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Academic year: 2022

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APOSENTADORIA ESPECIAL

PROF. ADRIANE BRAMANTE

ADRIANE BRAMANTE

(2)

CURRÍCULO

ADRIANE BRAMANTE DE C. LADENTHIN

Advogada. Mestre e Doutora pela PUC-SP. Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário - IBDP. Vice- Presidente da Comissão Especial de Direito Previdenciário da OAB/SP. Coordenadora do curso de pós-graduação da Atame Brasília e Goiânia. Coordenadora da pós-graduação de Direito Previdenciário da ESA/SP. Professora convidada dos cursos de pós-graduação da EPD, LFG, ICDS América Latina, PUC-PR, CPJUR,ESMAFE-PR, ESMAFE-RS, LEGALE, dentre outras. Autora do livro “Aposentadoria Especial. Teoria e Prática”. 5ª Edição Ed. Juruá; “Aposentadoria Especial.

Dissecando o PPP”, Editora Lujur.“Aposentadoria Especial no Brasil”. Editora Alteridade. Membro do Conselho Editorial da Revista de Direito Previdenciário da Editora LexMagister.

Instagram: @adribramante

(3)

A APLICAÇÃO DA LEI AO TEMPO DO PERÍODO TRABALHADO

TEMA VIGÊNCIA/EXIGÊNCIA LEI/DECRETO/PUBLICAÇÃO

Categoria Profissional (INSS) Vigente até a Lei 9.032, 28/04/95 Decreto 53.831/64 (Código 2.0.0) e Anexo II do Decreto 83.080/79

Permanência Exigida após 28/04/95 Lei 9.032/95. Súmula 49 TNU

Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho

Exigido após 13/10/96 (INSS) ou 05/03/97 (STJ) ou 10/12/97 (TNU)

MP 1523, de 13/10/96, regulamentada pelo Dec. 2.172, 05/03/97, convertida na lei 9.528, de 10/12/97

Equipamento de Proteção Coletiva Exigido a partir de 10/12/97 Lei 9.528/97

Equipamento de Proteção Individual Exigido a partir de 03/12/98 MP 1729, de 03/12/98 cv Lei 9.732/98 Código GFIP (Adicional do SAT) Exigido a partir da Competência 04/99 Lei 9.732/98 (90 dias depois)

Conexão com normas trabalhistas Exigido a partir de 03/12/98 Lei 9732/98* Decreto 3265/99 Técnica Utilizada no campo 15.5 do

PPP

Exigida a partir de 18/11/2003 (TNU) ou a partir de 01/01/2004 (INSS e CRPS)

Decreto 4882/03

(4)

O TEMPO REGE O ATO.

Art. 188-P Decreto 3.048/99, com redação do Decreto 10.410/20:

§ 6º A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerão ao disposto na legislação em vigor à época da prestação do serviço."

(NR)

Redação anterior, constava no Art. 70 § 1º, do Decreto 3.048/99:

§ 1

o

A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob

condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em vigor na

época da prestação do serviço.

(5)
(6)
(7)

Decreto 3.048/99, com redação dada pelo Decreto 10.410/20:

Art. 64, § 1º A efetiva exposição a agente prejudicial à saúde configura-se quando, mesmo após a adoção das medidas de controle previstas na legislação trabalhista, a nocividade não seja eliminada ou neutralizada.

§ 1º-A Para fins do disposto no § 1º, considera-se:

I - eliminação - a adoção de medidas de controle que efetivamente impossibilitem a exposição ao agente prejudicial à saúde no ambiente de trabalho; e

II - neutralização - a adoção de medidas de controle que reduzam a intensidade, a concentração ou a dose do agente prejudicial à saúde ao limite de tolerância previsto neste Regulamento ou, na sua ausência, na legislação trabalhista.

(8)

REQUISITOS PRINCIPAIS DA APOSENTADORIA ESPECIAL

Art. 188-P. Decreto 3.048/99, com redação do Art. 10.410/20:

§ 4º A concessão da aposentadoria especial prevista neste artigo dependerá da comprovação, durante os períodos mínimos exigidos:

I - do tempo de trabalho

permanente, não ocasional nem

intermitente; e

II - da

efetiva exposição

do segurado a agentes químicos, físicos e

biológicos prejudiciais à saúde ou à integridade física, ou a associação

desses agentes, comprovada na forma prevista nos art. 64 ao art. 68.

(9)
(10)

A SISTEMÁTICA DAS PROVAS NA APOSENTADORIA ESPECIAL

Até 28/04/95 29/04/95 a 05/03/97* A partir de 06/03/97 A partir de 01/01/04

- Formulários para agentes nocivos expedidos até 31/12/2003 ; -CTPS , para

enquadramento por

categoria profissional de empresas extintas;

- LTCAT (ou seus

substitutos) só para Ruído ou o PPP

- Formulários para agentes nocivos expedidos até

31/12/2003 ;

- LTCAT (ou seus substitutos) só para ruído ou PPP

*Entendimento STJ

- Formulários para agentes nocivos expedidos até

31/12/2003 e LTCAT para todos os agentes nocivos (ou seus

substitutos) ou PPP

PPP expedido com base no LTCAT (ou seus

substitutos)

LTCAT fica arquivado na empresa. Só

apresenta, se necessário (STJ. Pet. 10.262)

(11)

FORMULÁRIOS DE COMPROVAÇÃO DO TEMPO ESPECIAL

Formulários antigos aceitos se expedidos até 31/12/2003:

SB/40

DISES BE 5235

DSS 8030

DIRBEN 8030

Formulário NOVO expedido a partir de 01/01/2004

PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário)

PPP Eletrônico, em fase de implantação, conforme Decreto 8.123/13. Está sendo implementado pelas empresas deesde junho/2021.

(12)

O QUE É O PPP?

Art. 146. O Perfil Profissiográfico Previdenciário

(PPP)constitui-se em um documento histórico-laboral

do trabalhador que reúne, entre outras informações,

dados administrativos, registros ambientais e

resultados de monitoração biológica, durante todo o

período em que este exerceu suas atividades. (IN

99/03)

(13)

QUEM DEVE EMITIR O PPP?

• A empresa, quando empregado;

• O OGMO, no caso de trabalhador avulso portuário;

• O sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso, não portuário;

• A cooperativa de trabalho ou de produção, no caso

de contribuinte individual, cooperado filiado.

