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Livro Eletrônico. Aula 00. Professor: Felipe Lessa. Contabilidade de Instituições Financeiras Padrão COSIF p/ Analista do BACEN - Área 4

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Aula 00

Contabilidade de Instituições Financeiras Padrão COSIF p/ Analista do BACEN - Área 4

Professor: Felipe Lessa

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Prof. Felipe Lessa

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Página 1 de 57

AULA 00:

1. Princípios Gerais.

SUMÁRIO

I. Apresentação ... 1

II. Cronograma ... 4

III. O Plano Contábil das Instituições do SFN (COSIF) ... 5

III.1. Princípios Gerais ... 7

III.2. Escrituração ... 10

III.3. Exercício Social ... 18

III.4. Elenco de Contas ... 18

III.5. Classificação das Contas ... 22

III.6. Livros de Escrituração ... 30

III.7. Bancos Estrangeiros ... 33

III.8. Câmbio ... 34

III.9. Sociedades Ligadas ... 34

III.10. Critérios de Avaliação e Apropriação Contábil ... 34

IV. Mais Questões comentadas ... 44

V. Lista das Questões apresentadas ... 50

I. Apresentação

Olá Pessoal!

Meu nome é Felipe Lessa, sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no concurso de 2009 e é com muito prazer que venho até aqui para me apresentar e falar um pouquinho da minha trajetória até chegar aqui. Em primeiro lugar, queria dizer que é um imenso prazer poder integrar a seleta equipe do Estratégia Concursos e que me empenharei ao máximo para tentar fazer parecer fácil uma matéria da qual muitos fogem e têm medo: CONTABILIDADE DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PADRÃO COSIF (Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional).

Pois bem, minha experiência em concursos públicos começou bem cedo:

aos 14 anos. Estava terminando a minha 8ª Série no ano de 1996 e estava decidido a fazer o concurso da Escola Técnica (CEFET-RJ).

Acontece que, no meio do ano, o Colégio Militar do RJ, pela primeira vez em sua história, resolveu abrir concurso para o Ensino Médio. O edital saiu no meio do ano, foram abertas 20 vagas e eu comecei a estudar. Eu lembro que, na ocasião, também foram abertas 800 vagas para a Escola Técnica (CEFET-RJ), para onde era muito mais fácil de passar.

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Página 2 de 57 Pois bem... fiz a primeira fase do CEFET e passei em 147º lugar. Fiz a primeira fase do Colégio Militar e... passei em 2º lugar.

Até aí tudo bem.... Mas acontece que a 2ª fase das duas era no mesmo dia e na mesma hora... Aí, meu amigo concurseiro... Tive que tomar uma decisão...

O CEFET oferecia 800 vagas, era aprovação quase certa... O Colégio Militar, 20 vagas...

E a decisão foi tomada: Colégio Militar. E a partir deste momento, meu foco passou a ser este. E sempre que as pessoas me perguntavam quantas vagas tinham, eu respondia: “– Dezenove, pois uma já é minha!”. Dito e feito! Fiz as quatro provas do Colégio Militar e saiu o resultado: 1º LUGAR GERAL!!!!!

A essa hora, você deve estar pensando: “– Ih... Cara metido... Precisava encher a boca pra dizer que foi 01 do Concurso? Só quer saber de contar vantagem”.

Mas não, caro amigo! Estou dizendo isso porque a partir de agora seu pensamento tem que ser este. Estude como se uma das vagas do concurso já fosse sua!

Prosseguindo... Chegou a época do vestibular: 1999... 5º lugar em Engenharia de Produção na UFRJ, 8º Lugar na Escola Naval e 6º lugar no IME. Também fui aprovado no ITA, mas eles não divulgam a colocação.

Acabei optando pelo IME e me formei em 2004 como 1º Tenente Engenheiro Militar em 3º lugar na minha turma e passei a trabalhar no Exército. Em março de 2008, resolvi que queria ser Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) e passei a me dedicar aos estudos. Foi bem difícil conciliar os estudos com o trabalho e o mestrado, mas graças ao bom Deus, tudo deu certo. Finalmente, em 1º de julho de 2010 tomei posse na RFB. Dentro da RFB, trabalhei na fiscalização de PF e PJ e também tive uma experiência como AFRFB cedido à PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar, onde tive a oportunidade de aprender muita coisa sobre investimentos, SFN, Contabilidade e fazer alguns cursos na área de Investimentos e Mercado Financeiro.

* * *

Voltando aos estudos, uma estratégia que utilizei e recomendo para aqueles que não têm muito tempo para frequentar aulas, como eu não tinha, é: fujam das aulas presenciais. Muitas vezes, o que um professor leva 3 horas explicando para uma turma de 80 alunos, você aprende em

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Página 3 de 57 30-40 minutos de estudo bem concentrado. Ah, mas é claro: é sempre bom ter um professor com quem você pode tirar suas dúvidas. Desta forma, você leva ao professor somente a sua dúvida e ganha tempo!

Este curso está baseado no EDITAL Nº 1/2013 BCB/DEPES, DE 15 DE AGOSTO DE 2013 (edital do último concurso!) e atualizado com as questões daquele certame! Este nosso curso, de nome pomposo e assustador, nada mais é do que o COSIF mastigado.

Mas, Professor, o que é o COSIF????

Bem, o COSIF é o Plano contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional. Funcionou mais ou menos assim: em 1987, estava uma verdadeira “zona”. Não havia uma padronização de contabilidade para os integrantes do SFN e cada instituição podia adotar o modelo de contas que bem entendesse. Com o objetivo de “botar ordem na casa”, o Banco Central editou uma Circular com o objetivo de unificar os diversos planos contábeis existentes à época e uniformizar os procedimentos de registro e elaboração de demonstrações financeiras, o que veio a facilitar o acompanhamento, análise, avaliação do desempenho e controle das instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.

Pronto, lição número 1: o nome da nossa matéria continua sendo:

CONTABILIDADE DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PADRÃO COSIF (Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional) mas nós, que já somos íntimos, a apelidaremos simplesmente de COSIF, porque é esse, em última análise, o objeto da disciplina.

