• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA"

Copied!
41
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O AUTISMO NA INFÂNCIA

Por: Erika Cristina Lourenço Magalhães

Orientador

Prof. Fernanda Canavez Magalhães

Rio de Janeiro 2012

(2)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O AUTISMO NA INFÂNCIA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicopedagogia.

Por: Erika Cristina Lourenço Magalhães

(3)

RESUMO

Este estudo se propõe a discutir as maiores dificuldades do portador da síndrome de autismo na infância, apontando as principais características do transtorno, tais como: dificuldades de interagir socialmente e dificuldades no processo de aprendizagem.

Apontei algumas definições sobre a síndrome do autismo, seus principais critérios de diagnóstico e a variedade de intervenções que existem para se tratar esse transtorno.

Nesse estudo também foi destacado a questão do autismo e a inclusão escolar, onde é abordada a necessidade de se fazer uma nova escola com diferentes profissionais, uma escola igual para todos. Na educação inclusiva o psicopedagogo terá que ter a habilidade de entender o diferente cotidiano escolar que há nessas escolas, fazendo o uso de diferentes abordagens psicopedagógicas para um bom desempenho cognitivo do aluno especial.

Em geral, investigar a síndrome do autismo é importante, pois se revela uma doença que interfere extremamente no convívio social e no processo educativo dessas crianças de modo a ser pertinente que os pais, colegas e educadores saibam proceder na ajuda da melhoria dos sintomas dessa doença.

.

(4)

METODOLOGIA

O método utilizado na produção desta monografia foram livros e revistas do referente assunto, filmes que relatam a síndrome do autismo, pesquisas na internet e conhecimentos adquiridos no próprio curso.

(5)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I - Aspectos Gerais da Síndrome do Autismo 08

CAPÍTULO ll - Tratamento 17

CAPÍTULO lll - Autismo e Inclusão 27

CONCLUSÃO - 38

BIBLIOGRAFIA 39

ÍNDICE 41

(6)

INTRODUÇÃO

Esta monografia visa estudar e compreender os transtornos ocasionados pela síndrome do autismo na infância.

Essa síndrome é classificada como transtorno global do conhecimento e costuma manifestar-se aos três anos de idade, desenvolvendo em maior proporção em meninos do que em meninas.

Leo Kanner (1943) foi um dos primeiros autores a explicar a doença, embora Kanner não tenha chegado a conclusões definitivas observou-se uma alteração no funcionamento cerebral que altera o comportamento dessas crianças com autismo.

O estudo que será desenvolvido neste trabalho visa elucidar algumas dúvidas referentes ao tema ainda pouco discutido nos dias de hoje, principalmente nas escolas.

O presente trabalho iniciou-se abordando no primeiro capítulo, a questão da síndrome com seus aspectos gerais, identificando, por exemplo, as suas maiores dificuldades no processo de aquisição de suas habilidades funcionais, tendo como características principais, o comportamento estereotipado, a dificuldade que o autista tem de socialização, a falta de contato visual, a cegueira mental onde o autista não compreende o contexto do que está sendo dito, ele entende tudo de forma literal devido a sua dificuldade de imaginação e comunicação, entre outros.

No decorrer da investigação foram citados no segundo capítulo, vários tipos de abordagens terapêuticas e psicopedagógicas para se tratar o autismo, é importante que o diagnóstico seja feito precocemente para se obter uma intervenção eficaz.

Também é preciso muita dedicação dos psicopedagogos e terapeutas para desenvolver um trabalho que ajude realmente a criança que passa por esse transtorno, com profissionais especializados para lidar com as diferenças e dificuldades dos alunos.

(7)

No terceiro capítulo foi destacada a importância da educação inclusiva para as crianças portadoras de necessidades especiais, colocando como proposta uma mudança no sistema educacional das escolas e no pensamento de alguns educadores que têm dificuldades em lecionar em uma classe especial, e principalmente para uma criança com síndrome do autismo, já que esta possui uma dificuldade maior em fazer o uso da linguagem verbal.

O que me levou a ser motivada por esse tema foi tratar a questão do autismo com maior clareza a fim de elucidar aos educadores e interessados no assunto, as maiores dificuldades ocasionadas por essa doença.

(8)

CAPÍTULO I

ASPECTOS GERAIS DA SÍNDROME DE AUTISMO

A síndrome do autismo é um transtorno sem determinada causa, entendido também como transtorno global do conhecimento (TGD), esse transtorno é estudado há mais de 50 anos, e tem sido de suma importância para os pediatras, psicólogos e psiquiatras infantis, pois quando não detectado muito cedo, a criança autista poderá ter dificuldades ainda maiores para desenvolver o seu lado cognitivo, posto que a síndrome do autismo manifesta- se por desvios de comunicação, comportamento e imaginação afetando dessa forma o uso da linguagem e o seu modo de interagir.

As crianças autistas costumam ser muito diferentes das outras, por desenvolverem, por exemplo, um comportamento estereotipado como apontar para o dedo de quem está apontando e não para o local indicado, ou não devolver a bola quando é jogado para ela. O autista indica o que necessita através de gestos, não estabelecem contato visual e choram sem motivo aparente. Preferem a rotina evitando, assim, situações diferentes, tais como, pessoas ou lugares novos, quando ocorre o contrário pode levar a um comportamento agressivo da criança. O autista tem dificuldade de interagir socialmente, é incapaz de compartilhar sentimentos, gostos e emoções e também dificuldade em discriminar diferentes pessoas.

É importante atentar-se a certos comportamentos de isolamento e falta de emoção e de comunicação. Nesse caso, talvez, a criança tenha autismo.

Para os psicanalistas, a experiência clínica com autistas dá provas inequívocas de que o enlace significante, do qual depende o organismo para constituir-se como corpo, não é um dado natural. No sujeito humano, a aquisição do controle sobre o corpo, para a realização até mesmo de suas ações mais

(9)

primárias, não depende apenas do desenvolvimento biológico, necessita de um impulso a mais: uma ação específica do Outro. (RIBEIRO FERNANDES, 2000)

Segundo a ASA-AUTISM SOCIETY OF AMÉRICA, (1999), “o autismo é um distúrbio de desenvolvimento, permanente e severamente impactante.”

O autismo surge geralmente na primeira infância, pesquisadores mostram que surge de1 a cada 10 pessoas aproximadamente, ocorre mais em meninos do que em meninas, entretanto, essa questão não é padronizada, o importante é que se possa ser observado os sintomas desde o nascimento, essa síndrome acomete indivíduos independente da raça.

O autismo pode estar associado a uma possível falha genética, ou talvez dificuldades na gestação ou no parto, como por exemplo, alterações no sistema nervoso, como taxa de serotonina alta no sangue, a dificuldade de aceitação da mãe para o feto e infecções,porém, ainda não se tem uma real causa sobre o distúrbio.Estudos com gêmeos sugerem que a hereditariedade está intimamente ligada ao transtorno e que a origem esteja numa combinação de genes, e não em um único gene isolado.

Ainda não foi comprovado que o transtorno autista está ligado ao ambiente em que o portador vive, porém, Leo Kanner (1943) concluiu que diversos pais de autistas possuem características comuns que podem contribuir para o autismo como, poder aquisitivo elevado, falta de emoção, obsessão em algo, inteligência superior aos demais e etc.

A síndrome do autismo também pode ser definida como sendo uma desordem mental onde o portador tem dificuldade de interação. O retardo mental afeta a maioria dos autistas, sendo estes mais propensos a auto mutilação e atitudes descontroladas como morder a mão e bater a cabeça repetidamente.É uma alteração cerebral que afeta a capacidade da pessoa se comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente.