(14)

A EMPRESA DEVE FORNECER O PPP AO TRABALHADOR

• Art. 58 § 4o A empresa deverá elaborar e manter atualizado

perfil profissiográfico abrangendo as atividades

desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da

rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica desse

documento. (Lei 8.213/91)

(15)

SEGURADO COMO “FISCALIZADOR”

Decreto 3.048/99. Art. 68 § 10, com redação do Decreto 10.410/20

• § 10. O trabalhador ou o seu preposto terá acesso às informações

prestadas pela empresa sobre o seu perfil profissiográfico previdenciário e poderá, inclusive, solicitar a retificação de informações que estejam em desacordo com a realidade do ambiente de trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de Estado da Economia.

(16)

Exemplo: 24 x 72 horas;

14 x 21 dias; 2 x 1 meses

(17)
(18)

CONTRIBUIÇÃO ESPECÍFICA DA APOSENTADORIA ESPECIAL

• § 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.98) (Vide Lei nº 9.732, de 11.12.98)

• § 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais referidas no caput.

(19)

ADICIONAL DO SAT.

RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR

• Frise-se que a ausência de custeio não impede o reconhecimento do caráter especial do tempo de contribuição, nos termos do art. 30, I, c/c o art. 43, § 4º, da Lei n. 8.212/1991 e art. 57, § 6º, da Lei n. 8.213/1991, pois eventual ausência ou insuficiência do correto preenchimento da GFIP e do recolhimento da contribuição ao SAT são omissões de responsabilidade do empregador. Não pode o trabalhador ser penalizado pela falta do recolhimento ou por ele ter sido feito a menor, uma vez que a autarquia previdenciária possui meios próprios para receber seus créditos. (Nesse sentido: TRF1, AC 00611114620124013800, Rel. Desemb(a). Federal Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, j. 6/4/2016, e-DJF1 26/4/2016; TRF1, AC 00107730520114013800, Rel. Juiz Federal Gustavo Moreira Mazzili, 1ª Câmara Regional Previdenciária de Minas Gerais, j. 29/2/2016, e-DJF1 5/4/2016). (Nota Técnica n. 13.Centro Nacional de Inteligência. JF. 26/06/2018)

(20)

CÓDIGO GFIP. INFORMAÇÕES DESENCONTRADAS

(21)

Tabela sobre código do Adicional do SAT

(22)

CRITÉRIO DE PERMANÊNCIA A PARTIR DA LEI 9.032/95

(23)

PERMANÊNCIA. CONCEITO

Decreto 3.048/99. Art. 65:

“Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é

exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a

exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do

cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do

bem ou da prestação do serviço” .

(24)

Físico Químico Biológico

QUALITATIVO?

QUANTITATIVO?

NHO/NR15

(25)

QUESTÕES RELEVANTES SOBRE AGENTES

FÍSICOS

(26)

RISCOS AMBIENTAIS FÍSICOS:

Conceito: Qualquer forma de energia que, em função de sua natureza, intensidade e exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador (Portaria SEPRT 6.730 DE 09 DE MARÇO DE 2020)

Agentes Físicos no âmbito do Direito Previdenciário

ruído

vibração

Calor

frio abaixo de 12º.C (até 05/03/97)

umidade (até 05/03/97)

pressões anormais

radiações ionizantes

Eletricidade acima de 250 volts (até 05/03/97)

(27)

ENQUADRAMENTO PELO RUÍDO, CONFORME POSICIONAMENTO FIRMADO PELO STJ. TEMA 694

RUÍDO ACIMA DE 80 DB ATÉ 05/03/97 Decreto 53.831/64, código 1.1.6

RUÍDO ACIMA DE 90 DB ENTRE 06/03/97 E 18/11/2003 Decretos 2.172/97 e 3.048/99, Anexo IV, código 2.0.1

RUÍDO ACIMA DE 85 DB A PARTIR DE 19/11/2003

Decreto 3.048/99 com redação pelo Decreto 4.882/03, código 2.0.1

(28)

MEDIÇÃO DO RUÍDO.

NHO OU NR-15

NR-15

LIMITE MÁXIMO DIÁRIO

PERMITIDO

85 DB 8 horas

88 DB 5 horas

90 DB 4 horas

95 DB 2 horas

NHO - 01

LIMITE MÁXIMO

DIÁRIO PERMITIDO

85 DB 8 horas

88 DB 4 horas

91 DB 2 horas

95 DB 47,62 minutos

Vide: - Resoluções do Conselho Pleno, do CRPS n. 26/2018, n. 72 e n. 73/2019

- Tema 174 da TNU

Q=5 Q=3

(29)

O CÁLCULO DA MÉDIA DOSE, SEGUNDO NR-15

Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações

C1 + C2 + C3 ________51________ + Cn

T1 T2 T3 Tn

exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.",

Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro deste Anexo

(30)

NEN (NÍVEL DE EXPOSIÇÃO NORMALIZADO)

EXIGÊNCIA A PARTIR DO DECRETO N. 4882, 18/11/2003

2.0.1 RUÍDO

a) exposição permanente a níveis de ruído acima de 90 decibéis.

a) exposição a Níveis de Exposição Normalizados (NEN) superiores a 85 dB(A). (Redação dada pelo Decreto nº 4.882, de 2003)

25 ANOS

(31)

O CÁLCULO DO NEN

O Nível de exposição normalizado é calculado por meio da equação 3:

• 𝑁𝐸𝑁 = 𝑁𝐸 + 16,61 𝑙𝑜𝑔 𝑇𝐸

480

(32)

EXEMPLOS DE CÁLCULO DO NEN

Considerando Leq de 89,5 dB(A), para jornada de trabalho de oito horas ou 480 minutos, o NEN é igual:

𝑁𝐸𝑁 = 89,5 + 16,61 𝑙𝑜𝑔480

480 = 𝟖𝟗, 𝟓 𝑑𝐵(𝐴)

Caso a jornada seja reduzida para 6 (seis) horas ou 360 minutos, o NEN é igual a:

𝑁𝐸𝑁 = 89,5 + 16,61 𝑙𝑜𝑔360

480 = 𝟖𝟕, 𝟒𝟐 𝑑𝐵(𝐴)

Ou, caso a jornada seja aumentada para 9 (nove) horas ou 540 minutos, o NEN é igual a:

𝑁𝐸𝑁 = 89,5 + 16,61 𝑙𝑜𝑔540

480 = 𝟗𝟎, 𝟑𝟓 𝑑𝐵(𝐴)

(Exemplo extraído do parecer do Engenheiro de Segurança Tuffi Messias Saliba ao IBDP)

(33)

O PPP IDEAL PARA ENQUADRAMENTO PELO RUÍDO DEVE CONTER O “NEN”

Fonte: Manual da Aposentadoria Especial. Resolução INSS 600/17, pág. 145

(34)

REPETITIVO. TEMA 1083 - STJ

Possibilidade de reconhecimento do exercício de atividade sob condições especiais pela exposição ao agente ruído, quando constatados diferentes níveis de efeitos sonoros, considerando-se apenas o nível máximo aferido (critério "pico de ruído"), a média aritmética simples ou o Nível de Exposição Normalizado (NEN).