A versão mais atual do COSIF você pode obter diretamente do site do BACEN no seguinte link: http://www.bcb.gov.br/?MANUCOSIF

Aliás fica aqui uma dica preciosa: estude com o COSIF aberto. Sempre que eu fizer referência a algum dispositivo dele, você pode lê-lo diretamente do site do BACEN. Lá na Receita, a gente trabalha com 2 monitores. Se você tiver essa oportunidade em casa, faça isso. Em um, você deixa o pdf da aula aberto e em outro o COSIF. Se você só tem um monitor, use o bom e velho ALT+TAB... E caso você seja um estudante à moda antiga imprima a aula e o COSIF !!!!!!!

Outra dica: é bom você ir se familiarizando com a literalidade das normas. Então quanto mais você se acostumar a ler os dispositivos do COSIF diretamente da norma, mais chances você terá de se dar bem no concurso.

Entender a lógica dos processos e o porquê das coisas é muito importante! Mas igualmente importante é estar familiarizado com a literalidade das normas. Por mais que você não decore tudo, você vai

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Página 4 de 57 perceber, em uma questão de múltipla escolha, que uma assertiva está errada pelo simples fato de ela não “soar bem” aos seus ouvidos. Então fica outra dica quente, não apenas nesta matéria mas em qualquer outra:

leiam a letra fria da lei e das normas e acostumem-se à “sonoridade” das mesmas... Parece brincadeira, mas é sério e funciona... rsrsrs

Agora chega de enrolação e vamos ao nosso curso...

II. Cronograma

O cronograma do curso está baseado nos itens do próprio Edital, mais ou menos na ordem em que aparecem, abrangendo todo o conteúdo cobrado nele.

Faremos assim:

DATA AULA CONTEÚDO

26/04/2015 Aula 00 1. Princípios Gerais.

28/04/2015 Aula 01 2. Aplicações interfinanceiras de liquidez. 3. Títulos e Valores Mobiliários.

08/05/2015 Aula 02 4. Derivativos.

18/05/2015 Aula 03 5. Operações de crédito. 7. Provisão para créditos de liquidação duvidosa.

28/05/2015 Aula 04 6. Arrendamento mercantil.

08/06/2015 Aula 05 10. Participações Societárias.

18/06/2015 Aula 06 11. Depósitos e outros Instrumentos de Captação. 8.

Operações Cambiais

28/06/2015 Aula 07 12. Patrimônio líquido. 13. Receitas e despesas.

08/07/2015 Aula 08 14. Elaboração e Publicação das Demonstrações Contábeis.

18/07/2015 Aula 09 15. Consolidação das Demonstrações Contábeis.

28/07/2015 Aula 10 9. Venda ou Transferência de Ativos Financeiros.

08/08/2015 Aula 11 16. Auditoria Independente e Comitê de Auditoria.

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III. O Plano Contábil das Instituições do SFN (COSIF)

A competência para expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras é do Conselho Monetário Nacional (CMN) prevista no inciso XII do art. 4º da Lei nº 4.595/1964.

Entretanto, em uma reunião do Conselho nos idos de 1978, foi delegada competência ao BACEN para fazê-lo. Por este motivo, em 29/12/1987, o BACEN editou a Circular nº 1.273 a qual, em seu anexo, trazia um regulamento, o nosso famoso COSIF.

Isto é muito importante: a competência para expedir normas de contabilidade de instituições financeiras é do CMN!!! Mas ela foi delegada ao BACEN, razão pela qual o COSIF foi instituído por uma Circular do BACEN e não por uma Resolução do CMN.

Mas atenção!!! Apesar da delegação de competência existente para o BACEN expedir normas gerais de contabilidade e estatística de instituições financeiras, a expedição de normas para avaliação dos valores mobiliários registrados nos ativos das sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários cabe ao BACEN e à CVM.

O COSIF está dividido em quatro capítulos:

No capítulo 1, Normas Básicas, estão consolidados os princípios, critérios e procedimentos contábeis que devem ser utilizados por todas as instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.

No capítulo 2, Elenco de Contas, são apresentadas as contas integrantes do plano contábil e respectivas funções.

No capítulo 3, Documentos, são apresentados os modelos de documentos de natureza contábil que devem ser elaborados pelas instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.

No capítulo 4, Anexos, são apresentadas as normas editadas por outros organismos (CPC, IBRACON etc) que foram recepcionadas

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Página 6 de 57 para aplicação às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar por este Banco Central do Brasil. (fonte www.bcb.gov.br)

Importante destacar que os capítulos do COSIF estão hierarquizados na ordem de apresentação. Ou seja, caso haja dúvidas de interpretação entre Normas Básicas e Elenco de Contas, prevalecem as Normas Básicas.

Vamos ver como isso é cobrado em prova???

Questão 1: (NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO 2011 – FCC)

Os capítulos do COSIF são apresentados em ordem hierárquica.

Isso significa dizer que nas dúvidas de interpretação entre as normas básicas e o elenco de contas prevalece

(A) o estabelecido em processo administrativo de consulta.

(B) o estabelecido pelo elenco de contas.

(C) o estabelecido pelas normas básicas.

(D) a decisão do conselho de recursos do sistema financeiro nacional.

(E) a decisão do conselho monetário nacional.

SOLUÇÃO:

De acordo com o item 1.1.1.4 do COSIF:

Os capítulos deste Plano estão hierarquizados na ordem de apresentação.

Assim, nas dúvidas de interpretação entre Normas Básicas e Elenco de Contas, prevalecem as Normas Básicas. (Circ 1273)

Gabarito: Letra C

* * * * * * * * * * *

CAPÍTULO 1: NORMAS GERAIS = Princípios + Critérios + Procedimentos CAPÍTULO 2: ELENCO DE CONTAS = Contas + Funções

CAPÍTULO 3: DOCUMENTOS = Modelos de Documentos

CAPÍTULO 4: ANEXOS = Normas de outros organismos recepcionadas

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Página 7 de 57 III.1. Princípios Gerais

Neste caso, você poderá observar em seu COSIF que está aberto em outra janela, outro monitor ou impresso, que ele começa em seu item 1.1.1.1 dizendo o objetivo do Plano. Cabe aqui a transcrição integral de seu teor, dada a importância desse dispositivo na nossa matéria:

As normas consubstanciadas neste Plano Contábil têm por objetivo uniformizar os registros contábeis dos atos e fatos administrativos praticados, racionalizar a utilização de contas, estabelecer regras, critérios e procedimentos necessários à obtenção e divulgação de dados, possibilitar o acompanhamento do sistema financeiro, bem como a análise, a avaliação do desempenho e o controle, de modo que as demonstrações financeiras elaboradas, expressem, com fidedignidade e clareza, a real situação econômico-financeira da instituição e conglomerados financeiros.

