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Braz. j. . vol.83 número2

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Academic year: 2018

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www.bjorl.org

Brazilian

Journal

of

OTORHINOLARYNGOLOGY

ARTIGO

DE

REVISÃO

Tracheostomy

in

childhood:

review

of

the

literature

on

complications

and

mortality

over

the

last

three

decades

Ana

Paula

Ligoski

Dal’Astra

a

,

Ariane

Vieira

Quirino

a

,

Juliana

Alves

de

Sousa

Caixêta

b,∗

e

Melissa

Ameloti

Gomes

Avelino

a,c

aPontifíciaUniversidadeCatólicadeGoiás,Goiânia,GO,Brasil bCentroUniversitáriodeAnápolis(UniEvangélica),Anápolis,GO,Brasil cUniversidadeFederaldeGoiás,Goiânia,GO,Brasil

Recebidoem25defevereirode2016;aceitoem7deabrilde2016 DisponívelnaInternetem16defevereirode2017

KEYWORDS Tracheostomy; Child;

Mortality; Complication

Abstract

Introduction:Tracheostomy isaprocedurewithunique characteristicswhenusedon pedia-tricpatientsduetothegreatertechnical difficultyandhighermorbidityandmortalityrates relativetotheprocedureinadults.Inrecentdecades,therehavebeensignificantchangesin themedicalcareavailabletochildren,particularlyforthosewhoneedintensivecare.Surgical conditionshavealsoimproved,andtherehasbeenanadventofnewequipmentand medicati-ons.Theseadvanceshavebroughtchangestobothtracheostomyindicationsandtracheostomy complications.

Objective: Toperformareviewofthearticlespublishedoverthelastthreedecadesonthe complicationsandmortalityassociatedwithtracheostomiesinchildren.

Methods:Articles were selected fromthe Cochrane, LatinAmerican andCaribbean Health Sciences Literature,SciELO,NationalLibraryofMedicine (MedlinePlus), andPubMedonline databases. The articles selected had beenpublished between January 1985and December 2014,andthedatawascomparedusingtheChi-squaretest.

Results:A total of3797articles were chosen, 47 ofwhich were used asthe basisfor this review.Whenthethreedecadeswereevaluatedasawhole,anincreaseintracheostomiesin malechildrenunderoneyearofagewasfound.Themostcommoncomplicationsduringthe periodanalyzedindescendingorderoffrequencyweregranuloma,infection,andobstruction ofthe cannula,accidental decannulation,andpost-decannulation tracheocutaneous fistula. In thesecond and thirddecades ofthe review, granulomas representedthe mostcommon

DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2016.04.005

Comocitar esteartigo: Dal’Astra AP,Quirino AV,Caixêta JA, Avelino MA.Tracheostomy inchildhood: review ofthe literatureon

complicationsandmortalityoverthelastthreedecades.BrazJOtorhinolaryngol.2017;83:207---14.

Autorparacorrespondência.

E-mail:jualves39@yahoo.com.br(J.A.Caixêta).

ArevisãoporparesédaresponsabilidadedaAssociac¸ãoBrasileiradeOtorrinolaringologiaeCirurgiaCérvico-Facial.

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complication;inthefirstdecadeofthereview,pneumothoraceswerethemostcommon. Morta-lityassociatedwithtracheostomyrangedfrom0%to5.9%,whileoverallmortalityrangedfrom 2.2%to59%.Inaddition,thereviewincludedfourstudiesonprematureand/orveryunderweight infantswhohadundergonetracheostomies;thestudiesreportedevidenceofhighermortality inthisagegrouptobelargelyassociatedwithunderlyingdiseases.

Conclusion:Improvedsurgicaltechniquesandintensivecare,thecreationofnewmedications, andvaccineshaveallredefinedthemaincomplicationsandthemortalityratesoftracheostomy inchildren.Itisasafeprocedurethatincreaseschancesofsurvivalinthosewhorequirethe prolongeduseofmechanicalventilation.

© 2016 Associac¸˜ao Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C´ervico-Facial. Published by Elsevier Editora Ltda. This is an open access article under the CC BY license (http:// creativecommons.org/licenses/by/4.0/).