As crianças com autismo levam mais tempo para aprenderem o que os outros sentem ou pensam, como, por exemplo, saber que a outra pessoa está

(10)

satisfeita porque deu um sorriso ou pela sua expressão ou gesticulação, a criança autista se limita a fazer amizades. Também se prende a exclusivos objetos e vive uma vida rotineira. Há também uma resposta mínima aos métodos convencionais de ensino- aprendizagem.

Segundo López, 2000 a síndrome do autismo em crianças está ligada a esquizofrenia infantil, ou seja, a esquizofrenia poderá estar sendo manifestada precocemente.

O portador da síndrome do autismo não tem capacidade de reunir várias informações como outra pessoa não autista, ele não age com coerência.

Se uma pessoa, por exemplo, pede a uma criança autista para abrir a porta para uma alguém que tocara a campainha, ela somente abrirá a porta, não entendendo que há um processo de interação que ao abrir a porta ela deveria pedir a pessoa que tocou a campainha para entrar.

Há dificuldade para entender o processo, a aplicação do uso da linguagem com a interação.

As crianças autistas não percebem o significado e a ordem das coisas, tendo dificuldades em discriminar palavras e correlacionar as figuras,não ocorre um input sensorial, enquanto as crianças com desenvolvimento do cérebro normal usam a fala normalmente.Eles interpretam a linguagem de forma muito literal, expressões sutis com duplo sentido, metáforas ou ironias podem ser incompreensíveis.

Não se pode esquecer que o autismo é um transtorno dentro de um grande espectro. E cada criança autista tem um grau diferente de autismo, em que cada uma tem sua característica e seu conjunto próprio de necessidades.

No relacionamento interpessoal, quando há grau leve de anormalidade, a criança evita olhar o adulto nos olhos, demonstra dificuldade quando é forçado a falar com o outro, é tímido e não é tão sociável com um adulto, quando uma criança que não é autista,l fica junto aos familiares de forma mais intensa que outras crianças da mesma idade.

No grau moderado, a criança autista quer ficar isolada, é necessário esforço persistente para obter sua atenção. O relacionamento pode ser impessoal Há um contato mínimo por parte dela.

(11)

No grau severo a criança é isolada realmente não se dando conta do que o adulto está fazendo, nunca responde aos esforços dos adultos ou estabelece contato, somente depois de muitas insistentes tentativas pra obter sua atenção tem algum efeito positivo.

É de suma importância que pais,professores e mediadores estejam atentos a essa questão, porém, tomando o devido cuidado, sem definir a capacidade de uma criança autista, tal atitude poderá desencadear uma falta de interesse da criança autista em tentar.

Determinadas crianças com espectro do autismo são capazes de memorizar listas telefônicas, falar sem parar sobre um determinado assunto, ou um acontecimento histórico, por exemplo. Desta forma eles tentam suprir a sua dificuldade de comunicação. Isto é chamado de “ecocalia”, não necessariamente o autista entende as palavras usadas naquela situação, geralmente não tem um contexto, o diálogo é usado de forma inadequada.

Em outras situações o portador de autismo por sentir-se incompreendido tende a ter atitudes fora do controle, podendo ficar agitado ou isolado.

Outro exemplo é uma criança autista aficionada por esportes estando em um determinada festa e começa a falar sobre futebol com alguém por sentisse incomodado em estar ali, mas tem dificuldade de expressar tal sentimento.

O psicopedagogo deve estar atento a este tipo de caso, fazendo com que a criança passe a ter perguntas e respostas sociais adequadas, é necessário lembrar sempre que o portador da síndrome do autismo usa de certos comportamentos para poder comunicar-se, já que não consegue fazê-lo através da linguagem verbal. É importante abordar minuciosamente essa questão, investigando a vida da criança, sua família e as pessoas com que ela convive, pois os fatores externos podem ser determinantes.

Os autistas aprendem de modo diferente das outras pessoas, pois como foi citado anteriormente têm dificuldades de mudarem suas rotinas, eles precisam de um ambiente estruturado, seja em casa ou em alguma instituição educacional.

(12)

O autismo pode ocorrer isoladamente ou em associação com outros distúrbios que afetam o funcionamento do cérebro, tais como síndrome de Down e epilepsia. Não é necessariamente uma doença mental, uma pessoa, por exemplo, pode ser totalmente deficiente mental sem ter as características do autismo, porém, o autista pode não ter uma total deficiência mental, mas vai ter uma dificuldade de interação e de imaginação pelo menos.

O autista não utiliza a linguagem como os demais, ocasionando, assim, atraso na comunicação, aproximadamente a metade dos que sofrem de autismo é muda e, a outra metade (aqueles que falam), geralmente é capaz apenas de reproduzir mecanicamente aquilo que escuta, a criança autista costuma desenvolver o seu lado comunicativo mais tarde do que as outras crianças, algumas aprendem determinados vocábulos mais cedo, mas depois esquecem,não são capazes de reunir diversas informações de forma coerente como uma pessoa com o desenvolvimento de um cérebro normal, a não ser em alguns casos quando o autista é aficionado por uma determinada coisa, eles não entendem a essência do que está acontecendo. Se um professor diz ao aluno: “Atenção ao caderno.” Entende-se que será um exercício a ser ditado ou escrito no quadro logo em seguida, o autista entende essa linguagem de forma literal, ele conclui idéias erradas por terem dificuldades em relacionar detalhes como figuras, objetos e o contexto que é a situação.

Essas características, dentre outras a serem citadas, são até os dias de hoje, objeto de investigação para psicólogos e psicopedagogos constatarem se a criança possui algum espectro do autismo.

Há alguns anos, as alterações de linguagem apresentadas por autistas foram consideradas apenas uma característica do transtorno, porém, atualmente as questões de linguagem são consideradas como um dos principais problemas do Autismo.

A maior parte das crianças autistas veem os objetos em parte, não se concentram no todo. Um carrinho de brinquedo, eles enxergam separadamente, a roda, o volante, as portas, cada peça por vez.

(13)

Também não veem figuras como um todo, em uma fotografia, por exemplo, eles irão concentrar-se em detalhes miúdos como o guarda-chuva que a pessoa estava segurando, ou o óculos no seu rosto.

Ao mostrar uma figura para uma criança autista ela irá reconhecer apenas o que lhe interessar em vez de entender o que realmente a pessoa quer que ela veja.

Outra característica importante são os interesses sensoriais dos autistas que se concentram no cheiro, no paladar, na textura, no som e não no objeto como um todo, mesmo que esteja segurando ou tocando nele, se interessam por um determinado som excluindo o outro. Os autistas demonstram mais interesses por padrões, sensações ou músicas. Acham que atentando a tudo isso pode reduzir a sua ansiedade, assim se sentem mais a vontade em interagir com o individuo que é para eles uma experiência que os deixam ansiosos.

As expressões faciais para as crianças com espectro da síndrome do autismo é de difícil identificação já que eles enxergam as pessoas com características faciais individuais e não como uma expressão facial geral.

Há também a dificuldade com a imaginação, o autista não se concentra em ideias claras e definidas, não consegue evoluir numa brincadeira, geralmente brinca sózinho, quando não há alguma intervenção do responsável que tenta socializar a criança. A imaginação é muito importante nestes casos porque ajuda no aprendizado da criança, e no desenvolvimento mental, já que brincando a criança começa a ter mais criatividade, ela evolui por conta da imaginação.