Questão 2: (BACEN 2002 – ESAF) Conforme destacado no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF), as normas ali consubstanciadas têm por objetivo, exceto:

a) uniformizar os registros contábeis dos atos e fatos administrativos praticados.

b) racionalizar a utilização de contas.

c) possibilitar a fiscalização por parte da Secretaria da Receita Federal.

d) possibilitar o acompanhamento do sistema financeiro, bem como a análise, a avaliação do desempenho e o controle.

e) estabelecer regras, critérios e procedimentos necessários à obtenção e divulgação de dados.

SOLUÇÃO:

De acordo com o item 1.1.1.1 do COSIF:

As normas consubstanciadas neste Plano Contábil têm por objetivo uniformizar os registros contábeis dos atos e fatos administrativos praticados, racionalizar a utilização de contas, estabelecer regras, critérios e procedimentos necessários à obtenção e divulgação de dados, possibilitar o acompanhamento do sistema financeiro, bem como a análise, a avaliação do desempenho e o controle, de modo que as demonstrações financeiras elaboradas, expressem, com fidedignidade e clareza, a real situação econômico-financeira da instituição e conglomerados financeiros. (Circ 1273)

Gabarito: Letra C

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Página 8 de 57 Aqui, caro concurseiro, é um daqueles típicos exemplos de letra fria da norma com cuja “sonoridade” você deve se acostumar até a data da prova. Leia, releia, releia novamente este item 1.1.1.1 até você sabê-lo de cor.

O bom é que ele é de entendimento bem fácil. Vejamos:

Objetivos do COSIF

Uniformizar Registros Contábeis

Racionalizar a utilização de contas

Estabelecer regras, critérios e procedimentos

Possibilitar o acompanhamento do sistema financeiro

... de modo que as demonstrações financeiras elaboradas, expressem, com fidedignidade e clareza, a real situação econômico-financeira da instituição e conglomerados financeiros.

É óbvio: quando se cria um padrão contábil para todas as entidades de um sistema, o objetivo final é que todas utilizem aquele padrão para que as demonstrações financeiras divulgadas reflitam a realidade da instituição. Se cada uma usasse um padrão diferente, não nos seria permitido quaisquer tipos de análise, comparação, acompanhamento ou controle.

Para que se possa fazer esse acompanhamento do SFN, outra conclusão óbvia é que as normas e procedimentos, bem como as demonstrações financeiras padronizadas previstas neste Plano, são de uso obrigatório para todas as instituições que estão sob a égide do BACEN:

a) os bancos múltiplos;

b) os bancos comerciais;

c) os bancos de desenvolvimento;

d) as caixas econômicas;

e) os bancos de investimento;

f) os bancos de câmbio;

g) as sociedades de crédito, financiamento e investimento;

h) as sociedades de crédito ao microempreendedor;

i) as sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimo;

j) as sociedades de arrendamento mercantil;

l) as sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e câmbio;

m) as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários;

n) as cooperativas de crédito;

o) os fundos de investimento;

p) as companhias hipotecárias;

q) as agências de fomento ou de desenvolvimento;

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Página 9 de 57 r) as administradoras de consórcio;

s) as empresas em liquidação extrajudicial.

É óbvio que você, futuro Analista do BACEN, já sabe TODAS as instituições que estarão sob o seu controle rsrsrs... Mas fica aqui uma dica: saiba quais NÃO estão!!! Isso pode ajudá-lo a matar uma questão!

Exemplos: Factorings ou Sociedades de Fomento Mercantil, Administradoras de Cartão de Crédito, Fundos de Pensão, Seguradoras ou Sociedades de Capitalização.

Questão 3: (BACEN 2002 – ESAF) As normas e procedimentos, bem como as demonstrações financeiras padronizadas previstas no COSIF, são de uso obrigatório para as seguintes entidades, exceto:

a) sociedades de crédito imobiliário.

b) sociedades corretoras de câmbio.

c) sociedades de arrendamento mercantil.

d) companhias hipotecárias.

e) sociedades de fomento mercantil.

SOLUÇÃO:

De acordo com o item 1.1.1.2 do COSIF:

As normas e procedimentos, bem como as demonstrações financeiras padronizadas previstas neste Plano, são de uso obrigatório para: (Res 2122 art 7º; Res 2828 art 8º; Res. 2874 art 10 III; Circ 1273; Circ 1922 art 1º; Circ 2246 art 1º; Circ 2381 art 24; Res 3426)

...

i) as sociedades de crédito imobiliário...

j) as sociedades de arrendamento mercantil;

l) as sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e câmbio;

...

p) as companhias hipotecárias;

...

Gabarito: Letra E

* * * * * * * * * * *

Essa também é bem fácil! Vejam o item 1.1.1.2 do COSIF. Todas as entidades estão lá, exceto a citada na letra E. Inclusive, isso é uma pegadinha para você confundir as sociedades de fomento mercantil com as de arrendamento mercantil.

Para finalizar esta seção, existe uma vedação um tanto quanto básica e óbvia no item 1.1.3 do COSIF. Sendo o Plano Contábil um conjunto

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Página 10 de 57 integrado de normas, procedimentos e critérios de escrituração contábil de forma genérica, as diretrizes nele consubstanciadas, bem como a existência de títulos contábeis, não pressupõem permissão para prática de operações ou serviços vedados por lei, regulamento ou ato administrativo, ou dependente de prévia autorização do Banco Central.

Ora se você tem operações ou serviços vedados por lei, regulamento ou ato administrativo, ou dependente de prévia autorização do Banco Central, é óbvio que as diretrizes presentes no COSIF não pressupõem permissão para sua prática.

III.2. Escrituração

Todo e qualquer ato ou fato administrativo que modifique ou venha a modificar o patrimônio da instituição financeira deve ser escriturado completamente em registros permanentes. A escrituração deve ser fundamentada em comprovantes hábeis.

Vamos ver mais uma questão de prova...