(Rel. Min. Gurgel De Faria)

(Vide Nota Técnica n. 26/20 do Centro Nacional de Inteligência do CJF)

(35)

TESE A SER DEBATIDA: RUÍDO VARIÁVEL

MÉDIA ARITMÉTICA: 86 RUÍDO DE PICO: 88 dB

MÉDIA ARITMÉTICA: 89,5 dB RUÍDO DE PICO: 98 dB

(36)

Físico Químico Biológico

QUALITATIVO?

QUANTITATIVO?

-NR15 antes de 31/12/03 - NHO a partir de 01/01/04

(37)

TÉCNICA UTILIZADA DA MEDIÇÃO DO RUÍDO

Art. 68 § 11 do Decreto 3.048/99, alterada pela redação do Decreto 4.882, de 18/11/2003:

“As avaliações ambientais deverão considerar a classificação

dos agentes nocivos e os limites de tolerância estabelecidos

pela legislação trabalhista, bem como a metodologia e os

procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação

Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do

Trabalho - FUNDACENTRO." (NR).

(38)

NOVA REDAÇÃO SOBRE METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS

Art. 68 Decreto 10.410/20:

• § 13. Na hipótese de não terem sido estabelecidos

pela FUNDACENTRO a metodologia e os

procedimentos de avaliação, caberá ao Ministério da

Economia indicar outras instituições para estabelecê-

los." (NR)

(39)

TESE FIXADA PELA TNU APÓS JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – TEMA 174

(a) "a partir de 19/11/2003, para aferição de ruído contínuo ou intermitente, é obrigatória a utilização das metodologias contidas na NHO-01 da FUNDACENTRO ou na NR-15, que reflitam a medição de exposição durante toda a jornada de trabalho, vedada a medição pontual, devendo constar do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) a técnica utilizada e a respectiva norma;

(b) "em caso de omissão ou dúvida, quanto à indicação da metodologia empregada para aferição da exposição nociva ao agente ruído, o PPP não deve ser admitido como prova da especialidade, devendo ser apresentado o respectivo laudo técnico (LTCAT), para fins de demonstrar a técnica utilizada na medição, bem como a respectiva norma. (grifamos)

(40)

ENUNCIADO DO CRPS

(41)

ENUNCIADO DO CRPS

(42)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. REEXAME NECESSÁRIO NÃO PROVIDO. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP. EPI EFICAZ OU NEUTRALIZADOR. HABITUALIDADE DA EXPOSIÇÃO. LAUDO EXTEMPORÂNEO. AUSÊNCIA DA PRÉVIA FONTE DE CUSTEIO. RUÍDO. METODOLOGIA DE AFERIÇÃO DO RUÍDO.

Não merece acolhida a alegação no sentido de que não se poderia reconhecer como especial o período trabalhado, em função de a técnica utilizada na aferição do ruído não ter observado a Instrução Normativa 77/2015. O segurado não pode ser prejudicado por eventual equívoco da empresa no particular. Ressalte-se que, em função do quanto estabelecido no artigo 58, da Lei 8.213/91, presume-se que as informações constantes do PPP são verdadeiras, não sendo razoável nem proporcional prejudicar o trabalhador por eventual irregularidade formal de referido formulário, eis que ele não é responsável pela elaboração do documento e porque cabe ao Poder Público fiscalizar a elaboração do PPP e dos laudos técnicos que o embasam.

- A legislação de regência não exige que a nocividade do ambiente de trabalho seja aferida a partir de uma determinada metodologia. O art. 58, § 1º, da Lei 8.213/91, exige que a comprovação do tempo especial seja feita por formulário, ancorado em laudo técnico elaborado por engenheiro ou médico do trabalho, o qual, portanto, pode se basear em qualquer metodologia científica. Não tendo a lei determinado que a aferição só poderia ser feita por meio de uma metodologia específica (Nível de Exposição Normalizado - NEN), não se pode deixar de reconhecer o labor especial pelo fato de o empregador ter utilizado uma técnica diversa daquela indicada na Instrução Normativa do INSS, pois isso representaria uma extrapolação do poder regulamentar da autarquia.

(TRF 3ª Região, 7ª Turma, ApelRemNec - APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA, 0018639-32.2014.4.03.9999, Rel. Desembargador Federal INES VIRGINIA PRADO SOARES, julgado em 04/02/2021, Intimação via sistema DATA: 12/02/2021)

(43)

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. TEMPO DE LABOR ESPECIAL.

PERICULOSIDADE. TEMA 534/STJ. EXPOSIÇÃO A RUÍDO. METODOLOGIA DE AFERIÇÃO: NHO-01 DA FUNDACENTRO OU NR-15. TEMA 174/TNU. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO.

CONCESSÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA: TEMAS 810/STF E 905/STJ. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS RECURSAIS. TUTELA ESPECÍFICA.

• 1. (...) 4. Não há exigência de que o ruído esteja expresso em seu Nível de Exposição Normalizado (NEN) para fins de reconhecimento da especialidade do labor por exposição ao respectivo agente, bastando que, para sua aferição, sejam utilizadas as metodologias contidas na NHO-01 da FUNDACENTRO ou na NR-15. 5. (TRF4, AC 5032462-92.2018.4.04.7000, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DO PR, Relator LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADO, juntado aos autos em 04/02/2021)

Para entender melhor sobre NEN: https://thiagosenra.com.br/paradigma/metodologias- de-avalia%C3%A7%C3%A3o-de-ru%C3%ADdo-para-atividade-especial.

(44)

ENQUADRAMENTO PELA VIBRAÇÃO

Decreto Código de

enquadramento Data limite Observação

Decreto n.

53.831/64 Código 1.1.5 (trepidação) 05.03.1997 Qualitativo

Decreto n.

83.080/79 Código 1.1.4, Anexo I 05.03.1997 Qualitativo. Para o INSS só com máquinas

perfuratrizese martele- tes pneumáticos

Decreto n.

2.172/97 Código 2.0.2 De06.03.1997a06.05.1999

Qualitativo.Não há limite de tolerância, mas o INSS só aceita vibração especificamente nos casosdemáquinasperfuratri- zes e marteletes pneumáticos.

