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A influência do perfil psicológico de gênero na escolha das atividades de lazer de atletas

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Academic year: 2017

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PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

A INFLUÊNCIA DO PERFIL PSICOLÓGICO DE

GÊNERO NA ESCOLHA DAS ATIVIDADES DE

LAZER DE ATLETAS

Brasília - DF

2012

Autor: Sérvulo Fernando Costa Lima

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SÉRVULO FERNANDO COSTA LIMA

A INFLUÊNCIA DO PERFIL PSICOLÓGICO

DE GÊNERO NA ESCOLHA DAS ATIVIDADES DE

LAZER DE ATLETAS

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SÉRVULO FERNANDO COSTA LIMA

A INFLUÊNCIA DO PERFIL PSICOLÓGICO

DE GÊNERO NA ESCOLHA DAS ATIVIDADES DE

LAZER DE ATLETAS

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação Stricto Sensu em

Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre.

Orientadora: Dra. Gislane Ferreira de Melo

Brasília

2012

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Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB 18/09/2012

L732i Lima, Sérvulo Fernando Costa.

A influência do perfil psicológico de gênero na escolha das atividades de lazer de atletas. / Sérvulo Fernando Costa Lima – 2012.

60f. ; il.: 30 cm

Dissertação (mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2012.

Orientação: Profa. Dra. Gislane Ferreira de Melo

1. Lazer e educação. 2. Psicologia aplicada. 3. Aptidão física do atleta. 4.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que de uma forma contribuíram para realização deste trabalho, em especial a minha esposa Claudia e ao meu filho Iago, fazendo com que eu trabalhe incansavelmente todos os dias, para proporcionar um futuro melhor a ambos.

À minha família, base de tudo que sou e em particular a minha mãe Elza e meus irmãos Sávio e Samara. Minha irmã foi, em alguns momentos, parte integrante deste trabalho, ajudando na leitura e formatação do mesmo. Minha mãe Elza sem você o meu mundo para obrigado pelos ensinamentos, pela paciência e compreensão, nos bons e maus momentos.

Aos amigos e funcionários da Universidade Católica de Brasília que me acolheram e recepcionaram com educação e simpatia, não importando minha origem.

Aos amigos do IFPI e da academia, que na minha ausência faziam todo o trabalho, mantendo o funcionamento perfeito. Não vou citar nomes, mas quem ajudou sinta-se citado em meu agradecimento.

Aos conterrâneos e amigos, Raimundo e Emanuela, pela hospitalidade e generosidade e por não deixar faltar nada em Brasília. Sempre com alegria e simpatia abriram a porta de sua casa. Ao seu filho João Pedro pela companhia e agora Ana Luiza que veio para abrilhantar mais ainda essa família maravilhosa.

A Prof.ª Dra. Gislane Ferreira de Melo, que com sua paciência, soube compreender minha deficiência como pesquisador e ser humano, e com sabedoria soube contornar tudo e ensinou-me o verdadeiro caminho da pesquisa. Existem poucas pessoas no mundo com tamanha capacidade de superação nos momentos difíceis e a professora Gislane é uma delas. Mesmo perdendo uma pessoa querida, ela continuou seu trabalho não deixando transparecer em nenhum momento, fraqueza ou desanimo e honrando seus compromissos acadêmicos. É por essas e outras o meu eterno obrigado,

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RESUMO

O objetivo do presente estudo foi avaliar se o perfil psicológico de gênero influencia na escolha das atividades de Lazer de atletas escolares. Para tanto, a amostra foi composta por 112 alunos de ambos os sexos com média de idade igual a 16,78 ± 1,61 anos, participantes das equipes de Basquetebol, Voleibol, Handebol e Futsal, de uma instituição de ensino federal no Piauí. Estes atletas foram classificados em três grupos tipológicos de esquemas de gênero: Heteroesquemático Masculino (HM), Isoesquemático (ISO), Heteroesquemático Feminino (HF), avaliados pelo Inventário Masculino (IMEGA) e Feminino (IFEGA) de Esquema de Gênero do Autoconceito . Para a avaliação dos Hábitos de Lazer foi utilizado a Escala de Atividade de Hábitos de Lazer que avalia hábitos Hedonistas, Lúdico e Instrutivo . Para análise dos dados foram avaliadas as medidas descritivas e rodados os testes paramétricos: testes t para amostra independente, ANOVA One Way e o teste não paramétrico Kruskall-Wallis, com um

nível de significância de p ≤ 0,05. Os resultados demonstraram que a amostra como um todo tem preferência por hábitos Lúdicos, já que os valores para este hábito foi estatisticamente maior (p<0,05) que para os demais (54,5%). Quando comparados por sexos observou-se diferenças significativas (p=0,001), onde os homens preferem hábitos lúdicos e as mulheres hábitos instrutivos. Ao comparar os atletas por grupos tipológicos de gênero verificou-se haver diferença significativa entre os perfis psicológicos quanto ao habito hedonista, onde homens e mulheres heteroesquemáticos masculino possuem maiores valores que os indivíduos heteroesquemáticos femininos e isoesquemáticos. Já para o hábito instrutivo os resultados demonstraram que os atletas heteroesquemáticos femininos apresentam maiores valores que os outros dois grupos. Atletas isoesquemáticos preferiram hábitos lúdicos. Estes resultados nos permitem concluir que o perfil psicológico de gênero influencia nos hábitos de lazer, e que estes hábitos estão relacionados aos comportamentos e atitudes condizentes com os esquemas de gênero de atletas escolares.

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ABSTRACT

The aim of this study was to evaluate whether gender psychological profile influences the choice of leisure activities for school athletes. For this purpose, the sample consisted of 112 students of both sexes with mean age equal to 16,78 ± 1,61 years, participating team Basketball, Volleyball, Handball and Futsal, a federal educational institution in Piauí. These athletes were classified into three Gender scheme typological groups: Masculine Heteroshematic (HM), Isoschematic (ISO), Feminine Heteroschematic (HF) assessed by the Masculine Inventory (IMEGA) and Feminine (IFEGA) scheme of the gender self. To evaluate the habits leisure we used the Activity Scale Habits Leisure which assesses habits hedonism, Playful and Instructional. For data analysis descriptive measures were evaluated and run parametric tests, t test for independent samples, ONE WAY ANOVA and nonparametric Kruskall-Wallis test with a significance level of p≤0,05.The results showed that the sample as a whole has a preference for Playful habits, since the values for this habit was statistically higher

(p≤0,05) than the others (54,5%). When compared by gender showed significant

differences (p=0,001), where men prefer habit playful and women habits instructional. Comparing the athletes by gender typological groups there was significant difference between the psychological profiles on the habit of hedonism, where men and women heteroshematic masculine have higher values than individuals’ heteroschematic feminine and isoschematic. As for the habit instructional results showed that heteroschematic feminine athletes have higher values than the other two groups. Athletes isoschematic preferred playful habits. These results allow us to conclude that the psychological influence of gender on leisure habits and those theses habits are related to behaviors and attitudes consistent with the gender schemas of school athletes.