Questão 4: (CESGRANRIO - Profissional Básico (BNDES)/Contabilidade (Ciências Contábeis)/2007) As instituições financeiras nacionais possuem um Plano de Contas Padronizado denominado COSIF (Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional). Uma das características básicas do COSIF é a de

a) vedar às instituições financeiras conceder empréstimos ou adiantamentos: a seus diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges; aos parentes, até o 2º grau, das pessoas a que se refere o inciso anterior; às pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10% (dez por cento), salvo autorização específica do Banco Central do Brasil.

b) estabelecer que, no encerramento de cada exercício social, a instituição deverá elaborar, com base em comprovantes hábeis e legais, a escrituração das seguintes demonstrações financeiras, exprimindo com clareza a situação do patrimônio da instituição financeira e as mutações ocorridas no exercício: Balanço Patrimonial; Balancetes e balanços mensais, Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstração das Origens e Aplicações

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Página 11 de 57 de Recursos.

c) determinar que a escrituração, fundamentada em comprovantes hábeis para a perfeita validade de atos e fatos administrativos, deve ser completa, mantendo-se em registros permanentes todos os atos e fatos administrativos que modifiquem ou venham a modificar, imediatamente ou não, a composição patrimonial da instituição financeira.

d) impor que as instituições financeiras deverão manter registros específicos de todas as operações que alterem o patrimônio da entidade, incluindo convênios com outras instituições, sendo estes expressamente autorizados pelo Banco Central do Brasil, visando a preservar a moeda nacional e a manter Reservas Bancárias suficientes para atender ao público investidor.

e) recomendar que os serviços de compensação de cheques e outros papéis sofram permanente vigilância por parte do Banco Central do Brasil em virtude do risco que podem causar à saúde financeira do Sistema Financeiro Nacional e à fidedignidade dos registros contábeis das instituições que a representam.

SOLUÇÃO:

De acordo com o item 1.1.2.3 do COSIF:

A escrituração deve ser completa, mantendo-se em registros permanentes todos os atos e fatos administrativos que modifiquem ou venham a modificar, imediatamente ou não, sua composição patrimonial. (Circ 1273)

Gabarito: Letra C

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O fornecimento de informações inexatas, a falta ou atraso de conciliações contábeis e a escrituração mantida em atraso por período superior a 15 (quinze) dias, subseqüentes ao encerramento de cada mês, ou processados em desacordo com as normas consubstanciadas no COSIF, colocam a instituição, seus administradores, gerentes, membros do conselho de administração, fiscal e semelhantes, sujeitos a penalidades cabíveis, nos termos da lei.

A forma de classificação contábil de quaisquer bens, direitos e obrigações não altera, de forma alguma, as suas características para efeitos fiscais e tributários, que se regem por regulamentação própria.

O profissional habilitado, responsável pela contabilidade, deve conduzir a escrituração dentro dos padrões exigidos, com observância dos princípios fundamentais de contabilidade, atentando, inclusive, à ética profissional e ao sigilo bancário, cabendo ao Banco Central providenciar comunicação ao órgão competente, sempre que forem

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Página 12 de 57 comprovadas irregularidades, para que sejam aplicadas as medidas cabíveis.

A par das disposições legais e das exigências regulamentares específicas atinentes à escrituração, observam-se, ainda, os princípios fundamentais de contabilidade, cabendo à instituição:

a) adotar métodos e critérios uniformes no tempo, sendo que as modificações relevantes devem ser evidenciadas em notas explicativas, quantificando os efeitos nas demonstrações financeiras, observado o disposto no Anexo 6 do COSIF;

b) registrar as receitas e despesas no período em que elas ocorrem e não na data do efetivo ingresso ou desembolso, em respeito ao regime de competência;

c) fazer a apropriação mensal das rendas, inclusive mora, receitas, ganhos, lucros, despesas, perdas e prejuízos, independentemente da apuração de resultado a cada seis meses;

d) apurar os resultados em períodos fixos de tempo, observando os períodos de 1º de janeiro a 30 de junho e 1º de julho a 31 de dezembro;

e) proceder às devidas conciliações dos títulos contábeis com os respectivos controles analíticos e mantê-las atualizadas, conforme determinado nas seções próprias deste Plano, devendo a respectiva documentação ser arquivada por, pelo menos, um ano.

Questão 5: (BACEN 2002 – ESAF) Abaixo são apresentadas assertivas relacionadas aos procedimentos específicos previstos no COSIF, relativos à escrituração. Assinale a opção que contém a afirmativa incorreta.

a) Adotar métodos e critérios uniformes no tempo, sendo que as modificações relevantes devem ser evidenciadas em notas explicativas, quantificando os efeitos nas demonstrações financeiras, quando aplicável.

b) Apurar os resultados em períodos fixos de tempo, observando os períodos de 1º de janeiro a 31 de março, de 1º de abril a 30 de junho, de 1º de julho a 30 de setembro, e de 1º de outubro a 31 de dezembro.

c) Fazer a apropriação mensal das rendas, inclusive mora, receitas, ganhos, lucros, despesas, perdas e prejuízos, independentemente da apuração de resultado a cada seis meses.

d) Registrar as receitas e despesas no período em que elas ocorrem e não na data do efetivo

ingresso ou desembolso, em respeito ao regime de competência.

e) Proceder às devidas conciliações dos títulos contábeis com os respectivos controles analíticos e mantê-las atualizadas, devendo a respectiva documentação ser arquivada por pelo menos um ano

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Página 13 de 57 SOLUÇÃO:

De acordo com o item 1.1.2.5 d) do COSIF:

“apurar os resultados em períodos fixos de tempo, observando os períodos de 1º de janeiro a 30 de junho e 1º de julho a 31 de dezembro;”

Gabarito: Letra B

* * * * * * * * * * *

Observe que, de acordo com o item 1.1.2.5 d), os resultados devem ser apurados em 2 períodos: 1º de janeiro a 30 de junho, e de 1º de julho a 31 de dezembro. As demais alternativas estão corretas, são cópia das demais alíneas do item 1.1.2.5. (Parece que ele é importante, né?!?)

Princípios (fundamentais?) de Contabilidade - PC

O COSIF faz questão de enfatizar este assunto nos seus itens 1.2.5 e 1.2.8, razão pela qual me sinto na obrigação de parar um pouquinho e fazer esse quadro explicativo.

