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ÁCIDOS E BASES ORGÂNICOS PROF.: MSC. TIAGO MARCEL OLIVEIRA

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Academic year: 2022

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ÁCIDOS E BASES ORGÂNICOS

PROF.: MSC. TIAGO MARCEL OLIVEIRA

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ÁCIDOS E BASES ORGÂNICOS

O estudo das substâncias orgânicas, suas propriedades e

reações envolve seu comportamento ácido ou básico, que será

objeto de estudo nesta unidade. Estes conceitos são úteis no

entendimento dos mecanismos de reação e na predição dos

produtos.

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QUEBRA HOMOLÍTICA E HETEROLÍTICA DE LIGAÇÕES

Uma ligação química é quebrada mediante ganho de energia. Se uma ligação covalente apolar é quebrada, o par de elétrons fica distribuído igualmente entre os dois átomos, e temos uma quebra (ou cisão) homolítica, formando-se radicais.

Se uma ligação covalente polar é quebrada, o par de elétrons não fica distribuído igualmente entre os dois átomos, e temos uma quebra heterolítica, formando-se íons.

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ELETRÓFILOS, NUCLEÓFILOS E RADICAIS

Dependendo de sua função na reação, um reagente pode ser classificado como eletrofílico, nucleofílico ou radicalar. Um eletrófilo (ou reagente eletrofílico) é deficiente de elétrons, e se comporta como um ácido de Lewis.

Exemplos: H+, Fe3+, Cl2, Br2, I2

Um nucleófilo (ou reagente nucleofílico) é rico em elétrons, e se comporta como uma base de Lewis.

Exemplos: OH-, CN-, RO-, HSO3-, NH3, H2O, ROH

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ELETRÓFILOS, NUCLEÓFILOS E RADICAIS

Um radical (ou reagente radicalar) tem um elétron desemparelhado e pode se ligar a outros radicais (formando uma ligação) ou a outros átomos (formando outros radicais).

Exemplos: R•, Cl•, Br•, I•

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CARBOCÁTIONS E CARBÂNIONS

Quando o átomo de carbono sofre uma quebra heterolítica, pode haver a formação de um átomo de carbono positivo, que é denominado carbocátion, ou um átomo de carbono negativo, chamado de carbânion.

Por exemplo, a reação entre o cloreto de ter-butila, (CH3)3CCl com NaOH (em um solvente adequado, que não reaja com nenhum dos dois) ocorrem em duas etapas, sendo a primeira a saída do cloro com a formação de um carbocátion, e a segunda a formação de uma ligação do carbono positivo com o íon hidróxido (o carbono positivo atuando como eletrófilo).

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Este carbocátion é terciário, e é mais estável que carbocátions secundários ou primários:

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Um carbânion é uma espécie com um átomo de carbono negativo.

Um exemplo de carbânion que podemos citar é um reagente Grignard, um composto contendo uma ligação do carbono com um metal (neste caso, magnésio). Como o carbono é mais eletronegativo que o metal, a ligação com o magnésio é polar e o carbono tem uma carga parcial negativa (𝜹 −), e o magnésio tem carga parcial positiva (𝜹 +)

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O carbono negativo atua como nucleófilo, doando sua carga negativa a um átomo deficiente de elétrons. A estabilidade de carbânions primários, secundários e terciários é o oposto da dos carbocátions:

Estabilidade do carbânion:

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REPRESENTAÇÃO DE MECANISMOS DE REAÇÃO

O conjunto de etapas de uma reação, com seus intermediários e caminhos, é chamado de mecanismo de reação. É o processo mental pelo qual estudamos um processo químico, que é essencialmente (na maior parte dos casos) uma reação ácido-base, em que uma espécie doa elétrons para outra.

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REPRESENTAÇÃO DE MECANISMOS DE REAÇÃO

Como escrevemos um mecanismos de reação? Utilizamos setas curvas para representar o movimento dos elétrons. As setas indicam o movimentos dos elétrons (do átomo ou ligação doador para o átomo receptor). As valências dos átomos devem ser respeitadas, portanto se uma ligação é feita em um átomo com as valências completas, outra deve ser desfeita (a atribuição de cargas formais estudada na Unidade I é de grande auxílio aqui).

Espécies que funcionam como catalisadores são introduzidas em certo momento e regeneradas depois.

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Exemplo: Equilíbrio entre dois isômeros da propanona,

catalisado por ácido (H

+

) ou por base (OH

-

).

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DEFINIÇÕES DE ÁCIDOS E BASES

O conceito de ácido e base, em suas origens, estava relacionado às suas propriedades organolépticas (ou seja, que afetam os sentidos humanos). Ácidos têm sabor azedo e muda a cor do papel tornassol azul para vermelho. Bases têm sabor adstringente e mudam a cor do papel tornassol vermelho para azul.

