r m a i s q u e r nas p a t o l ó g i c a s ; esmiuçam-se t a m b é m i n v e s t i g a ç õ e s básicas sobre sintomas, transmissão e m o d u l a ç ã o da d o r ; Classificação da f i s i o p a t o l o g i a é p r o p o s t a para e l u c i d a r f e n ô m e n o s e s p e c í f i c o s r e l a c i o n a d o s à d o r em v á r i a s condições clínicas. A n e v r a l g i a pós-hcrpética é r e v i s t a no c a p í t u l o 3 e seu a u t o r ( W a t s o n ) salienta que, dada a habitual m e l h o r a com o t e m p o , o t e r m o d e v e ser r e s e r v a d o àquelas f o r m a s que o c o r r e m u m m ê s após o herpes z ó s t e r . N o c a p í t u l o 4, S h e r m a n estuda aS d o r e s d o coto e as d o r e s do m e m b r o f a n t a s m a , s a l i e n t a n d o que em a m b a s e x i s t e m m e c a n i s m o s f i s i o p a t o l ó g i c o s c o r r e -lacionados e que os r e s p e c t i v o s t r a t a m e n t o s f r e q ü e n t e m e n t e se i m b r i c a m . P o l i n e u r o p a t i a s d o l o r o s a s são assunto d o capítulo s e g u i n t e ( P o r t e n o y ) . S í n d r o m e s de d o r e s p o r d e s a f e r e n t a ç ã o são estudadas por D a v a r e M e c i e w i c z : são condições f r e q ü e n t e m e n t e resistentes ao t r a t a m e n t o , o c o r r e n d o após lesão de n e r v o p e r i f é r i c o ou do S N C sômato-sensorial. F r o m m r e v ê a neu-r a l g i a do t neu-r i g ê m i o e d e s o neu-r d e n s c o neu-r neu-r e l a c i o n a d a s , passando e m neu-r e v i s t a sinais e sintomas, histó-r i a natuhistó-ral e d i a g n ó s t i c o , d i s c u t i n d o p o n t o s de v i s t a c o histó-r histó-r e n t e s d e p a t o g ê n e s e e m o d a l i d a d e s terapêuticas. M o u l i n c o n s i d e r a a d o r como a s p e c t o f r e q ü e n t e na esclerose m ú l t i p l a b e m esta-b e l e c i d a : crônicas, h a esta-b i t u a l m e n t e s ã o associadas a m i e l o p a t i a e m a i s freqüentes e m m u l h e r e s e pacientes idosos. E l l i o t t e F o l e y estudam aspectos n e u r o l ó g i c o s da d o r em pacientes com neoplasias. H o r e n s t e i n estuda a d o r l o m b a r crônica e reconhece q u e ela t e m d o i s c o m p o n e n t e s : um diz r e s p e i t o a a c o m e t i m e n t o s v e r t e b r a i s e o outro aos sintomas e sinais q u e d e l a s resul-tam, c o m p r o m e t e n d o r a í z e s , cauda eqüina ou, e m alguns casos, o cone m e d u l a r . Cefialéias crônicas são r e v i s t a s p o r Saper, que estuda novas p e r s p e c t i v a s s o b r e elas, chamando a atenção p a r a os m e c a n i s m o s p a t o g e n é t i c o s encefálicos e v á r i o s aspectos s o b r e a v a l i a ç ã o diagnostica, classificação e t r a t a m e n t o . D o r e s m i o f a c i a i s são estudadas p o r F r i c t o n : esta s í n d r o m e é constituída de d o r e s musculares r e g i o n a i s que se acompanham f r e q ü e n t e m e n t e de f a t o r e s de risco c o m p o r t a m e n t a i s e psicossociais; seu t r a t a m e n t o nem s e m p r e é fácil, e n v o l v e n d o r e a b i -litação dos músculos a f e t a d o s e c o n t r o l e d o s f a t o r e s c o n t r i b u t i v o s . F i n a l m e n t e , e n c e r r a n d o este interessante v o l u m e , V a s u d e v a n estuda as p e r s p e c t i v a s clínicas nas relações e n t r e a d o r e a i n v a l i d e z .
R O B E R T O M E L A R A G N O F I L H O
T H E V E N T R I C L E O F M E M O R Y . M A C D O N A L D C R 1 T C H L E Y . U m v o l u m e (15,5x24 c m ) c o m 213 p á g i n a s . R a v e n P r e s s , N e w Y o r k , 1990.