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LISTA DE ABREVIATURAS

 BRSI – Bem Sex Role Inventory – Inventário de Papeis Sexuais de Bem

 EAHL – Escala de Atividades de Hábitos de Lazer

 EF – Esquemático Feminino

 EM – Esquemático Masculino

 HF – Heteroesquemático Feminino

 HM – Heteroesquemático Masculino

 IFEGA – Inventário Feminino dos Esquemas de Gênero do Autoconceito

 IFPI – Instituto Federal do Piauí

 IMEGA – Inventário Masculino dos Esquemas de Gênero do Autoconceito

 ISO – Isoesquemáticos

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SUMARIO

1 INTRODUÇÃO... 10

2 OBJETIVOS... 14

2.1 Objetivo Geral... 14

2.2 Objetivos Específicos... 14

3 REFERENCIAL TEÓRICO... 15

3.1 Conceitos de lazer... 15

3.3 Perfil psicológico de gênero... 21

4 MATERIAL E MÉTODOS... 27

4.1 Amostra... 27

4.2 Instrumentos... 27

4.3 Procedimentos... 28

4.4 Análises Estatísticas... 29

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES... 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 30 35 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 36 8 APÊNDICES...

8.1 ESCALA DE ATIVIDADES DE HABITO DE LAZER (EAHL) 8.2 INVENTÁRIO MASCULINO DOS ESQUEMAS DE GÊNERO DO AUTOCONCEITO (IMEGA)

8.3 INVENTÁRIO FEMININO DOS ESQUEMAS DE GÊNERO DO AUTOCONCEITO (IFEGA)

48 51 53

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1 INTRODUÇÃO

Ao longo do tempo o lazer tem sido percebido de diferentes formas. Na Grécia antiga, os filósofos acreditavam que era durante os períodos de ócio que surgiam as verdadeiras potencialidades humanas, pois este é um tempo dedicado ao desenvolvimento pessoal, como aprender à arte e atividade política (FREITAS, 2009; REIS, CAVICHILLI, STAPEPRAVO, 2009).

Segundo Dumazedier (1980) e Marcelino (2006) o lazer é um fenômeno contemporâneo atual, com origem marcada nas sociedades urbano-industriais, surgida da Revolução Industrial. Para estes autores sua definição está relacionada a um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, desde que tenha se livrado das obrigações profissionais, familiares e sociais. Essa definição pode ser resumida com as seguintes palavras de Chemin (2003): o fato de o sujeito poder gozar de um tempo para si, podendo escolher livremente e, segundo sua vontade, entre o descanso, o entretenimento, o desenvolvimento ou o serviço voluntário significa Lazer.

Para Davim et. al. (2003) e Marcellino (2006) o lazer deve ser caracterizado segundo as variáveis tempo e atitude. A variável tempo é caracterizada por um aspecto sociológico percebendo como o tempo livre não só daquele fora do trabalho, das obrigações familiares, sociais, religiosa e política. A variável atitude corresponde um aspecto mais psicológico onde estão envolvidos o sujeito e a experiência vivida, assim como seus comportamentos e prazeres independentes de um tempo determinado.

Além das variáveis tempo e atitude o lazer também foi subdividido por modalidade sendo caracterizado, inicialmente, como lazer manual, lazer intelectual, lazer social, lazer artístico e lazer físico/esportivo (DUMAZEDIER, 1980). Em 1986, Camargo sugeriu uma nova caracterização intitulada como lazer turístico e, em 2003, Schwartz sugere o lazer virtual.

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FISBERG, 2011), idade (GUEDES et. al., 2001; SARRIERA et.al.,2007; QUEIROZ, SOUZA, 2009; SANTOS, 2010; GARCIA, FISBERG, 2011) , dentre outros.

Com a relação à preferência de lazer e a variável sexo foram observados que as adolescentes do sexo feminino preferem atividades de lazer social (MARCELLINO, 2002; FORMIGA, AYROZA, DIAS, 2005; PFEIFER, MARTINS, SANTOS, 2010), manual (SANTOS, 2010), artístico (ANDRADE, 2009) e intelectual (FORMIGA, DIAS, 2008; SALES-NOBRE, KREBS, VALENTINI, 2009). Já os adolescentes do sexo masculino preferem atividades físico/esportivo (NOBRE, 2006; GARCIA, FISBERG, 2011) e virtuais (SCHWARTZ, 2003; OGLETREE, DRAKE, 2007).

Segundo Marcellino (2006) e Santos (2010) essas diferenças não se apoiam somente na questão biológica (ser homem e ser mulher), mas principalmente em fatores sociais e culturais destes sujeitos. Isto pode ser compreendido já que os fatores culturais impõem privações tanto aos homens como as mulheres com relação às atividades as quais não estejam relacionados com seu sexo, ou seja, culturalmente os hábitos, valores e costumes de cada indivíduo indicarão uma diferenciação no comportamento.

Percebe-se aqui, que trata-se mais de uma questão de gênero do que de sexo, uma vez que o gênero pode ser definido como características psicológicas típicas de cada pessoa, que guiam seus comportamentos, interesses, estilo de vida, papéis sociais, bem como a consciência de si mesmo. Então pergunta-se, se os esquemas de gênero do autoconceito influenciam no comportamentos, interesses e papeis será que indivíduos como esquemas de gênero diferentes terão interesses por tipos específicos de Lazer?

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Para avaliar esta proporcionalidade foi elaborado o instrumento Bem Sex Role Inventory-BRSI (Inventário Papel Sexual de Bem) o qual é composto por 60 adjetivos dos quais 20 são referentes a masculinidade, 20 a feminilidade e 20 neutros. Este instrumento é utilizado até os dias hoje nos Estados Unidos e outros países com o intuito de avaliar se os esquemas de gênero influenciam e são influenciados por aspectos sociais e psicológicos (HERNANDEZ, 2009).