PALAVRAS-CHAVE Traqueostomia; Crianc¸a; Mortalidade; Complicac¸ão

Traqueostomianainfância:revisãodaliteraturasobrecomplicac¸õesemortalidade nasúltimastrêsdécadas

Resumo

Introduc¸ão:Atraqueostomiaéumprocedimentocomcaracterísticasexclusivasempacientes pediátricosdevidoàmaiordificuldadetécnicaeàsmaiorestaxasdemorbidadeemortalidade emrelac¸ãoaoprocedimentoemadultos.Nasúltimasdécadas,houvemudanc¸assignificativasna assistênciamédicaàscrianc¸as,especialmenteparaaquelasquenecessitamdecuidados inten-sivos.Ascondic¸õescirúrgicastambémmelhoraramehouveumadventodenovosequipamentos emedicamentos.Essesavanc¸os trouxerammudanc¸astanto nasindicac¸ões detraqueostomia comonassuascomplicac¸ões.

Objetivo:Realizar uma revisão dos artigos publicados nas últimas três décadas sobre as complicac¸õeseamortalidadeemcrianc¸assubmetidasàtraqueostomia.

Método: OsartigosforampesquisadosnasbasesdedadosonlinedaCochrane,Latin Ameri-canandCaribbeanHealthSciences Literature(Lilacs),SciELO, NationalLibraryofMedicine

(MedlinePlus)ePubMed.Osartigosselecionadosforampublicados entrejaneirode1985e dezembrode2014eosdadosforamcomparadoscomusodetestedoqui-quadrado.

Resultados: Foram selecionados 3.797 artigos, 47 dos quais foram usados como base para esta revisão. Quando as três décadas foram avaliadas como um todo, encontrou-se um aumento das traqueostomias em crianc¸as do sexo masculino com menos de um ano. As complicac¸õesmaiscomunsnoperíodoanalisado,emordemdecrescentedefrequência,foram granuloma, infecc¸ão, obstruc¸ão dacânula, decanulac¸ão acidental efístula traqueocutânea pós-decanulac¸ão.Nasegundaeterceiradécadasderevisão,osgranulomasrepresentarama complicac¸ãomaiscomum;naprimeiradécadadarevisão,pneumotóraxfoiamaiscomum.A mortalidadeassociadaàtraqueostomiavarioude0%a5,9%,enquantoqueamortalidadeglobal varioude2,2%a59%.Alémdisso,arevisãoincluiuquatroestudossobrelactentesprematuros e/ounascidoscommuitobaixopesosubmetidosàtraqueostomia;osestudosmostraramquea mortalidadenessafaixaetáriaédecorrenteassociadaadoenc¸assubjacentes.

Conclusão:Amelhoria dastécnicascirúrgicasedecuidadosintensivos eacriac¸ãode medi-camentos e vacinas redefiniram as principais complicac¸ões e as taxas de mortalidade da traqueostomiaemcrianc¸as.

© 2016 Associac¸˜ao Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C´ervico-Facial. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este ´e um artigo Open Access sob uma licenc¸a CC BY (http:// creativecommons.org/licenses/by/4.0/).

Introduc

¸ão

Atraqueostomiaconsisteemumaaberturacirúrgicada tra-queia com a inserc¸ão de um cânula que possibilita uma troca respiratóriadireta com oambiente externo1---4 É um dosprocedimentoscirúrgicosmaisantigos;foidescritapela primeiravezem100d.C.porAsclepíades,naGréciaAntiga. Veioaserusadacommaisfrequêncianarotinamédicaem meadosdoséculoXIX,quandoArmandTrousseauempregou

a técnicaparamuitos pacientescom dispneiaassociada a difteria.1,2,4---9

(3)

de recém-nascidos prematuros e de recém-nascidos com malformac¸õescongênitas.2,10---16

Esseprocedimentoétecnicamentemaisdifícilem paci-entespediátricossecomparadocomadultos,poisatraqueia dascrianc¸asémenoredemenorconsistência;alémdisso, o campo cirúrgico é mais limitado. Além disso, alguns riscos para o procedimento estão diretamente ligados à idade e são mais específicos, como o parto prematuro, baixo peso ao nascimento,a durac¸ão datraqueostomia e comorbidadesgraves.Assim,essegrupoapresentataxasde morbidadeedemortalidademaiselevadasdoqueos paci-entesadultos.1,2,4,5,7,10,15,17,18

Oobjetivodesteestudofoifazerumarevisãoda litera-turadasúltimastrêsdécadas,afimdetrac¸arumperfilde complicac¸õesedastaxasdemortalidadedetraqueostomias emcrianc¸asetambémdeterminarseesseperfilapresentou mudanc¸asnasúltimastrêsdécadas.