A grande maioria dos autistas desenvolve a imaginação com o passar dos anos, embora seja mais lenta, podem ser muito criativos usando de outros canais baseando-se menos na impressão ou intuição e mais na lógica. Por exemplo, ao invés de desenhar uma casa, ele começa desenhando o que tem dentro dela ou a sua lateral, forma em partes. Para eles brincar de fazer comidinha é ilógico, já que é difícil imaginar que é só um faz de conta, que os objetos de plásticos não são para comer.Com a imaginação limitada é difícil ter criatividade em certos aspectos.

(14)

A percepção temporal do autista também é atingida já que requer imaginação pensar no futuro. O passado está na memória em fatos, o autista se baseia mais no presente, é difícil diferenciar dias e meses.

A dificuldade de socialização faz com que a criança autista tenha uma pobre consciência da outra pessoa, é responsável em muitos casos pela falta ou diminuição da capacidade de imitar que é um dos pré-requisitos para o aprendizado e também pela dificuldade de se colocar no lugar do outro e compreender os fatos a partir da perspectiva.

Existe ainda a cegueira mental. Outra característica importante do portador da síndrome do autismo, onde ele não compreende o que os outros estão pensando, não entende o seu ponto de vista. Ocorre quando os indivíduos têm muita dificuldade em assimilar as ideias e o ponto de vista dos outros, não compreende o estado mental da outra pessoa, que inclui crenças, desejos, pensamentos, conhecimentos e intenções. Também não mostram interessem em brincar com outras crianças e não conseguem lidar com a frustração.

Com a cegueira mental, os autistas ficam limitados a certas aptidões sociais, comunicativas e imaginativas, eles têm dificuldades de entrarem no mundo real e se coloca adverso a tudo que é do mundo externo.

A cegueira mental envolve circuitos cerebrais especificamente relacionados ao processamento de informações sociais. Alguns estudiosos chamam isso de Teoria da Mente (TOM) essa teoria constitui a capacidade de supor o que as outras pessoas pensam ou sentem, é um sistema responsável pela inferência de uma gama de estados mentais a partir do comportamento do indivíduo.

Uma criança com síndrome do autismo grave pode ter o TOM totalmente enfraquecido, mas em sua maioria apresenta somente retardo no seu desenvolvimento cognitivo. Algumas dessas crianças desenvolverão o TOM mais tarde e em menor grau. Algumas pessoas acham que as crianças com autismo tratam as outras como objetos, mas a questão é que ocorre a cegueira mental, por isso, as interações sociais são extremamente difíceis a essas crianças.

(15)

Em determinadas ocasiões somos atingidos por stress ou por ansiedade socialmente podendo até prejudicar a nossa confiança. Os autistas não são diferentes, sendo que a sua ansiedade dificulta ainda mais o desempenho social.

Desde o nascimento já é possível perceber certas diferenças no bebê quando há suspeita de autismo. O bebê não responde aos estímulos de outras pessoas e não interage a elas ou a objetos, limitando a sua atenção apenas a determinadas coisas.

Por vezes, algumas crianças têm o seu comportamento alterado só após os primeiros meses, isso faz com que os pais demorem a perceber que tem algo errado, muitos insistem em dizer que o comportamento diferente é próprio de cada criança. Infelizmente tais atitudes levam a um atraso no tratamento.

Quanto mais cedo a síndrome for detectada, melhores são o desenvolvimento e o aprendizado da criança.

O diagnóstico deve ser feito precocemente, observando o recém- nato até pelo menos os três anos de vida, toda criança deve ser testada durante as suas idas ao médico, para ver se ocorreu desenvolvimento normal de acordo com a sua idade. .

Se o médico identificar algo diferente no desenvolvimento da criança deve encaminhá-la a um especialista para que ele faça uma avaliação completa, para que se possa iniciar o tratamento educacional especializado o mais breve possível.

O diagnóstico oficial é dado aqui no Brasil a partir do CID 10.

Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados a Saúde-CID 10 Versão 2008.

Em algumas crianças são identificadas atrasos cognitivos e comportamentais antes delas serem diagnosticadas com autismo e ,assim, podem receber uma educação especial ou a intervenção precoce.

Para saber se uma criança desenvolveu a síndrome do autismo é necessário entrevista e histórico do paciente, não há um exame laboratorial que comprove que a criança é autista. O médico pode executar certos testes para procurar outras causas de desordem cerebral.

(16)

O diagnóstico é feito com base na observação das características do indivíduo, se a criança interage,sorri, ou se há atraso na comunicação,porém, raramente é conclusivo antes dos dois anos de idade, e a idade média mais freqüente é superior aos trinta meses.

A linguagem costuma melhorar com a idade. Essa condição é facilmente identificada na escrita. Por outro lado a coordenação motora ampla é muitas vezes superior a média, levando muitos autistas ao atletismo.

Quando o diagnóstico é feito detalhadamente são fornecidas informações importantes sobre o desenvolvimento e o comportamento do indivíduo a ser estudado. Pode funcionar como um guia de tratamento identificando as dificuldades específicas, além de ajudar aos pais e aos orientadores sobre quais necessidades e habilidades a intervenção deverão trabalhar. Um diagnóstico também é importante para que os portadores de autismo tenham direitos a serviços e benefícios específicos que são concebidos pelas autoridades de educação e saúde.

Com relação ao tratamento da criança autista o que será abordado no próximo capítulo, é imprescindível que ela passe por uma intervenção adequada com profissionais que tratem bem do assunto e seus familiares.

.

(17)

CAPÍTULO Il TRATAMENTO

Não há especificamente uma cura para o autismo, o que ocorre é um tratamento que faça com que o portador desse transtorno tenha uma vida mais independente e próxima dos demais, tratando os sintomas da doença.

A síndrome do autismo possui algumas causas, tais como, rubéola gestacional, esclerose, virose, infecção e outros, no entanto, não chegaram ainda a uma conclusão do que pode ocasionar o autismo, a única certeza que os pesquisadores têm é de que essa doença ocorre devido a um distúrbio que há dentro do sistema nervoso central.

O autista não controla o movimento do seu corpo, tornando-se estereotipados, e tendem a ter dificuldades em simbolizar os elementos, em entendimento de espaço e tempo. Exercícios de psicomotricidade são indicados para a melhoria dos sintomas nesses casos.

Atualmente, a abordagem psicopedagógica e terapêutica do autismo vem sendo mais fácil, pois antes não existiam tantos recursos para o tratamento do transtorno. As crianças costumavam ficar restritas a instituições precárias ou internatos especializados, no caso da família que possuíam recursos.

Porém, o tratamento psicopedagógico evoluiu muito nos últimos tempos, com estratégias que trabalham a habilidade da criança de analisar, sintetizar, ter percepção do que ouve e do que vê.

Na intervenção da síndrome do autismo é necessário o apoio de toda a família e um grupo de profissionais, que inclui psicopedagogos, terapeutas, enfim, especialistas treinados que colocarão o tratamento em prática em uma instituição especializada, em casa ou em uma sala de aula. É importante ressaltar que quanto mais cedo iniciado o tratamento, maiores serão os benefícios para todos.

(18)

O tratamento deve ser iniciado antes dos 3 anos de vida, pois nessa fase a criança tende a naturalizar melhor as palavras com as idéias expressadas, e define-se melhor o diagnóstico, porém, pode ocorrer de os sintomas não serem notados, geralmente os pais preocupam-se somente quando a criança não consegue falar as palavras corretamente ou quando não conseguem falar absolutamente nada.

Por muitas vezes o comportamento agressivo da criança autista ocorre devido aos problemas de comunicação, o psicopedagogo deve trabalhar essa questão elaborando intervenções funcionais, com brincadeiras que o submeta a algumas regras, como por exemplo, trabalhar a adequação da criança ao meio social, atentando ao fato de que o portador da síndrome foca somente nos objetos e não nas brincadeiras diferente das outras crianças.