Conceitos mais precisos forma propostos por Arrhenius (1884), BrØnsted-Lowry (1923) e de Lewis (1923) proporcionam um entendimento melhor do comportamento de ácidos e bases e sistemas orgânicos.

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DEFINIÇÕES DE ÁCIDOS E BASES

De acordo com o conceito de Arrhenius, ácido é uma substância que se dissocia em água liberando íons hidrônio (H3O+) ou íons hidrogênio (chamados às vezes simplesmente de prótons, H+). Base é uma substância que se dissocia em água liberando íon hidróxido (OH-). A reação entre um ácido e uma base é chamada de neutralização.

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O conceito de BrØnsted-Lowry se baseia na ideia de protonação- desprotonação: ácidos são espécies que doam prótons e bases são espécies que recebem. O ácido que perde um próton se transforma em uma base, e uma base que ganha um próton se converte em um ácido. Ambos (o ácido e a base resultante, e a base e o ácido resultante) estabelecem um par ácido-base conjugado.

O HCl é o ácido que se converte no Cl-, sua base conjugada; a água é a base que se converte no ácido conjugado H3O+

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Exemplo: O conceito de Lewis não está relacionado ao movimento de prótons, mas a pares de elétrons: um ácido recebe pares de elétrons e uma base doa pares de elétrons. É o conceito mais abrangente dos três, e junto ao conceito de BrØnsted-Lowry é o mais usado no estudo de mecanismos de reações orgânicas.

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FORÇA RELATIVA DE ÁCIDOS E BASES

Ácidos e bases podem ser fortes ou fracos, quando comparados uns aos outros. Tomando a reação entre HCl e H2O, citada anteriormente, o ácido clorídrico protona a molécula de água pelo fato de ser o ácido mais forte. Sendo o ácido mais forte, forma-se a base mais fraca.

O equilíbrio de dissociação de um ácido fraco HA é dado portanto por:

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A constante de equilíbrio é chamada constante de acidez, Ka sendo dada portanto

É usual expressar este valor na forma de logaritmo:

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Quanto mais forte o ácido, maior a quantidade de ácido dissociado (H+ e A-) em relação ao ácido associado (HA), maior o Ka e menor o pKa.

Se estamos falando de uma base B: (com um par de elétrons para doar), a reação com H+ é dada por

A constante deste equilíbrio é a constante de basicidade Kb:

E, na forma de logaritmo:

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EFEITOS QUE AFETAM ACIDEZ E BASICIDADE

Podemos comparar a força dos ácidos, mesmo sem conhecer seus valores de pKa, a partir de suas características estruturais. Quanto maior a estabilidade da base conjugada, mais forte será o ácido.

Vamos analisar alguns aspectos que influenciam na acidez.

Elementos eletronegativos estabiliza a base conjugada: Comparando o pKa do CH4, NH3, H2O e HF (48, 33, 16 e 3, respectivamente), observamos que, quanto mais eletronegativo o átomo ligado ao hidrogênio mais forte o ácido.

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A base conjugada da primeira estrutura (ácido acético) apresenta estruturas de ressonância, o que torna a carga deslocalizada (este efeito não ocorre com a segunda estrutura, o etanol).

Deslocalização dos elétrons de uma base por ressonância: Este efeito também estabiliza a base, tornando o ácido conjugado mais forte.

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Efeito indutivo: Este efeito que foi abordado brevemente nesta unidade, e tem relação com o efeito da atração de elétrons de um átomo mais eletronegativo por outro menos eletronegativo. Este efeito diminui ao longo das ligações s, de modo que, quanto mais distante o átomo eletronegativo está do centro de carga negativa da base conjugada, menor a estabilidade desta base e mais fraco será o ácido.

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Hibridização do carbono que sustenta a carga negativa na base conjugada:

Carbonos com maior caráter s (ou seja, maior contribuição de orbitais s na formação dos orbitais híbridos – ver Unidade I) são mais eletronegativos.

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Força da ligação H–A: Quanto mais polar a ligação com o hidrogênio, maior a tendência de haver quebra heterolítica e mais forte o ácido. A força da ligação dependerá da eletronegatividade e do tamanho do átomo ligado.

A eletronegatividade diminui do flúor para o iodo, e o tamanho do átomo ligado ao hidrogênio aumenta.

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Efeito do solvente: Quanto mais bem solvatada for a base conjugada, maior será sua estabilidade. Bases conjugadas com mais impedimentos estéricos dificultam a solvatação.

Ambos os ácidos têm tamanhos semelhantes, mas o segundo apresenta mais ramificações, o que dificulta a solvatação da base conjugada e torna o ácido mais fraco.

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MUITO OBRIGADO!

Referências

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