Método

Umarevisão daliteraturafoi feitanasbasesde dadosdo Cochrane, Latin America and Caribbean Health Sciences Literature (Lilacs), SciELO, National Library of Medicine

(MedlinePlus)ePubMed.Foramincluídosartigospublicados entrejaneiro de 1985 e dezembrode 2014. Após os arti-gos seremlidos, umarevisãodereferências bibliográficas dosartigosfoifeitaparaidentificaroutrosestudos poten-cialmenterelevanteseestesforambuscadosnasbasesde dados.

NasbasesdedadosdoMedlineePubMedforamusadosos termosMeSHeminglês‘‘tracheotomy’’e‘‘tracheostomy’’; eles foram associados a ‘‘complications’’, ‘‘child’’ e ‘‘mortality’’ como qualificadores. Enquanto isso, no Sci-ELO,LilacseCochrane,foramusadasasassociac¸õesentre ostermos‘‘tracheostomy/tracheotomy’’,‘‘complication’’, ‘‘mortality’’ e ‘‘pediatric/child’’. A busca foi limitada a artigosescritosemportuguês,espanholeinglêseparauma faixaaté18anos.

Os artigosforam avaliadosde formaindependente por doisdosautoresdoestudo.Osartigosdotipocasoseséries de casos foram excluídos. Os artigos que não continham dadossuficientesparaavaliarcomplicac¸õesemortalidade em crianc¸as submetidas a traqueostomia também foram excluídos.

Os dados foram organizados em Excel® e analisados

com o programa Statistical Package for Social Sciences

(SPSS®),versão21.0.Osdadosdecadadécadaforam

com-parados com os de outras décadas, utilizando o teste do qui-quadrado.Ointervalodeconfianc¸afoide95%eos valo-resforamconsideradossignificativosquandop<0,05.

Resultados

Foramidentificados3.797artigoscomostermosMeSHeas palavras-chavedescritasnométodo.Foramselecionadosos artigos que incluíram pacientes até 18 anos e que foram escritosemportuguês,inglêsouespanhol,publicadosentre janeirode1985edezembro2014.Destamaneira,restaram 595 artigos.Cento e trinta e dois artigosforam excluídos porsetrataremderelatoousériedecaso.Depoisdemais umaavaliac¸ãodarelevânciapordoisotorrinolaringologistas

Tabela1 Distribuic¸ãodonumerodeestudosedepacientes submetidosàtraqueostomia,pordécada:1985a1994,1995 a2004e2005a2014

Década Númerodeestudos Númerodepacientes

1985a1994 5 480

1995a2004 15 1.150 2005a2014 27 4.303

Total 47 5.933

independentes, 547 artigos foram excluídos e 47 artigos permaneceram.1---47Amaioriadostrabalhosexcluídosneste momentonãotinhadadossuficientesparaavaliac¸ão.Dos47 artigos,cincoestudosforampublicadosentre1985e1994, 15entre1995e2004e27entre2005e2014.Adistribuic¸ão donúmero de artigos e o númerototal de pacientes por décadasãomostradosnatabela1.

Epidemiologia

Quatro estudos consideraram apenas recém-nascidos pre-maturose/ougravementeabaixodopeso.19---22Considerando ogênero,atraqueostomia foirealizadaem maiornúmero empacientesdosexomasculino.1---16,18---38,40,42,43,45Emoutros artigos,onúmerodecrianc¸asmenoresdeumanoemrelac¸ão àsoutrasfaixas etárias variou de 4 a78%. Dados sobrea mortalidadedascrianc¸assubmetidasàtraqueostomiaestão detalhadosnatabela2.1---3,6---9,12---18,23,26---29,34,37---43

Quandoasdécadasforamconsideradasindividualmente, afrequênciadecrianc¸asmenoresdeumanovarioude41,3% (1985-1994)a63,0%(1995-2004),comumaumento estatisti-camentesignificativonaúltimadécadaemrelac¸ãoàsoutras décadas(p<0,001).

Houveumaumentoprogressivonafrequênciadecrianc¸as do sexo masculino submetidas a traqueostomia, com um aumento estatisticamente significativo entre as décadas avaliadas(tabela3).

Complicac¸ões

Ascomplicac¸ões pós-operatóriasprecoces e tardias foram avaliadasem conjunto. Excluindo-se os estudos que con-sideravam apenas recém-nascidos prematuros e/ou com baixo peso, as complicac¸ões mais comuns durante todo o período, em ordem decrescente de frequência, foram granuloma, infecc¸ão, obstruc¸ão da cânula e, em quarto lugar,decanulac¸ãoacidentalefístulatraqueocutânea pós--decanulac¸ão,comomostradonatabela4.