Não concordando com a idéia de que poderiam existir pessoas aesquemáticas com relação ao gênero, Giavoni (2000) sugere um novo modelo de avaliação do perfil psicológico de gênero – O Modelo Interativo – o qual visa avaliar a interação existente dos construtos da masculinidade e feminilidade, independente do seu grau de desenvolvimento. Ou seja, para a autora todos os sujeitos possuem os dois esquemas, os quais podem estar mais e menos desenvolvidos.

O modelo interativo possibilita avaliar não só predomínio de um esquema sobre o outro, mas também o grau de consistência das respostas com relação ao gênero. Assim os indivíduos podem ser caracterizados como Heteroesquemático Masculino (HM), Heteroesquemático Feminino (HF) e Isoesquemáticos (ISO). Diante deste novo modelo a autora sugere que o indivíduo que apresenta simetria entre os esquemas (ISO) tenderá a perceber e a se engajar em eventos utilizando tanto das características que formam o esquema masculino quanto o esquema feminino. Já aqueles com predomínio de um esquema sobre o outro (HF/HM) tenderam a se engajar a eventos que condizem com seus esquemas.

Desta forma reflete-se, será que estes perfis estão relacionados, também aos hábitos de lazer? Estudos que buscaram avaliar esta relação em outros países tem demonstrado a existência entre estas variáveis, onde de acordo com a cultura, os indivíduos esquemáticos masculinos tendem a se engajar em atividades de lazer que envolvam características de individualidade, criatividade, principalmente com relação aos hábitos virtuais (COLLEY et.al. 1996; MATTHEWS, 2006; OGLETREE, DRAKE, 2007).

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masculinidade. Já Indivíduos HF terão maiores escores para respostas em hábitos de lazer Instrutivos, já que estes hábitos estaram relacionados à feminilidade.

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2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Avaliar se o perfil psicológico de gênero influência na escolha das atividades de lazer de adolescentes atletas.

2.2 Específicos:

 Avaliar a preferência de atividade de lazer de atletas;

 Avaliar a diferença na escolha de atividades de lazer entre o sexo; e,

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Conceitos de lazer

O lazer é um fenômeno moderno, com origem marcada nas sociedades urbano-industriais, surgida da Revolução Industrial e sua definição está relacionada a um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária, ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais (DUMAZEDIER, 1980; CHEMIM, 2003; MARCELINO, 2006).

De acordo com Cunha (1987), existem três tipos de tempo: o produtivo, envolvendo além da acumulação do capital através da mais-valia, o trabalho de simples troca econômica; o não-produtivo ou tempo livre, aquele que é residual do trabalho, e envolve atividades de necessidade às satisfações biológicas, como recuperação psicossomática e abastecimento alimentar, e, o tempo de lazer o qual é consistente, com flexibilidade de escolha e de engajamento das pessoas, inserindo de prazer pelas atividades, podendo causar a sensação de liberdade, de naturalidade, que possibilita aspirações e desejos, imediatos e profundos, resultando numa qualificação das relações interpessoais e destas com os objetos.

Outras definições de tempo foram apresentadas por Sarriera et al. (2007) como: tempo obrigatório, envolvendo as necessidades fisiológicas, as profissionais, escolar e familiar; tempo comprometido, constituído pelas atividades de ordem religiosas, políticas e social; tempo livre utilizado com atividades recreativas, intelectuais, físicas e sociais.

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Para Davim et. al. (2003) quando trata-se de lazer deve-se pensar além da variável tempo, salientando a variável atitude. Na variável tempo há um envolvimento do aspecto sociológico e como não poderia deixar de ser, há uma determinação desse tempo, situando-o como aquele que estamos liberados do trabalho ao final do dia, da semana, de um ano inteiro, ou como tempo livre, não só do trabalho, mas de outras obrigações, sejam familiares, sociais, religiosas ou políticas. Já a variável atitude envolve aspectos psicossociais, onde o lazer acaba sendo mais um estilo de comportamento, de prazer, independente de um tempo determinado.

Marcellino (2006) também defende os aspectos mencionados no parágrafo acima com a seguinte definição:

“O lazer como atitude será caracterizado pelo tipo de relação verificada entre

o sujeito e a experiência vivida, basicamente a satisfação provocada pela atividade... As atividades desenvolvidas no tempo liberado do trabalho, ou no

‘tempo livre’, não só das obrigações profissionais, mas também das familiares, sociais e religiosas” (MARCELLINO 2006, p.08).

Já com relação à classificação do Lazer por áreas de interesse, Dumazedier (2008) classificou-o em cinco: manual - é a capacidade de manipulação, que trazem prazer através do manuseio de matéria-prima e objetos, imprimindo-lhes um sentido estético e/ou utilitário; intelectual - um exercício do conhecimento vivido, experimentado em qualquer campo, pois tudo na vida é fonte de conhecimento, de informação e de aprendizagem; social - quando se procura fundamentalmente o relacionamento, os contatos face a face, expresso no contato com amigos, colegas de trabalho ou de bairro, representado pelo convívio social com outras pessoas; artístico - seu conteúdo é estético e configura a busca da beleza e do encantamento, ligadas ao belo, o imaginário, campo estético, da emoção e do sentimento; físico/esportivo - inclui as modalidades esportivas, as práticas esportivas, a ginástica, os passeios, a pesca e todas as atividades onde prevalece o movimento, ou o exercício físico.

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Assim, a prática do Lazer pode ser constituída por uma questão temporal ou atitudinal, bem como por suas características funcionais. Para estas avaliações alguns autores têm construído instrumentos que possam avaliar hábitos e atividades de lazer da várias populações.

Observando esta necessidade da construção e validação de instrumento capaz de conhecer o comportamento dos jovens ocupa seu tempo livre, bem como comprovar a validade de conteúdo em lazer proposta por Dumazadier(1980), Formiga Ayroza e Dias (2005) propõem a Escala de Atividades de Hábitos de Lazer (EAHL), composta por vinte e quatro itens que avaliam as atividades de lazer assumidas pelos sujeitos a respeito de sua ocupação quando estão desfrutando do seu tempo livre.