Judicialmente, é possível utilizar a vibração em outros casos(*), com a NR-15, Anexo 8 ou NHO 09.

Decreto n.

3.048/99 Código 2.0.2

A partir de 06.05.1999 até 13.08.2014, sem limite

de tolerância, anterior à Portaria do MTE n.

1.297, de 13.08.2014

Decreto n.

3.048/99 Código 2.0.2

A partir de 14.08.2014(**), com limite de tolerância da NHO 09 e NHO 10 ou NR-15, Anexo8

Quantitativo. A partir de 14.8.2014, o enquadramento deve ocorrer:

I. paraVMB (vibração de mãos e braços):

aren superior a 5 m/s2; e

II. para VCI (vibração de corpo inteiro):

arensuperiora 1,1 m/s2 ou VDVR superior a 21,0 m/s1,75

(45)
(46)

IAC N. 5. TRF4a. REGIÃO

RECONHECIMENTO DE TEMPO ESPECIAL DE MOTORISTA E COBRADOR DE ÔNIBUS PELA PENOSIDADE

• Tese firmada: Deve ser admitida a possibilidade de reconhecimento do caráter especial das atividades de motorista ou de cobrador de ônibus em virtude da penosidade, ainda que a atividade tenha sido prestada após a extinção da previsão legal de enquadramento por categoria profissional pela Lei 9.032/1995, desde que tal circunstância seja comprovada por meio de perícia judicial individualizada, possuindo o interessado direito de produzir tal prova.

(Acórdão publicado em 27/11/2020. Rel. Des. João Batista Pinto Silveira)

(47)

QUESTÕES RELEVANTES SOBRE AGENTES

QUÍMICOS

(48)

FRENTISTA NÃO ENQUADRA POR PRESUNÇÃO. É NECESSÁRIO COMPROVAR EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS.

PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. TEMPO ESPECIAL. FRENTISTA. ALEGAÇÕES DIVERSAS DA FUNDAMENTAÇÃO UTILIZADA PELO ACÓRDÃO RECORRIDO. NÃO CONHECIMENTO. ENQUADRAMENTO POR CATEGORIA PROFISSIONAL. IMPOSSIBILIDADE. TEMA 157/TNU. CORREÇÃO MONETÁRIA. TEMA 810/STF. PENDENTE DE JULGAMENTO. PEDIDO ACONHECIDO EM PARTE, NA PARTE CONHECIDA PROVIDO. 1.

Trata-se de pedido de uniformização apresentado pelo INSS, buscando a reforma do acórdão de origem com o afastamento de reconhecimento de períodos especiais laborados em posto de gasolina, como frentista e em serviços gerais. 2. A argumentação tecida pelo INSS, acerca da exposição a hidrocarbonetos, diverge dos fundamentos do acórdão, que reconheceu a especialidade com base em periculosidade decorrente de substâncias inflamáveis e explosivas. Não conhecimento. 3. O acórdão recorrido não afasta o uso de EPI eficaz como neutralizador da nocividade para agentes químicos, estando em consonância com a tese defendida no pedido de uniformização. Não conhecimento. 4. Não é possível o reconhecimento como especial de período trabalhado como frentista, por mero enquadramento profissional com apresentação de registro em CTPS. Precedentes desta TNU, em representativo de controvérsia (PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL 50095223720124047003, JUÍZA FEDERAL KYU SOON LEE, DOU 26/09/2014 PÁG. 152/227). 5. A questão relativa à aplicação da Lei 11.260/09 aos juros e correção monetária nos débitos da Fazenda pública está pendente de julgamento definitivo pelo E. STF, em repercussão Geral (Tema 810).

Sobrestamento na origem para aplicação da tese firmada pela Corte Suprema. 6. Pedido de Uniformização conhecido em parte e, na parte conhecida, provido, para adequação do acórdão recorrido à tese ora firmada.

(Pedido de Uniformização de Interpretação de Lei (Turma) 0005610-75.2010.4.01.3801, TAIS VARGAS FERRACINI DE CAMPOS GURGEL - TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO.)

(49)

Benzeno: vide Memorando-Circular n.º 08/DIRSAT/INSS, DE 08/07/2014

“Orientamos

aos peritos médicos que, na análise dos

benefícios de Aposentadoria Especial oriundos da

exposição ao agente químico Benzeno, seja adotado e

critério qualitativo e que não sejam considerados na

avaliação os equipamentos de proteção coletiva e/ou

individual, uma vez que os mesmos não são suficiente para

elidir a exposição a esse agente

químico”

(50)

AGENTES CANCERÍGENOS.

PRESUNÇÃO DE NOCIVIDADE ATÉ 30/06/2020:

A presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador, pelo critério qualitativo e mesmo com uso de EPI. (art. 68, § 4º RPS do Decreto 3.048/99)

NOVA REDAÇÃO. DECRETO 10.410/20. § 4º Os agentes reconhecidamente cancerígenos para humanos, listados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, serão avaliados em conformidade com o disposto nos § 2º e § 3º deste artigo e no caput do art. 64 e, caso sejam adotadas as medidas de controle previstas na legislação trabalhista que eliminem a nocividade, será descaracterizada a efetiva exposição.

(51)

TNU. AGENTES CANCERÍGENOS. TEMA 170

Tema 170 Situação do tema Julgado Ramo do direito DIREITO

PREVIDENCIÁRIO

Questão submetida a julgamento

Saber se a alteração promovida pela Portaria Interministerial MTE/MS/MPS 09, publicada em 08 de outubro de 2014, cujo anexo incluiu - dentre outros - a "poeira de sílica, cristalina, em forma de quartzo ou cristobalita" (LINACH - Grupo 1 - Agentes confirmados como cancerígenos para humanos 2 - CAS 014808-60-7) como agente cancerígeno e, portanto, com a possibilidade de exposição a ser apurada na forma do § 4º do art. 68 do Decreto 3.048/99, também se aplica para o reconhecimento da

especialidade dos períodos laborados antes da sua vigência.

Tese firmada

"A redação do art. 68, § 4º, do Decreto 3.048/99 dada pelo Decreto 8.123/2013 pode ser aplicada na avaliação de tempo especial de períodos a ele anteriores, incluindo-se, para qualquer período: (1) desnecessidade de avaliação quantitativa; e (2) ausência de descaracterização pela existência de EPI".