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Tabela2 Mortalidadeemcrianc¸asquereceberamumatraqueostomiaentre1985e2014

Autor Anode

publicac¸ão

n <1ano deidade n(%)

Homemn(%) Mortalidadepor traqueostomian (%)

Mortalidade geraln(%)

Holscheretal.25 2014 91 67(73,6) 2(2,2)

Ogilvieetal.27 2014 231 111(48,0) 154(66,7) 5(2,2) 37(16,0)

Pérez-Ruizetal.16 2012 249 150(60,2) 150(60,2) 8(3,2) 31(12,4)

Treyetal.8 2012 119 83(69,7) 70(58,8) 1(0,8) 25(21,0)

Woodetal.9 2012 1613 739(45,8) 932(57,8) 90(5,6)

Atmacaetal.6 2011 54 26(48,1) 32(59,3) 15(27,8)

Itamotoetal.5 2010 58 33(56,9) 2(3,4) 2(3,4)

Al-Samrietal.14 2010 72 43(59,7) 1(1,4) 11(15,3)

AdogaeMa’na10 2010 46 29(63,0) 8(17,4)

Berryetal.34 2009 917 524(57,1) 541(59,0) 11(1,2) 71(7,7)

Gutiérrez-Gutiérrezetal.3 2009 50 2(4,0) 33(66,0) 11(22,0)

Ramkuetal.35 2009 30 20(66,7) 6(20,0)

Ozmenetal.1 2009 282 23(8,2) 181(64,2) 3(1,1) 56(19,8)

Karapinaretal.24 2008 31 12(38,7) 1(3,2) 10(32,3)

Grafetal.36 2008 70 43(61,4) 9(12,8)

Corbettetal.17 2007 112 58(51,8) 2(1,8) 22(19,6)

Parrillaetal.15 2007 38 19(50,0) 20(52,6) 15(39,5)

Mahadevanetal.2 2007 122 81(66,4) 67(54,9) 2(1,6) 17(14,0)

Rozsasietal.11 2005 24 19(79,2) 1(4,2) 6(25,0)

Butnaru37 2005 46 16(34,8) 24(52,2) 1(2,2) 6(13,0)

Angetal.7 2005 48 30(62,5) 29(60,4) 8(16,7)

Solaresetal.38 2004 94 60(63,8) 47(50,0) 8(8,5)

Tantinikornetal.18 2003 181 99(54,7) 108(59,7) 1(0,55) 24(13,3)

Midwinteretal.39 2002 143 93(65,0) 4(2,8)

Ilc¸eetal.26 2002 17 7(41,2) 13(76,5) 1(5,9) 10(58,8)

Rochaetal.33 2000 46 35(76,1) 6(13,0)

Wetmoreetal.23 1999 373 292(78,3) 253(67,8) 2(0,54) 94(25,2)

Dubeyetal.40 1999 40 13(32,5) 1(2,5) 10(25,0)

Koltai41 1998 68 43(63,2) 36(52,9) 7(10,3)

Donellyetal.12 1996 29 14(48,3) 15(51,7) 6(20,7)

ShinkwineGibbin28 1996 56 40(71,4) 29(51,8) 1(1,8) 8(14,3)

Ward29 1995 103 64(62,1) 65(63,1) 3(2,9) 37(35,9)

Freezeretal.13 1990 142 70(49,3) 82(57,7) 2(1,4) 19(13,4)

Simmaetal.42 1994 108 64(59,3) 8(7,4)

Zeitounietal.43 1993 44 44(100) 2(4,5)

Puhakkaetal.44 1992 33 13(39,4) 5(15,1)

Line45 1986 153 5(3,3) 34(22,2)

Nota:Trac¸osrepresentam‘‘0’’.Espac¸osembrancorepresentamausênciadeinformac¸õesnoartigo.

Tabela3 Dadossobregêneroeidade(<1ano)emcrianc¸assubmetidasàtraqueostomiaentre1985e1994,1995e2004e2005 e2014

Décadan(%) Valorpa

1985-994 1995-2004 2005-2014 1985-1994vs. 1995-2004

1985-1994vs. 2005-2014

1995-2004vs. 2005-2014 n=480 n=1150 n=4303

<1anodeidade 198(41,3) 725(63,0) 1.862(43,3) <0,001b 0,396 <0,001b

Gêneromasculino 95(19,8) 601(52,3) 2.499(58,1) <0,001b <0,001b <0,001b

(5)

