Matéria:HISTÓRIA
Professor: CAMILA KÉZIA
Sociedade Colonial: estrutura
econômica, política, social e cultural
O Período colonial divide-se em dois períodos, o Período Pré-Colonial e o Período Colonial
Período Pré-Colonial (1500 – 1530)
Marcado pela concentração no Litoral
Dois grandes grupos indígenas: tapuias (interior) – tupis-guaranis (litoral)
Exploração do pau – Brasil pelos índios através do escambo e o armazenamento em feitorias
Expedições Guarda – Costas, para proteger o litoral das invasões e contrabando estrangeiro (o que não surtiu muito efeito)
Expedição de Martim Afonso de Souza (aproximadamente 1530) com intuito de povoamento e reconhecimento geográfico, com finalidade de se estabelecer uma unidade e defesa do território já que se tinha a não aceitação do Tratado de Tordesilhas pela França, Holanda e Inglaterra.
Estrutura Social: Eurocêntrica, marcada pela curiosidade e perplexidade dos índios em relação a figura dos europeus.
Estrutura Política: No Período Pré – Colonial ainda não possuía uma estrutura política própria do território, mais sim encaminhamentos da Metrópole (Portugal) para com o Brasil.
Estrutura Econômica: Baseava-se, na exploração do pau – Brasil, produto que fazia a moda na Europa pelo seu poder de tingimento (colorir roupas), lucro todo voltado à metrópole, sistemas de feitorias que inicialmente serviram de depósito para o pau – Brasil e posteriormente como fortes para auxiliar na defesa do Brasil; mão de obra dos índios na retirada da madeira pau – Brasil e tendo sua “remuneração” através do escambo (pratica de troca de utensílios ou manufaturas de baixa qualidade dos portugueses aos índios)
Estrutura Cultural: Podemos reconhecer como a predominante a cultura indígena das diferentes tribos, até porque, os índios se encontravam em maior quantidade do que os Portugueses.
Período Colonial (1530 – 1822)
Marcado em 1530 pela introdução do plantio de cana de açúcar e o início da substituição da mão-de-obra escrava indígena para africana (início do conhecido e sombrio tráfico negreiro)
Em 1534, o rei de Portugal Dom João III cria as Capitanias Hereditárias (na qual já tinha experiência, tendo implantado esse sistema em outras colônias portuguesas como a das Ilhas das Madeiras e Açores), para garantir a posse da terra, estabelecer uma fiscalização e administração sobre a mesma.
As Capitanias Hereditárias foi a primeira divisão política do Brasil, sendo estruturada judicialmente por dois documentos a Carta de Doação (Que explicitava os direitos sobre a terra) e a Carta de Foral (Que deixava claro os deveres do Capitão Donatário – Dava-se esse nome ao detentor da posse da Capitania) – Esclarecendo no organograma abaixo:
Governo Geral
Para solucionar o problema com as Capitanias Hereditárias, foi criada uma administração colonial intitulada Governo Geral
O Governo Geral era uma forma de Centralizar Administrativamente a colônia o que agradava alguns Capitães Donatários que ansiavam por uma fiscalização e controle sobre as Capitanias – O que sucede em um longo embate entre o Localismo Político e o Centralismo Político
O Governo Geral se constituía do Governador Geral (incentivava a criação de engenhos), o Ouvidor-mor (responsável por assuntos judiciários), o Provedor-mor (responsável por assuntos financeiros) e o Capitão-mor (responsável pela defesa do litoral) – o Governo Geral se constituía no esboço do poder público no Brasil, uma forma de ter mais controle sobre a
colônia
O Governo Geral ainda atendia aos interesses absolutistas e mercantilistas, pois centralizavam o poder (Absolutista) e transformava a colônia em um reduto de exploração da Metrópole (Mercantilista), ainda inaugurava-se no Brasil o Pacto – Colonial (Forma de exclusiva relação política, financeira e econômica entre a colônia (Brasil) e Metrópole (Portugal), esmiuçando uma forma de canalizar todas as riquezas do Brasil para Portugal)
No período do Governo Geral tivemos três Governadores Gerais: Tomé de Souza – Boa Administração (1549 – 1553), Duarte da Costa – Má Administração (1553 – 1558) e Mem de Sá – Boa Administração (1558 – 1568). Vamos Entender o Funcionamento do Governo Geral e seus periféricos no organograma abaixo:
Ciclo Açucareiro
O açúcar se adequa ao Brasil muito bem, devido a fatores como, clima, mão- de-obra, solo fértil e o plantation. O açúcar foi no Brasil uma economia complementar e especializada para agradar interesses mercantilistas e foi também estática (pois não havia mobilidade social, ninguém mudava de classe pela plantação da cana) e agrária (pouca tecnologia empregada)
As maiores áreas produtoras : Bahia e Pernambuco