Esta escala busca conhecer as escolhas e as tendências das pessoas sobre seus hábitos de lazer do dia-a-dia. Em um caráter psicológico, já que observa atividades regulares do cotidiano e propõe hábitos que estão relacionados com hábitos Hedonistas - relacionados ao consumo, prazer individual e imediato; tais como: navegar na internet, ir à piscina, ir ao cinema, jogar conversa fora, contar piada, etc.; Hábitos Lúdicos – referem-se como aqueles que envolvem jogos, brinquedos, passeio e divertimento em geral; exemplos de tais atividades: jogar videogame ou jogos de aventura e ação, praticar esporte, dirigir carro ou moto, passear de patins, etc.; Hábitos Instrutivos –

atribuem ao conhecimento, ensino, transmissão, aperfeiçoamento e crescimento; exemplos dessas atividades: ler livros, ler revistas, visitar a familiares, ir à igreja, etc (FORMIGA, BONNATO, SARRIERA, 2011).

Mesmo antes da construção da Escala de hábitos de lazer, Formiga, Ayroza e Dias (2005) já vinham investigando se a prática de certas atividades de lazer estaria relacionada ao rendimento escolar e observaram que os hábitos instrutivos correlacionam positiva com os indicadores rendimentos escolares, enquanto os hábitos hedonistas apresentam escores correlacionais negativos aos rendimentos escolares. Assim, pode-se observar que os hábitos de lazer são capazes de contribuir para a formação escolar e no que se refere aos jovens.

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acadêmicos e cognitivos (QUEIROZ, SOUZA, 2009; FORMIGA, BONNATO, SARRIERA, 2011).

Bonato, Sarriera e Wagner (2006) utilizando-se a Escala de Atividades de Hábitos de Lazer (EAHL) desenvolvido por Formiga, Ayroza e Dias (2005), correlacionaram os hábitos de lazer com o autoconceito de adolescentes de escola pública e particular da cidade de João Pessoa. Os escores demonstraram uma alta correlação positiva entre hábitos hedonistas e autoconceito, bem como uma correlação mais fraca, mas não menos importante, como os hábitos Lúdicos. Assim, para os autores os hábitos hedonistas possuem uma relação significativa com as dimensões do autoconceito, já que adolescentes apresentam traços personalísticos elevado de prazer individual e imediato, o que foi encontrado também com suas práticas de lazer.

Em um estudo realizado por Formiga e Estevam (2010) esses autores avaliaram a influência dos valores humanos sobre os hábitos de lazer observando que a função psicossocial de experimentação (descobrir e apreciar estímulos novos, enfrentando situações arriscadas e procurando satisfação pessoal) relacionou-se positivamente com hábitos hedonistas, enquanto a função normativa (enfatiza a vida social, a estabilidade do grupo e o respeito para com padrões culturais), interação (focalizam o destino comum e a complacência) e supra-pessoal correlacionaram-se positivamente com os hábitos instrutivos e negativamente com os hábitos hedonistas. Observa-se que estes autores estavam relacionando a prática de lazer aos aspectos psicológicos, relacionado aos aspectos instrutivos do construto do lazer.

Estudos buscaram investigar somente tipos de práticas realizadas por crianças e adolescentes a fim de diagnosticar estas práticas e a relação com o alto nível de sedentarismo nestas faixas etárias (ALVES, 2005; FARIAS JUNIOR, 2006; SILVA, 2006; COPETTI, NEUTZLING, SILVA, 2010). Assim, utilizando-se de instrumentos, os quais avaliavam mais o nível de atividade física, os autores da área da Educação Física, tem buscado conhecer a realidade destas crianças e jovens. Guedes et. al. (2001), e Freire e Fonte (2007) constataram que as atividades de lazer preferidas pelas crianças e adolescentes estão relacionadas a assistir TV e vídeo, bem como computadores e jogos virtuais, além de práticas de exercícios e de esportes.

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uma maior praticidade de meninos do que meninas, fundamentadas a prática e cultura (BAECKE, BUREMA, FRIJTERS, 1982; CLELAND et. al., 2008; COLEMAN, 2009), bem como hábitos hedonistas, individualistas.

Sales-Nobre, Krebs e Valentini (2009) registraram pouca variação nos hábitos de lazer de adolescentes homens e mulheres, sendo que, os homens têm uma maior prevalência de hábitos de lazer tipicamente sedentários, exemplo: assistir TV, navegar na internet, jogar vídeo game e participação em esportes sem orientação, já as mulheres com orientação profissional. E ao dividir o grupo em quem preferem praticar e não praticar atividade físico-desportiva nos momentos de lazer observou-se que o sexo feminino prefere hábitos de lazer sedentários em relação ao masculino, obtendo-se 65,4% de hábitos ativos para rapazes contra 59,3% de prevalência de hábitos inativos para as mulheres.

Pfeifer, Martins e Santos (2010) complementam com seus achados a questão da preferência de lazer, onde afirma que mulheres adolescentes preferem atividades de socialização, como promover comemoração para amigos e/ou comunidade e conversar com amigos e/ou parentes, às outras citadas.

Observa-se, também nos estudos que avaliam a prática de lazer que adolescentes homens gostam da prática do lazer físico/esportivo, desde que não tenha uma orientação, ou seja, estes homens preferem realizar seus próprios jogos sem a interferência de um profissional. Deve-se observar, nestes hábitos variáveis pessoais e ambientais. As variáveis pessoais estão subdivididas em biológicas (idades e sexo), psicológicas (conhecimento, atitudes, superar barreiras, tipo de personalidade, intenção e estresse percebido) e ambientais (apoio dos pais e amigos, acesso a programas de atividades físicas, tempo que passa fora de casa, tipo de atividade desenvolvida nos fins de semanas), já que estas influenciaram diretamente a escolha da atividade física e de lazer (DUCA et. al., 2009; FERMINO et. al., 2010; GARCIA, FISBERG, 2011).

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Segundo Copetti, Neutzling e Silva (2010) os aspectos culturais, econômicos, políticos e geográficos são capazes de influenciar diretamente o sedentarismo no lazer. As principais barreiras encontradas entre os adolescentes no estudo foram: dias de chuvas, a falta de tempo, a preguiça/cansaço e falta de local adequado. Já Santos et. al. (2010), avaliando as barreiras por fatores psicológico, cognitivo e emocional, obtiveram respostas como preguiça, à falta de tempo e baixa autoeficácia na prática de atividade de lazer.

Teixeira, Martinoff e Ferreira (2004) avaliando adolescentes ativos e sedentários constataram que as principais dificuldades para a prática do lazer entre os ativos estão relacionadas à falta de conhecimento, clima inadequado, falta de equipamento, de tempo, de local apropriado, desânimo, falta de autodisciplina e queixas de dores. Para os indivíduos sedentários foram citados os ítens como falta de dinheiro, de equipamento, de tempo, de conhecimento, de diversão na prática, vergonha do corpo, falta de local apropriado, de habilidade e de interesse.