Tabela4 Complicac¸õesemcrianc¸asquereceberamumatraqueostomiaentre1985e1994,1995e2004e2005e2014

Complicac¸ão Décadan(%) Valorpa

1985-1994 1995-2004 2005-2014 Total 1985-1994

vs. 1995-2004

1985-1994

vs. 2005-2014

1995-2004

vs. 2005-2014 n=480 n=1150 n=4303 n=5933

Obstruc¸ãoda cânula

20(4,2) 87(7,6) 132(3,1) 239(4,0) 0,012b 0,193 <0,001b

Decanulac¸ão acidental

15(3,1) 60(5,2) 112(2,6) 187(3,1) 0,066 0,004b <0,001b

Sangramento 3(0,6) 5(0,4) 29(0,7) 37(0,6) 0,616 0,901 0,36

Enfisema subcutâneo

7(0,6) 8(0,2) 15(0,2) 0,015b

Pneumotórax 27(5,6) 15(1,3) 27(0,6) 69(1,2) <0,001b <0,001b 0,02b

Pneumomediastino 15(3,1) 11(1,0) 13(0,3) 39(0,7) 0,001b <0,001b 0,003b

Granuloma 14(2,9) 212(18,4) 206(4,8) 432(7,3) <0,001b 0,063 <0,001b

Traqueomalácia 1(0,2) 7(0,6) 10(0,2) 18(0,3) 0,292 0,917 0,042b

Infecc¸ão 1(0,2) 122(10,6) 194(4,5) 317(5,3) <0,001b 0,453 <0,001b

Colapso supra-estomal

14(0,3) 14(0,2)

Fístula

traqueocutânea pós-decanulac¸ão

13(2,7) 121(10,5) 53(1,2) 187(3,1) <0,001b 0,009b <0,001b

Estenose 12(2,5) 7(0,6) 60(1,4) 79(1,3) 0,001b 0,059 0,032b

Nota:Trac¸osrepresentam‘‘0,’’‘‘nãorelatado’’ou‘‘análiseestatísticanãopossível’’.

a Testedoqui-quadrado. b p<0,05.

Traqueomalácia e enfisema subcutâneo também foram mais frequentes entre 1995 e 2004. Como mostrado na tabela4,comdiferenc¸asestatisticamentesignificantesem relac¸ãoàterceiradécada(p=0,015ep=0,042, respectiva-mente).

Pneumotórax, pneumomediastino e estenose foram as complicac¸ões mais frequentes entre 1985 a 1994; a frequênciadepneumotóraxepneumomediastinodiferiu sig-nificativamente nessa década em relac¸ão às outras duas (p<0,001ep=0,001).Afrequênciadeestenosediferiu sig-nificativamente entre1985 e 1994 e o período de 1995 a 2004(p=0,001).

Entre2005e2014,sangramentoecolapsoestomalforam as complicac¸ões mais frequentes; no entanto, a frequên-ciadesangramentonãodiferiusignificativamenteentreos períodosconsiderados(p=0,616entreaprimeiraesegunda décadas; p=0,901 entrea primeira e terceira décadas; e

p=0,360 entre a segunda e terceira décadas). O colapso supra-estomal foi umacomplicac¸ão rara,que ocorreu em 0,3%dospacienteseestevepresenteapenasde2005a2014.

Mortalidade

Dentre os estudos avaliados (com excec¸ão daqueles que relataram apenasem recém-nascidos prematurose/ou de baixo pesoextremo), amortalidadeassociada à traqueos-tomiavarioude0a5,9%,26 enquantoamortalidadeglobal varioude2,2a59%(tabela2).19---22,25,26Amortalidade asso-ciadaaoprocedimentodiminuiude2,1%entre1985e1994 para0,9% entre 2005e 2014 (p=0,012). Enquanto isso, a

mortalidadeglobalfoimaiorentre1995e2004doquenas outras décadas (p<0,05). Os dados sobre a mortalidade associadaatraqueostomiaemortalidadegeralsãodescritos natabela5.

Recém-nascidosprematurose/oudeextremobaixo peso

Osdetalhesdosestudosqueconsideraramapenascrianc¸as prematurase/oucombaixopesosãoapresentadosnatabela 6.Amortalidadeglobalnessegrupovarioude8,2a44,4%, enquantonorestantedos estudos,a mortalidadegeralde crianc¸as submetidasà traqueostomiavarioude2,2 a59%. Amortalidadeassociada à traqueostomianãofoi relatada nessegrupo.