Impor atividades lúdicas estimula a comunicação, a percepção e principalmente a imaginação da criança. Essas três questões são características principais das dificuldades dos autistas, por isso, devem ser tratadas tão profundamente.

Nessas atividades é importante que o psicopedagogo estabeleça um início, meio e fim da brincadeira, pois o autista pode ficar horas correndo ou pulando sem dizer que está cansado, daí a necessidade de colocar sempre um fim às brincadeiras realizadas.

O psicopedagogo deve estar atento em como a criança está evoluindo com o tratamento verificando, por exemplo, se ele brinca da mesma forma que no dia anterior, se mudou a sequência da atividade ou se esqueceu de realizar alguma tarefa.

Na abordagem da melhoria de interação social os terapeutas costumam trabalhar a relação dos pais com a criança, ensinando como interagir com o outro, como conseguir estabelecer uma conversa com o colega ou com os seus familiares. Ao colocar a criança com autismo em trabalho de interação com o outro, também irá se trabalhar o desenvolvimento da fala, como conhecer um colega, enfim,dessa forma é desenvolvido várias estratégias de modo a facilitar a socialização da criança.

(19)

O indivíduo autista só conseguirá melhora no desenvolvimento de suas habilidades, se tratado com intensidade e dedicação. O objetivo do psicopedagogo e terapeutas é auxiliar a criança a resgatar o comportamento aceito pela sociedade.

Recomenda-se como complemento ao tratamento da criança com autismo, altas doses de exercícios físicos, auxiliando no tratamento da depressão e ansiedade, como hipismo, caminhadas, jogos e colocam como atividade mais importante a natação, já que o indivíduo autista se sente mais a vontade com atividades realizadas na água.

Existem ainda alguns medicamentos que, embora não sejam específicos para se tratar o autismo, poderão ajudar no alívio dos sintomas, como os neurolépticos, que melhoram o aprendizado, e ajudam na diminuição da agitação, os anti opróides que diminuem a agressividade e o comportamento estereotipado dessas crianças e também as anfetaminas que tendem a melhorar a atenção, como toda medicação há efeitos colaterais, por isso, devem ser prescritos sempre com orientação médica.

Alguns especialistas como BALLONE, (2003) acreditam no uso da dopamina para ajudar no desenvolvimento cognitivo da criança com autismo e, também os medicamentos haloperidol, risperidona e pimozida na diminuição do comportamento estereotipado e agressivo.

Outras drogas serotoninérgicas também vêm sendo avaliadas por outros médicos no que diz respeito ao tratamento do autismo. BALLONE,(2003)

A fenfluramina, por exemplo, substância química ligada à serotonina libera neurotransmissores que ajudam na melhora dos sintomas da síndrome, e a clomipamina após ter sido administrada em pacientes autistas foi percebido que houve modificação no comportamento dos mesmos, no relacionamento com as pessoas e nos seus estereótipos.

Apesar de existirem diversos medicamentos que auxiliam na cura do autismo conclui-se inevitavelmente que as hipóteses levantadas por estudiosos não foram suficientes para que somente a psicoterapia ou uma determinada medicação fossem suficientes na recuperação dos portadores de autismo. O trabalho da psicopedagogia vem ganhando espaço nessa questão.

(20)

O psicopedagogo durante o tratamento não trabalhará somente com a criança, mas também com a família, oferecendo recursos que ajudarão na questão da interação com o mundo, em como livrar-se do comportamento inadequado que os autistas produzem no seu dia-a-dia.

É importante colocar que as maiores dificuldades da criança autista são a simbolização, a construção de ideias para se chegar a um contexto e a relação com o que há em sua volta, sendo necessário que o psicopedagogo aproxime-se dele, penetrando em seu mundo, para poder trazê-lo para fora, envolver-se de forma plena com a criança, atuando com diversos tipos de intervenção, organizar atividades observando se a criança as desempenha sempre da mesma forma e registrando a evolução delas. E também orientar os pais em como prosseguir no tratamento em casa.

O tipo de tratamento e a dedicação dos pais e profissionais na área, também determinarão a eficácia do tratamento.

Se possível, é recomendada educação especial com professores especializados no assunto, educadores que possam acompanhar o desenvolvimento comportamental e cognitivo da criança.

A síndrome do autismo compromete o funcionamento da linguagem, e nessa questão o fonoaudiólogo, trabalha com técnicas que visam a melhoria da fala, onde a criança autista possa compreender o valor de comunicar-se associando o significante com o significado.

A intervenção feita corretamente, com estratégias de tratamento que levem em conta as necessidades da criança, abordando as questões sociais e comunicativas, ajudará o autista a ter novas habilidades, como por exemplo, usar as palavras corretas, tentando colocá-las em um contexto não literal e livrar-se ao máximo do comportamento inadequado. As crianças autistas que falam têm grandes chances de melhorarem a sua expressão, apresentando, desta forma, um prognóstico bastante positivo.“

Há um modelo de terapia chamado método TEACCH – “Treatment and Education and Comunication Handicapped Children”, que significa tratamento e educação de autistas e crianças com limitações relacionadas à

(21)

comunicação, onde o autista é tratado individualmente, em cada particularidade e todos os dias.

De acordo com cada criança o profissional, psicopedagogo ou terapeuta trabalha com determinados objetos e mais tarde, em outra etapa, passam pra outros objetos que sejam mais funcionais, com o propósito de desenvolver na criança a autonomia, a habilidade de se comunicar socialmente e a praticidade de suas funções do dia-a-dia.

É possível ainda, dependendo de cada criança, complementar o tratamento da síndrome do autismo com a musicoterapia, hidroterapia e esportes.

Os terapeutas trabalham junto com os nutricionistas no combate ao tratamento da síndrome do autismo, sendo necessária uma dieta equilibrada com nutrientes específicos, que ajudam no controle metabólico do organismo de cada criança.

A criança com autismo tende a selecionar os seus alimentos, principalmente se associados a algum desconforto na hora da alimentação, como por exemplo, a constipação, alergias ou diarréia, portanto, é importante o acompanhamento alimentar dessa criança.

Eles costumam resistir a uma dieta saudável, é importante que no moento da refeição os pais os estimulem a comsumir de forma variada, evitando assim, que a criança tenha alguma falta de nutrientes, vitaminas e minerais em seu organismo.

Além disso, devem ser feitos periodicamente exames que constatem se há intolerância a certos alimentos como o glúten e o leite.

Substâncias como o glúten e a caseína depois de processados pelo organismo transformam-se em gluteomorfinas e caseomorfinas, causando muito mal ao organismo.

Já foi constatado, inclusive que essas substâncias têm o mesmo efeito que drogas como a morfina e heroína, podendo causar alguma dificuldade cerebral.Tais drogas também aumentam os sintomas da doença, fazendo com que a criança se isole com mais e se desconcentre com mais freqüência.

(22)

Os nutricionistas pedem que também sejam retirados da dieta os corantes, pois estes colaboram no aumento do comportamento hiperativo da criança autista.

Alguns dados referentes à alimentação ideal do autista mostram que o ômega 3 e probióticos, quando adicionados a dieta, há melhoria no aprendizado e na atenção.

Há também as vitaminas, como complemento alimentar, sendo sempre que ser receitada pelo médico, devido ao alto risco que as crianças têm de se intoxicarem com muitas doses.