Processo Decisão de

afetação Relator (a) Julgado em Acórdão publicado em

Trânsito em julgado

PEDILEF 5006019-

50.2013.4.04.7204/SC 31/05/2017 Juíza Federal Luisa

Hickel Gamba 17/08/2018 23/08/2018 Recurso interposto (PUIL 1283/STJ)

(52)

QUESTÕES RELEVANTES SOBRE AGENTES

BIOLÓGICOS

(53)

AGENTES BIOLÓGICOS TEM TESE FIXADA PELA TNU

Tema 205:

a) para reconhecimento da natureza especial de tempo laborado em exposição a agentes biológicos não é necessário o desenvolvimento de uma das atividades arroladas nos Decretos de regência, sendo referido rol meramente exemplificativo; b) entretanto, é necessária a comprovação em concreto do risco de exposição a microrganismos ou parasitas infectocontagiosos, ou ainda suas toxinas, em medida denotativa de que o risco de contaminação em seu ambiente de trabalho era superior ao risco em geral, devendo, ainda, ser avaliado, de acordo com a profissiografia, se tal exposição tem um caráter indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, independentemente de tempo mínimo de exposição durante a jornada (Tema 211/TNU). Julgado em 12/03/2020.

(54)

AGENTES BIOLÓGICOS.

LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DE AMBIENTES

O código 1.3.2 do quadro anexo ao Decreto n.º 53.831/64, além dos profissionais da área da saúde, contempla os trabalhadores que exercem atividades de serviços gerais em limpeza e higienização de ambientes hospitalares.

(SÚMULA 82. DOU DATA: 30/11/2015 PG:00145)

(55)

TEMA JULGADO PELA TNU

Tema 238 - Para fins de reconhecimento do tempo especial de serviço dos trabalhadores de serviços gerais em limpeza e higienização de ambientes hospitalares é exigível a prova de exposição aos agentes biológicos previstos sob o código 1.3.2 do quadro anexo ao Decreto nº 53.831/64, que deve ser realizada por meio dos correspondentes laudos técnicos e/ou formulários previdenciários, não se admitindo o reconhecimento por simples enquadramento de categoria profissional. (DJ 26/03/2021)

(56)

QUESTÕES RELEVANTES SOBRE AGENTES

PERICULOSOS

(57)

VIGILANTE COM OU SEM ARMA DE FOGO ATÉ 28/04/95

INSS

Enquadra até 28/04/95, desde que tenha arma de fogo

Art. 273, II, da IN 77/15

CRPS

Enquadra até 28/04/95, independentemente de uso, porte ou arma de fogo

Enunciado 14, II

TNU

Afeta como RC: Saber se é possível o

enquadramento da atividade de

vigilante/vigia como especial,

independentemente de porte de arma de fogo, em período anterior à Lei n. 9.032/1995.

Tema 282

(58)

TESE FIXADA PELO STJ NO TEMA 1031:

É admissível o reconhecimento da especialidade da atividade de Vigilante, com ou sem o uso de arma de fogo, em data posterior à Lei 9.032/1995 e ao Decreto 2.172/1997, desde que haja a comprovação da efetiva nocividade da atividade, por qualquer meio de prova até 5.3.1997, momento em que se passa a exigir apresentação de laudo técnico ou elemento material equivalente, para comprovar a permanente, não ocasional nem intermitente, exposição à atividade nociva, que coloque em risco a integridade física do Segurado.

(59)

As Provas do Tempo Especial do Vigilante

(60)

O PPP DO SINDICATO DOS VIGILANTES

(61)

PPP PREENCHIDO POR SINDICATO DOS

VIGILANTES. EXIGE PROVA COMPLEMENTAR

• PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL. PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. VIGILANTE.

ARMA DE FOGO. PPP EMITIDO POR SINDICATO DE CATEGORIA. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. APLICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DA TNU. INCIDENTE NÃO CONHECIDO. 1. O ACÓRDÃO IMPUGNADO ALINHOU-SE AO ENTENDIMENTO DA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO NO SENTIDO DE QUE OS FORMULÁRIOS PREENCHIDOS POR REPRESENTANTES SINDICAIS, QUANDO DESACOMPANHADOS DE LAUDO TÉCNICO OU DE OUTROS DOCUMENTOS QUE PERMITAM ATESTAR A EFETIVA ATIVIDADE EXERCIDA PELO SEGURADO, NÃO SÃO SUFICIENTES PARA A COMPROVAÇÃO DA ESPECIALIDADE DO TEMPO DE SERVIÇO. SENDO ASSIM, ANULOU A SENTENÇA QUE NÃO ABRIU OPORTUNIDADE DE COMPLEMENTAR O INÍCIO DE PROVA MATERIAL POR OUTROS MEIOS ADMISSÍVEIS. 2. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NÃO CONHECIDO.

(Pedido de Uniformização de Interpretação de Lei (Turma) 0510723-15.2016.4.05.8300, FABIO CESAR DOS SANTOS OLIVEIRA - TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO, 25/06/2018.)

(62)

Físico Químico Biológico

QUALITATIVO?

QUANTITATIVO?

-NR15 antes de 31/12/03 - NHO a partir de 01/01/04

Lei 9528/97

MP 1729, 03/12/98 cv Lei 9.732, de 11/12/98

Vide Portaria 11.347/20

EPI’S

(63)
(64)

EPI. IRDR 15 AGORA É REPETITIVO NO STJ.

TEMA 1090

"1) se para provar a eficácia ou ineficácia do EPI (Equipamento de Proteção Individual) para a neutralização dos agentes nocivos à saúde e integridade física do trabalhador, para fins de reconhecimento de tempo especial, basta o que consta no PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) ou se a comprovação pode ser por outros meios probatórios e, nessa última circunstância, se a prova pericial é obrigatória;

2) se é possível impor rito judicial instrutório rígido e abstrato para apuração da ineficácia do EPI, como fixado pelo Tribunal de origem, ou se o rito deve ser orientado conforme os elementos de cada contexto e os mecanismos processuais disponíveis na legislação adjetiva;

3) se a Corte Regional ampliou o tema delimitado na admissão do IRDR e, se positivo, se é legalmente praticável a ampliação; 3) se é cabível fixar de forma vinculativa, em julgamento de casos repetitivos, rol taxativo de situações de ineficácia do EPI e, sendo factível, examinar a viabilidade jurídica de cada hipótese considerada pelo Tribunal de origem (enquadramento por categoria profissional, ruído, agentes biológicos, agentes cancerígenos e periculosidade);

4) se é admissível inverter, inclusive genericamente, o ônus da prova para que o INSS demonstre ausência de dúvida sobre a eficácia do EPI atestada no PPP.“

(Resp 1828606/RS. DJ 20/04/2021)

(65)

EPI. ENUNCIADO 12 DO CRPS

• O fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) não descaracteriza a atividade exercida em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, devendo ser considerado todo o ambiente de trabalho.