Discussão

(6)

Tabela5 Mortalidadeemcrianc¸asquereceberamumatraqueostomiaentre1985e1994,1995e2004e2005e2014

Mortalidade Décadan(%) Valorpa

1985-1994 1995-2004 2005-2014 1985-1994vs. 1995-2004

1985-1994vs. 2005-2014

1995-2004vs. 2005-2014 n=480 n=1150 n=4303

Mortalidade associadaà traqueostomia

10(2,1) 13(1,1) 38(0,9) 0,137 0,012b 0,439

Mortalidadegeral 66(13,8) 210(18,3) 458(10,6) 0,027b 0,039b <0,001b

aTestedoqui-quadrado. b p<0,05.

infecciosasenoaumentodastaxasdesobrevidade recém--nascidosprematurosederecém-nascidosquenascemcom defeitoscongênitos.2,10---16 As traqueostomiasforam predo-minantementefeitasemcrianc¸asdosexomasculino,talvez porqueosmeninossejammaissuscetíveisadefeitos congê-nitoseadquiridos.10,44

A traqueostomia em crianc¸as está associada a taxas mais altas de complicac¸ões do que a traqueostomia em adultos.1,2,4,5,7,10,15,17,18,24,25,28,29 As maiores taxasde pneu-motóraxepneumomediastinoocorreramentre1985e1994, com uma reduc¸ão significativa nas duas décadas seguin-tes.Essascomplicac¸õesocorremdevidoadanosna pleura durante o procedimento, uma vez que os ápices pleurais sãoencontradosemumaposic¸ãomaiselevadaemcrianc¸as doqueem adultos.Elaspodemestender-separaaporc¸ão inferior do pescoc¸o, o que torna as complicac¸ões mais prováveis.30 Aquedanessascomplicac¸õesnosúltimosanos podeserexplicadapeladiminuic¸ãodastraqueostomias fei-tasem pacientes com qualquer tipo deinfecc¸ão das vias respiratórias,bem como pela maiorfrequência do proce-dimento a ser feito na sala de cirurgia e sob anestesia geral.31

De1995 a2005, a principalcomplicac¸ão observadafoi granuloma seguido de infecc¸ão, fístula traqueocutânea e obstruc¸ãodacânula.Essesdadosnãosãocompatíveiscom osestudosdessadécada,querelatamqueascomplicac¸ões mais comuns são obstruc¸ão e decanulac¸ão.23,28,30 No entanto,essascomplicac¸õessãoconsideradasmais impor-tantesentreaquelasqueprecedemousãomaisaltamente associadas à morte e o presente estudo não analisou a frequênciadecomplicac¸õespós-operatóriasprecocese tar-diasseparadamente,poisnãohaviadistinc¸ãona literatura parapossibilitaressaavaliac¸ão.Foitambémporessamesma

razão que as causas da mortalidade diretamente associ-adaàtraqueostomianãoforamavaliadas.Afrequênciade granuloma tambémfoi considerada. Alguns autores argu-mentam que granuloma não deve ser considerado como complicac¸ão de traqueostomia, mas, em vez disso, um resultadoesperado.27Noentanto,entreaquelesqueo con-sideraramcomoumacomplicac¸ão,ogranulomafoiumdos maiscomuns.1,2,4,8,14,26

Entre2005e2014,observou-sequeosgranulomaserama complicac¸ãomaiscomum,seguidosdeinfecc¸ão,obstruc¸ão da cânula e decanulac¸ão acidental. Umúnico estudo que avaliouumapopulac¸ãode72pacientesentre1990e 2007 representou 62 dos 206 casos de granuloma (30,1%) e 87 dos 194 casos de infecc¸ão (44,8%).14 Esse estudo definiu infecc¸ãocomooaumentodassecrec¸õespelatraqueostomia, oaumentodacontagemdeneutrófilosnasecrec¸ãoe/ou cul-turaspositivas.Osautoresdefenderamousodemedicac¸ão comotratamentonoscasosemqueeraimpossíveldistinguir entrecolonizac¸ão e infecc¸ão. Issopodeterinfluenciadoa ordemdascomplicac¸õesmaisimportantesdessadécada.Na avaliac¸ãodaliteratura,ainfecc¸ãoaumentou significativa-mentenasegundadécadaemrelac¸ãoàprimeiraeterceira décadas(p<0,001).Foiasegundacomplicac¸ãomaiscomum de1995a2004,querepresentou10,6%doscasos.É impor-tante notar que, nesta revisão, os termos ‘‘infecc¸ão de ferida operatória’’,‘‘infecc¸ão de estroma’’,‘‘abscesso’’, ‘‘celulite’’, ‘‘traqueíte’’ e ‘‘pneumonia’’ foram conside-rados como um conjunto. No entanto, alguns autores enfatizam que é preciso haver uma distinc¸ão entre a infecc¸ão e a colonizac¸ão nolocal da traqueostomia.30 As crianc¸astraqueostomizadas porumperíodoprolongadode temposãomaisfrequentementecolonizadaspor Pseudomo-nas aeruginosa e/ouStaphylococcus aureus, o quesugere