A nuthera, por exemplo, é rica em vitamina B6 e magnésio, ela é indicada para crianças com autismo devido a sua ação neurotransmissora e metabólica, reduzindo os distúrbios do sono e a hiperatividade em alguns casos, porém AM outros pacientes com autismo, não foi notado melhora satisfatória.

A ritalina, foi aprovada pelo “National Istitute for Health and Clinical Excellence” (NICE) e vem sido prescrita nos casos em que a criança é hiperativa, contudo, outra medicação aprovada recentemente, o “adderall”, apresenta efeitos colaterais menores que a “ritalina”, tornando-se mais eficaz na opinião dos terapeutas.

As crianças autistas que entram em um quadro depressivo, existem algumas medicações, associadas as citadas acima, dentre elas está o “prozac”

que atua na modificando os níveis de serotonina, substância neurotransmissora relacionada aos transtornos do humor.

De acordo com alguns pesquisadores também há uma medicação chamada “hypericum”, que muitos pais consideram mais segura de serem administradas por ser uma medicação natural.

Dentro de diversos tratamentos existe a terapia ocupacional que tem como principal objetivo melhorar a coordenação motora e a percepção visual da criança com autismo, para que ela possa fazer a sua higiene, alimentar-se e vestir-se sem ajuda, recuperando, assim, sua autonomia.

A fisioterapia é um importante auxiliar nesse processo, posto que alguns autistas possuem um atraso motor significativo com baixo tônus muscular, o

(23)

fisioterapeuta junto com o terapeuta ocupacional auxiliará no combate à falta de coordenação e resistência da criança.

Com uma abordagem adequada o terapeuta ocupacional elabora atividades com situações cotidianas que estimulam o raciocínio, levando a melhora da aprendizagem.

Na “Behavior Therapy”, os terapeutas especialistas em entender o comportamento do indivíduo, tentam compreender, no caso do autista, o que o deixa tão pessimista com relação ao mundo, o que o faz ter pensamentos depreciativos e trabalha modificando sua rotina escolar e familiar.

Contraposta à terapia behaviorista está a terapia “Developmental” que intervêm construindo o que é de interesse da criança, trabalhando com o que mais o aficiona. Essa terapia trabalha no desenvolvimento de habilidades específicas, como vestir-se, escovar os dentes, colocar os sapatos e etc.

É necessário que o terapeuta envolva-se plenamente nesse labirinto com a criança, para se encontrar na face e no verso do espelho, junto a ela, mas sem se confundir com sua imagem, marcando seu contorno, mas deixando que se transborde o incipiente labirinto que ela irá construindo à medida que se desenvolve na cena infantil. (SAMPAIO, 2004)

Compreendendo o desenvolvimento da doença e as dificuldades de cada criança, os fatores externos e psicológicos que agridem ainda mais o portador da síndrome, o terapeuta vai preparar tarefas com o objetivo de reintegrar as funções cognitivas, motoras e perceptivas da criança,que ajudem o autista a compreender as noções de tempo, entendendo melhor a realidade e o contexto da situação.

Essa terapia faz-se necessária, posto que o autista não consegue ter noção de espaço e de tempo, já que seus pensamentos são compreendidos de forma visual e concreta, eles não conseguem interpretar as questões do mundo externo, portando a realidade deles é completamente diferente dos demais.

(24)

Existe também a terapia sensorial, é um tratamento complementar onde o terapeuta procura ajudar a criança autista a desenvolver melhor os seus sentidos e os seus movimentos, posto que não ocorre o processo de integração sensorial nesses indivíduos, pois seu sistema nervoso central não consegue ter habilidade de absorver e organizar ideias adequadas que as informações trazem pelos seus sentidos. O autista não consegue processar as sensações do ambiente as sensações que o corpo recebe.

A terapia de integração sensorial é indicada quando se percebe que a criança não está processando as informações recebidas adequadamente o que acarreta à dificuldade de aprendizagem.

As crianças com espectro do autismo apresentam notórias dificuldades de equilíbrio e compreensão dos sentidos, nessa questão, o terapeuta irá trabalhar o sistema vestibular, proproceptivo e táctil, portanto exercícios de pula-pula, subir e descer, levantar-se etc, ajudarão a desenvolver os estímulos que estão desequilibrados desses sistemas.

Essa terapia de modo geral é trabalhada em conjunto com a terapia ocupacional, já que a percepção e o entendimento dos sentidos, olfato, tato, paladar, audição de quem tem autismo são desordenados, o sentido da visão é o principal para o autista, por isso trabalhar a linguagem é o mais difícil para os terapeutas, a terapia sensorial ajuda a melhorar o processamento sensorial do indivíduo, de modo que ele possa compreender as informações mais difíceis e, também contribui na mudança periódica das brincadeiras e atividades realizadas na escola e em casa com sua família, aumentando as habilidades e os estímulos da criança.

Um dos recursos adotados por terapeutas através da terapia sensorial,é a terapia do abraço (holding therapy) que trabalham a questão do autista querer isolar-se e não ter nenhum contato físico com o outro.

Especialistas, como psiquiatras, psicanalistas e pediatras, especulam que a criança autista se isola porque é rejeitada e não devido a um distúrbio neurológico, porém essa teoria não foi aceita pelos demais estudiosos.

Em outro tipo de tratamento denominado análise do comportamento aplicado, ensina-se a criança autista a desenvolver as habilidades que lhe

(25)

faltam, atribuindo recompensas quando elas acertam determinadas ações ou respostas designadas a elas.

A avaliação da criança é feita individualmente de forma que o terapeuta possa perceber o que mais a sensibiliza, o terapeuta sensorial elabora atividades às vezes com ajuda de um fisioterapeuta, com brinquedos como, balanços, escorregadores, trampolins e etc. Atividades que levem a um estímulo dos sentidos e estímulos físicos, procurando compreender como o cérebro está processando as informações recebidas por seus estímulos.

Os exercícios devem ser feitos em lugares organizados e bem estruturados, que seja aconchegante para a criança, sendo ideal atividades realizadas em um ambiente externo, pois foi observado que, a criança autista evolui no tratamento ao ter contato com a natureza e com os animais .

É importante que os pais participem auxiliando o terapeuta no momento das atividades, e dêem prosseguimento em casa, colocando como parte da rotina, pois o autista costuma adaptar-se a atividades rotineiras.

Também há a linha psicanalítica adotada por alguns psicólogos e psicopedagogos onde estão sendo obtidos resultados bastante satisfatórios.

A terapia psicanalítica, assim como os outros tratamentos é feita em conjunto com os pais, trabalhando sempre o sistema cognitivo da criança, de modo que, ela consiga comunicar-se e interagir com o meio.

Se a intervenção se deu de maneira precoce, a abordagem terapêutica será mais promissora do que com outras crianças que obtiveram o diagnóstico de autismo tardiamente.

É necessário autoconfiança e não limitar-se somente a um tipo de tratamento, é imprescindível que o trabalho seja em conjunto complementando o tratamento com diversas atividades como esportes, manuseio de massas, pintura e outros, para que o sistema nervoso central da p criança possa ser estimulado.

O tipo de tratamento a ser escolhido deve considerar além do custo de cada família, a individualidade de cada criança, pois cada uma tem sua necessidade, ocorre que, uma criança com transtorno do autismo pode desenvolver um comportamento mais agressivo, estereotipado, ou atraso

(26)

maior na fala do que a outra, ou seja, deve se analisar as limitações de cada criança antes de começar uma intervenção.

No próximo capítulo será abordada a questão da inclusão das crianças autistas e toda a problemática de ensino-aprendizagem que os envolvem.