Sarriera et. al. (2007) afirmam que a falta de envolvimento em atividades de lazer está relacionada à falta de recursos das famílias e oferta da própria escola em disponibilizar e oferecer mais atividades recreativas aos alunos. Os autores acreditam que este envolvimento com a TV possa ser chamado de tempo nocivo em vez de tempo livre de lazer.

Santos (2010) ao avaliar adolescentes observou que a prática de lazer aos finais de semana apresenta pontos sociais falhos, onde mais uma vez as crianças e adolescentes estão ficando dentro de casa na TV dificultando o contato social. Segundo o autor, para que se tenha acesso às várias formas de lazer, como o virtual e cultural, as pessoas necessitam de apoio financeiro já que o acesso das classes menos favorecidas economicamente não é a mesma das classes mais altas. Ainda conforme dados da pesquisa, do próprio autor os jovens de classes sociais menos favorecidas precisam ingressar no campo de trabalho mais cedo, perdendo oportunidade de lazer, coisa que não acontece no lado mais favorecido.

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das meninas fique bem restrita, incentivando determinados estereótipos. Por tanto, os hábitos, valores e costumes podem indicar uma diferenciação no comportamento estimado nos hábitos de lazer (MARCELLINO, 2006; SANTOS, 2010).

3.3 Perfil psicológico de gênero

Na busca de estudos que relacionassem o perfil psicológico de gênero com a escolha de práticas de lazer, pode-se observar que todos os textos que apresentaram a palavra gênero em seus títulos (ZINKHAN, PRENSHAN, CLOSE, 2003; MARCELLINO, 2006; MATTHEWS, 2006; SARRIERA et. al., 2007; SALES-NOBRE, KBREBS, VALENTINI, 2009; PFEIFER, MARTINS, SANTOS, 2010; SANTOS, 2010;) tem por intenção investigar as diferenças entre homens e mulheres, ou seja, diferenças entre sexo.

Sendo assim, para Coleman (2009), a diferença entre o sexo se refere à diferença biológica entre machos e fêmeas, enquanto o gênero está relacionado às construções psicológicas e sociais atribuídas ao indivíduo, sendo estas construções oriundas desta diferenciação sexual mediante a cultura em questão.

Assim quando se enfatiza os aspectos relacionais e culturais como referência a qualquer construção social que tenha relação ao masculino/feminino, sem se apegar a divisão tradicional de sexo (homens/mulheres), o qual se refere ao determinismo biológico evocado pela diferença sexual, estaremos tratando de gênero (MATTHEWS, 2006; BORGES, 2007; SARREIRA at. al., 2007; PFEIFER, MARTINS, SANTOS, 2010).

Concordando que a construção do gênero é construída através da interdependência contato social com as diferentes extensões que compõem os conceitos de masculinidade e feminilidade, o indivíduo acaba incorporando em seu autoconceito traços, normas, papéis e valores condizentes a estes constructos (GIAVONI, 2000; MELO, 2008, PFEIFER, MARTINS, SANTOS, 2010).

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“À percepção que uma pessoa tem de si mesma, a partir de sua interação com o meio social; um sistema que associa, organiza e coordena a variedade de crenças, sentimentos, atitudes, capacidades, habilidades, aparência e aceitabilidade social, incluindo as informações e sentimentos do passado, presente e futuro. Como uma estrutura cognitiva, adaptável, maleável, multidimencional e hierárquico” (TAMAYO, 1981; p. 88)

A teoria do autoconceito ficou mais conhecida quando William James (1890), deixou de lado o aspecto filosofal do construto e partiu para a junção de indivíduo, sociedade e cultura. Para o autor, o autoconceito é o conjunto de tudo que lhe pertence, podendo ser o corpo, pessoas, objetos e ambientes. Este é subdividido em I self é considerado como o sujeito, o conhecedor e o Me self que é o objeto, o conhecido, um agregador de coisas e conceitos que, objetivamente, são considerados como pertinentes ao self (GIAVONI, 2000). Temos o autoconceito material, social e espiritual, onde o Material corresponde aos objetos que possuímos; o Social representa os papéis pelos quais o sujeito é reconhecido pelos demais, e, o Espiritual engloba os aspectos subjetivos, como os desejos, emoções, valores e ideais (TAMAYO, 1980; GIAVONI, 2000).

Por tanto, o self possui papel preponderante nas construções sócio-culturais da masculinidade e feminilidade de um indivíduo, podendo ser considerado, dentre outros aspectos, formado características que definem a masculinidade e a feminilidade (BEM, 1974; GIAVONI, 2000).

Em 1977, Sandra Bem constrói uma escala denominada Bem Sex Roles Inventory (BSRI), conhecida com Inventário de Papeis Sexuais de Bem, onde através de adjetivos masculinos, femininos e neutros, ela conseguiu avaliar a predominância de um esquema (masculino/feminino) sobre o outro, e caracterizou estes indivíduos como esquemáticos masculinos, esquemáticos femininos, andróginos e aesquemáticos.

Em seus estudos Bem (1974, 1981), e outros autores por exemplo: (BONATO, WAGNER, 2006; MATTHEWS, 2006; FERNÁNDEZ, 2010), tem avaliado o quando os esquemas de gênero influenciam no comportamento e atitudes dos seres humanos, uma vez que há diferenças nas percepções destes com relação a variáveis como relacionamento, valores humanos, enfrentamento, ansiedade, dentre outras.

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mulheres, dados a diversidade de papéis que desempenham num contexto social, bem como pelas diferenças de perfil psicológico de gênero. O modelo em questão é apresentado na figura 1 abaixo.

Para um melhor entendimento o modelo de Fontenelle e Zinkhan (1993) foi traduzido, conforme o figura abaixo.

Proposed modelo of gender differences in the percepcion of leisure - Modelo proposto de diferença de gênero na percepção de lazer.

Situational variables– Variáveis situacionais.  Biological sex– sexo biológico.

