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Academic year: 2018

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Radiol Bras. 2014 Mar/Abr;47(2):V

Neste número da Radiologia Brasileira é publicado um trabalho que discute arealização de auditoria de um serviço de mamografia de uma instituição privada, comparando-se os resultados obtidos com os recomendados pela literatura. Os autores concluem que a auditoria interna completa do serviço de mamografia retrata a qualidade do serviço, e com isso contribui para a detecção precoce e diminuição da mortalidade relacionada ao câncer mamário(1).

Em 1990 resolvemos fazer a primeira auditoria que se tem notícia em um serviço de radiologia. A escolha recaiu sobre mamografias.

O então ministro da saúde queria implantar um pro-grama de detecção precoce do câncer de mama fornecendo mamógrafos para as cidades brasileiras e que os radiolo-gistas ensinassem médicos destas cidades a interpretarem mamografias.

Conseguimos um tempo para fazermos um levantamento de quantos mamógrafos existiam e qual a qualidade das mamografias produzidas. Foi um trabalho promovido e rea-lizado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e pelo Ins-tituto de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacio-nal de Energia Nuclear. Do resultado desta primeira audito-ria buscou-se ensinar, mas aos próprios radiologistas, o que poderiam fazer para melhorar a qualidade das mamografias e a interpretação destas. Para isto, criou-se a Comissão de Mamografia com radiologistas de notório saber no diagnós-tico mamário e que também precisaram aprender muito para poder ensinar. A acomodação no trabalho e no conheci-mento adquirido provoca o relaxaconheci-mento na atenção à qua-lidade do próprio serviço. Assim, uma auditoria de tempos em tempos nos serviços seria recomendada. Entretanto, a prepotência do conhecimento adquirido aos longos dos anos dá a conotação de que se é imutável.

Governos doaram mamógrafos sem avaliar o público que atingiriam e que só o mamógrafo não resolveria, pois não forneciam os insumos para a obtenção do resultado (os chassis, o processamento, o técnico, o interpretador e

mui-0100-3984 © Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Auditoria em serviço de diagnóstico por imagem da mama

Audit in a diagnostic breast imaging service

Hilton Koch1

1. Professor Titular de Radiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), ex-presi-dente do Colégio Brasileiro de Radiologia. E-mail: hakoch@uol.com.br.

Editorial

tas vezes nem local para instalar o mamógrafo). Se fosse feita uma auditoria do que aconteceu com aqueles mamó-grafos doados pelo governo federal, veríamos que pratica-mente nenhum deles foi utilizado e nem produziu uma ma-mografia sequer.

Durante muitos anos a Comissão de Mamografia do CBR percorreu o país inteiro ajudando a melhorar a quali-dade dos serviços. Os equipamentos melhoraram, os filmes e o diagnóstico, atestados em mais de 100 trabalhos pu-blicados. Mas um detalhe que estimulávamos não chegava a acontecer: auditoria dos resultados dos diagnósticos. O serviço produziu um determinado número de mamografias. Quantas teriam sua qualidade aprovada? Segundo a pró-pria Comissão de Mamografia do CBR, é um número muito pequeno de serviços que buscam o certificado de qualidade, o que poderia ajudar, em muito, que a qualidade fosse mantida. Mesmo tendo a Comissão de Mamografia para fazer este trabalho, já há serviço que buscou, por seus prios meios e pela competência de sua diretoria, fazer a pró-pria auditoria, ampla, incluindo a avaliação dos técnicos e dos interpretadores.

As mulheres continuam tendo câncer de mama. A preo-cupação na detecção precoce é grande, principalmente pela Sociedade Brasileira de Mastologia e pelo CBR, entretanto, o governo volta atrás e recomenda mamografia tardia. E se fizesse cumprir a lei para os serviços fazerem suas audito-rias e repassar os dados para o Ministério da Saúde tomar as providências? Talvez os erros diminuíssem bastante.

Quanto às mulheres... Dependendo da classe social, lhes são oferecidas opções para o diagnóstico (tomossín-tese, ressonância magnética). Quem já fez a auditoria para saber as vantagens/desvantagens destes exames de custo mais elevado para salvar as mulheres? As mulheres preci-sam ser bem informadas e orientadas, até para saber onde fazer seus exames, um lugar confiável, não porque alguém disse, mas porque têm dados reais que comprovem a efi-ciência.

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