(27)

CAPÍTULO III

AUTISMO E INCLUSÃO

A educação inclusiva busca colocar na sala de aula e em escolas regulares, alunos heterogêneos como os portadores de necessidades especiais, não só as crianças autistas, mas também aqueles que possuem dificuldade de locomoção, os surdos e os deficientes visuais.

A educação especial no Brasil iniciou em 1854, no antigo Imperial Instituto de Meninos Cegos, no Rio de Janeiro, hoje chamado de Instituto Benjamin Constant.

Em 1857 criou-se o Instituto dos Surdos-mudos (INES), também no Rio, ambos foram criados por pedidos das pessoas que naquela época tinham poder, não havia tanta preocupação com os demais, com o social daquele tempo.

Em 1874, após 20 anos, na Bahia, a educação especial foi surgindo gradativamente, começando a tratar dos problemas de deficiências das pessoas que viviam naquele tempo.

Nos dias atuais, apesar de ser dever do Estado e da família dar o direito à educação a todas as pessoas com ou sem deficiência e de todo o empenho dos profissionais de educação, a inclusão ainda não se tornou efetiva, ainda há muitos questionamentos e formalismo no que diz respeito ao currículo escolar.

Este assunto vem sendo tema de discussão no Brasil já faz algum tempo, antes a educação era realizada de modo que, os alunos eram apenas receptores, ou seja, os professores não interagiam com seus alunos, só despejavam informações.

Na escola de hoje, houve uma mudança extrema em termos de educação, os educadores ensinam e aprendem com seus alunos, ocorre a troca de aprendizado, o aluno torna-se mais participativo e ativo e, não apenas detector de conhecimentos., mas ainda há alguns educadores que precisam mudar as suas considerações no que diz respeito ao ensino, aquela escola que visa atender somente ao aluno ideal, para ser inclusiva deverá incluir

(28)

qualquer sujeito que queira aprender, sendo especial ou não, procurando reconsiderar os seus atos.

A proposta da inclusão implica na mudança de um paradigma educacional para o que vem sendo traçado que é a igualdade do sujeito em sala de aula, deixando de lado as diferenças culturais, étnicas, religiosas, enfim tudo o que corresponde à diversidade humana.

Não adianta simplesmente conseguir a matrícula em uma escola regular para as crianças especiais, é preciso que se tenha educação de qualidade para todos e professores capacitados para lidar com as diferenças. É necessário que o professor dê sentido ao que está sendo ensinado para o aluno, pois para ele o aprendizado só é válido quando ele interioriza ou assimila o que está sendo dito pelo professor,

Um ensino igual para todos não se restringe a instruir os alunos com suas antigas modalidades de educar, currículo escolar, os serviços prestados, burocracias e etc.

A proposta da inclusão é uma escola com o rompimento de sua estrutura organizacional, com mudança de conceitos educacionais para que se encaixe na educação escolar inclusiva.

Diante de toda essa situação, a escola não pode deixar de avaliar a necessidade de colocar alunos inclusivos, quebrando as diferenças.

Também não dá para fazer inclusão sem investimento financeiro, pois com alunos com necessidades especiais, é preciso que a escola faça adaptações não só curriculares, mas também adaptações físicas para esses alunos. Tratar da inclusão hoje, é tratar de uma forma muito mais ampla do que trabalhar as questões especiais.

A pior das inclusões é a inclusão mal feita. E o pior de tudo é a pseudo- inclusão, por exemplo, colocar a criança no canto desenhando algo, enquanto o professor dá conta do restante da turma. Muitos educadores usam desses artifícios para poderem dá as suas aulas.

Não existe atuação psicopedagógica sem a preparação do professor, da ajuda da família e da adaptação do aluno.

(29)

O psicopedagogo terá que ter a capacidade de entender o cotidiano escolar, saber como lidar com as situações apresentadas em uma escola inclusiva é um grande desafio para esse profissional.

Ele tem que estar pronto para observar o aluno, ter competência comunicativa, e fazer o uso de diferentes abordagens pedagógicas para que o aluno autista venha a ter um bom desempenho cognitivo, principalmente se tratando de crianças com autismo que têm o desenvolvimento cognitivo comprometido desde o nascimento, ocorrendo maior dificuldade na linguagem o que dificulta o processo de alfabetização.

Por conta disso, essas crianças desenvolvem a fala mais tarde do que as outras.

Segundo Montoan (2003), todos os alunos têm direito a vida social e educativa dentro das escolas regulares, pois a inclusão social não foi elaborada somente para apoiar as crianças especiais, o apoio também deve ser feito a todas as crianças que necessitam de educação de um modo geral, e a todos os profissionais que trabalham na escola, para que a inclusão possa ser levada adiante.

Para que a educação se torne realmente inclusiva os educadores têm que estar atentos aos desejos dos alunos e não ao que dizem sobre eles, prestar atenção no potencial e na capacidade de dada um e não olhar só para as suas limitações.

O verdadeiro professor ou pedagogo enxerga o aluno além das suas deficiências, não diferenciando, mas tendo uma postura adequada sem subestimar a criança para que a mesma possa desenvolver da melhor forma possível o seu lado cognitivo.

A inclusão não demanda somente a questão do espaço, mas sim a mudança no nosso sistema de ensino nas escolas, a mudança e pensamento de alguns professores que pensam não conseguirem ensinar se tiver um aluno com algum tipo de dificuldade de aprendizagem ou motora.

Quando se trata de educar uma criança com síndrome do autismo, talvez seja necessária mais dedicação dos professores, é necessário que os educadores dêem sentido e estímulo ao que está sendo

(30)

ensinado,pois,dependendo do grau da doença, eles irão entender somente através do uso da palavra falada.

Os professores de classes regulares falam durante toda a aula, repetindo as explicações, e dando detalhes das habilidades a serem dominadas, como por exemplo, como cortar o papel usando a tesoura, chamar por alguém, como escrever uma frase, ou até mesmo como resolver um cálculo.

Também é imprescindível o apoio dos colegas de classe durante o desenvolvimento social da criança com autismo.

No caso das explicações verbais, elas são mais eficazes para os alunos com autismo, enquanto para os demais geralmente eles não tão producentes, vai depender do nível cognitivo que cada aluno tem.

Mesmo aqueles que costumam expressar-se muito bem, podem demorar a entender a uma explicação do educador quando ele se dá somente pele forma verbal.

Apesar de tudo isso, os professores não devem usar somente a linguagem verbal em sala de aula, pois a dependência dessa modalidade pode se tornar frustrante para o educando e para o educador.

O professor deve planejar a sua aula sem diferenciações, porém prestando atenção em como cada um entende melhor a matéria. Com crianças autistas a linguagem a ser priorizada deverá ser a fala, e procurar atividades usando ferramentas em que o aluno possa trabalhar a sua dificuldade de interação, está é também de uma forma de trabalhar a inclusão social nas escolas, fazer com que o aluno desenvolva diversos tipos de atividades com o colega em sala.

É importante que o professor compreenda os diferentes aspectos e características que essa síndrome apresenta, pois dessa forma, será mais fácil promover uma mudança no desenvolvimento infantil da criança.

No que se refere a crianças com dificuldades, portadoras do transtorno do autismo, o desafio para o educador é ainda maior, posto que o comportamento estereotipado dessas crianças representa um entrave

(31)

significativo para o convívio social, dificultando sua integração ao ambiente escolar.

A maioria tem grande dificuldade para executar uma tarefa, devido à falta de concentração. A sua dificuldade em aprender está relacionada principalmente ao atraso na aquisição da linguagem, pois isso altera o processo de desenvolvimento verbal e da escrita.