Socialization– socialização

Gender identity– identidade de gênero  Gender role beliefs– gênero, papel e crenças.  Gender role attitudes– papel de gênero e atitudes  Non traditional– não tradicional

Traditional– tradicional  Androgynous– andrógino  Masculine– masculino  Feminine – feminino  Leisure– lazer  Freedom– liberdade

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Pode-se perceber pelo organograma organizado pelos autores, que o sexo biológico influencia na construção social dos esquemas de gênero e que estes estão ligados a uma identidade, que formula, concebe e tem atitudes relacionadas a estes

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Estes percebem, em maior ou menor intensidade, o lazer como tempo de liberdade, expressão do eu, evolução social e prazer/diversão. Assim, pode-se verificar que os autores não incluem o perfil “Indiferente” como capaz de perceber o lazer, uma vez que

Bem (1974) acreditava que estes indivíduos não possuíam esquemas de gênero.

Não concordando com esta teoria, Giavoni (2000) buscou elaborar um modelo matemático que fosse capaz de captar melhor estas diferenças entres os esquemas masculinos e femininos, afirmando assim que é impossível que um indivíduo não possua esquemas relacionados ao gênero (aesquemáticos) e que mesmo o indivíduo apresentando equilibro entre os esquemas (andrógino) estes podem variar conforme a intensidade de seus respostas. Para a autora, todos nós possuímos os dois esquemas, podendo estes encontrar-se pouco e muito desenvolvidos.

O Modelo Interativo tem por objetivo avaliar o grau de intensidade de um esquema sobre o outro, bem como o grau de desenvolvimento dos mesmos e a interação entre os dois. Isso é verificado mediante os termos matemáticos, onde a variável ângulo demonstra os esquemas proporcionais ou não, e a variável distância descreve o nível de desenvolvimento de cada esquema e a variável síntese avalia a interação (GIAVONI, 2000; GOMES, GIAVONI, 2007). Segundo Giavoni (2000) as percepções construídas através de imagem do próprio indivíduo e seu poder que exerce sobre outras pessoas, vão depender de suas interações sociais, as quais formaram sua identidade de gênero (GIAVONI, 2000; GIAVONI, TAMAYO, 2003; MELO, 2008).

Com o objetivo de avaliar a proporcionalidade dos esquemas, a variável ângulo subdividi-se o plano vetorial do Modelo Interativo em três campos. Quanto mais distante da bissetriz angular (â=45º) maior será sua desproporcionalidade (GOMES, GIAVONI, 2007; LEITE, GIAVONI 2009).

(27)

Figura 2: Campos dos grupos tipológicos dos esquemas de gênero Fonte: Leite, Giavoni, 2009.

O presente estudo voltou-se apenas a variável ângulo, por tanto serão investigados os grupos Heteroesquemático Masculino (HM), Heteroesquemático Feminino (HF) e Isoesquemático (ISO) sem se preocupar com a variável distância a qual avalia a consistência das respostas (pouco ou muito desenvolvido).

Estudos utilizando o modelo estão sendo realizados com mulheres sedentárias (CUSTODIO, 2007), homens atletas (GOMES, 2007), nível de dor de homens e mulheres sedentários e atletas (LEITE, 2009), estresse de atletas (MARQUES, et. al. 2010), avaliação postural de mulheres idosas (LUZ, 2011), depressão em mulheres idosas (CAIXETA, 2011), adesão a atividade física e envelhecimento (VASCONCELOS, 2011) e força muscular e envelhecimento (ALVES, 2012). Estes estudos tem demonstrado que o perfil psicológico de gênero é capaz de influenciar nas variáveis fisiológicas de homens e mulheres, ativos e sedentários, não importando a idade, já que foram encontradas diferenças significativas tanto em jovens como em idosos. Assim pode-se observar que as diferenças fisiológicas não se baseiam somente na diferenciação sexual, mas está relacionada, também, ao esquema de gênero.

(28)

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Amostra:

Foi constituída por 112 atletas das modalidades coletivas, sendo 55 do sexo masculino e 57 do sexo feminino, subdivididos na modalidade Basquetebol (40), da modalidade Handebol (34), da modalidade Futsal (29) e da modalidade Voleibol (9) com média de idade de 16,78 ± 1,61 anos. Todos estes atletas treinavam no mínino três vezes por semana, numa intensidade de moderada a forte. Todos eles estavam no ensino médio.

Para critérios de inclusão da amostra, os sujeitos teriam que ser atletas e frequentar no mínino três dias de treino, se disponibilizar a responder todos os instrumentos da pesquisa, bem como apresentar o termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelos pais ou responsável.

4.2 Instrumentos

Para avaliação dos Hábitos de Lazer foi utilizado a Escala das Atividades dos Hábitos de Lazer (EAHL), desenvolvido por Formiga, Ayroza e Dias (2005) para avaliar os hábitos de lazer de jovens brasileiros de 11 e 22 anos. Esta escala é composta de 24 itens de atividade de lazer, subdividida em três fatores: Hedonismo, Instrutivo e Lúdico. Em 2011, Formiga, Bonato e Sarriera (2011) reavaliaram a escala e retiraram alguns itens, permitindo com isso, estabelecer a permanência de 15 itens para a escala em questão, respondido em uma escala de Likert de seis pontos. A escala revelou indicadores psicométricos que garantiram a consistência estrutural fatorial desse instrumento.

(29)

eles, como também, assumi uma atividade quanto à transmissão, habilitação e ensino de conhecimentos. Este obteve um alfa 0,60. O Alpha de Cronbach geral da escala foi de 0,82.

Para avaliação do Perfil Psicológico de Gênero utilizou-se dois instrumentos, um para os homens (Inventário Masculino dos Esquemas de Gênero do Autoconceito –

IMEGA) e para as mulheres (Inventário Feminino dos Esquemas de Gênero do Autoconceito – IFEGA). Estes dois instrumentos foram validados por Giavoni e Tamayo em 2003 e 2005, respectivamente, e também são respondidos em uma escala de Likert de cinco pontos, onde o escore 0 (zero) indica que o item não se aplica ao correspondente até o escore 4 (quadro), indicando que o item se aplica totalmente ao respondente.

Para classificação dos grupos tipológicos de esquemas de gênero e avaliação das atividades de hábitos de lazer, serão utilizados os seguintes instrumentos.

O IMEGA é composto por 71 itens, sendo 41 representantes do esquema masculino (escala masculina) e 30 que compõem o esquema feminino (escala feminina). Para os fatores da escala masculina foram encontrados os seguintes Alphas de Cronbach Egocentrismo (α=0,89), Ousadia (α=0,83), Racionalidade (α=0,78). Para os fatores da escala feminina os alfas foram: Integridade (α=0,79), Sensualidade (α=0,86), Insegurança (α=0,77) e Emotividade (α=0,90). Dos fatores Emotividade e Integridade resultou um fator de segunda ordem denominado de Sensibilidade (α=0,85).