Tabela6 Taxasdemortalidadeemcrianc¸asprematurase/oudeextremobaixopesoquereceberamumatraqueostomiaentre 1985e2014

Anodepublicac¸ão n Mortalidadeassociadaà traqueostomian(%)

Mortalidadegeraln(%)

DeMauroetal.19 2014 304 25(8,2)

Viswanathanetal.20 2013 9 4(44,4)

Sidmanetal.22 2006 78 12(15,4)

Pereiraetal.21 2004 55 9(16,4)

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que a colonizac¸ão não requer tratamento, a menos que haja sinais de infecc¸ão. Infelizmente, essa distinc¸ão não foipossívelnestetrabalho,devidoadadosinsuficientesou inadequados.

A obstruc¸ão da cânula foi mais frequente nos arti-gos publicados entre 1995 e 2004, em relac¸ão às outras duas décadas que se seguiram. No entanto, não houve diminuic¸ãosignificativaem relac¸ão àprimeira outerceira décadas(p=0,193).Duranteesseperíodode30anos,ficou, portanto,entreasquatrocomplicac¸õesmaiscomunsde tra-queostomiaquandoascomplicac¸õespós-operatórias,tanto precoces como tardias, foram consideradas.A frequência de decanulac¸ão acidental diminuiu significativamente na terceiradécadaem relac¸ãoàprimeira esegundadécadas (p=0,004 e p<0,001), embora ainda permanec¸a entreas cinco complicac¸ões maiscomuns durante o período estu-dado. A obstruc¸ão da cânula é um problema comum e a suaelevadafrequênciaemcrianc¸asmenoresestá provavel-menteassociada aopequenodiâmetrotraqueal,acânulas de traqueostomia pequenas, bem como à displasia bron-copulmonar, a qual é, ela própria, associada a secrec¸ões brônquicas viscosas em recém-nascidos prematuros.15,32 Acredita-sequetantoaobstruc¸ãocomoadecanulac¸ãosão complicac¸ões que pudessem ser evitadas com o cuidado adequado dacânula de traqueostomia.30 A administrac¸ão contínua de ar umidificado deve ser feita até a primeira troca da cânula, a fim de evitar a sua obstruc¸ão. Além disso,todaaequipeenvolvidanoatendimentodopaciente traqueostomizadodevesertreinadaparasabercomolidar com obstruc¸ão e decanulac¸ão acidental, assimcomo com astrocasdeemergênciadacânulaeatémesmoRCP,afim deevitarconsequênciascatastróficasquandoesseseventos ocorrem.

Aestenosefoiumacomplicac¸ãoquenãodiferiu significa-tivamentequandooperíodode1985a1994foicomparado comoperíodode2005a2014(p=0,059).Emboraatécnica operatóriatenhamudadoaolongodosanos,algunsautores relatamquehá umdebatenaliteraturasobreaformac¸ão de estenose traqueal, que depende datécnica usada; no entanto, não houve consenso.29---31 A maioria dos estudos nãorelataessa associac¸ão, apesardeestudosem animais aterem confirmado.31 Essacomplicac¸ãodeveser conside-rada,mesmoem recém-nascidoscomextremobaixopeso, efoirelatadoquequantomaioracânuladetraqueostomia, maiscomuméaestenose.20

As fístulas traqueocutâneas foram significativamente menosfrequentes na terceira década em relac¸ão àsduas primeiras;entre2005 e 2014, elas estavampresentes em 1,2%doscasos.Noentanto,erammaisfrequentesdurante asegundadécadaemestudo.Umahipóteseéapossibilidade deousoprolongadodeumacânuladetraqueostomiafazer comqueo estromadiminua paraumtamanhonão funcio-nal,emboranãofechecompletamente;essamudanc¸aleva àformac¸ãodeumafístulatraqueocutâneaealgunsautores consideramqueelaspossamsermaiscomuns,dependeda técnicausadaparaatraqueostomia.15,18,30Umexemploéa técnica‘‘starplasty’’,quefixaoestromaàpelecomsuturas, afimdereduzirosíndicesdepneumotóraxedecanulac¸ão acidental, mas que muitas vezes requer umaintervenc¸ão posteriorparacorrigirafístula,quejáéesperada.38,41,46