• I - Se o EPI for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não há direito à aposentadoria especial

• II - A utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva-EPC e/ou EPI não elide a exposição aos agentes reconhecidamente cancerígenos, a ruído acima dos limites de tolerância, ainda que considerados eficazes;

• III - A eficácia do EPI não obsta o reconhecimento de atividade especial exercida antes de 3/12/1998, data de início da vigência da MP 1.729/98, convertida na Lei n. 9.732/98, para qualquer agente nocivo.

(66)

SITES PARA CONSULTAR EPI

• http://caepi.mte.gov.br/internet/ConsultaCAInternet.aspx

• www.consultaca.com.br

. Abrir link do site oficial da Secretaria de

Trabalho e Previdência.

(67)

COMO IMPUGNAR OS EPI’S. Vide NR 06

1) Observar o número do Certificado de Aprovação;

2) Verificar a data de expedição do CA e se coincide com o período de trabalho do segurado;

3) Verificar se o EPI é adequado ao risco.

4) Solicitar à empresa Ficha de Fornecimento de Entrega, higienização, treinamento, guarda e conservação;

5) Pesquisar sobre o EPI, sua imagem, data de validade;

• 6) Estudo sobre o agente nocivo e analise os EPI’s fornecidos;

7) Contratar engenheiro de segurança ou médico do trabalho para elaborar

parecer sobre a ineficácia dos Epi’s de um determinado PPP.

(68)

TIPOS DE LAUDO TÉCNICO

Laudo Coletivo:

Documento emitido pela empresa de vínculo, contemplando os resultados de avaliações das condições ambientais dos locais de trabalho, o registro dos agentes nocivos e as conclusões quanto à exposição ocupacional de todos os trabalhadores da empresa. O LTCAT coletivo só é válido se o posto de trabalho do requerente estiver contemplado.

Laudo Individual:

Documento que se refere exclusivamente ao requerente.

Deve ser observado se o profissional que elaborou é ou não funcionário da empresa. Caso não seja, necessário constar autorização escrita da empresa para fazer a pericia e a identificação do acompanhante da empresa, data e local da realização da perícia.

(69)

TEMPORALIDADE DO LAUDO

Contemporâneo: Quando realizado durante o período em que o segurado trabalhou na empresa;

Extemporâneo: Quando o levantamento

foi realizado em data anterior ou posterior

ao período em que o segurado trabalhou

na empresa

(70)

LAUDO EXTEMPORÂNEO. QUESTÃO SUMULADA PELA TNU

O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à

comprovação da atividade especial do segurado.

(SÚMULA 68 DA TNU. DOU 24/09/12)

(71)

TEMA JULGADO PELA TNU

Tema 208 Situação do tema Julgado Ramo do direito DIREITO PREVIDENCIÁ RIO

Questão submetida a julgamento

Saber se é necessária a indicação, no PPP, do profissional habilitado para registro de condições ambientais e monitoração biológica, para fins de reconhecimento da atividade como especial.

Tese firmada

1. Para a validade do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) como prova do tempo trabalhado em condições especiais nos períodos em que há exigência de preenchimento do formulário com base em Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), é necessária a indicação do responsável técnico pelos registros ambientais para a totalidade dos períodos informados, sendo dispensada a informação sobre monitoração biológica. 2.

A ausência total ou parcial da indicação no PPP pode ser suprida pela apresentação de LTCAT ou por elementos técnicos equivalentes, cujas informações podem ser estendidas para período anterior ou posterior à sua elaboração, desde que acompanhados da declaração do empregador ou comprovada por outro meio a inexistência de alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização ao longo do tempo. Tese com redação alterada em sede de embargos de declaração.

Processo Decisão de

afetação Relator (a) Julgado em Acórdão publicado

em Trânsito em julgado

PEDILEF 0500940-26.2017.4.05.8312/PE 25/04/2019 Juiz Federal Atanair

Nasser Ribeiro Lopes 20/11/2020 20/11/2020 21/06/2021

(ED) 26/07/2021

(72)

ENUNCIADO 11 DO CRPS. PPP E LAUDO TÉCNICO

O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é documento hábil à comprovação da efetiva exposição do segurado a todos os agentes nocivos, sendo dispensável o Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) para requerimentos feitos a partir de 1º/1/2004, inclusive abrangendo períodos anteriores a esta data.

I - Poderá ser solicitado o LTCAT em caso de dúvidas ou divergências em relação às informações contidas no PPP ou no processo administrativo.

II - O LTCAT ou as demonstrações ambientais substitutas extemporâneos que informem quaisquer alterações no meio ambiente do trabalho ao longo do tempo são aptos a comprovar o exercício de atividade especial, desde que a empresa informe expressamente que, ainda assim, havia efetiva exposição ao agente nocivo.

III - Não se exigirá o LTCAT para períodos de atividades anteriores 14/10/96, data da publicação da Medida Provisória nº 1.523/96, facultando-se ao segurado a comprovação da efetiva exposição a agentes nocivos por qualquer meio de prova em direito admitido, exceto em relação a ruído.

(73)

LAUDOS ACEITOS PELO INSS EM SUBSTITUIÇÃO AO LTCAT:

I - laudos técnico-periciais realizados na mesma empresa, emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações trabalhistas, individuais ou coletivas, acordos ou dissídios coletivos, ainda que o segurado não seja o reclamante, desde que relativas ao mesmo setor, atividades, condições e local de trabalho;

II - laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO;

III - laudos emitidos por órgãos do Ministério do Trabalho e Emprego -

MTE;

(74)

DEMONSTRAÇÕES AMBIENTAIS ACEITAS PELO INSS EM SUBSTITUIÇÃO AO LTCAT

V - as demonstrações ambientais:

a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;

b) Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR;

c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT; e

d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.

(art. 261 da IN 77/2015)

(75)

MUDANÇAS NAS NR’S

SAI O PPRA

ENTRA O PGR

A partir de 03.01.2022 o texto vigente da NR 09 será o da Portaria SEPRT 6.735/2020, conforme Portaria SEPRT 8.873, de 23/07/21

(76)

LAUDOS NÃO ACEITOS PELO INSS*

• *I - laudo elaborado por solicitação do próprio segurado, sem o atendimento das condições previstas no inciso IV do caput deste artigo;

• *II - laudo relativo à atividade diversa, salvo quando efetuada no mesmo setor;

• *III - laudo relativo a equipamento ou setor similar;

• *IV - laudo realizado em localidade diversa daquela em que houve o exercício da atividade;

• *V - laudo de empresa diversa.