Já o IFEGA é composto por 75 itens, onde 36 são representantes do esquema masculino (escala masculina) e 39 que compõem o esquema feminino (escala feminina). A escala masculina é composta pelos fatores Arrojamento (α=0,87), Negligência (α=0,83) e Egocentrismo (α=0,73), e a feminina pelos fatores Sensualidade (α=0,92), Inferioridade (α=0,82) e Ajustamento Social (α=0,77).

4.3 Procedimentos

(30)

Após assinatura pelos responsáveis, o pesquisador marcou horários diferenciados para cada turma e modalidade, sendo os instrumentos de Hábitos de Lazer e Perfil Psicológico de Gênero aplicado pelo próprio pesquisador em uma sala específica para a pesquisa, antes do início dos treinos dos sujeitos. Após a explicação de cada instrumento, foram disponibilizadas pranchetas e canetas para obtenção de respostas. Os dados dos atletas foram tratados de forma confidencial.

Dados complementares, tais como: idade, escolaridade, nome da escola, estado civil, profissão, modalidade que pratica, posição que joga, treina quantas vezes por semana, duração diária, intensidade e número de filho, foram colocados ao final do caderno de resposta, montado com todos os instrumentos para cada sexo.

Apesar de o questionário ser auto-aplicável e conter instruções de manuseio, houve sempre a presença do pesquisador durante todas as aplicações para retirar eventuais dúvidas ou realizar esclarecimentos que se fizessem necessárias e evitando possíveis socializações de respostas entre os atletas. Em média utilizou-se um tempo de 35 minutos para realização dessa atividade.

4.4 Análise Estatística

Para análise dos dados foram utilizadas as medidas descritivas (média, desvio-padrão) e para as análises inferenciais serão utilizados teste paramétricos “t” para

amostras independentes, ANOVA One Way e o teste não paramétrico Kruskal Wallis.

(31)

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Inicialmente, foi avaliada a normalidade dos dados, os quais se não apresentaram anormalidade, bem como não foram encontrados outliers e missing. Os dados descritivos da amostra são apresentados na Tabela 1.

Tabela 1. Comparação entre sexo e dados descritivos

Dados Descritivos

Homens Mulheres

Idade 16,97 ± 1,54 16,75 ± 1,76

Tempo de

Prática

2,81 ± 0,38 2,91 ± 0,28

Treino por

semana

2,70 ± 1,35 2,50 ± 1,12

Intensidade 2,2 ± 2,20 1,96 ± 0,56

Os resultados a seguir serão apresentados conforme os objetivos específicos, para que ao final possa responder o objetivo geral deste estudo. Assim, o primeiro objetivo especifico foi avaliar a preferência de atividade de lazer de jovens atletas. Os resultados demonstraram que o hábito Lúdico obteve a maior freqüência (54,5%), seguido dos hábitos Hedonistas (39,3%) e o Instrutivo com 5,4%. Estes resultados podem ser explicados, já que por se tratar de atletas, os hábitos lúdicos tem relação direta com a atividade física e os jogos. Deste modo indivíduos que praticam um esporte regularmente, tende realizar outras práticas esportivas em seus momentos de lazer, levando o lazer como uma prática lúdica (QUEIROZ, SOUZA, 2009; SILVA, 2011).

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Gomes (2009) à falta de tempo, de motivação e de organização do tempo. É possível que , estes fatores levem a criação do estereótipo de que todo atleta ou profissional de Educação Física lêem pouco e se não se envolvem com estudos, sendo estigmatizados como “desinteressados” (BEILOCK, MCCONNELL, 2004; BONATO, SARRIERA, WAGNER, 2006; PEREIRA, MAIA, SAMPAIO, MELO (no prelo)).

Tal reflexão pode ser entendida segundo Formiga e Dias (2008), os hábitos Hedonistas e Lúdicos não se mostraram consistente frente à variável de rendimento escolar, mas hábitos de lazer Instrutivos são capazes de contribuir para a formação escolar e cultural dos jovens, assim como, na prevenção do fator de proteção a conduta de risco.

Assim, o pouco interesse pela leitura segundo Formiga, Ayroza e Dias (2005), poderia tornar os jovens capazes de escolhas de lazer diferenciadas e exclusivas, sendo que, o baixo interesse pela leitura se contraponha ao prazer dos hábitos hedonistas. Por fim, afirma-se que os hábitos hedonistas têm a preferência dos jovens, em parte, devido ao seu caráter prazeroso (BONATO, SARRIERA, WAGNER 2006; MATTHEWS, 2006).

Silva (2011) avaliando o rendimento escolar de praticantes e não praticante de atividades físicas observou que aqueles que praticavam atividade física tiveram um melhor rendimento escolar do que os nãos praticantes. Porém cabe ressaltar que praticantes de atividade física são diferentes de atletas, já que estes últimos devem se dedicar mais tempo e esforço para que se consiga destacar nas competições. Iwantschuk e Navarro (2011) avaliaram as mesmas variáveis e não encontram influência significativa da atividade física em relação ao desempenho escolar.

Atendendo ao segundo objetivos, relacionado à diferença na escolha de atividades de lazer entre o sexo. A tabela a seguir apresenta os resultados encontrados.

Tabela 2. ANOVA Two-way para comparação entre sexo e hábitos de lazer

Hábitos Homens (55) Mulheres (58) p

Hedonista 2,53 ± 0,64 2,69 ± 0,70 0,21

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Instrutivo 1,85 ± 0,81 2,55 ± 0,90 0,001*

* diferenças significativas

Foram encontradas diferenças significativas entre homens e mulheres nos hábitos de lazer lúdico (p=0,001) onde os homens atletas apresentaram maiores escores do que mulheres atletas, bem como nos hábitos instrutivos (p=0,001) onde mulheres apresentaram maiores escores do que os homens. Não foram encontradas diferenças significativas para os valores dos hábitos hedonistas, porém observa-se que estes hábitos apresentam valores alto quanto relacionados aos outros dois hábitos de lazer.

Os dados encontrados não se apoiam ao estudo de Sales-Nobre et. al. (2009) que registraram que adolescentes homens preferem hábitos hedonistas. No presente estudo este resultado caracteriza-se pela amostra ser composta por atletas, já que atletas possuem característica de personalidade mais hedonista (OGLETREE, DRAKE, 2007; QUEIROZ, SOUZA, 2009; SILVA, 2011).