Os Princípios de Contabilidade foram estabelecidos pela Resolução CFC nº 750/93, com o nome de “Princípios Fundamentais de Contabilidade”. Entretanto, a Resolução CFC nº 1282/2010 alterou o seu nome para “Princípios de Contabilidade”, que vamos chamar carinhosamente de PC.

Reza a referida Resolução que a observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), devendo, em sua aplicação a essência das transações prevalecer sobre seus aspectos formais, ou seja, independente da forma jurídica, a contabilidade deve traduzir o efeito econômico no patrimônio. Um exemplo disso é quando você financia um carro novo por meio de alienação fiduciária. Na realidade, enquanto você está pagando as parcelas, o carro pertence ao banco e você pode usá-lo.

Quando você termina de pagar as inúmeras prestações, a propriedade do veículo é finalmente transferida para você. Se fôssemos levar em conta o aspecto formal, o carro deveria ter sido contabilizado no ativo do banco enquanto você paga as prestações para só depois ser transferido para o seu ativo. Mas não é isso o que acontece porque a ESSÊNCIA da transação deve prevalecer sobre a FORMA. Se você compra um carro por meio de alienação fiduciária,

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Página 14 de 57 este carro é de pronto registrado em seu ativo.

Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.

A maioria absoluta das questões de PC cobram o conhecimento da literalidade da Resolução CFC nº 750/93 com as alterações posteriores. Por isso, transcrevi abaixo os artigos da resolução que tratam explicitamente dos PC. Procure entender o sentido de cada princípio, mas não deixe de ler a Resolução várias vezes para ir se familiarizando com seu texto. Abaixo de cada PC, coloquei uma breve explicação naqueles que não estavam tão auto-explicativos, mas torno a repetir: FOQUE NA LITERALIDADE DA RESOLUÇÃO CFC Nº 750/93.

São Princípios de Contabilidade (PC):

I) o da ENTIDADE: O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

O objeto da Contabilidade é o Patrimônio. Este princípio afirma a autonomia patrimonial da entidade, de forma que seu patrimônio não se confunde com o de seus sócios ou proprietários. A entidade é o sujeito dos direitos e obrigações que constituem o patrimônio.

II) o da CONTINUIDADE: O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

A princípio, presume-se que a vida da entidade é contínua e que ela deverá desempenhar suas atividades indeterminadamente. Entretanto, há situações em que isto

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Página 15 de 57 não ocorre, como é o caso da entidade ter prazo de duração fixado em lei ou contrato ou entrar em falência ou liquidação.

III) o da OPORTUNIDADE: O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

Este principio estabelece que toda e qualquer alteração patrimonial deve ser registrada no momento em que ocorre, de maneira íntegra e tempestiva.

IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL: O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição.

Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações

decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no

período das demonstrações contábeis;

b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;

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Página 16 de 57 c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

Basicamente, este princípio reza que o registro dos componentes patrimoniais deve ser feito pelo seu custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, este valor pode sofrer variação em função de alguns parâmetros: custo corrente (valor de hoje), valor realizável (valor de venda de um ativo ou de liquidação de um passivo), valor presente (descontando-se o fluxo futuro de entrada de caixa de um ativo), valor justo (valor de uma transação sem favorecimentos) e atualização monetária.

V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1282/10)

A Atualização Monetária não é considerada mais um PC. Muita atenção com isso. Agora ela é parte do Princípio do Registro pelo Valor Original.

VI) o da COMPETÊNCIA: O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou

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Página 17 de 57 pagamento. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.

Repare que o princípio da Competência está previsto no item 1.1.2.5 b) do COSIF.

VII) o da PRUDÊNCIA: O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

Questão 6: (BACEN 2006 – FCC) A escrituração contábil e elaboração de Demonstrativos Financeiros de Instituições Financeiras devem observar os princípios fundamentais da contabilidade. Com base nestes princípios, o reconhecimento da receita de juros de empréstimos concedidos deve se dar

a) somente no momento da liberação do empréstimo, com os devidos lançamentos de provisão para eventuais perdas.

b) ao longo da duração do empréstimo, sendo apropriado período a período.

c) somente no momento do recebimento do empréstimo, revertendo eventuais provisões de perdas que não ocorreram.

d) parte na liberação do empréstimo e parte no recebimento, de acordo com o nível de provisão estabelecido pela administração do banco.

e) somente no vencimento, caso o empréstimo for pago.

SOLUÇÃO:

De acordo com o item 1.1.2.5 b) do COSIF:

“registrar as receitas e despesas no período em que elas ocorrem e não na data do efetivo ingresso ou desembolso, em respeito ao regime de competência;”

Em obediência ao princípio da competência, o reconhecimento da receita de juros de empréstimos concedidos deve se dar ao longo da duração do empréstimo, sendo apropriado período a período.

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Página 18 de 57 Gabarito: Letra B

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Eventuais consultas quanto à interpretação de normas e procedimentos previstos no COSIF, bem assim a adequação a situações específicas, devem ser dirigidas ao Banco Central/Departamento de Normas do Sistema Financeiro, com trânsito, para instrução, pela Delegacia Regional sob cuja jurisdição encontra-se a sede da instituição, obrigatoriamente firmadas pelo diretor e pelo profissional habilitado responsáveis pela contabilidade. A existência de eventuais consultas sobre a interpretação de normas regulamentares vigentes ou até mesmo sugestões para o reexame de determinado assunto não exime a instituição interessada do seu cumprimento.

III.3. Exercício Social

O exercício social tem duração de um ano e a data de seu término, 31 de dezembro, deve ser fixada no estatuto ou contrato social. Apesar disso, as demonstrações devem ser elaboradas semestralmente.

III.4. Elenco de Contas

O elenco de contas previsto no COSIF nada mais é do que uma relação com todas as contas que as instituições financeiras relacionadas no item 1.1.1.2 podem e devem utilizar para registrar a sua contabilidade atingindo, dessa forma, um dos objetivos do COSIF (vocês lembram? Está lá no item 1.1.1.1:“Uniformizar os registros contábeis...”). Nunca é demais lembrar que vocês devem saber estes objetivos hein?!?

O capítulo 2 do COSIF traz uma relação enorme com TODAS as contas que existem, o que não quer dizer que TODAS as instituições utilizem TODAS aquelas contas!!! Cada uma das instituições tem elenco de contas próprio, retiradas, é claro, das contas previstas no Capítulo 2.