Economia Agraoexportadora
Mão de obra escrava
Monocultura
A Sociedade do Açúcar
A sociedade colonial no período açucareiro era uma sociedade patriarcal (devido à condição que o Senhor de engenho detinha na sociedade e
exercia sobre ela e a família), machista (pois só os homens tinham cargos públicos, podiam participar ativamente da sociedade, e a mulher não), preconceituosa (devido à questão histórica, do negro, pobre ou outra etnia ser inferior ao branco, rico; os que mais sofriam com esse
preconceito eram os escravos, os ex-escravos (alforriados), ciganos,
índios, prostitutas entre outros, intolerante (quanto à aceitação de outra pessoa que não seja rica e branca), conservadora (apegada ao
dogmatismo da Igreja e aos costumes medievais da Europa) e escravista
(dependência dos escravos para as atividades diárias e difíceis como na
lavoura)
A Decadência do Açúcar
A concorrência do Açúcar das Antilhas (na América Central, controlada pela Holanda após a restauração em Portugal e a expulsão dos
holandeses de Portugal e da colônia eles assumiram a produção nas
Antilhas) provoca a queda do preço do açúcar em mais de 50%, e isso
determina o fim do monopólio Português sobre o produto. Foi o início
da decadência da Empresa Açucareira no Brasil – final do século XVII
Ciclo do Ouro no Brasil
Entradas e Bandeiras,
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Entradas eram expedições interioranas que visavam capturar índios para comercializar como mão-de-obra escrava, busca por metais
preciosos, por plantas, árvores, animais que poderiam ser lucrativos.
expedição financiada por Portugal, e
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Bandeiras (Os Bandeirantes) eram movimentos de expedição autônomos, e ainda tinha as
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Bandeiras de Prospecção que também recebiam benefícios da Coroa, mais qualquer um dos movimentos que descobrissem jazidas de metais preciosos ganhariam incentivos da Coroa portuguesa como títulos
nobiliárquicos e retribuições.
Em uma dessas expedições interioranas foi-se descoberto jazidas de ouro na atual região de Minas Gerais, na qual começou um ritmo frenético de exploração que se intercalava com a possibilidade de mudança social.
Rapidamente o boato de ouro se espalhou, o que trouxe estrangeiros
(principalmente portugueses) e pessoas oriundas de outras regiões do país
(Sul, Nordeste e Norte). Dentre todo esse alvoroço na região das Minas, os
Bandeirantes exigiram exclusividade na exploração, afinal eles que
tinham descoberto as Minas, e os outros povos não aceitaram os
argumentos dos Bandeirantes, assim teve-se início a Guerra dos
Emboabas (Emboabas – Forasteiros, pessoas que não eram dali)
esse Período houve um crescimento intelectual e o início dos questionamentos sobre o pacto colonial e o sistema colonial, tanto das elites que não agüentavam mais pagar impostos com da recém surgida classe média. Ideias Iluministas eram importadas e trazidas por estudantes brasileiros que iam cursar a Universidade na Europa (nesse período o Brasil não possuía Universidades e esses jovens cursavam principalmente em Portugal e França, redutos de ideias Iluministas de Liberdade, Igualdade e fraternidade) e voltavam ao Brasil repletos de novas ideias emancipacionistas e liberais, o que vai movimentar uma corrente no Brasil que dará o primeiro passo a caminho da Independência – a Inconfidência Mineira
Dentre outros destaques que nascem ou evoluem com o ciclo do Ouro no Brasil destaca-se também as artes, tanto literárias quanto plásticas (Escultura e Pintura). Na escultura, destacaram-se: Valentim Fonseca e Silva (Mestre Valentim, RJ), Francisco das Chagas (O Cabra) e Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho, MG). Na Pintura, destacaram-se: O Baiano José Joaquim da Rocha e o mineiro Manoel da Costa Ataíde (Mestre Ataíde). Na literatura, destaca-se o Estilo Arcadismo, uma mistura do rococó com o Iluminismo, do rococó foi tirado a graciosidade, o gosto pelo bucólico e pela mitologia Greco – romana.
Do Iluminismo o arcadismo herdou a clareza e a simplicidade racional, seus principais escritores foram: Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e Alvarenga Peixoto.
Leia o texto abaixo:
Considerando o contexto histórico da época Moderna apresentado no texto precedente, julgue os próximos itens.
A produção dos engenhos das Alagoas na Capitania de Pernambuco voltava-se
essencialmente ao consumo interno da população urbana que surgia na região, apesar da importância do açúcar para o comércio internacional da metrópole portuguesa.
C. certo E. Errado