Apenas quatro estudos voltados especificamente para recém-nascidosprematurose/oudeextremobaixopesoque

receberamtraqueostomiaforamselecionadosdaliteratura dosúltimos30anos.Assim,havialimitac¸õesparaaavaliac¸ão dessegrupoemtermosdecomplicac¸õesemortalidadedos pacientes.Noentanto,algunsestudostêm observadoque essegrupoémaissuscetívelataxasmaiselevadasdeambas ascomplicac¸õesemortalidadedevidoàscondic¸ões presen-tesaonascimento,quetambémcontribuemparaumamaior taxademortalidadeassociadaaoprocedimentocirúrgico.29 Váriosestudosdemonstraram que muitascomplicac¸ões associadasà traqueostomia em crianc¸as podemser evita-daspelousodetécnicascirúrgicasespecíficas,decânulas adequadosedemanobrascuidadosasparamantera traque-ostomiaeremovercânulas.11,33,41,46

A mortalidade associada à traqueostomia é

maior na faixa etária pediátrica do que entre os adultos;1,2,4,5,7,10,15,17,18,24,25,28 no entanto, a maioria das mortespediátricasnãoestáassociadaaoprocedimentoem si,masadoenc¸assubjacentes.Amorbidadeeamortalidade dependem significativamente de quão bem informada e treinadaestáaequipemédica,ospaiseoscuidadoresdos pacientes.2,4,7,17Alémdisso,foiencontradaumaassociac¸ão entre índices mais baixos de complicac¸ões e morte com a feitura do procedimento por cirurgiões treinados no manejo de obstruc¸ão das vias respiratórias em crianc¸as em hospitais de referência.4 Essa análise da literatura revelouque,entreosestudosqueavaliaramtodasasfaixas etáriaspediátricas,houve umadiminuic¸ão significativana morbidadeemortalidadeentre1985e1994e2005e2014 (p=0,012);afrequênciacaiude2,1para0,9%.Houveuma diferenc¸asignificativanastaxasdemortalidadeentrecada década,comomaiornúmerodemortesentre1995e2004. Quandosomenteosartigosqueanalisaramexclusivamente recém-nascidos prematuros e/ou de extremo baixo peso foramconsiderados,umaumento significativona mortali-dadeglobalfoiencontradonosdadosde2006,em relac¸ão aosde2013(p=0,033),assimcomoumadiminuic¸ão signifi-cativanamortalidade totalnosdadosde2013em relac¸ão aos de 2014.19---22 Nenhum desses estudos relatou que a mortalidade está diretamenteassociada à traqueostomia, embora aliteratura relate taxasmaisaltasde morbidade emortalidade nessegrupode pacientes,bemcomo entre crianc¸asmenoresdeumano.4,7,15,17,28,29,33

Conclusão

Nestarevisãodaliteratura,verificamosqueascomplicac¸ões e taxas de mortalidade da traqueostomia sofreram algu-mas mudanc¸as ao longo das últimas três décadas. As complicac¸ões queanteriormente eramasmaisfrequentes incluíam pneumotórax e pneumomediastino; atualmente, essascomplicac¸ões tornaram-se menoscomuns. Enquanto isso, granuloma, infecc¸ão e obstruc¸ão da cânula são as complicac¸ões mais comumente vivenciadas por pacientes que receberam traqueostomia. A decanulac¸ão acidental diminuiuconsideravelmente naúltima décadaem estudo. Nesseperíodo,tambémobservamosumadiminuic¸ãonataxa demortalidadeassociadaaoprocedimento.

Conflitos

de

interesse

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Tabela 1 Distribuic ¸ão do numero de estudos e de pacientes submetidos à traqueostomia, por década: 1985 a 1994, 1995 a 2004 e 2005 a 2014
Tabela 2 Mortalidade em crianc ¸as que receberam uma traqueostomia entre 1985 e 2014 Autor Ano de publicac ¸ão n &lt; 1 anode idade n (%)
Tabela 4 Complicac ¸ões em crianc ¸as que receberam uma traqueostomia entre 1985 e 1994, 1995 e 2004 e 2005 e 2014
Tabela 5 Mortalidade em crianc ¸as que receberam uma traqueostomia entre 1985 e 1994, 1995 e 2004 e 2005 e 2014

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