Ainda no estudo de Sales-Nobre et. al. (2009) as adolescentes mulheres apresentaram uma preferência por hábitos instrutivos o que corrobora nossos achados. Segundo Sarriera et. al. (2007) meninas dedicavam-se as atividades artísticas, culturais e atividades escolares enquanto os meninos preferem brincar e realizar atividades mais individualistas com assistir TV, jogar vídeo game.

Para Colley et. al.(1996) e Pfeifer, Martins e Santos (2010) mulheres adolescentes preferem atividades que envolvam socialização, como promover comemoração para amigos e/ou comunidade e conversar com amigos e/ou parentes e ajudar nas atividades de casa enquanto os homens são mais interessados em atividades de lazer que envolvam aventura, competição sendo estas mais agressivas.

(34)

Para atender o terceiro objetivo do estudo, gerou-se uma ANOVA Two Way. Os resultados estão apresentados na tabela 3.

Tabela 3. Comparação entre perfil Psicológico de Gênero e hábitos de Lazer.

Perfil Psicológico Hábitos

Hedonista Lúdico H. Instrutivo

Het. Feminino 2,52 ± 0,74 1,69 ± 0,78 2,35 ± 1,02

Isoesquemático 2,63 ± 0,65 2,08 ± 0,83 2,19 ± 0,85

Het. Masculino 2,66 ± 0,65 2,00 ± 0,76 2,06 ± 0,97

p 0,40 0,05* 0,73

Observou-se que existe uma diferença significativa somente para os hábitos lúdicos (p=0,05) onde indivíduos heteroesquemáticos femininos apresentam valores mais baixos que os isoesquemáticos e heteroesquemáticos masculinos. Porém, cabe ressaltar que, com relação aos hábitos hedonistas a variação numérica vai do perfil masculino para o perfil feminino sendo este o menor valor. Já com relação aos hábitos instrutivos esta relação é inversa onde o perfil feminino apresenta maiores valores que o masculino, passando pelo perfil isoesquemático, o qual apresenta valores sempre medianos quando comparados aos perfis masculino e feminino.

Em geral, características tipicamente masculinas como autodisciplina, autoconfiança, objetividade, baixa tensão e menos nível de ansiedade revelam que os atletas apresentam traços da masculinidade em sua personalidade, ou mais especificamente, nos esquemas de gênero presentes no autoconceito. Estes traços de personalidade podem auxiliar na escolha de hábitos de Lazer (BEILOCK, MCCONNELL, 2004; CUSTÓDIO, 2007).

(35)

prazer individual e imediato que são traços característicos da masculinidade (GIAVONI, 2000; MATTHEWS, 2006; GIAVONI, TAMAYO, 2010).

Corroborando esta relação do hedonismo com a masculinidade, Melo (2008) frisa o termo Hedonismo, quando foca ao perfil dos sujeitos idiocêntricos, caracterizandos estes indivíduos como aqueles que buscam o prazer e gratificação sensual individual e desfrutar da vida. Para a autora os aspectos de estimulação e de autodeterminação, criatividade, exploração, independência, liberdade, curiosidade, auto-resposta e escolha das próprias metas são alguns exemplos de masculinidade.

Ainda de acordo com Bonato, Sarriera, Wagner (2006), os hábitos instrutivos caracterizaram-se um efeito positivo no autoconceito, sendo o contato com livros, revistas e jornais favorecem a competência academia, a visita a familiares proporciona contato social, percebendo-se hábeis para fazer amigos e são característicos da feminilidade, atestando assim, nossos resultados.

Para Melo (2008) e Harrison et. al. (2009) indivíduos com perfil psicológico mais feminino tendem a apresentar traços como sensibilidade, responsabilidade, organização e buscam metas mais coletivistas. Estes tendem a ter hábitos Instrutivos, uma vez que, estes hábitos são condizentes com sua personalidade.

(36)

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados permitem concluir que jovens atletas possuem hábitos de lazer mais lúdico e hedonista. Que homens atletas possuem maiores escores nos hábitos lúdicos e que mulheres atletas apresentam maiores escores com relação os hábitos instrutivos. Não há diferenças destes atletas com relação aos hábitos hedonistas, porém esta característica é referenciada com altos escores, demonstrando que independente do sexo, atletas possuem traços hedonistas em sua personalidade.

Ao avaliar se o perfil psicológico de gênero influenciava no habito de lazer destes atletas, encontrou-se diferença apenas no habito lúdico, porém os escores dos hábitos hedonistas e instrutivos demonstram que há uma relação entre hábitos hedonistas e masculinidade e hábitos instrutivos e feminilidade. Os sujeitos com perfil isoesquemáticos apresentam valores medianos (entre o masculino e feminino) para todos os hábitos.

Um dos aspectos relevantes do presente estudo, portanto, é a sua contribuição cientifica visto a necessidades de estudos relacionando o autoconceito de gênero e hábitos de lazer. Informando que hábitos hedonistas têm caráter mais masculino e hábitos instrutivos mais femininos. Assim sendo, o lazer de adolescentes homens está relacionado diretamente com o seu autoconceito, ou seja, indivíduos heteroesquemáticos masculino preferem mais atividades hedonistas, de prazer próprio. E no caso das adolescentes mulheres, sua escolha refere-se mais a hábitos instrutivos, relacionados ao social e convívio familiar.

Em função dos resultados encontrados, este estudo demonstra uma nova expectativa sobre atletas praticantes de modalidades coletivas, ao relacionar sua escolha de lazer ao esquema cognitivo formadores do autoconceito. Fato esse, envolvendo não somente a área da Educação Física, mas também uma ligação com a área da Psicologia, ajudando a identificar suas preferências relacionadas ao lazer e conhecendo suas características psicológica de gênero.

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Figura 2: Campos dos grupos tipológicos dos esquemas de gênero  Fonte: Leite, Giavoni, 2009.
Tabela 1. Comparação entre sexo e dados descritivos  Dados  Descritivos  Homens   Mulheres   Idade  16,97 ± 1,54  16,75 ± 1,76  Tempo  de  Prática  2,81 ± 0,38  2,91 ± 0,28  Treino  por  semana  2,70 ± 1,35  2,50 ± 1,12  Intensidade  2,2 ± 2,20  1,96 ± 0,5
Tabela 2. ANOVA Two-way para comparação entre sexo e hábitos de lazer  Hábitos  Homens (55)  Mulheres (58)  p
Tabela 3. Comparação entre perfil Psicológico de Gênero e hábitos de Lazer.

Referências

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