Atenção ao item 1.1.4.2: A disposição dos títulos contábeis no Elenco de Contas observa, na Relação de Contas, a seqüência do código de contas, e, na Função das Contas, a ordem alfabética. Mas qual a relevância disso?

Nenhuma! Mas pode ser objeto de uma questão de múltipla escolha (V ou F). Então, prestem muita atenção:

Elenco de Contas Sequência do Código de contas Função das Contas Ordem alfabética

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Página 19 de 57 Não se esqueça: é permitida, a cada instituição, a utilização, apenas, dos títulos contábeis ali previstos, com o atributo próprio da instituição!

Mas Professor, o que é atributo? Calma, vamos chegar lá... Os atributos são os códigos de identificação das instituições. Cada instituição é representada por uma letra do alfabeto latino (UBDKIFJACTSWEROLMNHPZ). Vejam:

E são esses Atributos que indicam se determinada conta pode ser usada por determinada instituição. No elenco de contas, ao lado da conta, encontra-se uma relação de letras indicando quais instituições estão autorizadas a utilizar aquela determinada conta. Por exemplo, a conta DEPÓSITOS NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS, código 1.1.5.20.00-5, só pode ser utilizada por Bancos Múltiplos (U), Bancos Comerciais e Bancos de Câmbio (B), Bancos de Investimento (I), Fundos de Investimento (O), Banco do Brasil (L), CEF (M), BNDES (N) e Empresas em Liquidação Extrajudicial (Z). Vide figura a seguir.

U Bancos Múltiplos

B Bancos Comerciais e Bancos de Câmbio D Bancos de Desenvolvimento

K Agências de Fomento ou de Desenvolvimento I Bancos de Investimento

F Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento J Sociedades de Credito ao Microempreendedor

A Sociedades de Arrendamento Mercantil

C Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e Câmbio T Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários

S Sociedades de Crédito Imobiliário e Associações de Poupança Empréstimo

W Companhias Hipotecárias E Caixas Econômicas

R Cooperativas de Crédito O Fundos de Investimento L Banco do Brasil S.A.

M Caixa Econômica Federal N BNDES

H Administradoras de Consórcios P Grupos de Consórcio

Z Empresas em Liquidação Extrajudicial

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Página 20 de 57 Cabe destacar aqui uma informação importante: as associações de poupança e empréstimo devem utilizar o elenco de contas das sociedades de crédito imobiliário. É compreensível, pois elas estão previstas na mesma alínea do item 1.1.1.2:

“i) as sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimo;”

Mas peraí Professor, o que é aquele número azul, do lado do Título da Conta, aquele Código? Ah, sim... Aquele é o Código da Conta. A codificação das contas observa a seguinte estrutura. Tomemos por exemplo a nossa conta DEPÓSITOS NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS, código 1.1.5.20.00-5 e você vai entender direitinho a sistemática:

a) 1º dígito - GRUPOS I - Ativo:

1 - Circulante e Realizável a Longo Prazo;

2 - Permanente;

3 - Compensação;

II - Passivo:

4 - Circulante e Exigível a Longo Prazo;

5 - Resultados de Exercícios Futuros;

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Página 21 de 57 6 - Patrimônio Líquido;

7 - Contas de Resultado Credoras;

8 - Contas de Resultado Devedoras;

9 - Compensação.

No nosso exemplo, o 1º dígito é 1: indica que estamos falando de uma conta do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo.

b) 2º dígito – SUBGRUPOS. No nosso exemplo, o 2º dígito é 1: indica que estamos falando do subgrupo DISPONIBILIDADES do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo.

c) 3º dígito – DESDOBRAMENTOS DOS SUBGRUPOS. As Disponibilidades desdobram-se em 5 subgrupos: Caixa (1), Depósitos Bancários (2), Reservas Livres (3), Aplicações em Ouro (4) e Disponibilidades em Moedas Estrangeiras (5). No nosso exemplo, o 3º dígito é 5, o que indica que estamos falando do desdobramento DISPONIBILIDADES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS do subgrupo Disponibilidades.

d) 4º e 5º dígitos - TÍTULOS CONTÁBEIS. As Disponibilidades em Moedas Estrangeiras desmembram-se em 3 títulos contábeis: Bancos – Depósitos em Moedas estrangeiras no país (10), Depósitos no exterior em moedas estrangeiras (20) e disponibilidades em moedas estrangeiras (40). No nosso exemplo, o 4º e 5º dígitos são 20, o que indica que estamos falando especificamente do título DEPÓSITOS NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS.

e) 6º e 7º dígitos - SUBTÍTULOS CONTÁBEIS. Esta é uma possibilidade dos títulos se subdividirem ainda mais. No nosso exemplo, podemos observar que os títulos não se dividem em subtítulos, uma vez que seus 6º e 7º dígitos são 00.

f) 8º dígito - CONTROLE (dígito verificador)

O dígito de controle da conta é obtido segundo a regra abaixo:

a) multiplica-se cada algarismo do código, respectivamente, por 3, 7 e 1, da direita para a esquerda;

b) somam-se as 7 (sete) parcelas resultantes;

c) divide-se o total obtido por 10 (dez);

d) a diferença entre 10 (dez) e o resto (R) dessa divisão, ou seja, (10 - R) é o dígito de controle, conforme nosso exemplo abaixo:

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Página 22 de 57 código: 1.1.5.20.00

3 1 7 31 73

3 X 0 = 0 7 X 0 = 0 1 X 0 = 0 3 X 2 = 6 7 X 5 = 35 1 X 1 = 1 3 X 1 = 3

Soma 45 : 10 = 4, resto = 5

CONTROLE(dígito verificador) = 10 - 5 CONTROLE = 5

e) se o resto da divisão for 0 (zero), o dígito de controle também é 0 (zero).

A instituição não pode alterar ou modificar qualquer elemento caracterizador da conta padronizada, ou seja: código, título, subtítulo ou função.

III.5. Classificação das Contas

Neste item, o COSIF apresenta a classificação das Contas. Basicamente, as questões relativas a esse item cobram conhecimento de qual conta pertence a qual grupo. Não se preocupe, neste momento, em decorar e saber todas as contas de todos os grupos e subgrupos. Isto é uma coisa que você vai aprendendo com o tempo, com a realização de exercícios e com o estudo de cada subgrupo individualmente, o que iremos desenvolver ao longo deste curso. Com a prática, por mais que você nunca tenha ouvido falar em determinada conta, você vai estar apto a classificá-la.