C r i t c h l e y não necessita i n t r o d u ç ã o p o r ser um n o m e q u e d i z p o r si só na N e u r o l o g i a . É d i f i c i l e n c o n t r a r m o s a l g u m c o m p ê n d i o r e c e n t e sem citações d e seus trabalhos e de sua escola. I s t o c o n f e r e à p r e s e n t e coletânea de b i o g r a f i a s de 21 n e u r o l o g i s t a s um v a l o r t o d o especial. E l e d e s c r e v e a v i d a de n e u r o l o g i s t a s ( e m seu s e n t i d o a m p l o ) com q u e m c o n v i v e u , seus a m i g o s de cada d i a e, s e g u n d o ele m e s m o chama a atenção, faz isto antes que a l g u n s deles possam t e r esquecidos p e l o t e m p o .
escrever de maneira tão particular sobre aqueles que são idolatrados pelas novas gerações de neurologistas, Critchley consegue captar características atemporais. Nenhum de nós ficará impassível ao vê-lo descrever de forma crítica e com humor perspicaz o dinamismo e a determinação, por vezes excessiva, de Denny-Brown (1901-1980). Nenhum de nós perma¬ necerá também impassível ao ler a descrição da longa trajetória de Luria (1902-1977) até chegar às afasias. Relata que Luria começou sua carreira pela sociologia, seguida da psicanálise e contactos com a filosofia Pavloviana e a reflexologia de Bechterew, interes¬ sando-se, a seguir, pelo desenvolvimento infantil, junto com pesquisas sobre a antropologia cultural da Ásia soviética. Trabalhou por muitos anos com deficientes mentais e, por ocasião da entrada soviética na guerra de 1942, foi enviado como médico para um centro de trauma-tismos cranianos nos montes Urais, dando início ao seu estudo dos efeitos de lesões locali-zadas no cérebro.
Critchley nos dá a oportunidade ímpar de conhecer de primeira mão o lado humano de alguns ídolos e pais da Neurologia.
R U B E N S REIMAO
AVANCEIS E N L A INVESTIGATION DEL, SUKftO Y SUS TRANSTORNOS. G. B U E L A - C A ¬ SAL, J.F. N A V A R R O HUMANES, editores. Um volume (10x23 cm) em brochura, com 458 páginas. Siglo Vientiuno de Espana Editores, Madrid, 1990.
Creio que este tomo terá lugar importante na difusão Io conhecimento dos distúrbios do sono, pois poucos são os volumes semelhantes em língua espanhola. Além disto, é obra por si só de grande valor, unindo 42 autores de 16 países em revisão sobre c sono, desde suas bases fisiológicas até o diagnóstico e tratamento de suas patologias. Os editores cuida-ram da escolha dos textos, tornacuida-ram a sua leitura acessível, agradável, em profundidade e, além disto, escreveram capítulos principalmente relacionados a insonia e narcolepsia.
Dos textos iniciais dedicados aos fundamentos do sono, destacamos um, conceituai, sobre as funções do sono (Mikovalzon). Os demais abrangem filogênese, ontogênese, modelos fisiológicos, modelos neuroquímicos e fatores indutores de sono. As inter-relações dos ritmos biológicos são descritas e Stony eu e col., que dão ênfase ao papel do núcleo supraquiasmático do hipotálamo'. N a mesma linha, são relatadas as repercussões das viagens transmeridianas sobre o sono. Seis textos dissecam as técnicas de monitorização do dormir e dos graus de alerta.
Alguns capítulos podem ser considerados clássicos, como um revendo a síndrome de apnéia do sono (Guilleminault) e outro, descrevendo terror noturno e sonambulismo (Oswald). Dos aspectos clínicos pouco detalhados era outros compêndios do gênero e que mereceram destaque, são ressaltadas as características do sono em crianças com deficiência mental, a hlpersônia idiopática e a síndrome dé Kleine-Levin.
R U B E N S REIMÃO
T H E I N T E R N A T I O N A L CLASSIFICATION O F S L E E P DISORDERS: DIAGNOSTIC A N D CODING M A N U A L . Diagnostic Classification Steering Committee, M.J. THORPY,
Chairman. Um volume (18x26 cm) com 396 páginas. Allen Press Inc., Lawrence, Kansas, USA, 1990.
A primeira classificação dos distúrbios do sono foi publicada há 11 anos e, desde então, burilada para dar origem a esta segunda. A primeira foi elaborada pela Associação dos Centros de Distúrbios do Sono — entidade primordialmente norte-americana — enquanto a segunda já conta com o apoio internacional das sociedades Americana, Européia, Japonesa e Latinoamericana de Sono. O maior mérito é, sem dúvida, do coordenador do comitê de classificação, Michael J. Thorpy, líder do grande esforço para planejar e alcançar consenso internacional em tarefa tão complexa.