(* mas podem ser discutidas na justiça)

(77)
(78)
(79)
(80)

TEMA 995 STJ. REAFIRMAÇÃO DA DER

Tese fixada. É possível a reafirmação da DER (Data de

Entrada do Requerimento) para o momento em que

implementados os requisitos para a concessão do

benefício, mesmo que isso se dê no interstício entre o

ajuizamento da ação e a entrega da prestação

jurisdicional nas instâncias ordinárias, nos termos dos

arts. 493 e 933 do CPC/2015, observada a causa de

pedir.

(81)

REAFIRMAÇÃO DA DER EXIGE NOVO PPP

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PREVIDENCIÁRIO. REAFIRMAÇÃO DA DER. POSSIBILIDADE. ATIVIDADE ESPECIAL. RUÍDO. RECONHECIMENTO. APOSENTADORIA ESPECIAL. NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.

- São cabíveis embargos de declaração para esclarecer obscuridade ou eliminar contradição, suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento, ou corrigir erro material, consoante dispõe o artigo 1.022, I, II e III, do CPC.

- Em 22/10/2019, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça decidiu, ao julgar o Tema Repetitivo 996, que“épossível a reafirmação da DER (Data de Entrada do Requerimento) para o momento em que implementados os requisitos para a concessão do benefício, mesmo que isso se dê no interstício entre o ajuizamento da ação e a entrega da prestação jurisdicional nas instâncias ordinárias, nos termos dos arts. 493 e 933 do CPC/2015, observada a causa depedir”. Desta forma, e observando-se ainda o teor do artigo 493 do Novo Código de Processo Civil (2015) e o princípio da economia processual, o aperfeiçoamento dos requisitos para percepção do benefício pode ser aqui aproveitado.

- O autor estava exposto, de forma habitual e permanente, a ruído superior a 80 dB no período de 07/05/11 a 18/11/2016 (data de emissão do PPP), sendo devido o reconhecimento da especialidade nos termos dos códigos 2.0.1 dos Anexos IV dos Decretos 2.172/97 e 3.048/99.

- Contudo, mesmo considerado este período, o autor não comprovou que totaliza 25 anos de labor em condições especiais, de forma que não faz jus à aposentadoria especial, prevista no artigo 57, da Lei nº 8.213/91.

- Não há nos autos prova do exercício de atividade especial após 18/11/2016, data de emissão do PPP, não sendo possível estender o reconhecimento da especialidade para período posterior a esta data. Tal reconhecimento exigiria a produção de nova perícia, com instrução probatória complexa, inadequada para o presente momento processual.

- Conforme decidido pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, no Recurso Especial nº 1.727.069-SP (Tema 995), o fato superveniente não deve demandar instrução probatória complexa, devendo ser comprovado de plano sob o crivo do contraditório e não devendo apresentar contraponto ao seu reconhecimento. Assim, os fatos ocorridos no curso do processo podem criar ou ampliar o direito requerido, sempre atrelados à causa de pedir.

- Embargos de declaração a que se dá parcial provimento.

(TRF 3ª Região, 8ª Turma, ApelRemNec - APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA - 0001840-58.2012.4.03.6126, Rel. Desembargador Federal LUIZ DE LIMA STEFANINI, julgado em 16/04/2021, e - DJF3 Judicial 1 DATA: 22/04/2021)

(82)

REAFIRMAÇÃO DA DER. JUNTADA DE NOVO PPP

(...)

...Considerando a orientação adotada no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que remete à possibilidade, até mesmo de ofício, de

reafirmação da data de entrada do requerimento (DER), com cômputo de tempo de serviço especial, e a teor da previsão contida no art.

933 do Código de Processo Civil (CPC), faculta-se à parte autora a juntada, no mesmo prazo, de novo formulário perfil profissiográfico previdenciário (PPP) referente às condições da prestação laboral no período subsequente ao protocolo administrativo. Após, intime-se o Instituto Nacional do Seguro Social para que se manifeste sobre os documentos apresentados pelo autor da ação e sobre a consistência dos registros de contribuições previdenciárias constantes do cadastro nacional de informações sociais (CNIS), posteriores à DER (ou ao ajuizamento da ação), diante da eventualidade de serem considerados como tempo de contribuição, nos termos do art. 493 do CPC, qualificando-se como fatos constitutivos do direito à aposentadoria.

(TRF4 5000641-20.2016.4.04.7104, QUINTA TURMA, Relator OSNI CARDOSO FILHO, juntado aos autos em 20/04/2021)

(83)
(84)

NEM SEMPRE A AÇÃO TRABALHISTA É O MELHOR CAMINHO

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. GUIAS DE PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO. INDEVIDAS. Ante o disposto na Instrução Normativa INSS 118/2005, a exigência de elaboração do PPP abrange somente os trabalhadores que laborem expostos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial. A periculosidade não é considerada fator de risco e não gera direito a aposentadoria especial, consoante Anexo IV do Decreto nº 3.048/99. Recurso ao qual se nega provimento.

(PROCESSO PJE TRT/SP Nº 1001810-86.2017.5.02.0043. RECURSO ORDINÁRIO EM PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO - 8ª TURMA. ORIGEM: 4ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO. RECORRENTE: ILZA MARIA DOS SANTOS MORAO. RECORRIDO: COMPANHIA ULTRAGAZ S/A.

RELATORA: SORAYA GALASSI LAMBERT. DOU 19/09/2019)

(85)

RESOLUÇÃO INSS/PRES 485/15

Considerando...

c.) o § 7º do art. 68 do Decreto nº 3.048, de 1999, que dispõe sobre a inspeção, se necessário, no local de trabalho do segurado visando a confirmar as informações contidas no Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP e Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT, para fins de Aposentadoria Especial;

Art. 4º A inspeção no ambiente de trabalho terá por finalidade:

V - verificar se as informações contidas no PPP estão em concordância com o LTCAT utilizado como base para sua fundamentação, com fins à aposentadoria especial;

VI - confirmar se as informações contidas LTCAT estão em concordância com o ambiente de trabalho inspecionado, com fins à aposentadoria especial; e

Art. 5º A Perícia Médica dará ciência ao segurado, por meio da Carta de Comunicação ao Segurado de Inspeção no Ambiente de Trabalho (Anexo IV), da data e hora de realização da inspeção, informando-lhe da possibilidade da participação do representante do sindicato da categoria e/ou do seu médico assistente.