Se você já está familiarizado com a Contabilidade das S.A. e as recentes mudanças inseridas com a Lei nº 11.941/2009, não se assuste com o que você vai ler a seguir!!!!

A classificação das contas prevista no COSIF é esquematizada de forma diferente da contabilidade básica das S.A. (aquela da Lei nº 6.404/76)!!!

Pode ficar calmo e tranqüilo, o Professor não está desatualizado!!!!

Pois bem, você vai observar que o COSIF mantém uma classificação bem assemelhada à antiga classificação de contas da Lei nº 6.404/76,

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Página 23 de 57 mantendo o Diferido e os Resultados de Exercício Futuros em seu elenco, rubricas que foram extintas com a Lei nº 11.941/2009.

Isto se justifica porque nem todas as instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central são regidas pela Lei das S.A., uma vez que nem todas são Sociedades Anônimas, como as Cooperativas de Crédito, que são Sociedades de Pessoas de Natureza Civil. Abaixo, segue trecho da Lei nº 4.595/64:

Art. 25. As instituições financeiras privadas, exceto as cooperativas de crédito, constituir-se-ão unicamente sob a forma de sociedade anônima, devendo a totalidade de seu capital com direito a voto ser representada por ações nominativas.

Ademais, a própria Lei nº 11.941/2009, ao fazer várias mudanças na contabilidade, especialmente na forma de classificação das contas, ressalvou em seu Art. 61 que a escrituração de que trata o art. 177 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, quando realizada por instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, inclusive as constituídas na forma de companhia aberta, deve observar as disposições da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e os atos normativos dela decorrentes, ou seja: o COSIF!!!!! (Vocês se lembram que a prerrogativa para expedir normas gerais de contabilidade e estatística para instituições financeiras é do CMN por força da Lei nº 4.595/64 mas esta foi delegada ao BACEN e aí nasceu o COSIF em 1987????). Pois bem, pessoal, é isso...

Não se assustem com o que vocês verão a seguir, mas é o que está valendo... Em que pese a Lei das S.A. ter sido severamente alterada no que diz respeito à classificação das contas, para fins de Contabilidade Bancária, o COSIF é o que está valendo!!

Por essa razão, haverá situações em que encontraremos tratamentos contábeis distintos dos preconizados na lei nº 6.404, nos pronunciamentos do CPC e nas normas expedidas pela CVM. Exemplo claro disso está na manutenção do ativo Diferido.

Segue a distribuição das rubricas contábeis do COSIF em 1º grau (GRUPOS):

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Página 24 de 57 Agora a distribuição das rubricas contábeis do COSIF em 2º grau (SUBGRUPOS):

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Página 25 de 57 Ativo:

No Ativo, as contas dispõem-se em ordem decrescente de grau de liquidez, nos seguintes grupos:

Circulante:

I - disponibilidades;

II - direitos realizáveis no curso dos doze meses seguintes ao balanço;

III - aplicações de recursos no pagamento antecipado de despesas de que decorra obrigação a ser cumprida por terceiros no curso dos doze meses seguintes ao balanço;

Realizável a Longo Prazo:

I - direitos realizáveis após o término dos doze meses subseqüentes ao balanço;

II - operações realizadas com sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da instituição que, se autorizadas, não constituam negócios usuais na exploração do objeto social;

III - aplicações de recursos no pagamento antecipado de despesas de que decorra obrigação a ser cumprida por terceiros após o término dos doze meses seguintes ao balanço;

Permanente:

I - Investimentos:

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Página 26 de 57 - participações permanentes em outras sociedades, inclusive subsidiárias no exterior;

- capital destacado para dependências no exterior;

- investimentos por incentivos fiscais;

- títulos patrimoniais;

- ações e cotas;

- outros investimentos de caráter permanente;

II - Imobilizado:

- direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à entidade os benefícios, riscos e controle desses bens. Os bens objeto das operações de arrendamento mercantil devem ser registrados no ativo imobilizado das instituições arrendadoras conforme regulamentação específica;

III - Diferido:

- despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão- somente redução de custos ou acréscimo de eficiência operacional;

IV – Intangível:

- direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos, destinados à manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive aqueles correspondentes à prestação de serviços de pagamento de salários, proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares.

Passivo:

No Passivo, as contas classificam-se nos seguintes grupos:

Circulante:

- obrigações, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do Ativo Permanente, quando se vencerem no curso dos doze meses seguintes ao balanço;

Exigível a Longo Prazo:

- obrigações, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do Ativo Permanente, quando se vencerem após o término dos doze meses subseqüentes ao balanço;

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Página 27 de 57 Resultados de Exercícios Futuros: representam recebimentos antecipados de receitas antes do cumprimento da obrigação que lhes deu origem, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes, quando conhecidos, a serem apropriadas em períodos seguintes e que de modo algum sejam restituíveis.

Patrimônio Líquido - divide-se em:

a) Capital Social;

b) Reservas de Capital;

c) Reservas de Reavaliação;

d) Reservas de Lucros;

e) Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Como eu falei, no início desse item, os exercícios de concursos anteriores sobre esse assunto cobram o conhecimento de que conta pertence a que grupo. Vamos dar uma olhada?

Questão 7: (BACEN 2006 – FCC) No que diz respeito a contas e grupo de contas apresentadas no COSIF, plano contábil das instituições do sistema financeiro nacional, são contas APENAS do PASSIVO:

a) Obrigações por Operações Compromissadas; Obrigações por Empréstimos e repasses; Outras Obrigações; Depósitos.

b) Depósitos; Aplicações Interfinanceiras de Liquidez; Outras Obrigações; Despesas de Obrigações por Empréstimos e Repasses.

c) Depósitos; Obrigações por Operações Compromissadas;

Obrigações por Empréstimos e repasses; Despesa Antecipada.

d) Obrigações por Obrigações Compromissadas; Disponibilidades;

Outras Obrigações; Depósitos.

e) Operações de Crédito; Obrigações por Operações Compromissadas; Obrigações por Empréstimos e repasses;

Provisão para Passivos Contingentes.