Quando se trata de educar no sistema de inclusão as crianças autistas, o processo torna-se bastante criterioso, pois mesmo os pedagogos e professores que já estudaram sobre a doença, quando estão com eles em sala de aula, não conseguem lidar de forma adequada com esse transtorno, posto que a maioria não esta familiarizada com a síndrome, ou seja, não estão acostumados com a característica da doença e com o comportamento estereotipado desses alunos. Dificultando dessa forma o relacionamento interpessoal.

Os alunos com autismo não conseguem desenvolver no aprendizado se a escola não considerar as suas necessidades, pois eles aprendem de um modo muito característico, ser hábil e ter conhecimento, são questões completamente diferentes para eles.

Quando o convívio da criança com autismo é estimulado com outros alunos da mesma idade há um desenvolvimento maior na competência social.

É de suma importante que, os professores tenham uma formação continuada adequada, onde eles possam se possível durante o curso ter contato com essa crianças, antes de lidarem diretamente com elas na classe.E que a escola inclusiva também tenha um profissional especializado, como um psicopedagogo ou psicólogo, que busque atender diferentes casos.O ideal é que se tenha um mediador para cada aluno.

A escola assume-se como uma instituição social anti discriminatória, na qual todos os estudantes, com ou sem problemas, integrados ou marginalizados, são acolhidos, na qual a exclusão é igual a zero, na qual todos podem se considerar proprietários dum bem social e dum sentimento

(32)

comunitário profundo que é a inclusão total de todas as crianças na escola independente da sua diversidade biossocial.

(FONSECA STOBÁUS e MOSQUERA, 2004)

A educação especial aparece como principal mediadora, pois se fundamenta na questão da diferença entre as pessoas.

Pensando no que a escola, no que o ensino, dita como diferente, ou seja, no que é considerado de educação inclusiva, os professores têm que colocar o aluno ou a aluna, independente dele ser especial, junto com os demais colegas, participando de todas as atividades para que ele se sinta dentro daquele determinado grupo.

Para isso o educador terá que ter um olhar amplo, buscando compreender os diversos alunos que estão em sala de aula, estimulando atividades que levem a inclusão social.

A psicopedagogia poderia considerar o ser humano como unidade de complexidades, ou seja, como ser pluridimensional com uma dimensão racional, uma dimensão afetiva/desiterativa e uma dimensão relacional, esta última implicando um aspecto contextual e um aspecto interpessoal. (SILVA,1998, p. 29-30)

A educação inclusiva vem sendo desenvolvida da seguinte forma:

O aluno estuda diariamente e em tempo integral na escola; ou o aluno estuda diariamente, mas em meio período; o aluno estuda na classe regular algumas vezes durante a semana no tempo total de aula; ou o aluno estuda algumas vezes na semana em meio período de aula.

Em todos esses casos, praticamente, os professores utilizam recursos especializados de uma escola com educação especial, geralmente, nas melhores escolas, há fonoaudiólogo, terapeutas, psicopedagogos, nutricionistas e outros.

Porém, há muitos outros casos em nosso país em que a escola ainda não se encontra preparada pra lidar com a inclusão, para que ocorra uma mudança significativa nesse modo de ensino, os profissionais de educação

(33)

precisam quebrar barreiras, romper com determinados valores, repensar categorias, no que diz respeito ao ensino aprendizagem, fazendo com que se crie novos paradigmas na educação brasileira.

Esses problemas são ligados principalmente ao professor, é ele que precisa romper com a idéia de normal para que a escola entre no campo das diferenças.

Com isso, determinadas desvantagens e falta de crédito que as crianças especiais têm nas escolas seriam desfeitos.

Para que a educação seja inclusiva é preciso mudar o conceito sobre a questão do educar com um modo de ensino voltado para a cidadania global, que valorize cada ser humano e que o reconheça livre de preconceitos.

É direito de todo o cidadão que a educação seja disponível e natural sem discriminações. Devemos aprender a conviver com todos, com a perspectiva de se formar uma nova geração de estudantes baseado em um projeto educacional de inclusão social.

A falta de inclusão está presente das piores maneiras e quase sempre o que ocorre é a ignorância do aluno (dito normal pela sociedade) frente aos padrões das escolas regulares.

A estrutura curricular em nossas escolas é organizada em disciplinas, separando e isolando os conhecimentos a serem ad quiridos, ao invés de reconhecer as suas inter-relações.

O sistema de ensino também se estrutura a partir de um pensamento retórico, que dividir os alunos em deficientes e normais, o modo com que os professores ensinam é regular e especial, são especialistas, em uma ou em outra diferença, que acontece devido a um olhar formal e determinista do pensamento científico moderno.

Há inúmeros relatos sobre a questão da inclusão nas escolas. Essa polêmica leva a discussões com professores e profissionais de saúde em geral, que trabalham com crianças portadoras de deficiência.

A inclusão escolar também faz com que os pais que adotem o seus conceitos tradicionais e professores de educação especializada que temem perder o espaço nas escolas.

(34)

Portanto, o ensino escolar não pode ser pensado e concretizado a partir da idéia de uma formação integral do educando, há de ter um desempenho e dedicação diária e reconhecer os valores que cada aluno especial tem.

Para muitos, a inclusão é algo inovador, porém a sua proposta vem sendo distorcida por alguns profissionais educadores, porém é preciso persistir nessa ideia e continuar colocando nas escolas regulares alunos com diferentes tipos de necessidades , não importando a dificuldade que a criança tenha, pois está na constituição que a educação é um direito de todos, portanto todos têm que respeitar essa lei.

Os professores devem colocar em foco a aprendizagem, desempenhar a sua função da melhor forma possível, para que todos os alunos consigam compreender o que está sendo passado; estimular o diálogo e o instinto de cooperação e também ensiná-los a serem solidários e criativos.

Isso não deve ficar só entre os alunos, os funcionários da escola, administradores, diretores, todos juntos, devem ser cidadãos integrando-se uns com os outros.

A inclusão e a integração embora pareçam iguais são empregadas para expressar diferentes tipos de situação.

Na integração escolar ocorre especificamente a inserção escolar dos alunos especiais nas escolas regulares, mas o termo também é compreendido de modo a juntar todos os alunos em escolas especiais para pessoas com deficiência, ou mesmo em classes, grupos ou residências para deficiências.

Com relação à integração escolar, o aluno possui uma gama de possibilidades de aprender, que vai da inserção às salas de aula do ensino regular ao ensino em escolas especiais.

A integração escolar ocorre dentro de uma estrutura educacional que leva ao aluno a oportunidade de conhecer o sistema de ensino da classe regular ao ensino das crianças especiais, das aulas comuns as aulas que ocorrem nos hospitais, ensino nas residências e outros lugares.

A escola também deve valorizar o papel do professor, que é imprescindível pra que tudo funcione.

(35)

Os antigos paradigmas vem sendo avaliados, a diversidade humana está cada vez mais desvelada e destacada, surgindo assim um novo paradigma do conhecimento e do aprender.

Com a integração social todos os alunos ganham, pois estes têm a chance de aprender com as diferenças dos outros alunos e com isso, também surgem instituições querendo apoiar a educação igual para todos.

Apesar de tudo isso nem todos os alunos especiais conseguem ingressar no ensino regular, pois ocorre antes uma seleção para verificar quais alunos que estão prontos para a integração.

Na seleção, é colocada em questão a necessidade de alguns programas escolares serem individuais, como por exemplo, um trabalho específico com o fisioterapeuta ou psicólogo, nada que o separe do grupo, são apenas exercícios próprios para a criança especial, além dos que são feitos com a turma, currículos escolares, avaliações especiais e redução dos objetivos especiais para compensar a capacidade de aprender. Todos os alunos têm que se adaptar a rotina exigida pela escola.