(86)

EMPRESA INATIVA. MEIOS DE PROVA

Para enquadramento pela função, até 28/04/95 há presunção de agressividade, não sendo tão rígida a comprovação.

Justificação Administrativa (baseada em início de prova material);

Prova emprestada;

Laudo arquivado no INSS;

Comprovação por similaridade;

Laudos provenientes de: Reclamação Trabalhista, FUNDACENTRO ou outros órgão oficiais.

(87)

Exames de saúde do segurado;

Emissão de CAT;

Denúncia ao Ministério Público do Trabalho sobre as condições agressivas ou não fornecimento de PPP, com pena de multa

prevista no art. 283 do RPS;

Notificação extrajudicial à empresa. Multa por descumprimento da lei: entre R$ 2.656,61 a R$ 265.659,51; (PORTARIA SEPRT/ME Nº 477, DE 12 DE JANEIRO DE 2021);

OUTRAS PROVAS POSSÍVEIS

(88)

Os Maiores Problemas da Prova do Tempo Especial

QUANDO NÃO É NECESSÁRIO O FORMULÁRIO?

PROVA DO CONTRIBUINTE

INDIVIDUAL

PROVAS NOVAS APÓS A FASE DE

INSTRUÇÃO

PROVA POR SIMILARIDADE

AÇÃO

TRABALHISTA COMO MEIO DE

PROVA

(89)

CPC PERMITE JUNTADA DE PROVAS NOVAS, MAS É NECESSÁRIO JUSTIFICAR O MOTIVO DE NÃO TER

SIDO JUNTADO ANTES

Art. 435 É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.

Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5o.

(90)

PROVA INDIRETA. SIMILARIDADE

15 - Acerca da demonstração do labor insalubre no ofício de marceneiro, têm-se nos autos: * laudo firmado aos 14/06/2004, pelo Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho, Reinaldo Marques: avaliação do trabalho do autor, in loco, descrevendo atividades exercidas sob agentes agressivos, dentre outros, ruído de 94,53 dB(A), merecendo destaque, aqui, o detalhamento das tarefas com manuseio de máquinas da marca Invicta utilizadas no processo de desdobramento e processamento de madeiras, tais como desempenadeiras, tupia e serra circular; * laudo de perícia ordenada pelo d. Juízo a quo, tendo sido realizada a perícia em 05/02/2013, indiretamente, por similaridade, na empresa Carvalho Reparações, porquanto o local frequentado pelo autor não mais existiria: constatado o exercício profissional do autor sob nível de pressão sonora com intensidade de 93,69 dB(A).

16 - Ambas as avaliações técnicas convergem à conclusão única: a de que o autor estivera exposto, de maneira habitual e permanente, ao longo das tarefas desempenhadas na qualidade de marceneiro autônomo, a ruído acima dos limites toleráveis, à luz dos itens 1.1.6 do Decreto nº 53.831/64, 1.1.5 do Decreto nº 83.080/79, 2.0.1 do Decreto nº 2.172/97 e 2.0.1 do Decreto nº 3.048/99.

17 - Pacífico o entendimento desta Turma no sentido da possibilidade de realização de prova pericial indireta, desde que demonstrada a inexistência da empresa, com a aferição dos dados em estabelecimentos paradigmas, observada a similaridade do objeto social e das condições ambientais de trabalho.

(TRF 3ª Região, SÉTIMA TURMA, ApelRemNec - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA - 1979171, 0018394-21.2014.4.03.9999, Rel.

DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS DELGADO, julgado em 25/09/2020, e-DJF3 Judicial 1 DATA:05/11/2020)

(91)

Bancos de Laudos para prova por similaridade

Banco de Laudos de Santa Catarina. Segue link:

• https://portal.jfsc.jus.br/web/guest/laudos-periciais

Banco de Laudos do RS. Segue link:

• https://www2.jfrs.jus.br/laudos-periciais/

(92)

SÚMULA 106 DO TRF 4ª. REGIÃO

“Quando impossível a realização de perícia técnica no local de trabalho do segurado, admite-se a produção desta prova em empresa similar, a fim de aferir a exposição aos agentes nocivos e comprovar a especialidade do labor."

(93)

PERÍCIA POR SIMILARIDADE

RECURSO ESPECIAL Nº 1.436.160 - RS (2014/0032623-0) RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF - PR000000F RECORRIDO : ANTÔNIO AUGUSTO MOURA RODRIGUES

ADVOGADO : ANILDO IVO DA SILVA E OUTRO(S) - RS037971

VOTO

PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL.

RECONHECIMENTO DE TRABALHO SUJEITO A AGENTES NOCIVOS. LAUDO TÉCNICO PRODUZIDO EM EMPRESA SIMILAR. ADMISSIBILIDADE. AMPLA PROTEÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL DO SEGURADO. INVIABILIDADE DE CONVERSÃO DE TEMPO COMUM EM ESPECIAL QUANDO O REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO OCORRER NA VIGÊNCIA DA LEI 9.032/95. RESP. 1.310.034/PR REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. RESSALVA DO PONTO DE VISTA DO RELATOR. RECURSO ESPECIAL DA AUTARQUIA PARCIALMENTE PROVIDO PARA RECONHECER A IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO DE TEMPO COMUM EM ESPECIAL. (Dje 05.04.2018)

(94)

REQUISITOS PARA A SIMILARIDADE

Analisar empresa concorrente, com mesmo ramo de atividade. CNAE;

Porte da empresa e número de máquinas existentes;

Conferir setor, função/atividade

Verificar se há nos seus arquivos ou no banco de laudos do TRF4 ou no INSS, algum laudo de empresa similar;

(95)

NEM SEMPRE A AÇÃO TRABALHISTA É O MELHOR CAMINHO

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. GUIAS DE PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO. INDEVIDAS. Ante o disposto na Instrução Normativa INSS 118/2005, a exigência de elaboração do PPP abrange somente os trabalhadores que laborem expostos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial. A periculosidade não é considerada fator de risco e não gera direito a aposentadoria especial, consoante Anexo IV do Decreto nº 3.048/99. Recurso ao qual se nega provimento.

(PROCESSO PJE TRT/SP Nº 1001810-86.2017.5.02.0043. RECURSO ORDINÁRIO EM PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO - 8ª TURMA. ORIGEM: 4ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO. RECORRENTE: ILZA MARIA DOS SANTOS MORAO. RECORRIDO: COMPANHIA ULTRAGAZ S/A.

RELATORA: SORAYA GALASSI LAMBERT. DOU 19/09/2019)

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