SOLUÇÃO:

Dá uma olhada no quadrinho que eu coloquei lá atrás onde tem os grupos de contas do Ativo e Passivo. Nessa questão, é cobrado conhecimento da classificação das contas. Nesse momento, no início de seu estudo, não se preocupe em decorar todas as contas do Ativo e todas as contas do Passivo.... Não... Muita calma nessa hora... Ao longo do curso iremos estudar os grupos de contas separadamente e você resolverá questões como essa com o pé nas costas.... Fique tranquilo.

Gabarito: Letra A

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Página 28 de 57 Circulante X Realizável (ou Exigível) a Longo Prazo

O item 1.1.5.5 do COSIF traz algumas regrinhas para fins de classificação das contas do Ativo e Passivo no Circulante ou no Longo Prazo. A regra básica, que nós vimos nos parágrafos anteriores, diz que, a grosso modo, devemos olhar os 12 meses posteriores ao balanço para classificar em Circulante (até 12 meses) ou Longo Prazo (após 12 meses).

Seguem as regrinhas que merecem nossa atenção:

a) nos balancetes de março, junho, setembro e dezembro a classificação observa segregação de direitos realizáveis e obrigações exigíveis até três meses seguintes ao balancete dos realizáveis ou exigíveis após o término desse prazo.

b) O levantamento dos valores realizáveis ou exigíveis até três meses e após esse prazo, pode ser realizado extracontabilmente ao final de cada trimestre civil. Os relatórios e demais comprovantes utilizados no levantamento constituem documentos de contabilidade, devendo permanecer arquivados, juntamente com o movimento do dia, devidamente autenticados, para posteriores averiguações.

c) quando houver pagamentos e recebimentos parcelados, a classificação se faz de acordo com o vencimento de cada uma das parcelas;

d) as operações de prazo indeterminado, para efeito de segregação nos balancetes nos quais é exigida, classificam-se, as ativas no realizável após três meses e as passivas no exigível até três meses, ressalvados, contudo, os fundos ou programas especiais alimentados com recursos de governos ou entidades públicas e executados na forma de disposições legais ou regulamentares que, devido a suas características de longo prazo, devem ser classificados no exigível após três meses;

e) na classificação, levam-se em conta o principal, rendas e encargos do período, variações monetária e cambial, rendas e despesas a apropriar;

f) observada a ordem das contas, os valores correspondentes ao realizável ou exigível até três meses e após três meses inscrevem- se nas colunas verticais auxiliares dos modelos de balancete e balanço geral;

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Página 29 de 57 g) para fins de publicação, além das demais disposições, os valores realizáveis e exigíveis até um ano e após um ano devem ser segregados, respectivamente, em Circulante e Longo Prazo, na forma da Lei nº 6.404/76.

h) para fins de publicação, os títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos para negociação devem ser apresentados no ativo circulante, independentemente do prazo de vencimento.

Outras Considerações importantes do item 1.1.5.5 do COSIF:

Contas Retificadoras – As contas retificadoras figuram de forma subtrativa, após o grupo, subgrupo, desdobramento ou conta a que se refiram.

Contas de Compensação – utilizam-se as Contas de Compensação para registro de quaisquer atos administrativos que possam transformar-se em direito, ganho, obrigação, risco ou ônus efetivos, decorrentes de acontecimentos futuros, previstos ou fortuitos. Estudaremos as contas de compensação em um capítulo à parte.

Desdobramentos - para efeito de evidenciar a fonte do recurso, o direcionamento do crédito e a natureza das operações, o Ativo e o Passivo são desdobrados nos seguintes níveis. Estudamos isso no Elenco de Contas.

a) 1º grau - grupo;

b) 2º grau - subgrupo;

c) 3º grau - desdobramentos do subgrupo;

d) 4º grau - título;

e) 5º grau - subtítulo.

Subtítulos de Uso Interno – a instituição pode adotar desdobramentos de uso interno ou desdobrar os de uso oficial, por exigência do Banco Central ou em função de suas necessidades de controle interno e gerencial, devendo, em qualquer hipótese, ser passíveis de conversão ao sistema padronizado. Atenção: esta norma em hipótese alguma está em desacordo com a vedação prevista no item 1.1.4.5. Aqui, é permitido à Instituição criar subtítulos de uso INTERNO, mas que sejam passíveis de conversão ao sistema padronisubzado.

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Página 30 de 57 Ativo Diferido – A vinculação das despesas e dos gastos registrados no Ativo Diferido com o aumento do resultado de mais de um exercício social deve ser baseada em estudo técnico elaborado pela entidade, coerente com as informações utilizadas em outros relatórios operacionais, demonstrando, no mínimo: (Res CMN 3617 art 2º § único)

a) as condições mencionadas no item 1.1.5.1.c.III;

b) o cálculo da estimativa do período em que serão usufruídos os benefícios decorrentes das aplicações.

Saldos existentes no Ativo Imobilizado e no Ativo Diferido – Os saldos existentes no Ativo Imobilizado e no Ativo Diferido constituídos antes da entrada em vigor da Resolução nº 3.617, de 30 de setembro de 2008, que tenham sido registrados com base em disposições normativas anteriores, devem ser mantidos até a sua efetiva baixa. (Res CMN 3617 art 3º)

III.6. Livros de Escrituração

Pessoal, vou ser muito sincero com vocês: nesta seção sobre Livros de Escrituração, não há muito o que explicar não. Aqui, a leitura é bem simples e direta. É mais um daqueles casos em que é importante ler a literalidade da norma várias vezes e ir se acostumando com sua sonoridade e entender a dinâmica da coisa. Destaco que o Livro Balancetes Diários e Balanços, criado pelo BACEN, por delegação do CMN, pode ser utilizado por todas as instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN e pelos Fundos de Investimento. Não pode ser utilizado pelas demais empresas.

Vou destacar em negrito o que julgo mais importante e plausível de cair em concurso.

Dê um maior enfoque na questão das centralizações/descentralizações de contabilidade e nos itens 19-21.

1 - A instituição deve manter o Livro Diário ou o livro Balancetes Diários e Balanços e demais livros obrigatórios com observância das disposições previstas em leis e regulamentos.

2 - A substituição do Livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, uma vez deliberada pela instituição, deve ser programada para que se processe na mesma data em todas as suas dependências. Em tal hipótese, escritura-se o Livro Diário normalmente até a véspera e, ao fim desse expediente, lavra-se o termo de encerramento. (Res 487; Circ 623 itens 1,3; Circ 1273)

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Referências

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