Os alunos autistas costumam variar no grau de inteligência, e nem todos estão prontos para a inclusão escolar, pois depende de uma série de condições da escola, de seus profissionais de ensino e da capacidade da criança.

Certas crianças com autismo são muito inteligentes e conseguem adaptar-se ao modo de ensino adotado pelas escolas regulares, apesar da dificuldade de socialização, posto que, apenas compreendem o seu mundo, não entendem o mundo humano social, sendo que algumas escolas embora aceitem as crianças portadoras de autismo nas escolas regulares não colocam o aluno no sistema de inclusão. Deixando muitas vezes o aluno de lado fazendo com que ele não aprenda realmente, e outras ainda negam a matrícula desses alunos, esquecendo-se da lei da inclusão.

Algumas crianças precisam procurar outras escolas, e os autistas que possuem a inteligência mais comprometida têm mais chances de entrarem nas escolas inclusivas.

(36)

A escola especial deve estar disposta a mudar o seu currículo e seu âmbito escolar de acordo com as necessidades de cada aluno, comprometendo-se a resolver uma mudança significativa de paradigmas em um contexto de educação que vise alcançar todos que desejam ingressar na escola.

A inclusão escolar vem sendo discutida em diversos contextos e o âmbito escolar é o local ideal para que a integração ocorra entre os alunos especiais e os demais, onde o convívio do aluno com o professor é muito importante.

A inclusão não leva em questão apenas as formas de politizar e organizar o ensino para as crianças especiais, mas também, leva em conta o próprio conceito de integrar os alunos portadores de deficiências mentais ou físicas, e tem por objetivo inserir a criança em um grupo de alunos que já tenham passado pela exclusão.

A integração tem por objetivo inserir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos, sem que nenhum aluno deixe de freqüentar a escola desde a infância

O sistema escolar que trabalha com inclusão busca uma proposta de organizar e sustentar o que cada aluno precisa.

Para a maioria das crianças o âmbito escolar é o único lugar em que elas podem adquirir conhecimentos diversos, elas acreditam que a escola é o melhor lugar para que eles possam criar sua identidade cultural e tornarem cidadãos dignos.

Contudo, é necessário levar em consideração a importância de implicar no processo educativo dentro e fora da escola, o educador deve elaborar estratégicas de ensino estimulem o desenvolvimento cognitivo do aluno.

Sabemos que não é fácil, é um caminho longo a se percorrer, mas precisamos estar atentos e com a mente aberta para a construção de novos conhecimentos.

Sem educação a exclusão poderá ocorrer com mais facilidade, é observado de acordo com as estatísticas que alunos que não conseguem se manter no ensino regular, muitas vezes se transformam em pessoas

(37)

delinqüentes, tornam-se indivíduos sem perspectivas, pois a maioria não adquire o conhecimento da leitura eliminando dessa forma o seu espaço na sociedade.

Não há mais tempo para a escola e todos os envolvidos nesse processo deixar de lado a idéia de que existem as diferenças, porém temos que saber lidar com elas sem discriminações e respeitando os valores e as origens dos outros, auxiliando os que necessitam de cuidados especiais.

(38)

CONCLUSÃO

Nesta análise inicial foi possível observar que algumas crianças muito precocemente apresentam diferentes graus de dificuldade no que diz respeito a relacionamento com outro e interagirem diante de situações sociais.

Essas crianças são portadoras de uma síndrome chamada autismo e suas características podem ser agrupadas na tríade principal como foi citado na monografia que são os desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação.

O portador de autismo não costuma agir como uma criança normal, no que diz respeito a compreensões complexas e fortemente emocionais.

A criança que tem essa doença apresenta um medo imcomparável aos demais, não faz contato diretamente com as pessoas, enfim tudo o que leve a questão afetiva.

A síndrome do autismo infantil apresenta questões muito complexas a serem tratadas ,com isso, são necessárias múltiplas abordagens que busque atender não somente a dificuldade da criança de interação e a parte educacional, mas visar uma questão fundamental que é estudar as causas da doença, definindo assim, o seu quadro clínico e adotar um tratamento que seja eficaz para a criança e a família.

Devido a um grande índice de procura para se entender a síndrome do autismo, e maior interesse por parte dos estudiosos, esse transtorno poderá ter melhores resultados futuramente, porém essas primeiras investigações ainda não foram suficientes para entender as diferentes características ligadas ao espectro do autismo.

É preciso maior investigação dos casos, não estudar somente a questão da deficiência, mas procurar trabalhar também com as competências sociais da criança autista.

(39)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARTES SEM LIMITES [Disponível em http://projetoasl.blogspot.com/2010]

BAÚ, Jorgiana.KUBO MITSUE, Olga. Educação especial, e a capacitação do professor para o ensino.Editora Juruá.2009

CARLOS SANTIAGO, José (2005) Autismo in: Abordagens para a Saúde e o Bem Estar. [disponível em WWW.jcsantiago.info/autismo]

EXPERIÊNCIAS EDUCACIONAIS INCLUSIVAS disponível em[portalmec.gov.br/seeesp/pdf

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra,1978.

HISTÓRIA DO MOVIMENTO POLÍTICO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO BRASIL disponível em [WWW.inclusive.org.br]

INCLUSÃO ESCOLAR E A NECESSIDADE in: Universo Autista- Estudos [disponível em WWW.universoautista.com.br/autismo 2012

(40)

MANTOAN,M.T.E. (1988). Compreendendo a deficiência mental: novos caminhos educacionais. São Paulo: Editora Scipione

SAMPAIO, Simaia (2011) Autismo- sujeito oculto in psicopedagogia Brasil [ disponível em WWW.psicopedagogia.com.br]

SILVA, M . C. A. e. Psicopedagogia: em busca de uma fundamentação teórica.

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.

WILLIANS,Chis. WRIGHT Barry.Convivendo com autismo e síndrome de asperger. Editora M.Books. 2010

.

(41)

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

RESUMO 3

METODOLOGIA 4

SUMÁRIO 5

INTRODUÇÃO 6

CAPÍTULO I

ASPECTOS GERAIS DA SÍNDROME DO AUTISMO 8 CAPÍTULO ll

TRATAMENTO 17 CAPÍTULO lll

AUTISMO E INCLUSÃO 27

CONCLUSÃO 48

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39

ÍNDICE 41

Referências

Documentos relacionados

Depois de fornecer as informações necessárias e concordar com os termos de pagamento, você poderá receber um código de ativação (“Código de Ativação”) para

Alegando que informações relativas ao seu nome não devem ser fornecidas, em folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da Justiça,

São discutidas figuras de mérito relativas ao incremento da complexidade computacional em função do aumento da carga de processamento (neste caso, número de usuários ativos no sistema

Dentre os artigos contemplou-se os temas de expressões de patrimônio histórico edi- ficado, patrimônio religioso e cultural, patrimônio material e imaterial, a relação deste com

Nota-se que o abandono afetivo parental viola direitos tutelados juridicamente pela Constituição Federal, pelo Código Civil e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente

O conteúdo deste texto aborda as principais funções da atmosfera, quais são suas camadas, do que ela é composta e sua importância para a manutenção da vida. A atmosfera

O Estado de Direito pode ser conceituado como uma pessoa jurídica política, juridicamente organizada e obediente às suas próprias leis. b) o Estado, para

Artigo 1º - A escolha dos membros do Conselho Tutelar do município de Caçapava será feita através de processo seletivo eliminatório consistente em curso